Construção Ambiente Turismo
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MAR/ABR 2020 €10
Milhões a voar Millions flying away
Fim do El Dourado The end of El Dorado
1 Editorial
Os temas da ribalta Topics in the limelight
Carla Celestino Directora Director
Brexit. Isabel dos Santos. Rui Pinto. Coronavírus. Estes têm sido tempos profícuos em notícias, a esmagadora maioria profundamente preocupante. E todas são temáticas que revelam o quanto não estamos realmente preparados para os enfrentar. Só depois de roubados é que colocamos trancas à porta (como sempre). Houve, no entanto, um assunto que esteve na ordem do dia a que ninguém do sector imobiliário ficou alheio. Os Vistos Gold. Dizem que este regime perdeu a sua luz dourada. Será? O que não perdeu seguramente o seu brilho foi o Prémio Nacional do Imobiliário que na edição de 2020 está mais luminoso do que nunca: recebeu um número recorde de candidatos, finalistas e patrocínios. Organizar um evento desta envergadura leva meses a preparar, é quase uma tarefa hercúlea. Mas a bem da verdade, este ano o processo de selecção foi facilitado (ou dificultado?) pelo bom momento que o imobiliário nacional vive e que se reflectiu em empreendimentos de excelência. Os promotores imobiliários estão de parabéns. Não quer isto dizer, no entanto, que possam cruzar os braços. Como já se viu, há constantes desafios nacionais e internacionais que num simples piscar de olhos podem alterar todo o jogo imobiliário. O desafio da Magazine Imobiliário é outro. Contamos com uma equipa de primeira liga, entramos em campo de peito aberto e vamos conquistando, ano pós ano, campeonatos. Antecipamos oportunidades. Mas nunca deixamos de treinar, nem de ser humildes. Brexit. Isabel dos Santos. Rui Pinto. Coronavirus. There has been no shortage of news recently, and the overwhelming majority of it has been deeply troubling. And they’re all topics that reveal just how unprepared we are to deal with them. Only after we’ve been robbed do we lock the door (as usual). There has been, however, one topic that’s
been on the agenda that nobody in the real estate industry was unaware of: the Gold Visas. They say this programme has lost its golden sparkle. Could this really be true? What certainly has not lost its shine is the National Real Estate Award, which was more brilliant than ever during the 2020 competition: it received a record number of contenders, finalists, and sponsors. Organising an event of this size takes months of preparation. It’s almost a herculean task, but the truth of the matter is that the process this year was made easier (or perhaps more difficult?) thanks to the good momentum that Portugal’s real estate market is experiencing, which is reflected in some excellent projects. Our real estate developers are to be congratulated. That doesn’t mean, though, that they can now sit still. As we’ve seen, there are constant struggles both within Portugal and throughout the world that can change the entire real estate game in the blink of an eye. The challenge put before Magazine Imobiliário is different. We have a first-class team that goes about its work with gusto, winning championships year after year. We anticipate opportunities. But we always keep practicing and never stop being humble.
Ficha técnica Datasheet
Propriedade Property
Índice
Palavras Aliadas Sociedade Unipessoal, Lda. NIPC – 510 653 901 Av. Duque D’Ávila, 28 – 2.º, Sala 207
Summary
1000–141 Lisboa Telf. / Phone: (+351) 21 134 10 06
42 Equipamentos Colectivos Public Amenities 47 Turismo Tourism
Foto de capa Cover photo: Meidelch on istockphoto
4 Grande Tema
Lead Story Vistos Gold: Nem tudo o que reluz é ouro Gold Visas: Not everything that glitters is gold
18 Prémio Nacional do Imobiliário 2020
National Real Estate Awards 2020
20 Escritórios Offices 24 Habitação Housing
72 Ventos do Norte North Winds Porto tem um potencial enorme Porto has enormous potential
78 58 Metro Quadrado Lá fora Square Meter Entrevista Interview Grupo Libertas
62 Opinião Opinion JPS Group
66 Opinião Opinion Millennium bcp
Abroad Opinião Opinion Roberto Varandas Macau
80 Paparazzi Aeroportos Airports
Telm. / Mobile: (+351) 91 061 61 62 geral@palavrasaliadas.pt www.magazineimobiliario.com Directora Director Carla Celestino Coordenação comercial Commercial co-ordination Joaquim Pereira de Almeida Colaboradoras Permanentes Permanent Contributor Elisabete Soares Fotografia Photography Anabela Loureiro Tradução Translation Frank Miller Grafismo Graphics Rodrigues Silva Contabilidade Accounting Nasceconta Periocidade Frequency Bimestral Tiragem Number printed 3.000 exemplares Impressão Printing Jorge Fernandes, Lda. Rua Qta. de Marcarenhas, 2820 Charneca da Caparica Depósito Legal Legal Deposit 363718/13
68 Azimute
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Grande Tema 4 Grande Tema
Lead Story
Foto Photo: Mitchell Luo Esafo on Unsplash
Lead Story
Êxodo ou invasão de investidores? An exodus or invasion of investors?
Nem tudo o que reluz é ouro Not everything that glitters is gold
Grande Tema
Lead Story
Os Vistos Gold estão a mudar. Há quem diga que se está a “matar a galinha dos ovos de ouro”, outros que “não se pode mudar as regras a meio do jogo” e há quem considere que é um “crime lesa-pátria”. Dramatismo, alarmismo ou realismo? Portugal’s famed Gold Visas are changing. Some have said that it will “kill the goose that lays golden eggs;” others say that “the rules mustn’t be changed in the middle of the game;” and others consider the changes a “crime against the country.” Dramatic, alarmist, or realistic?
Texto Text: Carla Celestino
Foto Photo: Anabela Loureiro
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A polémica em torno dos Vistos Gold começou no dia 15 de Janeiro de 2020, quando o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), afirmou: “Isto (Vistos Gold) vai ser alterado quer relativamente às finalidades, quer à distribuição territorial”. Avançou mesmo que está prevista uma avaliação do regime das Autorizações de Residência para Investimento (ARI), mais vulgarmente apelidados de Vistos Gold, “designadamente no modelo de dissimilação do investimento no interior” e regiões autónomas. Mais tarde, em conferência de imprensa, a líder da bancada socialista, Ana Catarina Mendes, anunciava oficialmente esta proposta com o intuito de “dar uma resposta à especulação imobiliária” e “retirar a pressão (imobiliária) existente nas áreas metropolitanas (de Lisboa e do Porto)”. Ainda assim, Eduardo Cabrita frisou que esta avaliação deve ser considerada com “ponderação”. O próprio ministro reconheceu que este regime permitiu captar mais de 700 milhões de euros de investimento em 2019, sendo que aproximadamente 650 milhões foram investidos em imobiliário e nos concelhos de Lisboa, Oeiras, Cascais e Sintra. Salientando
também “o efeito relevante de atracção de investimento e de requalificação urbana”. Vamos dissecar melhor estas informações. De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o ARI, no ano passado, captou um investimento de 742.455.053,29 euros: 584,5 milhões de euros foram provenientes da compra de imóveis de valor igual ou superior a 500.000 euros; 76 milhões de euros vieram da aquisição de imóveis com o objectivo de promover reabilitação urbana; 81,7 milhões de euros da transferência de capitais, dos quais 78 milhões de euros corresponderam a transferência de capitais no montante igual ou superior a um milhão de euros; e 3,1 milhões de euros através da transferência de capitais no montante igual ou superior a 350.000 euros com vista à aquisição de unidades de participação em fundos de investimento ou fundos de capitais de risco vocacionados para a capitalização de empresas. O ministro destacou ainda que este regime teve “alguma dimensão de criação de emprego”. Na realidade, no ano transacto, apenas foi atribuído um visto no âmbito da transferência de capitais no valor igual ou superior a 350 mil euros com o objectivo de constituir uma sociedade comercial com cinco postos de trabalho e sede em Portugal. E apenas
Grande Tema Lead Story
Este regime permitiu captar mais de 700 milhões de euros de investimento em 2019. This programme allowed Portugal to attract more than €700 million EUR in investment over the course of 2019.”
quatro vistos para a criação de 10 postos de trabalho. Desde Outubro de 2012, altura em que o programa foi criado, até ao final de 2019, foi captado um investimento de total de 4.992.253.830,95 euros, cabendo à aquisição de bens imóveis a maior fatia deste bolo no valor de 4.509.470.823,07 euros. Muito embora não se possa ficar indiferente a estas cifras, a realidade é que no final das contas tudo é uma questão de perspectiva. Para uns, são valores que não nos podemos dar ao luxo de perder e dificilmente serão replicáveis para lá de Lisboa, Porto ou Algarve. Para outros, é um valor residual num País que alcançou no ano passado um investimento imobiliário de 3,5 mil milhões de euros.
Quando se mexe numa fórmula de sucesso
Foto Photo: Anabela Loureiro
O vice-presidente executivo da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), Hugo Santos Ferreira, apontou o dedo, franziu o sobrolho e mos-
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trou-se indignado. “Numa altura em que foi dado a conhecer a vontade do Governo em excluir do programa de captação de investimento estrangeiro “Golden Visa” a aquisição de imóveis dentro dos centros urbanos, cumpre relembrar que já existe no regime vigente uma descriminação positiva para o investimento feito em actividades ou activos localizados fora de centros urbanos, apresentando no caso do imobiliário um desconto no valor exigido de aquisição do activo”. Mas o real cenário por detrás das suas palavras é que a “larga maioria dos investidores internacionais que pretenderam entrar em Portugal ao abrigo do presente programa não usou o referido desconto, tendo, portanto, continuado a querer investir em activos localizados em Lisboa, Porto e Algarve e de um modo geral em todo o litoral do território nacional”. As associações, de uma forma geral e pública, onde se inscrevem, além da APPII, a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), a Confederação do Comércio e
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Grande Tema
Lead Story
Serviços de Portugal (CCP) ou a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação de Portugal (APEMIP), consideram que os investidores internacionais preferiram canalizar o seu capital para activos imobiliários localizados nos centros urbanos de Lisboa e Porto, geografias onde o risco é menor e a rentabilidade é maior e garantida, e temem que as alterações da proposta do Partido Socialista (PS) afastem os investidores e os leve a procurar outras geografias e outros programas de captação de investimento estrangeiro fora de Portugal. Se isso acontecer não precisam de ir muito longe uma vez que, como o próprio ministro admitiu na altura, 20 dos 28 países da União Europeia (agora 27) têm mecanismos de atribuição de residência com base de mobilização de investimento. Hugo Santos Ferreira refere ainda que “se o que realmente se pretende é incentivar a aquisição de imóveis e o investimento no interior do País ou pelo menos fora dos centros urbanos, a medida certa não é certamente castrar ou limitar a escolha de 90% dos investidores Golden Visa (que foi a de comprar imóveis nos centros urbanos), mas sim beneficiar com medida de descriminação positiva aquelas aquisições e investimento fora dos centros urbanos. Esta tem de ser a “pedra de toque”. No entender da APPII, “devem ser as câmaras municipais do nosso País a criar mecanismos e programas de captação de investimento estrangeiro ou externo ao seu território municipal, de turismo e de novos residentes nacionais ou internacionais”. Se Hugo Santos Ferreira apontou o dedo, já o managing partner da Fine & Country, Nuno Durão, apontou “armas” e a cada tiro (questão) por si levantada caiu certamente mais do que um melro. Relembra que “Portugal estava falido, sem capital, com a banca cheia de crédito mal parado e imóveis desvalorizados”. Por isso questiona: “Querem voltar a esse tempo?” Ao tempo em que “as zonas urbanas mais centrais estavam abandonadas, a cair em pedaços, idosos a viver em ruínas, ruas cheias de traficantes e prostituição… já se esqueceram?” À pergunta: “O que mudou em Portugal após a bancarrota de 2010?” Nuno Durão tem a resposta na ponta da sua língua afiada: “Os Golden Visa! O turismo! A criação de emprego! A receita fiscal! Diminuição do crédito mal parado na banca! Até Portugal ser uma economia forte, com crescimentos de 5%, os Vistos Gold são não só necessários, como dependemos
desta captação de capital como motor para a economia e sua consolidação. Portugal depende do Turismo e o turismo depende dos Vistos Gold”. Continuando a lançar tiros certeiros, interroga: “Quanto vale para o Turismo português um tweet da Madonna, ou Eric Cantona ou Monica Bellucci? Será que têm noção?”. Por isso, Nuno Durão não compreende a proposta socialista em cima da mesa: “Para quê criar uma alternativa que não funciona? Para quê fazer experiências em algo tão sensível e comprovado?”
Vistos Gold debaixo de olho
Todas as moedas têm dois lados. Se o sector imobiliário diz ter-lhe caído no colo uma bomba atómica que pode ser devastadora para o investimento no sector, já quem defende o fim destes vistos afirma que a bomba ainda está muito bem escondida e por explodir. Uma das vozes mais determinantes a pôr um ponto final neste regime é o Partido do Bloco de Esquerda que voltou a apresentar no quadro das propostas de alteração ao OE2020 a eliminação da figura dos Vistos Gold (VG). O deputado do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, explicou que “o Governo inclui na proposta de OE uma autorização legislativa para a revisão do regime das Autorizações de Residência para Investimento, no sentido de alegadamente diminuir o peso da relacção entre as ARI e a compra de imobiliário e acentuar outros campos de investimento – desde o realizado nos territórios de baixa densidade até à promoção de usos ambientalmente sustentáveis de espaços” e, como diz, “nada disto, a confirmar-se, põe termo à razão de fundo que leva o Bloco a ser contra a permanência dos VG na ordem jurídica portuguesa”. Na verdade, esclarece, “conhecida (e denunciada) que é a fácil relação entre os VG e o branqueamento de capitais ou outras formas de criminalidade complexa, a alteração dos destinos do investimento associado à concessão de VG não afasta, de todo em todo, essa realidade. Alcançar-se-á, porventura, uma diminuição do efeito dos VG na alimentação da especulação imobiliária – e isso é positivo. Mas manter-se-á em vigor um instrumento apetecido por quem quer branquear capitais, e isso é, para o Bloco de Esquerda, inaceitável, na sequência, aliás, de recomendações das próprias instituições comunitárias”. Esta é uma ideia partilhada pela vice-presidente da associação Transparência e Integri-
A alteração dos destinos do investimento poderá permitir uma diminuição do efeito dos VG na alimentação da especulação imobiliária. Changing where the investments are channelled could, perhaps, reduce how much VGs feed into real estate speculation.”
Grande Tema Lead Story
dade (TI-PT), Susana Coroado, que considera que os Vistos Gold “é um mecanismo que facilita o usufruto dos ganhos obtidos de forma ilícita, seja corrupção, evasão fiscal, diferentes tipos de tráfico”. Na sua opinião, “o que se está de facto a vender através dos Vistos Gold não é tanto uma autorização de residência em Portugal, mas o acesso ao espaço Schengen e a livre circulação pelos restantes países europeus”. Esta livre circulação pode, assim, “potenciar a introdução de terroristas, elementos de redes de criminalidade organizada e outros criminosos no espaço europeu, com graves consequências para outros países que não aquele que concedeu o visto”. A TI-PT defende que os riscos poderiam ser mitigados caso existissem mecanismos de controlo adequados, tanto quanto à origem dos fundos investidos, quanto à possibilidade de corrupção na atribuição dos vistos. “Ora, sabemos que tal não acontece. O MAI já admitiu que nunca fez um estudo de impacto, nem a Inspecção-Geral da Administração
Interna (IGAI) fez auditorias ao modo como o processo de atribuição de vistos é realizado dentro do SEF. Além disso, o SEF recusa qualquer dever de verificação da origem dos fundos, remetendo essa obrigação para as entidades obrigadas por lei a deveres de diligência no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais. Contudo, a maioria dessas entidades assume que não cumpre esses deveres. Na realidade, todos os intervenientes passam responsabilidades uns para os outros e, no fim do dia, ninguém fez tal verificação, mas os vistos são concedidos na mesma”. Recorde-se que em Abril de 2018 a TI-PT interpôs uma acção contra MAI e a decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa foi-lhe favorável no sentido de tornar o processo dos Vistos Gold mais transparente e que todas as informações passem para o domínio público. Apesar disso, Susana Coroado acha que existe “a intenção do Governo de manter a opacidade do programa, pelo que não esperamos uma atitude mais pró-activa a partir de agora. Contudo, agora que estamos munidos de uma
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sentença judicial, não cessaremos de manter o programa de Vistos Gold debaixo de olho”.
