Magazine Imobiliário 049

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Construção Ambiente Turismo

49

SET/OUT 2021 €10

Um telhado para todos A roof for everyone



1 Editorial

Há imobiliário em Marte

There’s real estate on Mars

Carla Celestino Directora Director

Há 30 anos, quando estudei turismo, o espaço sideral era apontado como um dos produtos com maior potencial de ser explorado pela indústria do turismo. E eis que o futuro chega pelas mãos de Richard Branson e Jeff Bezos. A viagem da Blue Origin durou cerca de 10 minutos e o único bilhete leiloado custou 23,7 milhões de euros. Se isto fosse em Portugal, alguém teria logo atribuído uma “taxinha” turística de, digamos, 23%, para reverter para a revitalização do turismo que se encontra à beira do buraco negro ou para reverter para a construção nova permitindo a redução do IVA, quiçá para 6%. Mas esta não é a nossa realidade, haja “bazuca” ou não. Estamos a percorrer, no entanto, uma via láctea de esperança. Tudo indica que vamos atingir a imunidade de grupo no final do Verão. A ser verdade (e não “tiques” eleitorais), vai ser, nas palavras do Primeiro-Ministro, “um momento importantíssimo para a confiança e libertação total da sociedade.” Ainda mais quando António Costa acrescentou que existe a possibilidade de “bater este ano recordes na captação de investimento.” Vai ser neste ambiente de expectativa que, em Setembro, celebramos o 8º Aniversário da Revista e vão realizar-se os dois maiores eventos da Magazine Imobiliário - Prémio Nacional do Imobiliário 2021 e Prémio Personalidades do Ano 2020 – depois de terem sido adiados por zelo em nome da saúde e segurança. Vai ser uma rentrée em grande, como o sector do imobiliário merece. Aliás, este mercado merece a lua e as estrelas de tão resistente e evolutivo que tem sido a todos os “big bangs” pelos quais tem passado. Quem sabe se um dia não estaremos a divulgar empreendimentos em Marte…

When I was studying tourism 30 years ago, one product that was said to have some of the best potential in the tourism industry was outer space. And just look – the future is here, thanks to Richard Branson an d Jeff Bezos. The flight that Blue Origin took lasted about 10 minutes, and the only ticket that was actually sold for that first flight cost €23.7 million EUR. If this had been in Portugal, someone would have levied a small tourism tax of, let’s say, 23% right away. This money would go towards revitalizing the tourism industry, which is on the verge of a black hole, or towards new construction projects, allowing the VAT to be reduced to perhaps 6%. But this is not our reality, whether there is a “bazooka” or not. We are, however, travelling on a milky way of hope. Everything indicates that we will achieve herd immunity at the end of the summer. If this is true (and is not just electoral propaganda), it will be, in the words of the Prime Minister, “a very important moment for the trust and total liberation of society.” This becomes even more exciting when António Costa adds that there is the possibility that Portugal may “beat records this year when it comes to attracting investment.” This atmosphere of hope and expectation will grace us as we celebrate Magazine Imobiliário’s 8ᵗʰ Anniversary and hold our two biggest events – the 2021 National Real Estate Awards and the Personality Awards for 2020 – after they were postponed out of concern for health and safety. It will be a spectacular renaissance that the real estate industry deserves. Indeed, this market deserves the moon and the stars given how resistant and innovative it has been while dealing with all the “big bangs” it has gone through. Who knows…maybe one day we’ll be advertising projects on Mars!


Ficha técnica Datasheet

Índice

Propriedade Property Palavras Aliadas Sociedade Unipessoal, Lda. NIPC – 510 653 901 Rua Paulo Reis Gil nº 39, 3º Esq.

Summary

2745-195 Queluz Telm. / Mobile: (+351) 96 237 00 08

Habitação Housing

74 Lá fora

41

Expo Real 2021

30

Equipamentos Colectivos Public Amenities

78 Opinião

44

Reino Unido United Kingdom

Turismo Tourism Capa Cover: Anabela Loureiro

04 Grande Tema

Lead Story Este país é para juniores e seniores? Is this country for both youngsters and seniors?

18 Prémio Nacional do Imobiliário 2021

National Real Estate Award 2021

20

Comércio Retail

22

Escritórios Offices

Abroad

58 Prémios

Personalidades do Ano 2020 Personality Awards 2020

Opinion

80 Paparazzi

O mundo está do avesso The world is upside down

geral@palavrasaliadas.pt www.magazineimobiliario.com Fundador da Magazine Imobiliário Founder of Magazine Imobiliário Joaquim Pereira de Almeida Directora Director Carla Celestino Colaboradora Permanente Permanent Contributor Elisabete Soares Fotografia Photography Anabela Loureiro Tradução Translation Frank Miller Grafismo Graphics Rodrigues Silva Contabilidade Accounting Nasceconta Periocidade Frequency

60 Metro Quadrado Square Meter Entrevista com o presidente da APPII An Interview with the President of the APPII

66

SIL 2021

70 Opinião Opinion

Victoria Seguros

72 Opinião Opinion

Millennium bcp

Bimestral Tiragem Number printed 3.000 exemplares Impressão Printing Jorge Fernandes, Lda. Rua Qta. de Marcarenhas, 2820 Charneca da Caparica Depósito Legal Legal Deposit 363718/13 SSN – 2183-0517 ERC – 126397 Estatuto editorial disponível em: Editorial policy available at: www.magazineimobiliario.com


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Grande Tema 4 Grande Tema

Lead Story

Lead Story

Habitação geracional Generational housing

Este país é para juniores e seniores?

Is this country for both youngsters and seniors?


Grande Tema Lead Story

Texto Text: Carla Celestino

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O mercado residencial português continua em alta mas face à falta de oferta e a uma crescente procura os preços, seja de compra e venda, seja de arrendamento, dispararam e estão longe de acompanhar o vencimento médio dos portugueses. Por isso, fomos saber como é viver em Portugal dos 18 aos 98 anos. Portugal’s housing market is still red hot due to the country’s lack of supply and a growing amount of demand. Both rental and selling prices have skyrocketed, surpassing the average Portuguese salary by a long shot. Because of this, we set out to learn what it’s like to live in Portugal for people who are from 18 to 98 years old.


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Grande Tema

Lead Story

Rui Sousa vive na linha de Cascais, tem 47 anos, é informático e aproveitou o teletrabalho durante a pandemia para fazer uma prospecção do mercado imobiliário e percebeu que atravessava um bom momento. Na prática, isto significa que está bom para se vender imóveis a um excelente preço (mas uma fortuna para quem compra). Recorda: “Quando casei fui morar para a moradia da minha esposa e adiei sempre a venda do meu T2. Mas agora, depois de consultar várias plataformas de imobiliário, decidi vender e foi a melhor resolução da minha vida pois fechei o negócio a um excelente peço”. Aliás, diz mesmo: “Vendi por um preço que considero estar muito acima do que o apartamento merece, o valor foi completamente inflacionado, mas se alguém está disposto a pagá-lo…”. Questionámos como vai aplicar esse dinheiro, ao que nos responde: “Esta será a minha reforma!” Como nos confidencia, “todos vamos para velhos, dizem que quando chegar à minha altura até pode já não existir Segurança Social, por isso, eu e a minha mulher, queremos ir para uma residência assistida, de preferência à beira-mar, e para isso é preciso ter um bom pé-de-meia.”

A base de estatísticas Prodata revelou recentemente que é real o cenário de envelhecimento da população portuguesa. Os dados são preocupantes: O número de idosos aumentou 18% na última década; há 161 idosos por cada 100 jovens com menos de 15 anos; há 34 idosos por cada 100 pessoas em idade activa (há dez anos era de 27 por 100); e houve um aumento de 3% no número de pensões pagas pela Segurança Social (são já mais 95,5 mil). Leopoldina Jorge faz parte destas estatísticas. Dedicou toda a sua vida à educação e recorda-nos que “o nosso estilo de vida e a prolongação da nossa existência através de fármacos faz com que, inevitavelmente, a partir dos 65/70 anos de idade começamos a depender de alguém, uns dos filhos, outros das auxiliares.” Por isso, quando começou a aproximar-se a idade da reforma, inscreveu-se num lar na linha de Sintra onde a lista de espera era infindável. Foi pagando antecipadamente uma mensalidade para que, quando chegasse a hora, tivesse o seu lugar garantido. Hoje, aos 82 anos (mas nem parece ter esta idade), diz que “foi a melhor decisão”, pois “não sou o fardo para os meus dois filhos, que têm as suas vidas”, e “divirto-me

muito, faço pinturas, cantamos, damos passeios no jardim e até fazemos ginástica.” O facto de ter médico e enfermeiros ao seu alcance foi determinante para a escolha deste lugar mas diz que a parte dura é “quando perdemos um amigo ou uma amiga, mas esse é o destino de todos nós.”

