Magazine Imobiliário 24

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Construção Ambiente Turismo

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JUL/AGO 2017 €10

Não há nada como o Verão There’s nothing like Summer



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24 JUL/AGO 2017

Editorial

Madonna de biquini Bikini Madonna

Joaquim Pereira de Almeida Director Director

A propaganda e a política sempre andaram de mãos dadas. Não preciso de ir muito atrás, basta citar três casos em que os Estados utilizaram este instrumento, seja com que adjectivo for, para atingir os seus objectivos: em que se baseou o fenómeno do ‘sucesso’ do falecido regime soviético? Como chegou Hitler ao poder? Há alguma bandeira mais conhecido do que a dos Estados Unidos da América? Portugal, à sua medida, não foge à regra. No nosso caso passamos do ‘oito para o oitenta’. Do ‘orgulhosamente sós’, da ditadura, para os excessos da actualidade. Reparem. A única medida realmente reformista e inovadora dos governantes do período Tróika foi a orientação dada pelo Paulinho das feiras que é, efectivamente, um génio. Utilizou o jornalismo e o ‘Independente’ para mandar abaixo toda a classe política. Depois, serviu-se dela. O que sofreu o pobre homem de Boliqueime nessa altura… Mas a verdade é que Portas fez obra na ‘promoção internacional’ do País antes de ir trabalhar para o maior milionário mexicano. Em matéria de propaganda, deixou o trabalho de casa bem feito, para quem viesse a seguir. António Costa, que tem dado um show de política, à direita e à esquerda, enquanto Primeiro-Ministro nem deve ler estas linhas, mas, se isso acontecer, como cidadão, vai acabar como a maioria dos portugueses: a rir de nós próprios. Aprovou a ‘sugestão’ dos assessores de imagem do Regime para usar a figura de Madonna para promover Portugal? Tudo indica que sim. Como se justifica que ela deixasse que fosse público parte do que andou a fazer entre nós? Porque aconteceu isso? Os seus colaboradores desta área estão ao nível dos assessores do senhor Maduro, da Venezuela, que anda sempre vestido com aquele fato de treino horrível, de cores berrantes. Levaram a ex-vedeta pop a deixar-se utilizar para quê? Para promover o imobiliário nacional? Burrice absoluta. Toda gente sabe que notícias, como as que correram, só servem para inflaccionar preços. Quem compra propriedades de milhões não quer que se saiba. E em relação ao turismo, o desastre ainda é maior: os turistas mais endinheirados já não acham piada às pernas da vedeta, e uma grande fatia dos restantes, os jovens visitantes, quase não sabem quem ela é musicalmente têm outros ídolos, mais actuais. Por isso deixo uma recomendação a Costa: mande os senhores a quem paga fortunas para fazer estas asneiras até à América, trabalhar, um mês só, com a equipa de imagem de Trump que levou um louco a Presidente da maior potência mundial. Boas Férias! Nota: Tudo isto não passa naturalmente de especulação jornalística. Propaganda and politics always go hand-in-hand. You don’t have to go back that far. You only need

to cite three cases in which States used this instrument, whatever the noun might be, to achieve their aims: what was the runaway ‘success’ of the defunct Soviet regime based on? How did Hitler stay in power? Is there a better known flag than that of the United States of America? Portugal, in its own way, is no exception to the rule. In our case we’ve gone from one extreme to the other. From ‘standing proudly alone’ in the Salazar dictatorship to the excesses of today. Just look! The only truly reforming and innovative measure from the government figures during the Troika period were the guidelines handed down by Paulo Portas on public holidays and who is effectively a genius. He used journalism and the newspaper ‘Independente’ to pull the whole political class down. Then, he used it to further himself. What that poor man from Boliqueime (President Aníbal Cavaco Silva) suffered at that time ... But the truth is that Portas worked on ‘international marketing’ for the Country before going to work for the greatest Mexican millionaire. In terms of propaganda, he did his homework well, for those who followed. The current Prime Minister António Costa, who has put on a political show, to the right and to the left, as prime minister, shouldn’t read these lines, but if he should happen to do so, as a citizen, will end up, like the majority of the Portuguese, laughing at himself. Did he not approve a ‘tip’ from the spin doctors of the Regime to use the figure of pop star Madonna to promote Portugal? All the indications seem to show that he did. How else can it be explained that she allowed what she had been up to among us on her last visit to Portugal in June to become public knowledge? Why did this happen? Costa’s staff in this area are operating at the same level as those of Venezuela’s Mr. Maduro, who always goes around wearing that hideous track suit in screaming colours. Why did they let the former pop diva be used? To promote national real estate? Complete stupidity. Everyone knows that the news that has been circulating only serves to push up prices. People who buy properties worth millions don’t want to advertise it. And in relation to tourism, the disaster is even worse: the well-heeled tourists don’t find the diva’s legs amusing any more, and a large swathe of the rest, the young visitors, don’t even know who she is; in terms of music they have other, more up-todate idols. Which is why I’m leaving a recommendation to the Portuguese Prime Minister António Costa: send those people who are paid fortunes to mess things up to America and work, for just one month, with Donald Trump’s image makeover teams who led a nutcase to become President of the world’s greatest power. Happy Holidays! Note: None of this, of course, is anything more than pure journalistic speculation.


Summary

Índice

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Grande Tema Lead Story

Verão 2017 Summer 2017

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Metro Quadrado

Square Meter Quinta do Lago

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Avenue

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Lisbon Green Valley

30

Verde Monte Ficha técnica

35

Opinião Opinion Millennium bcp Propriedade Palavras Aliadas Sociedade Unipessoal, Lda. NIPC – 510 653 901 Av. Duque D’Ávila, 28 – 2.º, Sala 207 1000–141 Lisboa Telf.: (+351) 21 134 10 06 Telm.: (+351) 91 061 61 62 geral@palavrasaliadas.pt www.magazineimobiliario. com Director Joaquim Pereira de Almeida Editora Carla Celestino Colaboradora Permanente Elisabete Soares Fotografia Anabela Loureiro Tradução Chris Graeme

Grafismo Rodrigues Silva Contabilidade Nasceconta

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Sol e Lua

Periocidade Bimestral

Tourism Viseu

Tiragem 3.000 exemplares

46

Impressão Jorge Fernandes, Lda. Rua Qta. de Marcarenhas, 2820 Charneca da Caparica Depósito Legal 363718/13 SSN – 2183-0517 ERC – 126397 Estatuto editorial disponível na página de internet www. magazineimobiliario.com

Vila Galé

50

Tauromaquia Bull fighting

54

Azimute

Coordinates Green World

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Ventos do Norte

North winds Construções JFS JFS Constructions

60

Opinião Opinion Elisabete Soares

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Do Mundo

International SIMA 2017


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Capa 4 24 JUL/AGO 2017

VerĂŁo 2017

Quando o calor aperta

Summer 2017

When summer sizzles


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“Quando o calor aperta e a sede desperta…”, já dizia o spot publicitário, rumase às praias portuguesas para refrescar e aproveitar as horas ‘infinitas’ de sol. Mas hoje o Verão vai muito além da imagem tradicional de praias de areia branca e águas de um azul profundo, sendo complementado por uma variedade de actividades ao ar livre e, acima de tudo, criando laços afectivos com o destino turístico. “When summer sizzles and the heat is on ... “go the radio adverts, and people head for Portuguese beaches to cool off and make the most of seemingly endless hours of sun. But today the Summer extends far beyond the traditional image of white sandy beaches and deep blue waters, being complemented by a variety of open-air activities and, above all, creating affectionate links with the tourist destination.

Texto Text: Carla Celestino

De pés descalços pela areia fina e branca, portugueses e estrangeiros têm o mesmo ritual: Estender a toalha ao sol, bronzear e relaxar. Podem até fazer mergulho ou pesca, andar de ‘gaivotas’ ou passear de iate, jogar uma partida de golfe ou fazer uma massagem no spa, degustar umas conquilhas ou uns lagostins… mas a ‘tribo’, qualquer ela que seja, é nas praias portuguesas que vai despojar o frenesim do quotidiano e contemplar o que é único e original no nosso País. Estas continuam a ser as férias de Verão em Portugal… ou talvez não… Outra realidade é que, muito embora o Verão seja cativante e existam turistas ‘leais’, a realidade é que nem sempre se consegue que os mesmos turistas regressem ao mesmo destino no ano seguinte. O que falta? Dizem os especialistas que é dar algo mais do que o esperado aos turistas, é satisfazer os seus desejos e vontades mesmo antes de os turistas terem consciência deles, é fazer com que se ‘sintam em casa’… mas é, sobretudo, criar e partilhar experiências e emoções turísticas que os marquem de uma forma tão intensa que vão ansiar e sonhar por regressar.

Fidelizar veraneantes O Algarve foi um dos primeiros destinos portugueses a perceber esta realidade e a implementar medidas para ultrapassar este desafio. Muito embora um estudo da THR refira que 64,2% dos inquiridos afirmam que vão repetir a visita ao

Algarve, a realidade é que, conforme refere o Plano Estratégico de Marketing 2015-2018, esta região “ainda não suscita uma experiência turística emocional suficientemente única e especial”. Mas esta é uma ideia que já está a mudar… O presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva, recorda que “essa era a realidade de há cerca de quatro anos”, altura em que “as estratégias eram quase isoladas e passavam apenas pelos produtos Sol/Praia/Mar e Golfe”. Agora, a realidade é mais próxima de uma experiência turística mais envolvente, pois, como explica, “estamos a assistir a uma alteração de paradigma no que concerne à oferta dos produtos do Algarve e onde o Sol/Praias é um factor claramente decisivo mas que está a ser complementado com outras ofertas, outras experiências e outras emoções”. Desidério Silva adianta também que hoje o turista da época de Verão que procura a região “não vem só, vem com a família que é constituída por um agregado que opta por ter experiências agregadas, como seja a prática do turismo de natureza, desportos radicais, caminhadas, bicicletas, observação das aves e dos cetáceos, património, cultura, etc.”, além disso, surgiu também “um conjunto de empresas e técnicos especializados ligados à praia, ao mar e à luz da região que fazem toda a diferença”. Com as novas actividades ao alcance dos turistas e durante todo o ano, Desidério Silva acredita que “o turista quando sai da região leva um reforço de


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O Verão de 2017 vai ser melhor que o de 2016 no que toca a receitas, dormidas e número de turistas. The summer of 2017 will be better than 2016 in terms of receipts, overnight hotel stays and the number of tourists.

experiências e emoções que há uns anos não tinha e que o vai fazer, seguramente, regressar ao Algarve”. O Turismo do Alentejo/Ribatejo partilha esta ambição de se afirmar internacionalmente como um destino turístico de “experienciações singulares, inolvidáveis e fidelizantes”. E vai mais longe ao convidar, a propósito da campanha ‘Desligue’, o próprio público a ser protagonista dos próximos filmes promocionais destas zonas do País. Para o efeito convida anónimos a passar um fim-de-semana numa das duas regiões e a registar, na primeira pessoa, num pequeno homevídeo as experiências emocionais vivenciadas no território. Não há, pois, nada mais criativo e potenciador do que convidar os residentes ou visitantes, por um lado, a descobrir a singularidade e diversidade destes territórios, e, por outro, a torná-los embaixadores destes dois destinos. Sejam experiências gastronómicas nos restaurantes locais, sejam actividades turísticas promovidas pelas empresas deste território, a máxima do Alentejo/Ribatejo é “desligar e viver experiências inesquecíveis”.

Destinos improváveis O Porto e Norte de Portugal está a bater continuamente recordes turísticos, está na moda e aconse-

lha-se vivamente. Mas, por certo, se não for por questões de visita a familiares e amigos ou de (re) descoberta, não é a primeira região que nos surge no pensamento quando pensamos em férias de Verão ao sol e no mar. Mas o que pensaria se lhe disséssemos que ir à praia surge entre as actividades mais praticadas pelos turistas nesta região? Com efeito, e de acordo com o estudo do IPDT, em parceria com o Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) e o Aeroporto do Porto, 30% dos turistas inquiridos afirmaram que a principal motivação que os moveu a visitar esta região foi Lazer/Sol e Mar. Tal significa que, neste momento, o ‘Sol e Mar’ encontra-se no mesmo patamar dos tradicionais ‘Short-Breaks’ (29%). O presidente do TPNP, Melchior Moreira, explica que o “surf, mergulho, pesca desportiva ou passeios náuticos, apoiados por infra-estruturas e serviços de grande qualidade, são só algumas das actividades que nos últimos anos mais têm chamado os turistas para as praias do Norte”. Melchior Moreira recorda que esta região “não dispõe de água marítima temperada, não é um fenómeno de massas e tem uma amplitude sazonal muito menos marcada que outros destinos nacionais”, por conseguinte tem “um posicionamento distinto”. Como diz, “é justamente nas oportunidades que nos centramos e que residem na arti-

culação do ‘Sol e Mar’ com motivações associadas à cultura, história, gastronomia, natureza e prática de desportos náuticos que, podem ser potenciadas pelo número horas de exposição sol que nos diferenciam, designadamente, de países emissores estratégicos do centro Europa”. “Outra oportunidade reside no facto de termos ondas, o que nos leva a considerar como estratégico os desportos náuticos. Este destino organiza por ano 15 provas de surf, body board e longboard, que são realizadas desde Viana do Castelo até Espinho. Sete destas provas fazem parte do circuito nacional e não podemos esquecer o impacto financeiro, que em Portugal, movimenta apenas com o surf mais de 400 milhões de euros, o que traduz a sua relevância para o aumento da sustentabilidade do destino”, conclui. O Centro de Portugal não fica atrás em matéria de ocupação no Verão e a diversidade vai desde o património histórico-religioso, gastronómico, natureza, lazer… Aqui encontra-se uma das praias mais cobiçadas - Mira -, ou não fosse a única no Mundo a receber a Bandeira Azul 31 anos consecutivos. Aliás, 70 das 320 praias nacionais, fluviais e marítimas, que receberam Bandeira Azul em 2017 estão inseridas precisamente no Turismo Centro de Portugal. Existem ainda verdadeiros ‘tesourinhos’ que parecem querer sair do anonimato para as luzes da ribalta. Segundo o estudo ‘Praias emergentes em Portugal’ da plataforma global de pesquisa de hotéis Trivago, de 2015, Comporta, em Grândola, Torres Vedras e Manta Rota, em Vila Nova de Cacela, são as “localidades situadas à beira-mar” onde se registou um maior aumento da procura turística nos últimos dois anos. Já Foz do Arelho, nas Caldas da Rainha, e a praia do Furadouro, em Ovar, apresentam-se como as “praias portuguesas que se estão a tornar tendência”. A surgir num cada vez maior número de guias internacionais estão as praias de Caminha e Odeceixe. E, claro, no top 10 não podiam ainda faltar as praias de Porto Covo,


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em Sines, Calheta, nos Açores, e Porto Santo, na Madeira.

O Sol e Mar é um produto maduro em Portugal, que tem uma história de mais de 60 anos e foi responsável por internacionalizar o turismo nacional. Sun and sea is a mature product in Portugal, which has a history or over 60 years and was responsible for internationalising national tourism.

“Turismo chama turismo” O presidente do TPNP destaca, e bem, que “o Sol e Mar é um produto maduro em Portugal”, que “tem uma história de mais de 60 anos” e “foi responsável por internacionalizar o turismo nacional”. Mas hoje as suas linhas estratégicas diversificaram-se, tornaram-se mais inovadoras e competitivas. A este propósito, o Primeiro-Ministro António Costa salientou, recentemente, que a oferta de sol e praia “felizmente era boa, continua bem e vai continuar bem”. Os números assim o confirmam. O barómetro do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) refere que “mais de 75% dos inquiridos acreditam que o Verão de 2017 vai ser melhor que o de 2016 no que toca a receitas, dormidas e número de turistas, no que se refere ao mercado interno”. Já relativamente ao mercado externo, o mesmo documento avança que provavelmente existirá uma “evolução ainda mais positiva” que poderá registar uma subida de mais de 90%. No mercado nacional, 69,1% dos inquiridos acreditam num aumento dos turistas portugueses no Verão de 2017. Esta confiança dos empresários do sector já levou o presidente do IPDT, António Jorge Costa, a perspectivar “novos recordes” para 2017. Existe, pois, toda uma indústria paralela que

desperta com a subida das temperaturas. Nos apartamentos de alojamento local são quase inexistentes as placas a dizer ‘aluga-se’, as esplanadas enchem-se de pessoas e a fila começa nas barraquinhas de gelados, as sombrinhas de palha abrem-se para fazer sombra sobre as espreguiçadeiras, as gaivotas ou barcos ondulam no mar à espera de clientes e no areal ouvem-se os apitos de advertência dos nadadores-salvadores, também há as sessões de ‘chill out’ ou ‘gym’ e não faltam as ‘sunset parties’ com o DJ da moda… tudo para animar o Verão. Remata-se com uma declaração de António Costa: “É minha profunda convicção que turismo chama turismo porque cada visitante, no regresso a casa, conta a sua experiência aos familiares, amigos, colegas de trabalho e vizinhos e, se desses, dois vierem visitar o País, já é bom”. In bare feet with fine white sand tickling the toes, Portuguese and foreigners enjoy the same ritual: Spread out the beach towel, relax and sunbathe. They can even take a dive or go fishing, walk along the beach with the seagulls or go out in the yacht. Playing a round of golf, enjoying a massage in a spa, try the local shellfish and crayfish are options too ... But whatever the ‘tribe’ they are from, it is on Portuguese beaches that they spend the frenetic energy of their daily lives and think on what is unique and original in our country. These con-


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tinue to be the Summer holidays in Portugal .. Or maybe not ... Another reality is that whilst the Summer is very enticing and there are ‘loyal’ tourists, the truth is that you can’t always ensure that the same tourists return to the same destination the following year. What’s missing? Specialists say that exceeding the tourists’ expectation by giving something extra and satisfying their desires and whims even before the tourists themselves know what it is that they want is the key. Making them ‘feel at home’ ... But it is, above all, about creating and sharing experiences and emotions that touch them so deeply that they can’t wait to come back.

Securing loyalty from summer lovers The Algarve was one of the first Portuguese destinations to understand this reality and implement measures to overcome this challenge. Even though a THR study stated that 64.2% of those surveyed said they would come back and visit the Algarve, the truth is, according to the Marketing Strategy Plan 2015-2018, this region “has yet to provide an emotional experience for the tourist that is sufficiently unique and special”. But this is an idea that is already changing... The President of Algarve Region Tourism, Desidério Silva recalls that “this was the reality around four years ago”, a time when “ campaign strategies were almost isolated and merely involved the

products Sun/Beach/Sea and Golf”. Now, the reality is closer to an all-involving tourist experience and as he says “we’re seeing a change in paradigm regarding the range of Algarve products and where Sun/Beaches are clearly decisive factors but which are complemented by other products, experiences and emotions”. Desidério Silva also adds that today the Summer season tourist that seek out the region “doesn’t come alone, but with the family which comprises a household which chooses to have experiences as a family group, like practising nature tourism, radical sports, walking, biking, bird and whale watching, heritage, culture, etc”, plus there are “a number of companies and specialists too linked to the beach, sea and the region’s light that can make all the difference”. With new activities within the reach of tourists and all-year-round, Desidério Silva believes that the “tourist on leaving the region takes a suitcase full of emotions and experiences with them which a few years ago didn’t exist but will surely make them want to return to the Algarve”. The Alentejo/Ribatejo Tourist Board shares this ambition to be recognised internationally as a tourist destination of “unique, all-inclusive and tourist-loyalty experiencing and experiences”. And he goes further by inviting, on the back of the campaign “Switch off”, the public themselves to take lead roles in the forthcoming promotional films on these areas of the country.

A oferta de sol e praia felizmente era boa, continua bem e vai continuar bem. The offer of Sun, Sea and Beach was thankfully strong and continues to be strong and will continue to be so.


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A confiança dos empresários do sector já levou a perspectivar novos recordes para 2017. The confidence from business leaders in the sector has already led to predict new records for 2017. To this end he is inviting complete strangers to spend a weekend in one of two regions and to record, in first person, a small home video of their emotional experiences in the place. Indeed there is nothing more creative and empowering that to invite the residents or visitors to, on the one hand, discover the uniqueness and diversity of these territories, and, on the other, become ambassadors of these two destinations. Whether gastronomic experiences in local restaurants or tourist activities organised by the companies in these areas, the maxim of the Alentejo/ Ribatejo is to “switch off and live unforgettable experiences”.

