Construção Ambiente Turismo
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SET/OUT 2020 €10
Europa ajuda Portugal Europe helps Portugal
Covid muda as regras do jogo Covid changes the rules of the game
1 Editorial
Não cair em tentação Avoiding temptation
Carla Celestino Directora Director
“Há sempre milagres em Bruxelas”, dizia Viktor Orbán, Primeiro-Ministro da Hungria, referindo-se ao orçamento da União Europeia para 2021-2027. Seguiu-se um braço de ferro entre os países da coesão e os ditos “frugais”. Nesta edição tentamos perceber se saímos em prodígio ou em assombro. Mas dói a alma quando olhamos para trás e contemplamos que tínhamos tudo. Estávamos a caminho do céu. No discurso do estado da Nação, o Primeiro-Ministro mostrava o seu rosário com contas de 350.000 novos postos de trabalho e 550.000 pessoas retiradas da situação de pobreza ou exclusão social. Neste santuário, o nosso imobiliário e turismo eram acolhidos em louros. Mas eis que, de repente, um vírus abre os portões do Inferno. Portugal tem mais de 50 mil milhões de euros para sair da tormenta. É muito dinheiro, esperemos que o saiba aplicar de forma sensata. Mas todos sabemos, há sempre tentações. A Magazine Imobiliário celebra sete anos num sector que tem vivido momentos de uma verdadeira “divina comédia”. Mas a nossa equipa já anda há tempo suficiente nestes caminhos para perceber que há sempre “luz ao fundo do túnel”. No dia 22 de Setembro voltamos a reunir profissionais e apoiantes, amigos de longa data, personalidades que têm dado o seu contributo ao País, para comemorar mais um aniversário e marcar a tradicional rentrée, com toda a segurança, claro.
“Miracles always happen in Brussels,” Hungarian Prime Minister Viktor Orbán said in reference to the European Union’s budget for 2021-2027. This was followed by a tug-of-war between the cohesive countries and the socalled “frugal” ones. In this edition of MI, we try to determine whether we left in wonder or amazement/incredulity. But it pains us when we look back and think about how we had everything. Everything was pointing skyward. During the State of the Nation speech, our Prime Minister spoke about how 350,000 new jobs were created and 550,000 people came out of poverty or were no longer socially marginalised. Our dearly beloved real estate and tourism were extolled extensively. But, behold: a virus suddenly opened the gates of Hell. Portugal has €50 billion EUR to weather the storm, which is quite a large sum of money. Let’s hope Portugal knows how to spend it sensibly. We all know, though, that temptations always abound. Magazine Imobiliário is celebrating its seventh anniversary covering an industry that has experienced moments from a veritable “divine comedy.” But our team has walked these paths long enough to know that there is always “light at the end of the tunnel.” On 22 September, we will once again bring together professionals, supporters, long-time friends, and important personalities in the industry who have given a great deal to Portugal, all in the name of celebrating another anniversary – prudently and safely, of course.
Ficha técnica Datasheet
Propriedade Property
Índice
Palavras Aliadas Sociedade Unipessoal, Lda. NIPC – 510 653 901 Av. Duque D’Ávila, 28 – 2.º, Sala 207
Summary
1000–141 Lisboa Telf. / Phone: (+351) 21 134 10 06
12 Prémio Personalidade Turismo 2020
Tourism Personality Award 2020
Mário Ferreira
14 Prémio Personalidade Mérito 2020 Foto de capa Cover photo: DR: TVO0/ istockphoto
4 7º Aniversário 7th Anniversary
6 Prémio Personalidade Imobiliário 2020 Real Estate Personality Award 2020
Eduardo Luís
8 Prémio Personalidade Construção 2020 Construction Personality Award 2020
Ilídio Serôdio
10 Prémio Personalidade Ambiente 2020
Environment Personality Award 2020
Manuel Bóia
48 Atelier
Atelier Broadway Malyan
48 Ventos do Norte
Henrique Polignac de Barros
16 Grande Tema
62 Lá fora
Lead Story Euromilhões Euromillions
34 Metro Quadrado Square Meter Belas Clube de Campo
40 SIL 2020 44 Opinião Opinion
Avenue
46 Opinião Opinion
Millennium bcp
geral@palavrasaliadas.pt www.magazineimobiliario.com Directora Director Carla Celestino Coordenação comercial Commercial co-ordination
North Winds Da cidade para as aldeias Going back to the villages
Merit Personality Award 2020
Telm. / Mobile: (+351) 91 061 61 62
Abroad
Opinião Opinion
Reino Unido United Kingdom
Joaquim Pereira de Almeida Colaboradora Permanente Permanent Contributor Elisabete Soares Fotografia Photography Anabela Loureiro Tradução Translation Frank Miller Grafismo Graphics Rodrigues Silva Contabilidade Accounting Nasceconta Periocidade Frequency Bimestral Tiragem Number printed 3.000 exemplares
64 Paparazzi
Joaquim Pereira de Almeida Sucesso! Sucess!
Impressão Printing Jorge Fernandes, Lda. Rua Qta. de Marcarenhas, 2820 Charneca da Caparica Depósito Legal Legal Deposit 363718/13 SSN – 2183-0517 ERC – 126397 Estatuto editorial disponível em: Editorial policy available at: www.magazineimobiliario.com
Prémios Personalidade 2020 4 Prémios Personalidade 2020
Personality Awards 2020
Personality Awards 2020
7º Aniversário 7th Anniversary
Voltar a estar juntos
Together again
Tradicionalmente, Setembro é sempre um momento de “rentrée” mas estes não são tempos “normais”. Apesar do actual cenário de incertezas não deixa de ser um período de renovação das esperanças. No nosso 7º aniversário, quando lançamos os Prémios Personalidades 2020, continuamos obstinados em acreditar no País. Os avanços e recuos nas estatísticas nacionais não nos demoveram de celebrar os sete anos de intensa actividade e crescimento da Magazine Imobiliário e o reconhecimento de individualidades extraordinárias do panorama nacional. Porque nós merecemos, porque eles (premiados) merecem e porque todo o sector merece voltamos a celebrar, no próximo dia 22 de Setembro, a nossa festa no Vila Galé mas com toda a segurança, claro. Este ano as comemorações trazem três “his-
tóricos” do imobiliário e da construção que deram um contributo inigualável a estes sectores ao longo dos tempos. Há também uma personalidade que tem lutado por um País mais sustentável e eficiente a nível energético e uma figura incontornável que tem sabido navegar pelas águas nacionais e internacionais do turismo. Descubra quem são nas páginas a seguir… Uma palavra ainda de profundo agradecimento para todos os que nos têm acompanhado nesta epopeia imobiliária que já atravessou tempos de bonança e tempestades mas que sempre tem conseguido levar o sector a bom porto. Traditionally, September has been a time for “renewal” – but these times are far from “normal.” Despite today’s circumstances and uncertainties, it is still a time when we can re-
new our hopes. On this our 7th anniversary, we are celebrating by giving out the Personality Awards for 2020 and remain obstinate believers in Portugal. The ups and downs of Portugal’s statistics have not deterred us from celebrating the intense activity and growth that Magazine Imobiliário has experienced or from recognising extraordinary individuals in the industry. Because we deserve it, because the awardees deserve it, and because the entire industry deserves it, we will hold our yearly party at Vila Galé again on 22 September, taking all necessary precautions, of course. This year, the awards go to three “historic” names in real estate and construction who have made unrivalled contributions to these industries for years. There is also one person who has been fighting for a more sustainable and energy efficient Portugal, as well as a famous name who has been navigating the domestic and international waters of tourism. Find out who they are on the following pages… We would also like to include here a word of deep gratitude to all who have been with us throughout this real estate epic. It has brought both times of bounty and nasty storms, but the industry has always managed to find a safe harbour.
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PrĂŠmios Personalidade 2020
Personality Awards 2020
Prémios Personalidade 2020 Personality Awards 2020
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Eduardo Luís Prémio Personalidade Imobiliário 2020 Real Estate Personality Award 2020
Nasceu no dia 6 de Agosto de 1944 em Moçâmedes, na província de Namibe, em Angola, e é o mais velho de cinco irmãos. A sua formação académica passou pela Escola Industrial e Comercial Artur de Paiva, em Lubango (Angola) tendo adquirido o Curso Geral do Comércio com formação complementar em administração, gestão financeira e organização e métodos de empresas. Após o serviço militar obrigatório angolano, iniciou a actividade no Grupo Soma – Sousa Machado & Cª. assumido as funções de tesoureiro, depois técnico de contas e por fim gerente administrativo-financeiro. Devido à guerra civil em Angola, emigra para o Brasil, para a cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, onde vai trabalhar para a firma Megaton como técnico de contabilidade, seguindo-se a chefia da Secção de Organização e Métodos e logo depois cumulativamente gerente administrativo-financeiro. No Brasil trabalha ainda nas empresas Grupo Auto Paraná Veículos e Plásticos do Paraná. Em 1979, por motivos familiares, regressa a Portugal. Nessa altura faz parte da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e inicia também a actividade imobiliária na Construção Civil. Na década de 80 torna-se sócio gerente e fundador da empresa Imobiliária Terraço, que se dedica à Construção Civil e Mediação Imobiliária na Parede, concelho de Oeiras, da qual sai para fundar a sua empresa Futurama - Construção Civil, Projectos e Propriedades,
na mesma zona, ainda hoje em actividade. Em 1987, a Futurama integra a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), na qual chega a ser eleito presidente da Direcção. Em 2014, acaba por sair da APEMIP e passa a fazer parte da recém-criada Associação dos Mediadores do Imobiliário de Portugal (ASMIP), na qual é eleito presidente do Conselho Fiscal e assume posteriormente o cargo de vice-presidente para a Zona Centro. Membro fundador do Rotary Clube de Parede-Carcavelos, jornalista e opinion maker, gosta nos seus tempos livres de dedicar-se à pintura, jardinagem, música, leitura, viajar e pescar. Born on 6 August 1944 in Moçâmedes in the Province of Namibe, Angola, he is the oldest of five siblings. He studied at the Artur de Paiva School of Industry and Commerce in Lubango, Angola, and completed his degree in the General Business Course with complementary training in administration, financial management, and business organisation and methods. After his compulsory service in the Angolan military, he began his career as treasurer at the Soma – Sousa Machado & Cª. Group, later becoming an account technician ans finally an administrative-financial manager. Due to the civil war in Angola, he migrated to Curitiba in the State of Paraná, Brazil, where he began working for Megaton. Starting as
an accountant, he later became head of the firm’s Organisation and Methods Division and then finally administrative-financial manager. In Brazil, he also worked at the Paraná Vehicles Auto Group and Paraná Plastics. In 1979, he returned to Portugal for family reasons. At that time, he became a member of the Order of Chartered Accountants and also made his foray into the real estate world, starting with Civil Construction. In the 1980s, he became a managing partner and founder of real estate company Terraço, which was dedicated to Civil Construction projects and Real Estate Brokerage in Parede in the county of Oeiras. From there, he left to found Futurama – Civil Construction, Projects, and Properties in the same neighbourhood, a company that is still in business today. In 1987, Futurama became part of the Association of Real Estate Agencies and Realtors of Portugal (APEMIP), and he ended up getting elected Chairman of the Board. In 2014, he left APEMIP and became a member of the recently founded Portuguese Realtors Association (ASMIP) where he was elected president of the Financial Council and subsequently assumed the position of Vice President for the Center Region. Founding member of the Rotary Club of Parede-Carcavelos, a journalist and opinion maker, he likes to spend his free time painting, gardening, listening to and making music, reading, travelling, and fishing.
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PrĂŠmios Personalidade 2020
Personality Awards 2020
Prémios Personalidade 2020 Personality Awards 2020
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Ilídio Serôdio Prémio Personalidade Construção 2020 Construction Personality Award 2020
Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, é master of Sciences in Civil Engineering, MSCE, pela Purdue University, nos Estados Unidos da América (EUA), e Master in Business Administration, MBA, pelo International Management Institute (IMD) da Universidade de Geneva, na Suíça. Começou por estagiar na empresa Adjeleian & Associates em Otava, Canadá, seguindo-se a alemã Ed. Züblin AG. Trabalhou no Gabinete de Estudos e Planeamento da Junta Autónoma de Estradas, tendo, em paralelo, frequentado a Universidade de Purdue, nos EUA, onde tirou um curso de Planeamento de Transportes e obtido o grau de Master of Sciences, além do prémio Student O’Farril Highway Award. Em Angola foi assistente e regente na Universidade de Luanda, tendo trabalhado na Junta Autónoma de Estradas de Angola e ASPA, além de ter sido assessor do ministro dos Transportes e Comunicações angolano. Na empresa Consulplano chefiou diversos estudos e projectos, bem como foi responsável pelas relações internacionais da empresa, em especial as joint-ventures, com firmas da Alemanha, Inglaterra, China, EUA, Malásia, Moçambique e Zimbabwe, países da África francófona e lusófona, países árabes e América Latina. Actualmente é presidente do Conselho de Administração da empresa que constitui a “holding” do Grupo PCG Profabril Consulplano Global SA, cargo que assume também nas
empresas PCG Profabril XXI, Defint, PAL Asiaconsult (Macau), Asiaconsult Pacific (Hong Kong), PCG Portuguese Consulting Group, LTD (Hong Kong) e PT Partono Fondas Engineering Consultant (Indonésia). Com um percurso extraordinário, fala ainda fluentemente português, inglês, francês, espanhol, alemão, italiano, sueco e, “algum”, mandarim. Having received his bachelor’s degree in Civil Engineering from the Instituto Superior Técnico, he then traveled to the U.S. to pursue a Master’s of Science in Civil Engineering (MSCE) at Purdue University and then to Switzerland for his Master’s in Business Administration (MBA) at the University of Geneva’s International Management Institute (IMD). Serôdio began his career as an intern at Adjeleian & Associates in Ottawa, Canada, and then went to German company Ed. Züblin AG. He worked at the Studies and Planning Office of the Autonomous Road Authority, appropriate given his coursework in Transport Planning at Purdue University and his Student O’Farril Highway Award. In Angola, he was an assistant and regent at the University of Luanda, having worked at Angola’s Autonomous Road Authority and as an assistant to Angola’s Minister of Transportation and Communications. While at Consulplano, he directed several studies and projects and was also responsible for the company’s international relations,
especially its joint-ventures, with firms from Germany, England, China, the U.S., Malaysia, Mozambique, Zimbabwe, other francophone and lusophone countries in Africa, Arab countries, and countries in Latin America. Today, Serôdio is Chairman of the Board of Directors of the “holding” company of the Profabril Consulplano Global, S.A., Group (PCG), a position he also holds at PCG Profabril XXI, Defint, PAL Asiaconsult (Macau), Asia consult Pacific (Hong Kong), PCG Portuguese Consulting Group, LTD (Hong Kong), and PT Partono Fondas Engineering Consultant (Indonesia). Serôdio’s extraordinary career has even gifted him with a few languages. He speaks Portuguese, English, French, Spanish, German, Italian, and Swedish fluently, along with “some” Mandarin.