Adiamento na expansão do sénior living

A oferta residencial sénior em Portugal é liderada por entidades sociais com normas governamentais rígidas que têm de ser seguidas (mas que nem sempre o são), como sejam as misericórdias, instituições particulares de solidariedade social ou cooperativas. A média dos portugueses continua, assim, a depender de lares. Muito embora, a esmagadora maioria prefira, no fundo do seu coração, ficar no conforto da casa em que sempre viveu. Até porque, convenhamos, com preços a partir dos mil, dois mil euros por mês (ou muito acima destes valores) mais vale ficar no lar doce lar e ter uma empregada de dia e outra de noite. No que toca ao mercado silver hair living ou senior living no nosso País está associado ao segmento de luxo e aos resorts que estabe-



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Grande Tema

Lead Story

lecem protocolos com empresas especializadas no apoio domiciliário e/ou hospitalar, oferecendo serviço concierge, entre outros, mas que não são para todos os bolsos. Concentram-se em locais com maior densidade populacional e maior poder de compra, onde Lisboa, Porto e Algarve são as geografias preferidas. A consultora imobiliária Savills no seu mais recente estudo apurou um total de 64 residências seniores, de Norte a Sul do País, que se enquadram no conceito de residências assistidas, ou seja, com “uma oferta de equipamentos e serviços de qualidade, direccionados para o público sénior que apresente um grau de autonomia elevado, podendo igualmente prestar cuidados e serviços médicos através de parcerias estabelecidas com unidades de saúde.” Entre os operadores privados de maior dimensão está o Grupo José de Mello Residências, o Grupo Luz Saúde e o Grupo Residências Montepio (que no seu conjunto perfazem um total de 10 residências e representam uma oferta de mais de 1.000 camas), sendo o

grupo francês Orpea o maior a operar actualmente no País. A Savills avança ainda que o “Montepio, Amera, Clece, Grupo BF e Grupo Mello lideram as intenções de abertura de mais unidades residenciais”. Ainda assim, sublinha que a “conjuntura actual sem precedentes poderá provocar um delay nas intenções de expansão.” Se para uns as estatísticas de envelhecimento da população são uma realidade preocupante, para outros traduz-se na perspectiva de ampliação do negócio.

Boom do student living

Os jovens são outra das apostas do mercado imobiliário e as opções vão desde as residências de estudantes, coliving, cohousing, sem esquecer o crédito à habitação e o arrendamento jovem (por vezes à boleia de políticas públicas). O segmento do “student housing” é que tem mais cativado o interesse de investidores e promotores, quer institucionais, quer nacionais, quer internacionais. As autarquias foram potenciadoras de um mercado que grita-

A oferta residencial sénior em Portugal é liderada por entidades sociais. The majority of senior living facilities in Portugal are run by social entities.”



10 Grande Tema Lead Story

produto, pois, nessa altura, não existia no Porto qualquer edifício concebido como residência de estudantes, com excepção dos edifícios do Estado reservados aos seus bolseiros.” Mas a pandemia de Covid-19 teve “um grande impacto” na procura de alojamento de estudantes. Como Álvaro Portela refere houve “uma diminuição do rendimento disponível das famílias e uma grande diminuição de estudantes estrangeiros, quer porque também o ensino universitário à distância se está a expandir, por necessidade e por conveniência.” Lisboa e Porto lideram a oferta e a procura, embora existam outras cidades nesta corrida como é o caso de Coimbra ou Braga. A Invicta está claramente no radar uma vez que, nos últimos dois anos, calcula-se que a oferta de produto de qualidade tenha explodido e o mercado tenha recebido cerca de 2.500 novas camas. Mau grado, para Ricardo Kendall “começa a existir demasiada oferta em determinadas cidades, o caso do Porto é notório, na zona da Asprela vão ser construídas cerca de 5000 a 6000 camas, parece-me exagerado.” Em 2021 já foram anunciadas novas apostas, nomeadamente pelo promotor britânico Amro Partners, pela luxemburguesa Tabah Capital ou pelo promotor belga Promiris. A expansão deste mercado continua…

A geração mais castigada de sempre

va por falta de oferta e os privados viram essa oportunidade e cresceram como cogumelos, tal é o caso da Temprano, Smart Studios, U-Hub / Xior ou da Valeo / Liv-Student, só para citar algumas empresas a operar no nosso País. Porquê todo este interesse nos estudantes?, perguntamos nós a Álvaro Portela, antigo CEO da Sonae Sierra e promotor da Residência Porto Alto, no Porto. Ao que nos explica que tal se deve ao “crescimento do número de estudantes universitários deslocados, sobretudo estrangeiros” e ao “aumento da

procura de residências de qualidade e adequadas a estudantes.” Esta é uma ideia corroborada pelo CEO da KKR - Investimentos e Participações e detentor da Smart Studios, Ricardo Kendall, “até 2015 praticamente não havia residências de estudantes em Portugal com a excepção de algumas unidades para acção social.” Ricardo Kendall sublinha que “o que nos levou a investir nesta área foi exactamente a ausência de oferta no mercado.” Álvaro Portela teve a mesma percepção de “haver uma oportunidade de mercado para este tipo de

Mas o taget dos jovens não se limita aos estudantes. Depois de anos a promover o crédito à habitação e a compra a baixas taxas de juros e spreads, a aposta é agora no arrendamento. Dizem que só assim o mercado será sustentável. André e Patrícia alugaram um apartamento ao abrigo do programa do IHRU - Porta 65 Jovem, em Mafra, porque não queriam sair deste concelho que tanto gostam. Estão em início de vida e acabam de ser pais. “Mafra não é Lisboa”, declaram, “os preços ainda são sustentados”. Mas quando o casal decidiu juntar os “trapos”, perceberam que alugar uma casa, sobretudo um T2, “levava uma parte muito grande do nosso orçamento”. Foi por isso que se candidataram ao Porta 65 Jovem, “pois era uma ajuda para pagar a renda mensal e permitia-nos sobrar algum dinheiro.” E acrescentam que agora, com a vinda de um bebé, esse “extra” (que na realidade não é extra) faz ainda mais falta para “fraldas, biberões, cadeirinhas”.



12 Grande Tema Lead Story

Sabem que o apoio não é eterno, “mas até lá”, como dizem, “vai dando para o gasto e quando acabar logo vemos o que vamos fazer.” Este cenário de incerteza quanto ao futuro é, pois, o maior desafio que a actual geração mais jovem enfrenta. De acordo com as estatísticas já referidas da Pordata, entre 2009 e 2020, só em 16 concelhos existiu um aumentou do número de jovens e apenas em 12 municípios o número de idosos por 100 jovens (índice de envelhecimento) não se agravou. A mesma base revela que a maioria dos bebés que nasceu em 2020 tinha mães com o grau de ensino superior; olhando para trás, para 2009, tal só era possível nos concelhos de Oeiras e Coimbra. O drama habitacional está, pois, a ser vivido pelos jovens “mais qualificados de sempre”. Cabe seguramente ao Executivo e às instâncias oficiais dar uma mão a esta franja da população. As promessas eleitorais das autarquias vão nesse sentido: “Mais habitação para os jovens.” Queremos acreditar que irão além da propaganda.

Aliás, recentemente, a propósito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Primeiro-Ministro reconheceu que existe uma “falha no mercado” que não consegue dar resposta às “necessidades de habitação” das “novas gerações” e que há, inclusivamente, “concelhos em que a taxa de esforço das famílias para a habitação (percentagem do rendimento disponível das famílias necessária para aceder à habitação) excede os 40% e, em alguns casos, atinge mesmo os 60%.” Ora, como sublinhou, “em caso nenhum essa taxa de esforço deve ser superior a 30%.” António Costa declarou, também, há bem pouco tempo, que o “PRR financia desde residências estudantis a residências de cuidados continuados integrados.” Mas será suficiente? Será suficiente para um País, nas palavras do governante, cujo “futuro depende mesmo de conseguirmos fixar em Portugal esta nova geração?” Será suficiente para dar soluções habitacionais condignas aos idosos do nosso País e cativar mais residentes não habituais na sua fase de aposentadoria?

