Construção Ambiente Turismo
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Apaixonados por Portugal Passionate about Portugal
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30 JUN / JUL 2018
Editorial
‘Os patos bravos do turismo’ ‘Tourism’s quacks’
Joaquim Pereira de Almeida Director Director
Os portugueses deslumbram-se com facilidade. Sei que me estou a repetir, mas não é demais falar de algumas questões fundamentais para a economia nacional. Anda tudo louco com o Turismo. Há até uma nova categoria de empresário: o ‘pato bravo turístico’. Graças a uma conjuntura internacional, Lisboa, o Porto, Portugal entrou na moda. Ajudam-nos uma série de factores, a começar pelo clima e pela tranquilidade, mas… atenção, há muita gente a perder a cabeça. Só o alojamento está a níveis ponderados. A restauração de qualidade está a níveis do mais caro que existe na Europa. Há gente que quer ganhar tudo no mesmo dia. Já todos percebemos que os nossos últimos governos gastaram milhões em promoção. E fizeram muito bem. O investimento no turismo tem um retorno necessariamente lento. É uma corrida de longa distância e o nosso País tem gente muito competente. Mas há que ter em atenção os indicadores. A concorrência internacional está a recuperar e esta indústria é como uma flor que é preciso regar sempre e com prudência para não a destruir. Infelizmente existe entre nós um conjunto de circunstâncias que passam muito pelo baixo nível da maioria da classe empresarial. Falta planificação, falta bom senso, fazem-se ‘contas a martelo’. Há indicadores claros. Não basta os estrangeiros estarem apaixonados por Portugal.
The Portuguese are easily impressed. I know I’m repeating myself, but you can never talk too much about some of the national economy’s most key issues. Everyone’s crazy about tourism. There’s even a new category of entrepreneur: the ‘tourism quacks.’ Thanks to fascination from abroad, Lisbon, Porto, and Portugal have become trendy, fashionable even. A number of different help us retain that fascination, starting with our climate and tranquillity, but ... we have to be careful. A lot of people are losing their minds. Only accommodation is truly being thought out. High-quality restaurants here are becoming among the most expensive in Europe. There are people who want to earn everything in one day. We all know that our last few governments have spent millions on advertisements and marketing. And they were right to do so. Investment in tourism is unavoidably slow on return. It’s a marathon – not a sprint. And our country has some very competent people. But metrics must also be taken into account. International competition is recovering, and this industry is like a flower that must be watered every day and prudently cared for so as to not let it wither. Unfortunately, there are certain shortcomings and bad habits practiced among a majority of the business world. Lack of planning. Lack of common sense. Short-term is king, and the long-term falls by the wayside. The numbers are clear. It is not enough for foreigners to be in love with Portugal.
Summary
Índice Director Joaquim Pereira de Almeida Editora Carla Celestino Colaboradora Permanente Elisabete Soares Fotografia Anabela Loureiro Tradução Frank Miller
Grande Tema Lead Story
Portugal tornou-se viral Portugal gone viral
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Tourism Grupo Vila Galé Vila Galé Group
Plumb Line Schindler Group
Personality Pedro Lancastre
Sol e Lua
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Metro Quadrado
Square Meter Vilamoura World Central / Uptown
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Ficha técnica
Propriedade Palavras Aliadas Sociedade Unipessoal, Lda. NIPC – 510 653 901 Av. Duque D’Ávila, 28 – 2.º, Sala 207 1000–141 Lisboa Telf.: (+351) 21 134 10 06 Telm.: (+351) 91 061 61 62 geral@palavrasaliadas.pt www.magazineimobiliario. com
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Grupo André Jordan Lisbon Green Valley Grafismo Rodrigues Silva Contabilidade Nasceconta Periocidade Bimestral Tiragem 3.000 exemplares Impressão Jorge Fernandes, Lda. Rua Qta. de Marcarenhas, 2820 Charneca da Caparica Depósito Legal 363718/13 SSN – 2183-0517 ERC – 126397 Estatuto editorial disponível na página de internet www. magazineimobiliario.com
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Coporgest Sottomayor Residências
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Opinião Opinion Cuatrecasas, Gonçalves Pereira Sónia Queiróz
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Opinião Opinion Millennium bcp José Araújo
Fio-de-Prumo
Personalidade
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Broadway Malyan Hospitality
Musings Odioso mas verdade Finding the beauty in everything
Atelier
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Ventos do Norte
North winds Porto: Retalho de luxo Porto: Luxury retail
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Opinião Opinion Elisabete Soares
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Do Mundo
International Opinião Opinion Reino Unido United Kingdom
Apontamento
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ANOS
NO IMOBILIÁRIO • Venda de imóveis novos e usados; • Residenciais, Comerciais e Corporativos; • Rede global de parcerias e divulgação; • Pesquisas de Mercado; • Estudos de viabilidade; • Planeamento, montagem e gestão de promoções imobiliárias.
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IN REAL ESTATE • New and pre-owned Real Estate; • Residential, Retail, Industrial and Corporate Real Estate; • Global Real Estate Network; • Market Research; • Feasibility studies; • Planning, structuring and management of Real Estate Developments.
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LISBOA
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Capa 4 30 JUN / JUL 2018
Encontram outro destino?
Portugal tornou-se viral Will they find another place like this?
Portugal gone viral
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Texto Text: Carla Celestino
Desde que o Turismo de Portugal passou a apostar no marketing digital que o País passou a estar nas ‘bocas do mundo’. Tornouse mesmo viral. Basta um simples ‘gosto’ no Facebook, uma foto no Instagram, uma promoção no smartphone ou a última notícia no New York Times para que, rapidamente, se torne num destino atractivo à escala mundial. Mas esta ‘manipulação’ turística não chega para explicar o que move os estrangeiros ao nosso País…, por isso a Magazine Imobiliário foi para as ruas de Lisboa saber quais as suas reais motivações. Ever since Turismo de Portugal started focusing on digital marketing, Portugal has been on the ‘world’s lips.’ Portugal has truly gone viral. Just a few simple ‘likes’ on Facebook, photos on Instagram, smartphone ads, and a front-page article in the New York Times have catapulted this country into the global limelight, becoming the world’s next best tourist destination. But this tourism-based ‘manipulation’ fails to explain what inspires people from abroad to move to Portugal. So Magazine Imobiliário took to the streets of Lisbon in order to find out what has really been inspiring immigrants to move to Portugal.
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Uma jovem britânica escolheu Portugal para a sua despedida de solteira. Veio com mais três amigas inglesas e uma australiana. Porquê? “Por que queríamos uma cidade próxima de casa, que tivesse sol, praia, cultura e, claro, vida nocturna. E Lisboa tem isso tudo!” Caroline, que mora em Paris, influenciada pelas amigas que vivem em Lisboa, decidiu sair de França e descobrir o nosso País. O impacto que teve nela, sobretudo as “boas vibrações”, foi tal, que decidiu regressar com Eric, o seu namorado holandês natural de Amesterdão, que foi logo dizendo que “qualquer europeu já ouviu falar de Lisboa, mas as imagens difundidas ajudam na hora de decidir que cidade visitar”. Para Eric o que mais o atrai no nosso País são “as cores, a arquitectura e a oferta variada de alojamento B&B”. Um jovem estudante de Arquitectura sueco recorda que quando visitou pela primeira vez o nosso País ficou “apaixonado pela nossa arquitectura”, também pelas “pessoas, que parecem muto relaxadas no seu dia-a-dia e sempre muito acolhedoras” e ainda pelas “temperaturas que são sempre
agradáveis durante todo o ano”. Por estas razões, diz que “existem sempre boas razões para voltar”. E foi precisamente o que fez no período dos Santos Populares, trouxe os seus pais e irmão a viverem em Estocolmo, na Suécia. Encontrámos Stephany e Eno, oriundos dos Estados Unidos da América (EUA), na Baixa lisboeta. Aproveitando uma “promoção online”, saíram de Boston de malas e bagagens e vieram conhecer, pela primeira vez, Lisboa e Porto: “Estamos agora a começar a aproveitar o nosso tempo livre após a reforma”. Neste primeiro dia de subida de temperaturas queixam-se que “está muito calor” mas, desde logo, enaltecem “as belezas naturais, paisagísticas e os monumentos de Sintra, onde estivemos durante o fim-de-semana (lá estava mais fresco…)”. Stephany está mais interessada na zona de Belém: “Temos de ir comer um pastel de nata, todas as pessoas nos falam disso!” Já Eno diz estar “muito curioso com o Porto… talvez vá fazer uma visita às caves”, adianta com um sorriso rasgado. E comprar casa no nosso País?, perguntamos… Eno diz conhecer alguns norte-americanos “a morar,
A marca ‘Portugal’ atingiu níveis de popularidade sem precedentes. The “Portugal” brand has thus achieved unprecedented levels of popularity.
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desde há cinco anos, em Lisboa”. Acrescentando: “Não me importava de ter uma casa com vista para o rio e com esta luz fantástica mas teria de ser numa zona muito calma de Lisboa”. Portugal beneficia de uma localização geográfica única pelo que facilmente atrai os turistas a este ‘cantinho à beira-mar plantado’. E o que os cativa? A esmagadora maioria dos estudos aponta o clima ameno, a segurança, o acolhimento afável, a oferta de produtos e serviços diversificada para todos os segmentos, o fácil acesso às rotas aéreas, nomeadamente low cost, entre muitos outros factores. A marca ‘Portugal’ atingiu, assim, níveis de popularidade sem precedentes como, aliás, revela o inquérito elaborado pela Augusto Mateus & Associados e pela EY junto dos associados da APAVT - Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo: 86% dos inquiridos afirmaram que a nossa ‘fama’ foi determinante para as vendas realizadas pelas agências de viagens.
‘Todos a bordo’ O Instituto do Turismo de Portugal revelou que vai
gastar cerca de 10 milhões de euros numa nova campanha de publicidade digital que deverá decorrer ao longo de 2018. Tendo, mais recentemente, investido 240 mil euros para promover a onda gigante da Nazaré nos ecrãs da Times Square, em Nova Iorque, EUA. Será que são quantias demasiados elevadas para serem aplicadas única e exclusivamente em publicidade? Talvez sim, talvez não… o que é certo que este tipo de investimento tem dado os seus frutos e Portugal nunca esteve tão irresistível. Durante anos as promoções em feiras especializadas, nacionais ou internacionais, ou a distribuição de brochuras em diferentes línguas, só para mencionar alguns exemplos, nunca conseguiram atingir os números que a indústria turística portuguesa queria e podia alcançar. Tirando o Algarve, a Madeira e Lisboa parecia que o ‘resto era paisagem’… Mas quando chegou ‘sangue novo’ ao Turismo de Portugal (TP) e cortaram-se os laços com as tradicionais campanhas e, sobretudo, quando se começou a apostar no marketing digital, a convi-
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dar a imprensa internacional a conhecer in loco as diferentes regiões do País ou a receber eventos de escala internacional, que tudo mudou no nosso turismo. Deixámos de ser um País exclusivamente de praias, vinhos e enchidos. Só para se ter uma noção, no ano passado, foram publicadas 30 mil notícias internacionais sobre Portugal. E com a campanha ‘Can’t Skip Us’, mote do TP em 2017, ultrapassámos a meta de sermos conhecidos, a fasquia foi colocada no inevitável: já não há como passar ao lado do nosso País. Há coisas que só se podem viver, sentir e experenciar em Portugal mas para isso os turistas têm de viajar até nós. Ao todo, este vídeo já recebeu 1,3 mil ’gostos’ no Youtube. Mais recentemente decorreu o Festival Eurovisão da Canção que, com o slogan ‘Todos a bordo’, foi visto por 186 milhões de telespectadores em 42 países (mais quatro milhões que em 2017) e teve 6.6 milhões de live streaming em 198 territórios
nos três espectáculos. Segundo a eDreams, Lisboa recebeu, na semana deste evento, mais 37% de turistas estrangeiros e os preços médios dos voos subiram 18%. Já a Associação dos Hotéis de Portugal avançou que este festival teve um “grande impacto” na hotelaria, onde existiram ocupações na ordem dos 90% e os hotéis de quatro estrelas foram os mais procurados. Mas as campanhas sobre Portugal nem sempre vêm do TP e nem sempre são sobre o País turístico mas têm sempre eco lá fora e impactos cá dentro. Quando um estrangeiro diz: “Portugal? Já lá estive. Sim, mas…” estas palavras são para ser ‘levadas a peito’. Este é o mote de uma campanha de publicidade de uma marca de combustíveis para apoiar a selecção nacional no Mundial de Futebol da Rússia. Nas imagens desfilam celebridades como o chef José Avillez, o surfista Kikas, o músico Salvador Sobral, a modelo Maria Clara, o youtuber Wuant, o capitão da selecção nacional de futebol
de praia Madjer, sem faltar os jogadores Rui Patrício e William Carvalho. À data deste artigo, o vídeo já contava com 5,1 mil ‘gostos’ no Youtube. De acordo com o IPDT, a partilha de informação na internet tem ganho relevo nos segmentos em turismo, em particular nos turistas que viajam em lazer. Com efeito, o indicador aumentou de 41% em 2016 para 58% em 2017, sendo as fotografias os conteúdos que geram mais partilhas. Pelo que é preciso enfatizar que, todos estes visualizadores são, pois, potenciais turistas a divulgar e a visitar o nosso País.
Partilhar é fundamental A directora de Investigação do Conselho Mundial de Viagens & Turismo (World Travel & Tourism Council – WTTC), Rochelle Turner, em declarações à Magazine Imobiliário, defendeu que “o sector de Viagens & Turismo é extremamente importante e em crescendo na economia de Portugal”.
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Na sua opinião, o nosso País “está claramente a sentir o sucesso em termos da sua capacidade de atrair visitantes e desenvolveu uma ambiciosa Estratégia Turística de dez anos (TS27) para ajudar a definir as suas prioridades e aumentar o valor do destino”. Como explica, “para além de poder beneficiar de receitas adicionais de exportação através de estruturas empresariais favoráveis, Portugal colocou o foco em questões como a valorização do património histórico e cultural, a protecção dos recursos naturais, a melhoria das competências e a profissionalização da força de trabalho e a promoção de uma estratégia de destino inteligente. Importante, a estratégia também define metas”. Acrescentando uma tónica muito importante a esta conjuntura: “Os dados para determinar o sucesso, ou não, dessas metas exigirão o uso da internet, das redes sociais e das novas tecnologias, sendo que os dados recolhidos por esses meios devem ser amplamente compartilhados com as empresas e a sociedade de forma a compreender esse impacto”. Para Rochelle Turner, estes “resultados vão permitir uma compreensão mais clara de todos os aspectos do impacto do turismo no País”.