Improbable destinations Porto and the North of Portugal is continually breaking tourist records, is in fashion and you’re strongly advised to visit. But, one thing is for certain, if it weren’t for questions of visiting family members and friends or rediscovery, it isn’t the first region that springs to mind when thinking about summer holidays in the sun and by the sea. But what would you say if we were to tell you that going to the beach is among the activities most practised by tourists in this region? In effect, and according to the IPDT study, and in partnership with Porto and the North of Portugal Tourism (TPNP) and Porto Airport (Aeroporto do Porto), 30% affirm that the main reasons for visiting this region was Leisure/Sun and Sea. That means that at the moment ‘Sun and Sea’ is on the same level as the traditional ‘Short-Breaks’ (29%). The President of the TPNP, Melchior Moreira, explains that “surfing, diving, sports fishing and boat trips supported by infrastructure and good quality services are just some of the activities that in recent years have called tourists to the beaches in the north”. Melchior Moreira recalls that this region “does not have warm sea water, is not a phenomena for the masses and has a much shorter season than other national destinations”, and as

a consequence has “a distinct positioning in the market”. As he says, “it is exactly in the opportunities that we’re centred on and which lie in the ‘Sun and Sea’ liaison, with motivations associated with culture, history, gastronomy, nature and practising water sports that could be enhanced by the number of hours of sunlight which sets us apart, namely, from strategic Central European tourist source countries”. “Another opportunity lies in wave conditions, which leads us to consider maritime water sports as strategic. This destination organizes 15 surfing, body board and longboard competitions every year, which are held from Viana do Castelo to Espinho. Seven of these competitions are part of the national circuit and we cannot forget the financial impact which in Portugal generates over 400 million euro from surfing alone, which means its relevance for increasing the sustainability of the destination”, he concludes. The Centre of Portugal isn’t far behind in the matter of Summer tourism uptake and diversity which ranges from historicreligious heritage, gastronomy, nature and leisure

... Here one finds one of the most coveted beaches - Mira -, which is the only beach in the world to have been awarded the Blue Flag for 31 years on the trot. Furthermore, 70 of the 320 national sea and river beaches that were awarded the Blue Flag in 2017 lie exactly within the Central Portugal Tourist Board (Turismo Centro de Portugal). Then there are real ‘little treasures’ which seem to no longer want to remain in the closet but bask in the spotlight instead. According to the 2015 study ‘Emerging Beaches in Portugal’ from the global hotels search engine Trivago, Comporta, in Grândola, Torres Vedras and Manta Rota, in Vila Nova de Cacela, are “localities situated on the coast” where a great increase in tourist demand was recorded in the two years prior. Already Foz do Arelho, in Caldas da Rainha and Furadouro beach, in Ovar, are “Portuguese beaches which are displaying this trend”. Appearing in an increasing number of tourist guides are the beaches of Caminha and Odeceixe. And, of course, and in the top 10 we can’t leave out the beaches of Porto Covo, in Sines, Calheta, in the Azores, and Porto Santo, in Madeira.


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O turista quando sai de Portugal leva um reforço de experiências e emoções que há uns anos não tinha e que o vai fazer, seguramente, regressar. The tourist on leaving Portugal takes a suitcase full of emotions and experiences with them which a few years ago didn’t exist but will surely make them want to return.

“Tourism attracts tourism” The President of the TPNP highlights and highlights well, that “Sun and sea is a mature product in Portugal”, which has a history or over 60 years” and “was responsible for internationalising national tourism”. But today its strategic lines have diversified, becoming more innovative and competitive. On this subject, the Prime Minister António Costa recently stressed that the offer of Sun, Sea and Beach “was thankfully strong and continues to be

strong and will continue to be so”. And the numbers confirm it. The barometer of the Institute for Tourism Planning and Development (Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) states that more than 75% of those surveyed believe that the summer of 2017 will be better than 2016 in terms of receipts, overnight hotel stays and the number of tourists, regarding the internal market”. Now regarding the external market, the same document states that there will probably be an “even more positive development”

which could register an increase by over 90%. In the national market 69.1% of those surveyed believe there will be an increase in Portuguese tourists in the summer of 2017. This confidence from business leaders in the sector has already led the President of the IPDT, António Jorge Costa, to predict “new records” for 2017. There is indeed a whole parallel industry that takes off with the rise in temperatures. Placards stating “for rent” are practically non-existent in local accommodation apartments, the esplanades are full of people and the queue is beginning at the ice-cream huts, straw parasol shades are open to provide shade over the beach loungers, the sea gulls and boats bob up and down on the sea waiting for customers while on the beach warning whistles from the life guards can be heard. There are also ‘chill out’ and ‘gym’ sessions and there’s no lack of ‘sunset parties’ with the DJ in fashion...all to liven up the summer. We sign off with a statement from António Costa: “It is my deep conviction that tourism attracts tourism because each visitor, on their return home, tells their experience to family members, friends, work colleagues and neighbours and, if out of these, two come and visit the country, that already good in itself”.



Metro Quadrado 12 24 JUL/AGO 2017

Novos projectos em marcha

Basta dizer Quinta do Lago New projects in progress

Just say Quinta do Lago


13 24 JUL/AGO 2017

Acaba de ser lançado o projecto ‘Reserva’ na Quinta do Lago, a ser desenvolvido pela empresa Quinta Reserva. Este novo empreendimento é comercializado exclusivamente pela Real Estate da Quinta do Lago, imobiliária oficial do Resort, e segundo o Chief Executive Sean Moriarty, um produto como este, era há muito esperado pelo facto de ser um negócio que dificilmente volta a ser repetido dado a sua elevada qualidade e localização única com vista para a Ria Formosa. Mas não A new project called “RESERVA” has been launched in the urbanization commonly known as Quinta do Lago, being developed by the company Quinta Reserva. This project is for sale exclusively through the Quinta do Lago Real Estate team, and the high standards and quality of the project are guaranteed and according to Chief Executive Sean Moriarty, has been long awaited because of it being a business deal that will be difficult to repeat given its high quality and unique location. And that’s not all.

A visão de Sean Moriarty Sean Moriarty’s vision

Como está a decorrer a sua experiência na Quinta do Lago, sabendo que esta é a primeira vez que trabalha em Portugal? Foi uma grande mudança! Para um país quente, o que mais se pode pedir? A Quinta do Lago é um lugar incrível para se viver. Temos um produto fantástico e estou realmente entusiasmado com o futuro do resort em 2017 e nos próximos anos. Adoro o encanto da gastronomia do Algarve, em particular o peixe fresco e os moluscos únicos da Ria Formosa. A Quinta do Lago comemora este ano 45 anos. Qual a importância desta data e qual a importância da Quinta do Lago nos nossos dias? A história da Quinta do Lago revela como a criação de um destino pode descansar nas mãos de apenas um homem. Este homem era o promotor imobiliário André Jordan e a sua visão garantiu o futuro do principal resort do Algarve. Em 1998, Denis assumiu a liderança e assegurou a posição do resort como o principal resort de golfe e imobiliário no Algarve e como uma luz-guia direccionada para os desenvolvimentos de luxo na Europa e mais além. Aderindo à visão inicial de André Jordan, o resort vai de ‘vento em popa’, com melhorias contínuas em infra-estruturas, instalações e amenities, incluindo um terceiro campo de golfe e a criação de novos e excitantes empreendimentos imobiliários. A Quinta do Lago, agora com 45 anos de idade, amadureceu e é um exemplo verdadeiramente bem-sucedido do turismo residencial de luxo e golfe. Pode-se dizer que o processo de remodelação trouxe um novo dinamismo à Quinta do Lago, não apenas turístico, mas também desportivo e gastronómico, dado os vários projectos implementados? O período de investimento considerável e de trabalho duro dos últimos anos criou uma óptima plataforma para garantir que o resort continue a avançar, e é importante aproveitar ao máximo essa fantástica oportunidade. Nós lançámos vários e diferentes restaurantes, como o Bovino, The Shack. No Golfe criámos

o desafiante Laranjal, para oferecer uma pura experiência de golfe, além de que renovámos completamente o North Course e adicionámos o TaylorMade Performance Center, que é uma óptima preparação antes de ir para o campo. O The Campus é a nossa mais recente adição. O nosso objectivo é fornecer treino e coaching de nível de elite para todos os nossos residentes e convidados. Melhorámos também a nossa oferta geral de forma a garantir que os hóspedes encontrem no resort aquilo que procuram - sempre com o selo de ‘qualidade’ da Quinta do Lago. O Golfe na Quinta do Lago já recebeu vários prémios e foi reconhecido como um dos melhores do mundo. Com uma fasquia tão elevada, como continuarão a inovar e a atrair os amantes deste desporto? A renovação do North Course foi um dos principais projectos que realizámos em tempo recorde. O novo layout foi construído com as mais altas especificações e com um programa de investimentos de mais de nove milhões de euros. Nos últimos anos, fomos aclamados como o ‘Melhor Campo de Golfe da Europa’ nos World Golf Awards de 2014; ‘Melhor local de golfe da Europa’, nos World Golf Awards 2015 e 2016; ‘Melhores resorts internacionais’ no Editor’s Choice Golf Digest em 2016 e 2017. Também lançamos no início deste ano o Junior Golf Club. Haverá sempre novidades no Golfe! E também estamos empenhados em oferecer excelência em todos os níveis - desde atendimento ao cliente e elevação da marca até aos campos de golfe, oferta F&B e atmosfera única em redor do resort -, e em que a Quinta do Lago se destaque em todos os departamentos. Isto é o que nos torna diferentes! Na sua opinião, a Quinta do Lago continua a ser uma área de excelência para a elite mundial e celebridades? Orgulhamo-nos do reconhecimento e da reputação que temos de discrição e segurança. Todos os nossos clientes sentem-se relaxados aqui, seja qual for a sua profissão ou status


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Reserva

social. O nosso objectivo é oferecer um serviço excepcional a todos os nossos clientes! How is your experience working at Quinta do Lago, knowing that this is the first time you are working in Portugal? It was a great change! To a warm country so what is not to love? Quinta do Lago is an amazing place to be based. We have a fantastic product here and I’m really excited at what the future holds for the resort in 2017 and in the upcoming years. I adore the charm of the Algarve’s gastronomy, in particular fresh fish and fresh the unique clams from the Ria Formosa. Quinta do Lago celebrates 45 years this year. What is the importance of this date and what is the importance of Quinta do Lago in our days? The story of Quinta do Lago reveals how the creation of a destination can rest in the hands of just one man. This man was property developer André Jordan, and it was his vision, that secured the future of the Algarve’s leading resort. In 1998 Denis took the lead and has ensured the resort’s position as the leading golf and real estate resort in the Algarve, and as a guiding light in luxury developments for Europe and beyond. Sticking to Andre Jordan’s initial vision, the resort goes from strength to strength, with ongoing improvements to infrastructures, facilities and amenities, including

a third golf course, and the creation of new and exciting real estate developments. Quinta do Lago, now at 45 years of age, has matured into a truly successful example of luxury residential and golf tourism. Can it be said that the process of remodeling brought a new dynamism to Quinta do Lago, not only tourist-real estate but also sports and gastronomic, given the various projects implemented? A period of considerable investment and hard work over the last few years has created a great platform to use to ensure that the resort continues to move forward, and it’s important that we make the most of this fantastic opportunity. We launch several different restaurants like Bovino, The Shack. In Golf, we created the challenging Laranjal, to offer a pure golfing experience, completely renewed the North Course, and added the state of the art golf TaylorMade Performance Center, which is a great preparation before going to the course. The Campus is our latest addition. We aim to provide elite level training and coaching to all our residents and guests. We have been improving our overall offer to make sure that the guest has in the resort what is looking for – always with the “quality” stamp of Quinta do Lago. Golf at Quinta do Lago has been honored with several awards and recognized as

one of the best in the world. With such a high benchmark, how will you continue to innovate and attract the fans of this sport? The renovation of the North Course was one of the major projects we had over done in record time. The new layout has been built to the highest specifications with over €9m investment programme. In the recent years we have been acclaimed named ‘Europe’s Best New Golf Course’ at the 2014 World Golf Awards. Best Golf venue Europe, World Golf Awards 2015 e 2016. Editor’s Choice Golf Digest – Best International Resorts in 2016 and 2017. We have also launched in the beginning this year the Junior Golf Club. There will be always news in Golf! And we are also committed to delivering excellence on all levels – from customer service and brand elevation to the golf courses, F&B offering and atmosphere around the resort – and want Quinta do Lago to stand out in all departments. This is what makes us different! In your opinion, does Quinta do Lago continue to be an area of excellence for the world’s elite and celebrities? We’re proud of the recognition and the reputation we have for discretion, security and safety All of our guests feel relaxed here whatever they profession or social status is. Our aim is to provide an exceptional service to all our guests!


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O ‘The Campus’ é um dos projectos mais aguardados na Quinta do Lago. Este complexo internacional de formação multi-desportiva é único em toda a região do Algarve e destaca-se pela sua dimensão, especialização, privacidade e clima. Aqui vai nascer a próxima geração de praticantes desportivos e campeões. ‘The Campus’ is one of the most eagerly awaited projects at Quinta do Lago. This international multisports complex is unique to the whole Algarve region and stands out for its size, specialisation, privacy and climate. The next generation of sports aficionados and champions will be produced here. A primeira fase do The Campus foi lançada no início de Junho e inclui o Pavilion, seis campos de ténis, quatro espaços de Padel e o Bike Shed. Para os desportistas que estão agora a começar ou jogadores de primeira classe, o The Campus foi projectado para facilitar a consecução de seus objectivos. A fase 2 será concluída em 2018 com um campo de desporto profissional de elevada categoria, que será complementado com a abertura de outras instalações de alto desempenho, incluindo ginásios, uma piscina, amplas comodidades de ciclismo e um centro médico. A missão é oferecer, a uma ampla gama de participantes e num centro de excelência, um ambiente e uma experiência de treino, educação e recuperação de elite. A oferta em termos desportivos inclui rugby, ciclismo, ténis, atletismo e até mesmo os desportos náuticos, para profissionais e não profissionais, sendo este último praticado no lago da Ria Formosa, situado muito perto do The Campus. Após a conclusão, vai incluir espaços exteriores,

The Campus:

Formar os futuros campeões Training future champions

The Campus

indoor, instalações aquáticas, medicina desportiva e centro de desempenho, salas de imprensa e um restaurante. A experiência de jogo será de primeira classe e o programa abrangente pretende conduzir os atletas e todos os praticantes de desporto desde a fase inicial em criança até ao patamar dos profissionais. Estes utilizarão o Pavilion como parte de seu ciclo de preparação para chegar à ‘Primeira Liga’. O The Campus vai ter igualmente um importante enfoque no sector médico e na medicina desportiva que proporcionará uma oportunidade excepcional e única de saúde, bem-estar e estilo de vida.

Academias state-of-the-art O complexo está totalmente preparado com academias state-of-the-art para preparar a próxima geração de desportistas. Com efeito, possui uma cultura de alto desempenho que será fortemente enfatizada em todos

os aspectos do The Campus, quer em relação aos funcionários, quer aos treinadores e serviços. O objectivo do The Campus é apoiar, educar e inspirar os atletas mais jovens e as suas famílias a perseguirem os seus sonhos no desporto de elite e simultaneamente criar e oferecer programas e serviços que maximizem as suas oportunidades de sucesso. The first phase was launched in early June and includes the Pavilion, 6 Tennis Courts, 4 Padel Courts and the Bike Shed. Whether you are just starting out or a top-class player, The Campus is designed to facilitate players in achieving their goals. Phase 2 will be concluded in 2018 with a professional full-size hybrid sports pitch complemented by the opening of other high-performance facilities including gymnasiums, a swimming pool, extensive cycling amenities and a medical centre. The mission is to offer, to a wide range of participants and in a centre of excellence, an


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environment and training, education and elite recuperation experience that is second to none. The facilities offered in sporting terms include rugby, cycling, tennis, athletics and even water sports, for both professionals and amateurs, with the latter practising on the Ria Formosa lake located very close to The Campus. After completion, it will include outdoor and indoor spaces, water, sports medical and performance facilities, press rooms and a restaurant. The games experience will be first class and the wide-ranging programme aims to accompany

athletes and all sports practitioners from the beginners’ phases as children to the professional level. These will use the Pavilion as part of their preparatory cycle to reach the ‘First League’. ´The Campus will also provide an important emphasis on the medical sector and sports medicine which will provide an exceptional and unique health, wellness and lifestyle opportunity.

State-of-the-art Academies The complex is totally prepared with state-of-

the-art academies to prepare the next generation of sportsmen and sportswomen. As such, it has a high performance culture that will be strongly emphasised in all aspects of The Campus, in relation to the staff, trainers and services. The objective of The Campus is to help, educate and inspire younger athletes and their families to pursue their dreams in elite sports and at the same time create and offer programmes and services that maximise their opportunities for success.

Reserva

‘Reserva’ A Reserva foi recentemente lançada em Março, oferecendo 26 casas exclusivas e contemporâneas no lago, no coração da Quinta do Lago. A singularidade da Reserva, além de sua localização excepcional e credenciais impecáveis, reside na vida que lhe permitirá liderar junto com um serviço completo de atendimento de cinco estrelas. A construção começará em Julho de 2017. É um projecto de 20 meses para que a entrega das chaves aos utilizadores finais seja concretizada antes do Verão de 2019. Este projecto é exclusivamente vendido pela equipa oficial da Real Estate da Quinta do Lago.

Reserva was recently launched in March – offering 26 unique and contemporary lakeside homes set in the heart of Quinta do Lago. The uniqueness of Reserva, besides its exceptional location and impeccable credentials, lies in the life it will allow you to lead with a 5-star full concierge service. The construction will start in July 2017. It is a 20 months project so the key delivery for end users will be before summer 2019. This project is exclusively for sale through Quinta do Lago official Real Estate team.


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CONVENTO DAS BERNARDAS

CONDOMÍNIO PORTO MÓS

Com vista para a cidade de Tavira, encontra-se um dos mais modernos condomínios do Algarve, o Convento das Bernardas. Dono de uma beleza ímpar, é composto por tipologias T1 a T3 com áreas de 58m2 a 117m2.

A 2 kms de Lagos, este condomínio de 24 apartamentos com configuração de moradia e áreas entre 100m2 e 130m2, localiza-se próximo da praia de Porto de Mós.

CASTRO MARIM GOLFE & COUNTRY CLUB

LUX TAVIRA

Lotes de terreno para construção de moradias com áreas de 375 m2 a 2.720 m2, inseridos numa propriedade com vista para o Rio Guadiana e para o Oceano Atlântico.

Condomínio com 31 moradias T3 disponíveis, situa-se a poucos minutos das praias da Ilha de Tavira, do centro da cidade ou do Parque da Ria Formosa.


Metro Quadrado 18 24 JUL/AGO 2017

Avenue

O emblemรกtico quarteirรฃo da Avenida The Emblematic block on the Avenue


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Reina a euforia no investimento e promoção imobiliária de luxo de Lisboa, mas também aqui, e mais que nunca, é tempo de separar o ‘trigo do joio’. A Avenue é dos mais sérios agentes desta corrida onde correm, lado a lado, players de várias nacionalidades, gente que investe milhões e milhões. Saiba porque Aniceto Viegas, conhecido gestor desta área, se entregou a este delicado desafio. There’s an atmosphere of euphoria in investment and luxury real estate development, but here, more than ever, it’s time to sort the wheat from the chaff. AVENUE is among the most serious contenders in this race running head to head with players of various nationalities who invest millions and millions. Discover why Aniceto Viegas, wellknown property real estate developer in this area, has entered the running in this tight race.

o Orpheu XI e o Aliados 107 no Porto. Temos dois projectos em licenciamento, o 266 Liberdade e o The Cordon, e um projecto em concepção perto da Avenida da Liberdade. Relativamente aos novos investimentos, um encontra-se em fase final de negociação de contrato e temos uma segunda oportunidade de investimento identificada. Esperamos identificar e concluir um terceiro investimento ainda este ano. Apostaram na reabilitação para habitação, sobretudo de edifícios históricos e em zonas do Chiado e Avenida da Liberdade, em Lisboa, e Avenida dos Aliados, no Porto. Porquê da escolha deste segmento de mercado e destas zonas em particular? Com um ponto de partida mais macro, é importante destacar as qualidades intrínsecas de Portugal, os progressos que foram feitos e o devido reconhecimento internacional que estamos a ter, que realça a nossa identidade. A AVENUE pretende investir 200 milhões de euros em projectos de reabilitação urbana até ao final de 2020. O que levou a empresa a promover esta aposta tão forte? A AVENUE pretende de facto investir 200 milhões em promoção imobiliária e estimamos que mais de metade será em reabilitação, sendo que também haverá uma parte do investimento para construção nova. Independentemente do investimento ser em reabilitação urbana ou em construção nova, será sempre nos principais eixos das localizações urbanas, e em especial em Lisboa e no Porto. Esta estratégia de investimento procura antecipar a procura dos nossos clientes. Durante o triénio 2015-2017, a procura incidiu essencialmente na habitação de segmento alto, em zonas prime, como na Avenida da Liberdade e no Chiado em Lisboa e na Avenida dos Aliados no Porto. Quando os projectos estão localizados em zonas que tenham potencial para comércio, também apostamos no comércio de rua. Acreditamos que durante o período, 2018-2020, surgirão novas oportunidades na habitação de segmento médio e no desenvolvimento de escritórios, em complemento da estratégia actual mais orientada para o segmento residencial alto. Actualmente têm sete projectos em curso em Lisboa e no Porto e até ao final do ano deverão adquirir mais dois/três activos nestas cidades. Qual a evolução destes projectos? Temos actualmente quatro projectos em construção, o Liberdade 203 – que ficará concluído durante o mês de Junho 2017 -, o Liberdade 40,

Garantia de peso Significant guarantee A Avenue procurou juntar a experiência e o conhecimento do mercado imobiliário dos seus colaboradores à capacidade de investimento do seu accionista, o fundo de investimento pan-europeu Perella Weinberg Real Estate Fund II, que é gerido pela Aermont Capital LLP. O Fundo Perella Weinberg Real Estate Fund II tem um capital de 1,3 mil milhões de euros e a Aermont gere três fundos pan-europeus com um capital total de 4,0 mil milhões de euros. AVENUE seeks to join experience and knowledge of its staff on the real estate market to the investment capacity of its shareholders, the pan-European investment fund Perella Weinberg Real Estate Fund II, which is managed by Aermont Capital LLP. The Perella Weinberg Real Estate Fund II has 1.3 billions euro in capital and Aermont manages three pan-European funds with a total capital of 4.0 billion euro.