10 PrĂŠmios Personalidade 2020 Personality Awards 2020
Prémios Personalidade 2020 Personality Awards 2020
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Manuel Bóia Prémio Personalidade Ambiente 2020 Environmnet Personality Award 2020
Licenciado em Engenharia Mecânica e Mestre em Engenharia e Gestão de Tecnologia, ambos pelo Instituto Superior Técnico, foi vogal do seu Conselho Directivo e ainda Gestor de Projecto, Consultor e Investigador na área de Economia e Políticas de Desenvolvimento em Inovação no IN+ (Center for Innovation, Technology and Policy Research). A sua carreira profissional passou pela Câmara Municipal de Lisboa na qualidade de assessor sénior na área do Ambiente e Energia e posteriormente foi director técnico na empresa CONSULFIN, S.A, e, em acumulação, director técnico na TEC RAIL SOLUTION, S.A., Luanda. É colaborador da ADENE - Agência para a Energia desde 2013. Nesta entidade já exerceu as funções de coordenador de Direcção/ CF & AO, foi vogal do Conselho de Administração e responsável pelas actividades de Planeamento & Finanças, Assuntos Jurídicos e Procurement. Responsável pelo Sistema de Certificação Energética dos Edifícios, a ele se deve a nova marca “Certificar é Valorizar” e um novo mo-
delo de verificação e garantia de qualidade desta certificação. Assumiu ainda na ADENE a responsabilidade pelas actividades de incubação de novos produtos e serviços, tendo por objectivo a promoção e evolução das melhores práticas junto de consumidores e agentes de mercado. With a Bachelor’s in Mechanical Engineering and a Master’s in Engineering and Technology Management (both from the Instituto Superior Técnico), he was a member of its Board of Directors and also a Project Manager, Consultant, and Researcher in the area of Economics and Development Policies for Innovation at the Centre for Innovation, Technology, andPolicy Research (IN+). His professional career has seen him work for the Lisbon’s city government as a senior advisor in the Environment and Energy division and was later technical director at CONSULFIN, S.A, and wassubsequently in the same role at TEC RAIL SOLUTION, S.A., Luanda. He has been an employee ofPortugal’s En-
ergy Agency (ADENE) since 2013. While there, he has already been the CF & AO Directorate coordinator, a member of the Board of Directors, and the head of Planning & Finance, Legal Affairs, and Procurement. He is responsible for the Building Energy Efficiency Certification System and is the person behind the new slogan “Getting certified adds value” (“Certificar é Valorizar” in Portuguese) and a new model for verifying and ensuringquality in these certifications. Also at ADENE, he has taken on responsibility of oveseeing the creationof new products and services, with the objective of developing and promoting best practices alongside consumers and other agents in market.
12 PrĂŠmios Personalidade 2020 Personality Awards 2020
Prémios Personalidade 2020 Personality Awards 2020
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Mário Ferreira Prémio Personalidade Turismo 2020 Tourism Personality Award 2020
Com 52 anos, é casado com Paula Ferreira e pai de quatro filhos. Nascido em Matosinhos é um “self made-man” e reconhecido empresário português. É licenciado em Gestão de Empresas Turísticas, pela Universidade Lusófona, tem uma pós-graduação em Gestão Avançada para Gestores de topo na IESE, pela Universidade de Navarra, Espanha, e terminou também com sucesso o curso de Auditores de Defesa Nacional 2004/5. Presidente do Grupo Pluris Investments possui um vasto portfólio e investimentos que vão desde os drones ao ensino pré-escolar, comunicação, aviação privada, imobiliário, seguros, energias renováveis, produtos farmacêuticos ou comboios históricos. Mas é mais conhecido como CEO da DouroAzul, empresa líder de cruzeiros fluviais em Portugal, e pela hotelaria, tendo reabilitado o histórico edifício do Monumental no Porto, entre outros. A nível internacional detém a empresa alemã de cruzeiros fluviais Nicko Cruises e nos Estados Unidos da América é proprietário da empresa Atlas Ocean Voyages que realiza cruzeiros de expedição para zonas remotas do planeta, como a Antárctica. Visionário, já tem os olhos postos no turismo espacial. É Cônsul Honorário da República da Estónia, no Porto, e curador da Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento. Foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa por duas vezes tendo recebido o título
de Comendador da Ordem de Mérito Agrícola, Comercial e Industrial. Recebeu também a Ordem da Cruz da Terra Mariana do Presidente da República da Estónia e foi condecorado com a medalha do Pacificador pelo exército do Brasil. Recebeu igualmente a medalha de mérito da Câmara Municipal do Porto e a medalha de ouro de mérito empresarial da Câmara Municipal de Gaia. At 52 years of age, Mário Ferreira is married to Paula Ferreira and is father to four children. Born in Matosinhos, he is a “self made-man” and a recognised businessman throughout Portugal. Ferreira received his undergraduate degree in Tourism Business Administration from Universidade Lusófona, has a postgraduate degree in Advanced Management for Top Managers at IESE from the University of Navarra (Spain), and also successfully completed the 2004-05 National Defence Auditors course. Now President of Pluris Investments Group, he possesses a vast portfolio and wide variety of assets that range from drones, pre-schools, communications, and technology to private aviation, real estate, insurance, renewable energies, pharmaceutical products, and historic trains. But Ferreira is better known as the CEO of DouroAzul, one of Portugal’s leading companies for river cruise boats, and for his work in the hospitality industry, having renovated the historic Monumental Palace building in Porto.
Internationally, he owns river cruise company Nicko Cruises in Germany, as well as Atlas Ocean Voyages in the U.S., which offers expeditionary cruises to remote corners of the planet such as Antarctica. Being the visionary he is, Ferreira already has his eyes set on space tourism. He is the Honorary Consul for the Republic of Estonia in Porto and curator of the LusoAmerican Development Foundation. Ferreira has been twice decorated by the President of the Portuguese Republic, receiving the title of Officer of the Order of Agricultural, Commercial, and Industrial Merit. He was also decorated with the Order of the Cross of Terra Mariana by the President of the Republic of Estonia and the Peacemaker Medal by the Army of Brazil, as well as the City of Porto’s Medal of Merit and the Gold Medal of Entrepreneurial Merit from the City of Gaia.
14 PrĂŠmios Personalidade 2020 Personality Awards 2020
Prémios Personalidade 2020 Personality Awards 2020
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Henrique Polignac de Barros Prémio Personalidade Mérito 2020 Merit Personality Award 2020
Nascido a 18 de Julho de 1950, é formado em Economia e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Economia de Lisboa (actual ISEG). No seu percurso profissional passou por diversas instituições financeiras, nomeadamente em Paris, Londres e Lisboa, tendo também trabalhado na indústria vinícola e nos sectores dos materiais de construção e ambiente. Apesar do seu percurso notável, cedo compreendeu que a sua verdadeira paixão seria a de criar algo inovador no sector do Imobiliário. E é assim que, na década de 80, se inicia na qualidade de promotor imobiliário. Aliás, o seu primeiro grande projecto em Lisboa, o Campo Grande 220, tornou-se uma referência no panorama do imobiliário nacional. A partir daqui não mais parou e desenvolveu diversos projectos de habitação, escritórios, comércio e estacionamento. Visionário e homem de iniciativa, conseguiu reunir um grupo de empresários e investidores, na altura com projectos imobiliários emblemáticos em Lisboa, no litoral Atlântico e no Algarve, para, em conjunto, constituírem uma associação de profissionais que dotasse o País de uma entidade que dignificasse o sector. Foi assim, há quase 30 anos e com apenas cinco fundadores, que surgiu a APPII - Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, estava-se em 1991. Hoje é uma referência e conta com mais de duas
centenas de associados, entre eles alguns dos maiores e mais prestigiados promotores e investidores imobiliários, nacionais e estrangeiros, que operam de Norte a Sul do País. São, como diz, “mais de três décadas (uma vida!...) dedicados ao sector da Promoção Imobiliária, com tudo o que isso comporta, de momentos bons e de outros menos bons, mas todos sempre vividos com grande intensidade”. Born 18 July 1950, de Barros studied Economics and Business Administration at the Higher Institute of Economics of Lisbon (now ISEG). Throughout his professional career, he has passed through several financial institutions in Paris, London, and Lisbon and has also worked in the wine industry and the construction materials and environmental sectors. Despite his noteworthy career, he knew early on that his true passion lie in creating something innovative for the real estate industry. Thus, in the 1980s, he began working as a real estate developer. In fact, his first large in Lisbon, Campo Grande 220, became a point of reference in Portugal’s national real estate landscape. He’s never stopped since and has worked on a wide range of housing, office, commercial, and car park projects. A visionary and a man of initiative, he managed to bring together a group of entrepreneurs and investorsworking at the time on iconic real estate projects in Lisbon, on Portugal’s Atlantic coast, and in the Algarve, to
establish an association of professionals that would dignify the sector in Portugal. It was thus that, almost 30 years ago and with only five founding members, the Portuguese Association of Real Estate Investors and Developers (APPII) came into being in 1991. Today, it is a leader in the industry and has more than two hundred associates, counting among its ranks some of the largest and most prestigious real estate investors and developers – of both domestic and foreign extraction – operating throughout Portugal. As he says, they have been “dedicated to Real EstateDevelopment, with all that it entails, for more than three decades (a lifetime!) – through good times and others that have been less good. But, no matter the case, all these moments have always been very intense.”
Grande Tema 16 Grande Tema
Lead Story
Lead Story
Euromilhões Euromillions
Abrir os cordões à bolsa Opening the purse strings
Grande Tema
17
Foto Photo: PhotoIndysystem/ istockphoto
Lead Story
Texto Text: Carla Celestino
Ao final de cinco dias de intenso debate saiu “fumo branco” do Conselho Europeu, em Bruxelas, com a aprovação do programa de recuperação económica para os Estados-membros da União Europeia (UE). Mas será que foi um bom negócio para Portugal? À esquerda e à direita dizem que sim mas com reticências. At the end of five days of intense debate, “white smoke” rose from the European Council in Brussels after the economic recovery programme for the European Union’s member states was approved. But did Portugal get a good deal? Both the left and the right say that it did for the most part but that they still have reservations.
18 Grande Tema Lead Story
No total entre as verbas disponibilizadas pelo próximo Quadro Financeiro Plurianual e as verbas mobilizadas a partir do programa de recuperação, Portugal terá disponíveis 45 085 milhões de euros. In total, between the funds made available through the next Multiannual Financial Framework and the funds from the recovery programme, Portugal will have €45.085 billion EUR at its disposal.
Quantos milhões? How many millions? • Ao todo estamos a falar de 750 mil milhões de euros que vão ser distribuídos entre 390 mil milhões em subsídios e 360 mil milhões em empréstimos que vão ser disponibilizados a todos os Estados-membros da UE.
• In total, we’re talking about €750 billion EUR, which will be divided up into grants worth a total of €390 billion EUR and €360 billion EUR in grants which will be available to all EU member states.
• O Primeiro-Ministro trouxe na bagagem para Portugal um envelope de 45 mil milhões de euros que o Governo deverá aplicar na recuperação do País nos próximos 10 anos, do qual 15 mil milhões serão aplicados na recuperação e 30 mil milhões de orçamento.
• The Prime Minister brought something back to Portugal with him: an envelope containing a check for €45 billion EUR that the Government must use in the next 10 years to help the country recover, €15 billion EUR of which will be from the recovery programme itself. The other €30 billion EUR will be from the budget.
• Como na altura António Costa esclareceu, “teremos como subvenções um total de 15 266 milhões de euros e o acesso a 10 800 milhões em empréstimos” no programa de recuperação. Tendo acrescentado que, no total entre as verbas disponibilizadas pelo próximo Quadro Financeiro Plurianual e as verbas mobilizadas a partir do programa de recuperação, Portugal terá disponíveis 45 085 milhões de euros”.
• As Costa clarified at the time, “we will receive €15.266 billion EUR in grants and will have access to €10.8 billion EUR in loans” as part of the recovery programme. He also added that, in total, between the funds made available through the next Multiannual Financial Framework and the fundsfrom the recoveryprogramme, Portugal will have €45.085 billion EUR at its disposal.