A young British woman chose Portugal as the destination for her bachelorette party. She came with three other friends from England and another from Australia. Why? “Because we wanted to be in a city close to home that had sun, beach, culture, and, of course, nightlife. And Lisbon has all of that!” Influenced by friends who live in Lisbon, Caroline, who lives in Paris, decided to leave France and come discover Portugal. The impact her visit had on her, especially Portugal’s “good vibes,” was so great that she decided to return with Eric, her Dutch boyfriend from Amsterdam, who went on to say that “all Europeans have heard of Lisbon, but the images circulated abroad help when deciding which city to visit.” For Eric, what attracts him the most Portugal are “the colours, the architecture, and the diverse B&B offer.” A young architecture student from Sweden recalls that, when he first visited our country, he “fell in love with [our] architecture” and also with “the people, who seem very relaxed in their dayto-day lives and are always very welcoming.” For these reasons and because “the climate is
always pleasant throughout the year,” he says that “there are always good reasons to return.” And that was precisely what he did during the festivities of Santos Populares: he brought his parents and brother who live in Stockholm, Sweden, to experience the time of the year when Portugal celebrates some of the country’s most well-known, “popular” saints. We also happened upon Stephany and Eno, both of whom were from the U.S., in the Baixa neighbourhood. They took advantage of an “online sale,” packed their bags, and took a getaway from Boston in order to visit Lisbon and Porto for the first time. “We’re now beginning to enjoy our free time after retirement,” one of them said. Given that the day we interviewed them was the first day of the season with warmer temperatures, they complained, “It’s really hot,” but then went on to highlight Portugal’s “natural, scenic beauty and the monuments of Sintra, where we spent the weekend (it was cooler there…).” Stephany is most interested in the area of Belém: “We have to go eat a pastel de nata. Everyone is telling us about them!” Eno, on the other hand, says that he is “very intrigued by Porto,” adding with a grin, “We might even make a visit to the wine cellars.” “And what about buying a house in Portugal?” we ask. Eno says he knows some people from the U.S. who “have been living in Lisbon for five years,” adding, “I wouldn’t mind having a house overlooking the river with this fantastic light, but it would have to be in a very quiet area of Lisbon.” Portugal benefits from a unique geographic location, so it easily attracts tourists to this ‘secluded seaside corner.’ And what captivates them? The overwhelming majority of studies point to Portugal’s mild climate, the sense of safety and security in the country, the friendly welcome they receive from locals, the diversified range of products and services for all market segments to enjoy, and airports well serviced by airlines (including low-cost carriers). The “Portugal” brand has thus achieved unprecedented levels of popularity, revealed, in fact, by the survey of members of the Portuguese Association of Travel and Tourism Agencies (APAVT) that Augusto Mateus & Associates and EY conducted: 86% of the respondents said that our ‘fame’ was decisive for sales made by travel agents.
“All aboard!” The Tourism Institute of Portugal has announced that it will invest around €10 million EUR on a new digital advertising campaign that will run
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through 2018. Having recently spent another €240,000 EUR to promote the giant waves in Nazaré on the screens of Times Square in New York City, is this too much money that’s being spent solely on advertising? Maybe yes, maybe no. What is certain is that this type of investment has borne fruit: Portugal has never been so irresistible. For years, advertisement campaigns at national and international fairs and distributing brochures in different languages, just to mention a few examples, were never able to reach the numbers of people that the Portuguese tourism industry wanted – and could – achieve. Apart from the Algarve, Madeira, and Lisbon, it seemed that “the rest was just scenery…” It was only when “new blood” arrived on the scene at Turismo de Portugal (TP; also known as “Visit Portugal” in the agency’s Englishlanguage publications), reliance on traditional campaigns was abandoned, and, most importantly, TP began to focus on digital marketing, also inviting the international press to get to know Portugal’s different regions for them-
selves and campaigning for the country to host events of international scale, that everything began to change in Portugal’s tourism industry. The country ceased to be seen as made up exclusively of beaches, wines, and sausages. Just to get a sense of how successful recent advertising efforts have been, 30,000 international news stories about Portugal were published last year. With the “Can’t Skip Us” campaign (one of TP’s slogans during 2017), we passed our goal of being recognised worldwide, and the inevitable finally came to pass: there is no way to simply pass Portugal by. There are things that can only be seen, felt, and experienced in Portugal, but, in order to do so, the tourists have to travel here. In all, the TP video has been ‘liked’ more than 1,300 times on YouTube. Most recently, Portugal hosted the Eurovision Song Contest, whose slogan was “All Aboard!” The event was watched by 186 million viewers in 42 countries (4 million more than in 2017), with 6.6 million feeds live streaming the event’s three shows in 198 territories. Accord-
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‘taken to heart.’ This saying is part of a petrol company’s advertising campaign aimed at supporting Portugal’s team during the World Cup, which Russia is hosting this year. Celebrities such as chef José Avillez, surfer Kikas, musician Salvador Sobral, model Maria Clara, YouTuber Wuant, Madjer (captain of Portugal’s national beach football team), and football players Rui Patrício and William Carvalho all appear in the entertaining promo video. At the time of this article’s publication, the video had already received more than 5,100 ‘likes’ on YouTube. According to the Institute of Tourism Planning and Development (IPDT), sharing information on the Internet has garnered great significance for all segments of the tourism industry, especially for tourists travelling for leisure. In fact, the index increased from 41% in 2016 to 58% in 2017, with photographs generating the most shares. So anyone who sees an image of Portugal that has been shared on Instagram or Facebook or any other social media network should therefore be considered a potential tourist who could possibly visit Portugal and end up promoting our country themselves with their own photographs.
Sharing is indispensible
ing to eDreams, the number of foreign tourists visiting Lisbon during the week of the event shot up an extra 37%, while average flight prices went up by 18%. The Hotel Association of Portugal further asserted that this festival had a “big impact” on hotels. Occupancy rates during the event hovered around 90%, and fourstar hotels were the most sought after.
But campaigns promoting Portugal do not always come from TP and are not always about the touristic side of the country. They always strike chords with people abroad, though, and can have profound impacts inside the country. When someone originally from somewhere outside Portugal says, “Portugal? Yes, I’ve been there, but…,” the words are meant to be
Rochelle Turner, director of Research at the World Travel & Tourism Council (WTTC), told Magazine Imobiliário that “the Travel & Tourism sector is extremely important and growing in the Portuguese economy.” In Turner’s opinion, Portugal “is clearly experiencing success in terms of its ability to attract visitors and has developed an ambitious 10-Year Tourism Strategy (TS27) to help the country define its priorities and increase the destination’s value.” Turner explains, “In addition to being able to benefit from additional export revenues through favourable business structures, Portugal has placed its focus on issues such as the appreciation of historical and cultural heritage, the protection of natural resources, improving the skills of and professionalising the workforce, and developing a smart destination strategy. Importantly, the strategy also sets goals.” Turner also adds a very important point, stating that “the data indicating whether or not these goals have been achieved will need to be gathered via the Internet, social networks, and other new technologies, and the data collected through these means should be shared broadly with both companies and society at large in order to understand tourism’s true economic impact.” Turner believes that these “results will allow for a clearer understanding of all the ways in which tourism impacts the country.”
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Grupo Vila Galé
Hotéis cheios de vida Vila Galé Group
Hotels full of life
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O Vila Galé celebra 30 anos de actividade mas os anos parecem não passar por este Grupo hoteleiro português que se mostra imparável. Além do importante porfólio que reúne em Portugal e no Brasil, já anunciou novas aberturas em 2018/2019. São, pois, ‘30 anos, 30 hotéis’. Mas o que o verdadeiramente diferencia é a sua filosofia de proximidade com os seus clientes e uma grande, grande paixão pela hotelaria e turismo. 30 years have gone by since Vila Galé made its debut on the hotel scene. Since then, the Portuguese hospitality group has grown constantly and shows no signs of slowing down. In addition to the impressive portfolio it has cultivated in Portugal and Brazil, Vila Galé has also announced new openings for 2018 and 2019. Thus, the refrain “30 years, 30 hotels.” But what really sets Vila Galé apart is its philosophy of being close with its customers and an enormous amount of passion for hospitality and tourism.
São três décadas de dedicação e verdadeiro amor ao turismo nacional e internacional. Um caminho que nem sempre foi fácil de desbravar mas que colocou o Grupo Vila Galé entre as 200 maiores empresas hoteleiras do mundo. Com uma facturação a rondar os 173 milhões de euros, já ganhou várias medalhas de ouro de mérito turístico, foi considerada a melhor empresa de hotelaria e turismo por diversas publicações e é vista como uma das melhores empresas para trabalhar. Um feito que não é para todos… A dimensão deste grupo avassala qualquer um, já que, ao todo, é responsável por: 6.679 quartos, cerca de 13 mil camas e mais de 2.500 funcionários. E os números não vão parar por aqui uma vez que, em 2018, a rede expande-se com o healthy lifestyle hotel Vila Galé Sintra, o Vila Galé Collection Braga e o Vila Galé Touros que é o maior resort de Rio Grande do Norte, no Brasil. A esta lista junta-se ainda o Vila Galé Sun Residence, no Cumbuco, também no Brasil, o mais recente projecto turístico-imobiliário do Grupo em comercialização, a par do Vila Galé Elvas e Vila Galé Serra da Estrela que deverão abrir portas em 2019. Num olhar muito superficial dir-se-ia que este grupo sabe fazer bons negócios (e sabe!) mas num olhar mais profundo percebe-se que há outros
números e valores que são a verdadeira alma do negócio deste Grupo. Com efeito, grande parte do seu sucesso deve-se à qualidade do seu produto e profissionalismo das suas equipas. Ambicionando um crescimento económico sustentável, social e ambientalmente responsável e procurando estar, como é o seu lema, ‘Sempre perto de si’ e em estreita ligação com todos, possui uma equipa coesa com uma enorme paixão pelo que faz aqui e além-mar.
Dos mais fiéis aos mais singulares É precisamente o mote ‘Sempre perto de si’ que leva este grupo continuamente a inovar, a reinventar conceitos e a lançar novidades que facilmente cativam quem já é cliente mas também seduzem novos clientes. Foi a pensar nos seus hóspedes e para celebrar um marco histórico na vida deste grupo hoteleiro que foi lançada, em Maio, a campanha ‘30 anos, 30 prémios’. Com o objectivo de comemorar o 30º aniversário da abertura do primeiro Hotel Vila Galé - o Vila Galé Atlântico -, visa oferecer 30 prémios por mês, diferentes todos os meses, até ao final do ano, num total de 240, entre os quais noites em hotéis do grupo, semanas de férias, vouchers para estadas
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e para experiências gastronómicas ou aniversários Nep dedicados aos mais novos. Mas esta iniciativa é muito mais do que agradecer a preferência dos clientes mais fiéis e captar novos; pretende, acima de tudo, gerar um maior envolvimento com a marca e divulgar os hotéis da rede. No que concerne aos hóspedes é preciso fazer uma ressalva a um tema que toca fundo a todos os portugueses: Durante anos, e sobretudo nos anos 80/90 do século passado, em Portugal imperava a ideia de que os portugueses eram uma classe de turistas de ‘segunda categoria’, aos quais eram cobrados preços superiores aos dos turistas estrangeiros. O Vila Galé, nessa altura, demonstrou uma sensibilidade sem precedentes e, em 1988, lançou a primeira campanha com preços especiais para portugueses. Além disso, o seu primeiro hotel-apartamento teve como alvo as famílias e as crianças. Desde então, esta missão passou a fazer parte do ADN do grupo quer em Portugal, quer no Brasil. Estas, como muitas outras campanhas, revelaram uma elevada taxa de sucesso. Como é isso possível? Nada melhor que as palavras do próprio presidente do Conselho de Administração, Jorge Rebelo de Almeida, para perceber a chave do seu sucesso: “Não queremos ter hotéis que sejam meros dormitórios. Um hotel tem de ter vida própria”.
Dar asas à imaginação Longe vão os tempos da abertura da primeira uni-
dade do grupo, o Hotel Apartamento Vila Galé, na praia da Galé (hoje Vila Galé Atlântico). Estava-se no ano de 1988. Mas o que poucos sabem é que, após a conclusão deste primeiro projecto, o grupo levou a acabo uma operação de timesharing que foi determinante para que aumentassem as receitas e com isso desenvolver um segundo projecto: o Vila Galé Praia, na Praia da Galé, que abriu em 1990. Mais tarde, parte desta receita foi ainda aplicada em Cerro Alagoa, onde foi construído o Vila Galé Náutico. E se pensa que este grupo apenas se limita à actividade turística-hoteleira, desengane-se, pois, sempre visionário e pioneiro, foi responsável por um dos mais emblemáticos parques empresariais fora de Lisboa, localizado em Miraflores, no concelho de Oeiras: o Parque Alto do Duque. Estes activos acabaram, posteriormente, por ser vendidos e com a respectiva receita o Vila Galé deu início a dois novos projectos - o Vila Galé Marina e o Vila Galé Cascais – este último seria o primeiro hotel localizado fora do Algarve. Desde então, até à actualidade, conta já no seu portfólio com 21 hotéis em Portugal e sete no Brasil. Em 2018 vão atingir a fasquia das 30 unidades hoteleiras. Mas é preciso enfatizar que este não é um grupo que inaugura hotéis só para mostrar o seu poderio, fá-lo com muita ponderação (o que lhe valeu superar as crises e intempéries nacionais e brasileiras) e fá-lo também com grande consciência social e de coesão territorial basta referir para
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o efeito o Vila Galé Collection Braga inaugurado em Junho no Norte do País ou as próximas unidades anunciadas dos projectos de Elvas ou Serra da Estrela no interior de Portugal. Mas para quem é hóspede de um dos hotéis do Grupo Vila Galé há, no entanto, um elemento que faz com que todos gostem da sua estada e regressem sempre: a ‘surpresa’. A preocupação em criar algo diferente e inovador está patente em cada dia que se passa num destes hotéis, isso vê-se e sente-se. Como Jorge Rebelo de Almeida gosta de dizer: “Dá mais gozo gerir hotéis onde se está sempre a puxar pela imaginação para fazer mais”. E “fazer mais” passa por diferentes conceitos de produtos e serviços que espelha os padrões de exigência do Grupo e que se traduzem no ‘Inevitável’ (restaurantes), ‘Satsanga’ (spa & health club), ‘Clube NEP’ (espaço dedicado às crianças) e ‘Santa Vitória’ (vinhos e azeites). Como Jorge Rebelo de Almeida afirma: “Estamos sempre a imaginar novas coisas, que não têm necessariamente de ser hotéis”. Por isso, mal podemos esperar por mais 30 anos do Grupo Vila Galé. They’ve been three decades of dedication to and true love for national and international tourism. The path toward greatness has not always been easy to clear, but it has placed the Vila Galé Group among the world’s 200 largest hotel companies. With a turnover of around €173 million EUR, Vila Galé has won several top awards in the field of
tourism, has been declared the best hospitality and tourism company by several publications, and is seen as one of the best companies to work for. A feat not everyone can achieve… The group’s size could overwhelm anyone. In total, Vila Galé is responsible for 6,679 rooms, around 13,000 beds, and 2,500 employees. And these numbers will only go up, given that, in 2018 alone, the group is set to open healthy lifestyle hotel Vila Galé Sintra, Vila Galé Collection Braga, and Vila Galé Touros, the largest resort in the Brazilian state of Rio Grande do Norte. Vila Galé Elvas, Vila Galé Serra da Estrela, are slated to open in 2019, as well as Vila Galé Sun Residence in Cumbuco, Brazil, the group’s latest touristic real estate project which is already on the market. After a quick, superficial glance, one might say that the Vila Galé Group knows how to do business (and it does!), but, upon closer examination, it becomes clear that there are other numbers and values that this hospitality group holds to be its true heart and soul. Indeed, much of Vila Galé’s success is due to the quality of its end product and the professionalism of its teams. The group is constantly striving to achieve sustainable economic growth, become socially and environmentally responsible, and to be, as its motto suggests, “Always close to you” and closely connected to all. Vila Galé has a cohesive team with an enormous passion for what it does both in Portugal and abroad.