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A nossa escolha de investimento teve a ver com a procura que identificámos e à qual tentamos responder de forma adequada. Privilegiámos os activos com elevado valor patrimonial, porque é importante contribuir para o regresso aos centros urbanos e recuperar os edifícios que são representativos do nosso legado e da nossa história. Se a procura e o mercado podem contribuir para que este património não fique devoluto ou em estado de degradação, parece-nos que é importante aproveitarmos esta oportunidade. Quais as perspectivas da AVENUE para os próximos anos? As perspectivas são positivas e somos de opinião que devemos continuar a responder de forma prudente, tendo sempre como preocupação observar, responder e antecipar a procura. AVENUE intends to invest 200 million euro on urban rehabilitation projects by 2020. What led the company in making such a strong investment? AVENUE really does intend to invest 200 million in real estate development and we estimate that almost a half will be on rehabilitation while the rest will be for new construction. Regardless of whether the investment is on urban rehabilitation or new building, it will always be around the main urban highways, and especially in Lisbon and Porto. This investment strategy seeks to anticipate the demand of our clients. During the 2015-2017 triennial, there was particular demand for housing in the highend segment, in prime areas such as Avenida da Liberdade and Chiado in Lisbon and on Avenida dos Aliados in Porto. When projects are located in areas with commercial potential, we also invest in high street retail premises. We believe that during the period 2018-2020 new opportunities will arise for housing in the mid-range and in office development, complementing the current strategy but aimed at the high-end residential segment. You currently have seven projects underway in Lisbon and Porto and by the end of the year should acquire two/three assets in these cities. What are the development of these projects? We currently have four construction projects, Liberdade 203 - which will be completed in June 2017 -, Liberdade 40, Orpheu XI and Aliados 107 in Porto. We have two projects waiting for the planning permission, 266 Liberdade and The Cordon and a last one which is a project in conception close to Avenida da Liberdade. As

to new investments, one is in the final of contract negotiation and we have a opportunity for investment identified. pect to identify and complete a third ment this year.

phases second We exinvest-

You focus on urban rehabilitation for housing, particularly historic buildings and in the areas of Chiado and Avenida da Liberdade, in Lisbon, and Avenida dos Aliados, in Porto. Why did you choose this segment of the market and in these areas in particular? On a more macro starting point, it is important to highlight the intrinsic qualities of Portugal, the progress that was made and the due international recognition that we’re seeing, which underscores our identity.

Our investment choice has to do with the demand we’ve identified and which we try to meet in a suitable manner. We value assets with a high heritage value because it is important to contribute to a return to urban centres and restore buildings that our representative of our legacy and history. If the demand and market can contribute to this heritage not being abandoned and left empty or in a dilapidated state, we think it is important to make the most of this opportunity. What perspectives are there for AVENUE in the coming years? The perspectives are positive and in our opinion we should continue meeting them in a prudent manner, always being careful to observe, respond to and anticipate demand.

Liberdade 203

Prestígio e ambiente cosmopolita A Prestigious and Cosmopolitan Environment Localizado na Avenida da Liberdade, é constituído por 44 apartamentos nas tipologias T1 a T4 Duplex, de 80 a 278m2, possuindo as mais modernas soluções técnicas, acabamentos cuidadosamente seleccionados e um extraordinário aproveitamento da magnífica luz de Lisboa. Todos têm também acesso directo desde o estacionamento que ocupa os três pisos subterrâneos. O Liberdade 203 possui ainda nove lojas que se apresentam com um novo conjunto que reforça a oferta de retalho da Avenida da Liberdade com 3.100 m2. Cosmopolita e contemporâneo, assume-se como um espaço de refúgio que convida à partilha e ao convívio com a família e amigos.

Located in Avenida da Liberdade, this refurbishment comprises 44 one to two-bed apartments and four-bed duplex, ranging from 80 to 278m2, with the latest technical mod-cons, carefully selected fixtures and fittings and an extraordinary use of Lisbon’s magnificent light. All enjoy direct access to the parking that takes up the three underground floors. Liberdade also boasts nine shops presenting a new collection that boosts the retail offer in Avenida da Liberdade by 3,100m2. Cosmopolitan and contemporary, this is a space of refuge which is perfect for sharing and spending time with friends and family.


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Orpheu XI

Liberdade 40

O seu lugar na História A place in History Prédio tipicamente pombalino, situado na zona do Chiado, atravessou uma intervenção de reabilitação mas que soube respeitar a sua tradicionalidade e manter o seu carácter nobre. Com cinco pisos e 19 lugares de estacionamento em cave em sistema semi-automático, oferece actualmente 10 apartamentos Loft a T3 de 110 a 370m2. Estão ainda dotados de varandas e terraços adjacentes às salas que oferecem uma vista deslumbrante sobre Lisboa, a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, a par de um inesquecível pôr-do-sol. A typically building in the Pombaline style located in the Chiado area, it has undergone refurbishment whilst respecting its traditional aspects and maintaining its noble character. With five floors and 19 basement parking places with a semi-automatic system, it currently offers 10 apartments Loft to three-bed from 110m2 to 370m2. They also boast balconies and terraces adjacent to the rooms which offer fabulous views over Lisbon, the April 25th Bridge and the Christ the King monument, not to mention an unforgettable sunset.

Unique living Em pleno coração da Avenida da Liberdade surge este edifício elegante e contemporâneo que possui sete pisos e 16 apartamentos, desde T0 equipados a partir de 35 m2 até T3 com mais de 190 m2 e que apresentam um estilo moderno, exclusivo e minimalista. As varandas que abrem sobre a Avenida, as árvores que conferem uma privacidade significativa e a vista extraordinária dos pisos superiores para o castelo de S. Jorge, em conjunto com a loja de 721 m2, definem o carácter urbano do Liberdade 40. This elegant and contemporary building is right in the heart of Avenida da Liberdade with six floors and 16 apartments, from fully fitted out Studios from 35m2 to three-bed apartments with over 190m2 and presenting a modern, exclusive and minimalist style. The balconies which open out over the Avenida and the trees which provide significant privacy as well as the extraordinary views of St. Jorge’s Castle from the upper floors join a 721m2 shop,define the urban character of Liberdade 40.


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The Cordon Everyday inspiration Criteriosamente reabilitado, este edifício surge no Chiado e respira o ambiente criativo local e a tradição lisboeta adaptada aos dias de hoje. Conta com seis pisos, 12 apartamentos loft a T4, com 60 a 245 m2, e estacionamento. The Cordon é também um edifício que inspira uma vida melhor, numa casa com deslumbrantes vistas sobre o Tejo e o conforto de viver numa zona tranquila no mais vibrante centro da capital. Carefully refurbished and restored, this Chiado building oozes Lisbon local creative ambience and tradition whilst being adapted to current times. It has six floors, 12 apartments, loft to four-bed, from 60m2 to 245m2 and parking. The Cordon is also a building that inspires better living in a building with spectacular views over the Tagus river and the comfort of living in a peaceful area yet in the most vibrant part of the capital.

226 Liberdade Rewrite your story Outrora sede do jornal ‘Diário de Notícias’, o 226 Liberdade volta a reescrever a história, agora como espaço ideal para narrar o próximo capítulo de vida dos seus residentes. As páginas do quotidiano podem ser desfolhadas nos cinco pisos que atravessam este edifício e que oferecem 32 apartamentos desde studio a T4+1, de 45 a 400m2, uma loja de 1.315 m2 e estacionamento. Formerly the headquarters of the newspaper ‘Diário de Notícias’, 226 Liberdade is again telling stories, now with the ideal space to tell the next chapter of the life of its residents. The pages of daily life can be leafed through the five floors that cut across this building which offers 32 apartments from studio flats to four-bed +1, from 45-400m2, a 1,315 shop and parking.

Aliados 107 Embrace the city Na centenária Avenida dos Aliados, a mais nobre avenida da cidade do Porto, surge o monumental edifício Aliados 107. Outrora sede do jornal ‘O Comércio do Porto’, detém ao todo cinco pisos caracterizados por 23 apartamentos distintos T1 a T4, de 53 a 243m2, com excelentes acabamentos, quatro lojas num total de 1.700 m2 e estacionamento, que garantem o conforto moderno em pleno coração da baixa portuense. In the hundred-year-old Avenida dos Aliados, the most noble avenue in Porto, is the monumental building Aliados 107. Once the headquarters of the newspaper ‘O Comércio do Porto’, it has five floors characterised by 23 distinctive apartments from one to four bed, 53-243m2, with excellent fixtures and fittings, four shops with a total of 1,700m2 and parking that ensure modern comfort right in the heart of downtown Porto.


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Paixão pelo Imobiliário

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Metro Quadrado 24 24 JUL/AGO 2017

Lisbon Green Valley

Diferente de tudo como de costume Different from everything as always


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Inserido nos mais de 1000 hectares de floresta da Serra da Carregueira, a 15 minutos do centro de Lisboa, o Belas Clube de Campo é o local ideal para as famílias, amantes do golfe e apreciadores da tranquilidade e Natureza. O empreendimento lançou agora uma nova fase – Lisbon Green Valley -, composta por Townhouses, apartamentos e lotes para construção e de acordo com o André Jordan Group está a ser um sucesso a nível nacional e internacional. Set in over 1000 hectares of Serra da Carregueira forest, 15 minutes from the centre of Lisbon, Belas Clube de Campo is the ideal place for families, golf lovers and those who appreciate tranquillity and nature. A new phase at the development has been launched - Lisbon Green Valley -, comprising town houses, apartments and building plots and according to the André Jordan Group it’s a success nationally and internationally.

Um espaço único para viver, onde domina a excelente qualidade arquitectónica e belezas paisagísticas, sem faltar as infra-estruturas e serviços necessários ao dia-a-dia dos seus residentes e visitantes. Tudo isto com o selo de garantia do André Jordan Group. Concluída a primeira fase do Belas Clube de Campo, onde moram actualmente 750 famílias e cerca de 2.500 residentes, o que a torna na mais baixa densidade e alta qualidade numa capital europeia.

Apartamentos,Townhouses e lotes para construção Esta fase corresponde a um investimento de aproximadamente 100 milhões de euros que foi aplicado na construção das primeiras 200 unidades, sendo que está totalmente infra-estruturada, e as primeiras townhouses concluídas. Os apartamentos, townhouses e lotes para construção de moradias perfazem um total de 366 unidades. Com áreas generosas, acabamentos de qualidade e vistas privilegiadas, as unidades nas tipologias T1, T2 e T3+1 variam entre os 350 mil euros e os 660 mil euros e as tipologias T3+1 e T4 + 1 os valores vão desde os 890 mil euros e os 1.075 mil euros. A comercialização dos lotes para a construção de moradias tem como preço base os 315 mil euros, sendo que os proprietários são livres de desenvolver os seus próprios projectos. A nova etapa foi projetada pelo arquitecto de

renome Eduardo Capinha Lopes. Como o próprio autor refere: “Foi-me lançado o desafio de criar algo diferente. De criar arquitectura capaz de se destacar mas não gritar, criar a diferença na continuidade. Acho que consegui! Estão fantásticos!”. Com efeito, do seu atelier saiu uma nova geração de casas que possui uma arquitectura state of art, sofisticada e moderna. A decoração da Townhouse modelo foi da responsabilidade de Rebecca Leon, Designer de Interiores, que afirmou que esta “é uma decoração serena, de linhas direitas, sem grandes contrastes visuais nem padrões muito marcantes”. Na sua opinião, trata-se de “uma decoração sofisticada, prática, muito equilibrada, orgânica”. De acordo com o promotor, num horizonte de quatro a cinco anos todas as habitações deverão estar construídas. Até lá, deverá estar igualmente finalizada a comercialização desta nova fase que já arrancou quer a nível nacional, quer internacional. Refira-se que, actualmente, 90% dos residentes são famílias portuguesas mas este que foi um projecto com apenas 10 nacionalidades, conta hoje com moradores de 26 diferentes nacionalidades. Por isso mesmo, é um projecto que poderá captar o interesse de pessoas oriundas do Brasil, Reino Unido, França, Escandinávia, Turquia e Oriente, onde, aliás, já se iniciou a promoção do Lisbon Green Valley e com uma elevada taxa de interesse.


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A pensar nas famílias

Amigos do Ambiente

O Lisbon Green Valley pretendeu neste novo estágio inovar e ser mais do que um lugar bonito para viver, pelo que acresceu à zona habitacional, lazer e verde novas valências que vão, uma vez mais, ao encontro das necessidades e exigências dos seus residentes. Neste sentido, o projecto vai ser dotado de um Colégio - a Escola João de Deus – que vai abranger o período desde o berçário até ao 6º ano de escolaridade e tem já abertura prevista para Setembro de 2019. Vai ainda deter uma Unidade de Saúde e um projecto para um Centro Hípico, que revelam que esta é uma comunidade florescente, onde as famílias podem usufruir diariamente de um estilo de vida saudável. O empreendimento reúne ainda um conjunto de serviços e ofertas comerciais, como seja minimercado, restaurantes, piscinas, spa, café, ginásio, polidesportivo, campo de jogos, lavandaria, entre outros.

Aqui respira-se verde e existe uma elevada preocupação ambiental. Para se ter uma noção, existem 150 espécies vegetais e animais residentes neste espaço. Desde o primeiro momento que foram implementados rigorosos padrões de sustentabilidade e de respeito para com o meio ambiente, pelo que todos os espaços edificados obedeceram a uma construção sustentável, a uma aposta na Eficiência Energética e na Gestão de Resíduos, sempre em sintonia com a Natureza envolvente. Os aspectos da procura de bom desempenho dos edifícios e dos espaços exteriores, nomeadamente o campo de golfe, são uma preocupação constante. Além disso, sabendo que o empreendimento é composto por uma grande área de zonas dedicadas à prática de golfe e que, regra geral, estes espaços são considerados grandes consumidores de água, há uma preocupação na ma-

nutenção e na gestão destes espaços de forma a diminuir os consumos de água. De referir que existem quatro lagos, os quais são responsáveis pela rega dos campos de golfe, cuja água provém da escorrência das águas pluviais e de cinco furos que apenas são utilizados quando a quantidade de água existente se revele insuficiente. A este nível destaque-se o facto de ser o primeiro campo de golfe da Europa a possuir a bandeira ISO 9001 e 14001 e o primeiro em Portugal e na Península Ibérica a obter a certificação GEO (Golf Environment Organisation), uma distinção internacional de grande notoriedade, estabelecendo com os seus parceiros uma relação exemplar. Em 2007, a Planbelas recebeu um certificado de Qualidade e Ambiente e em Novembro do ano seguinte o empreendimento foi reconhecido como a primeira urbanização na Europa a auditar todas as suas habitações, tornando-se


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na primeira comunidade residencial europeia a responder à diretiva europeia da Certificação Energética. A comunidade está igualmente equipada com pontos de carregamento de carros eléctricos MOBI.E, ciclovias e trilhos de forma a promover a mobilidade ecológica e buggies eléctricos utilizados no campo de golfe.

Marca André Jordan O Lisbon Green Valley tem o cunho do André Jordan Group e é fruto de todo o know-how adquirido nos projectos de alto padrão como a Quinta do Lago e Vilamoura XXI, pelo que, logo à partida, tem sucesso garantido. Esse êxito passa também pelo facto de assegurar e preservar o que é mais valorizado pelas famílias: segurança, tranquilidade e qualidade de vida, tudo isto em pleno contato com a natureza e a escassos minutos do centro de Lisboa e da vida cosmopolita. Este é, pois, o novo destino de Lisboa!

A unique space to live, where excellent quality architecture and lovely landscapes dominate and where there’s no lack of infrastructure and the day-to-day necessary services of residents and visitors. All this with the guaranteed seal of the André Jordan Group. Completing the first phase of Belas Clube de Campo, where currently 750 families and around 2,500 residents live, which makes it the lowest density and highest quality development in a European capital.

Apartments, Town houses and building plots This phase corresponds to an investment of around 100 million euro that was applied to the construction of the first 200 units, all with the required infrastructure, and the first town houses completed. The apartments, town houses and building plots and detached houses foresee a total of 366 units.


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Environmentally friendly

With generous areas, quality fixtures and fittings and rare views, the one-bed, two-bed and three-bed+1 vary between 350,000 euro and 660,000 euro and the three-bed+1 and fourbed+1 have price tags varying from 890,000 euro and 1,075 euro. The commercialisation of building plots for houses start at 315,000 euro and the owners are free to develop their own projects. The new phase was designed by famous architect Eduardo Capinha Lopes. As the architect says: “The challenge of my brief was to create something different. To create architecture which could stand out but not scream, creating the difference in continuity. I think I’ve succeeded! They’re fantastic!” In effect, a new generation of houses that possess a state of the art architecture which is sophisticated and modern is the result. The Town house showroom décor was down to Interior Designer Rebecca Leon, who states that this is “serene décor with straight lines, without great visual contrasts or glaring patterns”. In her opinion, it is “a sophisticated décor, practical, very balanced and organic”. According to the developer, within a time frame of four or five years all the homes should have been built. Until then, the commercialisation of this new phase should also have been completed and which has already been launched nationally and internationally.

It is pointed out that currently 90% of the residents are Portuguese families but this project which initially had just 10 nationalities today has 26 different nationalities. Which is why it is a project that can attract the interest of people from Brazil, the United Kingdom, France, Scandinavia, Turkey and the Far East, where, however, the development of Lisbon Green Valley has already begun with a high degree of interest.

With families in mind Lisbon Green Valley intended in this nee stage to innovate and be more than just a pretty place to live, so a new residential, leisure and green area with aspects that once again meet the needs and demands of its residents. In this sense, the project will boast a College the Escola João de Deus - which will encompass crèche through to the 6th year and is slated to open in September 2019. It will also have a Health Centre and a horse rising and stables project which shows this is a flourishing community, where families can daily enjoy a healthy lifestyle. The development also boasts a number of services and commercial offer such as a minimarket, restaurants, swimming pools, spa, café, gym, multi-sport area, playing fields, laundry, among others.

You soak in the greenery here and there’s a high level of environmental concern. To get a notion, there are 150 plant and animal species living in this space. From the very first strict standards of sustainability were implemented and a respect for the environment in that all the built up spaces follow sustainable construction, an emphasis on Energy Efficiency and in Waste Management, always in line with the surrounding nature. Aspects such as demand for good building and outside spaces performance, namely the golf club, are a constant concern. Furthermore, given that the development comprises a large area of zones for playing golf and that, as a general rule, these spaces are considered big water consumers, there is a concern in the way these spaces are maintained and managed so as to reduce water consumption. Worth mentioning that there are four lakes, which are responsible for watering the golf courses, whose water comes from rainwater run-off and five wells that are only used when the existing quantity of water isn’t sufficient. At this level the fact of it being the first golf course in Europe to possess ISO 9001 and 14001 and the first in Portugal and on the Iberian peninsular to get the GEO certification (Golf Environment Organisation) stand out, an international distinction of great importance, establishing with its partners an exemplary relationship. In 2007, Planbelas was awarded a Quality and Environment and in November 2008 the development was recognised as the first urban development in Europe to audit all its homes, becoming the first European residential community to meet the European directive o Energy Certification. The community is also equipped with MOBI.E electric car recharge points, cycle paths and footpaths to promote ecological mobility and the use of electric buggies on the golf course.

André Jordan Brand Lisbon Green Valley has the hallmark of the André Jordan Group and is the fruit of all the knowhow acquired from high-quality projects such as Quinta do Lago and Vilamoura XXI, so that success is guaranteed from the start. This success has also to do with the fact of assuring and preserving what is most valued by families: security, tranquillity and quality of life, all this in full contact with nature and a few minutes from the centre of Lisbon and cosmopolitan life. This is indeed Lisbon’s new destination.



Metro Quadrado 30 24 JUL/AGO 2017

Verde Monte

Uma jรณia algarvia pronta a lapidar A gemstone in the Algarve ready to be cut


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Com uma localização privilegiada entre Portimão, Alvor e a Serra de Monchique e inserido nas raras paisagens do Algarve, o Resort Hotel Verde Monte está à procura de um parceiro para que este terreno seja ‘lapidado’ e dê vida e forma a esta ‘pérola’ turísticoimobiliária. O gestor Henrique de Sá Nogueira desvenda a forma como vai fazer ‘brilhar’ este projecto. With its privileged location between Portimão, Alvor and Serra de Monchique and set in rare Algarve landscapes, Resort Hotel Verde Monte is looking for a partner so that this site can be ‘cut and polished’ and breathe life and form into this ‘pearl’ of real estate-tourism. Its manager Henrique de Sá Nogueira unveils the way in which this project will ‘shine’.