Ecos internacionais
Num recente encontro com os jornalistas, Patrícia Beirão, Head of Residential da JLL, considerou que Portugal está numa “encruzilhada” e tem de decidir se “continua a oferecer condições e estabilidade” ou se, pelo contrário, “toma decisões restritivas que põem em causa a confiança dos investidores”. Para esta especialista o que a preocupa não é o impacto do fim dos Vistos Gold no sector ou na economia portuguesa mas antes a “imagem que passamos a nível internacional”. Para se ter uma noção, esta consultora reuniu-se com os seus pares europeus em Londres e quando se sentaram à mesa em conjunto a primeira pergunta que fizeram aos portugueses foi: “Os Vistos Gold vão acabar?” É com isto que Patrícia Beirão se preocupa, “com os ecos que esta realidade está já a ter lá fora”. Como disse: “As más notícias são as primeiras a chegar”. Nas Jornadas Parlamen-
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Os Vistos Gold são um mecanismo que facilita o usufruto dos ganhos obtidos de forma ilícita, seja corrupção, evasão fiscal, diferentes tipos de tráfico. Gold Visas are a mechanism that makes it easier for people to enjoy capital and gains they have obtained illegally, be that through corruption, tax evasion, or any of a number of different kinds of trafficking.”
tares do PS, que decorreram em Setúbal, o Primeiro-Ministro desdramatizou a situação dizendo que a ideia “não é acabar com os Vistos Gold”. E afirmou que todos continuam a ser “bem-vindos” no nosso País mas, a partir de agora, quem pretender obter o Visto Gold tem de canalizar os seus investimentos “para onde é necessário”. Polémicas à parte, será que já alguém perguntou aos investidores se querem investir nessas regiões? The controversy surrounding Portugal’s Gold Visas began on 15 January 2020 when Minister of Internal Administration Eduardo Cabrita said the following as part of the discussion regarding the 2020 State Budget (OE2020): “[The Gold Visa programme] will be changed both with regard to its goals and its territorial distribution.” He even stated that the Residence Permit for Investment (ARI, more commonly known as Gold Visa) regime is scheduled to be reviewed, “particularly with a view to diversify the investments made, channelling them into the interior [of the country]” and other autonomous regions. Later, Ana Catarina Mendes, leader of the Socialist caucus, officially announced this proposal during a press conference, explaining that it was designed to “respond to real estate speculation” and “release the pressure [that
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real estate has felt] in the metropolitan areas [of Lisbon and Porto].” Cabrita stressed, though, that this evaluation must be given a great deal of deliberate thought. He recognised that this programme allowed Portugal to attract more than €700 million EUR in investment over the course of 2019 – approximately €650 million EUR of which was invested in real estate and in the municipalities of Lisbon, Oeiras, Cascais, and Sintra – and also highlighted “the significant role [it has played] in attracting investment and urban restoration projects.” Let’s take a deeper look at the data here. According to Portugal’s Foreigners and Borders Service (SEF), ARIs attracted investments worth a total of €742,455,053.29 EUR last year: €584.5 million EUR came from the purchase of properties valued at or above €500,000 EUR; €76 million EUR was spent on properties that were to be the sites of urban restoration projects; €81.7 million EUR came from the transfer of capital, €78 million EUR of which were part of capital transfer transactions worth €1 million EUR or more; and €3.1 million EUR came from capital transfer transactions worth €350,000 EUR or more that were aimed at acquiring shares in investment funds or venture capital funds dedicated to helping companies raise capital. Minister Cabrita also said that this pro-
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gramme has helped “create some number of jobs.” In reality, only one visa was issued last year in connection with a transfer of capital worth €350,000 EUR or more whose objective was to establish a company with five jobs and a head office in Portugal. And only four visas were issued for the creation of 10 jobs. From the time the programme was launched in October 2012 until the end of 2019, Gold Visas have attracted a total of €4,992,253,830.95 EUR in investment, with the acquisition of real estate by far the largest portion of this amount at €4,509,470,823.07 EUR. Although no one can remain indifferent to
these figures, the reality is that, at the end of the day, everything is a matter of perspective. For some, they are numbers that we do not have the luxury of losing and will be difficult to replicate outside of Lisbon, Porto, or the Algarve. For others, it is a residual amount for a country that saw €3.5 billion EUR invested in real estate last year.
When you mess with a successful formula
Vice President of the Portuguese Association of Real Estate Investors and Developers (APPII) Hugo Santos Ferreira pointed his finger,
furrowed his brow, and appeared indignant: “At a time when it’s been revealed that the Government wants to exclude the purchase of real estate in city centres from the “Golden Visa” programme designed to attract foreign investment, we ought to remember that positive discrimination for investments made in activities or assets located outside city centres already exists in the current regime, which, in the case of real estate, manifests itself in the form of a discount on the acquisition value the asset is required to have.” In actuality, he explains, “the large majority of international investors that intended to make their foray into Portugal under this programme have not made use of this discount and have continued to want to invest in assets located in Lisbon, Porto, the Algarve, and, more broadly, along the country’s entire coastline.” Portugal’s professional associations with vested interests in this topic besides APPII, such as the Portuguese Confederation of Construction and Real Estate (CPCI), the Confederation of Commerce and Services of Portugal (CCP), and the Association of Real Estate Agents and Agencies of Portugal (APEMIP), have all publicly stated that they believe international investors would prefer to channel their capital to assets located in the heart of either Lisbon or Porto, places where there is less risk and profitability is higher and better guaranteed. They fear that the changes found in the Socialist Party (PS)’s proposal will drive investors away and cause them to search
Os Vistos Gold tiveram um efeito relevante de atracção de investimento e de requalificação urbana. The Gold Visas have played a key role in attracting investment and urban restoration projects.”
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elsewhere and look at other foreign investment programmes outside of Portugal. If this should happen, they wouldn’t need to go very far, since, as Minister Cabrita has said himself, 20 out of the EU’s then-28 members (now 27) have residence allocation mechanisms in place that are based on mobilising investment. Ferreira also states that, “if what they really want to do is incentivise the purchase of real estate and investment in inner Portugal (or at least outside the country’s major cities), the right action to take certainly would not be to castrate or limit the choice of 90% of Golden Visa investors (which has been purchasing real estate in urban centres) but rather benefit purchases and investments made outside cities by way of positive discrimination. This has to be our way forward.” The APPII argues that “Portugal’s municipalities themselves must be the ones to create mechanisms and programmes designed to capture foreign (or at least external) investment, encourage tourism, and attract new residents to their areas.” Ferreira’s reaction seems mild in comparison to that of Nuno Durão, Managing Partner at Fine & Country, a fiery response to every question. Durão reminds us that
“Portugal was bankrupt and had no capital. Its banking system was chock-full of bad debt and devalued properties.” He then asks, “Do they want to go back to that time?” To the years when “the most central parts of Portugal’s cities were abandoned, falling to pieces, with elderly people living in ruins, the streets full of drug traffickers, prostitution…have they already forgotten?” In response to the question “What has changed in Portugal since the crash of 2010?”, Durão’s sharp tongue had a quick response: “The Gold Visas! Tourism! Job creation! Tax revenue! Decreases in bad debt in the banking system! Until Portugal has a strong economy with 5% growth, the Gold Visas are necessary, as we depend on them for capturing capital to support and strengthen the economy, but it’s not only them. Portugal depends on tourism, and tourism depends on the Gold Visas.” Continuing with his spot-on remarks, he asks, “How much is a tweet from Madonna or Eric Cantona or Monica Bellucci worth for Portuguese tourism? Do they even have any idea?” Because of this, Durão fails to see the logic behind the socialist changes on the table: “Why create an alternative that won’t
work? Why experiment with something so sensitive and proven?”
Gold Visas under scrutiny
Every coin has two sides. If the real estate industry says an atomic bomb that could be devastating for investment in the sector has fallen squarely on its lap, those who argue for an end to these visas would say that the bomb is very well hidden and still hasn’t exploded yet. One of the voices that has been the most determined to put an end to these visas has been the Left Bloc, which yet again proposed changes to the State Budget for 2020 that saw the Gold Visas (VG) eliminated. José Manuel Pureza, Member of the Left Bloc Parliamentary Group, explained that “the Government has included in its proposed State Budget legislative authorization for the revision of the Residence Permit for Investment programme allegedly in order to weaken the relationship between the ARIs and the purchase of real estate and to emphasise other fields of investment, especially investments carried out in sparsely populated areas and the promotion of environmentally sustainable use of space. […] None of this, if passed, will put an end to the fundamental reason why the Bloc is against
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Grande Tema
Foto Photo: Lucian Andrei on Unsplash
16 Grande Tema Lead Story
bility to verify the origins of applicants’ funds, referring this obligation to entities whose legal responsibilities include preventing money laundering. However, most of these entities assume that these responsibilities are not theirs, so stakeholders pass these responsibilities around. At the end of the day, no one has actually made the necessary check, but the visas are still granted.” In April 2018, TI-PT brought legal proceedings against the Ministry of Internal Administration, and the Administrative Court of Lisbon’s decision was favourable to the organisation in that it made the Gold Visa process more transparent, with all information becoming available in the public domain. Despite this, Coroado thinks there may be “an intention on behalf of the Government for the programme to remain opaque, so we’re not holding our breath for a more proactive attitude from now on. Although, now that we’re armed with a court ruling, we’re keeping the Gold Visa programme under close scrutiny.”
Effects across the globe
the permanence of the VG in Portuguese legislation.” In fact, he claims, “given the known (and condemned) relationship between the VGs and money laundering or other forms of complex organised crime, changing the destinations of the investments associated with the VGs does not exclude that reality at all. It will be possible, perhaps, to reduce how much VGs feed into real estate speculation, and this is positive. But an instrument that will appeal to those who want to launder money will remain in force. For the Left Bloc, this is unacceptable, particularly given the recommendations from the community institutions themselves.” This idea is shared by Susana Coroado, Vice President of the Transparency and Integrity Association (TI-PT), who believes that the Gold Visas are “a mechanism that makes it easier for people to enjoy capital and gains they have obtained illegally, be that through corruption, tax evasion, or any of a number of
different kinds of trafficking.” In her opinion, “what is really being sold with the Gold Visas is less of an authorization to reside in Portugal and more of a way to access the Schengen area and free movement to other European countries.” This freedom of movement could “allow terrorists, members of organised crime networks, and other criminals to enter Europe with serious consequences for countries other than that which granted the visa.” TI-PT argues that the risks could be mitigated if appropriate control mechanisms existed with regard to both the origins of the funds invested and the possibility of corruption in granting the visas. “Look, we know that such controls are not in place. The Ministry of Internal Administration (MAI) has already admitted that it has never conducted an impact study nor has the Internal Administration’s General Inspectorate (IGAI) carried out audits of how the visa allocation process is carried out within SEF. Furthermore, SEF refuses any responsi-
During a recent meeting with journalists, Patrícia Beirão, Head of Residential at JLL, said that Portugal is at a “crossroads” and that it has to decide whether it will “continue to offer a favourable investment environment and stability” or, conversely, “make restrictive decisions that will jeopardise the confidence of investors.” What worries Beirão is not the impact the end of the Gold Visas may have on the sector or Portugal’s economy but rather the “image we will have internationally.” To get an idea, Beirão met with her other European peers in London, and, when they sat down at the table together, the first question they asked the Portuguese was “Are the Gold Visas going away?” The way this situation is “echoing outside the country” is precisely what concerns this specialist. She explains, “The worst news is the first you hear about.” During the PS’ Parliamentary Days, which took place in Setúbal, the Prime Minister dedramatized the situation, saying that the idea “is not to end Gold Visas.” He also said that everyone is still “welcome” in our country, but, from now on, whoever wants to obtain a Gold Visa has to channel their investments “where it is necessary.” Controversies aside, has anyone even thought to ask investors whether they want to invest in these regions?
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18 Grande Tema Lead Story
NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2020
PNI 2020
O melhor ainda está para vir The best is yet to come Fechadas as inscrições em Dezembro passado, tínhamos a “caixa do correio” recheada de candidatos que parecia não mais findar. Infelizmente, nem todos puderam chegar à final. Mas os 29 que chegaram prometem dar luta pelos lugares cimeiros do PNI2020 nas categorias de Escritórios, Habitação, Equipamentos Colectivos e Turismo, a par do prémio Reabilitação. Nesta edição lançámos o repto da escolha dos vencedores a novos membros do Júri: Patrícia de Melo e Liz, CEO da Savills Portugal, Hugo Santos Ferreira, vice-presidente Executivo da APPII, Carlos Mineiro Aires, Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Alberto Henriques, analista sénior de Investimentos da Savills, arquitecto Mário Sua Kay e consultor Massimo Forte. Deixámos para o fim o pilar forte deste júri que se manteve: Paulo Silva, Head of Country da Savills. Apesar de termos “sangue novo”, as escolhas do Júri continuam a ser um desafio. O PNI2020 pretende homenagear todos os profissionais envolvidos com o sector imo-
biliário e mostrar os magníficos empreendimentos que são construídos ou reabilitados em Portugal. Mas esta visibilidade só é possível porque, mais uma vez, existem entidades que se associam a esta grande celebração: Savills, o Patrocinador Principal; Santander, o Banco Oficial; Victoria Seguros; JPS Group; Paviana; Broadway Malyan; ERA; e Avila Spaces. Conta ainda com os apoios institucionais da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), Associação dos Mediadores do Imobiliário de Portugal (ASMIP) e Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). A Casa Sapo é o portal oficial e o Diário Imobiliário o media partner. Os vencedores nas várias categorias e o “Empreendimento Melhor do Ano de 2020” vão ser conhecidos na noite da Grande Gala que vai decorrer no dia 5 de Março no belíssimo Vila Galé Sintra Resort Hotel Conference & Spa. When registration for the competition closed back in December, our “mailbox” was burst-
ing with a countless number of applicants. Unfortunately, not all of them could reach the finals. But the 29 that did promise to put up quite the fight for PNI2020’s top awards in the categories of Offices, Housing, Public Amenities, and Tourism, as well as for the Rehabilitation Award. This year, we gave the challenge of selecting the winner to new Jury members: Patrícia de Melo e Liz, CEO of Savills Portugal; Hugo Santos Ferreira, Vice President of APPII; Carlos Mineiro Aires, Chairman of the Order of Engineers; Alberto Henriques, Senior Analyst of Investments for Savills; architect Mário Sua Kay; and consultant Massimo Forte. Paulo Silva, Head of Country for Savills, also returned to the Jury. Although we had “new blood” involved in the selection process, the Jury’s choices continue to be a challenge. PNI2020 will honour all real estate industry professionals and show the magnificent projects being worked on in Portugal. But this visibility is only possible because of entities that continue to contribute to this grand celebration: Savills (Main Sponsor); Santander (Official Bank); Victoria Insurance; JPS Group; Paviana Construction; Broadway Malyan; ERA; and Avila Spaces. This event has also graciously relied on the support of institutions such as the Portuguese Association of Real Estate Investors and Developers (APPII), the Lisbon Owners Association (ALP), the Realtor Association of Portugal (ASMIP), and the Hospitality Association of Portugal (AHP). The event’s official online portal is Casa Sapo, and Diário Imobiliário is its media partner. The projects that have won in each of the various categories and the “Best Project of the Year 2020” will be recognised during MI’s Grand Gala to be held on 5 March 2020 at the gorgeous Vila Galé Sintra Resort Hotel Conference & Spa.
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Escritórios Offices
Beato 1904 Em tempos há muito idos foi um armazém de vinho e azeite. Hoje, depois de uma profunda obra de reabilitação, é o berço de várias start-ups saídas do evento Web Summit. Aqui o velho e o novo juntam-se na perfeição, entre o Convento do Grilo do século XVII e o espaço criativo e tecnológico do Beato Creative Hub, em Lisboa. Garantir a implantação e viabilidade de um programa de serviços diversificado, respeitando as características do edifício através da recuperação e reposição dos principais elementos arquitectónicos, foi o objectivo do projecto de reabilitação. Constituído por um edifício de três andares com duas fachadas, há uma que se destaca pela sua escada industrial de grade de metal que culmina em uma ampla varanda. Mais do que garantir a segurança, permite desfrutar de uma vista em direcção ao rio Tejo. Ocupado por um moderno espaço de coworking, o edifício apresenta-se como um espaço flexível e amigável mas sem perder o seu carácter histórico. In a long bygone era, it was a storehouse for wine and olive oil. Today, after an extensive renovation project, it is the incubator for a number of start-ups that were created during the Web Summit event. Here, the old and the new come together perfectly, right between the 17ᵗʰ-century Convento do Grilo and the Beato Creative Hub in Lisbon. The renovation’s goal was to ensure a viable range of different services was brought to the building while also respecting the building’s characteristics by restoring and repositioning its main architectonic elements. This three-storey building has two façades, one of which stands out thanks to its industrial staircase that leads up to a large balcony. The metal railings and do more than just ensure safety: they enable people to take in views of the Tagus River. Now occupied by a modern co-working space, the building is flexible and friendly – all while retaining its historic character.
Promotor Developer: Privado Construtor Builder: Complai, Construção Arquitecto Architect: Promontorio
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Escritórios Offices
21 36 JUL/AGO 2019
Boavista Office Centre O projecto foi desenvolvido nos anos 60 pelo arquitecto Agostinho Ricca, tendo a construção do conjunto de edifícios sido concluída em 1973. Está implantado numa perpendicular à Avenida da Boavista, no conjunto de edifícios conhecido como “Foco” e que é considerado uma das principais referências da cidade do Porto, harmonizando a arquitectura com os espaços de habitação, de escritórios, comerciais, lazer e áreas públicas verdes. Apesar disso, enquanto a Invicta cresceu, o “Foco” ficou cristalizado no tempo. E foi isso que se pretendeu alcançar com o Boavista Office Center: revitalizar o espaço e recuperar a sua importância passada. O edifício é constituído por um piso em cave para estacionamento automóvel, o piso 0 com átrio de entrada, bar e dois escritórios, seis pisos idênticos integralmente destinados a escritórios e um piso de remate, parcialmente recuado para espaços comuns do condomínio e uma área de escritório. Destaque-se a parede de fundo em todos os átrios de piso que foi revestida a uma argamassa própria para a intervenção artística assinada por Alexandre Farto AKA Vhils com o título “Scratching the Surface”. Work on this project originally began in the 1960s with architect Agostinho Ricca and the construction on this set of buildings was completed in 1973. Indeed, it is located on a street perpendicular to Avenida da Boavista, in the group known as “Foco” (in English, “Focus”) which used to be considered one of the main reference points in the city of Porto, harmonising architecture with the city’s living spaces, offices, shops, entertainment venues, and public green areas. Despite this, as Porto grew, “Foco” became crystallised over time. And that was what the project managers wanted to tackle with the Boavista Office Center: revitalise the space and recover its past importance. The building has a basement level for parking; a ground floor with a lobby, a bar, and two offices; six identical levels entirely dedicated to offices; and a top floor, partially set back to accommodate common areas for the condominium and an office area. The back wall in all floor atria stands out, which was covered with a plaster suitable for Alexandre Farto (aka Vhils)’s artistic work entitled “Scratching the Surface.”