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From the most loyal customers to the most unique hotels It is precisely their motto of “Always close to you” that leads this group to innovate incessantly, reinvent concepts, and launch new products that easily captivate already loyal customers and seduce new ones. Thinking of its guests, Vila Galé launched the “30 years, 30 prizes” campaign in May to celebrate its time in the business. The campaign is designed to celebrate the 30ᵗʰ anniversary of the opening of the first Vila Galé Hotel – Vila Galé Atlântico – and will see 30 prizes given out each month until the end of the year for a grand total of 240 prizes. The prizes will be different each month and will include nights at Vila Galé hotels, holiday weeks, vouchers for stays and gastronomic experiences, and birthdays parties for children. But this initiative is about much more than appreciating the preference of loyal customers and enticing new ones. Above all, it hopes to generate greater involvement with the brand and publicise the group’s hotels. We should also take pause here and reflect upon an issue that has greatly affected all Portuguese: for years, especially in the 1980s and 1990s, there was a notion in Portugal that the Portuguese were ‘second-class’ tourists who were charged prices higher than those that foreign tourists got. At the time, Vila Galé showed an unprecedented level of sensitivity and launched the first campaign promoting special prices for Portuguese customers in 1988. Their first apartment hotel was also aimed at families and children, and, since then, this mis-
sion has become part of the group’s DNA both in Portugal and in Brazil. These, like many other campaigns, have had great success. How has this been possible? There’s nothing better than the words of Vila Galé’s Chairman of the Board of Directors, Jorge Rebelo de Almeida, to help us understand the key to the group’s success: “We do not want hotels that are mere dormitories. A hotel has to have a life of its own.”
Realising the imagination’s full potential Long gone are the times when the Vila Galé Apartment Hotel (now Vila Galé Atlântico), Vila Galé’s first hotel, opened near Galé Beach in the Algarve. The year was 1988. But what few know is that, after this first project was completed, the group also ran a timesharing operation that was crucial for them to increase their revenue and, with that, develop a second project that opened in 1990: Vila Galé Praia on the beach of Galé. Later, some of this revenue was even used in Cerro Alagoa, and thus was born the group’s third hotel: Vila Galé Náutico. This group also works on more than just the tourism-based hotel business. Always a visionary and pioneer, Vila Galé was responsible for one of the most emblematic business parks outside Lisbon: the Alto do Duque Business Park, located in located in Miraflores in the municipality of Oeiras. This asset was eventually sold, and, with that revenue, Vila Galé started two new projects, Vila Galé Marina and Vila Galé Cascais, the latter of which would be the group’s first hotel located outside the Algarve. Since then, Vila Galé has grown its portfolio, which
now boasts 21 hotels in Portugal and seven hotels in Brazil. The group will inaugurate their 30ᵗʰ hotel this year, but Vila Galé does not open hotels just to show off its power. It only does so after a great deal of deliberation and planning, which has allowed it to overcome crises and bouts of political and economic uncertainty in both Portugal and Brazil. It also makes sure to go retain a sense of social awareness and distribute their units geographically when beginning new projects. Vila Galé Collection Braga, inaugurated in northern Portugal in June, and the hotels slated to open soon in Elvas and Serra da Estrela in interior Portugal are just a few examples of this. But there is something that makes all of Vila Galé’s guests enjoy their stays, something that keeps them coming back: the element of ‘surprise.’ Vila Galé’s passion for creating something different and innovative is evident every single day in these hotels. Jorge Rebelo de Almeida says, “It more enjoyable to manage hotels where you’re always using your imagination to do more.” And “doing more” translates into different product and service concepts that reflect Vila Galé’s demanding standards. Vila Galé restaurants employ the concept ‘Inevitable,’ while their spas and health clubs are inspired by the Sanskrit word ‘Satsanga’ (meaning “to be in the company of true people”). ‘Santa Vitória’ is used with the group’s wines and olive oils, and children also have special spaces just for them designed around the ‘NEP Club’ concept. As Jorge Rebelo de Almeida states, “We are always imagining new things that are not necessarily hotel-related.” Which is why we can hardly wait for (at least) another 30 years of the Vila Galé Group.
Metro Quadrado
CENTRAL E UPTOWN
Vilamoura com novos rostos
Vilamoura’s newest faces
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O trabalho recentemente desenvolvido pela Vilamoura World levou ao nascimento de dois novos produtos residenciais: ‘Central’ e ‘Uptown’. Originalidade, sofisticação e um conceito de cultura em sintonia com a natureza e tradições locais latem no coração destes dois projectos que se encontram, neste momento, a ser comercializados. Vilamoura World’s recent work has led to the creation of two new residential products: “Central” and “Uptown.” Originality, sophistication and a sense of culture which is in tune with nature and local traditions are at the heart of two projects that are now being commercialised.
Vilamoura beneficia de uma localização única e exclusiva no Algarve, além de proporcionar uma ampla gama de opções de estilo de vida e oportunidades de lazer que encantam todos seus visitantes. Desde a sua premiada marina até aos seus prestigiados campos de golfe, passando por intermináveis praias, instalações equestres de classe mundial e infra-estruturas de educação e saúde de elevada qualidade. Vilamoura é, sem dúvida, um destino único para viver, visitar ou passar as férias. Dadas as suas fabulosas características, os dois últimos projectos residenciais a nascer em Vilamoura estão fadados a ser um sucesso, tendo já chamado a atenção dos mercados imobiliários em Portugal e no estrangeiro. Saiba mais sobre as razões que levam as pessoas a desejar fazer parte das mais novas oportunidades de Vilamoura: ‘Central’ e ‘Uptown’.
cujas unidades irão exalar sofisticação e atingirão o equilíbrio perfeito entre espaços privados e comuns - tudo isso mantendo um carácter de exclusividade. Entre as suas inúmeras virtudes está, é claro, a sua localização, apenas cinco minutos a pé da praia e da marina e muito perto dos campos de golfe, de courts de ténis e de uma ampla gama de serviços. O Central foi projectado pelo atelier de arquitectura de renome internacional Petraccone & Vodar, que usou um conceito arquitectónico especial para este projecto exclusivo. Os materiais escolhidos e as espaçosas áreas de estar oferecem uma relação harmoniosa com a natureza através da sua relação com os jardins, sejam eles comuns ou privados, sejam eles exteriores ou interiores. As primeiras unidades do Central serão concluídas até ao início de 2020.
Central: sofisticação e exclusividade
Uptown: comunidade e natureza
O Central foi o primeiro projecto de Vilamoura a ser lançado em 2018 e consistirá em numa comunidade exclusiva de 80 residências no centro de Vilamoura, apenas a cinco minutos a pé da marina. As casas, disponíveis com quatro, três e dois quartos, com estas a incluir mais um espaço extra, farão parte de dois condomínios fechados
Uptown marcará o início de um novo estilo de vida em Vilamoura, no qual projecto e natureza se tornam um só. Localizado perto da entrada Oeste de Vilamoura, com acesso directo às principais ligações rodoviárias, Uptown nasce com a vocação de se tornar uma nova centralidade em Vilamoura. Rodeado pela natureza e focado em proporcio-
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nar a melhor vida possível aos seus moradores, as infra-estruturas próximas a Uptown - como a Escola Internacional de Vilamoura, o Centro Equestre de Vilamoura e o Campo de Golfe Victoria - sem dúvida facilitarão a vida dessa nova comunidade. Uptown incorpora a verdadeira inspiração local e rural. Um lugar onde cores e design emergem da terra, onde a arquitectura tem um toque tipicamente português e integra-se perfeitamente na paisagem, utilizando materiais e soluções que se adaptam ao clima e à forma como a casa é utilizada. Na realidade, Jacques Ferrier, arquitecto de Uptown, aproveitou a localização excepcional para criar um projecto com características arquitectónicas e identidade únicas em Vilamoura. Em Uptown, cada casa estará especificamente posicionada de modo a maximizar a sua privacidade, a abundância de luz solar e as vistas sobre os jardins comuns, proporcionando assim aos moradores um claro sentimento de ligação com a natureza. A sua arquitectura foi pensada para garantir que o projecto tenha uma relação adequada entre os espaços públicos e os priva-
dos, projectando a natureza exterior no interior da comunidade, e incluindo um espaço clube de lazer e convívio com piscina de fácil acesso. A primeira fase de 134 unidades residenciais apartamentos e moradias - já está no mercado. As casas são compostas por dois, três ou quatro quartos e estarão prontas para seus moradores no início de 2020.
estilos e experiências individuais, que serão eventualmente construídas numa área ancorada por 22 hectares de lagos usados para actividades relaccionadas com o desporto e turismo. As seis novas áreas do Vilamoura Lakes estarão ligadas através de uma rede de transporte inteligente que tiveram em consideração a vida selvagem natural e o meio ambiente.
O futuro está a chegar: Vilamoura Lakes
Vilamoura is a unique and exclusive location in the Algarve which dazzles all visitors, by providing a wide range of lifestyle options and recreational opportunities for all; from its awardwinning marina, endless beaches, prestigious golf courses, and world-class equestrian facilities, to its high quality education and health facilities, Vilamoura is a unique destination to live, visit, or spend one’s holiday. Given its fabulous amenities, the two latest residential projects are bound to be a success. In fact, they have already caught the attention of the real estate markets both in Portugal and abroad. Find out more about why people are clamouring to be a part of Vilamoura’s newest opportunities: “Central” and “Uptown.”
Ambos os projectos, Central e Uptown, serão eventualmente complementados pelo Vilamoura Lakes (Cidade Lacustre), que foi reconhecido como um ‘Projecto de Interesse Nacional’ e no qual Vilamoura World tem-se concentrado. Os planos para este novo projecto incluem vias navegáveis que irão criar um novo e vibrante produto imobiliário e turístico que complementa as atracções existentes em Vilamoura. Cobrindo uma área de 168 hectares e com uma área aproximada de construção de 274.000 m², o Vilamoura Lakes servirá cerca de 8.500 habitantes e visitantes. São seis novas comunidades projectadas com diferentes ambientes, layouts,
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Central: sophistication and exclusivity Central was Vilamoura World’s first project of 2018 and will consist of an exclusive, 80-home community in the centre of Vilamoura, which is only a five minutes walk from the marina. The homes will be part of a gated condominium whose units will exude sophistication and will strike the perfect balance between private and common spaces – all while maintaining a sense of exclusivity. Among its selling points are, of course, its location, given that the community is situated just a five-minutes stroll from the beach, while also being very close to the marina, golf courses, tennis courts, and a wide range of services. Central was designed by the internationally renown architecture studio of Petraccone & Vodar, which used a special architectural concept for this exclusive project. The materials chosen, which are used throughout the homes and spacious living areas, offer a harmonious relationship with nature and the community’s gardens and pools. Marketing for Central has already begun, with the first units slated for completion by early
2020. The homes are available in four, three, and two-bedroom layouts, with the two-bedroom layout featuring an extra room.
Uptown: community and nature The Uptown project will usher in a new lifestyle for residents in which community and nature become one. Focused on providing the best life possible for its residents, the facilities near Uptown – such as the Vilamoura International School, the Vilamoura Equestrian Centre, and the Victoria Golf Course – will doubtlessly make life easier for the community. In Uptown, each home will be uniquely positioned so as to maximise privacy and abundant sunlight. Views of the communal gardens will also give residents a sense of connection with nature. In fact, Jacques Ferrier, Uptown’s architect, worked extensively to make sure the project had a suitable mix of private and public spaces, designing the community to include large public spaces, clubhouse, and a swimming pool that are all easily accessed. A place where colours and design draw from the
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earth, Uptown is of true local and rural inspiration. Uptown’s architecture has a typical Portuguese flair and integrates perfectly into the landscape, using materials and solutions that adapt to the climate and to how the house is used. The first phase of 134 residential units – both apartments and villas – are already on the market. The houses come with two, three, or four bedrooms. These homes will be ready for residents in early 2020. Jacques Ferrier has taken full advantage of an exceptional location, creating a project with architectural characteristics that give Uptown its own unique identity in Vilamoura.
The future is coming: Lakes Vilamoura Both the Central and Uptown projects will eventually be complemented by Lakes Vilamoura (Cidade Lacustre), which has been recognised
as a “Project of National Interest” and to which Vilamoura World has given a constant attention. Plans for this new project include spectacular waterways, which will create a new, vibrant real estate and tourism product that complements Vilamoura’s existing attractions. Covering an area of 168 hectares and with an approximate potential construction area (GCA) of 274,000 m², Lakes Vilamoura will serve around 8,500 inhabitants and visitors. Six new communities designed with different environments, layouts, styles, and individual experiences will eventually be built in an area anchored by 22 hectares of lakes that will be used for sports and tourism related activities. The communities will also be linked by intelligent transport networks that take the environment’s natural fauna into careful consideration.