Entrevista Interview: Carla Celestino

Doze hectares de terreno, numa zona tão privilegiada do Algarve, com autorizações de construção legais são uma ‘jóia’. Sabemos que procura parcerias para desenvolver o projecto? A quem gostava de se associar? É interessante essa qualificação de ‘jóia’, que não me havia ocorrido! E concordo que, de facto, se trata de uma jóia, no duplo sentido da raridade e da beleza do produto! Raridade, porque julgo que será difícil identificar actualmente no Algarve outro projecto, com características e envergadura semelhantes, em condições de arranque imediato. Beleza, porque a sua localização privilegiada proporcionará aos futuros clientes belíssimas e diversificadas vistas panorâmicas nos 360 graus do horizonte, para além da paz, da quietude e da qualidade de vida que o campo e a serra oferecem. A necessidade de uma parceria para a implementação do Resort Hotel decorre do facto, simples, de a Verde Monte Lda. não dispôr da capacidade financeira suficiente para desenvolver as fases subsequentes do projecto. Enquanto proprietário e co-autor da ‘jóia’, percebi que a única forma de a ver ‘brilhar’ será associar-me a uma entidade que disponha da capacidade financeira que me falta; não procuro ninguém em particular, apenas um parceiro credível, leal, e que acredite neste projecto. Qual o calendário previsível e aceitável para desenvolver o projecto, mesmo que não seja a Sociedade Verde Monte a executá-lo? O projecto será sempre desenvolvido e executado pela Verde Monte Lda.; o que poderá acontecer é que as decisões de calendário não sejam tomadas

apenas por mim, enquanto actual gerente único daquela sociedade. A primeira aprovação do Pedido de Informação Prévia (PIP) foi concedida pela Câmara Municipal de Portimão, em Julho de 2008, coincidindo no tempo com o estalar da maior crise económico-financeira mundial do ‘pós-guerra’, o que me obrigou a manter o projecto em ‘stand by’. Durante este longo tempo de espera houve muito trabalho feito para conseguir, anualmente, a reaprovação do PIP, de modo a manter viva a ‘chama’. Parece-me que, finalmente, a conjuntura económica é favorável, e entendo que não há mais tempo a perder; por isso, julgo que o calendário desejável será realizar o arranque das obras de infra-estruturação, o mais tardar, no 1º trimestre de 2018, o que é perfeitamente possível, dadas as aprovações de que dispomos; quanto ao prazo para a execução total, não me cabe defini-lo agora, uma vez que tudo dependerá de critérios e planos a decidir em conjunto com a futura entidade parceira; apenas avanço que o projecto foi talhado para ser desenvolvido por fases, num máximo de quatro, pelo que existem várias opções de calendário possíveis. Sabemos que está a desenvolver acções de divulgação do projecto no estrangeiro, soubemos até que esteve no SIMA, em Madrid. O que pode levar um grande investidor estrangeiro a ‘acreditar’ em si? De facto estive presente, em Maio, no Salão Imobiliário de Madrid, onde participei num ‘Forum de Investimento’. Esta participação ficou a dever-se ao dinamismo da APPII-Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, da qual a


Quem é Quem

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Who’s Who

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Ao que sabemos, este é o maior produto imobiliário/turístico que ‘já teve entre mãos’. É o primeiro e último, ou tenciona continuar neste mercado? Há outras ‘jóias’ como esta no seu horizonte? Sim, acredito que seja o maior, mas não é o primeiro. De facto, tenho no meu activo a realização da Urbanização Monte Canelas, um loteamento para moradias com cerca de 40 hectares, localizado muito próximo do terreno onde vai ser instalado o Resort Hotel Verde Monte; esse projecto foi concluído em 1993. Gostaria de continuar neste mercado, pela sua relevância para a economia nacional; acresce que a actividade hoteleira-turística sempre exerceu sobre mim um certo fascínio. Estou muito focado no projecto actual e só quando este se encontrar em velocidade de cruzeiro, voltarei a procurar matéria-prima para ‘lapidar’ e produzir outra ‘jóia’. Uma certeza vos dou: parar, não está no meu horizonte!

Verde Monte Lda. é associada, e cujo secretário-geral, Hugo Santos Ferreira, acompanhou os participantes seus associados. Pude estabelecer diversos contactos com investidores estrangeiros, alguns dos quais mostraram interesse pelo projecto, estando-se agora na fase do ‘follow-up’. Penso que, mais do que ‘acreditar em mim’, é necessário que um investidor, seja ele estrangeiro ou português, acredite no projecto do Resort Hotel-Apartamento Verde Monte (poderá ser esta a futura marca comercial...). E estou confiante que o projecto tem virtualidades mais do que suficientes para que nele se acredite. Claro que um ponto fundamental é a rendibilidade que se possa razoavelmente prever que o projecto proporcione ao investidor. Sei que existem opiniões de que os grandes investidores se interessam, em exclusivo, por projectos localizados à beira-mar; julgo, porém, que tais opiniões resultam de uma visão desactualizada, quer do Mercado quer do Algarve. O mercado mundial de turismo - é para esse que deveremos olhar – está em crescimento, nele se podendo identificar o segmento que corresponde ao escalão etário acima dos 50 anos, com as seguintes características (a) tende a apreciar mais a comodidade, o ambiente calmo e sossegado, o contacto com a Natureza sem interferências trepidantes, e (b) dispõe de um poder de compra superior à média. O nosso Projecto responde bem a este segmento do mercado; logo, se as acções de marketing forem correctamente concebidas e executadas, não lhe faltarão clientes.

Encara a possibilidade de vender a Verde Monte Lda., tal como está, se receber uma oferta tentadora? O objecto social da Verde Monte Lda. foi concebido para o desenvolvimento e exploração do projecto deste Resort Hotel, e de outros semelhantes; aquela sociedade é proprietária do terreno e é titular das autorizações concedidas pelos competentes órgãos do Estado; por conseguinte, a Verde Monte Lda. poderá desenvolver o projecto do Resort Hotel, independentemente de os actuais detentores do capital social se manterem, ou não, como tais. Assim sendo, a hipótese que acaba de colocar existe, de facto. Se surgir uma entidade que prefira adquirir a totalidade do capital social, em vez de entrar numa parceria, obviamente que estarei disponível para considerar uma proposta, desde que ela seja justa e equilibrada. Twelve hectares of land in such a privileged area of the Algarve, with planning permission granted can only be a ‘jewel’. We’ve heard that you’re looking for partners to develop the project? With whom would you like to be associated? It’s interesting that you describe it as a ‘gem stone’ that hadn’t occurred to me! And I agree that that we’re referring to a gem stone, in both the senses of the project’s rarity and beauty! Rarity, because I think that it will be difficult to pinpoint another project in the Algarve with similar characteristics and scale and conditions for an immediate start. Beauty, because its privileged location offers future clients beautiful and wideranging 360 degrees panoramic views of the horizon, not to mention the peace, quiet and quality

Henrique Lemos de Sá Nogueira nasceu em Lisboa. Viveu, com os pais e irmãos no Crato (distrito de Portalegre), onde passou a juventude. A maioria dos ramos da família de Henrique têm raízes no Alto Alentejo: Alter do Chão, Avis, Crato, Mora, Olivença (pedaço do Alentejo sob ocupação ilegal espanhola, como diz), Portalegre e Sousel, entre outros; é, pois, um alentejano. A tradição da sua família foi sempre a posse e exploração de propriedades agrícolas, actividade que também foi a de seus pais. Frequentou o ensino primário no Crato e o secundário em Lisboa, Évora e Portalegre. É licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico e concluíu o Mestrado em Gestão de Empresas (MBA) da Universidade Nova de Lisboa. No seu percurso profissional passou por importantes empresas, como Construções Metalomecânicas Mague S.A., Sociedade Electromecânica de Automóveis Lda. e Purina Portugal, Alimentação e Sanidade Animal, Lda. Antes de se dedicar, a partir de 2006, à gestão de bens imobiliários de sua Mulher, dirigiu durante 5 anos uma exploração agro-pecuária, em herdade sua, no concelho de Alter do Chão. Em 2014 aceitou um novo desafio na área do Marketing, passando a colaborar com a empresa austríaca Lyoness International AG. É casado, tem cinco filhos e, por enquanto, oito netos. Henrique Lemos de Sá Nogueira was born in Lisbon. He lived with his parents and siblings in Crato (district of Portalegre), where he spent his youth. The majority of Henrique’s family branches have their roots in the Upper Alentejo: Alter do Chão, Avis, Crato, Mora, Olivença (a piece of the Alentejo under illegal Spanish occupation, as he says), Portalegre and Sousel, among others; and, yes, he is an alentejan. The family tradition was always owning and managing farmland which is parents also did. He completed his primary education in Crato and secondary in Lisbon, Évora and Portalegre. He got a degree in Mechanical Engineering from Lisbon Higher Technical Institute and completed a Masters (MBA) at Universidade Nova de Lisboa. His professional road passed through important companies, such as Construções Metalomecânicas Mague Ltd., Sociedade Electromecânica de Automóveis Ltd. and Purina Portugal, Alimentação e Sanidade Animal, Ltd. Before dedicating himself fully to managing his wife’s real estate assets from 2006, for five years he ran an agro-fishery concern on his estate in the borough of Alter do Chão. In 2014 he accepted a new challenge in the Marketing area, working with the Austrian company Lyoness International AG. His is married and has five children and, for now, eight grandchildren.


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of life that the countryside and hills offer. The need for a partner to implement the Resort Hotel has arisen from the simple fact that Verde Monte Ltd does not have sufficient financial capacity to develop the subsequent phases of the project. As the owner and co-author of this ‘gem stone’, I realised that the only way to see it ‘sparkle’ would be to ally with an entity that has the financial capacity that I don’t have; a credible and loyal partner that believes in this project. What is the acceptable timetable likely for the project, even if it wasn’t the Sociedade Verde Monte carrying it out? The project will always be developed and undertaken by Verde Monte Ltd; what could happen is that the timetable decisions may not be taken just by me as the current ad sole manager of that company. The initial project planning approval (Request for Prior Information - PIP) was granted by Portimão City Council, in July 2008, and issued at the height of the greatest world economic-financial crisis since the second world war, which forced me to have the project on ‘stand-by’. During this long waiting time a lot of groundwork was done to achieve, yearly, the re-approval of the PIP, so as to keep the ‘flame’ alive. It now seems to me that the economic climate is now finally favourable and I see that there is no time to lose; which is why I believe that the desired timetable would be to start infrastructure works in the 1st quarter

of 2018 at the latest, which is perfectly possible given the planning permissions we have. As to the total building time, I can’t define that now since it all depends on the criteria and plans to be decided together with the future partner entity. I can only say that the project was tailored to be developed in phases, a maximum of four, so that there are various possible timetable options. We know that you are developing publicity campaigns for the project overseas, we even know that you were at SIMA in Madrid. Why would a large foreign investor ‘believe’ in you? In fact I was at the Madrid Real Estate Fair in May where I took part in an ‘Investment Forum.’ This participation was down to the hard work of the APPII - Portuguese Association of Developers and Real Estate Investors which Verde Monte Ltd is a member and whose general-secretary, Hugo Santos Ferreira accompanied its member participants.I was able to make various contacts with foreign investors, some of which showed interest in the project and we’re now at the follow-up phase’. I think that more than ‘believing in me’ an investor, be they foreign or Portuguese, needs to believe in the Resort Hotel Verde Monte project (this could be the future trading brand...). I am confident that the project has more than enough virtues to be believed in. Of course a fundamental point is the profitability of the project that can be reasonably

expected for the investor. I know that there are opinions that matter to large investors, exclusively for projects located by the sea. I think, however, that such opinions display an outdated view of both the Market and the Algarve. The world tourism market - and that’s what we should look at - is growing, and within it, the segment that corresponds to the over 50s age group can be identified with the following characteristics (a) the tendency to appreciate comfort and convenience, a calm and relaxed environment and contact with nature without hustle and bustle, and (b) has a higher than average purchasing power. Our projects meets this market segment well and if marketing campaigns are designed and carried out correctly, there will be no lack of clients. As far as we know, this is the largest real estate/tourist product you’ve had in your hands. Is it the first and last or do you intend to continue in this market? Are there other ‘gem stones’ like this on your horizon? Yes, I do believe it is the largest but is not the first. In fact, in my assets portfolio I had completed the Urbanização Monte Canelas project. This is a 40 hectares plot of land for houses located very nearby the plot where Resort Hotel Verde Monte will be built. That project was completed in 1993. I would like to continue in this market, for its relevance to the national economy; I would add that the hoteltourism industry always held a certain fascination for me. I am very focused on the current project and only when this is at cruising speed will I start looking for the raw materials to ‘cut and polish’ and produce another ‘gem stone’. One certainty I can tell you, stopping is not on my horizon! Do you see the possibility of selling Verde Monte Ltd as it is if you get a tempting offer? The company objective of Verde Monte Ltd was designed to develop and run this Resort Hotel project and others like it. That company owns the land and holds the planning permission granted by the appropriate State authorities. As a consequence, Verde Monte Ltd could develop the Resort Hotel project, regardless of whether the current holders of the share capital remain the same or not. That being the case, the possibility you mentioned does in fact exist. If an entity that preferred to wholly acquire all the share capital in the company were to appear, instead of joining a partnership, obviously I would be open to consider a proposal providing it was balanced and fair.


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Como se chegou até aqui How he got so far

O terreno fazia parte de uma propriedade com a área de 76 hectares, pertencente a D.Maria Joana de Lemos Sá Nogueira, tia de Henrique de Sá Nogueira, a qual havia promovido, mediante a contratação de um gestor independente, no ano de 1984, a obtenção do alvará de loteamento da 1ª Fase da que veio a ser denominada Urbanização Monte Canelas. Em Dezembro de 1985, D.Maria Joana decidiu formar a sociedade Monte Canelas Lda., para a qual transferiu a propriedade dos terrenos e a titularidade do alvará de loteamento, oferecendo a Henrique uma pequena quota e convidando-o para assumir a gestão da dita sociedade, o que sucedeu a partir de Abril de 1986, tendo os trabalhos referentes às 2 fases da Urbanização ficado concluídos em 1993. O terreno rústico com 12 hectares havia ficado excluído da área urbanizada, tendo sido destacado do conjunto. Em Janeiro de 1992, a Davalex Imobiliária Lda., detida e controlada por Henrique de Sá Nogueira, adquiriu à Monte Canelas Lda. o dito terreno, juntamente com um conjunto de lotes da Urbanização Monte Canelas. Em 2007, voltou a dar atenção aos terrenos da Davalex no Algarve, tendo tomado a iniciativa de encontrar uma utilização rentável para o terreno rústico. Ao verificar que o PDM de Portimão lhe havia atribuído a classificação de ‘ZOT - Zona de Ocupação Turística’, surgiu-lhe a ideia de nele fazer aprovar um empreendimento turístico, uma vez que o terreno se encontra localizado num ponto elevado, com vistas soberbas nos 360 graus do horizonte, incluindo vista de mar.

Para o efeito contratou o arquitecto Carlos Dias Pereira, de Portimão, e desenvolveram o conceito de um ‘Conjunto Turístico Integrando um Hotel-Apartamento Resort de Quatro Estrelas’, com edificações procurando simular pequenos aglomerados rurais. A Davalex submeteu à Câmara Municipal de Portimão o respectivo Pedido de Informação Prévia (PIP), o qual veio a ser alvo de aprovação em sessão da Câmara Municipal de 28 de Julho de 2008, após a obtenção dos pareceres favoráveis da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e do Turismo de Portugal. No ano de 2012 decidiu autonomizar o Projecto, criando a sociedade Verde Monte, Promoção Imobiliária e Exploração Hoteleira Lda., para ela transferindo a propriedade do terreno e a titularidade do PIP. The plot of land formed part of a 76 hectares property belonging to Maria Joana de Lemos Sá Nogueira, Henrique de Sá Nogueira’s aunt, which was developed after attracting an independent manager in 1984, planning permission being obtained for the 1st Phase for what would be called Urbanização Monte Canelas. In December 1985, Maria Joana decided to start the company Monte Canelas Ltd., whereby she transferred the parcels of land and the ownership of the planning licence, offering Henrique a small share and inviting him to take over the management of the said society which he did from April 1986, with the works regarding the 2 phases of Urbanização Monte Canelas com-

pleted in 1993. The 12 hectare rural plot was excluded from the project area, having been detached from the whole. In January 1992, Davalex Imobiliária Ltd held and controlled by Henrique de Sá Nogueira, acquired from Monte Canelas Lda, the said land, along with a parcel of plots from Urbanização Monte Canelas. In 2007, he again turned his attentions to the Davalex parcels of land in the Algarve, having taken the initiative to find a profitable use for the agricultural plot. On checking that the Portimão Local Development Plan had classified it ‘ZOT - Tourist Occupation Zone’, the idea came to him to get approval for a tourist development, since the land is located on a high point with superb 360 degrees views of the horizon, including a view of the sea. For that he hired Portimão architect Carlos Dias Pereira, and they developed a concept of an Integrated Tourist Complex integrating a ‘FourStar Apart-Hotel Resort’, with buildings seeking to resemble small rural clusters. Davalex submitted the respective outline planning permission application or Request for Prior Information (PIP) which was approved at the Municipal Council meeting on 28 July, 2008, after obtaining favourable surveys from the Commission for the Coordination and Regional Development of the Algarve and Portugal Tourism. In 2012 he decided to make the project independent, setting up the company Verde Monte, Promoção Imobiliária e Exploração Hoteleira Ltd, transferring to it the ownership of the land and the planning consent.


Opinião José Araújo

Verão o ano inteiro Summer all year round

José Araújo Director da Direcção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp Director of the Department of Real Estate at Millennium bcp

Finalmente começou o Verão. Época de praia, campo, férias e de Turismo. Será assim? Felizmente para Portugal e para o mercado imobiliário o Verão já começou há muito tempo! A azáfama observada diariamente no nosso País e nos mais diversos segmentos de mercado tem sido elevada e até a presença de cada vez mais estrangeiros em Portugal, têm sido relevantes para essa antecipação. Com o aumento da presença das companhias aéreas Low Cost em Portugal, um clima de segurança invejável, um sol luminoso e um sistema de incentivos fiscais inteligente, o Verão deixou de ser a época salvadora de muitas das indústrias sazonais deste País. A consolidação da ideia de que mesmo o Inverno suave como o nosso é compatível com qualquer tipo de negócio relacionado com o turismo e o imobiliário, tem permitido dar estabilidade a essas indústrias e à vontade de as desenvolver. Os vários operadores dos mercados turístico e do imobiliário, têm ofertas competitivas e marcam presença em feiras, seminários, reuniões com investidores, tanto no estrangeiro como em Portugal, atraindo compradores para novos projectos e de vários segmentos. O mercado tem cada vez maior qualidade e profissionalismo e mesmo com os constrangimentos associados ao sistema Golden Visa, o investimento estrangeiro em Portugal não se ressentiu, antes pelo contrário tem crescido e com origem em diferentes geografias mundiais - mais de 50 nacionalidades estão actualmente a analisar e a comprar no nosso mercado.

E os portugueses também acompanham esta onda de boas oportunidades? Claro que sim! Não foram os primeiros, é verdade mas com as taxas de retorno das suas aplicação, em níveis baixos de rentabilidade e a elevada liquidez no sistema financeiro, ávido de fazer crédito garantido de bom risco, também eles estão muito activos. Os portugueses procuram, em todo o País bons locais para trocar de casa, um paraíso para as suas férias ou fim-de-semana ou simplesmente um bom investimento para pôr no mercado de arrendamento. Há alguns locais com falta de oferta e por isso os preços subiram, mas começando a haver nova construção, como já se vê pelas gruas espalhadas um pouco por aí, este fenómeno terá tendência para estabilizar no segundo semestre de 2017, garantindo uma evolução real e não especulativa. Mas o Verão não trás já essas novas oportunidades?! Claro que sim, sobretudo porque as férias de muitos e os dias mais longos deixam mais espaço para visitas e procura/leitura sobre onde comprar (como por exemplo no Algarve, sempre com inúmeras campanhas e ofertas promocionais de apartamentos em condomínios, moradias e até lotes de terreno com grande qualidade e em locais privilegiados como Tavira, Olhão, Almancil, Lagos e até Vila do Bispo perto de Sagres). Não deixem de pesquisar, pois as ofertas à vossa volta, o vosso banco ou o vosso mediador, podem ser o vosso melhor conselheiro deste Verão. Boas férias e boas compras! At last summer has begun. It’s the season for the beach, holidays and tourism. But is it? Thankfully for Portugal and for the real estate market summer had already begun some time ago! The hustle and bustle seen daily in Portugal and the various segments of the market has been high and even the presence of ever more foreigners in the country has been relevant in this expectation.With the increase in the presence of Low Cost air companies in Portugal, an enviable security record, warm cloudless blue skies for much of the year and an attractive and intelligent system of tax benefits, the summer has ceased to be a saviour season for many seasonal industries in this country. The consolidated idea that even the mild winters such as ours is compatible with any

type of business related to tourism and real estate, has enabled stability for these industries and a willingness to develop them. The various property and tourist market operators have competitive offers and are present at property and tourism fairs, seminars, organise meetings with investors, both in Portugal and overseas, attracting buyers for new projects and from various segments. The market increasingly has more quality and professionalism and even given the constraints associated with the Golden Visa system, foreign investment in Portugal hasn’t fallen back, rather the contrary, it has grown with clients from different areas of the world - over 50 nationalities are currently studying their options to invest and buy in our market or have already done so. And are the Portuguese keeping pace with this wave of good opportunities too? Of course they are! They weren’t the first, it’s true, but with rates of return on their investment applications at low levels of return and high liquidity in the financial system, eager to lend guaranteed low risk credit, they too are very active. The Portuguese are looking for good places to move house to all over the country, a paradise for their holidays or weekends or simply a good investment to place on the rental market. There are some locations with a lack of supply which is why prices have risen, but there is beginning to be new construction, as can be seen from the cranes dotted around here, there and everywhere and this phenomena is likely to stabilise in the second half of 2017, ensuring a real and non-speculative development. But isn’t the summer bringing these opportunities now?! Of course, particularly because the holidays of many and the longer days allow more space for visits, house viewing and searching/reflecting on where to buy (like for example in the Algarve, there always being countless campaigns and special offers on apartments in condominiums, houses and even building plots and of great quality and privileged locations like Tavira, Olhão, Almancil, Lagos and even , Vila do Bispo, close to Sagres). Keep looking, as the offers around you, your bank and your estate agent can be your best advisor this summer. Happy holidays and lucky purchase!