Rui Sousa lives on the Cascais line, isa 47-yearold computer technician, and has been able to telecommute during the pandemic. While teleworking, he has surveyed the real estate market and has discovered that it’s doing really well. In practice, this means that it’s wonderful for selling a piece of real estate at a great price, but these prices end up being a fortune for buyers. He explained, “When I got married, I went to live with my wife at her house, and I always put off selling my two-bedroom apartment. But, after looking at several real estate platforms, I decided to sell it. Doing so was the best decision I’ve ever made because I closed the deal at an excellent price.” In fact, he even says, “I sold it for a price that I consider to be way above what the apartment is worth. What I got was completely inflated, but if someone is willing to pay it…” We asked him how he’s going to use that money, and his response was this: “This will be my retirement fund!” He told us, “We’re all going to get old. They say that, when it’s my


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14 Grande Tema Lead Story

time, Social Security may not even exist anymore. Because of this, my wife and I want to go to an assisted living facility, preferably by the sea, and, in order to do that, you need a good nest egg.” The Prodata statistical database recently published a report that showed that the Portuguese population really is ageing. The data are troubling: the number of elderly people increased 18% in the last decade; there are 161 elderly people for every 100 young people under the age of 15; there are 34 elderly people for every 100 people of working age (ten years ago, it was 27 per 100); and there has been a 3% increase in the number of pensions paid out by Social Security (95,500 more). Leopoldina Jorge is part of these statistics. She dedicated her entire life to education and reminds us that “our lifestyle and the prolonging of our existence here on Earthby way of modern medicine inevitably means that, after 65-70 years of age, we start to depend on someone, some on our children, others on other support systems.” So, when she began to approach retirement age, she put her name on an endless waiting list for a home on the Sintra line. She was paying a monthly feein advance so that, when the time came, she would have her spot guaranteed. Today, at 82 years old (but not even seeming to be this age), she says that “it was the best decision” because “I’m not a burden for my two children who have their own lives. […] I have

a lot of fun! I get to paint, we sing, we take walks in the garden, and we even do gymnastics.” Having a doctor and nurses nearby was a major factor in her choosing this place. She says, though, that the hardest part is “when we lose a friend, but all of us have the same fate.”

Delays in expanding senior living facilities

The majority of senior living facilities in Portugal are run by social entities that have rigid rules set by the government that have to be adhered to(but aren’t always followed to the letter), and these facilities include charities, private social security institutions, and cooperatives. Half of the Portuguese, thus, continue to depend on homes, even though the overwhelming majority would, in their heart of hearts, prefer to remain in the comfort of the houses they’ve always lived in. One of the most important reasons for this is because, let’s face it, with prices starting at €1,000, €2,000 (and much more) per month, these facilities are very expensive. It would be much more affordable to stay at one’s own house and have one caretaker come during the day and another at night. The senior living market in Portugal is associated with the luxury segment and resorts that have established working agreements with companies that specialise in home and/or hospital support, offering concierge service

and more, but not everyone has the budget for such homes. They are concentrated in places with greater population density and greater purchasing power. Lisbon, Porto, and the Algarve are the most popular regions. In its most recent study, real estate consulting firm Savills found that there was a total of 64 senior homes in all of Portugal that can be considered assisted living facilities. These facilities offer “high quality equipment and services that are aimed at seniors who have a high degree of autonomy[. Such facilities] may also provide medical care and services through partnerships established with health centres.” The larger private operators in this sector that are actually based in Portugal are the José de Mello Residences Group, the Luz Saúde Group, and the Montepio Residences Group; together, they operate a total of 10 residences and have more than 1,000 beds. French group Orpea, however, is the largest currently operating in the country. Savills further states that “Montepio, Amera, Clece, the BF Group, and the Mello Grouphave the biggest plans when it comes to opening more residential units.” Despite this, the consultancy highlights the fact that “today’s unprecedented circumstances may cause a delay in these groups’ expansion plans.” While statistics showing that our population is ageing may be worrisome for some people, they represent a business opportunity for others.

The boom of student housing

The real estate market has zeroed in on the country’s youngsters, and options for them abound: student residences, co-living, and co-housing, not to mention leases and mortgages specially designed for young people (and, at times, supported by public policies). The student housing segment has been the most captivating for investors and developers, be they institutional, domestic, or foreign. Local authorities have been supporters of this market, which was crying for attention due to the dearth of options, and private companies have seized the chance to grow quickly in this segment. Such companies include Temprano, Smart Studios, U-Hub / Xior, and Valeo / Liv-Student – just to name a few companies operating in Portugal. “Why is there all this interest in students?” we asked Álvaro Portela, former CEO of Sonae Sierra and developer for Porto’s Porto Alto Residence. Portela explained to us that this



16 Grande Tema Lead Story

interest has come about due to the “growth in the number of university students that are attending school far from home, especially those coming to Portugal from abroad,” and to “increased demand for high-quality, adequate housing for students.” This idea is also supported by Ricardo Kendall, CEO of KKR – Investments and Shares and holder of Smart Studios: “Until 2015, there was practically no student housing in Portugal, with the exception of a few public units.” Kendall says that “the lack of supply in this market is precisely what led us to invest in this area.” Portela had the same idea: “there was an opportunity in the market for this kind of product, since no buildings in Porto at the time had been designed to be student housing, except for a few buildings built by the State that were reserved for their scholarship recipients.” But the COVID-19 pandemic has had “a large impact” on the demand for student housing. Portela explains that there has been “a decrease in families’ disposable incomes as well as a large decrease in the number of foreign students. This is happening because online education is also expanding, out of necessity, and out of convenience.” Lisbon and Porto have the most supply and demand in this segment, although other cities such as Coimbra and Braga have a sizeable

chunk of the market as well. Porto is clearly on people’s radar, since, in the last two years, it is estimated that the number of high-quality products available has exploded: the market has added around 2,500 new beds. From Kendall’s point of view,“certaincities have begun to create too much supply. Porto is a notorious case: about 5000 to 6000 beds will be added to the area of Asprela. To me, this seems to be a bit excessive.” In 2021, new projects have also been announced, namely by British developer Amro Partners, Luxembourgish company Tabah Capital, and Belgian promoter Promiris. And so this market continues to grow…

The most punished generation ever

But there are more than just students in that younger generation. After years of promoting mortgages and purchases at low interest rates and spreads, the focus now is on renting. They say that this is the only way the market will be sustainable. André and Patrícia rented an apartmentin Mafra as part of the IHRU - Porta 65 Jovem program because they didn’t want to leave this municipality that they like so much. They are at the beginning of their lives and have just become parents. “Mafra is not Lisbon,” they declare, “the prices

are still bearable.” But, when the couple decided to put everything they had together, they realised that renting a house, especially a twobedroom unit, “was going to eat up a very large part of our budget.” This is why they applied for Porta 65 Jovem: “It helped pay our monthly rent and allowed us to have some money left over.” And they add that, now, with the arrival of a baby, this “extra” money in reality is not really extra; it’s needed for “diapers, bottles, baby seats.” They know that support won’t last forever, “but, until it does,” they say “it will keep helping with our expenses. When it does run out, we’ll figure out what we’ll do then.” This uncertainty about the future is the biggest challenge facing the current younger generation. According to the aforementioned statistics from Pordata, between 2009 and 2020, only in 16 municipalities experienced an increase in the number of young people, and only 12 municipalities did not see the number of elderly people per 100 young people (ageing index) worsen. The same data base showed that the majority of babies born in 2020 had mothers with a higher education degree; looking back to 2009, this only happened in the municipalities of Oeiras and Coimbra. Today’s housing drama is, thus, being experienced by “the most qualified young people ever.” Certainly, it is up to the Executive branch of the government and other official bodies to lend a hand to this part of the population. Local governments’ electoral promises are along the lines of “More housing for young people.” We want to believe that this will be more than just vote grabbing propaganda. In fact, when talking about the Recovery and Resilience Plan (PRR) recently, the Prime Minister recognised that there is a “failure in the market:” “the newer generations’ housing needs” cannot be satisfied. There are even “counties where the amount of disposable income needed to access housing exceeds 40% of the average salary. In some areas, this reaches up to 60%.” “In no case,” he explains, “should this be greater than 30%.” António Costa also declared not long ago that the “PRR will finance student residences and integrated continuing care homes.” But will it be enough? Will it be enough for a country whose “future truly depends on being able to help this new generation get established in Portugal?” Will it be enough to provide dignified housing solutions for the elderly in our country and captivate more non-habitual residents who are retiring?