Promotor Developer: Atitlan Real Estate Porto Imóveis, S.A. Construtor Builder: NVE Engenharias Arquitecto Architect: Pedro Guimarães - Barbosa & Guimarães Mediador Real Estate Agent: Predibisa
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Escritórios Offices
SONAE Tech Hub Inserido no Parque de Negócios das Empresas Sonae (PNES), localizado na Maia, o projecto na sua fase inicial destinava-se a ser utilizado por uma empresa da Sonae com a designação de BIT - Business Information Technology. Foi precisamente esse conceito que acabou por vingar neste edifício: a partir da terminologia “BIT”, mas neste caso com significado de “Binary Digit”, assume uma linguagem binária que se exprime nos seus alçados. O programa do edifício divide-se em dois grandes grupos funcionais: as áreas de estacionamento automóvel e as áreas de escritório. Está dotado de espaços de trabalho, uma sala polivalente destinada a auditório informal, sala de reuniões ou formações, áreas sociais, lazer e restaurante, bem como área exterior verde de esplanada, sem faltar um pequeno balneário para ciclistas. O novo edifício no PNES obedece a princípios gerais de sustentabilidade, aliados a uma responsabilidade ambiental e utilização eficiente dos recursos. Aliás, encontra-se, neste momento, na fase final de certificação LEED esperando que possa atingir a classificação máxima “Platinum” . Located at the Sonae Business Park (PNES) in Maia, the project was initially supposed to be used by a Sonae company with the name BIT – Business Information Technology. And it was precisely this concept that ended up winning out in this building: using the “BIT” acronym (but, this time, meaning “Binary Digits”), the building’s design is based on the binary numeral system, and this is conveyed through its various heights. The building itself is divided into two functional areas – car parks and office areas – and features work spaces, a multipurpose room designed to act as an informal auditorium, meeting and training rooms, social areas, a restaurant, a green outdoor terrace area, and even a small shower area for cyclists. This new building at PNES obeys important sustainability principles, championing environmental responsibility and the efficient use of resources. In fact, it is currently in the final stages of being LEED certified, with the hope that it will be given the programme’s highest rating: “Platinum.”
Promotor Developer: SONAE Construtor Builder: Grupo ABB Arquitecto Architect: Pedro Guimarães - Barbosa & Guimarães
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Habitação Housing
Blanc II Com uma localização de excelência no centro da cidade, na Alameda Silva Rocha e Rua General José Domingues Peres, o empreendimento Blanc II disfruta do facto de estar de frente à estação de comboios, de vários serviços e dos canais de água que tanto a caraterizam. A zona tem grande interesse de paisagem citadina. O edifício é composto por seis pisos (r/c + cinco) acima da cota de soleira e por 1 piso abaixo da cota de soleira destinado unicamente a aparcamento. O piso 0 destinado ao sector terciário, com espaços do pequeno escritório à media/grande superfício comercial, potenciados pelo movimento e vida em torno da estação. Os restantes cinco pisos são destinados a habitação com um total de 30 fogos nas tipoogias T1 (10), T2 (10) e T3 (10). O Blanc II não só se caracteriza por uma arquitectura bioclimática mas, também, em termos arquitectónicos, por apresentar um projecto contemporâneo e acabamentos de qualidade superior. Além disso, a sustentabilidade estendeu-se à envolvência do edifício, tendo-se procedido à construção de ciclovias, passeios largos, estacionamento e espaços verdes. With an excellent location at the intersection of Alameda Silva Rocha andRua General José Domingues Peres, Blanc II is close to Aveiro’strain station, lots of services, andthe thecity’s iconic water channels. The area holds a special spot in the city’s landscape. The building has six storeys above ground and one basement level intended solely for parking.The ground level features spaces for the tertiary sectorthat range from small offices to medium/large stores and have been designed to leverage the movement that comes with being close to the station. The remaining five storeys house a total of 30 one-, two-, and three-bedroom apartments (10 of each type). Blanc II boasts architecture that is environmentally friendly and contemporary and also features superior quality finishes. Sustainability was also a primary consideration when designing the building’s surroundings, evidenced by its bicycle paths, wide sidewalks, car park, and green spaces.
Promotor Developer: Civilria Construtor Builder: Civilria Arquitecto Architect: Civilria
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Habitação Housing
25 36 JUL/AGO 2019
Duques de Bragança Premium Apartments Este edifício histórico do século XVI situase na Rua Victor Cordon, em plena zona do Chiado e possui uma vista deslumbrante sobre o rio Tejo. Inicialmente foi propriedade dos Duques de Bragança, depois recebeu o Hotel Bragança e foi ainda morada da Universidade Livre. Hoje, é um espaço residencial de luxo que apresenta um uso misto de habitação com 13 apartamentos nas tipologias T1 a T5+1, com áreas compreendidas entre os 80 e os 502m2, e comércio com duas lojas. Apesar da sua modernidade soube manter intacto o seu carácter. O Duques de Bragança foi erguido na época pré-pombalina pelo que existiu a sensibilidade em preservar os elegantes detalhes arquitectónicos da sua traça original, sobretudo nas fachadas e nos vãos em forma de ogiva. Foi, pois, alvo de um projecto de reabilitação ímpar que permitiu, além de conservar os seus traços ancestrais, criar ambientes interiores contemporâneos de luxo com o máximo de conforto exigido pelos tempos modernos. This 16ᵗʰ-century building is located on Rua Victor Cordon in the heart of Chiado and has a magnificent view of the Tagus River. It initially belonged to the Dukes of Bragança and later housed Hotel Bragança; it was even home to the Free University (Universidade Livre). Today, it is a mixed-use luxury residential space that features two stores and 13 apartments that have one to five bedrooms and are between 80 m² and 502 m². It is a perfect fusion of modernity and historic charm. The Duques de Bragança building was erected in the pre-Pombalina era, so it was decided that its elegant original architectural details, especially on its façades and its ogival arches, would be preserved during the restoration project. This was a renovation project like no other that has allowed not only for the preservation of its heritage but also for the creation of contemporary luxury spaces that can provide the high levels of comfort demanded in modern times.
Promotor Developer: Coporgest Construtor Builder: UDRA Arquitecto Architect: Coporgest
NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2020
Habitação Housing
Essenza Dominado por linhas marcantes e envidraçados com geometrias acentuadas, o Essenza sugere um diálogo harmonioso entre a rigidez dos materiais e as formas orgânicas da paisagem natural circundante que vai desde o Parque da Cidade do Porto até ao Oceano Atlântico. Exclusivamente habitacional, o edifício desenvolve-se em seis pisos acima do solo, sendo o último piso recuado, e dois pisos em cave. As caves albergam espaços técnicos, boxes individuais, arrecadações e, ainda, um espaço reservado para lavagem de veículos e um lugar de estacionamento comum. O programa habitacional é composto por 25 habitações, de tipologias T1 a T6 – com áreas de aproximadamente 140 m2 a 385 m2 – incluindo soluções duplex e triplex. As habitações localizadas ao nível do résdo-chão (que beneficiam de acesso directo à garagem box), do terceiro e quinto andares acedem a terraços particulares voltados para o parque, sendo dotados de piscinas privativas. O arquitecto Manuel Ventura, autor desta obra, afirma que “projectar um edifício para viver sobre o parque foi um enorme estímulo à imaginação”, acreditando que o edifício Essenza “irá permanecer e fundir-se com a memória do lugar e nas de quem nele habitar”. Dominated by striking lines and accentuated shapes, Essenza suggests a harmonious dialogue between the rigidity of the materials and the organic forms of its surrounding natural landscape that goes from Porto City Park to the Atlantic Ocean. This exclusively residential building is six storeys tall (with the top floor slightly smaller than the rest) and also has two levels below ground. The cellars house technical spaces, individual boxes, storage areas, a common car park, and even a space reserved for washing cars. The building’s 25 units have one to six bedrooms (some of which are duplexes and triplexes) and are approximately 140 m² to 385 m² large. The apartments located on the ground level (which benefit from direct access to the garage box) and on the third and fifth floors have private pools and terraces facing the park. Architect Manuel Ventura, who designed this project, says that “designing a building to live in above a park stimulated the imagination greatly.” Ventura also believes that the Essenzabuilding “willbe linked to people’s memory of the park, especially for those who live there.”
Promotor Developer: Desafios Geniais Construtor Builder: Lúcio da Silva Azevedo & Filhos Arquitecto Architect: Ventura + Partners – Arquitecto Manuel Ventura
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A RE/MAX Portugal anunciou que o seu objectivo, até 2023, passa por quatro em cada dez transacções imobiliárias em Portugal tenham a intervenção da rede. Revelou igualmente que atingiu o patamar dos 10 mil profissionais.
Presente em Portugal desde o início do ano 2000, a RE/ MAX Portugal atingiu agora os 10 mil profissionais. O número reflecte a constante evolução no processo de recrutamento que acontece mensalmente, de Norte a Sul. No caso dos consultores imobiliários, tratam-se de empresários em nome individual e já no que diz respeito a agências, estes são franchisados de gestão autónoma. A formação é uma das apostas estratégicas da marca, obrigatória nos dois primeiros anos para os vários consultores imobiliários atingirem a profissionalização. “A RE/MAX elevou o paradigma do consultor imobiliário, que hoje acumula um know-how muito profundo sobre o sector e todas as variáveis da compra, venda e arrendamento de imóveis. Isso é cada vez mais reconhecido pelos novos consultores, que além de uma oportunidade de emprego, destacam também o investimento na sua carreira, através da formação que lhes é prestada. É a soma da excelência profissional de cada profissional RE/MAX Portugal que nos posicionou no mercado imobiliário português, tornando a rede na maior a operar no País e líder na mediação”, destaca Manuel Alvarez, presidente da RE/MAX Portugal. O gestor sublinha ainda que “a formação é indubitavelmente um dos pilares do imobiliário e um contributo claro para o sucesso da marca. O recrutamento aliado à formação tornaram a RE/MAX capaz de dar resposta a todas as necessidades do mercado e à satisfação dos nossos clientes.” Em comunicado, salienta que, sendo a formação um pilar essencial e parte do ADN RE/MAX, torna-se indispensável nos dois primeiros anos para os vários consultores recrutados, por forma a dotá-los de todas as ferramentas necessárias para progressão no mercado. Assim, é exigida aprovação em quatro cursos fundamentais: Iniciação, RE/MAX Technology, Sales Training e Estratégias Avançadas de Venda Imobiliária, que totalizam conjuntamente 81 horas de formação obrigatória. A formação dos profissionais RE/MAX não se esgota por aqui, abrangendo ainda outros temas como o mercado de luxo e as redes sociais, fundamentais neste sector. Só no mês de Novembro a RE/MAX Portugal prestou 602 horas de formação aos seus profissionais, o que demonstra a aposta e o dinamismo nesta área. Numa altura em que o imobiliário em Portugal bate todos os recordes, o que vem de encontro à estratégia actual da rede, ou
seja, reforçar a imagem da RE/MAX e da profissão de consultor imobiliário. “A credibilidade de uma marca e a confiança no consultor imobiliário são dos maiores contributos que a RE/MAX deu ao mercado português, que no início do milénio era regulado por muitas e pequenas agências imobiliárias, com uma atividade amadora, instável e pouco transparente”, realça Manuel Alvarez. Quanto a perspectivas, para 2020 a RE/MAX prevê manter o crescimento nos dois dígitos, sustentado no crescimento que tem obtido nos últimos anos. Independentemente da forte presença que detém actualmente em Portugal “há ainda uma grande margem de evolução e crescimento nos diferentes indicadores de negócio. Um dos objectivos da marca a médio prazo é que, no início de 2023, quatro em cada dez transacções imobiliárias que se realizem no País tenham a intervenção da rede RE/MAX”, afirma o presidente da RE/MAX Portugal.
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Habitação Housing
Liberdade Premium Apartments Contando com a reabilitação de diversos projectos emblemáticos na cidade de Lisboa no seu portfólio, a Coporgest apresenta mais um edifício residencial de luxo: o Liberdade Premiunm Apartments. Com uma localização privilegiada a poucos passos da Avenida da Liberdade, em Lisboa, é constituído por 10 apartamentos de T1 a T4 duplex, com áreas entre os 76m2 e os 227m2, onde se destaca, entre o piso 6 e 7, o T4 duplex com terraço e piscina privativa. Todos os apartamentos dispõem de estacionamento subterrâneo. Está ainda dotado de uma loja. Os apartamentos possuem acabamentos de excelência que obedeceram a uma rigorosa selecção de materiais nobres e equipamentos modernos, resultando numa construção de elevada qualidade, com todo o conforto e a exclusividade de um produto premium. As part of the large number of iconic renovation projects in Lisbon in its portfolio, Coporgest presents yet another luxury residential building: Liberdade Premiunm Apartments. In a prime location just steps from Lisbon’s Avenida da Liberdade, the building is comprised of 10 apartments (one-bedroom flats up to a four-bedroom duplex), ranging in size from 76m²to 227m². The fourbedroom duplex is located on floors 6 and 7 and boasts a terrace and private pool. All apartments have access to the building’s underground car park, and the building even features a store. The apartments have excellent trims and finishings that passed a rigorous selection process that favoured thefinest materials and modern equipment, resulting in a top quality building that can provide all the comfort and exclusivity expected of a premium product. Promotor Developer: Coporgest Construtor Builder: Planirest Arquitecto Architect: Coporgest
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Habitação Housing
29 36 JUL/AGO 2019
Lisboa Wood Lisbon Wood
O nome não engana. Aqui impera a madeira (wood). Quem passa por este edifício na Avenida António Augusto de Aguiar não fica indiferente à sua fachada de madeira e ao impacto que tem em termos visuais. Partiu da reabilitação e ampliação de um prédio da década de 70 e transformouse num espaço habitacional de 15 apartamentos com tipologias T0 a T4 e áreas de lazer, nomeadamente spa, piscina interior, ginásio e jardim exterior. Nesta obra o principal elemento e o mais diferenciador é o alçado que possui um sistema de portadas em formato harmónio que permitem abrir ou encerrar os espaços à incidência solar directa. Se, por um lado, este sistema mostra o lado tecnológico da arquitectura já que é completamente automatizado e controlado pelo sistema de domótica dos apartamentos; por outro, a sua estrutura de alumínio anodizado, topejada por elementos em aço e revestidas a madeira dá um dinamismo visual único à fachada. This building certainly lives up to its name. Here, wood certainly is king (wood). Whoever passes by this building on Avenida António Augusto de Aguiar won’t be indifferent to its wood façade and the visual impact it has. The construction project consisted of renovating and expanding a building built in the 1970s and transforming it into a residential space with 15 apartments that range in size from studio to four-bedroom units. The building also features recreational areas such as a spa, an indoor pool, a gym, and an outdoor garden. The most differentiating aspect of this project is its system of harmoniously louvered wooden slats on the face of the building that can be opened or shut to allow just the right amount of sunlight inside. While this fully automated system (which is controlled by the apartments’ home automation system) demonstrates how technologically advanced the architecture is, the building’s anodised aluminium structure, covered by steel and wood, lend the façade a visually unique character.