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Belas Clube de Campo
Na ‘floresta’ com todo o conforto Living in complete comfort in the ‘forest’
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André Jordan disse um dia que o que mais gostava é de “sonhar, projectar e conceber”. A paixão incutida na criação de empreendimentos de elevada qualidade e de prestígio internacional foi sendo passada ao seu filho Gilberto Jordan, à frente do Belas Clube de Campo desde 2008, onde tem introduzido soluções inovadoras de altíssima qualidade ao nível da arquitectura, sustentabilidade e paisagismo. Exemplo disso é a nova fase do Belas Clube de Campo, o Lisbon Green Valley. André Jordan once said that what he liked the most was to “think, dream, and imagine.” His passion for creating high quality projects of international prestige has been passed down to his son Gilberto Jordan, who has been at the helm of Belas Country Club since 2008. Jordan has constantly introduced unique, innovative solutions of the highest quality in terms of architecture, sustainability, and landscaping at Belas Country Club, and an example of this is the community’s newest phase: Lisbon Green Valley.
No Lisbon Green Valley nota-se, em relação a tudo o que este Grupo já concretizou, uma perfeita simbiose entre rentabilidade e natureza. Quem não conhece o Belas Clube de Campo não imagina o que é a nova fase. A Magazine Imobiliário esteve há poucos dias neste empreendimento e verificou que os primeiros 16 apartamentos e seis townhouses já foram todos vendidos e devem ter sido adquiridos por pessoas que gostam realmente da natureza. Tão notável é a integração entre o betão e a paisagem.
‘Meio mundo’ em Belas O Lisbon Green Valley é composto por apartamentos, townhouses e lotes para construção de moradias, num total de 366 unidades. É com esta nova fase que facilmente percebemos que Gilberto Jordan é um homem que completa o pai. Se quiséssemos brincar com ele diríamos que anda sempre de máquina de calcular mental na criação de valor. Com efeito, tem em comercializa-
ção, para além dos imóveis que já descrevemos, 34 lotes para moradias entre os 1000 e os 1500 m2, dos quais já vendeu três. Com todo este progresso no Belas Clube de Campo há já 27 diferentes nacionalidades a residir. Os números são impressionantes: são mais de 750 famílias e 2.500 residentes. O perfil médio de clientes traçado pelo Grupo André Jordan revela que se trata de clientes Classe A, entre os 30 e os 50 anos, famílias com dois ou três filhos, entre executivos, empresários, quadros médios e superiores e profissionais liberais. Refira-se ainda que 50% dos residentes trabalha na zona de Lisboa e os outros 50% em áreas adjacentes. Quase se pode dizer que ‘meio mundo’ quis vir viver e habitar no Belas Clube de Campo.
Projecto singular O CEO do Grupo André Jordan aliando a sua longa experiência em produtos residenciais foi buscar um arquitecto de elevado nível mas muito contro-
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verso (no bom sentido). Eduardo Capinha Lopes tem feito um trabalho extraordinário e confirma uma vez mais a capacidade e talento de criar produtos residenciais para um cliente exigente. Os preços do Lisbon Green Valley não têm comparação com os elevados valores da capital, a que se acresce a vantagem de viver num ambiente muito saudável, com bom urbanismo e paisagismo e extraordinária orientação solar. A 15 minutos de Lisboa e com todo o conforto. Este espaço traduz-se num projecto muito completo, onde nada foi deixado ao acaso e onde se tenta permanentemente ir ao encontro dos gostos e necessidades dos seus compradores. Com efeito, detém um dos campos de golfe mais conceituados de Portugal, uma Academia de Golfe e um clubhouse com espaço de restauração, bar, lounge, esplanada coberta e ainda uma sala de eventos. A par de diversas infra-estruturas para todas as idades que incluem, ginásio, spa, piscinas, minimercado, cabeleireiro, lavandaria, correios, restaurantes, parque infantil, ciclovias, academia de ténis e campos de futebol. Aliás, para os que têm no centro das suas preocu-
pações a escola dos seus filhos, podem estar descansados pois está a terminar a obra do Colégio João de Deus que deverá abrir portas em 2019. Na forja está ainda uma Unidade de Saúde e um Centro Equestre para os quais existe uma procura de parceiros.
Homem de convicções Gilberto é um homem muito maduro e habituado a perguntas traiçoeiras, em resposta a uma provocação nossa, afirma: “O mercado do puro investimento está em Lisboa. O Belas Clube de Campo é uma escolha ‘LifeStyle’ de quem faz uma opção pela qualidade, vivência e preservação do património”. At Lisbon Green Valley, a perfect symbiosis between profitability and nature is palpable. Given the extent and quality of the work this group has already achieved, only those who have been to and have come to know Belas Country Club can imagine what this next phase will be like. A few days ago, Magazine Imobiliário visited this extraordinary community and found that the first 16 apartments and six townhouses
have already been sold. The integration between concrete and landscape is rather remarkable. Whoever purchased them must really enjoy nature!
‘Half the world’ at Belas Country Club Lisbon Green Valley consists of a total of 366 housing units distributed amongst apartments, townhouses, and plots of land that are to be used to construct new houses. This new phase of expansion at Belas Country Club helps us realise that Gilberto Jordan completes his father. If we were to joke with him, we would say that he is walking calculator that is always finding ways to add up and create value mentally. In fact, Belas Country Club is marketing 34 lots for villas between 1000 m² and 1500 m² in size in addition to the properties mentioned above, three of which it has already sold. All this progress at Belas Country Club has attracted residents of 27 different nationalities so far. Other figures are equally as impressive: 2,500 residents belonging to more than 750 families have already moved into the commu-
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nity. The average client profile drawn up by the André Jordan Group shows that these are Class A clients who are between the ages of 30 and 50, have families with two or three children, and range from executives, businesspeople, middleand senior-level managers, and liberal professionals. It also bears mentioning that 50% of residents work in Lisbon and the other 50% in adjacent areas. It can almost be said that ‘half the world’ wanted to come live at Belas Clube de Campo.
A unique project Relying on his extensive experience with residential projects, the André Jordan Group’s CEO sought a high-level architect that was very controversial – and ‘controversial’ in a good way! Eduardo Capinha Lopes has done an extraordinary job and has proven his ability and talent for creating residential products for a demanding client yet again. Lisbon Green Valley’s prices are a steal, given the high amounts of capital and the advantages of living in a healthy environment with excellent planning and landscaping and fantastic exposure to the sun. Located 15 minutes from Lisbon, the community features every modern comfort one could ask for. The space translates into a complete, well thought-out project where nothing was left to chance and where the tastes and needs of its residents have been taken into careful consideration. In keeping with that guiding principle, Lisbon Green Valley boasts one of Portugal’s most prestigious golf courses, a Golf Academy, and a clubhouse with a dining area, bar, lounge, covered terrace, and an event room. The community also features various other amenities for all ages, including a gym, a spa, swimming pools, a mini-market, a salon, a launderette, a post office, restaurants, a playground, bike paths, a tennis academy, and football fields. Those who hold their children’s education at the centre of their concerns can take a breath of relief as well, as work on João de Deus School is set to wrap up soon, with the school due to enrol its first students in 2019. A Health Centre and an Equestrian Centre, which Belas Country Club is currently seeking partners for, are also in the pipeline.
A man of conviction Gilberto is a very mature man who is accustomed to responding to difficult questions. In response to a bit of goading, he said, “The market for pure investment is in Lisbon. Belas Country Club is a ‘lifestyle’ choice for those who prefer quality, high standards of living, and heritage.”
OPORTUNIDADES PREMIUM NO ALGARVE APARTAMENTOS E MORADIAS Situadas no Algarve, próximas do mar ou do campo, estas moradias e apartamentos destacam-se pelas localizações privilegiadas e bons acessos representando um verdadeiro convite ao descanso e ao lazer.
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Metro Quadrado
Sottomayor Residências
Um marco na reabilitação de Lisboa A milestone in rehabilitating Lisbon
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A Coporgest anunciou a conclusão do maior empreendimento habitacional no centro de Lisboa: o Sottomayor Residências. Ao todo são 97 apartamentos, três lojas e um parque de estacionamento público, representando um investimento total de 45 milhões de euros. Imparável, já tem outros projectos na forja. Coporgest has announced that work on Sottomayor Residências – the largest housing development in the centre of Lisbon – has come to an end. The project’s 97 apartments, three stores, and underground car park required a total investment of €45 million EUR. With an unstoppable energy, the company also has a number of other projects in the pipeline.
Este projecto de luxo apresenta um conjunto de quatro edifícios imponentes que emergem numa das mais privilegiadas localizações na capital, a Avenida Duque de Loulé. Dos quatro edifícios, três foram construídos em 1904 pelo banqueiro Cândido Sottomayor. De cariz habitacional e com uma arquitectura de influência parisiense, facilmente se vislumbra e deslumbra com as fachadas principais eclécticas que combinam pormenores Neo-Renascentistas e Arte Nova. Já o quarto edifício correspondia a uma moradia que, entretanto, foi demolida e foi alvo de construção de raiz com uma geometria e imagem moderna, mas enquadrado de forma harmoniosa no conjunto. Ricardo Amantes, director Comercial e de Investimentos, recorda que “quando estes edifícios foram adquiridos pela Coporgest, em 31 de Janeiro de 2013, o projecto apresentava-se com um elevado risco decorrente da sua grande dimensão e da altura do mercado em que estávamos”. Por isso mesmo, como explica, “o projecto consubstanciou-se na requalificação integral do conjunto urbano em causa, tanto em termos funcionais, como estéticos e arquitectónicos, sendo que se preservou todos os elementos arquitectónicos existentes que ainda eram possíveis de recuperar e reutilizar, elevando ainda mais alto o padrão da qualidade construtiva pelo qual a Coporgest é conhecida, e que a equipa da empresa está permanentemente a tentar melhorar”.
Este é, pois, mais um projecto com assinatura Coporgest de elevada qualidade e harmonia que constitui um marco no movimento de reabilitação do centro de Lisboa, em particular da Avenida Duque de Loulé que, como Ricardo Amantes salienta, foi “entretanto esquecida no tempo”.
Projecto único na capital Para se ter uma noção da dimensão e singularidade do Sottomayor Residências nada melhor do que compreender este projecto através do olhar e pulsar do seu autor, o arquitecto Nuno Pais Ministro. Nas suas palavras facilmente percebe-se que foram desenvolvidos elevados esforços e aplicadas diferentes técnicas para recuperar este património: “Os edifícios quando foram adquiridos estavam em estado de pré-ruína sendo que o esforço para a preservação do edifício de gaveto, com o número 86, foi o resultado de um diálogo constante entre a Arquitectura e a Engenharia, que permitiu salvaguardar o seu interior e a estrutura original, que foi reforçada. A única excepção foram os dois últimos andares, que estavam num grau de degradação inacreditável, e que foram reconstruídos com recurso a métodos construtivos tradicionais”. Neste contexto, a preservação dos três núcleos de escadas, bem como a preservação dos elevadores originais dos três edifícios, foram premissas iniciais seguidas pela equipa da Coporgest,
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(T1 a T4 Duplex) e uma loja, com estacionamento subterrâneo. Destaque para a penthouse (T4 Duplex) com terraços e piscina privativa.
Lisbon Chiado Hotel
tendo sido, aliás, um dos aspectos que “mais trabalho e tempo tomaram”. Nuno Pais Ministro confessa que “a fachada dos edifícios é inquestionavelmente das fachadas mais bonitas do início do século XX que ainda existem em Lisboa pelo que a sua preservação, sem introdução de elementos dissonantes, foi um dos nossos objectivos”. Também a nova cobertura procurou respeitar o desenho original, embora tenha sido aumentado um piso de sótão bem como tenham sido criadas mansardas. A transformação da área que antes se destinava a dois apartamentos por piso e que agora foi compartimentada em seis apartamentos, com a existência de uma profundidade de empena que é o dobro do habitual e de vários saguões, foi outro dos desafios do Sottomayor Residências. Assim, em termos de compartimentação interior, conseguiu-se garantir que todos os apartamentos possuíssem pelo menos uma sala e que o quarto principal tivesse vista para a rua ou para o jardim do condomínio. “A intenção de preservar a estética original dos edifícios com a compatibilização das exigências actuais de vivência e conforto, fez com que os trabalhos tivessem de ser suficientemente intrusivos para que os edifícios dessem resposta não só à resistência anti-sísmica mas também aos isolamentos térmicos e acústicos, nos quais investimos sempre uma fortuna porque são essenciais para o conforto dos nossos clientes”, acrescenta o autor do projecto.
João Moura Santos, responsável pelo acompanhamento e fiscalização da obra e por grande parte das soluções técnicas utilizadas nos empreendimentos da Coporgest, recorda que esta foi uma “obra de grande dimensão em Lisboa” já que teve um prazo de quatro anos, correspondeu a um quarteirão e teve uma intervenção muito exigente de modo a obter um nível de conforto muito elevado”.
Projectos novos e diferenciadores O dinamismo da Coporgest não se limita, no entanto, ao Sottomayor Residências e são vários os projectos que a empresa irá lançar no mercado imobiliário de Lisboa, conforme anuncia Ricardo Amantes.
Sottomayor Premium Apartments
O ‘Lisbon Chiado Hotel’ situa-se em pleno Chiado, no Largo Rafael Bordalo Pinheiro, terá 32 quartos e 12 suites, todos com dimensões generosas e equipamentos de nível superior, fazendo uso da experiência da Coporgest nos projectos residenciais de qualidade construtiva excepcional. Com licença de construção emitida, deverá iniciar obra no 4º trimestre deste ano. Será um hotel de ‘seis estrelas’, gerido pela equipa da Coporgest, diferenciado pelo preço e pela qualidade do serviço, à semelhança do que já sucede com os apartamentos da Lisbon Best Apartments. Esta marca de ‘short term rental’ é outra das unidades de negócio da Coporgest, que gere já um lote de 54 apartamentos em edifícios que foram criados pela empresa, posicionando-se como um dos mais prestigiados operadores de alojamento local da cidade. “Ao fim de quatro anos de actividade, temos um enorme orgulho na resposta dos nossos clientes, com um índice de satisfação que varia entre 94% e 96% e comentários muito elogiosos por parte dos turistas que se alojam nos nossos apartamentos”.