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NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2021

Regressamos mais fortes

We’re back stronger than ever


NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2021

Em 2020 o Prémio Nacional do Imobiliário foi o último grande evento do sector, presencial, a decorrer bem às portas de uma pandemia que fez todos temer o pior. Em Setembro deste ano, mais do que fortes e com muita esperança, regressamos com o peito cheio de orgulho por um mercado que não baixou os braços e que faz da edição dos “Óscares” de 2021 uma das melhores de sempre. The National Real Estate Award Gala was the industry’s last large inperson event, taking place right on the doorstep of a pandemic that has made everyone fear the worst. In September of this year, we are back stronger than ever and hopeful. We are proud of this unstoppable market which has not given up and has made the 2021 one of the “Oscars’” best years ever.

Na edição deste ano são 29 os projectos finalistas que concorrem nas categorias de Comércio, Escritórios, Habitação, Equipamentos Colectivos e Turismo, além do troféu para a Reabilitação Urbana, e a distinção máxima de “Melhor Empreendimento do Ano”. Está ainda de regresso o prémio Sotheby’s. Mas claro, o ponto alto do evento será a noite da Grande Gala onde serão entregues os galardões aos merecidos vencedores do Prémio Nacional do Imobiliário numa cerimónia que decorrerá no dia 16 de Setembro, no Vila Galé Sintra Resort Hotel Conference & Spa. Este evento não poderia existir sem o apoio daqueles que acreditam na Magazine Imobiliário, nestes prémios e, sobretudo, no sector. Para perceber a sua dimensão nada melhor do que as palavras da Chief Executive Officer da Savills Portugal, Patrícia de Melo Liz, o principal patrocinador deste evento: “Este ano os tão afamados “Óscares” do Imobiliário, como gostamos de continuar a chamar-lhes, são preenchidos de bons projectos e de boas apostas que, ainda que em tempo de pandemia, a construção não deixou que ficassem para trás. A resiliência do mercado estará seguramente bem presente neste que é um dos grandes eventos do Imobiliário e que há tantos anos dignifica este sector.” Patrícia de Melo Liz acrescenta que este “será também um ano em que uma cadeira estará vazia, vazia da presença física de quem colocou este evento de pé desde a primeira edição há 23 anos, vazia de quem punha alma e coração na preparação de tudo sempre contando com a extremada e excepcional organização da sua companheira de vida, a Anabela e a sua equipa, que agora veio para a frente da “trincheira” e não deixa o projecto partir, como partiu o nosso querido amigo Joaquim (fundador da revista Magazine Imobiliário recentemente falecido).” Revelamos ainda o Júri da edição do PNI2021: Paulo Silva, Head of Country da Savills; Hugo Santos Ferreira, presidente da APPII; Carlos Mineiro Aires, Bastonário da Ordem dos Engenheiros; arquitecto Mário Sua Kay; e Alberto Henriques, Associate Director / Investment da Savills Portugal. Os finalistas estão lançados. Querem fazer apostas sobre os possíveis vencedores?

This year’s competition saw 29 finalists compete in the following categories: Retail, Offices, Housing, Public Amenities, and Tourism. Projects also competed for the Urban Rehabilitation trophy and the ultimate distinction “Best Project of the Year.” The Sotheby’s award is also back. Of course, the event will culminate in the on the night of the Great Gala, during which the National Real Estate Award winners will be named. The ceremony will take place on 16 September at the Vila Galé Sintra Resort Hotel Conference & Spa. This event would not be possible without the support of those who believe in Magazine Imobiliário, in these awards, and, above all, in this industry. To get an idea of what these awards mean, nothing can beat the words of Patrícia de Melo Liz, Chief Executive Officer of Savills Portugal, the main sponsor for this event: “This year, the highly acclaimed “Oscars” of Real Estate, as we enjoy calling them, are chock-full of great projects that construction did not let fall behind, even during a pandemic. This market’s resilience will certainly be manifest during one of real estate greatest events which has dignified this sector for so many years.” Melo Liz adds that this “will also be the first year in which one particular chair will be empty, devoid of the physical presence of the man who set this event up 23 years ago. This year, the man who put his heart and soul into the preparation of everything and always counted on the exceptional organisation of his life partner Anabela and her team, who has now come to the fore and will not let this project go by the wayside, will not be there, as our dear friend Joaquim (founder of Magazine Imobiliário, recently deceased) has left us.” The Jury for the 2021 National Real Estate Awards (PNI2021) included Paulo Silva, Head of Country for Savills; Hugo Santos Ferreira, President of APPII; Carlos Mineiro Aires, Chairman of the Order of Engineers; architect Mário Sua Kay; and Alberto Henriques, Associate Director / Investment at Savills Portugal. Here are the finalists. Can you guess who the winners will be?


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COMÉRCIO RETAIL

GALLERIA NorteShopping O GALLERIA materializa um conceito inédito e inovador em Portugal, com um posicionamento premium e uma oferta distintiva. Localizado no piso 1 do NorteShopping, em Matosinhos, é um espaço elegante, sofisticado, com personalidade e um ambiente visualmente estimulante, onde os visitantes podem desfrutar de uma experiência de compras e de lazer única, com um mix de marcas de topo. Ocupa um espaço de cerca de 5.000 metros quadrados (m2) com 18 lojas e quatro quiosques e teve a colaboração artística do Studio Astolfi. As lojas beneficiam de um pé direito muito superior ao que é típico em espaços comerciais e nunca antes testado em centros da Sonae Sierra. O GALLERIA pretende ser mais do que um espaço de compra. É um local onde se cruzam experiências no que toca a cultura, gastronomia, decoração, moda e entretenimento. GALLERIA brings to life an innovative, unique concept in Portugal with a premium location and distinctive offering. Located on floor 1 of the NorteShopping shopping centre in Matosinhos, it is an elegant, sophisticated, visually stimulating space with personality where visitors can enjoy a unique shopping and entertainment experience with an assortment of top brands. It is about 5,000 m² in size and consists of 18 stores and four kiosks. An artistic collaboration with Studio Astolfi gave GALLERIA its design, and its stores have ceilings that are much higher than what is typical in commercial spaces, something never before tested in Sonae Sierra shopping centres. GALLERIA is more than just a shopping centre. It is a place where experiences in culture, cuisine, décor, fashion, and entertainment all come together.

Promotor Developer: Norteshopping - Centro Comercial Construtor Builder: Cobelba - Sociedade de Construção Civil Arquitecto Architect: Jorge Manuel Garcia Morgadinho


COMÉRCIO RETAIL

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Sogevinus Santa Marinha Wine Shop Este projecto localiza-se no centro histórico de Vila Nova de Gaia, em Santa Marinha, e ocupa um armazém centenário, com 544 metros quadrados (m2), onde são envelhecidos alguns dos vinhos de referência do grupo. O objectivo primordial deste projecto foi estender a utilização de uma cave de Vinho do Porto, para um espaço de vendas e degustação de vinhos. Define-se através de dois volumes de um piso e um terceiro volume com dois pisos, dominados por elementos irregulares e com graves patologias. O conceito de partida foi recuperar o existente e utilizar uma linguagem formal e materiais que proporcionassem um aspecto contemporâneo ao local, com elementos desconectados do existente a definir os novos espaço, sem a clausura destes, oferecendo uma experiência sensorial mais ampla, com a estimulação do olfacto pelos aromas característicos de uma cave. Apelando a todos os sentidos, estas imponentes estruturas e o ambiente único que envolve o mundo do vinho do Porto servem de moldura à Sogevinus Santa Marinha Wine Shop, que se apresenta como um local de experiências. This project is located in Santa Marinha in the historic centre of Vila Nova de Gaia and occupies a 544-m², 100-year-old warehouse where some of the group’s top wines are aged. The main objective of this project was to expand the use of a Port Wine cellar into a sales and wine tasting space. It is defined by two section on one floor and a third section with two floors, dominated by bold, irregular elements. The starting concept was to recover the existing and use a formal language and materials that would provide a contemporary aspect to the place, with elements disconnected from the existing one to define the new spaces, without their closure, offering a broader sensory experience, with the stimulation of the nose for the characteristic aromas of a cellar. The starting idea was to recover what was already there and to use a formal architectural language and materials that would provide a contemporary flair to the place, with elements that were disconnected from what already existed to define the new spaces without closing them off. The final product offers a broader sensory experience, even stimulating the nose with the characteristic aromas of a cellar. Appealing to all the senses, these imposing structures and the unique environment that surrounds the world of Port wine serve as a frame for the Sogevinus Santa Marinha Wine Shop, which bills itself as a place for experiences.