• O Estado português terá de aplicar nos próximos anos mais de 12 mil milhões de euros do actual Portugal 2020 que se encontra ainda a decorrer, 15 mil milhões de euros do programa de recuperação e cerca de 30 mil milhões de euros do próximo Quadro Financeiro Plurianual, perfazendo um total de 57,9 mil milhões de euros.
• Portugal’s government will have to use more than €12 billion EUR from the current Portugal 2020programme over the next few years, as well as €15 billion EUR from the recovery programme and €30 billion EUR from the next Multiannual Financial Framework, making for a total of €57.9 billion EUR.
Foto Photo: Caixa roibu/ istockphoto
No dia 21 de Julho, no final da sessão, António Costa afirmou que “os resultados deste Conselho (que decidiu as verbas de apoio para cada Estado-membro) surgem num momento muito importante, num momento em que o País luta para continuar a conter a pandemia, para manter vivas as empresas, os postos de trabalho, os rendimentos das famílias, e num momento em que todos precisamos de energia suplementar, de ânimo e de confiança na capacidade de reconstruirmos o futuro”. Salientando ainda que esta é “uma oportunidade que o País não pode desperdiçar”. Mas uma questão impõe-se: Foi um bom acordo? O eurodeputado pelo Partido Social Democrata (PSD), Paulo Rangel, considera que o acordo comunitário é “benéfico para Portugal e para a Europa” e “uma oportunidade muito grande para o País”. Mau grado, a sua principal preocupação centra-se na forma como “este dinheiro vai ser gasto e quais os critérios” da sua aplicação, pois, como recorda, “a experiência anterior, que é longa, não é da lógica de fundos de coesão de investir e deixar de precisar deles
Grande Tema Lead Story
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O conhecimento para combinar competências. A isenção para gerir as partes. O rigor para multiplicar resultados. Como peças que se encaixam na perfeição, assim é a Gestão Integrada de Projetos que desempenhamos e que nos trouxe até aqui: a duas décadas de projetos concretizados com sucesso.
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20 Grande Tema Lead Story
Temperatura Temperature
Expectativas elevadas
Heightened expectations O mercado de investimento em imobiliário em Portugal manteve um forte dinamismo ao longo do primeiro semestre de 2020, mesmo com o impacto visível causado pela pandemia de Covid-19. O imobiliário de rendimento reportou na primeira metade do ano 2020 o valor recorde de 1.700 milhões de euros transaccionados, valor jamais alcançado no primeiro semestre de anos anteriores. Tendo em conta a dimensão de algumas transacções actualmente em curso, a expectativa para a segunda metade do ano é de um investimento em imobiliário de rendimento na ordem dos 1.000 milhões de euros. The real estate investment market in Portugal was strong throughout Q1 2020, even with the visible impact caused by the COVID-19 pandemic. A record €1.7 billion EUR were traded in the real estate industry during the first half of 2020, an amount that has never been reached in the first half of previous years. Keeping in mind the size of some of the transactions currently underway, the second half of the year is expected to see investments in real estate with yields of around €1 billion EUR. Departamento de Research da CBRE
mas de precisar eternamente deles”, embora reconheça que “muita coisa mudou no País graças aos apoios comunitários”. Outro ponto que salienta é que “estes pacotes ficaram muito para trás das políticas europeias que deviam de ser mais ambiciosas”. E dá os exemplos da ciência e da investigação, que “são críticas para que a Europa a prazo possa ser um competidor da China e dos Estados Unidos” e até mesmo para Portugal porque “os nossos cientistas não têm massa crítica para sozinhos terem projectos para se mostrar”; do Erasmus+ que “não é compreensível porque deve ser o projecto europeu com maior sucesso”; e dos instrumentos de saú-
de pública que “nesta pandemia falharam, eram porque são maus mas porque estavam voltados para o apoio às doenças crónicas”, ora “as infecções são transnacionais” pelo que a “União Europeia tinha prometido criar estruturas para isto mas o que facultou ficou aquém das expectativas”. O eurodeputado do Bloco de Esquerda (BE), José Gusmão, alerta para o facto deste “acordo não compensar os cortes que estão a ser feitos numa série de envelopes que são estratégicos para o nosso País, que, ainda por cima amontoam cortes que já vinham de Quadros Financeiros Plurianuais anteriores”. Como avança, existem cortes de 7,5% na po-
CBRE’s Research Department
22 Grande Tema Lead Story
Nevão Snow
Foto Photo: olrat/ istockphoto
EXPO REAL Hybrid Summit
lítica de coesão, de 12% na PAC (Política Agrícola Comum), de 16% nas pescas e de 3,8% no fundo específico para as regiões ultraperiféricas insulares, nomeadamente os Açores e a Madeira. Perante este cenário, afirma que “o Governo para se salvar a si próprio, comprometeu o futuro da nossa posição no orçamento comunitário para conseguir ter este fundo de recuperação”.
Bonds & rebates
Mais importante do que as verbas atribuídas no âmbito do programa de recuperação (ver quadro: Quantos milhões?) foi o precedente que se abriu para o futuro da política europeia da emissão, pela primeira vez, de dívida conjunta, desta feita para financiar um programa de recuperação face ao dramatismo que as economias dos países da UE enfrentam devido à crise provocada pela pandemia de Covid-19. Na prática, o que foi acordado, e que já era uma reivindicação portuguesa, é que em vez de cada Estado-membro emitir a sua dívida, é emitido um “eurobond” comum que, como José Gusmão faz a ressalva, “não assume este nome para não ferir susceptibilidades”.
Refira-se que este acordo tentou-se agradar a “gregos e troianos”, em particular aos designados países “frugais” (Países Baixos, Dinamarca, Áustria e Suécia), o que levou o presidente do Conselho Europeu a sugerir a manutenção dos polémicos “rebates” (descontos). Assim, este quarteto dos países ricos, dos contribuintes líquidos, a que António Costa chamou de “forretas”, acabou por sair ainda mais reforçado. Conforme o eurodeputado do BE explica: “Para comprar o acordo dos chamados países “frugais”, que de frugais não têm nada, foi preciso aumentar os rebates das economias, ou seja, o orçamento vai ser ainda mais desfalcado com os “cheques” que vão ser passados a essas economias, pelo que temos mais de 50 mil milhões de euros que vão ser pagos aos quatro frugais e mais à Alemanha”. E salienta que em vez dos rebates estarem a acabar, o que se verificou foi que aumentaram, sendo que no caso da Áustria quase que triplicaram. Na sua opinião o “mais hipócrita em toda esta negociação é que os países que passam a vida a falar de regras aos outros vão receber cheques do orçamento comunitário que são passados totalmente à margem das re-
Este ano a EXPO REAL que decorre em Munique, na Alemanha, vai ter um novo formato e novas datas: 14 e 15 de Outubro. Este evento “baseia-se em três pilares: o primeiro são as conferências nas quais se pode participar localmente ou via transmissão digital ao vivo; o segundo é dedicado à exposição que acompanha as conferências e o terceiro são os espaços de exposições de áreas temáticas específicas. Uma área temática será a plataforma de start-up ‘EXPO REAL Innovation’. A abordagem híbrida permite uma participação presencial limitada de aproximadamente 3.700 visitantes no local – além dos oradores e das equipas dos expositores - e oferece a todos que não podem viajar para Munique a oportunidade de acompanhar e discutir online os tópicos actuais do sector”. This year, EXPO REAL, which is typically held in Munich, Germany, will have a new format and new dates (14 and 15 October). This event “is based on three pillars . The first consists of the conferences which people can participate in locally or via live stream. The second is the exhibition that accompanies the conferences. And the third are the exhibition spaces that are set up with specific themed areas, one of which will be dedicated to the ‘EXPO REAL Innovation’ start-up platform. This hybrid approach will allow for a limited number of people to participate in-person – about 3,700 visitors in addition to the speakers and exhibitors’ teams – and offers all those who can’t travel to Munich the chance to follow along and discuss current topics that are relevant to the industry online.” Claudia Boymanns Directora do EXPO REAL Hybrid Summit Director of EXPO REAL HybridSummit
24 Grande Tema Lead Story
Fora da caixa Out of the box
Consumidores poupam 37,2M€
Consumers save €37.2 million EUR No leilão solar, que se realizou nos dias 24 e 25 de Agosto, o ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que foi atingida a “tarifa mais baixa do mundo” no único lote adjudicado com preço fixo no valor de 11,14 euros por megawatt/hora. Este leilão solar vai permitir disponibilizar pontos de ligação na rede para 700 megawatts, distribuídos por 12 lotes, situados no Alentejo e no Algarve, e uma poupança na ordem dos 559 milhões de euros a 15 anos e de 37,2 milhões de euros a nível anual. During the solar auction which took place on 24 and 25 August, Environment and Climate Action Minister João Pedro Matos Fernandes stated that the “lowest price in the world” was reached in the single lot awarded with a fixed price in the amount €11.14 EUR per megawatt/hour. This solar auction will make it possible to provide connection points on the network for 700 megawatts, distributed over 12 lots located in the Alentejo and the Algarve. Savings will amount to around €559 million EUR over 15 years and €37.2 million EUR yearly.
gras financeiras que orientam o orçamento comunitário (que estão relacionadas com o rendimento per capita das várias economias) e nem se quer estão previstos nos tratados”.
Estabelecer prioridades
Paulo Rangel mostra-se “extremamente preocupado” com a forma como vão ser aplicadas as verbas comunitárias porque, como diz, “já temos exemplos muito maus” e apon-
ta o dedo à questão da TAP que corresponde a “10% do pacote de ajuda para a pandemia” e “numa companhia que não sabemos qual é o seu futuro”. O Governo já assumiu que o novo aeroporto perdeu alguma urgência no contexto de crise na aviação, pelo que a tónica centra-se agora no comboio de alta velocidade (TGV) e ambos os eurodeputados estão de acordo quanto à necessidade deste projecto.
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mica pós-Covid-19, António Costa Silva, traçou uma proposta de visão estratégica que se encontra actualmente em debate público e da qual deverá sair um Plano de Recuperação sobre a alocação dos fundos comunitários que deverá ser apresentado à Comissão Europeia em Outubro. Depois desse mês, segue-se um período de negociações e tudo leva a crer que estará fechado e pronto a ser aplicado no dia 1 de Janeiro de 2021. Na apresentação oficial desta estratégia, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendeu que “o fundo de recuperação não deve ser apenas um estímulo económico imediato” mas deve também apostar na “dupla transição digital e na descarbonização da nossa economia e da nossa sociedade”, reforçar a “nossa autonomia estratégica e a industrialização do País” e investir “na correcção das desigualdades e no combate ao envelhecimento demográfico”. Fala-se muito na era pós-Covid numa altura em que ainda somos D. Quixotes a lutar contra castelos invisíveis. A partir de 2021 o País terá vários anos para se adaptar, mudar e inovar mas, até lá, os próximos meses vão ser,
seguramente, muito duros para a economia e para as empresas até iniciarem a sua real convalescença e fortalecimento.
Imobiliário é valorizado?
Para o eurodeputado do BE, o imobiliário “é uma área à qual vai ser preciso dar muita atenção”. José Gusmão chama a atenção para o facto de, neste momento, existir “uma transformação em alguns centros urbanos, em que são já muitos os imóveis que estão a ser reafectados das actividades turísticas para o alojamento convencional”. No seu ponto de vista, tal “deve ser aproveitado para tomar um conjunto de medidas mais sistemáticas no sentido de reduzir o peso da compra de habitação própria e associar outras medidas fiscais que, basicamente, penalizem o absentismo dos imóveis para habitação e forcem os proprietários a colocá-los no mercado”. Há ainda um outro aspecto que destaca, que “resulta da crise”, e que se prende com “uma estratégia nacional para promover o investimento na reabilitação urbana com um forte pendor na eficiência energética”. A reabilitação urbana é também o foco do
Um aspecto que resulta da actual crise prendese com uma estratégia nacional para promover o investimento na reabilitação urbana com um forte pendor na eficiência energética. Something that has come out of this current crisis is the need to develop a national strategy to promote investment in urban renovation projects with a strong preference for energy efficiency.
Grande Tema Lead Story
Paulo Rangel recorda que quando foi deputado na Assembleia da República condenou este projecto “naquela altura” porque se tinha “optado por um modelo dispendioso para as finanças públicas” e “porque já se tinha esgotado as verbas com as rodovias”. Hoje, defende que “se houver um novo pacote para infra-estruturas, a ferrovia tem de ser a prioridade”, embora “tenha dúvidas em relação ao TGV Lisboa-Madrid”. Retomar este projecto é, para José Gusmão, “oportuno”, salientando que, há uns anos, “a visão míope e oportunista da direita portuguesa inviabilizou esta obra, que se torna cada vez mais evidente que é fundamental para o País”. Defendendo que “uma ligação da rede ferroviária de alta velocidade europeia é fundamental” e que até poderia haver duas, “uma a partir do Porto e outra de Lisboa”. No seu entender, a aposta na ferrovia do País só traz vantagens, nomeadamente “a ligação com o interior, com os centros urbanos, al-
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ternativas ao transporte individual, redução das emissões de carbono e da factura do País com a importação de energia do exterior”. Esta é também uma ideia compartilhada por Paulo Rangel. Salienta ainda que as “instituições europeias já defendem que os países, Portugal em particular, devem ter algum nível de soberania em sectores estratégicos, como seja a agricultura e os serviços essenciais como a saúde, o que significa que uma parte dos recursos do fundo de recuperação deve ser canalizada para estas áreas”.