Palácio do Patriarcado Recentemente adquirido em parceria com outro investidor nacional, o ‘Palácio do Patriarcado’, em pleno Campo dos Mártires da Pátria, encontra-se ainda em fase de desenvolvimento do projecto de reabilitação. Este é mais um tesouro que estava de ‘portas fechadas’ e que será devolvido à cidade no seu maior esplendor, num exercício de execução bastante difícil e exigente. Será um condomínio habitacional de qualidade excepcional, conforme é apanágio da Coporgest. “Será um projecto icónico em Lisboa”, refere Ricardo Amantes.
Avenida Álvares Cabral
O ‘Sottomayor Premium Apartments’ corresponde à reabilitação de um conjunto de quatro edifícios (dois deles em estado de ruína), localizados na Rua Luciano Cordeiro, Largo das Palmeiras e Rua de Andaluz. Tratar-se-á de um condomínio habitacional com 43 apartamentos (T1 a T3), uma loja e estacionamento subterrâneo. O início da obra está prevista para o 3º trimestre deste ano.
A empresa identificou ainda um activo na Avenida Álvares Cabral que se encontra em fase final de aquisição, e corresponde a um edifício de escritórios, já existente e em bom estado de conservação, que será convertido num edifício habitacional. Aqui destacam-se as vistas absolutamente fantásticas sobre o Rio Tejo e toda a Colina do Castelo e para a existência de estacionamento subterrâneo.
Liberdade Premium Apartments
Duques de Bragança e Ivens 30
O ‘Liberdade Premium Apartments’, localizado na Rua Rodrigues Sampaio, junto ao Tivoli, onde antes existia um terreno, já se encontra em construção de raiz. Será constituído por 10 apartamentos
Em fase final de construção está ainda o ‘Edifício Duques de Bragança’, na Rua Victor Cordon e o ‘Ivens 30’, ambos no Chiado, que mostra o que de melhor a Coporgest faz na capital portuguesa.
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This luxury project is composed of a set of four imposing buildings in one of the most privileged locations in the Portuguese capital: Avenida Duque de Loulé. Of the four buildings, three were built in 1904 as residential buildings by banker Cândido Sottomayor and feature architecture of Parisian influence. The eclectic main façades that combine Neo-Renaissance and Art Nouveau details easily stand out in their surroundings and dazzle any passer-by. After the building that originally stood next to these three was demolished, the fourth building was built entirely from scratch with a modern profile that combines harmoniously with the rest. Ricardo Amantes, Commercial and Investment Director at Coporgest, recalls that, “when Coporgest acquired these buildings on 31 January 2013, the project was considered to be highly risky due to its large size and the market conditions at the time.” Amantes explains that, for this reason, “the project entailed that the buildings in question receive a complete functional, aesthetic, and architectural overhaul that preserved all existing architectural elements that could still be recovered and reused. This entire process has raised the bar in terms of the construction quality that Coporgest is known for and that the company’s team is constantly striving to improve even higher.” This is, thus, yet another project featuring Coporgest’s signature high quality and constitutes a milestone in the rehabilitation of Lisbon’s historic centre, in particular of Avenida Duque de Loulé, which, as Amantes points out, had “somehow been forgotten in time.”
A unique project in Portugal’s capital In order to get a sense of Sottomayor Residências’ size and uniqueness, there is nobody better to talk to than the project’s architect, Nuno Pais Ministro. In his words, it is easy to see that painstaking efforts were made and different techniques used in order to recover this irreplaceable piece of cultural heritage: “When they were acquired, the buildings were, essentially, in a pre-ruinous state, and restoring the corner building, number 86, involved constant dialogue between Architecture and Engineering. This dialogue, though, allowed us to preserve the buildings’ interiors and original structures, which was reinforced. The top two floors, which were in unbelievably poor condition, were the only exception; these had to be rebuilt, and traditional construction methods were used to do so.” This desire to preserve became the Coporgest team’s guiding principle and led them to prioritise the conservation of the three buildings’
original elevators and stairwells, which were aspects of the project that “took the most work and time.” Pais Ministro asserts that “the buildings’ façades are unquestionably some of the most beautiful early 20th century façades that are still around Lisbon, so preserving them without introducing dissonant elements was one of our main objectives.” Although the attic was expanded and penthouses put in, the new roof also attempted to respect the buildings’ original design. Another of challenge for the Sottomayor Residências project was transforming areas that had previously been designed to house two apartments per floor into spaces that could accommodate six apartments, while also taking into account the presence of several lobbies and the fact that the gable depth was twice the norm. Even with these constraints, the architect managed to ensure that all the apartments had at least one living room and that each master bedroom had a view of the street or the buildings’ garden. “Preserving the original buildings’ aesthetics combined with the requirement to make the spaces compatible with today’s standards for living and comfort meant the work had to be rather invasive so as to insulate and soundproof the buildings and make them resistant to seismic activity. We always invest a fortune in these areas because they are essential for the comfort of our customers,” the author of the project
adds. João Moura Santos, the person responsible for monitoring and supervising the work and for most of the technical solutions used in Coporgest’s projects, recalls that this was an “undertaking of great scale in Lisbon,” given that it lasted four years, dealt with an entire city block, and required very demanding renovation work in order to obtain very high levels of comfort for residents.
New, noteworthy projects Coporgest’s work is not limited to Sottomayor Residências, and, as Ricardo Amantes has announced, the company is making headway with various other real estate projects in Lisbon.
Sottomayor Premium Apartments The Sottomayor Premium Apartments project will entail the complete renovation of a set of four buildings (two of which are in serious disrepair) located at the intersection of Rua Luciano Cordeiro and Rua de Andaluz near Largo das Palmeiras. The resulting residential condominium will feature 43 apartments with one to three bedrooms, a store, and an underground car park. Work on this project is expected to start in the third quarter of this year.
Liberdade Premium Apartments Located on Rua Rodrigues Sampaio next to the Tivoli Hotel where a vacant lot previously sat, the Liberdade Premium Apartments project is
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already under construction – from scratch. The building will eventually feature 10 apartments with layouts ranging from one-bedroom to fourbedroom duplex, a store, and an underground car park. Of particular note will be the building’s penthouse, a four-bedroom duplex with terraces and a private pool.
Lisbon Chiado Hotel The Lisbon Chiado Hotel will be located in the heart of Chiado on Largo Rafael Bordalo Pinheiro and will feature 32 rooms and 12 suites. All will be generously large, appointed with only the best furnishings. This project will make extensive use of Coporgest’s experience constructing residential projects of exceptional quality. With the construction licence already issued, work on this project is slated to started in the fourth quarter of 2018. The Coporgest team will manage this “sixstar” hotel, which will stand out thanks to its price and quality of service, similar to what is already happening with Lisbon Best Apartments. Lisbon
Best Apartments is a “short-term rental” brand that Coporgest runs and consists of 54 apartments in buildings the company constructed. This has helped position the brand as one of the city’s most prestigious local accommodation operators. “After four years in business, we are very proud of how well our customers have taken to this product, with satisfaction levels ranging from 94% to 96% and very favourable comments from the tourists who stay in our apartments.”
Palácio do Patriarcado Recently acquired in partnership with another investor from Portugal, the Palácio do Patriarcado (or Patriarchal Palace in English) is located next to Campo dos Mártires da Pátria, and the rehabilitation project for this building is still under development. This is another gem that “had closed its doors” but will soon be returned to the city in its original splendour after a very difficult – and very demanding – renovation. The building will become a residential condominium of exception-
al quality as well as a symbol of the best of what Coporgest can do. “It will be an iconic project for Lisbon,” Amantes says.
Avenida Álvares Cabral The company is also finalising its purchase of a property on Avenida Álvares Cabral. The existing edifice is a well-maintained office building that will be converted into a residential building with an underground car park. A remarkable highlight of this building are the absolutely fantastic views of the Tagus River and the entire hill that the São Jorge Castel sits on top of.
Duques de Bragança Building Last – but certainly not least – are two projects in the final phases of construction: the Duques de Bragança Building on Rua Victor Cordon and the Ivens 30 project. Both are located in Chiado, and both showcase Coporgest’s uncompromising commitment to building projects of the highest quality in the Portuguese capital.
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Sónia Queiróz Vaz
A mediação imobiliária e o RGPD Sónia Queiróz Vaz Advogada / Lawyer Cuatrecasas, Gonçalves Pereira Partner in charge of the Real Estate and Construction department of Cuatrecasas, Gonçalves Pereira
The Realtor and GDPR
A entrada em vigor do Regulamento Geral de Protecção de Dados (‘RGPD’) no passado dia 25 de Maio, teve e continua a ter um impacto transversal nas empresas dos mais diversos sectores de actividade, no que diz respeito à protecção, tratamento e livre circulação de dados pessoais. Apesar de já existir em Portugal, desde data anterior a 1998, um regime jurídico aplicável a esta matéria, a implementação do RGPD tem suscitado diversas dúvidas e apreensões. No sector imobiliário, uma das áreas em que se levantaram questões foi a área da mediação imobiliária. Isto porque, através do contrato de mediação imobiliária, o mediador compromete-se, perante a parte que solicita os seus serviços, a estabelecer uma relação de negociação entre o proprietário do imóvel e potenciais compradores/arrendatários, com vista à celebração do negócio jurídico pretendido (contrato de compra e venda / contrato de arrendamento). Nestes termos, poder-se-ia entender que a actividade de mediação é prosseguida em nome e por conta dos seus clientes e, nessa medida, que o mediador trataria os dados pessoais que lhe são disponibilizados em nome e por conta daqueles, pelo que deveria ser qualificado como um subcontratante, para os efeitos do RGPD. Tal qualificação obrigaria à celebração de contratos escritos com os clientes, muitas vezes pessoas singulares, por forma a que lhes fosse atribuída a responsabilidade pelo tratamento dos dados pessoais envolvidos, passando o
mediador a ser um mero sub-contratante. Todavia, a referida qualificação não espelha a autonomia de que o mediador dispõe, na prática, relativamente à forma como determina os meios de tratamento de dados pessoais dos proprietários e dos potenciais interessados no negócio que visa angariar, nem a realidade do negócio em causa. Nessa medida, não se deve concluir pela qualificação do mediador como sub-contratante, mas como responsável pelo tratamento dos dados pessoais e, consequentemente, pela sua vinculação aos princípios da licitude, lealdade e transparência, bem como às obrigações impostas pelo RGPD. A título exemplificativo, o mediador imobiliário ficará adstrito, nos termos legalmente aplicáveis, a respeitar os direitos dos titulares dos dados pessoais, nomeadamente: direito de acesso, direito ao apagamento dos dados, direito à limitação do tratamento dos dados pessoais, direito de portabilidade, direito de oposição e/ou direito de informação sobre os termos e condições do tratamento realizado. Deve por último frisar-se que se aguarda, neste momento, pela aprovação pela Assembleia da República da lei que executa o RGPD em Portugal e que a autoridade de controlo (Comissão Nacional de Protecção de Dados) se encontra a reforçar a equipa e a mudar de instalações, medidas que se têm vindo a considerar como auxiliadoras de uma objectiva e efectiva implementação do RGPD em Portugal, ainda que o mesmo seja já directamente aplicável.
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The General Data Protection Regulation (GDPR) that entered into force on 25 May has had far-reaching impacts for all kinds of companies with regard to how they protect, use, and freely circulate personal data. Although Portugal has had a legal regime regarding this matter in place since before 1998, the GDPR has awakened a great deal of apprehension and doubt. In the real estate sector, one of the areas in which concerns were raised was real estate brokerage. This is because, through a real estate brokerage contract, a realtor undertakes, before the party requesting its services, to establish a negotiation-based relationship between the owner of the piece of real estate in question and the potential buyer(s)/tenant(s) with the intention of concluding a particular legal transaction (e.g., a lease/rental contract or contract of purchase and sale). In those terms, a realtor could be understood to pursue real estate brokerage activities in the name and on behalf of his/her clients, which would entail the realtor thus using the personal data made available to him/her in their clients’ names and on their behalves for such ends. Therefore, realtors ought to be considered subcontractors for the purposes of the GDPR. Classifying realtors as such would require written contracts with clients, oftentimes natural persons, that would give them the responsibility of processing the personal data involved, with the realtor becoming a mere sub-contractor. That kind of classification, however, reflects neither the autonomy realtors have in practise with regard to the ways in which they process the personal data of both proprietors and parties potentially interested in the transaction which a realtor seeks to arrange nor the reality of the activity in question. Given the foregoing, one must not conclude that realtors ought to be classified as sub-contractors. Rather, they ought to be considered parties responsible for handling personal data and, as a consequence, bound to the principles of lawfulness, trustworthiness, and transparency, as well as to the obligations imposed by the GDPR. As an example, a real estate agent will be bound, inasmuch as the law provides, to respect the rights of any owner of any kind of personal data. Specifically, these rights include the right of owners to access their own, respective data; the right to erasure of their data; the right to limit the processing of their personal data; the right to portability; the
right of opposition; and/or the right to information on the terms and conditions regarding how their data was handled. Finally, it should be stressed that the Assembly of the Republic has yet to approve the law implementing the GDPR in Portugal and that the enforcement authority (the Portuguese Data Protection Authority; in Portuguese, a Comissão Nacional de Protecção de Dados) is currently shoring up its team and changing facilities, measures that have come to be considered as helping to achieve an objective and effective implementation of the GDPR in Portugal, even if it is already directly applicable.
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José Araújo
Por que não manter?! José Araújo Director da Direcção de Negócio Imobiliário Millennium bcp Director of Department of Real Estate Business at Millennium bcp
Let’s keep it up!