Promotor Developer: Sogevinus Fine Wines Construtor Builder: João Pereira Arquitecto Architect: Filipe Reis


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ESCRITÓRIOS OFFICES

Aníbal Cunha O desafio partiu da vontade de transformar uma garagem subterrânea de um edifício de habitação colectiva na baixa do Porto – à partida, um espaço arquitectonicamente pouco adaptável - num espaço de escritórios para um conjunto de empresas. Tirando partido das características espaciais e formais do edifício, o projecto assumiu a rudeza do espaço de garagem como uma casca e promoveu a criação de uma nova interioridade aproveitando a disposição das três grandes clarabóias que inundam o espaço de luz natural para organizar um conjunto de salas e espaços de trabalho onde o conforto e textura da madeira contrastam com a materialidade crua do espaço da garagem. O sistema construtivo seco e ecológico bem como o desenho das infra-estruturas foi assumido como participante activo na caracterização do espaço, o que permite uma grande flexibilidade da área e deixa em aberto futuras adaptações de acordo com a estrutura dinâmica própria destas empresas. The challenge began when the underground car park of a collective housing building in downtown Porto – an architecturally un adaptable space to begin with – was slated to be converted into an office space for a group of companies. Using the building’s spatial characteristics as a guide, the project used the shape and roughness of the car park as a shell and created a completely new interior. The presence of three large skylights that flood the space with natural light helped architects organise a set of rooms and work spaces where the comfort and texture of the wood in the space contrast with the rawness of the materials used for the original garage. The dry and ecological building system and the design of the space’s infrastructure were made active participants in its character, which allows for a great deal of flexibility in the area and makes future adaptations to keep up with the dynamic nature of these companies possible.

Promotor Developer: Grupo Nativa Construtor Builder: Forma Simultânea Arquitecto Architect: Depa Architects

DR Fotos: José Campos


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ESCRITÓRIOS OFFICES

APPII A APPII - Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários está sediada em Lisboa, na Torre 3 das Amoreiras, complexo projectado pelo arquitecto Tomás Taveira e construído nos anos 80 do século XX. É neste contexto que, no ano de 2019, com a grande actividade que se verificava no sector imobiliário, se criou a necessidade de requalificar o espaço de modo a que este se tornasse mais versátil e contemporâneo. Assim, um ano depois, a proposta de renovação deste escritório passou pelo desenho de dois espaços de diferentes funções, tonalidades e materiais, dividindo através de um plano de vidro flexível, respectivamente a área de trabalho e recepção, da área de reuniões. O primeiro, em madeira, segmentado através de carpintarias, respeita uma hierarquia espacial de acordo com as necessidades dos postos de trabalho. O segundo, mais amplo, constitui um espaço mais social, fazendo uso de uma cor mais neutra. Deste modo, consegue-se o contraste e harmonia entre dois espaços que se complementam funcional e formalmente, visando que ambos beneficiem da vista sobre a cidade e iluminação natural. The Portuguese Association of Real Estate Investors and Developers (APPII) has its headquarters in Amoreiras Tower 3 in Lisbon, a complex that was designed by architect Tomás Taveira and built in the 1980s. In 2019, with all the activity that was taking place in the real estate industry, it became clear that the space (given its age) needed to be renovated so that it could become more versatile and contemporary. And so, one year later, this office’s renovation proposal involved the design of two spaces with different functions, colours, and materials, separating the work and reception area from the meeting area with a flexible glass wall. The first makes use of wood cut with expert carpentry and respects a spatial hierarchy according to the needs of the work stations. The second, wider area comprises a more social space and makes use of a more neutral colour. In this way, a contrast and harmony is achieved between the two spaces, complementing each other functionally and formally and ensuring both enjoy the view of the city and natural lighting.

Promotor Developer: APPII - Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários Construtor Builder: MAP Engenharia Arquitecto Architect: Contacto Atlântico Arquitectos


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Palácio dos Correios The Postal Palace

Todas as funções dos Correios de Portugal foram centralizadas num único edifício na cidade do Porto mas com o passar do tempo caiu em desuso e na altura da sua intervenção encontrava-se desocupado quase na sua totalidade. O projecto do Palácio dos Correios pretendeu, além da manutenção e reabilitação do edificado existente, também resolver o remate do quarteirão inacabado e promover a sua conexão com a malha urbana pré-existente. Ao nível programático, foram criados espaços para escritórios nos pisos superiores e ao nível do piso 0 privilegiou-se áreas para comércio valorizadas pela sua relação directa com a rua. Os pisos de serviços são complementados por áreas exteriores, definidas por terraços e coberturas ajardinadas. Destaque para a entrada principal onde se encontra a estátua “Salomé”, que pretende homenagear o seu autor José Rodrigues. All the administrative offices of the Portuguese Postal Service were centralised and brought to one single building in the city of Porto, but, as time went by, it fell into disuse, and, when renovation on the building began, it was almost completely unoccupied. In addition to providing maintenance for and renovating the existing building, the Postal Palace project also intended to resolve the abutment of the unfinished bloc and promote its connection with the city’s existing urban heritage. Office spaces were created on the upper floors, and, on floor 0, valuable spaces for retail were designed, taking full advantage of their access to the street. The service floors are complemented by outdoor areas with terraces and garden roofs. One final aspect of this project that is of note is the main entrance where the “Salomé” statue is located, which pays homage to its designer José Rodrigues.

Promotor Developer: Companhia das Nações Aliadas Construtor Builder: Ferreira Construção Arquitecto Architect: Ginestal Machado


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Porto Office Park A simbiose entre tecnologia, design e natureza fazem do Porto Office Park um projecto pioneiro e único que foi projectado com foco no bem-estar e nas novas tendências de flexibilidade de trabalho. Os dois edifícios de escritórios simétricos têm nove pisos acima do solo e três pisos em cave de estacionamento. Possuem amplas áreas de recepção e cada edifício inclui um auditório, salas de reuniões e eventos com capacidade até 200 pessoas e uma cafetaria com 250 lugares sentados que inclui uma esplanada exterior. A sustentabilidade foi um aspecto importante do processo de design e construção, tendo recebido a certificação BREEAM “excelente”. Conseguiu também recriar a imagem de um Parque Urbano que envolve os dois edifícios de escritórios e onde os utilizadores se sentem integrados no espaço verde envolvente. Está previsto um terceiro edifício, que se encontra já em construção, e que terá uma componente de lifestyle, complementada com instalações de lazer e desporto. Symbiosis between technology, design, and nature make Porto Office Park a unique, pioneering project that was designed with wellness and new flexi-work trends in mind. The two symmetrical office buildings have nine stories above ground and three stories of parking underground. They boast large reception areas, and each building has its own auditorium, meeting and event rooms that can hold up to 200 people, and a cafeteria with 250 seats and an outdoor terrace. Sustainability was an important part of the design and construction process, which has led the complex to receive a BREEAM certification of “excellent.” It has also managed to create a green Urban Park that surrounds the two office buildings. Construction on a third building is already underway, and this third building will feature a lifestyle component with leisure and athletic facilities.