Era pós-Covid
De acordo com as palavras do Primeiro-Ministro, “é fundamental que o País tenha uma visão estratégica que sirva de linha condutora para os vários instrumentos que, ao longo destes 10 anos, enquadrarão a execução destes fundos comunitários”. Foi neste âmbito que o consultor do Governo e responsável pelo plano de retoma econó-
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eurodeputado do PSD que, como diz, “não é tão rentável como a construção de raiz” mas “onde já se fez muito com grande qualidade e onde ainda está muita coisa a acontecer”. Aliás, como salienta, “uma boa parte do investimento estrangeiro veio para reabilitar o centro histórico das cidades” e foi “um grande factor impulsionador do turismo”. Paulo Rangel defende ainda que “é preciso manter o investimento estrangeiro, ainda mais quando a Grécia aprovou uma lei parecida com a portuguesa (programa ARI)” e que “estes instrumentos podem fazer a diferença no rearranque da nossa economia”. At the end of the Council’s session on 21 July, António Costa affirmed that “this Council’s
results (which decided how much support funding each member state would receive) come at a very important time, a time when Portugal is continuing to fight to contain the pandemic, to keep companies and jobs alive, to support families and their incomes, a time when we all need extra energy, courage, and confidence in our ability to rebuild our future.” He also stressed that this is “an opportunity that the country cannot waste.” Just one question, though: was it a good agreement? Paulo Rangel, a European Parliament Member (MEP) from Portugal’s Social Democratic Party (PSD), believes the Community’s agreement is “beneficial for Portugal and for Europe,” as well as “a huge opportunity for the
country.” Unfortunately, he is partricularly concerned with how “this money is going to be spent and what the criteria [for using it] will be” because, as he recalls, “prior experience, which is rather extensive, tells usthese rescue funds aren’t simply invested and no longer needed. Rather, they are needed forever.” Despite this, he recognises that“a lot has changed in the country thanks to support from the European Community.” Another point he stresses is that “these packages are far behind European policies, which should be more ambitious.” And he gives examples such as science and technology, which “are critical for Europe to be able to compete long-term with China and the United States.” and are even critical for Portugal itself because “our scientists don’t have the critical mass to show off their projects just by themselves;” Erasmus+ (“it is incomprehensible because this should be Europe’s most successful project”); and public health institutions, which “failed during this pandemic not because they’re bad but rather because they had been designed to focus on chronic diseases.” But “infections are transnational,” though, so the “European Union had promised to create structures for this, but what it provided did not live up to expectations.” José Gusmão, MEP from the Left Block (BE), warns that this “agreement does not compensate for the cuts that are being made in a number of areas that are strategic for our country, which are piled on top of other cuts that already came from previous Multiannual Financial Frameworks.” According to Gusmão, there have been cuts amounting to 7.5% in cohesion policy, 12% in the Common Agricultural Policy (PAC), 16% in fisheries, and 3.8% in the fund specifically set up for Portugal’s outermost island regions, namely the Azores and Madeira. In consideration of all this, he believes that “the Government, to save itself, has compromised the future of our position with the EU’s Community budget in order to get this rescue fund.”
Bonds&rebates
More important than the funds distributed through the recovery programme (see the “How many millions?” box) was the precedent that was set for the future of European policy, as joint debt was issued for the first time to finance a recovery programme that would support the economies of EU countries that
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Em que ficamos? Where we are now
A que horas vamos beber um café? When are we going for a coffee?
have been facing countless hardships due to the crisis caused by the COVID-19pandemic. In practice, what was agreed upon – and what was already a vindication for Portugal – was that, instead of each member state issuing its own debt, a common “eurobond” would be issued, which, Gusmão points out, “are not [officially] named this so as to not upset people.” This agreement attempted to appease both “Greeks and Trojans,” particularly the socalled “frugal” countries (the Netherlands, Denmark, Austria, and Sweden), which led the President of the European Counvil to suggest that the controversial “rebates” be maintained. Thus, this quartet of wealthy countries, of net contributors, which Costa has called the “scrooges,” has ended up coming out of this strengthened even more. The BE MEP explains, “To purchase the agreement from the so-called ‘frugal’ countries, which aren’t frugal at all, the economy rebates had to be increased. In other words, the budget is going to be even more embezzled by the ‘checks’ that are going to be sent to those economies. So, we’ve got more than €50 billion EUR that are going to be paid out to the frugal four and to Germany as well.”
Gusmão also says that, instead of the rebates ending, they were actually increased; in Austria’s case, they nearly tripled. In his opinion, the “greatest piece of hypocrisy during all these negotiations has been that the countries that lecture others about rules are going to receive checks from the European Community’s budget that will be written entirely outside the financial rules that guide the Community’s budget (which are related to the per capita income ofeach of the various economies) and are not even provided for in the treaties.”
Establishing priorities
Paulo Rangel is “extremely worried” about how the Community funds will be used because, as he says, “we already examples [of how such funds were used] very poorly.” He gives TAP as an example; the airline, a “company whose future is uncertain,” is set to receive “10% of the pandemic rescue package.” The Government has determined that the new airport has lost some of its urgency given aviation’s current crisis, so the focus has now switched to high-speed rail, whichboth MEPs agree is a necessity. Rangel recalls that, when he was a Member
No que toca ao alargamento dos horários dos cafés e similares no sentido de acompanharem o regime definido para os restaurantes parece não haver consenso entre as autarquias. De acordo com a AHRESP, a Câmara Municipal de Mafra permite o funcionamento dos cafés e similares até às 00h00; a Câmara Municipal de Cascais decidiu restabelecer os horários vigentes antes da pandemia com a limitação definida para os restaurantes; as Câmaras Municipais de Palmela, Almada, Barreiro, Alcochete, Sesimbra e Seixal permitem o funcionamento até às 22h00; e a Câmara Municipal de Lisboa decidiu aplicar os horários vigentes antes da pandemia, incluindo os localizados em centros comerciais, com excepção dos cafés e similares que apenas podem funcionar até às 21h00. When it comes to extending the hours of cafés and the like in order to follow the guidelines set out for restaurants, local governments can’t seem to reach a consensus. According to AHRESP, Mafra’s local government allows cafés and similar establishments to operate until 00h00; Cascais has decided to let such businesses operate during the same hours as before the pandemic with limitation guidance for restaurants in place; Palmela, Almada, Barreiro, Alcochete, Sesimbra, and Seixal allow such establishments to run until 22h00; and Lisbon has decided to allow the same schedules as before the pandemic, including for places located inside shopping malls (except for cafés and the like, which must close at 21h00).
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Pedro Siza Vieira, Portugal’s Minister of State, Economy, and Digital Transition, argued that “the recovery fund should not be just an immediate economic stimulus” but should also focus on “a double digital transition and the decarbonisation of our economy and society,” strengthen “our strategic autonomy and Portugal’s industrialisation,” and invest in “correcting inequalities and combating demographic ageing.” Much is talked about in the post-COVID era, a time when we’re D. Quixotes fighting against invisible castles. Beginning in 2021, Portugal will have several years to adapt, change, and innovate, but, until then, these next few months will undoubtedly be very hard for the economy and for businesses to even begin to really convalesce and regain their strength.
Real estate is valuable?
of Portugal’s Assembly of the Republic, he condemned the project “at the time” because Portugal had been “relying on a costly model for the country’spublic finances” and “because the funds had already all been spent on the motorways.” Today, he argues that, “if a new infrastructure package should comeout, rail has to have priority,” although he harbours “doubts about a high-speed train between Lisbon and Madrid.” For Gusmão, startingwork on this project again would “opportune,” taking the time to highlight that, a few years ago, “the myopic and opportunistic view of the Portuguese right made this project unfeasible. It has become increasingly evident, though, that the countrydesperately needs it.” He argues that “a connection to Europe’s high-speed rail network is essential” and that there could even be two, “one from Porto and the other from Lisbon.” As he sees it, focusing on Portugal’s rail network will only bring advantages, namely “links to inner Portugal and between cities, alternatives to individual transport, carbon emission reductions, and anopportunity for Portugal to reduce its reliance on importing energy from
abroad.” This is an idea that Rangel shares. He further explains that “Europe’s institutions are already arguing for countries – Portugal in particular – to achieve some level of independence in strategic industries such as agriculture and essential services like health, which means that a portion of the recovery fund’s resources should be channelled to these areas.”
A post-COVID era
In the Prime Minister’s word, “it is essential for Portugal to have a strategic vision that will guide the various instruments that will steer the application of these Community funds over these next 10 years.” It was in this context that the Government’s consultant and person responsible for the postCOVID-19 economic recovery plan, António Costa Silva, outlined a proposal for a strategic vision that is currently under public debate and which a Recovery Plan for allocating the Community funds should be based on. This Plan should be presented to the European Commission in October. After that month, a negotiation period follows, and everything suggests that it will be set and ready to go on 1 January 2021. During the official presentation of this strategy,
For José Gusmão, real estate “is an area that we’ll have to pay close attention to.” This MEP calls attention to the fact that “a transformation is currently underway in some urban areas, where there are already a number of properties that are being repurposed from accommodation for tourists to conventional housing.” From his point of view, Portugal“must avail itself of this opportunity to take a set of systematic measures that seek to reducethe burden of buying one’s own house and associating with them other tax measures that basically penalise absenteeism in housing properties and force owners to put them on the market.” There is also something else important to Gusmão that has “come out of this crisis:” “[the need to develop]a national strategy to promote investment in urban renovation projects with a strong preference for energy efficiency. Investing in urban renovation projects is also a focal point for Rangel, who says they “aren’t as profitable as new construction projects are[, but it is a segment] that has seen a lot of high-quality projects come to pass and which is still seeing a good deal of activity.” In fact, he explains that “a good chunk of foreign investment came with the goal of restoring our cities’ historic districts. […] This has been a strong driver of our tourism industry.” He further argues that “maintaining foreign investment is key, even more so now that Greece has approved a law similar to Portugal’s ARI programme. These instruments may make a huge difference in restarting our economy.”
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Belas Clube de Campo
O que esconde este refĂşgio de Lisboa? What hides this Lisbon-based haven?
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Situado no coração do Parque Florestal da Serra da Carregueira, em pleno contacto com a natureza e a poucos minutos do centro de Lisboa, das praias de Cascais e da histórica vila de Sintra, o Belas Clube de Campo é um empreendimento com o cunho do André Jordan Group, que alia soluções residenciais de alto nível, a um conjunto de serviços e infra-estruturas que proporcionam uma qualidade de vida única. Located in the heart of the Serra da Carregueira Forest Park surrounded by nature yet mere minutes from downtown Lisbon, Cascais’ beaches, and the historic town of Sintra, the Belas Country Club development bears the stamp of the André Jordan Group and pairs upmarket housing with infrastructure and a range of services that provide residents with a unique quality of life.
Entre a serra, riachos, quintas e palacetes senhoriais, onde outrora passearam nobres e burgueses, hoje residem pessoas das mais variadas geografias do mundo. André Jordan, Chairman do André Jordan Group e fundador do Belas Clube de Campo, recorda: “Quando fui visitar o terreno, chegados a um ponto alto, deparo com um extenso vale, uma paisagem de tirar o fôlego, a beleza natural protegida por uma configuração morfológica peculiar. Tratava-se de uma extensa quinta, isolada, sem vizinhança, não longe do Palácio de Queluz”. Intrigado, perguntou como se chamava aquele lugar. “Fiquei a saber que se tratava de Belas, uma zona de quintas de grande e média dimensão, com belíssimos palacetes e mansões. Aí estava, então, o segredo para existir esta jóia assim escondida, tão perto da capital”. Recorde-se que nos séculos XVIII e XIX, as famílias aristocráticas da corte portuguesa procuravam por ali refúgio nas férias de Verão e muitas daquelas propriedades ainda estavam na posse dos descendentes dessas famílias. Hoje, a elite nacional e estrangeira continua a procurar estas paragens mas, desta feita, não de passagem mas para criar raízes e laços.
O melhor de dois mundos
A natureza aliada à excelente localização, próxima do centro de Lisboa, Sintra e Cascais, e das ligações fluidas ao Oeste e ao Norte do País, faziam antever a André Jordan que “tudo se conjugava para viabilizar o sonho que alimentávamos!” Saliente-se, no entanto, que a propriedade,
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com as suas colinas e vales, apresentava um desafio importante em matéria de urbanização, sobretudo pela “nossa reiterada preocupação em defender o meio ambiente, preservando as características naturais do local”, defende André Jordan. Foi precisamente por esse motivo que convidaram para a elaboração do master plan os urbanistas de renome norte-americanos Charles Franzman e Robert A. M. Stern, que contaram com a colaboração do arquitecto português Joaquim Proença. Desde então, mais de 70 arquitectos conceituados já projectaram nesta propriedade, como Aldo Dias, Diogo Lima Mayer, Eduardo Capinha Lopes, Frederico Valsassina, Luís Costa, Luís Patrício Gonçalves, José Guedes Cruz, José Teixeira Gomes, Pedro dos Santos, Pedro Silva Lopes e Thiago Bradell. No seio deste projecto em permanente progresso, surgiu, de forma espontânea, uma comunidade de residentes muito diversificada e heterogénea. Na sua maioria, são famílias portuguesas, com as quais convivem, em cada vez maior número, famílias de outras nacionalidades, contando actualmente com mais de 30 nacionalidades no empreendimento. Aliás, a nova fase de desenvolvimento, o Lisbon Green Valley, tem atraído muitos compradores estrangeiros. “Enquanto esperamos para ver como fica o mundo à saída da nova crise económica gerada pela pandemia do coronavírus – as propriedades no Belas Clube de Campo vêem-se muito valorizadas, e continuam a ser consideradas únicas, pela sua qualidade, envolvência e pelo conjunto de serviços que disponibiliza aos residentes”, diz André Jordan.