Promotor Developer: Kwiba Investimentos Construtor Builder: Casais Arquitecto Architect: Plano Humano Arquitectos – Arquitectos Pedro Ferreira e Helena Vieira Mediador Real Estate Agent: RE/MAX, Consultan e Engel & Völkers
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Habitação Housing
Living Rio Localiza-se numa das principais artérias da cidade de Barcelos e insere-se na Zona Histórica de Barcelinhos. Este empreendimento está dotado de uma loja comercial com 130m2 e 11 habitações nas tipologias T1, T3 e T4, com áreas compreendidas entre os 60m2, 150m2 e os 200m2. Todas as habitações são recuadas, possuindo generosas varandas em todo o seu perímetro que proporcionam uma vivência única e com vista para os edifícios mais históricos da cidade. Surpreende pela sua arquitectura contemporânea e inovadora caracterizada fortemente pelas suas linhas oblíquas e vértices no revestimento das varandas, é singular pela pluralidade dos seus revestimentos exteriores e pelas suas linhas minimalistas, que conferem uma visão dinâmica de movimento dos elementos. Found on one of the main arteries of Barcelos, this development is located in the Historic Area of Barcelinhos. This building features a 130-m² store and 11 one-, three-, and four-bedroom dwellings that are 60 m², 150 m², and 200 m² in size. Each home is recessed and has large balconies all around the perimeter that allow residents a unique living experience with views of the most historic buildings in Barcelos. Its innovative, contemporary architecture is surprising, especially because of the oblique lines and vertices in the balcony linings. It is unique thanks to the plurality of materials used on the outer part of the building and thanks to its minimalist lines, which give it a dynamic profile that make it seem like it’s moving. Promotor Developer: F.M. Magalhães Construtor Builder: F.M Magalhães Engenharia e Construção Arquitecto Architect: Arquitecta Sandra Magalhães Mediador Real Estate Agent: Imoliving Imobiliária
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Habitação Housing
Martins Alho É um pequeno edifício instalado numa pequena rua. Mas muito invulgar. Localizado no centro histórico do Porto está inserido na Área de Reabilitação Urbana, zona classificada como Património Mundial pela UNESCO, em 1996, é composto por seis apartamentos nas tipologias T1, T2 e T2D com terraço e duas lojas com 40 e 40 m2. Inicialmente o edifício apresentava uma forma bastante irregular, tanto ao nível planimétrico como volumétrico, bem como uma diversidade de fachadas e volumetrias, que faziam adivinhar a sucessão de alterações a que o edifício foi sujeito ao longo dos séculos XIX e XX. Foi alvo de uma grande intervenção de recuperação mas a premissa foi a de valorizar o edificado. Assim, mantiveram-se as fachadas originais, recuperaram-se e reproduziram-se todos os elementos de alvenaria de pedra, reboco, azulejaria e serralharia, recuperouse a pedra centenária e conservaram-se os materiais e as cores da história do Martins Alho. Simultaneamente, introduziu-se iluminação e ventilação natural e importantes equipamentos como elevador, painéis solares ou pavimento radiante, de forma a criar uma zona de conforto e bem-estar neste “cantinho” da cidade do Porto. This is a small building on a small street. But it’s anything but typical. Located in Porto’s historic centre, the building is found inside the Urban Restoration Area, a part of the city that has been designated a World Heritage Site by UNESCO since 1996, and is comprised of sixapartments (T1, T2, and T2D with a balcony) and two 40-m² stores. Initially, the building had a rather irregular shape, both in terms of footprint and visuals, and strange number of façades and heights, which made one guess which changes were made when over the course of the 19ᵗʰ and 20ᵗʰ centuries. It was the object of a large renovation project, and the main goal was to keep as much of the original structure. This is why the original façades were kept, all thestone masonry, plastering, tile, and metalworkelements were restored and reproduced,the century-old stone was recuperated, and the materials and colours used throughout Martins Alho’s history were conserved. At the same time, natural ventilation and lighting were introduced, as were important pieces of equipment (e.g., an elevator, solar panels, and under-floor heating) – all in the name of creating a comfortable area that promotes well-being in this “corner” of Porto.
Promotor Developer: Morningserenity Construtor Builder: Ediamarante Arquitecto Architect: Architailors – Arquitectos Carlos Praça e Eduardo Cruz em parceria com o Arquitecto Pedro Leal Mediador Real Estate Agent: HUB – Real Estate Solutions / Carla Carneiro
NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2020
Habitação Housing
33 36 JUL/AGO 2019
Moradias de Santa Escolástica
The Homes of Saint Scholastica As Casas de Santa Escolástica traduzem a construção de um espaço de habitação colectiva na Rua de Santa Escolástica, freguesia da Foz do Douro, no conelho do Porto, e representam um novo modo de vida, assente nos valores primários de conforto e simplicidade. Ao todo são quatro moradias de características unifamiliares, com piso de cave comum para aparcamento. Todas possuem rés-do-chão e dois pisos, logradouro nas partes frontais e posteriores do terreno, terraço no corpo recuado orientado para a foz do Rio Douro, e acesso interno à garagem. As habitações centrais possuem tipologia T4, sendo as restantes do tipo T3. Desenhadas e projectadas para alcançar uma presença harmoniosa na Foz Velha, bem como a sustentabilidade energética e o conforto de quem as habita, ambicionam a transformação de um espaço, o requinte de uma nova perspectiva sobre um território tão emblemático e relevante na cidade do Porto. The Homes of Saint Scholastica, a housing community located on Rua de Santa Escolástica in Porto’s civil parish of Foz do Douro, represent a new way of life whose most basic values include comfort and simplicity. These four single-family homes have a common basement level for parking, as well as a ground floor, two other floors, patios in the front and rear of each of the lots, balconies that face the Douro River delta, internal access to the garage, and either three or four bedrooms. Designed to be a harmonious presence, these homes champion sustainability and the comfort of their residents andhave transformedthis emblematic part of Porto with the refinement of a new perspective.
Promotor Developer: Realtraço Promoção Imobiliária Construtor Builder: Sociedade de Construções Ferreira dos Santos Arquitecto Architect: Rodrigo Brito
NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2020
Habitação Housing
Orpheu XI História, literatura e arquitectura cruzam-se num edifício tipicamente pombalino. Localizado na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa, foi alvo de um processo de reabilitação cuidado, nomeadamente na fachada histórica e na preservação dos elementos mais relevantes no seu interior. Com 10 apartamentos, com áreas entre os 110 m2 e os 370 m2 e tipologias de Loft a T3, providos de estacionamento, as suas fundações preservam parte da Muralha Fernandina. Mas a sua História não se fica por aqui. No século XIX todo o conjunto arquitectónico fazia parte do Palácio do Marquês de Valença e em 1870 parte do edifício passou a ser a sede da cervejaria Jansen. Inspirados, alguns dos maiores vultos da vida literária nacional encontraram-se para lançar as bases do movimento modernista português e foi aqui, em 1914, que começaram as reuniões que iriam lançar as sementes da inovadora revista Orpheu, que editou apenas três efémeros mas gloriosos e exclusivos números. As amplas varandas e terraços permitem contemplar esta e outras histórias, além de uma paisagem que vai desde a Ponte 25 de Abril até ao Cristo Rei. History, literature, and architecture come together in this building that exudes traditional Pombaline character. Located on Rua António Maria Cardoso in Lisbon, the building was carefully renovated, with particular attention paid to its historic façade and in the preservation of important elements inside. Orpheu XI features 10 apartments ranging in size from 110 m² to 370 m² (with styles going from lofts to three-bedroom units), each of which has access to parking, and its foundations preserve part of Lisbon’s historically significant Fernandine Walls. But its history doesn’t stop there. In the 19ᵗʰ century, the entire architectural ensemble was part of the Palace of the Marquis of Valença, and, in 1870, part of the building became the headquarters of the Jansen brewery. Some of the greatest figures in Portugal’s literary history became inspired and met here to lay the foundations of the Portuguese modernist movement. It was also here that, in 1914, they began to hold meetings that would lead to the publication of the innovative Orpheu magazine, which released only three ephemeral but glorious and exclusive editions. Its large verandas and terraces allow residents to contemplate this history while also enjoying sweeping views of the 25th of April Bridge and the Christ the King statue.
Promotor Developer: AVENUE Real Estate Construtor Builder: Paviana Contruções Arquitecto Architect: FVA – Arquitecto Frederico Valsassina
The most awarded workspace in Portugal.
Offices | Premium Coworking | Virtual Offices Republica, 6, 1ยบ - Lisboa
NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2020
Habitação Housing
Port Hillside Residence A localização não poderia ser a melhor e a mais bonita: na zona ribeirinha do Douro e a paredes meias com as caves de vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia. O Port Hillside Residences situa-se numa zona tranquila, no centro de Gaia, dispõe de excelentes acessos, estando a 10 minutos a pé da zona ribeirinha e da ponte Dom Luís. É um empreendimento vocacionado para o mercado de luxo constituído por três lotes, sendo que cada edifício tem cinco pisos acima do solo e dois de estacionamento. Com um total de 65 fracções, nas tipologias de T2 (24), T3 (35) e T4 (seis), possui espaços de garagem e arrumo. Todo o empreendimento está orientado a Nascente-Poente com o objectivo de aproveitar a luz solar. Está dotado ainda de um circuito de jogging com cerca de 220 metros, um campo de paddle, um kids playground, uma sala de condomínio com zona para festas e embasamento natural com jardim. Toda a união entre arquitectura contemporânea, topografia do local e arranjo paisagístico transformou este condomínio fechado num local muito agradável e apetecível para residir. Its location couldn’t be better or any more beautiful: on the banks of the Douro River and right next door to the Port wine cellars in Vila Nova de Gaia. The Port Hillside Residences are situated in a quiet area in the heart of Gaia and yet also have easy access to everything: the riverside area and the Dom Luís bridge are only a 10-minute walk away. The development has been designed for the luxury market and is composed of three buildings, each of which is five-storeys tall and has two levels of underground parking. With a total of 65 apartments, its 24 two-bedroom units, 35 three-bedroom units, and 6 fourbedroom units all have garage and storage spaces. The entire development has an EastWest orientation so as to make the most use of the sun’s rays. It also features an approximately 220-m jogging circuit, a paddleball court, a kids’ playground, a common room with a party area, and a garden area. The union of the development’s contemporary architecture, the site’s topography, and its landscaping have transformed this exclusive community into a very pleasant and desirable place to live.
Promotor Developer: MTC - Investimentos Imobiliários Construtor Builder: Arliz - Grupo Construções Europa Ar-Lindo Arquitecto Architect: Paulo Lousinha - Lousinha Arquitetos Mediador Real Estate Agent: Living Senses - Sociedade de Mediação Imobiliária
NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2020
Habitação Housing
37 36 JUL/AGO 2019
The Boulevard – Lisbon Apartments A localização não poderia ser mais privilegiada e central: na Praça dos Restauradores, entre o antigo Cinema Éden e o Hotel Avenida Palace, em Lisboa. Trata-se de um edifício repleto de história que foi alvo de uma enorme obra de renovação mas onde se manteve a fachada original, assim como diversos elementos estruturais e decorativos ao gosto e estilo do início do século XX. Com sete andares acima do solo e dois andares no subsolo, possui 46 apartamentos T1 e 12 T2 de luxo e cheios de charme, com áreas entre os 43 m2 e os 105 m2, ao que se juntam seis espaços comerciais. Está vocacionado para o turismo, disponibilizando um conjunto de serviços integrados ao nível da categoria de um hotel de cinco estrelas. The Boulevard caracteriza-se, assim, entre o requinte e o charme do passado com a sofisticação e conforto da contemporaneidade, aos quais se alia a hospitalidade e o serviço de excepção. It couldn’t be in a more central, prime location: right on Lisbon’s Restauradores Square, between the old Éden Cinema and the Avenida Palace Hotel. The building has a great deal of history inside it and was the object of an enormous renovation project that saw it retain its original façade as well as a number of structural and decorative elements designed according to the tastes and style of the early 20th century. With seven storeys above ground and two floors below, the building is home to luxurious apartments that are full of charm, 46 of which are one-bedroom units while another 12 units have two bedrooms. The apartments range in area from 43 m² to 105 m², and six commercial spaces are also part of the building. It is dedicated to tourism, offering a set of integrated services that are on par with a five-star hotel. The Boulevard thus boasts the perfect mixture of the timeless values of hospitality and exceptional service, the refinement and charm of yesteryear, and the sophistication and comfort of today.
Promotor Developer: AM48 Construtor Builder: MOTA-ENGIL Arquitecto Architect: VÃO Associados
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Habitação Housing
The Cordon No Chiado, em pleno bairro das artes, rodeado pela Companhia Nacional de Bailado, pela Faculdade de Belas-Artes, por museus, galerias e teatros, situa-se o The Cordon. Neste edifício pombalino do século XVIII foi preservada a fachada e os principais elementos de arquitectura, nomeadamente as cantarias, a cobertura em telha, a azulejaria e um piso com pinturas de época. Dotado de sete pisos, os 12 apartamentos distribuem-se por tipologias que vão desde o Loft até T4 Duplex e áreas entre 60m2 a 225m2. A escolha criteriosa dos materiais diferencia este edifício, desde os acabamentos exclusivos nos pavimentos em madeira aplicada em espinha às cozinhas funcionais e totalmente equipadas com ligação aos espaços de refeição, além dos diversos pormenores que conferem um prestígio único ao The Cordon. A riqueza e singularidade dos padrões pombalinos contrastam com os sóbrios espaços interiores, recriando uma interessante dinâmica entre ambientes. Espaço, conforto, vista sobre o Rio Tejo e a luz caracterizam este empreendimento de luxo. In the heart of the Chiado arts district surrounded by the National Ballet Company of Portugal, the Faculty of Fine Arts, museums, galleries, and theatres sits The Cordon. Built during the 18ᵗʰ century in typical Pombaline style, its façade and main architectural elements have been preserved, with particular care paid to its stonework, traditional ceramic tile roof, decorative tiles, and a floor with period paintings. The building’s 12 apartments are distributed among seven storeys and come in a wide range of sizes – from loft to four-bedroom duplex – and areas (60 m² to 225 m²). The rigorous selection of materials sets this building apart, from its exclusive finishes on its wooden floors which have been laid in a herringbone pattern to functional kitchens that are fully equipped and connect to the units’ dining spaces. These and many other thoughtful details give The Cordon an exclusive prestige. The richness and uniqueness of its Pombaline patterns contrast with the sober interior spaces, creating an interesting dynamic among the environments. Space, comfort, views over the Tagus River, and light are the cornerstones of this luxury development.
Promotor Developer: AVENUE Real Estate Construtor Builder: TECNIARTE – Projectos e Construções Arquitecto Architect: Ana Costa
Parques Empresariais
Lisboa
Na margem esquerda do rio Tejo, 3 territórios com 900 Hectares conjugam dois Parques Empresariais e o melhor projeto imobiliário na Área Metropolitana de Lisboa – Cidade da Água On the left bank of the Tagus River, 3 territories with 900 Hectares combine two Business Parks and the best Lisbon’s real estate project.
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Habitação Housing
Townhouse 313 - Lisbon Green Valley O Belas Clube de Campo está inserido no novo Parque Florestal da Serra da Carregueira com mais de 1000 hectares. Este projecto entrou numa nova fase - o Lisbon Green Valley - que é composta por apartamentos, townhouses, moradias em banda e lotes para construção de moradias, num total de 366 unidades. Da autoria do arquitecto Eduardo Capinha Lopes e com um design contemporâneo, a townhouse para habitação unifamiliar V3 insere-se no lote 313 e é composta por três pisos, dois acima da cota de soleira e um abaixo da cota de soleira. Com acabamentos de excelência e áreas exteriores e de lazer ajardinadas com piscina, a townhouse é uma casa “ecosmart” com sistema de domótica evolutiva que permite o controlo das funções principais em dispositivos móveis e é uma casa altamente eficiente do ponto de vista energético (C.E. máxima: A+). No seu conjunto, estas casas foram consideradas pelo Sistema LiderA como as casas mais sustentáveis de Portugal. A townhouse 313 apresenta um design contemporâneo e uma sofisticação arquitectónica ímpar que se funde nos amplos espaços verdes. The Belas Country Club is located in the new Serra da Carregueira Forrest Park with more than 1,000 hectares. This project’s new phase, dubbed Lisbon Green Valley, is composed of apartments, townhouses, and lots where new homes can be built, with a total of 366 units. Given a contemporary design by architect Eduardo Capinha Lopes, the single-family V3 townhouse is found on lot 313 and is composed of three levels, two above the threshold level and one below the threshold level. With excellent finishings, outdoor leisure areas, gardens, and a pool, this townhouse is an “eco-smart” home with a state-of-theart home automation system that allows occupants to control its main functions via their mobile devices, and, with a maximum energy certification of A+, it is a highly energy efficient house. As a whole, these homes have been named Portugal’s most sustainable homes by the LiderA System. Townhouse 313 features a contemporary design and an unrivalled architectural sophistication that engages perfectly with its large,green surroundings.
Promotor Developer: Colonade Construtor Builder: Casais Arquitecto Architect: Eduardo Capinha Lopes - Capinha Lopes Consulting Mediador Real Estate Agent: Invesplano
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Equipamentos colectivos Public amenities
Mercado Municipal de Albergaria-a-Velha
Albergaria-a-Velha Market Square “A Praça” como todos lhe chamam na região de Albergaria-a-Velha era uma obra de requalificação e ampliação há muito acalentada pela população local. O “velhinho” mercado foi projectado em 1958 pela mão do arquitecto Jorge Gigante, muito embora só tenha aberto portas em 1972. Depois de tantas trocas de frutas, vegetais, peixe, azeitonas ou tremoços era tempo de ser modernizado sem, no entanto, perder o seu traçado original e o seu valor cultural. Hoje, o Mercado conta com 46 espaços de venda e trouxe uma nova centralidade à cidade graças aos dois espaços de restauração, um estabelecimento de bebidas, quatro lojas de comércio e serviços, nove bancas com abertura para a praça central, espaço de alimentação, área infantil e um gabinete de atendimento. O lazer e a cultura fazem também parte da identidade deste novo espaço onde se promovem diversos eventos culturais e lúdicos. O edifício passou igualmente a promover uma performance energética optimizada com investimento em soluções passivas, uma melhoria do conforto bioclimático com cool roof, ajustamento de equipamentos colectores às necessidades de auto-suficiência funcional, aproveitamento das águas pluviais e energia solar térmica. “The Square,” as everyone in and around Albergaria-a-Velha calls it, entailed renovating and expanding a space that locals have long cherished. The quaint, old market was designed in 1958 by architect Jorge Gigante but only opened its doors in 1972. After years of facilitating the exchange of countless fruits, vegetables, fish, olives, and lupini beans, the time had come for the market to be modernised – without compromising its original design or the high regard that locals held it in. Today, the Market boasts 46 sales booths and has made the city the centre of attention in the region again thanks to its two dining areas, a beverage establishment, four stores, nine stalls opening onto the central square, children’s area, and an customer service office. Culture and entertainment are also a part of the identity of this new space where various cultural and recreational events are held. The building has even optimised its energy consumption, with investments made in passive solutions, improved climatic comfort with a cool roof, the use of rainwater, and solar thermal energy.