Promotor Developer: Grupo Violas Ferreira Construtor Builder: Mota Engil Arquitecto Architect: Broadway Malyan



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RB Pharma O projecto do escritório da RB Pharma pretendeu conceber um espaço com soluções individualizadas para esta empresa especializada na distribuição de medicamentos difíceis de encontrar. A sede está situada em Lisboa, num antigo armazém de dois pisos com um bonito parque do outro lado da estrada. Os designers tiveram que transformar os 520 metros quadrados (m2) de instalações industriais fazendo a sua reconstrução e criando o design do novo espaço. Um dos desafios que enfrentaram foi compensar a falta de janelas e de luz natural em quase todas as partes do edifício. Assim, a atmosfera é formada por fontes de luz bem posicionadas, interacção dinâmica de texturas naturais, desenhos 3D no papel de parede/paredes, plantas, esquema de cores saturadas, mas naturais que ecoa o parque mais próximo. Área de pesquisa, sede, sala de conferências, auditório para palestras e apresentações, cozinha para funcionários e áreas de convivência foram reunidas em open space dividido por barreiras de vidro transparentes e realces visuais. O resultado foi a criação de um ambiente confortável com altos níveis de flexibilidade e adaptabilidade. The goal of the RB Pharma office project was to design a space using solutions that were tailor-made for this company that specialises in the distribution of medicines there are hard to find. Its headquarters is located in Lisbon in an old, two-storey warehouse with a handsome little park just on the opposite side of the street. The designers had to transform and reconstruct 520 m² of industrial facilities, creating a new design for the space. One of the challenges they faced was making up for the dearth of windows and natural light in virtually every part of the building. Thus, well-positioned light sources, the dynamic interaction of natural textures, 3D designs on wallpaper/walls, plants, saturated but natural colour schemes that echo the park nearby were all absolutely essential to this project. A research area, head offices, a conference room, an auditorium for lectures and presentations, a kitchen for employees, and living areas were all brought together as part of an open space plan divided by transparent glass barriers and visual highlights. All the designers’ hard work has yielded a comfortable environment that is highly flexible and adaptable.

Promotor Developer: Yaroslav Galant Construtor Builder: Galant I.D., TModular, Perfilforma Arquitecto Architect: Yaroslav Galant e Ilona Galant


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ZEP Ocupando o lote do extremo Poente, a intervenção enquadrou-se no loteamento que incidiu num dos últimos quarteirões a ser edificados na denominada Área Empresarial do Porto (AEP). O empreendimento possui um conjunto de seis edificações destinadas a comércio/ serviços e escritórios que perfazem no seu conjunto uma área bruta total superior a 22.000,00 metros quadrados (m2). Para cinco das edificações, o loteamento preconiza o número máximo de pisos acima da cota de soleira como sendo sete. Assim, em consonância com a edificação existente situada no quarteirão confrontante a Norte, a intervenção deu continuidade em termos de interacção urbana e paisagística aos parâmetros especificados no loteamento. Pretendeu-se com esta imagem conferir ao espaço ocupado pela AEP uma imagem de centralidade metropolitana de localização empresarial, ajudando a definir um espaço urbano de representação metropolitanaregional. Occupying the furthest west lot, this intervention focused on one of the last blocs to be built in the so-called Business Area of Porto (AEP) subdivision. The complex has a set of six buildings designed for commerce/services and offices, and, in total, they have a gross area of more than 22,000m². For five of the buildings, the subdivision allowed there to be a maximum of seven storeys above the ground level. Thus, in line with the existing building located in the bloc facing North, the followed the urban and landscape interaction parameters specified by the subdivision. The project intended to have the space occupied by AEP project an image of metropolitan centrality where business takes place, helping define an urban space that represents the city and the region.

Promotor Developer: Nelson Quintas Imobiliária Construtor Builder: Ergicon - Engenharia e Construção Arquitecto Architect: José Carlos Cruz Arquitectos


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HABITAÇÃO HOUSING

266 Liberdade Classificado como imóvel de interesse público, este edifício da autoria do arquitecto Porfírio Pardal Monteiro foi a primeira obra de Arquitectura Industrial Moderna da Avenida da Liberdade, em Lisboa, e o primeiro a ser projectado de raiz para alojar um jornal - o Diário de Notícias. Logo após a sua inauguração em 1940, recebeu o Prémio Valmor. A reabilitação pretendeu devolver o seu esplendor original: restaurando as fachadas com a preservação de todos os elementos marcantes e integrando nos novos interiores os elementos históricos e artísticos de época. A conversão permitiu, a par da reabilitação do património, a criação de habitação de qualidade superior, com o objectivo de fixar população nesta zona central da cidade. Possui também uma loja no piso 0, ao mesmo nível das existentes na zona, com 1300 metros quadrados. Trata-se de um espaço único onde se pode encontrar obras notáveis de Almada Negreiros, as quais foram devidamente preservadas. Classified as a building of public interest, 266 Liberdade was designed by architect Porfírio Pardal Monteiro and was the first project of the Modern Industrial Architecture movement built on Avenida da Liberdade in Lisbon. It was also the first building to be designed from scratch for a newspaper – Diário de Notícias. Right after its inauguration in 1940, it received the Valmor Award. The building’s renovation project sought to restore it to its original splendour. Its façades were restored while all its unique elements were preserved. Historical and artistic elements dating from the period when the building was originally constructed were also integrated into its new interiors. Converting this building into residences, alongside the restoration of a piece of Portugal’s cultural heritage, has created superior quality housing that will attract residents to this central area of the city. The building also features a 1300-m² store on the ground level, the same as others in the area. It is a unique space where you can find remarkable works by Almada Negreiros that have been painstakingly preserved. Promotor Developer: Avenue Construtor Builder: HCI Arquitecto Architect: Contacto Atlântico Arquitectos


GRUPO FUTURAMA

Uma vida, a desenvolver a actividade imobiliária nacional e internacional PORTUGAL | ANGOLA | BRASIL

Prémio Personalidade Imobiliário 2020 Eduardo Luís Dirigente Associativo da APEMI/P de 1991 até 2006 em vários corpos sociais. Associado Honorário nº 1 da APEMI. Associado fundador nº 5 da ASMIP, dirigente associativo em vários mandatos e corpos sociais desde 2014.

Av. Bombeiros Voluntários, 3-B | 2775-168 Parede Cascais | Portugal Tel.: 214561387 | Email: futurama@futurama.pt

www.futurama.pt


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HABITAÇÃO HOUSING

Edifício Náutico The Náutico Building

O Edifício Náutico vem no seguimento do desafio lançado pela Câmara Municipal de Cascais para requalificar o antigo “esqueleto” à entrada da vila, conhecido como Hotel Nau. O edifício desenha um pátio interior entre as lojas, que permite criar o acesso aos 28 apartamentos nas torres. Neste pátio, os canteiros ponteiam as entradas para a habitação e criam um efeito introspectivo. A fachada do edifício é composta por 29.104 cobogós em cerâmica distribuídos por 856 painéis pivotantes em moldura de alumínio com quatro metros de altura por 50 cm de largura. A cor azul foi escolhida pela importância histórica que esta tem para a cerâmica portuguesa. Esta cor permitiu criar pinturas dinâmicas, com formas em movimento e evidenciou o valor do traço. A sua personalidade está muito ligada à sua localização junto ao mar, transformando a linguagem náutica numa linguagem arquitectónica, que se reflecte nas formas, materiais e cores. The Náutico Buildingis the result of the challenge launched by the Municipality of Cascais to renovate the old “skeleton” at the town’s entrance known as Hotel Nau. The building has an interior courtyard between its stores through which people can access the 28 apartments in the towers. In the courtyard, flowerbeds dot the homes’ entrances, creating an introspective effect. The building’s façade is composed of 29,104 ceramic cobogó-style bricks distributed among 856 pivoting aluminium -framed panels that are four metres high and 50 cm wide. Blue was given a prominent role in the building’s colour palette due to its historical importance for Portuguese ceramics. This colour has been used to create dynamic paintings with moving shapes and highlighted the value of lines. Its personality is closely linked to its location by the sea. The language of seafarers has been transformed into an architectural language which is reflected in the building’s shapes, materials, and colours.