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Mais qualidade, mais saúde, mais longevidade
Além da natureza envolvente que cativa desde logo, há um ponto para o qual convergem todas as atenções: o campo de golfe de 18 buracos desenhado pelo conceituado Rocky Roquemore. Mas não se fica por aqui. A nível desportivo dispõe ainda de um healthclub totalmente equipado com salas de máquinas, estúdios para a prática de diferentes modalidades como pilates, ioga, aulas de grupo, sem faltar uma piscina coberta e o Spa com múltiplos tratamentos e serviços. Acresce ainda quatro courts de ténis e um campo de futebol de cinco, estando em curso a construção de quatro novos courts de padel. As ciclovias e os trilhos espalhados por toda a propriedade são um convite diário irresistível para desfrutar da natureza e das belas paisagens circundantes. Este é, pois, um empreendimento que não só incentiva um estilo de vida equilibrado, como proporciona um conjunto de serviços que permite aos residentes ter uma qualidade de vida única, um estilo de vida saudável e, sobretudo, segurança dado os tempos periclitantes que vivemos.
Toda a comodidade num só espaço
O Belas Clube de Campo possui ainda um espaço de restauração para todos os gostos e paladares. O restaurante do Clubhouse que está aberto para todos os residentes, golfistas e visitantes. Aqui pode saborear-se desde um simples snack, a uma refeição mais requintada ou um menu executivo e o espaço está disponível também para jantares e eventos mediante marcação. Sempre próximo das necessidades dos residentes, o empreendimento possui vigilância 24 horas/dia. E se precisarem de uma parafarmácia, minimercado, cabeleireiro, posto de CTT, lavandaria ou loja de decoração não precisam de ir muito longe pois estes são alguns dos serviços disponíveis dentro do próprio empreendimento. A educação é outra das premissas dos mentores deste projecto. As sementes do saber já estão a ser lançadas no recém-inaugurado Jardim-Escola João de Deus de Belas para as crianças entre os quatro meses e os 12 anos. Mas esta é mais que uma escola de excelência, didáctica e inovadora, é, acima de tudo, uma escola multilingue, multicultural e aberta ao mundo.
Há, pois, um pequeno mundo cheio de vida dentro do grande universo que é o Belas Clube de Campo.
Sustentabilidade é o pilar central
O Belas Clube de Campo foi rigorosamente planeado dentro do conceito de sustentabilidade e ampliado sem agredir o meio ambiente. A meta sempre foi a de utilizar os recursos naturais de forma inteligente e preservar a biodiversidade e os ecossistemas para que se mantenham para as gerações futuras. O desenho urbano surge numa simbiose tão perfeita com o património natural que a qualidade e eficácia das medidas adoptadas já foram reconhecidas e premiadas a nível internacional. Numa altura em que o imobiliário surge com novos paradigmas, nomeadamente onde as pessoas procuram ambientes abertos, em contacto com a natureza, com áreas maiores, varandas e jardins a assumirem o ponto central da casa e o “Home Office” a tornar-se um requisito essencial, quer seja nos apartamentos, townhouses ou lotes de terreno para projectar a casa à medida, estas premissas ou simples desejos são já uma realidade e fazem, há
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muito, parte do ADN do Belas Clube de Campo. Os apartamentos de tipologias T1 a T3 dispõem de excelentes áreas e acabamentos de elevada qualidade, sendo que os apartamentos de piso térreo incluem jardim com piscina privativa. Já as townhouses, disponíveis nas tipologias V3+1, com três suites e escritório (ou quarto) e quarto de empregada, são ideais para famílias que precisam de espaço e apreciam o contacto com o exterior. Além de que todas possuem o seu próprio jardim e piscina. Com uma arquitectura sofisticada, combinam com a paisagem envolvente e integram as mais inovadoras soluções sustentáveis que permitem melhorar a experiência de vida de cada residente. Como André Jordan assegura, este é “um dos locais mais privilegiados para se viver na região de Lisboa”. Among the hills, streams, farms, and stately mansions, where nobles and the bourgeoisie once strolled now live people from all over the globe. André Jordan, Chairman of the André Jordan Group and founder of Belas Country Club, recalls, “When I went to visit the area,
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we reached a high point facing an extensive valley, a breathtaking landscape with natural beauty protected by a peculiar geographic formation. It was an expansive, isolated estate located somewhat close to the Palace of Queluz.” Intrigued, he asked what the place was called. “I learned that its name was Belas, na area that was home to large- and mediumsized estates with some beautiful mansions. Lying there was a secret, hidden gem that was so close to the Portuguese capital.” During the 18th and 19th centuries, the aristocratic families of the Portuguese court sought refuge there during their summer holidays, and the descendants of these families were still in possession of many of those properties. Today, the domestic and foreign elite continue to look for these places – and not just in passing this time either but rather as somewhere to create roots and ties.
The best of two worlds
Natural surroundings and a fantastic location that is close to the center of Lisbon, Sintra, and Cascais and has easy access to western and northern Portugal made it easy for Jor-
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dan to see that “everything was coming together to make our dream a reality!” With its rolling hills and valleys, though, the property itself was going to prove challenging to develop. Indeed, the developers were most concerned with “protecting the environment and preserving its natural characteristics,” explains Jordan. It was for precisely this reason that they invited renowned North American developers Charles Franzman and Robert A. M. Stern to work on the master plan alongside Portuguese architect Joaquim Proença. Since then, more than 70 well-respected architects have worked on this property, with names that include Aldo Dias, Diogo Lima Mayer, Eduardo Capinha Lopes, Frederico Valsassina, Luís Costa, Luís Patrício Gonçalves, José Guedes Cruz, José Teixeira Gomes, Pedro dos Santos, Pedro Silva Lopes, and Thiago Bradell. In the midst of this project which is under progress permanently, a quite diverse and heterogeneous community of residents emerged rather spontaneously. Most of them are Portuguese families, with whom, in increasing numbers, families of other nationalities live together, currently counting on more than 30 nationalities in the development. In fact, the
community’s newest development phase, Lisbon Green Valley, has attracted a good number of foreign buyers. “While we’re waiting to see what the world will look like when it emerges from this new economic crisis generated by the coronavirus pandemic, the properties at Belas Country Club are highly valued and continue to be considered unique thanks to their quality, surroundings, and the services it provides to residents”, says André Jordan.
The bike paths and trails scattered throughout the property are irresistible daily invitations for residents to enjoy nature and the beautiful surrounding countryside. With amenities such as these, this community, thus, not only encourages a balanced lifestyle but also provides a set of services that allows its residents to have a lifestyle that is unique, healthy, and, perhaps most importantly, safe, especially given the dangerous times we live in.
Better quality, healthier, more longevity
All comforts in just one place
In addition to the surrounding nature that will captivate you instantly, there is one central focus point: an 18-hole golf course designed by the legendary Rocky Roquemore. But that’s not all. For the athletically inclined, there is also a fully equipped health club with rooms filled with exercise machines; studios for Pilates classes, yoga sessions, and other group classes; an indoor swimming pool; and a spa that offers a myriad of treatments and services. It also features four tennis courts and a blind football pitch, as well as four new paddle-ball courts that are under construction.
Belas Clube de Campo also has the restaurant Country Club a cater to all palates. The Clubhouse restaurant is open to all residents, golfers, and visitors. Here, restaurant-goers can enjoy anything from just a simple snack or quick lunch to a full, more refined meal. This space is also available by reservation for dinners and other events. Always attentive to the needs of its residents, the space has security guards 24 hours a day. If they need a pharmacy, mini-market, hairdresser, post office, laundromat, or décor store, they need not go very far, as these are just some of the services available within
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the development itself. Education is also extremely important to the mentors of this project. The seeds of knowledge are already being sown at the recently-inaugurated João de Deus de Belas Primary School for children between four months and 12 years of age. But this is more than just an excellent, innovative school; it is, above all, a multilingual, multicultural school that is open to the world. There is, thus, a small world full of life within the great universe that is Belas Country Club.
Sustainability: the central pillar
Belas Country Club was designed through and through with close attention paid to the community’s sustainability and expanded without harming the environment. The goal has always been to use natural resources in intelligent ways and preserve the area’s biodiversity and existing ecosystems so that they will be around for generations to come. Its design blends in so elegantly with its natural surroundings that the quality and efficiency of the methods used to construct it have already won awards and been recognised internationally. New paradigms are currently appearing all
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throughout the real estate industry. People are looking for open environments, contact with nature, larger spaces, balconies, and gardens to be the heart of their home, and home offices are becoming an essential must-have in apartments, townhouses, and new custom-built houses. These trends or simple desires are already a reality and have been part of Belas Country Club’s DNA for quite some time now. The development’s one- to three-bedroom apartments boast generous amounts of space and high-quality fixtures, and the ground-level units have the added bonus of a garden and a private pool. The townhouses feature three suites, an office (or a fourth bedroom), and a room for the family maid and are ideal for families that need space and appreciate being in touch with nature. These townhomes even have their own garden and pool. With a sophisticated architecture, they blend in with the surrounding landscape and make use of innovative, sustainable solutions that make it possible for residents to experience life to the fullest. As Jordan explains, this is “one of the most exclusive places to live in Lisbon.”
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SIL 2020
Em modo hĂbrido In hybrid mode
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Sandra Fragoso, gestora do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), mostrase optimista em relação a este certame que, num ano “atípico”, se apresenta em simultâneo com a Tektónica, em formato presencial e digital, e sempre a acompanhar as últimas tendências do mercado, nos dias 8 a 11 de Outubro, na FIL. Sandra Fragoso, manager of the Real Estate Exhibition of Portugal (SIL), is optimistic regarding event. In this “atypical” year, it will be held simultaneously with Tektónica in a special hybrid virtual/in-person format – always keeping up with the latest trends in the market – from 8 to 11 October at the FIL.
Entrevista Interview: Carla Celestino
Este ano temos um SIL “diferente”, que se conseguiu manter na agenda apesar da actual conjuntura de pandemia de Covid-19. Como sente a edição deste ano? É verdade que por um lado vamos ter um SIL “diferente”, mas por outro lado vamos ter o Salão Imobiliário que tem sido o evento de referência para o sector, o que representa um grande desafio pelo compromisso que temos, e as expectativas que o mercado tem em relação ao evento. O SIL é o ponto de encontro do sector, tem acompanhado todas as tendências do mercado e é aqui que se percebe muitas vezes as necessidades, as exigências, as dificuldades, onde se concretizam negócios e se sente o ‘pulso’ do mercado. É a ‘montra’ do sector e irá continuar a ter essa função. Será uma edição diferente, no sentido em que, pela primeira vez, teremos um salão híbrido, ou seja, presencial e on-line, através de uma plataforma onde estarão presentes todos os expositores e através do qual poderão mostrar os seus produtos a um maior número de compradores nacionais e internacionais, beneficiando assim de uma maior visibilidade. Nunca as casas foram tão “vividas” como agora, onde as home offices e as varandas, jardins e piscinas adquiriam uma nova importância. Pensa que a junção do SIL com a Tektónica poderá trazer uma nova dinâmica e mais oportunidades? Tem toda a razão, neste ano atípico é cada vez maior a consciência da necessidade de boas condições habitacionais, com todas as suas valências. O Imobiliário e a Construção afirmam-se como sectores fulcrais para a economia, mantendo as suas actividades e enfrentando as adversidades. Assim, acreditamos que ao realizarmos em simultâneo o SIL e a Tektónica, estamos a juntar sectores com elevado potencial de complementaridade e que apresentam várias sinergias e iremos dar a conhecer ao mercado, num único espaço, a oferta destes dois sectores, fileira construção, proporcionando bons negócios aos profissionais e ao consumidor final. Estes dois eventos atraem sempre profissionais e público em geral em elevado número, quais as metas traçadas? Haverá limitações ou cuidados extras no espaço do SIL? Este ano, creio, todos os planos estratégicos e objectivos definidos no ano anterior, na maioria das empresas, foram alterados, e o SIL e a Tektónica não fugiram à regra, estamos a
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adaptarmos à nova realidade. Assim, estamos a trabalhar em estreita articulação com a Direcção-Geral de Saúde e com a UFI (União de Feiras Internacional), entre outras entidades, no sentido de adoptar e implementar todas as medidas que permitam a segurança necessária à participação nos eventos que organizamos. Claro que existirão cuidados extra, com medidas diferenciadoras, para que todos se sintam, (colaboradores, expositores e visitantes) e estejam, efectivamente, seguros no nosso espaço. A FIL já foi reconhecida com os selos “Safe & Clean” e “Safe Travels”, e vai continuar a acompanhar a evolução de todas as orientações emanadas pelas entidades públicas competentes. O SIL 2020 vai ter um formato híbrido explique-nos como vai funcionar. Como já referimos, nesta edição, o SIL terá um formato híbrido, que apostará num evento presencial com expositores, visitantes e conferências. O SIL terá também novas formas de participação através de uma forte componente tecnológica, uma plataforma que permitirá o alcance alargado de um universo de interessados, captando um maior número de participantes. Assim, o SIL ganhará uma maior amplitude geográfica a nível nacional e internacional, alcançando players com interesse em conhecer as empresas e a sua oferta e ainda participar nas diferentes actividades – conferências, reuniões, entre outras. Este novo conceito, permite aos expositores do SIL 2020 continuarem a potenciar os seus negócios para além dos dias da realização da feira, pois a plataforma estará activa até à próxima edição do SIL para expositores e visitantes. Com este modelo híbrido, iremos dar respostas de elevada qualidade que permitirão cumprir melhor a nossa principal missão, que é alavancar e potenciar os sectores de negócio de todos os nossos parceiros e expositores. Há empresas que anseiam pelo SIL para fazer negócio mas outras, provavelmente, vão estar ausentes do evento por motivos económicos gerados pela pandemia. É correcta esta leitura? Sim a sua leitura está correcta, esta pandemia afecta a economia global, e o sector imobiliário, naturalmente também se ressentiu e há obviamente empresas que tiveram quebras e que este ano não poderão participar, mas também temos outras empresas cujas razões se prendem com apreensões relativas ao actual contexto e ao desenvolvimento do seu negócio.