Promotor Developer: Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha Construtor Builder: TPS Arquitecto Architect: Luís Tavares Pereira
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Equipamentos colectivos Public amenities
Milestone – Porto Asprela Numa cidade onde imperam os estudantes universitários, este edifício vem dar resposta à procura, cada vez maior, por todos aqueles que escolhem o Porto para estudar e viver. O Milestone – Porto Asprela tem uma arquitectura contemporânea, onde se destacam as grandes janelas e os espaços interiores acolhedores. Foi pensado para garantir, por um lado, o ambiente tranquilo para que os alunos se foquem nos estudos e, por outro, momentos mais descontraídos que podem ser desfrutados nos terraços, no ginásio e em áreas comuns. O empreendimento possui 220 quartos individuais com uma pequena cozinha e uma casa-de-banho privativa e todos estão totalmente mobilados e equipados. O objectivo é promover o máximo de conforto sem necessidade de grandes deslocações. Com efeito, do Milestone – Porto Asprela aos principais espaços de ensino superior da Invicta é um pulinho. Além de estar também a uma curta distância da estação de metro e de outros transportes públicos, bem como tem fácil acesso à Via de Cintura Interna. Este edifício teve uma abordagem integrada para a construção “verde” e potencia um estilo de vida sustentável aos seus “inquilinos”. In a city where university students rule, this building comes as a response to the ever growing amount of demand from those who choose to study and live in Porto. Milestone – Porto Asprela’s architecture is contemporary that favours large windows and cosy interior spaces. It was designed to give students both a peaceful environment where they can focus on their studies and areas for more relaxed activities that they can enjoy on the terraces, in the gym, or in the common areas. The development features 220 individual rooms with a small kitchen and a private bathroom, and all are fully furnished and equipped. Its aim is to provide maximum comfort for students without the need for long trips. Indeed, from Milestone – Porto Asprela to Porto’s main institutions of higher education is just a hop, skip, and a jump. A metro station and other public transport are also a short distance away, and Porto’s Inner Beltway (IC23) is easily accessible. This building integrated “green” construction into its design, allowing its “tenants” to maintain a sustainable lifestyle.
Promotor Developer: Value One Construtor Builder: Garcia Garcia Arquitecto Architect: Sandra Maria Machado Ferreira Garcia Mediador Real Estate Agent: Predibisa
43 36 JUL/AGO 2019
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Equipamentos colectivos Public amenities
Super Bock Arena / Pavilhão Rosa Mota
Super Bock Arena / Rosa Mota Pavilion Palácio de Cristal, Pavilhão Rosa Mota, Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota. Independentemente do nome que lhe chamemos, o que importa é que neste espaço emblemático, de autoria do arquitecto José Carlos Loureiro e engenheiro António Soares, rompeu-se com o abandono e degradação a que foi votado durante anos, recuperou-se e devolveu-se um ícone à cidade do Porto. Da extraordinária obra de arquitectura e engenharia resultou um edifício moderno e tecnológico preparado para receber até oito mil pessoas em eventos culturais, desportivos e empresariais. Integra um Auditório com capacidade para 500 lugares, salas polivalentes com aproximadamente 100 lugares e foyer com cerca de 600m2, localizados no piso -1. No piso 0 encontra-se a Arena com zona de bares e dois espaços: até 2316m2 e 6500 pessoas em plateia de pé; e até 2026 pessoas com bancada rebatível/ móvel. No piso 1 encontra-se o acesso à bancada fixa piso 1 e às bancadas retrácteis; no piso 2 está a bancada fixa piso 1 com 1351 lugares e os camarotes piso 2 com 304 lugares; no piso 3 está a bancada fixa piso 3 com 920 lugares e lounge. A isto acresce ainda os exuberantes jardins rematados na falésia sobre o Douro. Located at the Sonae Business Park (PNES) in Maia, the project was initially supposed to be used by a Sonae company with the name BIT – Business Information Technology. And it was precisely this concept that ended up winning out in this building: using the “BIT” acronym (but, this time, meaning “Binary Digits”), the building’s design is based on the binary numeral system, and this is conveyed through its various heights. The building itself is divided into two functional areas – car parks and office areas – and features work spaces, a multipurpose room designed to act as an informal auditorium, meeting and training rooms, social areas, a restaurant, a green outdoor terrace area, and even a small shower area for cyclists. This new building at PNES obeys important sustainability principles, championing environmental responsibility and the efficient use of resources. In fact, it is currently in the final stages of being LEED certified, with the hope that it will be given the programme’s highest rating: “Platinum.”
Promotor Developer: Círculo de Cristal Construtor Builder: Lúcio da Silva Azevedo e Filhos Arquitecto Architect: Ferreira de Almeida Arquitectos
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Equipamentos colectivos Public amenities
Unidade de Saúde Familiar de Vilar de Andorinho A Unidade de Saúde Dr. Gomes da Silva, localizada em Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, abriu portas no dia 1 de Outubro de 2018. Mas a obra ainda não estava concluída. Foi igualmente instalada uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, bem como a Unidade de Saúde Familiar – USF Vilar Saúde. De acordo com o gabinete de arquitectura Architailors, a unidade de saúde desenvolvese em dois volumes sobrepostos, que se entrelaçam em torno de um pátio central rectangular, criado para iluminar naturalmente as zonas de espera principais e parte das circulações internas. Esta volumetria integrase em harmonia com a envolvente directa, composta quase exclusivamente por moradias unifamiliares isoladas ou geminadas de dois pisos de cércea. O conceito incrementado no edifício pretendeu explorar o conceito “forças opostas”, projectando o edifício como um volume branco, estável e fechado, em contra-posição a um elemento negro que o protege e em simultâneo o subtrai, criando janelas, portas e entrada principal, abrindo-o desta forma à envolvente. O Centro de Saúde de Soares dos Reis fica, assim, completo com o objectivo de proporcionar cuidados de saúde de maior proximidade. The Dr. Gomes da Silva Health Centre, located in Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, opened its doors on 1 October 2018. But work on the building hadn’t yet finished. A Personalised Health Care Unit was also set up, as well as a Family Health Centre – USF Vilar Health. According to architecture firm Architailors, the health centre is formed out of two overlapping blocks that intertwine around a central rectangular courtyard, created to illuminatethe main waiting rooms and parts of the internal hallways with natural light. Its shapes integrate harmoniously with its surroundings, composed almost exclusively of two-floordetached or semi-detached homes. The building’s design intended to explore the concept of “opposing forces.”The building itself is white, stable, andclosedbut is counter-posed against a black element that protects it and at the same time subtracts from it, creating windows, doors and the main entrance, thus opening it to its surroundings. The Soares dos Reis Health Centre is now complete and can fully act on its mission to provide the best health care possible to those nearby.
Promotor Developer: ARSN – Administração Regional de Saúde do Norte, I.P Construtor Builder: Construções Ezequiel Arquitecto Architect: Architailors - Arquitectos Carlos Praça e Eduardo Cruz
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Turismo Tourism
47 36 JUL/AGO 2019
Alamos Retreat Wellness & Yoga Boutique Hotel O Alamos Retreat apresenta-se como um pequeno resort Boho Eco-Chic, localizado em Guia, Albufeira. Mas as experiências e a atmosfera que proporcionam em nada são de pequenas dimensões. O branco, a madeira e o bambu da arquitectura remetem os seus hóspedes para a tranquilidade das novas e mais saudáveis experiências. Aqui todas escolhas são sustentáveis, integradas e orgânicas, basta referir que as roupas utilizadas nesta unidade hoteleira são 100% algodão. A prática do ioga e da meditação estão no topo a lista mas as actividades oferecias não se ficam por aqui proporcionando diferentes programas de bem-estar que podem ir desde uma corrida a uma massagem, um programa sumos detox a uma tour de alimentos e cultura até ao sky dive. Direccionado exclusivamente a adultos, aqui reina o silêncio e a harmonia com o meio ambiente, por isso mesmo, este é um hotel onde as bebidas alcoólicas e o tabaco não entram e onde as festas não são permitidas. Lourenço e Luísa são os proprietários que acreditam que “o segredo mais bem guardado para a felicidade e a saúde é a compaixão”. The Alamos Retreat is a small Boho Eco-Chic resort located in Guia, Albufeira. But the experiences and atmosphere they provide there are anything but small. The white, the wood, and the bamboo used throughout the hotel’s architecture help transport its guests to a place of tranquillity where they can have new, healthier experiences. Every choice here favours the sustainable and the organic, down to the 100% cotton linens used throughout the hotel. Yoga and meditation top the list of activities here, but, with wellness programmes that rang from jogs, massages, and detox juice cleanses to culture and food tours and even skydiving, there’s also so much more. Open exclusively to adults only, silence and harmony reign supreme here along with the environment, which is why this is a hotel where alcoholic beverage, tobacco, and parties are not allowed. Owners Lourenço and Luísa believe “the best kept secret for health and happiness is compassion.”
Promotor Developer: Lourenço Ribeiro Construtor Builder: Fernando Ribeiro Arquitecto Architect: Lark Group
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Turismo Tourism
Avenida 60 Na cidade de Aveiro, o Avenida 60 foi reabilitado para fins turísticos beneficiando de uma localização única entre a Avenida Dr. Lourenço Peixinho, o canal da Ria e o Centro Comercial. Com 40 apartamentos turísticos e uma loja de 400 m2 ocupada com uma flagshipstore da Vista Alegre, é gerido pela INN Apartments, empresa especializada em exploração turística e corporate housing que faz parte do grupo que Civilria. Há muito que se encontrava devoluto, pelo que a arquitectura e as soluções construtivas utilizadas conferiram um elevado desempenho energético e acústico, a decoração sofisticada valorizou o conforto dos espaços interiores e a madeira introduzida na fachada imprimiu um carácter convidativo e de bem-estar. A requalificação deste imóvel contribuiu não só para a reabilitação do Avenida 60 como também para a dinamização de todo o espaço urbano envolvente de uma das zonas mais procuradas da cidade apelidada de “Veneza portuguesa”. Found in the city of Aveiro, Avenida 60 was a restoration project designed for tourism-related purposes and take advantage of its unique location on Avenida Dr. Lourenço Peixinho near the Ria canal and the Forum Aveiro shopping mall. With 40 short-stay apartments and a 400-m² flagshipVista Alegrestore, the apartments are managed by INN Apartments, a Civilria company that specialises in tourism and corporate housing. The building had long sat vacant, so it was decided that the architecture and construction solutions used were to maximise its acoustic and energy performance. Sophisticated décor prizes comfort in the interior spaces, and the wood used on the façade has given the building an inviting character. Renovating this property has not only contributed to the rejuvenation of Avenida 60 but has also given life to the entire area of one of the most sought-after parts of the city duly dubbed the “Portuguese Venice.”
Promotor Developer: Civilria Construtor Builder: Civilria Arquitecto Architect: Civilria
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Turismo Tourism
49 36 JUL/AGO 2019
Exmo Hotel A história deste “excelentíssimo hotel” de quatro estrelas, erguido no Porto, remonta ao século XIV. Ao longo dos anos foi evoluindo e adquirindo novos elementos - desde um arco que remontará à edificação original, uma escada oitocentista, uma fachada neoclássica a uma escada modernista introduzida no século XX pela dupla Carlos Loureiro e Pádua Ramos –, bem como diferentes usos - escritórios de despachantes, firmas de seguros, armazém e banco. O fio condutor no Exmo Hotel foi acrescentar elementos sem comprometer a presença das várias camadas históricas e fazê-lo de forma a garantir a reversibilidade da intervenção. As alterações prenderam-se essencialmente com as divisões interiores, com a organização do espaço e com as condições de conforto, adaptando-o à função hoteleira. Desta operação resultou uma unidade hoteleira com 17 suites e quartos com áreas que variam entre 16,70m2 e os 30,16m2. O Exmo Hotel pretende que os seus hóspedes se sintam em casa, recebendo-os não apenas para pedir emprestado um livro da biblioteca da sala de estar, como também pegar uma fatia de bolo caseiro no Exmo. Bar e integrar-se na vibrante cultura do distrito do Porto. The history of this “most excellent 4-star hotel”located in Porto spans back to the 14ᵗʰ century, while the name is a play on the Portuguese word “excelentíssimo” (meaning “most excellent” in English and often abbreviated to “exmo” in writing). The building has evolved throughout the years and acquired both new elements, from an arch that will support the original structure, a19ᵗʰ-century staircase, and a neoclassical façadeto a modernist staircase introduced in the 20ᵗʰ century by the duo Carlos Loureiro and Pádua Ramos, and new uses (e.g., offices for dispatchers and insurance companies, a warehouse, and a bank). The principle that guided the work at the Exmo Hotel consisted of adding elements without compromising the presence of its various historical layers and doing so in a way that would allow the intervention to be reversed. The changes mademostly deal with interior divisions, how the space was organised, and comfort, adapting it to its function as a hotel. This project yielded a hotel with 17 suites and rooms with areas that range from 16.70 m² to 30.16 m². Exmo Hotel wants its guests to feel at home, welcoming them to not only to borrow a book from the living room library but to also enjoy a slice of homemade cakefrom the Exmo Bar soak in the vibrant culture of the city of Porto.
Promotor Developer: Tea and Tea Construtor Builder: Lúcios Engenharia e Construção Arquitecto Architect: Floret Arquitectura
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Turismo Tourism
Hotel da Barrosinha O hotel de quatro estrelas inspira-se na história da Herdade da Barrosinha, localizada em Alcácer do Sal e ladeada pelo Rio Sado. Possui 35 quartos standard, duas suites, três casas/villas T1 (com capacidade base para duas pessoas) e três casas/villas T2 (com capacidade base para quatro pessoas), além de piscina exterior para adultos e crianças, restaurante, bar hotel e bar piscina (sazonal), adega, taberna, loja de vinhos, ginásio, sala de reuniões com luz natural, salão de estar, salão adaptado para eventos e reuniões com luz natural, parque de estacionamento privado e exterior gratuito. Aqui a oferta de actividades e serviços passa pela provas de vinhos, visita à adega e vinha, passeios pedestres, observação de espécies cinegéticas, passeios de bicicleta, de barco e a cavalo, zonas específicas para piqueniques, bird watching, actividades de desporto e aventura, bem como actividades de team building. Aqui partilha-se, história, cultura e natureza. Located in Alcácer do Sal and flanked by the Sado River, this four-star hotel drew its inspiration from the Barrosinha Estate’s history. It features 35 standard rooms, two suites, three one-room villas (capable of hosting up to two people), three two-room villas (capable of hosting up to four people), an outdoor pool for adults and children, a restaurant, a hotel bar, a poolside bar(seasonal), a wine cellar, a taproom, a wine store, a gym, a meeting room with natural light, a lounge, a ballroom that can host events and meetings and receives abundant natural light, and a free privateexterior parking lot. Activities and services offered here include wine tastings, cellar and vineyard tours, hiking, game watching, rides on the hotel’s bicycles, boat, or horses, picnics, bird watching, and adventure, sporting, and team-building activities. Here, history, culture, and nature are all shared.
Promotor Developer: Companhia Agrícola da Barrosinha Construtor Builder: Casais Arquitecto Architect: Pedro Ferreira Pinto - Arquisoma
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Turismo Tourism
51 36 JUL/AGO 2019
My Story Hotel Figueira Este é o primeiro hotel de quatro estrelas do Grupo MSH, é feito de histórias e insere-se na zona histórica de Lisboa, num emblemático edifício da Praça da Figueira que foi reabilitado sem, no entanto, perder a sua identidade. A decoração foi, aliás, inspirada na própria praça que está patente nas cores e nos detalhes que trazem a memória de outros tempos, sobretudo do antigo mercado de frutas e legumes que ali existiu. Com 80 quartos, divididos nas tipologias de duplo e individual, são o refúgio tranquilo depois da visita às cosmopolitas ruas da capital. Incluí ainda o descontraído e o sofisticado restaurante “La Squadra” com curadoria do Chef Augusto Gemelli. Aqui são seleccionados os melhores ingredientes frescos - como burrata, presunto de parma ou parmigiano regiano – e produz-se massa fresca caseira, pão e outros produtos de padaria, sempre com receitas fiéis à tradição da gastronomia do Norte a Sul da Itália. Located in an iconic renovated building on Lisbon’s historicPraça da Figueira that hasn’t lost its charm,this is theMSH Group’s first fourstar hotel, and it’s full of stories. The décor, in fact, was inspired by the very square it sits upon. This is evident in the colours and details, which evoke memories of bygone eras, especially of the old fruit and vegetable market that once stood there. The hotel’s 80 rooms, divided among doubles and singles, are a quiet refuge after visiting the cosmopolitan streets of the Portuguese capital. It also features the relaxed and sophistaced restaurant “La Squadra,” curated by Chef Augusto Gemelli. Only the best fresh ingredients are used here (burrata, Parma ham, and Parmesan cheese, for example), as are fresh, homemade pasta, bread, and other bakery products, always made in accordance with recipes that are faithful to culinary traditions from all over Italy.