Promotor Developer: Miguel Ribeiro Ferreira, Isabel de Botton, Tim Vieira, Nuno Traguedo, Tomás Champalimaud e Felipe Farinha dos Santos Construtor Builder: Alves Ribeiro Arquitecto Architect: Subvert Studio


HABITAÇÃO HOUSING

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Ivens Arte Trata-se de um edifício construído no final do século XVIII no coração do Chiado, em Lisboa, posteriormente ampliado com mais um piso e águas furtadas no início do século XIX. Encontrava-se muito degradado mas possuía um património decorativo particularmente rico ao nível da pintura mural e da azulejaria. O projecto residencial foi realizado com a consciência de que o mesmo se devia enquadrar no processo histórico de construção do edifício, com recurso à utilização de materiais compatíveis ou da mesma natureza dos existentes, procurando equilibrar a vontade de preservação com as soluções de conforto e estética modernas. Foi neste contexto que surgiu a vontade de introduzir novas intervenções artísticas, o que se concretizou pela mão de José Pedro Croft e de Iva Viana. Foi ainda criado um estacionamento para 21 automóveis recorrendo-se para este efeito a uma solução de estacionamento robotizado, muito compacto, que permitiu concentrar a escavação numa área muito reduzida, e permitiu viabilizar a manutenção da estrutura do edifício e a sua recuperação integral. This building was originally constructed at the end of the 18ᵗʰ century in the heart Lisbon’s famed Chiado neighbourhood and was later expanded with an extra storey and an attic added to it at the beginning of the 19ᵗʰ century. It was in a very sorry state, but it was particularly rich in the decorative sense thanks to its mural paintings and tiles. The residential project went ahead with the understanding that its renovations needed to respect the history of the building, using materials that were either the same as or at least compatible with the existing ones in an effort to strike a balance between the desire to preserve what the building has to offer and modern comfort and aesthetic solutions. It was in this context that the desire to introduce new artistic interventions arose, which were carried out by José Pedro Croft and Iva Viana. A parking area for 21 automobiles was also created. A very compact robotised parking solution was used for this purpose, which allowed the excavation for the car park to be concentrated in a very small area, making it possible to maintain the building’s structureand fully renovate it.

Promotor Developer: Fundo de Pensões do Banco de Portugal - Benefício Definido representado pela Sociedade Gestora dos Fundos de Pensões do Banco de Portugal Construtor Builder: HCI Construções Arquitecto Architect: Samuel Torres de Carvalho


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HABITAÇÃO HOUSING

Largo Intendente 57 Este projecto residencial insere-se na zona do Intendente, em Lisboa, que é actualmente um dos bairros mais prolíficos a nível de cultura e inovação desde que a sua revitalização levou à introdução de novos habitantes, espaços e vivências. O projecto pretendeu devolver ao edifício o seu uso habitacional numa lógica de tipologias mais pequenas, predominantemente T1 e T2. Optou-se pela manutenção do desenho da fachada original, tentando tanto quanto possível manter os seus elementos caracterizadores (vãos, acabamentos, cornijas, etc.), e também decidiu-se nas novas fachadas a tardoz criar uma linguagem que não fosse dissonante com o resto do edifício. Foi, pois, alvo de uma cuidadosa recuperação do exterior do edifício que, a par do desenho intemporal dos interiores e do jardim vertical de 577 metros quadrados (m2), fazem do Largo Intendente 57 uma oportunidade única para quem quer desfrutar de um estilo de vida cosmopolita sem abdicar do conforto e da conveniência. This residential project is located in the Intendentearea of Lisbon, which is currently one of the city’s most lively neighbourhoods. Intendente owes its popularity to the cultural scene and innovation found in the neighbourhood, which have come about thanks to its revitalisation, bringing with it new inhabitants, spaces, and experiences. The project sought to return the building to its use as housing with smaller units (predominantly one- and two-bedroom apartments) and attempted to maintain its characteristic elements (e.g., doorways, stairwells, finishes, cornices) as much as possible. The original façade’s design was kept, and it was also decided that a language that would not clash with the rest of the building would be used for the back façades. The exterior of the building was renovated with great care. Together with the timeless design of its interiors and its 577-m² vertical garden, everything here comes together to make Largo Intendente 57 a unique opportunity for those who want to enjoy cosmopolitan living without giving up comfort and convenience.

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Promotor Developer: Square View Construtor Builder: Cari Construtores Arquitecta Architect: Ana Costa


Todos os grandes projetos começam com um esquisso: de ideias, de conhecimentos, de aspirações projetadas. Erguemos peças que, embutidas num todo, dão lugar a construções sólidas. Com rigor na perfeição dos resultados, esta é a marca da Gestão Integrada de Projetos que desenvolvemos. Mais de duas décadas de planos concluídos com sucesso.

www.rockbuilding.com


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Living Rio II O conceito Living Rio nasceu de uma vontade de mudar o panorama dos empreendimentos imobiliários na cidade de Barcelos. O complexo habitacional tem na sua localização um dos seus pontos fortes. Está inserido na Zona Histórica de Barcelinhos e contempla as paisagens verdejantes das margens do Rio Cávado. O empreendimento possui uma loja comercial com 130 metros quadrados (m2) e 11 habitações das tipologias T1, T3 e T4, com áreas entre os 60 m2, 150m2 e os 200 m2, e generosas varandas com vista para os edifícios mais históricos da cidade. Surpreende pela sua arquitectura contemporânea e inovadora, caracterizase pelas linhas oblíquas e vértices no revestimento das varandas, pela pluralidade dos seus revestimentos exteriores e pelas suas linhas minimalistas que conferem uma visão dinâmica de movimento dos elementos. Nunca sendo um empreendimento indiferente a quem passa, traduz-se num ponto de interesse fotográfico. The concept for Living Rio was born out of a desire to change the change the landscape of real estate projects in the city of Barcelos. One of the strong points of this residential complex is its location in the Historic Zone of Barcelinhos with views of verdant landscapes and the banks of the Cávado River. The development has a 130-m² store and 11 one-, three-, and four-bedroom houses ranging in size from 60 m² through 150 m² to up to 200m² that boast generous balconies with views of the city’s most historic buildings. It surprises onlookers with its contemporary and innovative architecture which makes use of oblique lines and vertices in the balconies’ coverings, variety in its exterior coverings, and a minimalist approach that makes all the elements seem to flow together. Passersby will never be indifferent to this development, which will undoubtedly entice people to take pictures of it.

Promotor Developer: Francisco Magalhães & Filhos Construtor Builder: fm Magalhães Engenharia & Construção Arquitecta Architect: Sandra Magalhães


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Pinto Bessa Localizada na franja Oriental da cidade do Porto, a Rua de Pinto Bessa faz a charneira entre a freguesia do Bonfim directamente à Estação de Campanhã. O bloco de habitação possui sete pisos com 26 apartamentos e um espaço comercial. Com quatro apartamentos, o volume da cozinha assume o protagonismo dividindo os espaços de estar e comer com os de dormir por uma divisória leve e amovível em madeira que permite a reconfiguração da tipologia permitindo a criação de um espaço de estar de maiores dimensões numa lógica de open-space ou um espaço de trabalho acessório que pode ser apropriado de acordo com as especificidades dos habitantes. No interior procura-se uma materialidade nobre e intemporal com o soalho em madeira de riga a contrastar com as superfícies de betão aparente e onde as carpintarias se assumem expressivas procurando contribuir para a densidade do espaço. O desenho e produção de um azulejo cerâmico especificamente para este edifício ajuda a definir a sua identidade. Located on the eastern edge of the city of Porto, Pinto Bessa Street cuts through the civil parish of Bonfim all the way to Campanhã Station. This residential building features 26 apartments and a store spread amongst seven different floors. Four apartments were designed around the kitchen area, with the living and dining spacesdivided from the bedrooms by a light, removable wooden partition that allows the space to be reconfigured. This can open up the living areas and make them larger as part of an open-air floor plan or close off a particular area that can be used as a workspace and adapted to its inhabitants’ needs. Inside, high quality, timeless materials were used. Pinewood floors contrast with exposed concrete surfaces, and the carpentry work is equal parts expressive and impressive. Ceramic tiles were designed and produced specifically for this building helps and help define its identity.