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thereby providing them with even more visibility. We’ve never lived so much in our homes as now, a time when home offices, balconies, gardens, and pools have taken on a new sense of meaning and importance to us. Do you think that SIL teaming up with Tektónica could create an interesting synergy and bring more opportunities? You are absolutely right. In this atypical year, we’re all the more aware of how important it is for our homes to be in good condition, with all the advantages that has. Real Estate and Construction have proven themselves to be indispensable industries for the economy, continuing their work and tackling adversities head-on. So, we believe that, in holding SIL and Tektónica at the same time, we’re bringing together industries that are potentially highly complementary and present several synergies. In a single space, we will make the market aware of what these two industries have to offer, providing good deals to both professionals and the final consumer. O nosso enorme desafio é responder positivamente às que anseiam pelo evento e trabalhar mais ainda para passar a confiança aos que naturalmente lidam com algumas apreensões e decisões. Os expositores gostam do ambiente de feira, mais físico e onde a interacção com os clientes e concorrentes é fundamental, e nesta edição iremos contar com uma representação de todos os subsectores de actividade imobiliária. No ano passado assistimos à contínua aposta por parte dos mediadores e o regresso em força dos promotores ao SIL. Este ano como será a sua participação? Nesta edição teremos um SIL representativo, quer de promotores, quer de mediadores, mas também a presença da banca, dos serviços de associações sectoriais e entidades oficiais. O que nos pode avançar sobre as conferências que vão decorrer no SIL? Nesta edição, na 5ª e 6ª feira iremos estar mais focados no segmento profissional e no sábado e domingo, teremos actividades direccionadas para o público em geral. Pelo segundo ano consecutivo, iremos organizar as conferências com a APPII - Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários e teremos ainda como parceiro a Century 21. As conferências irão decorrer nos dois primeiros dias do SIL, será
um evento só para profissionais, onde serão debatidos temas actuais, os desafios do futuro e as novas tendências do sector. Dos painéis de oradores farão parte os principais playes do sector, nacionais e internacionais. This year, we have a slightly “different” SIL which has managed to stay on schedule despite the current situation with the COVID-19 pandemic. What does this year’s SIL feel like? It’s true that, on the one hand, we’re going to have a “different” SIL this year, but, on the other, we’re still going to have a Real Estate Exhibition, which has been the most important event in the industry. This has posed a great challenge due to the commitment we have and the expectations the market has regarding the event. The SIL is the industry’s meeting point. It has kept up with all market trends, and it is here that needs, requirements, and difficulties are communicated. Deals are made here, and you can feel the ‘pulse’ of the market. It is the ‘showcase’ for the industry, and it will continue to have that function. This year will indeed be different in that, for the first time ever, we will be holding a hybrid exhibition: partially in-person, partially online. The online portion of the event will be held via a platform where all the exhibitors will be present and will be able to show off their products to a larger number of domestic and foreign buyers,
These two events always attract professionals and members of the general public in large numbers. What are your goals for this year? Will there be limitations or extra precautions taken at SIL? This year, I believe that all the strategic plans and objectives that the majority of companies had laid out last year have since been changed, and SIL and Tektónica are no exception. We are adapting ourselves to this new reality. So, we are working closely with the Health Department and the International Trade Fair Union (UFI) – among others – to adopt and implement ever measure possible to ensure that participating in the events we’re organising is safe. Of course, there will be extra precautions and special measures in place so that everyone – staff, exhibitors, and visitors – feel and actually are safe in our spaces. The FIL has already been recognised with the “Safe & Clean” and “Safe Travels” seals, and it will continue to monitor and follow all guidelines published by the public entities responsible. SIL 2020 will be held in a hybrid format. How will this work? As we’ve talked about, SIL will be held in a hybrid format this year. We will have an in-person event with exhibitors, visitors, and workshops. SIL will also have new ways people can participate by way of an online platform that will al-
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low the exhibition to reach a wider audience, thereby increasing the number of participants. Thus, SIL will be able to reach new places both within and outside Portugal, connecting with investors and other industry decision-makers interested in learning about companies and what they have to offer. They’ll also be able to participate in different activities, such as conferences, meetings, and more. This new concept will allow SIL 2020’s exhibitors novo conceito, permite aos expositores do SIL 2020 continue to grow their businesses beyond the days of the trade fair itself, as the platform will be active for exhibitors and visitors until next year’s SIL. With this hybrid model, we’ll be able to provide high-quality responses that will allow us to better accomplish our main mission, which is to strengthen and support all of our partners’ and exhibitors’ businesses and industries. There are companies that are anxious for SIL to happen, but others will probably be absent from the event for economic rea-
sons created by the pandemic. Is this correct? Yes, that is correct. This pandemic is affecting the global economy, and the real estate industry, of course, has also suffered from it. There obviously are companies that have experienced slumps in their business and will be unable to participate this year, but we also have other companies whose reasons [for not participating] are related to concerns about the current situation and the development of their business. Our great challenge right now is to respond positively to those who are longing for the event and to work even harder to gain the trust of those who, naturally, have some apprehensions and decisions to make. The exhibitors prefer a physical trade fair environment where they can easily interact with clients and competitors, and, this year, representatives from all of real estate’s sub-sectors will be present. Last year, there was a strong turnout of realtors and developers at SIL. What will their
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participation look like this year? This year, we will have SIL representatives from both developers and realtors, but the financial world, industry associations, and official entities will also be represented. What can you tell us about the conferences that are going to be held during SIL? For SIL 2020, on Thursday and Friday, we’ll be more focused on professionals. On Saturday and Sunday, though, we will have activities available for the general public. For the second consecutive year, we will organise conferences in co-ordination with the Portuguese Association of Real Estate Investors and Developers (APPII), and we will also have Century 21 as our partner. The conferences will be held during the first two days of SIL. These will be for professionals only and will feature debates that will tackle current topics, challenges of the future, and new trends in the sector. Important industry players, both from Portugal and abroad, will be speakers on these panels.
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Opinion
Aniceto Viegas
Retoma económica será como reinventar a economia? Will an economic recovery mean reinventing it?
Aniceto Viegas Director-geral da AVENUE General Manager, AVENUE
O impacto económico da pandemia foi tão abrupto e tão global que assistimos a um raro momento de consenso, por parte da Europa, na definição do estímulo económico que todos precisavam. Desta vez não houve bons alunos de um lado e maus alunos do outro. Houve “apenas” uma discussão sobre o rácio dívida / subsídio. É também consensual que Portugal tem aqui uma grande oportunidade para o seu relançamento económico, e principalmente para reinventar a sua economia. Nos últimos anos, fizemos grandes progressos, mas também cometemos grandes erros na aplicação das verbas europeias. Na última década, Portugal mudou gradualmente para uma indústria de valor mais acrescentado, procurou novos mercados, os nossos empresários estão mais preparados para serem bons gestores/“managers” e até começamos a ter orgulho na nossa história, na nossa cultura e no nosso património em sentido lato. Contudo, arrastamos um problema crónico de falta de capitais próprios, de mau endividamento e de fragilidade do sistema financeiro, que teve de iniciar a sua reforma forçada após a última crise da dívida pública. Por isso, não haja dúvidas que Portugal tem de encarar este momento com ambição e como uma oportunidade de investimento e de reforço do seu modelo económico. Agora, caberá aos políticos e aos governantes aplicar correctamente o nosso dinheiro, para que a economia seja mais próspera e mais sustentável. Com este esforço concertado conseguiremos o mais importante, que será ter uma Nação mais próspera e capitalizada.
The pandemic’s economic impact has been so abrupt and wide-reaching that it made us bear witness to a rare moment of consensus throughout Europe when deciding what the economic stimulus that everyone so desperately needed was going to look like. There were no good students sat on one side of the room and bad students sat on the other. There was “just” a discussion regarding the debt/subsidy ratio. It’s also been agreed upon that Portugal has here a grand opportunity to relaunch and reinvent its economy. We’ve made great progress these last few years, but we’ve also committed some big mistakes when using European funds. Over the last decade, Portugal has evolved gradually, acquiring more value, and sought out new markets. Our entrepreneurs are better prepared to be good “managers,” and we’ve even begun to take pride in our history, our culture, and our heritage in a broad sense. However, we carry with us chronic problems such as the lack of capital, bad debt, and fragility in the financial system, which was forced to begin reforming itself after the last public debt crisis. Because of all this, let there be no doubt that Portugal has to face this moment with ambition, viewing it as an opportunity for investment and for strengtheningits economic model. Now, it’s up to the politicians and those in government to use our money wisely, in ways that will make our economy more prosperous and more sustainable. With this concerted effort, we will achieve what’s most important of all: being a more prosperous Nation with healthier finances.
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Opinion
José Araújo
Que fazer com tanto dinheiro? What are we to do with so much money?
José Araújo Director da Direcção de Crédito Especializado e Imobiliário Millennium bcp Director of the Department of Real Estate and Specialised Credit, Millennium bcp
Esta afirmação só me faz recordar o dinheiro que todo o Portugal aguarda em 2021 vindo de Bruxelas após apresentação do plano inerente para a aprovação e uso dos fundos que o Estado Português tem de enviar para apreciação. Hoje, é uma realidade global a recessão económica decorrente da crise sanitária causada pela Covid-19 e cujas repercussões na economia portuguesa prevêem-se profundas. A economia nacional poderá cair mais de 7% em termos anuais e a taxa de investimento cerca de 26%, o que associado à quebra do consumo e ao aumento do desemprego, colocarão as propostas de recuperação do país a um nível bastante exigente. Para o período de 2020-2030, fala-se e é necessário sem dúvida de um apoio a empresas exportadoras e a recuperação de empresas mais produtivas, com mecanismos de incentivo e créditos, dedução de prejuízos acumulados e incentivos a fusões para criar massa crítica na economia. O sector imobiliário, que valia 10% do PIB recentemente e que impulsionou, a par do turismo, a recuperação económica e financeira na crise da década anterior, precisará igualmente de um plano concertado caso contrário a economia demorará por certo muito mais anos a voltar ao que era em Fevereiro deste ano Só o turismo representa 13% do PIB e, por isso, é necessário captar e canalizar a atenção dos mercados mais relevantes para o mercado português. Neste contexto, atendendo não só às potencialidades do país, como também à procura e interesses do
exterior, o plano a seguir deveria estruturar uma oferta que passasse pelo turismo da natureza, pelo turismo da saúde, pelo turismo cultural e pelo turismo oceânico. Como o turismo também proporcionou ao país uma orientação e canalização do investimento imobiliário para segmentos chave, vamos acreditar e apostar na mesma capacidade futura em acompanhar o foco nos temas elencados acima. Falamos não só no contexto do alojamento e restauração, mas também no contexto da reordenação e requalificação das cidades, zonas históricas e periféricas de habitação, e no contexto da descentralização de empresas internacionais (com destaque das empresas de cal centre), tudo já iniciado e que se pretende que continue. O tema do imobiliário ultimamente tem vindo a ser abordado e bem mais na vertente de reforço do Estado Social com ênfase ao investimento para recuperação do edificado devoluto para habitação social e para arrendamento a preços acessíveis, em articulação com as autarquias; para a requalificação e modernização da rede de escolas. São assim criadas algumas oportunidades neste sector, sobretudo para o da construção. Mas pode não ser suficiente sugerindo nós uma vez mais que os operadores de mercado, nacionais e estrangeiros, particulares ou sociedades, se associem e consigam proposta integrada aceite por todos, incluindo por entidades governamentais para dar oportunidade às potencialidades daí decorrentes e manter a posição do imobiliário a par da posição que se pretende dar ao turismo, já que os dois sectores
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têm caminhado lado a lado e com sucesso. O atrás referido pode não ser suficiente para a recuperação rápida de muitos segmentos do sector que podem demorar mais tempo e mas estamos convictos que este trabalho entre operadores e o governo será necessário urgentemente para se saber o que em 2021 o mercado português do Imobiliário pode valer e contar. This question reminds me of the money that all of Portugal is expecting to come from Brussels in 2021 after presenting the plan for the approval and use of the funds that the Portuguese State has to send for consideration. Today, the reality is that the entire world is going through an economic recession caused by the COVID-19 health crisis whose repercussions for the Portuguese economy are expected to be deep. Portugal’s economy could shrink more than 7% year-over-year, while the country’s rate of investment could fall around 26% due to the fall in consumption and increase in unemployment. Together, these will all make Portugal’s recovery proposals very demanding. For the 10-year period of 2020-2030, support has been talked about and will definitely be needed for exporters and more productive companies. This support must come in the form of incentive- and creditbased mechanisms (especially those that encourage mergers in order to create critical mass in the economy) and the deduction of accumulated losses. The real estate sector, which was worth 10% of GDP recently and which, along with tourism, drove Portugal’s economic and financial recovery from the crisis of the previous decade, will also need a co-ordinated plan. Otherwise, the economy will certainly take many more years to return to what it was in February of this year. Tourism alone represents 13% of GDP, and, so, Portugal will need to attract and channel the attention of the most important markets to the Portuguese market. In this context, taking into account not only the country’s potential but also demand and interests from abroad, the plan to follow should focus on opportunities for nature tourism, health tour-
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ism, cultural tourism, and sea tourism. Since tourism has also provided Portugal with a direction and channeling for real estate investment to key segments, we are going to believe in and bet on the same future capacity when monitoring the topics listed above. We’re talking not only about hotels and restaurants but also about the reorganisation and renovation of cities, historic areas, suburban housing, and the decentralisation of international companies (with particular emphasis on call centres). Everything has already begun, and we intend it to continue. The topic of real estate has recently been broached more and more, especially in terms of reinforcing the Welfare State with an emphasis on investing in improving and modernising Portugal’s schools and renovating vacant buildings to make them suitable for social housing and renting out at affordable prices in co-ordination with the local authorities. This is how some opportunities have been created in this industry, especially for construction. But it may not be enough, which causes us to suggest once again that the market’s main stakeholders – domestic and foreign, individual and corporate – get together and develop an integrated proposal accepted by all. This includes government entities so as to give potential opportunities from the public sector a chance to take hold and to keep real estate’s position alongside tourism’s, since the two have been walking in synchrony and have had such success together. All the above mentioned may not be enough to hasten the recovery of many segments in the industry that may take longer to reach their former glory, but we are convinced that this work between the government and those in the market is needed urgently in order to know what Portugal’s real estate market will be like in 2021.