Promotor Developer: My Story Hotels Construtor Builder: Sonangil Arquitecto Architect: João Pedras - MetroUrbe
NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2020
Turismo Tourism
Palácio da Anunciada O hotel de cinco estrelas surge na Rua das Portas de Santo Antão na proximidade da Avenida da Liberdade e da Praça dos Restauradores, em Lisboa. Datado de 1533 soube conservar a imponência do século XVI. Conta com 83 quartos que incluem peças de cerâmica originais, pintadas à mão e criadas exclusivamente para o hotel. Dois dos salões nobres do palácio inserem o restaurante Condes de Ericeira, com uma cozinha portuguesa com influência mediterrânica, e o elegante balcão circular do Jardim Wine Bar. Ambos recuperaram a decoração original, incluindo o tecto artesoado com frescos pintados à mão e amplas janelas. Já o Boémio Lounge albergou outrora as cavalariças, lojas e oficinas da Rua das Portas de Santo Antão mas manteve o tecto de madeira suportado por robustos pilares de ferro forjado e sólidas paredes de pedra originais. O Despacio Spa at The One oferece uma “experience pool” aquecida e com luz natural, sauna finlandesa e duche sensorial com cromoterapia, ginásio, serviço de massagens, tratamentos faciais e corporais e zona de relaxamento. Dispõe ainda de uma sala de reuniões, quatro salas para eventos e 2500 metros quadrados de jardins. This five-star hotel is located on Rua das Portas de Santo Antão close to Avenida da Liberdade and Restauradores Square in Lisbon. Built in 1533,those working on the project thought well of conserving its 16ᵗʰ-century grandeur.It has 83 rooms that feature original, hand-painted ceramic pieces that were created exclusively for thehotel. Two of the palace’s grand ballrooms play host to the Condes de Ericeira restaurant (which serves Portuguese cuisine with a Mediterranean influence) and the circular counter of the elegantJardim Wine Bar. Both saw the original decorations in the room recuperated, including their coffered ceilings with hand-painted frescos and large windows. The Boémio Loungeused to house stables, shops, and workshops on Rua das Portas de Santo Antão but kept the wooden ceiling supported by robust wrought iron pillars and solid original stone walls. The Despacio Spa at The One offers a heated “experience pool”with natural light, a Finnish sauna, a sensory shower with chromotherapy, a gym, massage services, facial and body treatments, and a relaxation zone. The hotel also features a conference room,four event rooms, and 2500 m² of gardens.
Promotor Developer: The One Hotels Construtor Builder: UDRA Arquitecto Architect: Fragmentos
A data limite para as inscrições da EXPO REAL 2020 é 20 de Março. Veja contactos dos representantes da feira em Portugal: www.mundifeiras.pt/contactos
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Turismo Tourism
Pestana Tróia Eco Resort É em Tróia, entre a Arrábida, o Sado e o Atlântico, em plena Reserva Natural do Estuário do Sado e Reserva Botânica das Dunas de Tróia, que foram aproveitados 100 hectares para dar vida a um projecto sustentável com a menor densidade de construção de toda a Costa Alentejana. O Pestana Tróia Eco Resort visa respeitar o habitat natural dos animais e conservar as importantes espécies existentes, minimizando o impacto ambiental e incentivando à racionalização de recursos. É composto por mais de 180 unidades de alojamento turístico que foram concebidas de forma ecológica. As villas estão distribuídas por diferentes tipologias, algumas das quais com piscina privada, decks mobilados e bicicletas. Inclui igualmente SPA, campos de ténis, paddle e polidesportivo, além de espaços verdes que convidam a um passeio de fim de tarde, fazer desporto, brincar com os filhos ou simplesmente desfrutar da natureza envolvente. Existe ainda na proximidade um campo de golfe com condições especiais para os hóspedes deste eco resort. Sem esquecer o acesso a dois quilómetros de praia virgem. Near Tróia, between Arrábida, Sado, and the Atlantic, in the middle of the Sado Estuary Natural Park and the Tróia Dunes Botanical Reserve, 100 hectares were used to give life to a sustainable project with the lowest construction density on the entire Alentejo Coast. ThePestanaTróia Eco Resort seeks to respect the natural habitat of wildlife and conserve important species, minimising its environmental impact andencouraging the thoughtful use of resources. The resort is composed of more than 180 units that were designed with the environment in mind. The villas come in different sizes, and some even have private pools, furnished decks, and bicycles. It also features a spa, tennis courts, paddleball courts, other multi-sport fields, and green spacesthat beckon guests for an evening stroll, a sports game, some fun with the children, or simply to enjoy the surrounding natural environment. There’s even a golf course nearby with special deals for guests of the resort. All this, and let’s not forget the easy access this eco-resort has to some pristine beaches less than two kilometres away.
Promotor Developer: Carvoeiro Golf Construtor Builder: Modular System Arquitecto Architect: Modular System
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Turismo Tourism
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Savoy Palace Desde 1912 que é considerado um ícone da cidade do Funchal, na Madeira. Em 2009 foi demolido e das “cinzas” renasceu uma unidade de cinco estrelas com 17 andares e 23 mil metros quadrados (m2) de espaços verdes com mais de 250 plantas oriundas de África, Europa, Macaronésia, América, Ásia e Oceânia. O “Tribute Cosmopolitan Resort da Madeira” é composto por 352 quartos, conta com 34 suites, 14 pool suites e duas suites presidenciais com piscina. O hotel detém, além das mencionadas, seis piscinas (duas no rooftop), oito restaurantes e bares, com destaque para o restaurante Alameda, localizado no exterior e uma cozinha tradicional portuguesa e mediterrânica, e o bar Galáxia Skyfood e Skybar, com cocktails, lounge e restaurante com curadoria do Chef executivo Carlos Gonçalves. É a nova referência do skyline da Madeira. Possui ainda o Laurea Spa com 11 salas de tratamento e massagem e ginásio, ocupando um total de 3100m2 o que faz deste o maior de Portugal e um dos maiores da Europa. O projecto de decoração de interiores é uma homenagem à Madeira e é de autoria da designer madeirense Nini Andrade Silva. Since 1912, it had been consideredan icon of Funchal on the island of Madeira. In 2009, it was demolished, and from the “ashes” has risen a 17-storey, 23,000-m² five-star hotel with landscaping that includes more than 250 types of plants from Africa, Europe, Macaronesia, the Americas, Asia, and Oceania. The “Tribute Cosmopolitan Resort of Madeira” has 352 rooms, 34 suites, 14 pool suites, and two presidential suites with pools of their own. The hotel also boasts an additional six pools (two of which are rooftop pools) and eight restaurants and bars. Of note are the Alameda restaurant, located outdoors and serving traditional Portuguese and Mediterranean cuisine, and the Galáxia Skyfood e Skybar,serving cocktails in a lounge and restaurant setting curated by Executive Chef Carlos Gonçalves. It’s the newest top spot in Madeira’s skyline. It also features the Laurea Spa with a gym and 11 treatment and massage rooms, occupying a total of 3,100m², which makes it the largest in Portugal and one of the largest in Europe. The interior décor is an homage to Madeira and was designed by Madeiran designer Nini Andrade Silva.
Promotor Developer: Savoy Investimentos Turísticos Construtor Builder: AFA – Afavias Engenharia e Construções Arquitecto Architect: Saraiva + Associados / RH+ Arquitectos / Nini Andrade e Silva
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Vila Galé Collection Elvas Este hotel de charme, em pleno centro histórico da cidade alentejana de Elvas classificada pela UNESCO como Património Mundial, resulta da reabilitação do antigo Convento da Ordem de São Paulo e foi o primeiro a estar concluído no âmbito do programa REVIVE. Levou 42 anos a ser construído (1679-1721) e após a extinção das ordens religiosas passou a funcionar como tribunal militar, quartel e casa de reclusão. Há cerca de 15 anos que estava abandonado à sua sorte. Hoje, reabilitado para funcionar como hotel de quatro estrelas, possui 79 quartos, incluindo sete suítes de dois andares com mezzanine. Da sua oferta faz parte os dois restaurantes Versátil e Inevitável dedicados à gastronomia regional, o bar Conde de Lippe, piscina exterior e o spa Satsanga com salas de massagens, jacuzzi, banho turco, sauna e piscina interior. Possui ainda duas salas de reunião, um salão para a realização de eventos que se encontram no espaço da antiga igreja e o claustro cujo espaço verde e edificado foi recuperado. O Vila Galé Collection Elvas - Historic Hotel, Conference & Spa tem como tema principal as fortificações militares portuguesas espalhadas pelo mundo. This charming hotel in the heart of the historic centre of the city of Elvas in the Alentejo classified by UNESCO as a World Heritage Sitehas sprung forth from the renovation of the former convent of the Order of St. Paul and was the first project to be completed under the REVIVE programme. The building itself took 42 to be constructed (1679-1721), and, after the religious orders were done away with, it took on a new life as a military court, barracks and seclusionhouse. About 15 years ago, it was abandoned to its own fate. Today, it has been renovated to operate as a four-star hotel and features 79 rooms, including seven two-storey suites with mezzanine. It also boasts as part of its offering two restaurants, which are named “Versatile” and “Inevitable” and are dedicated to preparing cuisine from the region;the Countof Lippe bar; an outdoor pool; and its Satsanga spa, which features massage rooms, a Jacuzzi, a Turkish bath, a sauna, and an indoor pool. The hotel also has two conference rooms, an event ballroom found where the chapel used to be, and the cloister whose green, architecturally rich space was also renovated. The Vila Galé Collection Elvas – Historic Hotel, Conference,& Spauses Portuguese military fortifications found throughout the world as its main theme repeated throughout the property.
Promotor Developer: Vila Galé International - Investimentos Turísticos Construtor Builder: Vila Galé Arquitecto Architect: Luís António
Na área metropolitana da Boavista, nasce o Icon, numa zona em fase de revitalização e consolidação junto à área empresarial histórica da cidade do Porto. No nó de Francos, entre as duas principais artérias da cidade, o Icon apresenta-se num lugar atraente e
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seguro que oferece mobilidade - junto ao metro do Porto, ambiente e tecnologia promovendo coesão entre as pessoas e gerando qualidade de vida onde as pessoas trabalham felizes.
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A entrevista que faltava The interview that was missing
Pascal abre o livro Pascal opens his book
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Este é há muito um grupo consolidado em Portugal. Só em 2019 colocaram 11 empreendimentos em desenvolvimento e, como o administrador do Grupo Libertas, Pascal Gonçalves, avança, para 2020 têm “novos projectos na calha”. Visionários, estão já a preparar-se para os ventos de mudança que começam a soprar no imobiliário. This group has long had a strong presence in Portugal. In 2019 alone, they began work on 11 different projects, and, according to director of Libertas Group Pascal Gonçalves says, they have “new projects in the pipeline” for 2020.These visionaries are already getting themselves ready for the winds of change that are starting to blow in the real estate world. Entrevista Interview: Carla Celestino
O Grupo Libertas teve uma intensa actividade em 2019. Com que números fechou o ano? Chegamos perto das 350 unidades transaccionadas com 11 empreendimentos em curso de construção e comercialização. Foi um bom ano. A nossa construtora, a Ecoárea, está a construir por administração directa oito dos 11 empreendimentos, o que exige muito à nossa estrutura mas não deixa de ser uma vantagem comparativa neste momento do mercado. Algumas dessas obras são projectadas pela equipe de arquitectos do quadro da Libertas. Os franceses continuam no topo das vossas vendas ou há outros interessados? Os franceses são um mercado muito importante para nós, representaram 20% das nossas vendas em 2019. Vendemos maioritariamente as nossas casas a portugueses, mas tivemos clientes de 18 nacionalidades. Cerca de 60% das nossas vendas são feitas pela nossa mediadora mas trabalhamos muito bem com as agências imobiliárias. Foram visionários ao apostar no distrito de Setúbal. Como está a decorrer esta aposta e quem procura este destino? O distrito de Setúbal tem procura pois tem muita gente e gente jovem. Os preços que podem aqui ser praticados é que tem que ser
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compatibilizados com o actual elevado custo de construção. Isto é a grande dificuldade. Só as melhores localizações é que são viáveis por enquanto para o nosso nível de qualidade. Em que fase se encontra o projecto junto ao Forte de Albarquel, em Setúbal? Tivemos recentemente um parecer da CCDR e ao fim de quatro anos sabemos finalmente o que lá podemos fazer. Compramos ao estado um terreno com viabilidade para 5.000 m2 (com Plano de Pormenor aprovado) mas afinal pela área de implantação só podemos construir 3.600 m2 de área coberta. Incrível. Este tipo de situações pode por vezes suscitar dúvidas quanto à actuação do Estado nessas matérias. Vamos agora analisar que seguimento dar ao projecto. Se não estou a cair em erro, têm também uma quinta biológica localizada no Poceirão, em Palmela. De que projecto estamos a falar? A Quinta pertencia à Herdade do Rio Frio, que explorava a maior vinha da Europa no início do século 20. A propriedade produz cortiça de elevada qualidade, vinho e carne biológica assim como maçãs entre outras frutas. Outras culturas vão seguir. Vamos desenvolver a componente imobiliária assente no agro-turismo
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mas também para residentes permanentes. Afinal estamos muito perto de Lisboa. Têm igualmente portfólio em regiões, provavelmente, com uma oferta e procura díspares, como o Centro e o Algarve. O que vos moveu a apostar nestas diferentes geografias? Os meus pais são originários de Pombal pelo que ainda quando estavam em França, os primeiros projectos foram desenvolvidos em Pombal, na Figueira da Foz e em Coimbra. Temos bons projectos em carteira na região, nomeadamente na Figueira da Foz, cidade balneária com muito charme que anda um pouco esquecida. No Algarve temos apostado há muito. É uma região com uma procura internacional consolidada. Pretendem lançar novos projectos? Temos três novos projectos na calha em Lisboa, dois no Seixal, um em Alcochete, e dois no Algarve, tudo para lançar em 2020. Com a Maison au Portugal mostraram lá fora as vantagens de viver em Portugal, nomeadamente os benefícios fiscais no âmbito do regime dos Residentes Não Habituais (RNH). Como encara as alterações a este regime por parte do Governo e em que medi-
da pode afectar a vossa actividade? Com o fim da isenção total e a imposição de uma taxa mínima tornamos o sistema ao mesmo tempo menos atractivo e mais perene numa perspectiva de médio prazo. Embora nos primeiros meses terá um impacto negativo sobre a procura, acreditamos que o mercado francês e dos RNH em geral continuará a ser muito atractivo. Continuamos a apostar: só neste trimestre temos sete road shows programados em França, Bélgica e Suíça. A Maison é uma declinação de Casa em Portugal que é a marca em Portugal e é declinada na Suécia (Hem i Portugal), no Brasil ou na Turquia (Portukizdeev). Recentemente como mediadora ganhámos a comercialização exclusiva de um empreendimento no Areeiro, o Areeiro Prime. Quais as vossas expectativas para 2020 quer para o Grupo Libertas, quer para o próprio mercado imobiliário? A procura vai mudar em 2020, teremos que nos adaptar mas temos as ferramentas para continuar a ter sucesso num mercado mais difícil. Temos mais duas actividades que são potenciadoras de criação de valor: a gestão de
Temos três novos projectos na calha em Lisboa, dois no Seixal, um em Alcochete, e dois no Algarve, tudo para lançar em 2020. For 2020, we have three projects in the pipeline in Lisbon, two in Seixal, one in Alcochete, and two in the Algarve.
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Da arquitectura à venda, passando pela construção, a gestão de fundos e a gestão hoteleira, a Libertas desenvolveu valências que lhe permitem abordar projectos imobiliários de forma integrada. From architecture for sale and construction to fund management and hotel management, Libertas has developed capabilities that allow it to approach real estate projects in an integrated manner.
fundos imobiliários e a gestão turística (com quatro hotéis sob gestão). A Libertas detém também desde 2009 uma sociedade gestora de fundo imobiliários, desde 2 de Janeiro 2020 que recentemente ganhou em concurso a gestão do Office Park Expo fundo avaliado em cerca de 250 milhões de euros. Assim da arquitectura à venda, passando pela construção, a gestão de fundos e a gestão hoteleira, a Libertas desenvolveu valências que lhe permitem abordar projectos imobiliários de forma integrada. Mas importa salientar que queremos ser uma plataforma aberta: estamos disponíveis para entrar em parceria em novos projectos ou pôr algumas das nossas áreas de negócio ao serviço de investidores idóneos. The LibertasGroup had some intense activity in 2019. What were your numbers like at the end of the year? We got close to 350 units traded and 11 projects under construction/on the market. It was a good year. Our construction company, Ecoárea, is directly involved with building eight of the 11 projects, which demands a lot of our teams but is still a comparative advantage in the market at this moment. Some of these projects are being designed by Libertas’ team of architects. Are the French still the people you sell to most often? Or are there other interested parties? The French are a very important market for us. 20% of our sales in 2019 went to French people. We sell the majority of our homes to Portuguese,but we have had clients from 18different nationalities. Around 60% of our sales are completed through our real estate agency, but we work really well with other real estate agencies as well. It was an insightful move to start working on projects in the district of Setúbal. How are they working out? Who’s interested in this area? The district of Setúbalhas demand because it has a lot of people, especially young people. The prices here, though, have to be reconciled with the current high cost of construction. This is our greatest difficulty there. For the time being, only the best locations are feasible for our level of quality. How far along is the project next to the Albarquel Fort in Setúbal?