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Todos os caminhos vĂŁo dar a Viseu All roads lead to Viseu


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Foto Photo: Município de Viseu

Viseu tem andado nas ‘bocas do mundo’ desde que um estudo da Deco considerou que esta era a melhor cidade para se viver, investir e visitar. Desde então não mais parou. Hoje é um espaço cosmopolita, cheio de vida, negócios e atracção de talento. Viseu has been on the ‘lips of the world’ since a Deco study considered it the best city in which to live, invest and to visit. Since then it has never stopped. Today it is a cosmopolitan city brimming with life, business and is a talent magnet.

Viseu e a sua envolvente localizam-se a meio caminho entre o litoral e o interior da Região Centro, numa situação de charneira nos contextos regional e nacional. Nesta condição, é um território que tem mostrado uma elevada capacidade de resistência face ao despovoamento que tem caracterizado todo o interior e uma elevada resiliência num contexto de revezes económicos, sociais e financeiros. Viseu tem também conseguido reforçar as suas capacidades de atracção de população e actividades, conseguido prosseguir com as suas políticas continuadas de criar, atrair e fixar investimentos e novas iniciativas económicas, diversificando também a sua base produtiva e social. As empresas da região também são vitais para este desenvolvimento já que continuam a apostar no município, tal é o caso de empresas como a Visabeira, Embeiral, Movida, Scoprolumba, entre outras, e até de novas startups. A qualidade de vida de Viseu é uma imagem de marca da cidade no contexto nacional e todos os viseenses estão interessados em que seja mantida. Aliás, a actual visão da Câmara Municipal de Viseu (CMV) é a de transformar a cidade numa ‘Comunidade atractiva para viver, investir, trabalhar, educar, estudar e visitar’, afirmando a sua posição de centralidade na Beira Alta, na Região Centro e no País. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o município possuía uma população residente de 98.164 habitantes. A mesma fonte avançava que, entre 2015/2016, foram constituídas 297 empresas de pessoas colectivas ou entidades equiparadas no município; sendo que, em 2014, as empresas e estabelecimentos da região tinham obtido um volume de negócios de 1.748 milhões de euros e empregaram 25.057 pessoas. O INE reportou também que o número de edifícios com obras licenciadas ascendeu a 212 no município, dos quais 48 corresponderam a reabilitação e 164 a construção nova. Desses edifícios, 122 corresponderam a habitação familiar e 171 a fogos. No período em foco foram também concluídos 151 edifícios, dos quais 40 ao nível da reabilitação e 111 de construções novas. Para habitação familiar foram concluídos 83 edifícios e 124 fogos. A entidade estatística revelou ainda que, e no âmbito da actividade turística, o município de Viseu contava com 23 estabelecimentos hoteleiros, dos quais 11 hotéis, e com uma capacidade de alojamento de 1.728. Actualmente dispõe de 1.300 camas em unidades hoteleiras de 3, 4 e 5 estrelas e uma oferta de 1.700 camas considerando outros tipos de alojamento. Os dados oficiais revelam ainda que recebeu 93.236 hóspedes, tendo registado 146.943 dormidas e uma estada média de 1,6 dias.

Refira-se ainda que este é um município em que a autarquia tem vindo a investir em actividades culturais e desportivas. Aposta que passou igualmente pelas áreas o património, biblioteca e arquivo, artes do espectáculo e actividades interdisciplinares. Viseu é também um município à procura de um posicionamento estratégico no contexto europeu. Alcançar esta meta passa pela intensificação da inserção dos agentes económicos locais nos mercados internacionais, da geminação com outras cidades fora do nosso País, de programas europeus de mobilidade e da promoção da região no estrangeiro. E passa ainda pela candidatura do Centro Histórico de Viseu (CHV) a Património da UNESCO. Para o efeito, e no âmbito da reabilitação urbana deste espaço, a CMV criará condições para a intervenção dos proprietários, investidores e promotores imobiliários. Além disso, serão promovidos concursos de ideias criativas de intervenção urbana para a regeneração do CHV e, no quadro dos fundos comunitários para o período de 2014-2020, a constituição de um Fundo Imobiliário no qual possam participar proprietários e investidores, nomeadamente através de seu património imobiliário localizado naquela zona da cidade. Viseu and its surroundings is situated halfway between the coastal strip and the interior of the Coastal Region, in a pivotal position with regional and national contexts. In this condition, it is a territory that has displayed a great capacity to resist depopulation that has blighted the entire interior of Portugal and a high resilience within the context of economic, social and financial downturns. Viseu has also succeeded in boosting its abilities to attract people and activities, managing to pursue ongoing policies to create, attract and fix investments and new economic initiatives, diversifying too its productive and social base. The region’s companies are also vital for this development since they continue to invest in this municipality, as is the case with firms like Visabeira, Embeiral, Movida, Scoprolumba, among others, and even new startups. The lifestyle quality in Viseu is a trademark for the city within the national context and all viseenses, as Viseu residents are called, are interested in keeping it that way. Furthermore, the current view of Viseu Municipal Council (CMV) is to turn the city into an ‘attractive community to live in, invest in, work in, teach, study and to visit” confirming its central position in Beira Alta in the Central Region of the country. According to data from the INE (National Institute of Statistics), the municipality has a resident population of 98,164 inhabitants. The same source states that between 2015/2016 297 limited com-


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panies were set up or entities staffed by locals; so that in 2014, companies and establishments from the region had netted a business turnover worth 1,748 million euro and employed 25,057 people. The INE (National Institute of Statistics) reported too that the number of buildings with planning permission has risen to 212 in the municipality, of which 48 corresponded to rehabilitation and 164 to new construction. Of these buildings, 122 correspond to family housing and 171 to flats. In the period in focus 151 buildings were also completed, of which 40 for rehabilitation and 111 new constructions. Eighty-three buildings and 124 flats were completed for family housing. The statistical body also revealed that, and within the scope of tourism activity, the municipality of Viseu has 23 hotel establishments, of which 11 are hotels, and with an accommodation capacity of 1,728. Currently it has 1,300 beds in 3,4, and 5-star hotel units and an offer of 1,700 beds taking into account other types of accommodation. Official data also reveals that it welcomed 93,236 guests, having registered 146,943 bed occupations and an average stay of 1.6 days. It is also stated that this is a municipality in which the Council has been investing in cultural and sporting activities. An investment that goes equally for heritage, library and archive, arts and performances as well as interdisciplinary activity areas.

Viseu is also a municipality seeking a strategic position within the European context. Reaching this goal involves boosting local economic agents in international markets, twinning with other cities outside Portugal, involvement in European mobility programmes and marketing the region overseas. And also involves candidacy of the Historic Centre of Viseu (Centro Histórico de Viseu - CHV) for UNESCO World Heritage status. With this in mind, and as part of the urban rehabilitation of this space, the

Porquê esta escolha? Why this choice? O crescimento da procura turística dos últimos anos revela que já são muitos os nacionais e estrangeiros que escolheram este destino. The grouth in tourism demand in recent years reveals that already many nationals and foreigners are choosing this destination. O turismo tem a capacidade de interagir fortemente com diversos outros sectores de actividade. Por isso mesmo a autarquia tem vindo a desenvolver acções concertadas de promoção de Viseu. Enquanto destino turístico, tem sido enaltecido o seu património construído, com especial referência ao Centro Histórico, aos seus valores históricos, simbólicos e imateriais, bem como ao património paisagístico susceptível de mobilizar os turistas amantes da natureza.

A promoção do turismo tem dado especial dedicação à valorização do seu património histórico-cultural, a acções associadas à promoção do meio rural e à natureza, saúde e termal, social, sem esquecer a gastronomia e o Vinho do Dão. A par da realização de grandes eventos culturais e desportivos, congressos nacionais e internacionais, negócios, entre outros. É neste contexto que Viseu está a ganhar uma nova vida nos planos económico, cultural e turístico

Council (CMV) will create conditions for works to be carried out by owners, investors and property developers. Furthermore, Competitions from CMV for Creative Ideas for Urban Regeneration and Works for the CHV (Viseu Historic Centre) and, within the framework of Community funds for the period 2014-2020, the setting up of a Real Estate Fund in which owners and investors can subscribe, namely through their real estate patrimony located in that part of the city.

e, simultaneamente, a ser revalorizado enquanto destino. Os dados de crescimento turístico assim o confirmam: As dormidas de turistas na hotelaria de Viseu têm vindo a crescer a dois dígitos desde 2014, perspectivando-se um aumento a dois dígitos também para o corrente ano. Perante esta grandeza turística, 2017 foi considerado o ‘Ano Oficial para Visitar Viseu’. Nunca antes uma simples consoante foi tão forte: ‘V’ de ‘Viseu, Visitas, Viriato, Vinho… Vamos’. Mais do que uma nova agenda de eventos, a iniciativa ‘Vamos a Viseu’ apela à decisão e à acção de uma descoberta. Faz despertar uma atitude colectiva de hospitalidade e suscitar um forte apelo de redescoberta de uma das mais históricas e culturais cidades do País. Por um lado, a nível interno, pretende reactivar a participação, o sentido de pertença, o orgulho e o conhecimento da comunidade local.

Memórias fotográficas A ‘Cidade de Viriato’ mostra ao visitante o seu património, mitos e lendas. O destaque vai para o património religioso já que são diversas as igrejas e capelas de interesse, onde


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Tourism has the capacity to strongly interact with diverse other activity sectors. Which is why the local authority has developed targeted promotional and marketing campaigns for Viseu. As a tourist destination, its built heritage has been praised, with special reference to the Historic Centre, its historic values and intangible symbols, as well as the landscape heritage liable to attract nature-loving tourists. Tourism marketing has given special dedication to valuing its historic and cultural heritage, campaigns associated with marketing rural surroundings and nature, health and hot spas, social aspects, not forgetting the gastronomy and Dão wines. In addition to putting on large cultural and sporting events, national and international congresses, business events, among others. It is in this context that Viseu is gaining a new life in economic, cultural and tourism sectors while at the same time is being re-assessed as a destination. Tourism growth statistics have confirmed the

following: The number of hotel beds in Viseu has grown by two digits since 2014, with two-digit projections for this year too. Given this affluence of tourists, 2017 has been considered the ‘Official Year to Visit Viseu’. Never before has a simple letter been so strong: ‘V’ for ‘Viseu, Visits, Viriatus, Vinho (Wine) ... Vamos (Lets go). More than a new events agenda, the initiative ‘Let’s Go to Viseu’ calls on a decision and an act of discovery. To spark a collective attitude of hospitality and spur a strong call of rediscovery of one of the most historic and cultural cities in Portugal. On the one hand, on an internal level, it is intended to reactivate participation, a sense of belonging, pride and knowledge from the local community.

Photographic memories The ‘City of Viriatus’ shows the visitor its heritage, myths and legends. (Viriathus (also spelled Viriatus; known as Viriato in Portuguese and Spanish; died 139 BC) was the most important leader of the Lusitanian people that resisted Roman expansion into the regions of western Hispania (as the Romans called it) or western Iberia (as the Greeks called it), where the Roman province of Lusitania would be finally established after the conquest). The focus also extends to religious heritage and there is a wide number of churches and chapels of interest, with the Viseu Cathedral (Sé) and the Church of Mercy ( Igreja da Misericórdia) standing out. The monumental baroque fountain Fonte das Três Bicas warrants a ´Kodak’ moment, as well as the various manor houses and mansions or ‘solares’, from the Solar of the Peixotos to the Solar of the

Viscounts of Teixedo. Guardians of memories and identities, the museum Museu Nacional Grão Vasco, cathedral church treasures museum Museu Tesouro da Sé or the Casa das Memórias (House of Memories), just to name a few, hold timeless secrets. The wall dating from the 4th century and King Alfonso’s time, the Cava de Viriato (an earthworks fortress surrounded by a moat) and, of course, the imposing statue of Viriatus are also on the itinerary. But there is a place for socializing, gatherings and reunions in the heart of the city which leaves no one indifferent: the Rossio and its glazed tiles or azulejos by Joaquim Lopes. The ‘Garden City’ focused on lifestyle quality and local culture. Since 1936 this city has been called the Garden City where swathes of green parkland made up of the parks Parque do Fontelo and the Cava de Viriato are linked with the various gardens (some recently created) and with the growing number of trees surrounding the new urban arteries. But there are streets with history too, the most famous and winding of them all is Rua Direita, the city’s main trading street. To these are added the famous garden roundabouts. The ‘Wine Producing City’, enogastronomy (wine cuisine), and the Capital of the Terras do Dão (Dão Vineyards), where local caves and cellars invite you to discover vineyards stretching as far as the eye can see and unparalleled wine tasting sessions. The Solar do Vinho do Dão mansion, Paço dos Cunhas de Santar mansion, Quinta de Cabriz estate and Quinta de Lemos estate are just some from among many others of the region worth visiting. And the grape harvest festival is not to be missed... Are we off to visit Viseu? Foto Photo: Município de Viseu

os expoentes são a Sé de Viseu e a Igreja da Misericórdia. A Fonte das Três Bicas merece um momento ‘kodak’, bem como os diversos solares, desde o Solar dos Peixotos até ao Solar dos Viscondes de Treixedo. Guardiões de memórias e identidades, o Museu Nacional Grão Vasco, o Museu Tesouro da Sé ou a Casa das Memórias, só para citar alguns, encerram segredos intemporais. A muralha do século IV ou afonsina, a Cava de Viriato e, claro está, a imponente estátua de Viriato também fazem parte do itinerário. Mas existe um espaço de encontros e reencontros a que ninguém fica indiferente: o Rossio e os azulejos de autoria de Joaquim Lopes. A ‘Cidade-Jardim’ foca a qualidade de vida e a cultura local. Desde 1936 que esta cidade é conhecida por esta denominação, onde se destacam as manchas florestais constituídas pelo Parque do Fontelo e pela Cava de Viriato que se conjugam com os diversos jardins (alguns de criação recente) e com o crescente número de árvores rodeando as novas artérias urbanas. Mas aqui há também ruas com história, a mais famosa e sinuosa de todas é a Rua Direita, a principal artéria comercial da cidade. Acrescente-se ainda as famosas rotundas todas ajardinadas. A ‘Cidade Vinhateira’, enogastronómica, é a Capital das Terras do Dão, onde as adegas e caves locais convidam a conhecer campos vinhateiros a perder de vista e provas de vinhos inigualáveis. O Solar do Vinho do Dão, Paço dos Cunhas de Santar, Quinta de Cabriz ou Quinta de Lemos são apenas algumas entre muitas outras da região que vale a pena a visita. E a festa das vindimas é algo a não perder… Vamos a Viseu?


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Almeida Henriques

Acredito muito na comunidade

I really believe in the community

O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, dá a conhecer a forma como está a dinamizar a economia da região. Mais, revela como, em conjunto com a população, consegue que a qualidade de vida em Viseu seja indiscutível. The Mayor of Viseu Municipal Council, Almeida Henriques, reveals how the Council is boosting the region’s economy. But he reveals how together with the population, it has succeeded is attaining a quality of life in Viseu that is second to none. De acordo com a CCDR Centro, no âmbito do Portugal 2020, foram aprovados 9.679 projectos, dos quais cerca de seis mil milhões de euros correspondem a intenções de investimento. Qual a importância deste apoio e quais as mais-valias que estes projectos empresariais vão trazer à região Centro? O investimento é indispensável ao crescimento da economia e à geração de emprego. E não há qualidade de vida sem riqueza e emprego. A região Centro é um motor económico e exportador do País. De resto, o Centro-Norte de Portugal asseguram mais de 60% das exportações nacionais e são, claramente, o pulmão industrial português. Viseu felizmente tem conhecido um despertamento industrial e exportador. Esse despertamento está também a fazer-se sentir num aumento dos apoios captados no Portugal 2020 e no Centro 2020. Indústrias de referência como a Habidecor voltaram a investir em Viseu, numa nova unidade produtiva de nova geração. Exporta a esmagadora parte da sua produção de altíssima qualidade. O mesmo acontece com outras indústrias que em Viseu se radicaram ou voltaram a investir. A Visabeira, a Gouveia & Campos, a Pampilar são alguns bons exemplos, a que se juntam outras no domínio tecnológico como a BIZ Direct, a IBM e a TOMI World. O Centro e a cidade-região de Viseu estão a conhecer uma animação

económica muito positiva e promissora. O mesmo se aplica ao domínio da reabilitação urbana. Nos últimos três anos foram feitos investimentos privados superiores a 25 milhões de euros no centro histórico de Viseu, tanto em transacções de imobiliário como em operações de reabilitação de edificado. As diversas campanhas de marketing e publicidade levadas a cabo colocaram Viseu nas ‘bocas do mundo’. Já começaram a sentir algum retorno desse ‘investimento’, nomeadamente em termos de captação de investidores e turistas ao município? 2017 é o ‘Ano Oficial para Visitar Viseu’. Uma declaração provocatória e desafiadora que procura por Viseu no mapa turístico do mercado interno. E porquê? Porque podemos. Temos um elevado padrão de qualidade de vida, temos uma história com 2.500 anos, temos um património riquíssimo, temos uma agenda vibrante de eventos durante todo o ano, somos a cidade vinhateira do Dão, a cidade de Viriato, a cidade do nosso maior pintor – Grão Vasco. E temos atributos naturais únicos, nos muitos cursos de água, na Mata do Fontelo, na ecopista do Dão e nua cidade-jardim com 45 hectares de jardins e 65 hectares de parques. Viseu é hoje a melhor a prova de que as cidades médias podem ser grandes destinos. Viseu está a ser redescoberta

pelo País e pelos turistas internacionais. As taxas de ocupação hoteleira da cidade falam por si: em 2014 crescemos 13% em dormidas; em 2015, 18%. E em 2016 teremos continuado a crescer acima dos dois dígitos, registando cerca de 170 mil dormidas. Acreditamos que 2017 será o melhor ano da década, batendo recordes de dormidas, em números muito próximos das 200 mil. Uma das ‘bandeiras’ que parece querer implementar é “reactivar a participação, o sentido de pertença, o orgulho e o conhecimento da comunidade local”. Acredito muito no papel e no potencial da participação da comunidade. O desenvolvimento dos territórios não se faz nem por decreto nem por via apenas do poder público, por muito bem que o mesmo faça o seu papel. A participação dos cidadãos, das empresas, dos empreendedores, do capital humano cientíico, dos agentes criativos é fundamental para gerar novas actividades, novas dinâmicas, novos produtos e uma atractividade económica, turística e cultural forte e distintiva. Por isso apostei de forma muito clara quer no estímulo ao investimento das empresas locais, através de um inovador sistema de incentivos, quer na criação de uma linha de financiamento a projectos culturais e criativos independentes, quer ainda na participação cívica da comunidade, através de três orçamentos participativos que envolveram todas as freguesias e todas as franjas etárias. Dá muito mais trabalho do que gerir o dinheiro municipal sozinho, mas é muito recompensador. A liberdade é criativa e o sentido de pertença muito produtivo. Viseu está mais dinâmico do que nunca, há sempre algo novo a acontecer na cidade. Recordo, a título de exemplo, o evento enoturístico ‘Tons da Primavera’ que juntou street art, os Vinhos do Dão e muita música cativando milhares de visitantes. Este é o caminho para tornar as cidades mais atractivas e geradoras de talento e riqueza? O ‘Tons da Primavera’ associa a criatividade da arte pública às identidades vinhateiras e paisagísticas da cidade de Viseu. É o primeiro evento enoturístico do ano, a que se junta à ‘Festa das Vindimas’, em Setembro, e ao ‘Vinhos de Inverno’, em Dezembro. São eventos recentes, com três ou quatro anos de realização, que se juntam à secular Feira de São Mateus – o maior e mais importante evento da região. Em 2016, a Feira de São Mateus bateu o número recorde de um milhão de visitantes, estimando-se uma animação económica superior a 50 milhões de euros. Na sua opinião, Viseu continua a ser a melhor cidade do País para viver, investir e visitar?