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Broadway Malyan
Diferente do habitual Different from the norm
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O atelier está activo de Norte a Sul do País, tendo hoje mais de um milhão de metros quadrados construídos em Portugal. Mas é no Porto e Lisboa que, pela sua mão, surgem os mais emblemáticos projectos de 2020. This studio is active from the north to the south of Portugal and has constructed more than 1 million square metres throughout the country to date. But Porto and Lisbon are where they’re working on their most iconic projects of 2020.
O recém-inaugurado World of Wine serviu de mote para uma conversa com Margarida Caldeira, Director Broadway Malyan Holdings Ltd & Chair of EMEA Board, atelier responsável por esta notável e ambiciosa obra ligada à divulgação não só do Vinho do Porto e da sua história, mas também da indústria do vinho e da sua importância no nosso País. O projecto, como salienta a arquitecta, visou “revitalizar uma zona crucial do centro histórico de Gaia, até aqui em declínio” e que diz acreditar que “vai constituir um agente catalisador para a reconversão e recuperação de toda a área envolvente”. Mas intervir num tecido urbano imbuído de tanta importância histórica e de tanto significado para a memória colectiva de Gaia e do Porto, significou “uma responsabilidade acrescida e obrigou a uma abordagem cautelosa, procurando respeitar o local, a sua história e o seu património construído”. A Broadway Malyan procurou “integrar o novo e o antigo de uma forma equilibrada, sem mimetismos, mas no respeito pelas pré-existências”. E aqui presta o seu “tributo à visão do nosso cliente, a Fladgatee aos técnicos da Gaiurbe, cuja colaboração foi essencial para se atingir este resultado de que nos orgulhamos”. Destaca ainda que, do ponto de vista do es-
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paço urbano, “a nova praça e os espaços exteriores do World of Wine constituíram uma oportunidade interessantíssima para facultar aos habitantes de Gaia e aos visitantes do empreendimento a incomparável vista sobre a cidade do Porto a partir daquele ponto, que era até agora inacessível à maioria das pessoas”.
Pioneiros e icónicos
Na Invicta há também a assinalar o POP (Porto Office Park), outro projecto pioneiro e único com assinatura da Broadway Malyan. Trata-se de um parque de escritórios sustentável, projectado para atrair e reter talento, constituído por dois edifícios icónicos, inseridos num parque verde que envolve o conjunto arquitectónico e que obteve a classificação BREEAM “excelente”. “Não só tecnicamente o edifício foi equipado com a mais moderna tecnologia, no sentido de garantir eficiência energética, como também a sua concepção geral foi pensada tendo em conta a optimização do espaço, a flexibilidade da ocupação e o desempenho técnico”, explica Margarida Caldeira. O resultado traduziu-se, como refere, num “design moderno e distintivo que dá aos edifícios uma silhueta memorável, identificável na cidade e que, estou absolutamente con-
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vencida, contribuiu decisivamente para o sucesso comercial do empreendimento”. A arquitecta recorda que o Porto “é uma cidade belíssima mas que até não há muito tempo se encontrava fora dos radares internacionais”. E afirma estar “convencida que a cidade vai continuar a ser apetecível para os investidores nacionais e internacionais, dado que ainda tem uma clara margem para crescimento e para se renovar”. Apesar de considerar que “a pandemia constitui um contratempo”, não crê que “vá ser impeditiva da dinâmica de renovação imobiliária e urbana da cidade”.
Millennials style
Em Lisboa há um projecto que “acarinho especialmente” diz Margarida Caldeira ao referir-se ao Hotel Moxy no qual tiveram de “ser imaginativos na organização funcional”. Este foi um projecto em que conceberam não só a arquitectura, como os interiores, o mobiliário, os gráficos, o “styling” e a arquitectura paisagista. “É um conceito muito moderno e diferente do habitual em Portugal e, de facto, focado nos chamados utilizadores “milllennials”. Os espaços são muito abertos e irreverentes, proporcionando uma ocupação descontraída e flexível, a decoração é informal e divertida e há muito uso de tecnologia wi-fi”. E acrescenta que “o grande pé-direito do “lobby” contribui para uma maior qualidade
do ar e da vivência desse espaço, que é neste caso sem dúvida o pólo aglutinador da vivência desta nova unidade hoteleira de Lisboa”.
Novos e ambiciosos projectos
Para além dos projectos internacionais que realizam a partir do ateliê de Lisboa, a Broadway Malyan está, neste momento, a desenvolver vários projectos em Portugal. No topo estão os projectos direccionados para a hotelaria, desde projectos de raiz, como é por exemplo o caso do Ritz Carlton da Penha Longa, até projectos de remodelação de hotéis e empreendimentos turísticos existentes, como o Oceanville, o The Patio Suite Hotel – ambos em Albufeira – ou o Évora Farm Hotel, em Évora, apenas para referir alguns. De acordo com a arquitecta este é “um sector que continua muito activo, dado que os promotores entenderam que Portugal continua a ser um destino seguro, mesmo em época de pandemia, e que esta é uma situação temporária e uma boa oportunidade para desenvolver novos projectos que estarão disponíveis quando a situação se normalizar”. Mas também têm projectos noutros sectores. “Sem contar com trabalhos de pequena dimensão, estamos por exemplo a trabalhar em projectos de renovação ou de ampliação de quatro centros comerciais, temos um ambicioso projecto residencial em obra, o Fábrica 1921, um conceito de habitação muito interessante, próximo da estação de Benfica,
O que torna Portugal interessante para os investidores não vai desaparecer com a pandemia e, com o regresso à normalidade ou com a habituação dos mercados a esta nova realidade, o País regressará a um ciclo de crescimento. What makes Portugal interesting for investors won’t disappear with the pandemic. As we return to normality or as the markets become accustomed to this new reality, the country will return to growth.”
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em Lisboa, e que teve uma aceitação enorme no mercado, bem como outro projecto semelhante em curso”, avança. E têm ainda vários edifícios de escritórios em construção, como a remodelação do edifício Monumental, no Porto, ou o projecto Exeo no Parque das Nações, em Lisboa. Perante todo este cenário de obra feita e a projectar, e dada a actual conjuntura, Margarida Caldeira mostra-se optimista: “Não querendo minimizar a importância negativa desta crise para a economia nacional, a verdade é que o País tem sabido sobreviver a sucessivas crises, sendo que até à pande-
mia, todos os indicadores económicos eram extremamente positivos”. Por isso defende que “o que torna Portugal interessante para os investidores não vai desaparecer com a pandemia e, com o regresso à normalidade ou com a habituação dos mercados a esta nova realidade, o País regressará a um ciclo de crescimento”. The recently inaugurated World of Wine served as the focal point for a conversation with Margarida Caldeira, Director of Broadway Malyan Holdings Ltd &Chair of the EMEA Board while also leading the studio responsi-
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ble for this noteworthy, ambitious project designed to educate the public not only about Port wine and its history but wine industry as a whole and its importance for Portugal. The project, the architect emphasises, has sought to “revitalise a crucial area of Gaia’s historic centre that had been in decline.” Caldeira says she believes that it is going to be an “important driver in restoring and renovating the surrounding area.” But building in an urban neighbourhood imbued with such historical importance and so much meaning for Gaia’s and Porto’s collective memory meant “undertaking a high amount of responsibility, obliging us to be cautious in our approach, respecting the place, its history, and its architectural heritage.” Broadway Malyan sought to “integrate the old and the new in a balanced way, without mimicking but respecting what was already there.” The project pays tribute to the vision our client, Fladgate, and the Gaiurbe technicians “whose collaboration was essential in achieving this result that we are so proud of,” she added. She also notes that as an urban space, “the World of Wine’s new square and outdoor spaces present an interesting opportunity to provide Gaia‘s inhabitants and the development’s visitors with an incomparable view over the city of Porto from that point, which was inaccessible to most people until now.”
Pioneering and iconic
Porto is also home to the noteworthy Porto Office Park (POP), another unique, pioneering project that bears Broadway Malyan’s signature. This sustainable office park was designed to attract and retain the city’s best talent and is composed of two iconic buildings that are surrounded by a lush park filled with greenery – helping it achieve the ‘excellent’ classification from BREEAM. “Not only was the building equipped with state-of-the-art technology to ensure it was energy efficient, but its general concept was based on the idea that the space should be optimised, flexible and have spectacular technical performance,” explains Caldeira. The result? A “distinctive, modern design that has endowed the buildings with a memorable silhouette that is immediately identifiable throughout the city and which, I am convinced, contributed decisively to the project’s commercial success.” Caldeira says that Porto “is a gorgeous city,
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But only recently is it appearing on international radars.” She is “convinced that, as it still has significant margin for growth and space to reinvent itself, [Porto] will continue to be attractive to investors from both Portugal and abroad.” Although this architect thinks the pandemic is a “setback,” she does not believe that it will be “an impediment to the real estate and urban renovation projects going on inside the city.”
Millennial style
In Lisbon, there’s a project that Caldeira has a special affection for. She’s talking about the Hotel Moxy where Broadway Malyan designed not only the architecture forthis project but also the interiors, the furniture, the graphics, the styling, and the landscaping. “Its concept is very modern and a bit different from what we normally see in Portugal. It has been designed very much with Millennials in mind. Its spaces are very open and irreverent, providing occupants with a relaxed and flexible feel. The décor is informal and fun, and all the spaces are tech enabled.” She adds that “the lobby’s high ceilings
makes the space feel airy and lively. Without a doubt, it is the hub of the experience at this new Lisbon hotel.”
New, ambitious projects
In addition to the international projects they are working on from their studio in Lisbon, Broadway Malyan is currently working on various projects in Portugal itself. At the top of the list are a number of projects in the hospitality field. From brand new projects (e.g., the Ritz Carlton Penha Longa) to the remodelling of existing tourist amenities and hotels (e.g., Oceanville, The Patio Suite Hotel [both in Albufeira], and Évora Farm Hotel [Évora]), there is a wide range of project types that Broadway Malayan is working on. Caldeira said: “This is an industry that continues to be quite active because the developers know that Portugal is still a safe destination – even during a pandemic – and that this is just a temporary situation and a good opportunity to work on new projects that will be ready when things stabilise.” The studio is also working on projects in other sectors as well. “As well as a range of smaller
scale projects, we are currently renovating and expanding four shopping centres. We’ve got an ambitious housing project underway called Fábrica 1921. This project has a very interesting housing concept and is located near the Benfica train station in Lisbon. The market took to it extremely well, and another similar project is also underway nearby,” the architect explains. They are even working on a number of office buildings, such as the remodelling of the Monumental Palace building in Lisbon and the Exeo project in Lisbon’s Parque das Nações. Given all these projects that are finished and still underway, Caldeira can’t help but be optimistic, despite the current situation: “I don’t want to minimise the negative impact this crisis has had on Portugal’s national economy, but the truth is that the country has managed to survive successive crises and until the pandemic, all economic indicators were extremely positive.” Because of this, she argues that “what makes Portugal interesting for investors won’t disappear with the pandemic. As we return to normality or as the markets become accustomed to this new reality, the country will return to growth.”
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Ventos do Norte 54 Ventos do Norte
North Winds
North Winds
Mudar de vida Changing one’s life
O regresso Ă s aldeias Going back to the villages
Ventos do Norte North Winds
O jovem presidente da Histérico – Associação de Artes, Miguel Geraldes, diz-nos o que é necessário fazer para quebrar o isolamento das populações. Miguel Geraldes, the Histérico Arts Association’s young president, tells us what has to happen in order to break through the isolation that some populations face. Texto Text: Elisabete Soares
O surto pandémico que atravessamos mudou para sempre a forma como olhamos o mundo. Para muitas pessoas essa alteração da forma de ver as coisas passou a estar associada à possibilidade de puderem mudar de vida, sair da cidade e abraçarem a natureza, o meio rural. Não admira, por isso, que nos últimos meses, muitas pessoas tenham regressado às aldeias e quem lá estava, por lá continue tendo em conta que, nesta altura, o teletrabalho passou a fazer parte da rotina de milhares de portugueses. Embora o regresso às aldeias seja uma realidade nos últimos meses e confirmada por muitos dos profissionais que trabalham o imobiliário - as transacções de casas aumentaram, bem como dos trabalhos de recuperação, dizem eles -, o importante é saber se este movimento se vai manter e, efectivamente, vai-se materializar, permitindo que aldeias – sobretudo as serranas e mais isoladas - que até a essa data eram povoadas apenas por uma população idosa, passem a acolher casais mais jovens e crianças. E não apenas no Verão – uma época em que vida no campo está facilitada – mas nos longos e sombrios Invernos. O que é necessário fazer para que as aldeias sejam efectivamente uma escolha para mais
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pessoas? Esta é a grande questão, cuja resolução não é fácil. Algumas respostas surpreendem, sobretudo pelo profundo conhecimento da realidade do meio rural e pela sua originalidade. É o caso da opinião de Miguel Geraldes, jornalista freelancer e presidente da direcção da Histérico – Associação de Artes, uma entidade constituída por jovens que se recusam a baixar os braços perante o isolamento que vivem estas populações.