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We recently received a opinion from the CCDR, and, after four years, we’ve finally learned what we can do there. We bought a plot of land from the statethat could support a projectof up to 5,000 m² (with a Detailed Planapproved), but, due to the implementation area, we can only build 3,600 m² of covered area. Incredible. These types of situations can sometimes raise doubts about the way the State acts in these matters. We will now analyse how to proceed with the project. If I’m not mistaken, you also have an organic farm located in Poceirão, Palmela. What project are we talking about? The Farm belonged to Rio Frio Estate, which operated Europe’s largest vineyard at the beginning of the 20ᵗʰ century. The property produces high-quality cork, wine, and organic meat, as well as apples and other fruits. Other crops will follow. We’re going to have it such that the real estate component is based on agro-tourism but also welcomes permanent residents. After all, we’re very close to Lisbon. You also have a portfolio that covers regions that probably have disparate levels of supply and demand, such as Central Portugal and the Algarve. What moved you to work in these regions? My parents are originally from Pombal, so, even when they were in France, the first projects took place in Pombal, Figueira da Foz, and Coimbra. We have good projects in our portfolio in these regions, especially in Figueira da Foz, a costal city with lots of charm that has been somewhat underappreciated. We’ve also worked in the Algarve for a long time now. It’s a region with a lot of strong international demand. Do you intend to launch new projects? For 2020, we have three projects in the pipeline in Lisbon, two in Seixal, one in Alcochete, and two in the Algarve. WithMaison au Portugal, you demonstrated abroad the advantages of living in Portugal, namely the tax benefits that people can avail themselves of as part of the Non-Habitual Resident (RNH) programme. What’s your opinion of the changes the Government is making to this programme, and how may they affect your business? With the end of total exemption and the imposition of a minimum fee, we’ve made the system at the same both less attractive and more
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permanent from a medium-term perspective. Although it will have a negative impact on demand during the first few months, we believe the French market and the RNH market in general will continue to be very attractive. They continue to be foci of ours: in this quarter alone, we have seven road shows scheduled in France, Belgium, and Switzerland. Maisonau Portugal is an extension of Casa em Portugal (in English, “House in Portugal”), which is what the initiative is called in Portugal and Brazil; it can also be found in Sweden (Hem i Portugal) and Turkey (Portukizdeev). We recently also became the exclusive real estate agency for a project in Areeiro, Areeiro Prime. What are your expectations for 2020 both for Libertas Group and for the real estate market itself? Demand will change in 2020. We will have to adapt, but we have the tools to continue to succeed in a more difficult market. We have two more activities that could potentially create value revenue: management of real estate funds and management for touristic enterprises (with four hotels already under our management). Since 2009,Libertashas also owned a real estate fund management company, and, since 2 January 2020, a tender was recently won for the management of the Office Park Expo fund, valued at around €250 million EUR.
Fromarchitecture for sale and construction to fund management and hotel management, Libertas has developed capabilities that allow it to approach real estate projects in an integrated manner. But it’s important to note that we want to be an open platform: we are available to enter into partnerships for new projects or to put some of our teams at the service of suitable investors.
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Opinião Opinion
João Sousa
Preparados para as alterações do mercado Prepared for changes to the market
João Sousa CEO JPS Group
As alterações das regras relativamente aos processos de vistos de residência, assim como algumas alterações fiscais para residentes não-habituais, vão exigir que os promotores imobiliários se voltem a reinventar e que tenham de olhar para outros negócios que sejam apelativos para os clientes estrangeiros, mas que possam ser também atractivos para os clientes nacionais, de forma a diminuir o risco do investimento. A JPS Group fechou o ano de 2019 a preparar-se já para as alterações de mercado que se esperam em 2020/2021 ao apostar num grande empreendimento fora da grande área de Lisboa, o Royal Evolutee Villas & Apartments, e temos tido procura por parte dos mercados internacionais, sobretudo por parte de mercados como o brasileiro, americano e do Médio Oriente. Considero que os preços do sector imobiliário residencial vão sofrer uma ligeira correcção mas, por um lado, o facto de Portugal continuar a ser um País extremamente atraente para os investidores estrangeiros, e por outro, o facto de a procura interna continuar a aumentar (só em 2019 tivemos cerca de 8500 contactos directos de clientes que procuram casa), vai impedir que se verifique uma queda acentuada de preços. Temos a convicção que o investimento no imobiliário residencial vai continuar a ser uma excelente opção de investimento e vai continuar a ter muita procura interna e externa, sendo que considero que a procura de activos com rendimento garantido vai aumentar fortemente em 2020. The coming changes to the rules regarding residency visa processes, as well as some tax-related changes for non-habitual residents, will require innovation from real es-
tate developers, pushing them to look for other projects that would be appealing to foreign clients but which can also be attractive for Portuguese customers so as to reduce investment risk. JPS Group wrapped up 2019 getting ready for the market changes that are expected to come in 2020/2021 by focusing on a large development outside greater Lisbon, Royal Evolutee Villas & Apartments, and we’ve recorded demand from a number of international markets, specifically Brazil, the U.S., and the Middle East. I believe that prices in the real estate industry will go through a slight correction, but two things will keep prices from falling off drastically: (1) Portugal continues to be an extremely attractive country for foreign investors and (2) domestic demand continues to increase (in 2019 alone, we had around 8,500 direct inquiries from people looking for homes). We are of the belief that investment in residential real estate will continue to be an excellent investment option and will continue to garner a great deal of demand both within Portugal and from abroad. Demand for assets that can generate guaranteed income will also increase strongly in 2020.
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Opinião Opinion
Adelaide Amaral
“Como questionar o mercado imobiliário actual?” “Top questions for today’s real estate market”
Adelaide Amaral Marketing e Comunicação da Direcção de Crédito Especializado do Millennium bcp Marketing and Communications, Specialised Credit Division, Millennium bcp
Será que devemos questionar o mercado imobiliário actual, quanto à forma, conteúdo e perspectivas futuras? Ou continuaremos a acreditar que os motores responsáveis pelo seu desenvolvimento até agora, se vão manter no auge para sempre? Claro que devemos questionar! Viveram-se anos de euforia e de crescimento histórico mas, como diz o ditado “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe”, convém estarmos preparados. Já se fala de desaceleração do mercado com descida dos preços das casas. Irão descer como se prevê? Já existirão sinais de estagnação? Vamos ter alterações profundas ou haverá condições para uma actividade positiva, mas constante como desejada? Como sabemos, o imobiliário tem sido o impulsionador da economia nacional nos últimos anos, a par do trabalho desenvolvido no turismo. Estes sectores têm gerado riqueza privada e receitas públicas, mas têm também valorizado o País com destaque para a reabilitação do património imobiliário e dinamização da construção nova. Aqui não podemos questionar, porque é um dado adquirido! O que temos vindo a observar, permite-nos concluir que o mercado imobiliário evoluiu em quantidade e volume, mas fundamentalmente em qualidade e variedade de oferta, aberto ao investimento estrangeiro, a novas tecnologias e à procura de um público comprador/investidor mais exigente e com requisitos mais sofisticados. E os analistas continuam a descrevê-lo como promissor, com os preços de compra/ venda ainda a crescer no residencial embora as rendas já no seu valor máximo e com tendência a descer (em especial em Lisboa). Olhando para avaliações concretas, parece existir uma dualidade. Por um lado, o Banco de Portugal antecipa uma moderação do crescimento dos preços no sector residencial assen-
te no previsto “abrandamento da actividade económica”, na “redução da procura de imóveis para alojamento local” e no “aumento da oferta”. Por outro, a agência Moody’s prevê “aumentos na habitação de 4%”, “a taxa de crescimento mais elevada da Europa”. A conjugação das duas não se revela irreal. É inevitável questionarmos também o mercado imobiliário português quanto a uma possível bolha imobiliária porque a subida dos preços segue a par da subida da oferta, e em todos os segmentos. Esta questão só teria uma resposta afirmativa, caso analisássemos as evidências de forma errada. Mas por um lado, a situação económica e financeira dos particulares e empresas melhorou substancialmente, tal como a economia em geral, e por outro, os bancos passaram a fazer uma melhor e mais cuidada avaliação do risco associado ao crédito concedido. Há realmente alguma resiliência positiva para manter o desenvolvimento do mercado imobiliário português, e isso leva-nos a levantar questões. Mas as respostas não poderão descurar a premente necessidade de satisfazer também a classe média nacional e os mais jovens e não decepcionar o investimento estrangeiro que continua à procura de alternativas. Should we be questioning the way in which the current real estate market is set up? Its content? Its future prospects? Or will we continue to believe that the drivers responsible for its growth up to now are here to stay? Of course we need to be asking these questions! We’ve witnessed a number of years of euphoria and historic growth, but, as the saying goes, “there is no good that lasts forever nor an evil that never ends.” It would behove us to be prepared. People are already talking about deceleration in the market with falling house prices. Will these prices drop as expected? Are signs of stagnation already present? Will we see
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drastic changes, or will there be a chance to maintain a positive yet constant level of activity as desired? As we know, real estate has been a main driver of Portugal’s economy in recent years, alongside the work that’s been done in the tourism industry. These sectors have generated private wealth and public revenue and have also added value to Portugal, especially thanks to the restoration work performed on countless pieces of the country’s real estate and architectural heritage and the promotion of new construction projects. There’s not really any questioning this; it’s a given fact! What we’ve observed allows us to conclude that, while the real estate market has indeed evolved in quantity and volume, the variety and quality of what it has to offer have also fundamentally changed. The market is open to foreign investment, new technologies, and
demand from a buyer/investor audience that is more meticulous and has more sophisticated requirements. And analysts continue to describe it as promising, with purchase/sale prices still rising in the residential segment despite the fact that rents have already hit zenith and are now starting to decrease (especially in Lisbon). Looking at concrete evaluations, two things seem to be happening. On the one hand, the Bank of Portugal anticipates that price growth in the housing segment will begin to taper off based on the forecasted “slowdown in economic activity, reduction in demand for local accommodation properties, and increase in supply.” On the other, Moody’s predicts “4% increases in the housing segment”, “the highest growth rate in Europe.” The combination of these two is not unreal. We must also raise questions about whether a possible bubble is being formed in the Portu-
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guese real estate market, since price increases are following in step with increases in the amount of supply available in all segments. This question would only have an affirmative answer if we analysed the evidence incorrectly. While the economic and financial situation of individuals and businesses has improved significantly (as has the economy in general), banks have also begun to better and more carefully assess the risks associated with the credit they give out. There really has been some positive resilience in maintaining the growth and development the Portuguese real estate market has experienced recently. This leads us to raise questions whose answers must neither neglect the pressing need to satisfy Portugal’s middle class and the youngest among us nor disappoint foreign investors that are always on the lookout for alternatives.
Azimute 68 Atelier
Atelier
Mudanças climáticas mudam a música Climate change transforms music
O tempo está a passar Time is ticking out
Foto Photo: Frame Harirak on Unsplash
Coordinates
Azimute
Há canções que “entram por um ouvido e saem por outro”. Mas a atestar pelo compromisso que todos os líderes festivaleiros firmaram, a música agora será mais amiga do ambiente. There are songs that “goes in one ear and out the other.” But, thanks to the commitments that festival organisers have made, music will now be much friendlier to the environment.
“De Bragança a Lisboa” já não são nove horas de diferença e até podemos fazer o percurso em transporte partilhado ou em veículo eléctrico, sempre se diminuí o CO2. Depois de ser devidamente revistado, o festivaleiro entra num santuário musical e junta-se à sua tribo. Não pode faltar o copo de cerveja, reciclado e reutilizável, claro, ou a palhinha de bambu no refrigerante e até há “mochileiros” com ecopontos móveis. Seja em Vilar de Mouros, na Azambujeira do Mar ou em Lisboa, os concertos, que se multiplicam como cogumelos mágicos no País, estão a tornar-se mais “eco”. Mas a ideia é que se tornem “virais”. A ideia é que os organizadores destes eventos passem a mensagem de que “todos temos de fazer a nossa parte para salvar o planeta”, em particular junto do seu público alvo que são os “millennials”, nas palavras de Roberta Medina da Better World organizadora do Rock in Rio e mentora da iniciativa #DeclareAção. Depois, é só deixar propagar o efeito contágio junto dos pais, amigos e colegas, familiares, comunidade local, nacional, mundial.
Faz a evolução Texto Text: Carla Celestino
69 Foto Photo: Michal Stipek on Unsplash
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Este movimento revolucionário já está em marcha, está a evoluir e está mais vivo do que nunca.
A Associação Portuguesa Festivais de Música (APORFEST), juntamente com várias entidades promotoras de espectáculos, festivais e eventos que decorrem em Portugal lançaram em conjunto, no dia 15 de Janeiro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa, a #DeclareAção. Nesta iniciativa o alvo primário são os jovens mas todo o País está também convocado para uma mudança de comportamentos, ou seja, passar da teoria à acção. Como? Os jovens, entre os 16 e 30 anos que tenham uma voz activa na sua comunidade e se destaquem da multidão, vão tornar-se nos filhos da nação e liderar um workshop do qual vão sair 17 atitudes que têm como inspiração as letras dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável compostas pela ONU. A “ferro e fogo” vão sair acções concretas ao nível das alterações climáticas, da diversidade, da inclusão social, do desenvolvimento económico, da reciclagem… Está agendada para Março a divulgação das 17 atitudes que serão depois transformadas em GIFs que vão ser utilizados como assinatura digital da DeclareAção. Em simultâneo será lançada uma landing page que funcionará como hub agregador das boas atitudes e de todas as acções que vierem a ser implementadas por empresas, escolas, influenciadores e pelo público em geral. Este
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these events hope to get across the message that “we all have to do our part to save the planet,” particularly amongst their target audience – the Millennials. Once this is done, all we’ll have to do is wait for them to take that same message to their friends, colleagues, parents, and other family members, eventually spreading it to their local communities, all corners of the country, and throughout the world.
Do the evolution
processo culmina com a partilha nas redes sociais através dos GIFs e do hashtag #DeclareAção. Os dados estão lançados, resta esperar que nesta roleta seja o ambiente a sair vencedor.
As pessoas têm o poder
Esta não é, no entanto, uma ideia de hoje. Os organizadores de eventos de entretenimento já há algum tempo que têm vindo a sensibilizar quem pisa os palcos e o relvado para boas práticas ambientais. Álvaro Covões do Everything is New, promotor do NOS Alive e que também “assinou” esta declaração, recordou que neste evento já existe a “oferta de brindes que sejam úteis e reutilizáveis; substituição dos geradores a gasóleo por postos de transformação móveis de electricidade; utilização de bicicletas e carros eléctricos para deslocação do staff no interior do recinto, nas montagens, desmontagens e durante o festival; mobiliário fabricado a partir do lixo produzido no festival”, entre outras acções. Ainda assim, não são todos os festivaleiros que se preocupam com a forma como deixam o espaço onde saltam, cantam a bons pulmões ou fazem moches, a atestar pela quantidade de lixo que fica no chão quando as portas do festival fecham. Esta e muitas outras atitudes têm de mudar. Segundo a Forbes 45% da Geração Z afirma que o seu artista preferido influencia o seu estilo de vida. Numa tour há muito esgota-
da, a compositora e cantora Billie Eilish ofereceu bilhetes aos fãs que se envolvessem na luta contras as alterações climáticas. Se toda a cena musical seguisse o mesmo exemplo, além de concertos à borla, viveríamos seguramente num mundo bem melhor. Em 2019 Portugal realizou 287 festivais de música e acolheu 2,1 milhões de visitantes. Se existe algo que une as pessoas é a música. O seu poder é inegável. Podemos pensar que os organizadores da #DeclareAção são um caso isolado mas quer parecer que não são os únicos a olhar o céu. “From Bragança to Lisbon” is no longer a nine-hour sojourn, and we can even make the trip via public transport or in an electric car, with an ever decreasing amount of CO2 being emitted. After being properly searched, festival-goers enter a musical sanctuary and join the rest of the throng. There’s no avoiding the omnipresent beer cups – recycled and reusable, of course – or bamboo soda straws. There are even “backpackers” with mobile recycling stations. Be it in Vilar de Mouros, Azambujeira do Mar, or Lisbon, concerts, which have multiplied like magic mushrooms all throughout Portugal, are becoming more eco-friendly. But the idea is for them to go “viral.” In the words of Better World’s Roberta Medina, an organiser for Rock in Rio and a mentor for the #DeclareAcção (in English, #DeclareAction) initiative, the organisers for
This revolutionary movement is already underway and is evolving and more alive than ever. On 15 January, the Portuguese Association of Music Festivals (APORFEST), together with a number of entities that promote shows, festivals, and events that occur in Portugal, launched the #DeclareAcção initiative in Lisbon City Hall’s Main Chamber. The initiative’s primary target audience is the country’s youths, but its calls to change behaviours that are devastating to the environment are meant for all of Portugal, turning words into action. How does it plan to do this? Those between 16 and 30 years of age who have an active voice in their community and stick out from the crowd will become the children of the nation and will lead a workshop from which 17 attitudes will emerge that are inspired by the UN’s Sustainable Development Goals. They will take concrete actions regarding climate change, diversity, social inclusion, economic development, recycling… The 17 attitudes are slated for publication in March and will then be transformed into GIFs that will be used as #DeclareAção’s digital signature. A landing page will go online at the same time, which will serve as an aggregating hub for all the actions that companies, schools, influencers, and the public at-large will implement. This process will culminate with people sharing GIFs on their social network pages with the hashtag #DeclareAção. The bets have been placed, and all we can do now is hope that the environment comes out the winner in this game of roulette.
People have the power
This is not, however, an idea that was born just today. For some time now, event organisers have been sensitising those who go on stage and participate on the lawn to be good stewards of the environment.