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A qualidade de vida em Viseu é indiscutível. Somos uma cidade de referência nesta matéria. A organização urbana, a qualidade dos bens e serviços públicos, o custo de vida, as taxas de cobertura de água e saneamento e a sua qualidade, a disponibilidade de uma agenda cultural e criativa distingue favoravelmente Viseu. E esse é um sentimento que começa em casa. Os viseenses têm orgulho na sua cidade e defendem a qualidade de vida que a distingue. Para sermos honestos, os rankings são importantes, mas ‘A Melhor Cidade para Viver’ é, antes de mais, um reconhecimento local e interno. According to the CCDR Centre, as part of Portugal 2020, 9,679 projects were approved, of which around 6 Bn euro correspond to investment intentions. What is the importance of this help and what is the added value that these business projects will bring to the Central Region. Investment is indispensable for the growth of the economy and job creation. And there is no quality of life without wealth and employment. The Central Region is the economic driver and exporter of the country. In addition, the Centre-North of Portugal has secured over 60% of national exports and is, clearly, the industrial lung of Portugal. Viseu has happily enjoyed an industrial and export boom. This boom is also being felt in the increase of grant funds from Portugal 2020 and Centro 2020. Benchmark industries like Habidecor are again investing in Viseu, in a new latest generation manufacturing unit. It exports the lion’s share of its high quality production. The same has happened with other industries in Viseu that have set up or returned to invest. Visabeira, Gouveia & Campos and Pampilar are some good examples, which have joined others in the technology domain like BIZ Direct, IBM and TOMI World. The Centre and city-region of Viseu are enjoying an economic uptick which is very posi-

tive and promising. The same applies in the field of urban rehabilitation. In the past three years private investment of over 25 million euro has been made in the historic centre of Viseu, in real estate transactions as much as in building restoration and refurbishment. The diverse marketing and publicity campaigns carried out have placed Viseu ‘on the lips of the world’. Have you already begun to feel some return on this ‘investment’, namely in terms of attracting investors and tourists to the municipality? 2017 is the ‘Official Year to Visit Viseu’. A bold and challenging statement that means to put Viseu on the internal market tourism map. Why? Because we can. We have a high lifestyle quality, a 2,500-yearold history, a very rich heritage, a vibrant yearly events calendar throughout the year, we’re a Dão wine producing city, the city of the tribal chief Viriatus, the city of our greatest painter - Grão Vasco And we have unique natural attributes, in the many water courses, in the natural forest Mata do Fontelo, the ecopista do Dão - an area following a railway line rich in stunning landscapes, flora and fauna and popular for walking and hiking - and 45 hectares of gardens and 65 hectares of parks. Today Viseu is living proof that medium-sized cities can be great destinations. Viseu is being rediscovered by the Country and by international tourists. Hotel takeup rates in the city speak for themselves: in 2014 we grew 13% in bed occupation; in 2015, 18%. And in 2016 we had continued to grow above two digits registering 170,000 hotel nights. We believe that 2017 will be the best year of the decade, beating hotel night number records which will be very close to 200,000. One of the ‘banners’ you want to implement is to “reactivate participation, the sense of be-

longing, pride and knowledge from the local community”. Would you like to comment? I truly believe in the role and potential of community involvement. Territorial development isn’t done by either decree or just public power, even when they play their role very well. The involvement of citizens, companies, entrepreneurs, scientific human capital and creative agents are all vital to generate new activities, new dynamics, new products and a strong and distinctive economic, tourist and cultural attractiveness. Which is why I focused in a very clear form on both stimulating local company investment, through an innovative system of incentives, and the creation of a line of financing for independent cultural and creative projects, and also by encouraging civic community involvement, through three participative budgets involving all the parishes and age groups. It makes a lot more work than managing the council coffers alone, but it’s well worthwhile and compensates. The freedom is creative and the sense of belonging is very productive. Viseu is more dynamic than ever, there’s always something new going on in the city. I recall, just to give an example, the wine tourism event ‘Shades of Spring’ (Tons da Primavera) which combined street art, Dão Wines and lots of music attracting thousands of visitors. Is this the road to take to make cities more attractive and wealth and talent generating? The ‘Shades of Spring’ event linked public art creativity to vineyard and Viseu city landscape identity. It is the first wine tourism event of the year, added to the ‘Wine Harvest Festival’ (Festa das Vindimas), in September, and ‘Wines of Winter’ (Vinhos de Inverno), in December. These are recent events, which have been going for three or four years, which join the centenary St. Matthews Fair (Feira de São Mateus) - the largest and most important event of the region. In 2016, the St. Matthews Fair beat the record of one million visitors, with an estimated economic boost of over 50 million euro. In your opinion, will Viseu continue to be the best city in the country to live, invest and visit? The lifestyle quality in Viseu is indisputable. We’re a trailblazing city in this matter. The urban quality, the quality of goods and public services, the cost of life, the quality of the water, rubbish and sewage rates, the availability of a creative cultural programme all set Viseu apart from the others. And this is a feeling that starts at home. The locals are proud of their city and defend the quality of life which makes it stand out. If we were to be honest, the rankings are important, but ‘The Best City to Live’ is, first and foremost, a local and internal recognition.


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Feira de São Mateus

Encontro de emoções e gerações St. Matthew’s Fair

A meeting of emotions and generations A Feira de São Mateus, em Viseu, é muito mais do que uma feira popular ou um centro de exposições. É uma tradição que está enraizada no mais profundo ser de quem anualmente lá passa. Mas é também um local a descobrir por turistas nacionais e internacionais. St. Matthew’s Fair (Feira de São Mateus), Viseu, is so much more than a popular fair or an exhibition centre. It is a tradition that is rooted deeply within those who visit it. But it is also a place to discover for national and international tourists.

Texto Text: Carla Celestino

Quem conhece a Feira de São Mateus como eu, há mais de 40 anos, sabe que é uma data ansiada por quem habitualmente habita ou visita a cidade e o concelho nos meses de Verão. Como a autarquia diz, e bem, no seu site, “feirar está no sangue das famílias e amigos que todos os anos se reencontram em Viseu, na Feira Franca mais antiga da Península Ibérica”. Desde criança que visitar esta feira era, para mim, algo mágico. Nela reunia primos, tios e avó, amigos e mais amigos. Nela percorria as ‘ruas’ que me pareciam infinitas e repletas de vida com tapetes tradicionais, cerâmicas ou bonecas serranas, havia também os carrocéis e os carrinhos de choque, as farturas com um sabor único que só ali se encontravam e os viriatos, os restaurantes e as tasquinhas, não faltavam as máquinas agrícolas grandes ou pequenas e o espaço de exposições com móveis e equipamentos de última geração… Ainda hoje, nessas mesmas ‘ruas’, o cruzar infinito entre pessoas dá lugar à saudade e ao reencontro, em particular das famílias e amigos emigrados ou migrados. Mas sempre num ambiente festivo. A música também dá o ar da sua graça e a agenda cultural agrada sempre a ‘miúdos e graúdos’. Entre o rancho folclórico, o cantor pop e a banda rock do momento, o público reúne-se em torno do palco e por momentos a vida quotidiana desaparece e dá lugar à evasão e diversão. Só para se ter uma noção da importância da vertente musical em atrair visitantes, fique a saber-se que, no ano passado, no Dia Internacional da Juventude (12 de Agosto) o cantor Agir atraiu 55 mil visitantes a este espaço de exposições e eventos. E nos dias pagos, sim porque existem dias de entrada livre e de acesso a todos, tanto David Carreira como Diogo Piçarra conquistaram 27 mil visitantes.

No ano passado, para surpresa de muitos, mas confesso não minha, a Feira de S. Mateus atingiu um milhão de visitantes na sua 624 edição. Número que, penso, não estará muito longe de anos anteriores dado a dinâmica instituída neste certame e do volume de visitantes que chega, nesta altura, à cidade. Foi ao som de Sérgio Godinho e Jorge Palma que dois écrans gigantes mostraram: “Este ano chegámos lá! Bem-haja! 1.000.000 de visitantes”. O momento foi de apoteose que culminou com fogo-de-artifício. Refira-se que este número ‘dourado’ só foi susceptível de ser verificado pela Marca Viseu, entidade que organiza este evento, porque, a partir de 2013, a Câmara Municipal de Viseu implementou um sistema de contagem nas entradas que permitiu apurar o número exacto de visitantes. Mas se não fiquei muito surpreendida com este número, até porque diga-se a bem da verdade são várias as pessoas que motivadas pela agenda vão mais do que uma vez à Feira de S. Mateus durante os dias em que decorre, confesso que há alguns anos a esta parte percebi, para espanto meu, que os turistas, nacionais e internacionais, estão a descobrir esta região de Portugal e, em particular, esta feira. Dei conta disso a última vez que passeei pelas ruas de Viseu e subi no funicular até ao centro histórico. A fazer o mesmo trajecto estavam turistas do Alentejo, de Lisboa, Coimbra e Aveiro, bem como de França e da Alemanha e sentado num dos bancos estava até um holandês “mas só de passagem” dizia ele para no final já afirmar que era capaz “de ficar uma noite ou duas”. A dois ou em família, em grupo ou ‘pé descalço’, perguntei a estas pessoas o que faziam em Viseu. A resposta foi peremptória: à descoberta do património histórico, da natureza e, claro, dos vinhos da região. Um dos casais encontrava-se hospedado e a desfrutar de uma das estâncias termais da região. Mas todos foram unânimes: à noite a visita era à ‘la foire’ ou ‘messe’ (feira). O passa a palavra parece ter sido a melhor forma de fazer chegar estes turistas a esta feira mas tudo leva a querer que nos próximos anos a Feira de São Mateus vai bater novos recordes uma vez que existe uma estratégia e metas bem definidas por parte da Marca Viseu. Este ano, de 11 de Agosto a 17 de Setembro, vão passar pelo palco Seu Jorge, Paula Fernandes, Agir, Marco Paulo, Diogo Piçarra, Pedro Abrunhosa, Aurea, Paulo de Carvalho, Cuca Roseta, HMB e David Carreira. Estas e outras novidades sobre a edição de 2017 podem ser acompanhadas no site da autarquia ou nas redes sociais Facebook, Instagram e Youtube. A Feira de São Mateus gera muitas emoções mas,


Foto Photo: Município de Viseu / João Pedro Pinto

acima de tudo, permite que todas as gerações desfrutem de experiências autênticas e irresistíveis. Those who know St. Matthews Fair (Feira de São Mateus) like I have done for 40 years know that it is eagerly anticipated event by those who normally live or frequently visit the city and the borough in the summer months. As the councillor says and points out on his site, “fair-going is in the blood of the families and friends that each year meet up in Viseu at the Feira Franca, the oldest on the Iberian peninsular. I’ve been visiting this fair since I was a child and for me it is something magical. Cousins, aunts and uncles, grandparents, friends and more friends get together there. I wander around the streets that seem to me to be endless and packed with life, with traditional rugs, ceramics or highland dolls, there are carousels and bumper cars, the traditional elongated donuts or ‘farturas’ with a unique flavour that can only be found here and the sweet egg yolk based and sugar covered pastries or ‘viriatos’, the restaurants and the taverns. Agricultural machinery both large and small are everywhere and exhibition stands with furniture and state-of-the-art equipment... Even today, in these same streets, you see the countless number of people bumping into one another, hooking up and catching up, in particular families and friends who had emigrated abroad or moved elsewhere in Portugal. But the atmosphere is always festive. The music too is festive and the cultural events programme always attracts ‘kids and adults alike’. Between the folklore music and dancing, the pop

singer and the latest rock bands, the public gather around the stage and set aside their daily grind which is replaced by fun and frolics. Just to get an idea of the importance of the musical feature of this event in attracting visitors, you should know that last year, International Youth Day (12 August), the singer Agir attracted 55,000 visitors to this exhibition and events venue. And on paying days, since there are free-entry days too for everyone, both the popular romantic Portuguese Latin heartthrobs David Carreira and Diogo Piçarra conquer 27,000 visitors. Last year, to the surprise of many, but to me I have to say, the 624th St. Matthew’s Fair attracted 1 million visitors. A number, I think, that isn’t far off from previous fairs given the buzz at that event and the volume of people arriving at the moment in this city. It was to the sounds of popular Portuguese singers Sérgio Godinho and Jorge Palma that two giant screens read: “This year we got there! Welcome! 1,000,000 visitors”. The peak moment culminated in a firework display. It should be mentioned that this ‘golden’ number could only be verified by the Marca Viseu (Viseu Brand), the body that organises this event, because from 2013 Viseu Municipal Council implemented a counting system at entrance points which enabled the exact number of visitors to be ascertained. But if I wasn’t surprised by this number, the truth is further revealed by the quantity of people drawn by the events programmes and going more than once to St. Matthew’s Fair on days the event takes place. I confess that I’ve known for some years, to my astonishment, that both national and international tourists are discovering this region of Portu-

gal and this fair in particular. I noticed this the last time that I passed through the streets of Viseu and went up in the funicular car to the historic centre. Doing the same were tourists from the Alentejo, Lisbon, Coimbra and Aveiro, as well as from France and Germany and sat on one of the seats was even a Dutch “but only passing through for the day” he said, finally admitting that he was minded “to stay one of two nights”. Couples and families, in groups or barefoot, I asked these people what they were doing in Viseu. The replies were off-the-cuff: discovering the historical heritage, the nature and, of course, the region’s wines. One of the couples had found somewhere to stay and enjoy one of the region’s hot springs. But all were in agreement: a night they were off to the fair (la foire or messe) Word of mouth seems to have been the best way to get these tourists to this fair but all the indications are that in the coming years the St. Matthews Fair (Feira de São Mateus) will beat new records since their is a well defined strategy and goals set by the Marca Viseu (Viseu Brand). This year, from 11 August to 17 September Portuguese popular singers Seu Jorge, Paula Fernandes, Agir, Marco Paulo, Diogo Piçarra, Pedro Abrunhosa, Aurea, Paulo de Carvalho, Cuca Roseta, HMB and David Carreira will all be performing. These and other events and news from the 2017 edition can be followed on the Council’s website or on Facebook, Instagram and Youtube. The St. Matthews Fair (Feira de São Mateus) creates many emotions but, above all, allows all generations to enjoy authentic and irresistible experiences.


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Um turista diferente

Cidade com alma

A different kind of tourist

A city with soul Chegámos com um sentimento dividido, entre a saturação e uma enorme curiosidade. Há meses que andávamos a ‘estudar’ a cidade e a região, mas não conhecíamos, pessoalmente, nem uma nem outra coisa. O nosso primeiro guia turístico foi Pedro, um jovem dos arredores de Viseu que estagia num restaurante low cost, bem perto do Centro. We arrived with mixed feelings, between saturation and enormous curiosity. We’d been “studying” the city and the region for months, but didn’t really know anything about it personally. Our first tour guide was Pedro, a youth from the outskirts of Viseu who was doing work experience in a low-cost restaurant close to the city centre.

Serve-nos, num dia de sol e calor. Sem querer, dá-nos o mote que nos envolve na génese desta gente que queríamos conhecer: “O pior dos crimes é produzir vinho mau, engarrafá-lo e servi-lo aos amigos”, escrevera, há quase cem anos, um escritor mítico da terra e do País. Nascido no Carregal, Sernancelhe, Aquilino Ribeiro, estava enganado: não encontrámos nenhum criminoso! Quando dobramos a esquina e mergulhamos na Rua Direita sentimo-nos, como por milagre, em casa, uma casa, repito, nova para nós. Estreita, a via pedonal, respira história, cuidado urbanístico e muita vida, resistente ao comércio das grandes superfícies. Enquanto a nossa repórter dispara fotografias a tudo o que respira, mantenho-me na minha onda de ‘copos’ e vou direito a Henrique Bidarra que, há várias décadas, veio fugido do frio da Guarda para explorar um tasco na artéria, que, de facto, é mais torta que direita. Serve-nos uma bebida e não deixa transparecer muito entusiasmo por esse grande movimento de promoção turística em torno de Viseu 2017. Turistas? – “Está fraco, lá mais para Julho e em Agosto, sim!, mas são quase todos emigrantes”. Tem pouco que fazer mas não nos dá muita trela. Algumas raparigas loiras e jeitosas, com quem tropeçamos à saída do estabelecimento, aumentam a nossa curiosidade. Há de facto outro tipo de visitantes na rua! Bidarra devia estar chateado… Fazemos um desvio de alguns metros e, a partir de um sapateiro, de seu nome Belmiro, voltamos a

mergulhar na alma destas pessoas: martela as poucas solas que aparecem para substituir, no calçado, como uma espécie de treino anti-stress, igual aos dos pugilistas que batem nos sacos de treino. Adora falar e, em poucos minutos, faz “história”: Ocupa-se desta sua nova “arte”, há 15 anos, mas do que tem orgulho é do passado, motorista dos autocarros da CP que apoiavam os comboios da Linha do Vouga, fechada, vergonhosamente, há muitos anos, em nome sabe-se lá do quê. Despedimo-nos com o sentimento de que essas políticas, de abandono do interior profundo do País, felizmente desapareceram. A nossa repórter continua chata como sempre, vê encanto em cada canto, como o leitor percebe pelas fotografias que ilustram estas linhas. É ela que nos chama a atenção para a Express Biju, a boutique de Alice Gonçalves, sempre acompanhada de três cachorros, que funcionam como uma espécie de rebuçado de muitas clientes. Não se queixa do negócio, confidencia que vai muitas vezes ao Porto comprar roupa. Percorremos o centro histórico e multiplicam-se as loiras, algumas famílias estrangeiras que não se deixam fotografar, e bastantes casais idosos, vindos, sabe-se lá de onde, de mapas na mão ou sentados nas esplanadas, (caras) a matar a sede. Quando damos por ela são horas de jantar. Sem marcação, conseguimos lugar no Cortiço, onde Serafim Campos nos acolhe com genuína simpatia. Não revelamos a nossa profissão, aqui mesmo de propósito, para avaliar se a fama do restaurante tem fundo. Henrique, que serve a nossa mesa, teve juízo há muitos anos; nasceu em Arroios, em Lisboa, mas fez ao contrário dos outros, radicou-se nas terras de Viriato, onde diz ser feliz. Possui uma cultura, uma postura e uma simpatia muito, muito superior ao paladar da morcela que comemos, como entrada. Deste espaço, que não precisa de publicidade, fica-nos, sem dúvida, o melhor de qualquer menu: o calor e a fraternidade com que somos acolhidos, mesmo anónimos. É muito raro num estabelecimento de luxo… Não temos mais espaço e por isso, à saída da cidade, um dia depois, em tom de despedida, voltamos ao tema de Aquilino: o vinho… a caminho da Ser-


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ra, em Loureiro dos Silgueiros, no coração do Dão. Conhecemos Vanessa Perdigão, na Quinta do Perdigão, que ninguém nos recomendou. Casada com José, por acaso arquitecto da Câmara, deu-nos uma lição sobre este tema, numa paisagem de encantar, e ainda nos deixa comprar um branco especial para eu celebrar, de forma condigna, dentro de dias, 60 anos. Podia acabar melhor? (Nota: Vou enviar um convite ao ainda presidente do Eurogrupo, o holandês Djisselbloem, para visitar Viseu 2017) He serves us on a hot and sunny day. Unintentionally, he provides us with the motto surrounding us to do with the origin of this people that we’ve come to discover. “The worst crime is to produce bad wine, bottle it and serve it to friends”, once wrote a legendary writer from these parts and Portugal almost a century ago. Born in Carregal, Sernancelhe, Aquilino Ribeiro, was wrong: we didn’t find any criminal! On turning the corner and diving into Rua Direita

we felt, by some miracle, at home, a house, I repeat, that was new to us. Straight, the pedestrian walkway, oozes history, is well maintained and full of life, holding its own against the large shopping centres. While our reporter fires of photos at anything that moves, I keep up my predilection for ‘drinks’ and head directly towards Henrique Bidarra who, some decades ago, had fled the cold of Guarda to run a tavern on the main thoroughfare which, as it happens, is more twisting than straight. He serves us a drink and doesn’t give off much enthusiasm for this great tourism marketing movement around Viseu 2017. Tourists? - “It’s a trickle, wait until July and August, then you’ll see!., but they are almost all emigrés”. He hasn’t got much to do but he cuts us no slack. Some pretty fair girls, with whom we collided on leaving the establishment, raised our curiosity. In fact there is another kind of visitor on the street! Bidarra must be pretty pissed off... We make a diversion of some metres and, head off for a shoemaker who tells is he’s called Belmiro, and return to dive into the soul of these people: he hammers the few soles that need replacing onto shoes as though it was a kind of anti-stress therapy, like the boxers who punch training bags. He loves chatting and, in no time at all, he’s regaling us with ‘stories’: He’s been practising his new ‘art’ for 15 years, but what he’s proud of is the past, as a CP bus driver who used to provide backup for the Vouga line trains, a line which has sadly been shut for many years for God knows what reason. He takes his leave from us with a feeling that past policies, of interior depopulation and abandonment, are thankfully disappearing. Our reporter continues to be annoying as ever, is enthusiastically charmed by each corner, as the reader can tell from the photos that show these lines. She calls our attention to Express Biju, a boutique owned by Alice Gonçalves, who is always

followed by three doggies which serve as a kind of mascot draw for many customers. She has no complaints about business and admits that she often goes to Porto for clothes shopping. We wander around the historic centre and the blondes multiply, with some foreign families who won’t be photographed, and a fair number of elderly couples from where ever, street maps in hand or sat on the esplanades (expensive) to quench their thirsts. The time passes and it’s time for dinner. Without having booked a table we manage to find a place in Cortiço, where Serafim Campos welcomes us with genuine kindness. We don’t say who we are here and on purpose, to see if the restaurant’s fame is well founded. Henrique, who serves us at table, developed his common sense many years ago; he was born in Arroios, in Lisbon, but he did the opposite of the others, he moved to the lands of Viriatus where he says he’s happy. He has culture, bearing and heaps of charm, far in excess of the taste of the ‘morcela’ (spiced bloodsausage) we’re eating as a starter. This eatery, which needs no publicity, without a doubt suits us better than any menu: the warmth and sociability from our hosts, even though we’re anonymous. That’s very rare in a luxury establishment... We’ve run out of room which is why, on leaving the city a day later, in a farewell mood, we return to the topic of Aquilino: the wine ... the Serra way, in Loureiro dos Silgueiros, in the heart of Dão. We get to know Vanessa Perdigão, at the estate Quinta do Perdigão which wasn’t recommended. Married to José, as it happens an architect for the Council, she gives us a lesson on this topic in a charming landscape, and even let’s us buy a special white wine for me to celebrate my 60th birthday - which is only days away - in a suitable way. Could it have ended better? (Note: I’ll send an invitation to the current Eurogroup President, the Dutchman Djisselbloem, to visit Viseu 2017).