A subida do índice de preços das casas em Portugal representou em 2017, 10,5% comparativamente com o ano anterior, crescimento muito equiparado ao registado na Eslóvénia (10%), Irlanda (11,8%) e, com um destaque mais significativo, na Islândia (17,3%). No global da União Europeia (5,5%) e da Zona Euro (4,2%), o crescimento foi superior em Portugal, prevendo-se que se mantenha ainda num futuro próximo, a par da continuidade da recuperação da economia, não só portuguesa como global (dados Eurostat). Para confirmar este ambiente positivo em que o País vive, o IPR da Confidencial Imobiliário destacou, recentemente que no 1º trimestre deste ano o preço das casas subiu 14,2% face ao período homólogo. E o INE também revelou que o PIB cresceu mais do que a taxa prevista em 2017 pelo BdP (2,7% em vez de 1,8% como previsto)! Como podemos entender estes factos? Será que, tendo sido o imobiliário um dos segmentos mais dinâmicos da economia, foi ele que desencadeou o seu crescimento, ou foram as causas do crescimento da economia que desencadearam o crescimento do secxtor imobiliário? Parece uma relação muito redonda, mas fácil de decompor num formato mais retilíneo de causa e efeito. Vejamos! A principal razão apontada pelo BdP para justificar o diferencial positivo do crescimento da economia foi o crescimento do turismo. Muitos turistas têm escolhido Portugal como um destino seguro e cheio de agradáveis surpresas culturais, entre outras. Paralelamente, os pro-
gramas lançados pelo Governo com benefícios fiscais para não residentes, como o vulgo Golden Visa e o estatuto do Residente Não Habitual, foram também factores apelativos à vinda e ao estabelecimento de um número cada vez maior de estrangeiros em Portugal. Em 2017, a rubrica respeitante à exportação de serviços do turismo cresceu mais de 15% (BdP), ao qual se associaram os outros fatores responsáveis pelo crescimento da economia, o consumo privado em bens duradouros e investimento das empresas. Continuando o raciocínio da causa e efeito, está claro que o aumento do volume de estrangeiros em Portugal, conduziu de forma natural ao aumento do número de estruturas habitacionais, como novos hotéis (de raiz ou espaços reabilitados), Alojamento Local, não só para situações sazonais, como para segunda habitação. Este crescendo, de várias formas de dar resposta ao aumento da procura de imobiliário, nas suas mais variadas vertentes, tem levado a maiores valorizações das mesmas, cuja tendência de subida tem-se estendido a quase todas as regiões do país que não só aos centros das grandes cidades, embora nestas com maior incidência. Situação positiva e desejável! Será agora importante que todos os agentes económicos foquem os seus objectivos de investimento e rentabilização, em projectos de desenvolvimento através de estruturas sustentáveis e duradoiras, aproveitando a base já existente que é uma procura estável e diversificada, onde cada um deve definir a que melhor pode servir, segmentando e adicionando valor.
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As ‘modas’ e os ciclos nunca são eternos! Para se cativar e manter é preciso imaginação constante, qualidade de serviço e de produto e fazer contas a cinco/10 anos e não a dois anos. O aumento das taxas está ai à porta, bem como a diminuição dos estímulos com ligeira inflacção. O PIB está a dar alguns sinais de abrandamento pelo que, há que ser só ambicioso quanto baste, não ficar a olhar só para os estrangeiros e descurar o mercado nacional, se não o balão pode esvaziar, Portugal pode deixar de estar tanto na moda e depois não nos preparamos para o poder de compra nacional. Aproveitar, sim! Cuidar bem sim! Mas olhar para novos cenários, antecipando algumas mudanças e não esquecer os portugueses, será decisivo nos próximos tempos. The index measuring house prices in Portugal experienced a year-over-year increase of 10.5% in 2017, a growth rate comparable to those of Slovenia (10%) and Ireland (11.8%); a particularly significant amount of growth in this index was recorded in Iceland (17.3%). Indeed, Portugal’s growth rate was higher than that of the Eurozone (4.2%) or the EU as a whole (5.5%), with this expected to continue in the near future alongside the sustained economic recovery currently being witnessed both in Portugal and throughout the world (Data: Eurostat). Confirming the positive economic environment Portugal is currently experiencing, Confidencial Imobiliário recently highlighted in its Residential Price Index (IPR) the fact that, during the first quarter of 2018, house prices rose by 14.2% (year-over-year). The National Statistical Institute of Portugal (INE) further revealed that GDP grew more than the rate forecasted in 2017 by the Bank of Portugal (BdP), growing by 2.7% instead of the predicted 1.8%! What can we make of all this? Given that real estate has been one of the most active segments of Portugal’s economy, could it have triggered the economic growth we’re currently witnessing? Or has whatever caused the economy to grow triggered real estate to grow? It seems like a circular relationship that will be easy to deconstruct into a more rectilinear cause and effect format. Let’s take a look! According to the BdP, the main cause of the country’s recent economic growth has been the growth of tourism. Throngs of tourists have chosen to visit Portugal because it is a safe destination full of pleasant cultural surprises and for many other reasons. At the same time, programs launched by the Government that include tax benefits for non-residents, such as the so-called Golden Visa program and the Non-Ha-
bitual Resident Resident status, have also been appealing to the ever larger foreigners moving to Portugal. In 2017, exports of tourism services grew by more than 15% (BdP), which other circumstances responsible for growth in the economy, the private consumption of durable goods, and corporate investment were connected to. Continuing with the line of reasoning of cause and effect, it is clear that the increase in the number of foreigners in Portugal has naturally led to an increase in the number of structures dedicated to housing and accommodation, such as new hotels (both brand new and renovated spaces) and Local Accommodation units that are used not only seasonally but as a solution to finding a second house. This growth, responding in various ways to increases in the demand for all kinds of real estate, has led to higher real estate prices, and these price increases have spread to almost all regions of the country, affecting more than just large urban centres (although, the effect there has been exaggerated somewhat). A positive, desirable situation! It will now be important for all economic players to focus their investment and profitability goals on developing projects that involve constructing sustainable, durable structures. Each actor must define which area(s) they can best serve, taking advantage of stable, diversified demand and segmenting and adding value to the market. ‘Fads’ and cycles like this are never eternal! To get the most out of them and sustain them for as long as we can, we have to constantly use our imaginations; consistently provide products and services of the highest quality; and plan 5 to 10 years out – not just 2. Tax hikes are just around the corner, economic stimuli are likely to be cut back, and some light inflation might occur. The GDP is showing some signs of slowing down as well, so we have to be just the right amount of ambitious. We cannot rely only on those coming from abroad and neglect the domestic market. Otherwise, were the balloon to deflate and were Portugal to stop being so trendy, we would be unprepared to harness the power of the domestic market. Can we take advantage of and enjoy what we have now? Of course! Do we need to be careful? Absolutely. Examining new scenarios, anticipating changes, and not forgetting the Portuguese – who are at the core of this market – will be critical in the coming years.
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Schindler Group
Um passo à frente A great leap forward
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Imaginem o que seria consertar um elevador antes de avariar… Ficção? Não. A solução chama-se ‘Schindler Ahead’ e o Head of Service & Modernization Business Spain and Portugal, Antonio Baldellou Garcia, explica como funciona. Imagine what it would be like to fix an elevator before it broke. Sound far-fetched? Not exactly. Aptly named “Schindler Ahead,” Antonio Baldellou Garcia, Head of Service & Modernization Business for the Schindler Group in Spain and Portugal, explains how this groundbreaking solution works.
O Schindler Ahead apresenta-se como uma solução ‘Smart Urban Mobility’, em que assenta este conceito? Existem alguns indicadores que explicam claramente que o urbanismo está a mudar mais rapidamente do que nunca. A população está a envelhecer, a classe média está a crescer a nível global e as famílias unipessoais estão a ser cada vez mais uma escolha em muitos países. Tudo isto significa mais e maiores cidades e os elevadores desempenharão um papel fundamental nesse cenário. A Schindler está a transportar o equivalente a toda a população do planeta em menos de uma semana e esse número vai aumentar. A conectividade será essencial para melhorar a confiabilidade e a experiência do utilizador. Esta é a mais recente solução digital para elevadores e escadas rolantes, em que consiste concretamente esta solução e quais as suas vantagens? Cada novo elevador será conectado à nossa ‘nuvem’ e num futuro próximo, isso será aplicado a todos os elevadores do nosso portfólio. Desta forma poderemos prever, com alta fiabilidade qualquer problema no elevador. Não vamos consertar o elevador quando ele avariar, mas antes. Imaginem o
que isto significa para equipamentos em hospitais, aeroportos, hotéis ou centros comerciais. Vamos trazer a eficácia para um nível que nunca antes alcançado. Além disso, a digitalização é baseada na transparência. A partir de agora, os nossos cientes terão acesso a qualquer aspecto relacionado com os seus equipamentos em tempo real. Isso reforçará os nossos laços com todos eles e levar-nos-á a melhorar a cada dia. O Schindler Ahead conecta equipamentos, clientes, passageiros com os Call Center e os técnicos da Schindler por meio de sua plataforma digital de circuito fechado. De que forma funciona esta plataforma? Os elevadores estarão conectados e enviarão informações continuamente sobre o seu comportamento. De cada vez que a nossa plataforma detectar qualquer desvio aos padrões, enviamos informações ao nosso Call Center, aos nossos técnicos de serviço e, o que é mais importante para nós, aos nossos clientes. Mas a digitalização é muito mais que isso. Novos produtos baseados na interacção com usuários e gestão de conteúdo também farão parte do Schindler Ahead. Isto já não é apenas sobre elevadores,
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equivalent to the entire world population, and that number is certain to grow. Connectivity will be essential to improve reliability and the user experience. Schindler Ahead is the latest digital solution on the market for elevators and escalators. What exactly does this solution consist of, and what are its advantages? Each new lift will be connected to our ‘cloud,’ and, in the near future, this will be applied to all lifts in our portfolio. We will thus be able to reliably predict any problems with the elevator. We won’t be fixing elevators when they go faulty but before they even do. Imagine what this means for lifts and escalators installed at hospitals, airports, hotels, and shopping centres. We are taking efficiency to a level never achieved before. Transparency is also a fundamental part of going digital. From now on, our customers will have access to information on every aspect of their equipment’s operation in real time. This will strengthen our relationship with all of our clients and will help us improve every day.
é mais sobre as pessoas conectando-se umas às outras. Como tem sido a aceitação desta solução no mercado e quais as perspetivas para o mercado português? A transformação digital está na agenda de todas as empresas do mundo e acreditamos que este é o momento certo para lançar novos produtos digitais. Cada vez que apresentamos este tipo de soluções a um Cliente, conseguimos sentir o seu empolgamento e isso diz-nos que estamos no caminho certo. Portugal é um mercado muito maduro e os Clientes portugueses desde sempre apreciaram inovação. Estamos totalmente convencidos de que Portugal será um mercado chave para nós e não temos dúvidas de que o Schindler Ahead será um sucesso total aqui. Schindler Ahead is presented as a “Smart Urban Mobility” solution. What is this premise of this concept? There are a number of indications that cities are changing faster than ever. Populations are aging, the middle class is growing globally, and single-person households are an increasingly common occurrence in many countries. All this translates to more, bigger cities, and lifts will play a key role in this kind of development over the next few years. In less than a week, Schindler transports a number of passengers that is
Schindler Ahead connects equipment, customers, and passengers with Call Centers and Schindler technicians by way of a closed-circuit digital platform. How does this platform work? The elevators will be connected to the platform 24/7 and will continuously send it information regarding their operation. Whenever anything out of the norm is detected, we alert our Call Centers, our service technicians, and, most importantly, our customers. But going digital is much more than that. Content management and new products designed around how users interact with them will also be part of Schindler Ahead. This is no longer just about elevators; it is about people connecting with each other. How has the market taken to this solution, and what is the outlook like for the Portuguese market? Digital transformation is on the agenda of every business in the world, and we believe this is the right time to launch new digital products. Each time we present these kinds of solutions to a customer, we can feel their excitement, and this tells us that we’re on the right track. Portugal is a very mature market, and Portuguese customers have always valued innovation. We are fully convinced that Portugal will be a key market for us, and we have no doubts that Schindler Ahead will be a complete success here.
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Atelier 46 30 JUN / JUL 2018
Broadway Malyan
Aumento de turistas beneficia hotelaria Increase in tourists benefits hospitality sector
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O mundo está a descobrir Portugal. No ano passado, o número de turistas estrangeiros aumentou 13%, contribuindo para o maior crescimento económico de Portugal desde 2000. A magnífica costa algarvia tem, desde há muito, sido um destino privilegiado para turistas, mas agora os encantos de todo o País estão a tornarse pontos de atenção para visitantes, desde a capital Lisboa ao deslumbrante cenário do interior e cidades características. The world is discovering Portugal. Last year, the number of foreign tourists rose by 13% contributing to Portugal’s strongest economic growth since 2000. Its beautiful Algarve coastline has long been a favourite destination for holidaymakers but now the delights of the whole country, from the capital Lisbon to the stunning inland scenery and characteristic towns, are becoming visitor hotspots.
A popularidade crescente do País atrai grandes investimentos no sector de Hospitality, com uma vasta gama de ofertas que surgem por todo o País, atendendo aos mais variados gostos. A Broadway Malyan está há muito envolvida no sector de Hospitality em Portugal, mas actualmente esta tornou-se a maior área de especialização do atelier de Lisboa, trabalhando com várias operadoras internacionais para ampliar e melhorar os seus portfólios, e também com grandes fundos, como o Explorer Investments, ajudando-os a reposicionar os seus ativos atendendo às crescentes procura dos clientes. De acordo com Margarida Caldeira, directora do atelier de Lisboa e Chair do Grupo para a região EMEA, desenvolver uma selecção de hotéis de grande qualidade para diferentes tipos de clientes é fundamental para manter os visitantes satisfeitos, proporcionando-lhes experiências memoráveis, quer sejam famílias, city breakers ou visitantes a negócios. Margarida afirma: “A oferta de Hospitality em Portugal nunca foi tão forte e vai continuar a evoluir. Quer se trate de uma remodelação ou requalificação, um novo conceito ou resort, os operadores do hotel entendem que existe uma enorme oportunidade com o produto certo”.