Azimute
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Foto Photo: Gilaxia on istockphoto
Coordinates
Os concertos estão a tornar-se mais “eco”. Mas a ideia é que se tornem “virais” e mudem comportamentos que estão a devastar o ambiente. Concerts are becoming more eco-friendly. But the idea is for them to go “viral” and change behaviours that are devastating the environment.”
Álvaro Covões from Everything is New, promoter for NOS Alive, “signed this declaration and stated that his event already “offers gifts that are useful and reusable and makes use of mobile electricity transformer stations instead of diesel-powered generators, as well as bicycles and electric cars for staff to move around in the enclosure, during set-ups, break-downs, and during the festival itself. [We even use] the trash generated during the festival to build furniture.” Still, not all festival-goers care about how they leave the space where they jump, sing at the top of their voices, or create mosh pits, given the amount of trash left on the ground once the festival doors shut. This and lots of other attitudes have to change. According to Forbes, 45% of Generation Z has stated that their favourite artist influences their lifestyle. During a long-sold out tour, composer and singer Billie Eilish of-
fered tickets to fans who got involved in the fight against climate change. If all of music followed the same example, we, perhaps more importantly than getting free concerts, would surely live in much better world. In 2019, Portugal was home to 287 music festivals and welcomed 2.1 million visitors. If anything at all unites people, it’s music. Its power is undeniable. We may think that the organisers of #DeclareAção are an isolated case, but it seems like they’re not the only ones looking skyward.
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North Winds
North Winds
Da Ribeira atĂŠ Ă Foz From Ribeira to Foz
Porto tem um potencial enorme Porto has enormous potential
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Os profissionais destacam o potencial da Invicta, visível sobretudo nos investimentos residenciais, escritórios e na hotelaria. Industry professionals are highlighting Porto’s potential, especially visible through the investments made in residential projects, offices, and hospitality.
Texto Text: Elisabete Soares Foto Photo: Anabela Loureiro
“Basta ir da Ribeira até à Foz” – inspirando-nos na conhecida canção de Rui Veloso “para ficarmos maravilhados com este percurso e concluirmos que ainda há tanto para fazer na cidade do Porto”. A frase é de José Rui Menezes e Castro, founder e partner da MAP Engenharia - uma jovem empresa de construção, com várias obras a decorrer neste mercado - que revela o grande potencial da zona ribeirinha do Porto, cuja beleza seduz cada vez mais visitantes, especialmente estrangeiros, que nos últimos anos escolhem a cidade para viver, ajudando ao crescimento da sua população. Na sua opinião, “o Porto é uma cidade incrível, ainda com um potencial de desenvolvimento imobiliário enorme. Reúne condições únicas de enquadramento e que são âncoras do sector imobiliário”. Destaca, a sua história, cultura, população qualificada, educação, localização geográfica, frentes de rio e mar, acessibilidades, segurança, entre muitas outras. Esta opinião é partilhada outros profissionais que aqui trabalham e conhecem bem a cidade. “No Porto há uma aposta forte na construção nova, a par da continuidade na reabilitação de imóveis antigos que estão a dar origem a apartamentos citadinos, mantendo muitas vezes as características arquitectóni-
cas originais, nomeadamente na fachada”, destaca Ricardo Costa, CEO da LUXIMOS Christie´s. O responsável da consultora, que trabalha sobretudo o segmento alto, considera que “a aposta na construção de apartamentos, continua a ser a mais acertada, já que há uma procura crescente, por parte de nacionais e estrangeiros, de apartamento de luxo, nas zonas nobres da cidade”. Para Tiago Violas Ferreira, CEO do Grupo Violas Ferreira, “o mercado imobiliário de arrendamento de escritórios continua muito dinâmico, com uma forte aceleração na procura, no início deste ano”. Com vários projectos em fase de promoção, Tiago Violas considera que ao estabelecerem-se “no centro da cidade do Porto tantos metros quadrados de empresas de topo, vamos ter muitas pessoas com rendimentos disponíveis acima da média que irão consequentemente fazer pressão na procura do mercado residencial, tanto de arrendamento como de venda”. Também Rui d’Ávila, administrador do Grupo Ferreira, aponta que os grandes desafios do mercado são “a grande aposta no sector residencial de gama média, onde a oferta é manifestamente pouca e a procura grande”. Já na hotelaria, “com a oferta que já existe e
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o ressurgimento dos mercados concorrentes, Turquia, Egipto, Magrebe, deverá verificar-se mais contenção”, avisa.
Turismo e escritórios em alta
José Rui Menezes alerta para a importância do turismo: “Em meu entender o petróleo do nosso País”. Aqui, “além do desenvolvimento de bons conceitos e produtos imobiliários turísticos, temos de acrescer a responsabilidade de prestar um serviço de excelência e diferenciador”. O segundo, na sua opinião, será o mercado de escritórios, onde acredita, “o Porto continuará a gerar interesse em atrair a instalação de empresas e passará a ser um destino bastante popular para esse efeito”. Associado a estes mercados, o responsável da MAP considera que “há espaço para evolução de todos os outros, tal como o residencial, retalho e logístico, que servem todos os utilizadores e trabalhadores destas áreas chave”. Por isso, “não estou preocupado com o fim
de ciclo, muito pelo contrário, com o potencial existente, acredito que estaremos ainda muitos anos em fase de desenvolvimento”, destaca José Menezes. A opinião é partilhada por Ricardo Costa. “O mercado imobiliário encontra-se estável, embora haja incertezas em torno de alguns investimentos, no Porto e em Portugal, que colocam ‘areias na engrenagem’ de um sector essencial para a economia nacional”. Contudo, adverte, a suspensão das licenças de Alojamento Local (AL), no centro do Porto, e as alterações dos regimes de Golden Visa e de Residente Não Habitual (RNH) poderão afectar negativamente o investimento na cidade. “As alterações, por si só, são inimigas do investimento porque geram incerteza e receio”, avisa. Inspired by Rui Veloso’s words, José Rui Menezes e Castro, founder and partner at MAP Engineering, says, “All we have to do is walk from Ribeira up to Foz to be struck in awe and conclude that there’s still so much to do in
O Porto é uma cidade incrível, ainda com um potencial de desenvolvimento imobiliário enorme. Porto is an incredible city that still has enormous potential in terms of real estate development.”
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tinues to be very lively, with demand growing strongly at the start of this year.” With a number of projects currently being marketed, Tiago Violas believes that, once “top companies [establish themselves in] a certain number of square metres in the heart of the city of Porto, we’re going to have a lot of people with above average amounts of disposable income who will consequently increase demand in the residential market, both for buying and leasing a place.” Rui d’Ávila, head of the Ferreira Group, also says the market’s greatest challenges will be “focusing on the mid-market residential sector where supply is demonstrably low and demand high.” As for hospitality, he says, “with the supply that exists now and the resurgence of competing markets (e.g., Turkey, Egypt, the Maghreb), we should see more constraint.”
Tourism and offices are red hot
the city of Porto.” MAP Engineering is a young construction company that is working on various projects in this market, which demonstrates the enormous potential that Porto’s riverside area has. Its beauty is seducing an ever larger number of outsiders (especially foreigners) who have chosen to live in the city in recent years, helping the metropolis increase its population. In his opinion, “Porto is an incredible city that still has enormous potential in terms of real estate development. It’s got a unique context, and the conditions are great for the real estate industry.” He highlights the city’s history, culture, skilled human resources, education, geographic location surrounded by both a river and an ocean, accessibility, safety/security, and more.
Other professionals who work here and know the city well share this opinion. “There is a strong focus on new construction projects in Porto, alongside continuing to renovate old properties, which is giving life to apartments in the city that often maintain the building’s original architectural characteristics, especially on the façades,” explains Ricardo Costa, CEO of LUXIMOS Christie’s. This consultancy executive, which focuses mostly on the upper end of the market, believes that “focusing on building apartments continues to be a sure bet, since there is increasing demand on behalf of both the Portuguese and foreigners for luxury apartments in prime areas of the city.” For Tiago Violas Ferreira, CEO of the Violas Ferreira Group, “the office rental market con-
Castro explains the importance of tourism: “The way I see it, it’s our oil. […] In addition to developing nice real estate products and concepts designed specially for tourists, we also have to take on the responsibility of delivering excellent service that stands out from the pack.” Another important segment, in his opinion, is the market for offices. He explains, “Porto will continue to interest on behalf of companies that want to set up shop and will become a rather popular destination for doing so.” In addition to these market segments, the MAP chief believes that “there is space for all of real estate’s segments to grow: residential, retail, and logistics, which serve all those who use and work in those key areas.” This is why he is “not worried about the cycle coming to an end. On the contrary, given the potential that exists, I believe we still have many years of development ahead of us.” This is a sentiment that Costa shares: “The real estate market is stable, although there are uncertainties surrounding some investments in Porto and in the rest of Portugal that put ‘sand in the gears’ of an industry that is essential to the national economy.” He further warns that suspending Local Accommodation (AL) licences for the centre of Porto and the changes being made to the Golden Visa and Non-Habitual Resident (RNH) programmes could negatively affect investment in the city. “The changes in and of themselves are harmful to investment because they create uncertainty and fear,” he explains.
Opinião Lá fora Reino Unido Opinion Abroad United Kingdom
Roberto Varandas
Macau – 20 anos depois Macau – 20 years later
Roberto Varandas COS Capital Managing Director – Head of Europe
As minhas funções, numa empresa sediada na China, levam-me à região várias vezes por ano. Desde 2008 que viajo com alguma frequência à Ásia, podendo acompanhar a forma notável como estas economias e estes mercados têm crescido. Sempre que posso, tento fazer um pequeno desvio por um dia ou uma tarde a Macau, normalmente para alternar uma semana de gastronomia local com algo mais familiar como um simples bacalhau à Brás. Em Dezembro de 2019, celebraram-se os 20 anos de aniversário de entrega de Macau à China, sendo esta edição muito oportuna. O desenvolvimento nos últimos 20 anos tem sido realmente considerável e curiosamente, foi a influência do governo central da China, a abrir a economia e os mercados de Macau. Em 2002, com a liberalização do mercado do jogo, deu-se a primeira fase de abertura e investimento institucional em larga escala, obviamente focado nos sectores do jogo e hotelaria, de tal modo que em 2007 as receitas do jogo em Macau, superaram os de Las Vegas pela primeira vez. Hoje, existem 38 casinos a operar em Macau, quase todos com hotéis de grandes cadeias, associados a cada um dos casinos. A crescente prosperidade de turistas/jogadores da China continental aliada à cultura do jogo, trouxe um verdadeiro boom a este sector. Foi por esta altura que, igualmente se começou a desenvolver-se o mercado residencial, principalmente de segundas casas, mas também com o crescimento da população residente. E desde 2007 os preços residenciais em Macau subiram de cerca de MOP 15.000 por m2 para quase MOP 150.000 por m2 hoje, já comparável aos preços em Hong Kong. É expectável que este crescimento acelerado tenderá reduzir-se ou até reverter-se no curto prazo dadas as guerras comerciais, a crescente tensão na região e, mais recentemente, o abrandamento por causa
do coronavírus. Já no longo prazo, a China tem planos muito ambiciosos de desenvolver toda a região numa perspectiva mais integrada, compreendendo toda a região que inclui Guangzhou, Shenzhen, Hong Kong e Macau que certamente se tornará, ou já é, numa das chamadas “megapolis” mundiais, com cerca de 80 milhões de população. Enquanto que a estratégia, já desde dos anos 80 e 90 era de estabelecer ZEE – Zonas económicas exclusivas, criando verdadeiras potências exportadoras, a estratégia das autoridades Chinesas mais recente tem sido a de trazer infra-estruturas que promova ainda mais a integração da região, como demonstrado pela recentemente inaugurada ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. A integração das redes ferroviárias, com comboios de alta velocidade, trará mais conexões e mais interligações, facilitando a movimentação de pessoas e bens na região. A importância dos portos em Shenzhen e Guangzhou, já é indiscutível e corresponde a um trafégo superior a Singapura. E qual o papel dos agentes económicos portugueses nesta realidade chinesa? A verdade é que Portugal possui laços e reconhecimento no mercado chinês que muitos outros países europeu desejariam. Alguns dos nossos símbolos culturais – o pastel de nata, o futebol, já são amplamente conhecidos na Ásia. Faltará mais garra noutros sectores como a moda, o turismo e o tema do “lifestyle”. Infelizmente decidiu-se quebrar um dos caminhos de ligação, e que tem atraído um número interessante de agregados familiares hineses. Com a limitação do Visto Gold a municípios do interior, que, muito embora possa fazer sentido do ponto vista de atracção de investidores para zonas mais desfavorecidas, temos que reconhecer que um investidor chinês normalmente não se interesserá por um localização longe dos centros urbanos, no qual estará mas confortável.
Lá Fora
Abroad
No que respeita a Macau, certamente ver-se-á a colónia a ultrapassar o país matriz e certamente com muitas lições a aprender a cada parte. My duties within a Chinese company, take me to the region several times a year. Since 2008, I travel to Asia with some frequency and follow the remarkable way in which these economies and markets have grown. Whenever I can, I try to take a short detour to Macau for a day or an afternoon, usually to alternate a week of local Asian cuisine with something more familiar to me like a simple Portuguese cod dish. December 2019 marked Macao’s 20th anniversary of the handover to China. The last 20 years have brought considerable growth to the territory. Interestingly, it was the influence of the central government of China, to open the economy and markets of Macau. In 2002, with the liberalization of the gaming market, the first phase of large-scale institutional investment took place, obviously focused on the gaming and hospitality sectors, to the extent that, in 2007 gaming revenues in Macau exceeded those of Las Vegas for the first time. Today, there are 38 casinos operating in Macau, almost all of them with large chain hotels associated. The growing prosperity of tourists / gamblers from mainland China combined with a gaming culture, brought a real boom to this sector. It was around this time that the residential market began to develop, mainly in second homes,
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but also with the growth of the resident population. And since 2007, residential prices in Macau have risen from around MOP 15,000 per m2 to almost MOP 150,000 per m2 today, comparable to prices in Hong Kong. It is expected that this accelerated growth will tend to diminish or even reverse in the short term due to the trade wars, the growing tension in the region and, more recently, the slowdown due to the coronavirus. In the long run, China has very ambitious plans to develop the entire region in a more integrated perspective, comprising the entire region that includes Guangzhou, Shenzhen, Hong Kong and Macau, which will certainly become, or already is, one of the so-called “megapolis”, with 80 million population. While the strategy, since the 1980s and 1990s, was to establish exclusive SEZs, creating true exporting powerhouses, more recently, Chinese authorities have sought to develop infrastructure that further promotes the integration of the region, as demonstrated with the recently inaugurated Hong Kong-Zhuhai-Macau bridge. The integration of high-speed railway networks, will bring more interconnections, facilitating the movement of people and goods in the region. The importance of the ports in Shenzhen and Guangzhou, is already undisputed and moves more freight than Singapore. And what is the role of Portuguese economic agents in this Chinese reality? Portugal has ties and recognition in the Chinese market that many other European countries would envy. Some of our cultural symbols - pastel de nata, football, are already widely known in Asia. Other sectors such as fashion, tourism and “lifestyle” would benefit with a more aggressive push. Unfortunately, the Portuguese authorities have recently decided to interrupt a growing connection between the two countries, which has attracted meaningful number of Chinese families. The new limitations to the Golden Visa program, restricting buyers to municipalities in the interior of the country, which may make sense from the point of view of attracting investors to more underdeveloped areas, will certainly be a deterrent to the typical Chinese investor who is normally more interested in locations near the urban centers. As far as Macau is concerned, the former colony will certainly overtake the parent country and, hopefully, both countries can learn and prosper from this ascension.
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Joaquim Pereira de Almeida
Aeroportos Airports maioria não recorre a este expediente – significa que esta é apenas uma parte do dinheiro. Os operadores sérios trabalham de forma sustentada. Não há, portanto, necessidade de erguer cartazes como se isto fosse uma manifestação sindical. Há assuntos bem, bem mais sérios que passam ao esquecimento. É pena. It seems like the whole world is talking about the Gold Visas, which is both good and bad. Good because it gets us away from trivial matters. And bad because it diverts our attention from other, much more worrying issues…money laundering, corruption, etc. In practice, to satisfy the
Parliamentary left, the Government has omitted the essential. Less money will reach us, the swindling will continue, and Portugal will lose millions in investment. Everyone knows that the authorities today have thousands of ways of determining exactly who has entered and left Portugal. The use of this means by some sectors of real estate (most don’t use it) means that this is only part of the money. Serious operators work sustainably. There is, thus, no need to put up posters as if this were a union rally. There are subjects that are much, much more serious that have been forgotten. It’s a real shame.
Foto Photo: Anabela Loureiro Ilustração Illustration: José Laranjeira
Anda meio mundo a falar dos Vistos Gold. Acho bem, acho mal. Bem porque esconde mil trafulhices e mal porque desvia a atenção de outras práticas bem mais preocupantes… lavagem de dinheiro, corrupção, branqueamento de capitais, etc. Na prática, para satisfazer o lado esquerdo do Parlamento, o Governo omitiu o essencial. Vai chegar menos dinheiro, as vigarices vão continuar e Portugal vai perder milhões em investimento. Toda a gente sabe que hoje as autoridades têm mil maneiras de saber quem entra e sai de território nacional. O recurso a este meio, por alguns sectores do imobiliário – a
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Real Decisions Só o conhecimento pluridisciplinar das vantagens competitivas de cada imóvel, permite à sua empresa tomar decisões sólidas.
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