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Jorge Rebelo de Almeida – Vila Galé

Prazer acima do dinheiro Pleasure over money


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Entra pelo hotel a dentro, direito à sala de jantar, como se estivesse a chegar a casa. Cumprimenta-nos com ar apressado e só depois de nos sentarmos acalma e perde, em poucos minutos, o ar ‘profissional’ para começar a ser ele próprio. He comes in to the hotel from within, and heads straight to the dining room as though he’d just arrived home. He greets us with a stressed and pressured air and it’s only once we’ve sat down does he calm down and lose his ‘professional’ face and begin to be himself.

Texto Text: Joaquim Pereira de Almeida Fotos Photos: Anabela Loureiro

Dirige-se ao funcionário que nos vai servir pelo nome próprio. José Paulino, que veio de São Vicente da Beira, em Castelo Branco, conhece bem a personalidade do homem que lhe pede conselhos sobre o que almoçar. Trabalha, há muitos anos, para o Grupo Vila Galé, e sabe como lidar com o nosso anfitrião, Jorge Rebelo de Almeida, o patrão da segunda maior cadeia hoteleira portuguesa que aceitou falar connosco, sem agenda nem perguntas combinadas, num jeito tão natural e espontâneo como os pratos que nos aconselha. Domina a ementa quase toda e, como sempre, quando fala, olha-nos nos olhos. Deixamos ao cuidado do Google os detalhes curriculares do amigo que temos diante de nós, se o leitor precisar dessa informação. Ele dispensa apresentações e não se mostra aborrecido quando escolhemos a política - um assunto de que a classe empresarial não gosta nada de falar em público -, para primeiro prato. Como sempre, é super-directo, como se quisesse ganhar tempo. ‘Tira o chapéu’ a António Costa, assegura que Marcelo andou a vida inteira a preparar-se para representar o papel de Presidente da República nos moldes em que o está a fazer e reforça: “Ele premedita cada gesto que faz”. Sobre Passos Coelho assegura que lhe “faz falta um amigo que lhe fale verdade”, numa alusão directa aos maus conselheiros que o líder

do PSD terá. Liga pouco à miudagem do Bloco e afirma que eles adoravam ter um ou mais elementos no Governo. Em relação aos comunistas é surpreendente. Entre uma garfada e outra, afirma, directamente, o que é evidente para toda a gente mas que o PCP não pode dizer: “Era fundamental para eles manter-se à tona de água, até para satisfazer o seu eleitorado; o discurso estava saturado”. E não tem receio em afirmar textualmente: “São gente de palavra”. Sabíamos, perfeitamente, que este não era o menu preferido de Rebelo de Almeida e quando ele dá a ‘deixa’ – não sou político -, resolvemos aligeirar o diálogo para entrar num assunto que ele adora neste momento: o hotel que está a construir na região de Sintra e que tem, também, uma componente imobiliária. O seu particular entusiasmo advém do facto de este ser diferente de todos os outros que já promoveu em Portugal e no Brasil. Será uma unidade muito virada para a saúde e, sem ser, de modo algum, um hospital, terá uma linguagem “terapêutica” muito forte a começar, desde logo, pelo que estávamos a fazer: a alimentar-nos. Se deixássemos, ele ficava o resto da refeição a falar do tema. Mas tomamos nota de uma afirmação que profere logo a seguir: “O que dá gozo mesmo, é fazer coisas diferentes e difíceis, senão a vida era um tédio; em Elvas e Braga, é tudo complicado, vai


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O que dá gozo mesmo, é fazer coisas diferentes e difíceis, senão a vida era um tédio. What I really enjoy, is to do things that are different and difficult, because otherwise life would be a drag.

custar muito dinheiro mas das ruínas vão nascer dois hotéis que vocês nem imaginam…” e vai mais longe. Questiona: “Quem se lembrava de fazer um grande hotel em Manteigas, era mais fácil, rápido e lucrativo construir mais um no Algarve ou em Lisboa?” Discretamente, José Paulino, o chefe de sala, vai acompanhando a refeição servindo, moderadamente, um branco de Santa Vitória, a marca que o grupo produz numa propriedade perto de Beja, onde tem um hotel de campo. Mostra-se muito optimista com o futuro da agricultura em Portugal onde, assegura, “se pode ganhar muito dinheiro”. Quis o destino que este homem tivesse nascido num dia 25 de Abril, há 68 anos. Com a maior das naturalidades não esconde o que deveria ser segredo: tem ido mais vezes ao Alto Douro, onde tem um hotel na Régua, porque ainda não desistiu de também produzir vinho do Porto.

Contámos-lhe que conhecemos esse Vila Galé e ele não perde tempo em escutar a nossa opinião sobre aquela unidade: Elogiamos o pessoal e fica mais uma deixa para uma outra questão que lhe é querida: As pessoas que emprega. Parece conhecer cada um dos seus milhares de colaboradores. E faz questão em que nós registemos que, mesmo em “plena crise demos sempre prémios aos nossos trabalhadores”, do mesmo modo que, em toda a rede, os “funcionários dos Vila Galé comem o mesmo que os clientes”, não se faz comida de nível inferior para eles. A conversa é como as cerejas e dava para ficar a tarde toda em amena cavaqueira, mas ele tem outros afazeres agendados. Sobre assuntos do senso comum é muito menos emotivo: é evidente que Portugal está a ganhar com a estabilidade político-social, que o terrorismo em países com forte componente turística,

como por exemplo, a Turquia ou a França, empurram muita gente para “este País maravilhoso que temos”. E, sem querer, voltamos, à política porque ele quer acentuar o facto de “os políticos precisarem de ouvir as pessoas ligadas à terra”. Para fim de conversa e porque o “provocamos” não hesita em assumir o que diz todo o Mundo: “O Trump? – É uma besta!” Quando termina a sobremesa e já está nitidamente a pensar na reunião que vai ter a seguir tem ainda a subtileza de deixar escapar a mensagem que melhor corresponde à imagem que quer deixar aos leitores e nós ´ajudamos’: “Trabalho por prazer não apenas pelo dinheiro”. He addresses the waiter who will serve us by his own name. José Paulino, who came from São Vicente da Beira in Castelo Branco, knows well the personality of the man who is asking him advice


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O hotel que está a construir na região de Sintra e que tem, também, uma componente imobiliária, é diferente de todos os outros que já promoveu em Portugal e no Brasil. The hotel he’s building in the Sintra region and which also has a property componente, is different from all the others that he has developed in Portugal and Brazil.

on what to have for lunch. He has worked for the Vila Galé Group for many years and knows how to treat our host Jorge Rebelo de Almeida, the owner of the second largest Portuguese hotel chain who has agreed to be interviewed by us, without a set agenda or fixed questions, in a manner that’s as natural and spontaneous as the dishes being recommended to us. He knows almost everything on the menu and like always, when he talks he looks you in the eyes. We’re leaving the curriculum details of the friend sat before us to Google, information on whom the reader can look up. He doesn’t need introductions and doesn’t seem bored when we choose politics - a matter which the business class doesn’t like talking about in public -, to discuss over the starters. As always, he’s really to the point, as though wanting to gain time. He takes his hat off to Prime Minister António Costa, is sure that Portuguese President Marcelo Rebelo de Sousa had been preparing his entire life to fulfil his role in the way he is doing and stresses: “He thinks about every gesture he makes”. On former PSD Prime Minister Pedro Passos Coelho he says that he “misses a friend who spoke the truth to him”, in a direct nod to the advisers that the PSD leader has. He doesn’t take much notice of the immature left-wing Bloco de Esquerda and states that they’d love to have one or more members in the Government. He is surprising in relation to the Communists. Between a forkful or two, he states, directly, what is obvious to all but which the Portuguese Communist Party - PCP cannot say: “It was vital for them to appear true to their own colours so as to satisfy their electorate; the speeches were therefore saturated red”. He is not afraid to go on the record: “They are people of their word”. We know full well that this government is not the preferred menu for Rebelo de Almeida and when he says “leave it! I’m not a politician”, we decided to shift the conversation to a topic he loves at the moment: the hotel he’s building in the Sintra region and which also has a property component. His particular enthusiasm springs from the fact that it is different from all the others that he has developed in Portugal and Brazil. It will be a hotel unit that is very health orientated without in any way being a hospital, but will have a very strong “therapeutic” focus from the start, beginning with what we’re doing: eating. If we let him, he would spend the rest of the meal talking about the topic. But we take note of a statement that he immediately wants to pursue: “What I really enjoy, is to do things that are different and difficult, be-

cause otherwise life would be a drag; in Elvas and Braga, it’s all complicated, it’ll cost loads of money but from ruins two hotels will rise that you can’t begin to imagine ...“ and he goes further. He asks: “Who would have thought to do a large hotel in Manteigas, wouldn’t it have been easier, quicker and more profitable in the Algarve or Lisbon? Discreetly, José Paulino, the head waiter, supervises the meal, moderately pouring a Santa Vitória white wine, a label which the group produces on an estate close to Beja, here he has a country hotel. He seems very optimistic about the future of agriculture in Portugal where, he insists, “there’s a lot of money to be made”. Destiny appointed this man’s birth 68 years ago on 25 April (the same day as Portugal’s Carnation Revolution in 1974). With the greatest of ease he doesn’t hide what should be secret: he has been several times to Alto Douro where he has a hotel in Régua, because he hasn’t abandoned producing port wine too. We tell him that we know this Vila Galé hotel and he avidly listens to our opinion about that hotel unit: We praise the staff and another note is taken for further question that is dear to his heart: The people he employs. He seems to know each one of his thousands of staff members. And he makes a point of insisting that we make a note that even “right in the middle of the crisis we always handed out bonuses for our employees”, in the same way that in the entire chain, the “Vila Galé staff eat the same food as the guests”, and that they’re not prepared inferior quality to that served to them. The conversation was like cherries and we could have spent the whole afternoon picking over them, but he had other tariffs on his agenda. On less emotive and more common sense matters: it is evident that Portugal is gaining from social-political stability and that the terrorism in countries that rely heavily on tourism like, for example, Turkey and France, is channelling many tourists to “the marvellous country that we have here”. And without intending to, the conversation returns to politics because he wants to stress the fact that “politicians need to listen to the ordinary people who are linked to the land”. To round off the interview and because we “force” the question we can’t not ask him about the man the whole world is discussing: “Trump? - He’s dreadful!” When he finishes the desert and is already clearly thinking about the meeting that he will attend next, he still has the subtlety to leave the message that best corresponds to the image that he wants to impart to our readers and us and so we “help him”: “I work for pleasure not just money”.


Sol e Lua 50 24 JUL/AGO 2017

A tauromaquia estรก bem viva

Paixรฃo ou รณdio? Bull fighting is alive and well

Passion or hate?


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Quem disse que a tauromaquia estava a morrer em Portugal? Odiada por muitos, idolatrada por outros, esta actividade, indiscutivelmente enraizada nas nossas tradições culturais, continua a chamar imenso público, por surpresa que seja, de diferentes gerações e de múltiplas nacionalidades. Who says that bull fighting is dying in Portugal? Hated by many, worshipped by others, this sport, unarguably rooted in our cultural traditions, continues to attract a wide swathe of the public, and as surprising as it may seem, from different generations and nationalities.

Texto Text: Joaquim Pereira de Almeida Fotos Photos: Anabela Loureiro

Quando passam 125 anos sobre a data da inauguração da Praça de Touros do Campo Pequeno – hoje integrada num moderno e sofisticado equipamento imobiliário - não podíamos encontrar melhor embaixador desta ‘arte’ do que Paulo Pereira, um aficcionado de sempre, o mais consagrado crítico do tema em Portugal que trocou a matemática da economia, matéria em que se licenciou, pela árdua tarefa de ajudar a transformar esta actividade numa mais-valia para a SRUCP - Sociedade Renovação Urbana Campo Pequeno, SA. A sua figura não podia ser a mais apropriada para quem fala de touros, diríamos que é o típico latino que lida com o jornalista, mais ou menos, como na arena o matador enfrenta o touro: apreensão e coragem ao mesmo tempo. Largamos as emoções porque queremos factos, é isso que interessa ao leitor: o Campo Pequeno recebe, presentemente, entre 60 e 70 mil aficcionados por ano e eles vêm não só de Portugal (a maioria) mas um pouco de todo o mundo. A Praça, de seis mil lugares, tem uma ocupação média que oscila entre os 65 e os 70 por cento, o que é considerado francamente bom. Aqui, a tauromaquia é tratada como uma autêntica indústria, “tem que dar dinheiro” e não há lugar para o empresário amador que trata as corridas de touros como uma “amante” com

quem gasta rios de dinheiro, só por prazer. Paulo Pereira deslumbra-se sempre que entra no Museu do Campo Pequeno. Sabe tudo, quer explicar tudo, vibra com os quadros de Manuel dos Santos e João Núncio, respectivamente, “o melhor matador de touros português de sempre” e “um dos três melhores cavaleiros da nossa história”. O nosso guia é sempre directo. Não tem dúvidas: “Vale a pena ser um grande toureiro, o mediano não resiste”. Despedimo-nos pouco convencidos com o que vimos e ouvimos. Não obstante, Paulo crava-nos uma última bandarilha quase mortal: Há dias em que pouco mais de 50 dinâmicos militantes da causa anti-tauromática se manifestam à porta de entrada do Campo Pequeno, tantas e tantas vezes, com lotação esgotada. Hoje, como há 125 anos, este será sempre um espectáculo amado ou odiado. Não há meio-termo. As the 125th inaugural anniversary of the Praça de Touros (Bull Square) at Lisbon’s Campo Pequeno looms - today integrated in a modern and sophisticated building - one cannot find a better ambassador of this ‘art’ than Paulo Pereira, a dyed-in-the-wool fan and the most highly thought of critic of the subject in Portugal who exchanged mathematics and economy for the uphill task of helping turn this sport into an as-


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Hoje, como há 125 anos, este será sempre um espectáculo amado ou odiado. Today, as it was 125 years ago, it will always be a show that’s loved or hated.

set for the Campo Pequeno Urban Renovation Society, S.A. (SRUP). He couldn’t be a better person to talk about bulls and we could say that he is more of less typically Latin when it comes to dealing with the journalist, not dissimilar to how the matador faces the bull in the ring: courage and fear at the same time. We leave aside emotions since when facts are called for, that’s what’s important for the reader: Campo Pequeno currently welcomes between 60-70,000 fans per year and they don’t just come from Portugal (the majority do) but from all over the world. The ring, which seats 6,000, enjoys an occupation rate of between 65-70% which is frankly considered good. Here, bull fighting is viewed as an authentic industry, “that has to make money” and it’s not the place for amateur businessmen who treat bullfights like “a lover” on whom piles of money is spent just for the fun of it. Paulo Pereira gets really enthusiastic whenever he enters the Campo Pequeno Museum. He know everything, wants to explain it all, waxes lyrical over the paintings of Manuel dos Santos, “the best Portuguese bullfighter ever” and “on of the three best horsemen in our history”. Our guide is always straight to the point. He’s in no doubt: “It’s well worthwhile being a great bullfighter, an average one wouldn’t stay the course”. We take our leave of him not terribly convinced by what we see and hear. Nevertheless, Paulo throws us one last and almost deadly harpoon: There are times when little over 50 rowdy antibullfighting protesters are chanting at the main entrance of Campo Pequeno, very often when the stalls around the ring are full. Today, as it was 125 years ago, it will always be a show that’s loved or hated. There’s no in-betweens.


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Azimute 54 24 JUL/AGO 2017

Vasco Cardoso - Green World

Não basta mudar as lâmpadas Changing light bulbs isn’t enough


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A sustentabilidade no turismo não se resume a substituir lâmpadas velhas, por muito modernas que sejam, por soluções eficientes ‘Led’. Há todo um know-how indispensável para tornar, de facto, mais económica a gestão dos nossos hotéis. Vasco Cardoso, administrador da Green World, sabe a matéria como o melhor aluno da turma. Dá aqui uma ‘lição’ aos agentes deste mercado. Sustainability in tourism isn’t just about replacing old bulbs for more modern ones which are energy efficient LEDs. There is an indispensable know-how involved in making the management of our hotels more economical. Vasco Cardoso, CEO of Green World knows what it’s all about better than the best student in class. He has a lesson to offer agents in this market.

O que é para a Green World a sustentabilidade? De um modo geral a sustentabilidade está presente em cada uma das nossas actividades, quer a nível profissional, quer a nível pessoal. Um dos principais objectivos é o de sensibilizar os nossos parceiros, por exemplo para uma gestão de recursos adequada e optimizada, e assim de certa forma fazer passar os valores nos quais a Green World está alicerçada. Através da consultoria técnica nas áreas de eficiência energética e gestão de energia é possível reduzir os custos e consumos de energia em valores muito atractivos, que, por exemplo, para empreendimentos turísticos se situam entre 20 e 30%, sendo possível ainda alcançar metas de eficiência mais ambiciosas com a utilização de equipamentos como uma iluminação mais eficiente (LED), utilização de sensores de movimento ou crepusculares, equipamentos ao nível de climatização ou de águas quentes sanitárias, entre outros, que vão complementar os resultados da consultoria, garantindo deste modo uma maior sustentabilidade junto dos nosso parceiros. O nosso papel passa por recolher dados, analisar, aconselhar e demonstrar que é possível baixar os custos e optimizar recursos, sem descurar padrões de qualidade. É nesse sentido que dispomos de um leque alargado de soluções e equipamentos de redução e optimização de energia. Há uma questão muito importante que nem sempre é tratada da melhor maneira e que está re-

lacionada com as boas práticas na utilização da energia e água. É possível ter os equipamentos mais eficientes do mercado, mas se os mesmos não forem correctamente utilizados, dificilmente se vai economizar o esperado e o retorno inicialmente definido irá ser bastante superior. É neste ponto que é possível fazer a diferença, com uma adequada formação aos colaboradores, pois são eles que fazem a diferença nesta matéria. Aqui, o acompanhamento tem de ser próximo até para evitar uma diluição dos resultados. Em que mercados está a Green World atualmente? Além do mercado nacional, atualmente estamos presentes em França, Cabo Verde e Marrocos. O mercado marroquino está a demonstrar ser um mercado de boas oportunidades de negócio, onde no primeiro ano de actividade realizamos várias auditorias energéticas à sede de algumas das principais empresas marroquinas no ramo bancário, sector dos transportes, hotelaria e sector público. Em relação às expectativas futuras, o nosso planeamento de expansão internacional prevê a entrada no mercado argelino, moçambicano e espanhol num futuro próximo, no sentido de disseminar os valores da empresa e alcançar cada vez mais mercados e novas oportunidades de negócio. Relativamente ao turismo sustentável, qual o papel da Green World?


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A Green World alia-se à declaração da ONU que designou 2017 como o ano internacional do turismo sustentável para o desenvolvimento, com a criação de um serviço de gestão a 360 graus onde as três vertentes da sustentabilidade económica, social e ambiental -, estão contempladas. Sabemos que o turismo tem um enorme peso nas diversas regiões em Portugal, económica e socialmente. Assim o nosso papel passa por estabelecer uma relação de parceria com os gestores de hotelaria, actuando quer ao nível de redução de custos e consumos relacionados com a energia, quer com a vertente social de formação de colaboradores e sensibilização de clientes, garantindo soluções adaptadas à realidade de cada hotel e, obviamente, correspondendo às expectativas dos seus gestores. Considera que os gestores hoteleiros estão sensibilizados para a sustentabilidade? Portugal está num momento-chave para uma aposta forte em sustentabilidade, quer em contexto de unidade hoteleiras urbanas, quer em outros locais onde a oferta é também alargada. É importante ganhar a corrida da sustentabilidade no turismo a outros destinos concorrentes enquanto efectivamente se protege um dos nossos maiores tesouros turísticos que é a

nossa natureza em forma de zonas rurais, parques naturais ou zonas costeiras. Respondendo à questão, sim, existe essa sensibilização para a sustentabilidade e já se vai realizando trabalho nesta área, com excelentes casos de sucesso. No entanto, é ainda comum encontrar barreiras em investimentos mais avultados. A nossa abordagem em relação a esta questão é a de analisar primeiro cada projecto e apresentar sempre uma filosofia step-by-step onde a primeira metodologia a realizar é a que tem menor investimento com maior potencial de economia. Pela nossa experiência, muitas vezes a vertente comportamental é a primeira a ser abordada, mas como já referi depende muito de caso para caso. What is sustainability for Green World? Generally speaking sustainability is in all of our activities, whether professional or personal. One of our main goals is to make our partners aware, for example, of suitable and optimal resource management, and thereby in a certain way pass on the values that Green World represents. Through technical consultancy in energy efficiency areas and energy management one can reduce costs and energy consumption into very attractive values, which can mean, for example, savings of 20-30% for tourism developments.