Obras que atraem e retêm visitantes Nos últimos anos, a Broadway Malyan tem
trabalhado com a Tivoli, parte do Grupo Minor, em três projectos-chave em Portugal: Avani Lisboa, o primeiro hotel de marca Avani na Europa, o icónico Tivoli Avenida Liberdade, no coração de Lisboa e o Tivoli Carvoeiro, situado numa localização fantástica numa das zonas mais bonitas do Algarve. São todos projectos muito diferentes, e cada um traz um elemento diferenciador ao mercado por forma a atrair e reter novos visitantes. A marca Avani distingue-se por uma abordagem de design jovem e urbano. O novo conceito da Avani Lisboa centra-se em materiais como a madeira de carvalho e o mármore branco, com uma paleta de cores incluindo tons de roxo e outros tons neutros de bege claro e cinzento. A abordagem da Broadway Malyan na remodelação do Hotel Tivoli Avenida Liberdade, um marco na capital portuguesa, foi renovar o estilo clássico existente do hotel e acentuando-o com uma série de intervenções e instalações contemporâneas. Recentemente mencionado pelo Fodor entre os Top 10 Melhores Hotéis no centro da capital portuguesa com uma excelente classificação, este projeto está profundamente enraizado na sua herança e contexto, apresentando uma paleta de materiais naturais quentes, mas sofisticados. Da mesma forma, o design do Tivoli Carvoeiro está focado na relação do hotel com o contexto. Situado ao longo de um trecho impressionante
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da costa algarvia, o hotel passou por um grande programa de renovação, que criou um ambiente de luxo, maximizando a localização exclusiva do edifício em frente ao mar. Com inúmeras referências à paisagem marítima circundante, o espaço redesenhado do lobby foi decorado com uma grande variedade de materiais, texturas e cores, criando um ambiente único.
Projectos singulares Além destes, a Broadway Malyan está a desenvolver uma série de outros projectos, incluindo um novo resort no Algarve, bem como um programa de reposicionamento do antigo Hotel Altis Olaias, em Lisboa, para o novo Hotel Ramada. A empresa está também a desenvolver o novo Hotel Moxy, o novo conceito da Marriot para os millenials, no Parque nas Nações em Lisboa. “Este será um projecto único”, afirma Margarida. “É um hotel onde tudo acontece no lobby, muito focado em design e com serviços 24/7 para responder aos estilos de vida dos clientes
mais jovens. Como um hotel de renome, reconhece que os clientes estão a mudar e que os operadores devem dar resposta, por forma a atrair visitantes”. Um pouco mais longe, a Broadway Malyan projectou o novo empreendimento World of Wine no Porto, que transformará os antigos armazéns em Vila Nova de Gaia numa atracção turística de classe mundial, esperando receber mais de um milhão de visitantes por ano. O novo projecto incluirá cinco zonas distintas, incluindo a Wine Experience, a Cork Experience, o Porto Through the Ages, um Museu de Moda e Design e o Museu da História dos Copos. O empreendimento prevê a requalificação de vários armazéns históricos visa criar uma nova grande praça pública com vistas deslumbrantes sobre o rio e a cidade. Com Vila Nova de Gaia como sinónimo da indústria vitivinícola, este projecto nunca teria avançado sem o influxo de turistas para o País. Margarida acrescenta ainda: “Este é um projecto fantástico que está em construção e ama-
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dureceu. Será concluído em 2020 e não tenho dúvidas de que se tornará uma das principais atracções de Portugal. É um projecto do qual vamos nos orgulhar muito”. The country’s growing popularity is driving major investment in the hospitality sector with a wide range of offers now appearing all over the country, to cater for a range of tastes. Broadway Malyan has long been involved in Portugal’s hospitality sector but it has now become the Lisbon studio’s largest area of expertise, working with a range of international operators to broaden and improve their portfolios and major funds such as Explorer Investments to help them reposition their assets to meet evolving customer demands. According to Margarida Caldeira, Director of the Lisbon studio and EMEA Chair, developing a range of high quality hotels for different kinds of customers is critical to keeping visitors happy by providing them with memorable customer experiences, whether they are families, city breakers
or visiting on business. She said: “The hospitality offer in Portugal has never been so strong and it will continue to evolve. Whether it is a refurbishment or repositioning, a new concept or resort, hotel operators understand that there is a huge opportunity with the right product.”
Works that attract and retain visitors In recent years, Broadway Malyan has been working with Tivoli, part of the Minor Group, on three key projects in Portugal; Avani Lisboa, the first Avani branded hotel in Europe, the iconic Tivoli Avenida Liberdade in the heart of Lisbon and Tivoli Carvoeiro, situated in a spectacular location in one of the most beautiful areas of Algarve. They are all very different projects, but each brings something different to the market to attract and retain new visitors. The Avani brand is distinguished by a young and urban design approach. The new concept for Avani Lisboa focused on materials such as oak wood and white marble and a palette of colours
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including purple and neutral hues of light beige and grey. Broadway Malyan’s approach when remodelling Tivoli Avenida Liberdade, a Landmark within the Portuguese capital, was to refresh the hotel’s existing classic style and accentuate it with a series of contemporary interventions and installations. Recently mentioned by Fodor’s among the Top 10 Best Hotels in the centre of the Portuguese capital with an outstanding rating, this project is deeply rooted to its heritage and context, featuring a palette of warm yet sophisticated natural materials. Similarly, the design for Tivoli Carvoeiro places the hotel’s relationship
with the context at its heart. Situated along a stunning stretch of the Algarve coast, the hotel underwent a major refurbishment programme, which created a luxurious environment while maximising the building’s unique setting on the coastline. With numerous references to the surrounding maritime landscape, the redesigned lobby space has been adorned with a large variety of materials, textures and colours creating a unique environment.
Unique projects Beyond these, Broadway Malyan is looking at a number of other projects including a new re-
sort in the Algarve as well as a repositioning programme for the former Altis Olaias Hotel in Lisbon to a new Ramada Hotel. The practice will also deliver the new Moxy Hotel at the Expo site in Lisbon, Marriot’s new concept for the millennial. “This will be a unique project,” said Margarida. “It is a hotel where everything is happening in the lobby, very design focused and services are 24/7 to respond to today’s younger customers’ lifestyles. As a renowned hotel, it recognises that customers are changing and that operators must respond accordingly to attract visitors.” Further afield, Broadway Malyan has designed the new World of Wine scheme in Porto, which will see a series of former warehouses in Vila Nova de Gaia transformed into a world-class tourist attraction, hoping to eventually attract more than a million visitors a year. The new attraction will include five separate areas including Wine Experience, Cork Experience, Porto Through the Ages, a Fashion and Design Museum and the History of Drinking Vessels. The development will see the restoration of a number of historic warehouses to create a new large public square offering stunning views across the river and city beyond. With Vila Nova de Gaia synonymous with the wine industry, this project would have never got off the ground without the influx of tourists into the country. Margarida added: “It is a fantastic project that is currently under construction and has really matured. It will be complete in 2020 and I have no doubt it will become one of Portugal’s main attractions. It is a project that we are going to be very proud of.”
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Ventos do Norte 52 30 JUN / JUL 2018
Retalho de luxo
Comércio nos Aliados procura afirmação internacional Luxury retail
Wanted: international brands for Porto’s Avenida dos Aliados
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Os investidores internacionais estão a apostar cada vez mais no Porto. Contudo, a afirmação do retalho de luxo ainda tem um longo caminho a percorrer. International investors are pouring more and more cash into Porto. Luxury retail in the city, however, has a lot of catching up to do.
Texto Text: Elisabete Soares
Vão ser conhecidas em breve as quatro marcas de comércio internacional que vão ocupar os espaços de rés-do-chão do exclusivo Aliados 107, promovido pelo fundo Avenue. Mas, confirme-se, ou não, que entre elas estão prestigiadas marcas como a Louis Vuitton e Christian Dior, a verdade é que a nível comercial a Avenida dos Aliados está ainda a fazer o seu percurso de afirmação internacional, no segmento do retalho prime e de luxo. Na opinião de Graça Ribeiro da Cunha, responsável da Predibisa, “há um percurso a fazer neste segmento”. Considera, que “estando as primeiras lojas a funcionar outras marcas se vão seguir”, acreditando que o Aliados 107 vai permitir a “dinamização do comércio da Avenida dos Aliados” Também António Almeida, gestor de projetos da Avenue, é de opinião que o mais difícil foi feito e que depois da abertura das quatro lojas, cujas “negociações estão adiantadas”, vai ser mais fácil. Neste momento, as lojas premium na Baixa do Porto contam-se pelos dedos. São apenas os casos da Rimowa, um dos principais fabricantes europeus de malas de viagens, da Fashion Clinic, loja de moda da empresária Paula Amorim, e pequenas lojas, uma delas de relojoaria. Talvez este facto explique a dificuldade em
conseguir dados sobre os preços de venda e arrendamento das lojas nesta zona da cidade. De acordo com os dados da consultora Structure Value, na zona de eleição para o retalho, a rua de Sª Catarina – localizada a poucos metros -, “é expectável e previsível que atualmente as rendas rondem valores da ordem dos 60 a 70 € / m2 ”.
Edifícios em reabilitação Neste momento, a Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade oferecem ao visitante apenas uma ténue imagem do que serão dentro de quatro a cinco anos. Alguns dos edifícios estão em reabilitação, mas a maioria ainda não iniciou obras, enquanto outros não se sabe o que vai acontecer com eles, apesar de estarem desocupados. Actualmente, o destaque vai para a Casa Albar Hotel Porto Monumental, a unidade de cinco estrelas que o empresário Mário Ferreira está a reabilitar e que tem abertura prevista para o final do ano. A unidade foi comprada, recentemente, pela família House Albar Hotel – uma exclusiva cadeia parisiense – que pretende instalar a nível do rés-do-chão uma loja, que poderá ser ocupada por uma marca de retalho de luxo. Mas também as aquisições recentes de imó-
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veis emblemáticos, por parte de famílias ligadas ao comércio, demonstram o potencial que os Aliados vão ter no futuro. É o caso da família de David Rosas, com o conhecido edifício da Casa Navarro, localizado no final da Praça da Liberdade, junto ao hotel Intercontinental, com ligação à Rua do Almada. Neste caso, o futuro hotel Pestana - possivelmente mais uma unidade de cinco estrelas -, poderá albergar, ao nível do rés-do-chão, uma loja desta conhecida cadeia portuguesa de joalharia e relojoaria. Já no edifício onde funcionava a sede do ex-banco BES, comprado também pela família Rosas, poderá ter uma componente comercial, no piso térreo. Neste caso, os promotores tem ainda em estudo a futura ocupação do edifício, estando em cima da mesa a sua transformação num projecto residencial ou numa unidade hoteleira. A situação repete-se com a aquisição, ao grupo Amorim, do edifício Imperial, localizado na Praça da Liberdade, por parte de Manuela Medeiros, empresária que fundou a bem-sucedida cadeia de lojas de complementos de moda e acessórios Parfois. Localizado ao lado do hotel Intercontinental, o mercado aguarda com curiosidade o fim a que se destinam os cerca de três mil m2 de área do emblemático edifício Imperial. The four international brands that will occupy spaces on the ground floor of the exclusive Aliados 107 building, promoted by real estate fund Avenue, will soon be made known. But, whether or not brands such as Louis Vuitton and Christian Dior are among them, the truth is that, on a commercial level, Porto’s Avenida dos Aliados is still developing in terms of its international luxury retail offering. Graça Ribeiro da Cunha, head of Predibisa, says, “There is a lot of progress to be made in this segment.” Claiming that, “when the first stores are up and running, other brands will follow,” the Predibisa professional believes that Aliados 107 will allow “business on Avenida dos Aliados to expand.” António Almeida, project manager at Avenue, is also of the opinion that the most difficult part is over and that, after the first four stores open, things will be easier. Negotiations for these stores “are in advanced stages.” Currently, the number of premium stores in Downtown Porto can be counted on one hand. Such stores include Rimowa, one of Europe’s leading suitcase manufacturers; Fashion Clinic, a fashion shop from businesswoman Paula Amorim; and a few other small shops, one of
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Opinião Opinion
which sells and repairs watches. Perhaps this explains the difficulty in obtaining sale and rental price data for stores in this part of the city. Data from consulting firm Structure Value show that, in Porto’s top retail zone of Rua de Santa Catarina, located a few meters away, “it can be expected…[for] current rents range from €60 EUR/m² to €70 EUR/m².”
Elisabete Soares Saraiva Jornalista Journalist
Buildings under renovation At the moment, Porto’s Avenida dos Aliados and Praça da Liberdade offer visitors only a faint image of what they will be like in four to five years. Some of the buildings are under renovation, but, for most buildings, renovations haven’t even started yet. Still others, though unoccupied, have yet to have their fates determined. Currently, the main star of the show is Casa Albar Hotel Porto Monumental, the five-star hotel that businessman Mário Ferreira is renovating and which is scheduled to open later this year. The unit was recently bought by exclusive Parisian hotel chain House Albar Hotels, which intends to include space for a store on the ground floor that could be occupied by a luxury retail brand. Recent acquisitions of some of Porto’s most symbolic pieces of real estate by families linked to business also demonstrate the potential that the Avenida dos Aliados area has. Such is the case of David Rosas’ family and the well-known Casa Navarro building, which is located at the end of Porto’s famed Praça da Liberdade next to the Intercontinental Hotel and backs up to Rua do Almada. The future Hotel Pestana – possibly another five-star unit – could feasibly house a store of this wellknown Portuguese jewellery and watchmaking chain. Bought by the Rosas family as well, the building that used to house the headquarters of former bank BES could also feature a commercial component on the ground floor. Developers, however, are still studying how to best use this particular building. It has not yet been decided whether to transform the structure into a residential building or hotel unit. A similar situation is unfolding with the Imperial building. Also located on Praça da Liberdade, the structure was bought from the Amorim group by Manuela Medeiros, a businesswoman who founded successful fashion and accessory chain Parfois. Located next to the Intercontinental Hotel, the market is eagerly awaiting information on how the emblematic, 3,000-m² building will be used.
Bolhão com mercado temporário Bolhão market lives on during renovation
Raras são as vezes que a entrada em obras de um mercado tradicional não é sinónimo do seu fim. E este facto deve-se ao pouco cuidado em acautelar quem de facto é a alma desse espaço: os seus comerciantes. Mas, ao que tudo indica esta situação não vai repetir-se no Mercado do Bolhão, e deve dar-se o mérito a quem o têm: a Câmara Municipal do Porto. Na verdade, a criação do Mercado Temporário do Bolhão – que vai albergar os comerciantes durante os cerca de dois anos previstos para a obras de reabilitação - é um projecto bem pensado e bem executado. A começar pela ligação que consegue fazer entre o edifício do mercado e o novo espaço, localizado no centro comercial La Vie. São vários os motivos que chamam a atenção ao transeunte, desde os cartazes, às pinturas na via pública, imitando um passeio. Depois, na entrada do mercado, as fotografias, em tamanho grande de cada um dos comerciantes, com o nome e o ramo de negócio. E, por último, o cuidado e a organização do espaço, que permite antever o que será o futuro Mercado do Bolhão. Na entrada, os restaurantes, com mesas e toalhas iguais, a seguir as bancas de frutas e hortaliças, depois as de peixe, ladeadas por um conjunto de outras lojas de vários ramos. Os visitantes entram e aplaudem a iniciativa. E pela quantidade de pessoas que percorrem o espaço, o Mercado Temporário do Bolhão é já um sucesso.