Criar as infra-estruturas e estruturas de atracção
“Devia-se apostar, primeiramente, nas infra-estruturas e estruturas de atracção e em todo o seu envolvente. Há que repensar florestas, há que rever estradas, há que percepcionar empregos do futuro (trabalho online)”, diz Miguel Geraldes. Questiona: Porque não muitas destas aldeias serem pólos atractivos para artesãos, pintores, escultores? Conhecedor profundo da realidade das Aldeias do Xisto, Miguel diz que as pessoas que vêm para as aldeias não vêm sozinhos: “têm ou querem construir família, querem escoar o seu labor, marcar presença em galerias. Ou seja: não há soluções simples”. Mas para que o regresso de pessoas seja
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bem-sucedida, há ainda várias medidas que são imperativas. Algumas delas passam pela criação ou melhoria de acessos, por uma política de investimento no combate a incêndios, na agricultura biológica ou combustível verde, para dar apenas alguns exemplos. “É um todo que deve funcionar. É um olhar global que deve persistir”, frisa.
Projectos que “remam contra a maré”
Contudo, há ainda entidades que “remam contra a maré” e fazem a diferença junto das populações. Projectos que evidenciam “um olhar global” sobre o mundo rural. “Muito deste trabalho, reconheço, estar a ser desbravado pela ADXTUR - Agência para
o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto. Com o papel desenvolvido pela empresa ‘Saber das Mãos’, através das lojas Aldeias do Xisto, ou pelo trabalho fabuloso que resultou nos projectos ‘Água Musa’ ou ‘Agricultura Lusitana’ em colaboração com a Universidade de Aveiro e com diversos artesãos”, destaca o jovem jornalista. Outra medida está a ser materializada também na criação de um fundo imobiliário para a recuperação e valorização do património edificado no contexto das Aldeias do Xisto. Mas, adverte Miguel Geraldes, tudo isto é infrutífero se não existir uma crença férrea de uma marca diferenciadora, por parte dos principais actores de todo o território e de investidores privados, sustentada por habitantes que têm estas terras como suas”.
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Today’s pandemic has forever changed the way we see the world. For many people, this change in the way we look at things has come to be linked with the possibility of changing their lives, leaving the big city in favour of the countryside, and embracing nature. It’s, thus, no wonder that, over the past few months, many people have gone back to living in small villages, and most people already living in them have stayed put, since telecommuting has become part of the daily routine of thousands of Portuguese. Although this return to the villages is a relatively new phenomenon that has sprung up in the last few months and has been corroborated by those in the real estate industry (they say the number of homes being
purchased has gone up, as has the number of renovation projects), what’s important is to figure out if this movement will be permanent and result in villages (especially mountain villages and those most isolated) becoming home to more children and young people. Until recently, most of these villages’ inhabitants have been elderly. And “permanent” meaning not just in the summertime (when live in the countryside is easier) but also during the villages’ long, gloomy winters. What needs to be done in order to make these small villages a good choice for people? This is the big question, and it doesn’t have an easy answer. Some responses may surprise you, mostly due to their originality and their deep under-
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standing of what life is really like in the countryside. Such is the opinion of Miguel Geraldes, a freelance journalist and president of the Histérico Arts Association. Histérico’s members are young people who are working tirelessly to eliminate the isolation these communities experience.
Building infrastructure and other amenities
“We must be focused, first and foremost, on infrastructure, other amenities, and the entire environment. We have to rethink forests, revise road networks, and envision what jobs will look like in the future (especially online positions),” Geraldes says. He asks: Why aren’t some of these villages attractive artistic hubs for painters, artisans, and sculptors?
Well-versed in what life is like for the Shale Villages, Geraldes says that the people who come to the villages don’t come alone: “They have or want to build a family. They want to sell their work and make their presence known in galleries. There are no simple solutions.” In order for the return of people to the villages to be successful, there are a number of things that still must be done. Some such imperatives consist of making these villages more accessible and investing in firefighting equipment and techniques, organic farming, and green energy, just to name a few examples. “It is a whole that must work. It’s a holistic view that must persist,” he explains.
Projects that “go against the tide”
Thankfully, there are entities that “go against the tide” and make all the difference for
people who live in these villages, working on projects that take a “holistic look” of the rural world. “The Shale Villages Tourism Development Agency (ADXTUR) is a pioneer in this area, alongside the company ‘Saber das Mãos,’ the Shale Villages’ stores, and the fabulous work that resulted in the ‘Água Musa’ and ‘Lusitanian Agriculture’ projects done in collaboration with the University of Aveiro and several artisans,” the young journalist highlights. Yet another project being worked on is the creation of a real estate fund that will help restore and enhance the Shale Villages’ architectural heritage. But, Geraldes warns, all this will be for naught if there is no strong belief in a differentiating brand on behalf of private investors and the main players in the area supported by its own inhabitants.
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Lá fora Reino Unido Abroad United Kingdom
Roberto Varandas
Os Mercados pós-Covid The Post-Covid Markets
Roberto Varandas COS Capital Managing Director – Head of Europe
Farei um prognóstico arriscado – o Covid acabou. Qualquer métrica com respeito a esta doença está a regredir. As mortes e os internamentos são estatisticamente negligenciáveis no hemisfério Norte e as profecias de uma devastação generalizada das populações no hemisfério Sul simplesmente não ocorreram. Mesmo os países do Sul mais afectados, como o Chile e o Brasil, têm rácios de mortes por 100 mil habitantes dentro do nível dos países europeus, e esperamos que não aumentem. As economias e os mercados imobiliários são obviamente um caso diferente. Muitas empresas estão nos cuidados intensivos e os governos lidam com o triplo problema de decréscimo da actividade económica, aumento de despesas e uma divida pública que cresce de dia para dia. A necessidade de aumento da carga fiscal e/ou da dívida terá um impacto negative nos níveis futuros do crescimento. Os modos como se está a gerir o choque resultante do encerramento generalizado da economia são tão diversos como foram as medidas tomadas para gerir a epidemia. Na Europa, a UE recentemente aprovou um pacote de ajuda de 750 mil milhões de euros sob a forma de empréstimos e subsídios. Este montante será levantado nos mercados financeiros e os principais vectores do esperado crescimento económico são a economia digital e o “Green deal” europeu. Faz me lembrar a célebre frase de Churchill – “Nunca desperdice uma boa crise”, neste caso para fazer avançar causas muito particulares. Assim sendo, os governos europeus estão largamente por sua conta para lidar com a crise económica no curto prazo. Grande parte dos governos tem optado por apoiar directamente a manutenção do emprego através do apoio ao layoff, na esperança de que a actividade económica recupere e os empregadores possam de novo pagar salários. Tem sido uma ferramenta crucial para os governos com o objectivo de manter o elo entre o empregador e o empregado de modo a preservar o capital humano dentro das empresas e de evitar ter que requalificar uma geração
inteira. Alguns governos têm optado também por transferências directas às pessoas, o chamado “Helicoptermoney”, e directamente a certas indústrias como o turismo. A questão para aqueles que participam nos mercados, em particular nos mercados imobiliários, será o impacto que as diferentes políticas terão nas nossas actividades. Gostaria de avançar as seguintes possíveis consequências: • Fiscalidade – os governos terão que compensar as quedas nas receitas fiscais. A carga fiscal irá aumentar e os activos imóveis são um alvo fácil para este aumento de impostos. • Reorganização de sectores – já pudemos observar inúmeras empresas entrar em processos de falência, receber apoios estatais e serem alvos de aquisições na sequência da pandemia, que só veio acelerar algumas tendências anteriores como o domínio do comércio electrónico ou de precipitar a queda de empresas que já estariam em dificuldades antes da crise. No curto prazo, a menor procura por espaços aumentará a pressão sobre as rendas e os senhorios terão que gerir os casos de inquilinos insolventes. • Rendimento disponível – apesar dos apoios dos governos, os consumidores têm sentido a pressão sobre os seus rendimentos desde que as medidas de confinamento se iniciaram. O desemprego tem aumentado e o consumo é contido. • Regulação – justificadamente, ou não, a maioria dos governos tem imposto regras no que respeita a temas como o distanciamento social, a capacidade de espaços e o uso obrigatório de máscaras refreia as vendas e as receitas dos imóveis. Alguns hotéis auto impuseram uma quarentena de 48 horas dos seus quartos entre reservas. Questiono como pode um hotel de negócios ser rentável com uma restrição desta natureza. • Reconfiguração de espaços – a alteração de hábitos e a imposição de restrições terá um impacto sobre como utilizamos os espaços. Trabalhar de casa fará os postos de trabalho nos escritórios mais fluidos mas o distanciamento inverterá a tendência de maior densidade. A actividade de investimento em activos imobiliários tem se mantido relativamente estável
Lá Fora
Abroad
mas os investidores tem se retraído, à espera de tendências mais claras do mercado. Investidores mais agressivos aguardam por dificuldades generalizadas dos senhorios. Independentemente de como os mercados se estabilizem, torna-se imperativo que os governos e as populações voltem à normalidade pois os a consequências negativas já ultrapassaram largamente os benefícios iniciais das medidas de contenção da doença. No caso da Europa, parece evidente que as políticas económicas passarão ao lado da gestão directa da crise. I am going to make a daring prediction – Covid is over. Every metric we see regarding this disease is declining. Deaths and hospitalizations are statistically negligible in the northern hemisphere and the worries of widespread devastation in the southern hemisphere did not occur. Even the most afflicted southern nations like Chile and Brazil have deaths per 100k levels well within those of many European countries, and hopefully not increasing. The economies and the real estate markets are obviously a different matter. Many businesses are on life-support and governments are trying to cope with a triple whammy of declining economic activity, higher expenditures and increasing public debt. The need to increase taxes and/or debt will affect future levels of growth and the approach of how to address the economic shock of a widespread shutdown are as diverse as how the actual epidemic was handled. In Europe, the EU recently approved a €750 billion package of loans and grants to be distributed among member nations. The amount is to be raised in the capital markets and the main vectors of economic development are set to be the digital economy and a European “Green deal”. Reminds me of the Churchill quote – “Never let a good crisis go to waste”, in this case to push a specific agenda. As such, individual European governments have been left to their own devices to actually deal with the short term response to the economic downturn. Most governments have opted for supporting employment directly through layoff subsidies, in the hope that economic activity will recover and employers can resume paying salaries. This has been a crucial tool for governments, the objective being to maintain the link between employer and employee as to preserve human capital within companies and avoiding potentially needing to retool a whole generation. Other governments have also opted for direct pay-
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ments to the population – “Helicopter money” and to industries particularly affected by the crisis like the travel industry. The question to those active in the markets, in particular the real estate markets, is how the different policies will impact, if at all, our activities. I would forward that we can expect the following effects: • Taxation – governments will have to make up for the shortfall in tax receipts while expenditures increase. We can expect fiscal burden to increase in the coming years and immovable assets are always an easy target. • Industry shakeout – we have already witnessed numerous companies undergo bankruptcy proceedings, bailouts and takeovers as a fallout from the pandemic accelerates previous secular trends, like the shift to e-commerce, or precipitates the fall of already troubled companies. In the short term, less demand for space puts pressure on rents and owners wrestle with insolvent tenants. • Lower disposal income – consumers have been feeling the pressure on their incomes since confinement measures took place, despite supporting measures from governments. Unemployment has increased in most economies and consumers are refraining spending. • Regulation – justifiably so, or maybe not, most governments are imposing rules on social distancing, regulating venue capacity and forcing the use of masks everywhere, putting a damper on the sales or income of a property. Some hotels, for example, impose a 48-hour quarantine of any room between bookings. How a business travel oriented hotel can cope with such a constraint and remain profitable is beyond comprehension. • Reconfiguration of space –change of habits and different requirements will alter how we use space. Working from home will accelerate hot desking but distancing will reverse higher density trends. Investment activity in real estate has continued but investors have held back in the hopes of a clear market trend. Other, more aggressive investors are holding out for widespread distress and financially challenged owners. Wherever the markets might settle, it is imperative that governments and populations return to normalcy as the secondary negative consequences of this disease are far outweighing any benefits from initial measures. In the case of Europe, it seems clear that the economic policy and the grants from the EU will largely sidestep directly addressing the crisis.
64 Joaquim Pereira de Almeida
Sucesso! Success!
Ilustração Illustration: José Laranjeira
It’s now been seven years since we brought Magazine Imobiliário to the market. During the worst of the economic crisis, when real estate was at its lowest. Few people (but good people) believed in our project. Today, this publication has a solid structure, guided by neutrality and professionalism. A small yet highly competent team of miracle workers. We’re here to stay, charting our own course. Our most sincere thanks to those who are with us and to our thousands of readers. Be well.
Foto Photo: Anabela Loureiro
Faz agora sete anos que colocámos no mercado a Magazine Imobiliário. Em plena crise, quando o imobiliário estava no chão. Poucos, mas bons, acreditaram no nosso projecto. Hoje esta publicação tem uma estrutura sólida, orientada pela isenção e o profissionalismo. Uma equipa pequena mas muito competente que quase faz milagres. Estamos para ficar, fazendo o nosso percurso. O nosso obrigado a todos os que estão connosco e aos nossos milhares de leitores. Bem hajam.
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