It is also possible to achieve more ambitious efficiency targets through the use of equipment such as LED efficient lighting, movement sensors or crepuscular sensors, air conditioning systems or sustainable hot water systems, among others, that complement consultancy results, thereby ensuring greater sustainability with our partners. Our role involves data collection, analysis, advice and demonstrating that it is possible to lower costs and optimise resources without cutting corners on quality standards. In this sense we offer a wide range of solutions and energy-saving equipment. There is a question that isn’t always dealt with in the best way and which is related to best practices in the use of energy and water. You can have the most efficient equipment on the market but if it isn’t used correctly, it will prove difficult to make the desired economies and savings initially defined. And it’s here they can make a difference, with the suitable training of staff who really do make the difference in this area. Here accompanying the process has to be at grass roots level to avoid the results being diluted. What markets is Green World operating in now? Apart from the national market, we’re also in


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Turismo Sustentável - Gestão 360º Sustainable Tourism - 360º Management

A actuação da Green World no âmbito do Turismo Sustentável engloba-se numa relação de parceria com a gestão do empreendimento turístico, com a garantia de economias ao nível energético e incrementos nos planos sociais e ambientais. Sustentabilidade económica: • Estudos técnicos de viabilidade; • Financiamento a 100%; • Retorno através de poupanças. Sustentabilidade ambiental: • Redução da factura energética; • Optimização de recursos; • Produção de energia. Sustentabilidade social: • Implementação Corporate Social Responsability (CSR); • Formação de colaboradores; • Green Marketing. Vantagens para o seu negócio: • Assegurar a viabilidade económica a longo prazo das operações; • Ganhos em imagem e ampliação de mercados; • Manter o alto nível de satisfação dos clientes; • Garantir a qualidade dos processos, produtos e acções; • Aumento de competitividade; • Aumento da motivação e envolvimento dos colaboradores e stakeholders; • Estratégias de Green Marketing. Green World’s activities on Sustainable Tourism covers a partnership relationship with the tourism development management, with the guarantee of making economies at the energy level and increments in social and environmental plans. Economic sustainability: • Technical viability studies; • 100% financing; • Return through savings. Environmental sustainability: • Savings in energy bills; • Resource enhancement; • Energy production. Social sustainability: • Corporate Social Responsibility (CSR) implementation; • Staff training; • Green Marketing. Advantages for your business: • Ensuring long-term operations viability; • Advantages in image and market building; • Maintaining high-level client satisfaction; • Guaranteeing the quality of processes and actions; • Increasing competitiveness; • Increasing motivation and the involvement of staff and stakeholders; • Green Marketing Strategies

France, Cape Verde and Morocco. The Moroccan market is proving to offer good business opportunities, where in the first activity year we carried out various energy audits at the headquarters of some of the main Moroccan companies in the banking, hotel and public sector. In relation to future expectations, our international expansion plan also foresees entering the Algerian, Mozambican and Spanish markets in the near future, to spread the company’s values and reach even more markets and business opportunities. Regarding sustainable tourism, what is Green World’s role? Green World is aligned with the UN declaration which designated 2017 as the international year of sustainable tourism, with the creation of a 360 degrees management service in which the three aspects of sustainability - economic, social and environmental - , are included. We know that tourism has a huge impact on various different regions in Portugal, economically and socially. Therefore our role includes establishing a partnerships relationship with hotel managers, operating both at a cost and consumption reduction level to do with energy and the social aspects of training staff and raising client awareness to ensure solutions which can be adapted to the reality of each hotel and, obviously, corresponding to the expectations of their managers. Do you believe hotel managers are aware of sustainability? Portugal is at a key moment for strong investment in sustainability, both in the context of urban hotels and hotels in other locations where offer is also concentrated. It is important to win the sustainability race in tourism against other competing destinations while effectively protecting one of our greatest tourist treasures which is our nature in the forms of natural rural and coastal areas. Replying to the question, yes, this awareness for sustainability does exist and work is being undertaken in this area, with excellent cases of success. However, it is still common to come up against barriers where higher investments are involved. Our approach regarding this issue is to first analyse each project and always present a step-by-step philosophy where the first methodology to be introduced is the least investment for the greatest economic potential. In our experience, very often the behavioural aspect is the first to be dealt with, but as I just said, it really does depend on the case.


Ventos do Norte 58 24 JUL/AGO 2017

Construções JFS

Um nome que prestigia a região JFS Constructions

A prestigious name In the North of Portugal


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A JFS está ligada à construção de vários edifícios de qualidade, tendo marcado, nas últimas décadas, a promoção de habitação no Porto. JFS is linked to the building of various quality buildings having in recent decades become well known for housing development in Porto.

Texto Text: Elisabete Soares

A JFS – Sociedade de Construção Joaquim Ferreira dos Santos nasceu no Porto, nos anos 20, e ficou ligada à construção de algumas das mais emblemáticas obras públicas e privadas construídas nas últimas décadas, especialmente nesta cidade. É o caso do edifício do Mercado do Bom Sucesso, de edifícios residenciais, na rua de Ceuta (edifício Café Ceuta), Sá da Bandeira com Gonçalo Cristóvão (edifício do viaduto) e de alguns dos prédios da Rua do Campo Alegre. Nos anos 60, período de grande desenvolvimento industrial, a JFS protagonizou a construção de vários dos edifícios que agora fazem parte do nosso património industrial. É o caso das unidades do grupo Violas, como a Cotesi, em Grijó, e a Corfi, em Espinho, do edifício da Mabor, agora Continental, em Lousado, da têxtil Manuel Gonçalves, das fábricas da Riopele, ou ainda do edifício da Oliva, em São João da Madeira, agora transformado num centro empresarial. Joaquim Ferreira dos Santos, gerente, destaca o percurso do pai, fundador da empresa, que marcou o mercado da construção sobretudo a partir de 1934, altura em que foi criada a empresa em nome individual. “No período a seguir à revolução do 25 de Abril começamos com a promoção imobiliária, embora sempre tivéssemos continuado com alguns trabalhos de construção de outros edifícios

e obras públicas”, destaca Ferreira dos Santos. Acrescenta, “fizemos vários empreendimentos, na Rua do Campo Alegre, no Garcia da Horta, a urbanização dos Salgueiros, na Rua Damião de Góis, junto ao Clube de Ténis do Porto”. Há um conjunto de outros edifícios no Porto e Matosinhos com a marca JFS, com construção mais recente. Basta referir, na urbanização do Avis, o edifício da Bolsa, onde actualmente está instalada a Euronex, e os edifícios residenciais em Matosinhos Sul, frente ao mar. No seu percurso a JFS teve um papel relevante na reabilitação de edifícios hospitalares, como é o caso dos hospitais do IPO Porto e de Coimbra, o Hospital dos Lusíadas, em Lisboa, Hospital da Arrábida, em Gaia, e o edifício da Clipóvoa, na Póvoa de Varzim. Destaca também obras com a construção da Adega de Borba, em 2012, e a reabilitação de um edifício na Avenida da Liberdade, em Lisboa. De acordo com o responsável, a JFS factura, em média, três a quatro milhões de euros anuais. “Contudo já facturamos 30 milhões de euros e tivemos no passado um máximo de 800 trabalhadores”, destaca. Neste momento tem 25 trabalhadores, constituído especialmente por engenheiros, encarregados de obras e operários especializados que fazem a gestão das obras e o controle dos sub-contratos.


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The founder of JFS Constructions (Sociedade de Construção) was born in the 1920s in Porto, and was linked to the construction of some of the most emblematic public and private works projects built over the last decades, especially in the city. A case in point is the market Mercado do Bom Sucesso, residential buildings in Rua de Ceuta (the Café Ceuta building), Sá da Bandeira with Gonçalo Cristóvão (viaduct building) and some of the buildings in Rua do Campo Alegre. In the 1960s, a period of great industrial development, JFS spearheaded the construction of various buildings that now are part of our industrial heritage. A case in point being the units by the group Violas, Cotesi, in Grijó, and Corfi in Espinho, of the Mabor building now Continental, in Lousado, textile factory Manuel Gonçalves, the Riopele factories and even the Oliva building in São João da Madeira, now a business centre. Joaquim Ferreira dos Santos, the manager, highlights his father’s contribution as founder of the company, who dominated construction particularly from 1934 onwards, when he set up the company in his name. “In the period following the April 25th Revolution we began property development, although we had always continued with some building work on other buildings and public works”, says Ferreira dos Santos. Adding, “we did various developments, in Rua do Campo Alegre in Garcia da Horta, the urban planning of Salgueiros, in Rua Damião de Góis, next to Porto Tennis Club”. There is a group of other buildings in Porto and Matosinhos with the JFS hallmark, which were built more recently. It’s enough to mention the urbanisation of Avis, the stock market building which currently houses Euronex, and the residential buildings in Matosinhos Sul, by the sea. Through its history, JFS has had a relevant role in the renovation of hospital buildings, such as the Porto oncology unit IPO Porto and in Coimbra, the Hospital dos Lusíadas in Lisbon, Hospital da Arrábida, in Gaia and the Clipóvoa building in Póvoa de Varzim. Also worth highlighting are the building projects of Adega de Borba in 2012, and the renovation of a building in Avenida da Liberdade, in Lisbon. According to the MD, on average JFS brings in three to four million euro per annum. “All in all we turnover 30 million euro and in the past we employed up to 800 workers”, he points out. Now he has 25 staff, made mostly up by engineers, foremen and specialised builders who manage the works and control the subcontractors.

Opinião Opinion Elisabete Soares Saraiva Jornalista Journalist

Porquê agora o ‘caso’ Selminho The Selminho ‘case’ - why now? Durante os últimos quatro anos Rui Moreira, presidente da autarquia do Porto, viveu numa aparente paz política com a oposição, conseguida sobretudo devido às alianças com os candidatos socialistas e sociais-democratas e com a delegação de competências aos vereadores na oposição. Uma paz pobre, dizem alguns, mas temas polémicos, como o caso Selminho, eram, por isso, tratados com ‘pinças’, entre os opositores a Rui Moreira. Por isso, apesar da zanga recente com o partido Socialista, que levou à saída dos vereadores, esperava-se uma campanha morna. É que dois dos mais importantes dossiers para a cidade, Urbanismo e Habitação, e que tem alimentado algumas das maiores críticas à actuação da actual autarquia, estiveram precisamente nas mãos dos vereadores da oposição. Assim, foi muito azar que os serviços de Ambiente da autarquia, depois de anos a fazerem a limpeza às silvas e à bicharada do tal terreno da Selminho (da família Moreira), que pelo visto se encontrava ao abandono, tivessem procurado saber quem podia pagar a factura dos quase dois mil euros gastos anualmente. E tivessem concluído, que afinal, a parcela onde a Selminho queria construir 12 apartamentos topo de gama, com projecto do arquitecto Alcino Coutinho, parte dele é municipal. Contudo, a divulgação na comunicação social, nesta altura, do tal parecer dos serviços da autarquia, que afinal estava guardado há cerca de meio ano, é que foi tudo menos um acaso da sorte. For the past four years, the Mayor of Porto, Rui Moreira, has enjoyed a period of political peace with the opposition, having above all managed this through alliances with the socialist and

social democrat candidates and by delegating powers to executive council officers in the opposition. An uneasy peace, say some, but controversial topics, such as the Selminho Case, were, therefore, treated with ‘tweezers’ among Rui Moreira opponents. (Selminho is a property developer and the Mayor’s name was linked to a controversial legal agreement with the city council with a view to eventually changing the planning permission classification rules for land owned by that company when the local land development plan was reviewed). Moreira now claims he is the victim of an “anonymous” smear campaign for political electioneering motives. Which is why, despite the recent anger with the Socialist party, which led to several councillors quitting, a rather lacklustre campaign is expected. And that two of the most important city council portfolios, Urban Planning and Housing, which have fuelled some of the severest criticisms to the way the current council is acting, were actually in the hands of the opposition councillors. So, it was very bad luck that the Council’s Environmental services, after years of clearing away the woods and fauna from that land belonging to Selminho (owned by Mayor Moreira’s family), which apparently seems abandoned, should have sought to discover who had the money to stump up a bill for almost 2,000 euro per annum. And now discovered, it is finally learnt that the plot of land on which Selminho wanted to build 12 luxury apartments, in a project by architect Alcino Coutinho, is partly council owned land. However, the appearance now of articles in the press about that council services report, which turns out to have been t have been closely guarded for around six months, seems everything but by lucky chance.


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Do Mundo 62 24 JUL/AGO 2017

SIMA 2017

Renascer das cinzas

Rising from the ashes


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Quando, há dias, saí do elevador do Metro, mesmo em frente à Feira de Madrid, a tranquilidade do espaço provocou-me uma dupla emoção. Surpresa e, logo depois, ao chegar ao balcão de check in do SIMA 2017, uma alucinação. A few days ago, on exiting the Madrid Metro, right in front of the IFEMA Madrid Trade Fair, the peace of the area sparked off a double emotion. The surprise being, after checking in at the SIMA 2017 desk, I got a flashback and thought I was hallucinating.

Texto Text: Joaquim Pereira de Almeida Fotos Photos: SIMA 2017

Andei para trás cerca de 15 anos e comecei a ‘viajar’ numa multidão imensa, do maior e mais espectacular stand que já vi num Salão Imobiliário: o espaço de uma gigantesca construtora espanhola – que faliu como muitas outras – e onde o visitante encontrava, num espaço gigantesco, as várias estações do ano, como uma autêntica produção de Hollywood. À medida que o lento tapete rolante do Ifema me levava para o (único) pavilhão do actual Salão Imobiliário de Madrid não acelerei o passo de propósito. Perto do meio-dia quente, pouca gente via como a dar tempo à memória que fazia ‘replay’. Que contraste com pavilhões mais pavilhões cheios de gente a comprar casas e mais casas, em expositores onde chegava a haver filas, como se estivéssemos a entrar num estádio de futebol. Voltava a Madrid sem grandes ilusões, até porque havia lido a informação prévia enviada pelos persistentes e heróicos organizadores do certame – e é justo mencionar o Grupo Planner que nunca abandonou o barco. Passo tranquilamente a cancela de entrada do recinto como se fosse assistir à sessão da meia-noite de um filme nos cinemas do Corte Inglês. E a partir desse instante sim, os meus pés voltaram a pisar o chão da actualidade: um recinto pouco maior que o nosso SIL, com imensos ‘nomes’ novos, marcas novas, tudo razoavelmente modesto onde só uma ou outra ‘empresa do antigamente’ se mantinha. Os expositores dos poucos países estrangeiros também muito modestos e actividade, barulho, só mesmo, (aquela ‘hora de ponta’) no stand da histórica Asprima, o Associação dos Promotores Imobiliários de Madrid onde se

reuniam os poucos portugueses que a APPII, pela mão do intrépido secretário-geral, Hugo Ferreira, viajaram de propósito até à capital de Espanha. Aí sim, num animado cocktail, podia perceber-se que havia alguma agitação positiva e que entre copos e canapés, se trocavam cartões e se combinavam reuniões. Bem sei que o SIMA 2017 teve um programa mais vasto, que incluiu conferências e prémios, mas o essencial era flagrante à imagem que vos estamos a transmitir. Só uma breve conversa com um ‘velho’ conhecedor da feira, do mercado espanhol e das questões da comunicação, Fernando Urias, o responsável pelo Gabinete de Imprensa da Feira, me fez voltar, de vez, ao que estava a viver. Em poucos minutos, Urias conseguiu-me pôr diante de um espelho mágico, como aqueles que havia na Feira Popular: Se a minha imagem representasse o mercado imobiliário português, o espelho reflectia a versão espanhola: os promotores deram o estoiro, os ‘bebés gordos’ ficaram nas mãos dos bancos que foram obrigados a fazer quase tudo. A acelerar a criação de novos fundos imobiliários e de vários tipos (como cá), a criar novas sociedades, para minimizar, na medida do possível, os efeitos da explosão da bolha imobiliária do início do século XXI. Lá sim, eles bateram mesmo no fundo, até porque a escala é muito maior e os promotores de outrora eram muito mais ‘loucos’ do que os lusitanos que, até aqui, e apesar dos nossos males internos, sempre foram mais comedidos. O espelho mágico continuava a dar-me outros sinais: apesar da ressaca colectiva já se começam


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a sentir efeitos muito animadores mas, também, algo preocupante, tal e qual como em Portugal: Todas as – ‘disciplinas’ imobiliárias castelhanas estão a recuperar – desde os escritórios, ao industrial, passando pelo retalho – mas, repito, tal como em Lisboa, a euforia voltou a um nicho específico: a habitação de luxo. Largo o aborrecido espelho mágico quando Fernando, o homem da Imprensa, me confirma o que já havia visto escrito: no centro de Madrid chegam a vender-se apartamentos por mais de 10 milhões de euros… e quem são os principais compradores? Gente muito rica da América Latina. Liderada por quem? Pelos ‘revolucionários’ venezuelanos que têm a tropa nas ruas, em Caracas! Deixo o recinto da feira mais animado do que quando entrei. Como costumamos dizer ‘as coisas’ estão a começar a mexer, é quase como um ‘renascer das cinzas’. Quero acreditar que os nossos ‘hermanos’ ganharam algum juízo e que tenham aprendido a lição imposta pela história recente. I was transported back 15 years and began to ‘move’ in huge crowd, by the largest and most spectacular stand that I had ever seen at a Real Estate Fair: the stand belonging to a very large Spanish construction company - which went bust like so many others - and where the visitor came across, in a massive space, the various seasons of the year, in what seemed like a genuine Hollywood production.

As the sluggish Ifema conveyor belt carried me to the (sole) pavilion occupied by the current Madrid Real Estate Fair I didn’t ambled along slowly on purpose. It was coming up to a scorching midday, there were few people around and I had time to drift back through the annals of my memory in time and press ‘replay’. What a difference! More pavilions packed with people buying houses and more houses, exhibitors with long queues of people. It was as though we had entered a football stadium. I was returning to Madrid without any great illusions having beforehand read the information sent out by the persistent and heroic organisers of this fair - and it’s only right and proper to mention Grupo Planner which never abandoned ship. I calmly passed the entrance gate of the enclosure as though I had bought tickets for a midnight showing of a film at El Corte Inglês cinemas. And yes, from that moment my feet were once again treading the floor of times current: an enclosure not much larger than our SIL, with big new ‘names’, new brands, all reasonably modest and where only one or two “companies from former times” had remained. The stands of the few foreign countries present were also rather modest and the hustle, bustle and babble really only came from (at that ‘rush-hour’ from the historic stand belonging to Asprima, the Association of Madrid Real Estate Developers where the few Portuguese from the APPII and its intrepid secretary-general,

Hugo Ferreira gathered together having travelled specifically to be at this fair in the Spanish capital. Yes there, at a buzzing cocktail gathering, one could indeed sense that there was some positive energy and that in between the drinks and canapés, business cards were being exchanged and meetings set up. And I was well aware that SIMA 2017 had a broader programme which included conferences and awards, but the overall impression of what we’re getting across to you was glaring. All it took was a brief chat with an ‘old’ regular at the fair who knows the Spanish market and issues surrounding communication, Fernando Urias, who heads the Fair’s Press Office, to bring me back to earth with a bang and reality of the times we are living in. In a few minutes, Urias managed to place me before a magic mirror like the ones you used to see at the Lisbon Popular Fair (Feira Popular): If my reflection was a mirror image of the Portuguese real estate market, the mirror would reflect the Spanish version: the property market bubble burst, developers went to the wall, the ‘fat cats’ companies ended up in the hands of the banks which were forced to deal with almost every aspect of them. This brought on the rapid creation of new real estate funds of various types (like in Portugal), the creation of new companies, to minimize, as far as possible, the effects of the property bubble burst at the beginning of the XXIst century. In Spain they really did hit rock bottom since the scale was so much bigger and the developers at that time were far greater risk takers than their Portuguese colleagues who, despite our internal troubles, always acted with more restraint. The magic mirror continued to show me other signs: apart from the collective hangover, I had begun to feel more optimistic effects, but something rather worrying too, just like here in Portugal. All the - Castilian real estate disciplines are recovering - from offices and industrial, to retail - but, and I repeat, as in Lisbon, the euphoria has returned to a specific niche: luxury housing. I quit the tiresome magic mirror when Fernando, the man from the press office, told me that it had already been seen written: in the centre of Madrid apartments were being sold for over 10 million euros... and who are the main buyers? Very rich people from Latin America. Headed by who? By Venezuelan ‘revolutionaries’ who have got the troops out on the streets of Caracas! I left the foyer of the fair more upbeat than when I came in. As we sometimes say ‘things are beginning to move’, it’s almost like a ‘phoenix rising from the ashes’. I want to believe that our ‘Spanish brothers’ have gained some common sense and learnt the lesson forced on them by recent history.


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