It is rare for a traditional market to stick around after renovation work on it starts. And this is due to the fact that little thought is given to protecting the true heart and soul of any market: the merchants. All signs indicate, though, that isn’t going to happen with Porto’s historic Bolhão market, and you have to give credit where credit is due. In this case, it lies squarely with Porto City Hall.In fact, the Temporary Bolhão Market, which will house the market’s merchants during the approximately two years planned for the renovation, was well thought out and has been executed extremely well. Starting with the link between the market building and the new, temporary space (located in the La Vie shopping mall), there are several other attention-grabbers that draw the attention of passers-by: from posters to street paintings imitating a sidewalk. At the entrance to market, larger-than-life photographs of each of the merchants have also been hung, even listing the name and line of business of each. Lastly, the organisation of the space and the care taken in doing so allow us to predict what the future Bolhão market will be like. Restaurants, with tables and towels alike, surround the entryway. Then come the fruit and vegetable stands. And then the fish stalls, which are flanked by a cluster of other shops. Visitors coming to the provisional market space applaud the initiative, and, because of the number of people passing through it, we can say that the Temporary Bolhão Market has already been a huge success.
Do Mundo 56 30 JUN / JUL 2018
Reino Unido
Sectores Alternativos do Imobiliário United Kingdom
Real Estate Alternative Sectors
Roberto Varandas COS Capital Managing Director – Head of Europe
Quando os investidores institucionais olham para os sectores do mercado, normalmente pensam em três sectores – escritórios, retalho e logística/industrial. Na América do Norte, um quarto sector institucional – residencial - é muito habitual nos portfólios institucionais. Cada vez mais, talvez devido à acrescida concorrência nos sectores tradicionais, os investidores mais aventureiros investem nos chamados sectores alternativos. Alguns destes sectores são variantes dos sectores tradicionais, mas outros são completamente diferentes na sua natureza, uso e base de inquilinos. Uma forma de enquadrar e classificar os sectores alternativos será da seguinte forma: • Residencial – residências para estudantes, casas partilhadas, hotéis; • Saúde – hospitais, clínicas, residências seniores, lares para idosos; • Automóvel – postos de abastecimento, estações de serviço, centros de inspecção, stands; • Tecnologia / Data centres; • Lazer – cinemas, bares/pubs, restaurantes, parques de diversão; • Self-storage – armazéns ou arrecadações pessoais. Um dos desafios destes sectores é que alguns requerem um nível de operações mais ou menos intensivo. Um hotel obviamente requer atenção 24 horas, sete dias por semana, enquanto uma residência de estudantes requer alguma manutenção e cuidado para manter a ocupação a níveis rentáveis. À medida que estes sectores ganham importância, igualmente cresce o ecossistema de empresas que suportam ou operam as actividades subjacentes. Outra dificuldade é ganhar escala já que os imóveis tendem a ser mais pequenos comparados com os sectores tradicionais. Podemo-nos perguntar então: Quais as vantagens de investir nos sectores alternativos? Em
primeiro lugar, podemos observar uma menor correlação, em alguns casos até uma correlação inversa, dos factores em relação aos sectores tradicionais. Dependendo da forma que um investidor acede a estes sectores alternativos, com maior ou menor exposição às operações, através de contratos de arrendamento ou de gestão e escolhendo sub-contratar a gestão das operações ou sendo um operador integrado, os fluxos derivados destes activos têm diferentes horizontes temporais e são mais diversificados dada a sua natureza. Passo a explicar: os activos no sector da saúde ou as residências para estudantes dependem, em larga medida, de factores demográficos; enquanto que os hotéis ou os activos no sector do lazer tendem a ser pró-cíclicos. Os sectores alternativos tendem a apresentar rentabilidades mais altas mas este ponto é discutível já que, ajustado ao risco, poderá não ser uma diferença tão grande em relação aos sectores tradicionais. Uma vantagem mais alargada de ter os sectores alternativos bem estabelecidos num mercado é o que respeito pelo ambiente. Há claras vantagens em ter, por exemplo, uma residência de estudantes localizada junto a uma universidade já que ter os estudantes a transportar-se de casa ou ocupar quartos em casas espalhadas por uma cidade é menos eficiente. As próprias instalações da residência podem ser optimizadas no que respeita a climatização, consumo de electricidade ou de água. Ou no caso dos armazéns pessoais / arrecadações (self-storage), permite às pessoas terem casas mais pequenas, podendo passar a utilizar certos bens pessoais apenas ocasionalmente ou sazonalmente. E serão estes sectores facilmente acessíveis a investidores? Depende do mercado e do sector. De acordo com um estudo da JLL e da Real Capital Analytics, os sectores alternativos absorve-
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ram mais de 60 mil milhões de dólares em investimento, dominado pelo sector das residências de estudantes, que tem observado um enorme crescimento. Na realidade, as maiores oportunidades existem para os empreendedores com capacidade para construir, acumular e operar estes activos. Mais cedo ou mais tarde, haverá uma oportunidade de venda já que a procura para estes sectores é enorme. Recentemente participei numa conferência dedicada ao imobiliário em Espanha e Portugal e verifiquei que a febre dos alternativos começa a chegar à Ibéria. O número e volume de hotéis, residências de estudantes e activos na saúde transaccionados está em níveis máximos desde de sempre. E os sub-sectores menos conhecidos começam a surgir à medida que os empreendedores desenvolvem habitação partilhada e espaço de armazenagem pessoal. Explorem! When institutional investors think about real estate, traditionally, they think about the 3 main food groups – office, retail and industrial/ logistics. In North America, a fourth sector – residential, or in the US terminology, “Multi-family”, is also commonplace in most institutional portfolios. Increasingly, and probably due to more and more competition for assets in the traditional sectors, more adventurous investors have looked at what are called alternative real estate sectors. Some of these sectors are variations on the main sectors but some of them are completely different in their nature, use and tenant base. One way to divide up the alternative sector is to look at the use and, largely, we get the following sub-sectors: • Accomodation – student accommodation, shared living, hotels; • Healthcare – hospitals, clinics, senior living and elder care; • Automotive – gas stations, garages, inspection centers, car showrooms; • Technology / data centers; • Leisure – cinemas, bars/pubs, restaurants, amusement parks; • Self-storage. One of the challenges is clearly that some of these property types require more or less intensive operations. Hotels obviously require daily, 24 hour, 7 day a week operations while shared living has a much more hands-off requirement of making sure maintenance and upkeep is in order and vacancy is managed as required. As these sectors grow, so does the eco-system of companies that support or operate the underlying activities. Another challenge is gaining scale
as some of these property types tend to be of smaller lot sizes as compared to the main sectors. So, what are some of the advantages of investing in alternative sectors, one may ask? One immediate observation is the lower correlation and even, in some cases, inverse correlation, to the main sectors. Depending on how one invests in these sectors by either taking more or less exposure to the underlying operations, through long leases or management agreements or as an asset owner or an integrated operator, cashflows deriving from these assets have different time horizons, diversification and drivers. The healthcare sector or student accommodation, for example, are largely driven by demographics while hotels or leisure assets tend to be procyclical. These sectors also tend to offer higher yields and returns although it is arguable whether, on a risk adjusted basis, these are in fact truly higher than the traditional sectors. A wider, societal advantage is the on the ESG – Environment, Social and Governance issues. There are clear environmental advantages to some of these sectors. Student accommodation, located next to a university for example, is more efficient than having students commute or spread out across a city. The use of each unit is identical. Heating, cooling, utilities can more efficiently be configured to accommodate each student. Or, self-storage, which allows people to live in smaller, more efficient houses and use their possessions on an as-needed basis, seasonally for example. Are these sectors available to investors on a widespread basis? Well it depends on the market, the subsector and location. According to the most recent study by JLL and Real Capital Analytics, the alternatives absorbed over USD 60 billion of investment, dominated mostly by student accommodation, which has seen tremendous growth in the past few years. Where there are clear opportunities is for the entrepreneur who can build, assemble and operate these assets. Sooner or later, there will be and opportunity to cash out, such is the demand for these sectors. I was very recently at a conference dedicated to the real estate in Spain and Portugal and could verify that the alternatives fever is starting to hit Iberia. The number and volume of hotels, student accommodation and healthcare is at record highs and some of the other, less known subsectors are starting to emerge as entrepreneurs create co-living and self-storage properties. Go off and explore!
Personalidade 58 30 JUN / JUL 2018
A vida não é só trabalho
Pedro o Grande Life isn’t all about work
Pedro the Great
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Texto Text: Joaquim Pereira de Almeida Fotos Photos: Anabela Loureiro
Nunca dei importância a essas questões pretensamente existencialistas que ligam os nomes com os astros e não só. Mas há qualquer coisa escondido. António, Joaquim, Silva, Loureiro, alguma vez fizeram história? Pedro já. Foi nome de imperador, de rei, de czar, de Papa e de muitos mais títulos. I’ve never given much importance to those pretentiously ‘existentialist’ questions of whether names have mysterious powers and can be linked to the stars and beyond. But there might be something hidden going on here. António, Joaquim, Silva, Loureiro…have people with these names left everlasting marks on history? As the name of emperors, of kings, tsars, Popes, and many more illustrious figures, “Pedro” certainly has.
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O ‘nosso’ Pedro é um homem discreto. Nem o facto de aos 45 anos já ter sido pai seis vezes impede que seja um jovem. Pedro Lancastre não se deslumbra com o poder que tem: é o número um da JLL (Jones Lang La Salle) em Portugal, que é apenas uma das maiores consultoras imobiliárias do Mundo. Filho de um casal ‘tradicional’, casado há mais de 50 anos, tem três irmãos e pelo ambiente familiar que tem pode dizer-se que nasceu afortunado. Estudou no Liceu Francês, no Liceu Pedro Nunes, na Universidade Lusíada e formou-se no Instituto Superior de Gestão. Afirma de forma categórica que nunca se interessou pela política. É mais um homem de trabalho do que um estudioso. Em dois casamentos o destino deu-lhe a Marta, o Martim, a Luísa, o Pedro José, a Catarina e a Amélia. O que falta a um homem para ser feliz? Profissionalmente considera-se realizado pois tem
“uma grande paixão por esta indústria”. Pela discrição que faz dos seus tempos de lazer prova-se que vive desafogado. Passa férias em Vilamoura e na casa que a família tem na Praia Grande. E não perde uns dias de descanso, no Inverno, nos Pirinéus, na Serra Nevada ou nos Alpes. Como se não bastasse viaja imenso, para destinos como o Brasil, Itália e França, embora mais recentemente tenha ficado encantado com a China e Cape Town. Na vida mais sedentária adora a música, o teatro e ver exposições com os filhos. Pedro não parece ter a idade que tem: dispensamo-nos de publicar a lista de desportos que pratica. É um homem com tempo para tudo, para amar e ser amado. Our’ Peter is a discreet man. Not even the fact that, at 45 years old, he’s been a father six times
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prevents him from retaining his youth. Pedro Lancastre is not blinded by the power he wields: he is number one in Portugal for JLL (Jones Lang La Salle), which is one of the world’s largest real estate consulting firms. The son of a ‘traditional’ couple that married more than 50 years ago, Pedro has three siblings and, because of the family environment he had growing up, can be said to have been born lucky. He studied at the French Lyceum, the Pedro Nunes School, and Lusíada University and graduated from the Higher Institute of Management. He states that he has, categorically, never been interested in politics. He is more of a working man than a scholar. During two marriages, fate gave him Marta, Martim, Luísa, Pedro José, Catarina, and Amélia. What more could a man want in order to be happy? He considers himself fulfilled, professionally speaking, given his “great passion for this industry.” The description of his leisure time activities proves that he is an easy-going, happy-go-lucky kind of guy who takes full advantage of what the world has to offer. He spends vacations in Vilamoura and at a home the family owns in Praia Grande. And he never misses a few days rest in the Pyrenees, in the Sierra Nevada, or in the Alps during the wintertime. As if this weren’t enough, he travels extensively to places such as Brazil, Italy, and France, even though he’s become enchanted with China and Cape Town more recently. When at home and not jet-setting across the globe, he enjoys exploring his love of music and theatre and keeps busy doing activities with his children. Pedro does not seem to be as old as he is. We’ll refrain from publishing the full list of sports he plays. He is a man with time for everything, to love and to be loved.
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Odioso mas verdade Finding the beauty in everything
Pode parecer odioso mas é verdade: a tragédia, na natureza, pode trazer resultados de uma beleza extraordinária. Há cerca de um mês, percorremos as áreas mais atingidas pelos incêndios de Outubro de 2017. E o que vimos é de uma beleza fascinante. Sabemos que não devíamos escrever assim mas é a pura realidade. Vão passar dezenas de anos para que o verde tome o lugar do que hoje é negro e isto sim, também é trágico. A Natureza tem uma força regeneradora singular e por isso quisemos ver agora e fotografar, porque uma imagem pode valer mais de mil palavras. Comentários para quê? A foto explica tudo.
It may seem like a wretched thing to say, but it’s true: in nature, tragedy can bring about extraordinary beauty. About a month ago, we travelled the areas most affected by the fires of October 2017, and what we saw was fascinatingly beautiful. We know we shouldn’t write like this, but it’s pure reality. It will take decades for green to replace what is now black, and this, of course, is also tragic. Nature has a unique regenerative force, and so we wanted to see and photograph it now. Because an image can be worth a thousand words. But what use are words here? The photo explains everything itself.
Texto Text: Joaquim Pereira de Almeida Foto Photo: Anabela Loureiro
Portugal
no centro do Mundo O universo do imobiliário, Portugal da construção, do ambiente in the centre of the world e do turismo, à escala global, The real estate world, a partir de Lisboa. from construction, environment to tourism, on a global scale is, Um noticiário diário em português from Lisbon. e inglês a que não vai escapar nada. A news service in Portuguese Um olhar atento e especializado and English which will cover everything with a fine tooth combe. sobre os mercados. An attentive and specialised A forma mais rápida de estar eye on the markets. por dentro dos assuntos The quickest way to be in the centre of what matters com a credibilidade with the credibility you’d expect da Magazine Imobiliário from Magazine Imobiliário.
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