Promotor Developer: Repor Investimentos Imobiliários Construtor Builder: Edinorte Arquitecto Architect: Depa Architects DR Foto: José Campos


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HABITAÇÃO HOUSING

Santa Helena Situado no bairro de Alfama, um dos mais antigos e conhecidos de Lisboa, o Palácio Santa Helena iniciou a construção no final do século XVI. Profusamente alterado pelos séculos e pelos diferentes usos que lhe foram dados, o palácio ansiava por um profundo trabalho de recuperação. O projecto pretendeu devolver-lhe a sua identidade, revitalizando o edifício sem desrespeitar a sua herança arquitectónica. Os maiores desafios, segundo o arquitecto Samuel Torres de Carvalho do consultor José Maria Lobo de Carvalho, foram recuperar um edifício com cerca de quinhentos anos de história, dotando-o de todas as infra-estruturas de segurança, conforto e habitabilidade exigidas no século XXI. De tipologias T1 a T5 e áreas entre os 108 metros quadrados (m2) e os 460m2, o palácio oferece uma multiplicidade de escolhas, divididas entre o pátio, o jardim e o edifício. Não havendo dois apartamentos iguais, cada um é tão único quanto o seu modo de vida. Located in the Alfama neighbourhood, one of Lisbon’s oldest and best known areas, the Santa Helena Palace saw work begin on its construction at the end of the 16ᵗʰ century. Heavily altered throughout the years due to the different uses it had, the palace yearned for detailed restoration work. The building’s renovation project intended to give it its identity back, revitalising the palace without disrespecting its architectural heritage. According to architect Samuel Torres de Carvalho and consultant José Maria Lobo de Carvalho, the greatest challenge was the very face that they were restoring a building with nearly five hundred years of history and furnishing it with all the modern safety, comfort, and habitability infrastructure people in the 21ˢᵗ century require. With units that have one to five bedrooms and range in size between 108 m² and 460m², the palace has lots of choices on offer, and these choices are divided up between the courtyard, the garden, and the building. No two apartments are alike; each is as unique as its way of life. Promotor Developer: Stone Capital Construtor Builder: Construtora San José Arquitecto Architect: Samuel Torres de Carvalho



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HABITAÇÃO HOUSING

The Nest A intervenção no n.º11 da rua Rodrigo da Fonseca, em Lisboa, pretendeu converter o edifício de serviços, que foi propriedade do Banco Internacional do Funchal (BANIF) e ocupado nos últimos anos por empresas de startups, para uso habitacional. As tipologias criadas são maioritariamente de um fogo por piso, com alguns apartamentos em duplex, quer no edifício principal, quer no corpo construído no logradouro, privilegiando as áreas envidraçadas dos vãos e as grandes varandas no corpo isolado. Quanto à distribuição das áreas interiores e materiais aplicados, apostou-se numa organização funcional com a separação das zonas comuns das zonas dos quartos, materiais nobres de boa qualidade como pavimentos em madeira, portas e carpintarias lacadas e revestimentos em pedra mármore Estremoz, nas cozinhas e casas de banho. Possui ainda um espaço de logradouro comum ajardinado que veio valorizar todo o espaço envolvente. The project at11 Rodrigo da Fonseca Street in Lisbon set out to convert the former Funchal International Bank (BANIF) services building from a startup incubator (what it was used for in recent years) into a residential building. For the most part, there is just one home per storey, although some apartments are duplexes; this applies both to the main building and the building constructed in the courtyard. Glass takes a prominent roll throughout The Nest as do large balconies in the isolated building. As for how its interior areas have been distributed and which materials have been used, designers made sure to organise the areas in a functional manner, with common areas separated from bedroom areas. Good quality materials, such as wooden floors, lacquered doors and woodwork, and Estremoz marble cladding in the kitchens and bathrooms can also be found throughout the development. The Nest also has a common garden area that enhances the entire surrounding space.

Promotor Developer: Louvre Properties by Bondstone Construtor Builder: MAP Arquitecto Architect: Frederico Valsassina


EQUIPAMENTOS COLECTIVOS PUBLIC AMENITIES

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Casa dos 24 Igreja de São José dos Carpinteiros The Náutico Building

A obra que hoje pode-se visitar é resultado da intervenção num dos imóveis mais significativos e emblemáticos da cidade de Lisboa, visando o melhoramento e recuperação da Casa dos 24 e da Igreja de São José dos Carpinteiros que, além de apresentar uma enorme riqueza do ponto de vista artístico, arquitectónico e decorativo, também representa um património de valor simbólico e histórico para a capital. Tratando-se de uma obra sobre património existente, grande parte da intervenção debruçou-se sobretudo em trabalhos de beneficiação, de reabilitação e conservação e restauro de elementos patrimoniais. Ao nível de trabalhos de construção civil e volumetria do conjunto edificado, a intervenção baseou-se no princípio de repor a volumetria original da Casa dos 24. Assim sendo, procedeu-se à demolição do piso bastardo, execução de uma nova estrutura da cobertura (metálica) e reforço da integridade estrutural do edifício com execução de um lintel perimetral em betão. Foram trabalhados também os espaços exteriores criando uma perfeita harmonia e complementaridade entre interior e exterior, no sentido da criação de espaços que possam respirar no centro da cidade. This project, which can be visited today, consisted of the restoration of one of Lisbon’s most significant and emblematic buildings, the Casa dos 24 and the São José dos Carpinteiros Church. In addition to being enormously important for the city from artistic, architectural, and decorative points of view, it is also a piece of cultural heritage that is of symbolic and historical value for the capital. Since this project dealt with an existing cultural heritage site, a large part of the project was focused mainly on improving, conserving, and restoring its elements. In terms of civil construction work and the building’s structure, the project involved the restoration of the original shape of the Casa dos 24. So, the floor was demolished, a newmetallic roof structure was built, and the building’s structural integrity was reinforced with the construction of a concrete lintel that runs around the perimeter. The exterior spaces were also worked on, achieving perfect harmony and complementarity between inside and outside and creating spaces that one can breathe in the centre of the city.

Promotor Developer: Irmandade de Ofícios da Antiga Casa dos Vinte e Quatro (S. José dos Carpinteiros) Construtor Builder: Cimave Construções Arquitecto Architect: Luís Rebelo de Andrade


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EQUIPAMENTOS COLECTIVOS PUBLIC AMENITIES

PaRK International School Campus de Alfragide Alfragide Campus

O crescimento da comunidade de alunos do PaRK International School gerou a necessidade de construir o campus de Alfragide, na freguesia da Amadora. Trata-se de um complexo escolar inovador, moderno e adaptado ao projecto pedagógico e às necessidades dos alunos do século XXI, que recebe crianças do um aos 18 anos. O Edifício Este alberga as valências da Early Learning School com creche (um e dois anos) e Jardim de Infância (três a cinco anos) para 250 alunos; o Edifício Oeste acolhe as valências da Lower Junior School, do 1.º Ciclo (1.º ao 4.º ano), com capacidade para 350 alunos; o Edifício Sul acomoda as valências da Upper Junior School do 2.º Ciclo e Senior School (3.º Ciclo e Secundário) e tem capacidade para 950 alunos. Nestes espaços, consoante as idades e o ano lectivo, além das salas de aula pode encontrar-se desde sala de artes e de desenho e tecnologia, sala de preparação de ciências e laboratório, estúdios de música, biblioteca, lounge dos estudantes e professores, entre muitas outras valências. Além do refeitório com capacidade para 260 alunos e bar para 48 pessoas, o Campus de Alfragide inclui estacionamento privativo com um total de 135 lugares de estacionamento, dos quais nove de acessibilidades. Growth in the student community at PaRK International School caused the school to need to build its new Alfragide campus in the civil parish of Amadora. This is an innovative, modern school complex that has been adapted to the pedagogical needs of 21ˢᵗ-century students and welcomes children from 1 to 18 years of age. The East Building houses PaRK’s Early Learning School (its nursery for one- and two-yearolds) and Kindergarten (three- to five-yearolds),with a capacity of 250 students; the West building houses the Lower Junior School(1ˢᵗ to 4ᵗʰgrade), with a capacity of 350 students; the South Building houses the Upper Junior and High Schools, with a capacity of 950 students. In these buildings, you can find arts, drawing, and technology rooms, a science preparation room and laboratory, music studios, a library, student and teacher lounges, and many other amenities and resources in addition to the classrooms, depending on the students’ ages and academic years. In addition to the cafeteria that has a capacity of 260 students and a bar for 48 people, the Alfragide Campus has a 135-space private car park, with nine accessible spots.

Promotor Developer: PaRK International School Construtor Builder: Ferreira SA Arquitecto Architect: Saraiva + Associados


EQUIPAMENTOS COLECTIVOS PUBLIC AMENITIES

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WOW Cidade dos Vinhos World of Wine

O WOW é um quarteirão cultural composto por seis museus, vários restaurantes, lojas, um bar de vinhos, uma escola de vinho, uma galeria e um espaço para eventos. Está localizado em Vila Nova de Gaia, na zona histórica da cidade. Desenvolvido durante três anos, concretiza a visão de criar uma atracção de classe mundial nas históricas caves de Gaia, mas que, ao mesmo tempo, desse resposta à estratégia do Plano Municipal para atrair turismo para esta zona. O projecto de reabilitação representou um enorme desafio pela morfologia do terreno e pela necessidade de integração do património histórico. O objectivo foi preservar o máximo possível do património existente e, onde fosse adequado, reutilizar os materiais dos outros edifícios que já não apresentavam viabilidade estrutural. O coração do WOW é a nova praça pública rodeada por restaurantes, pela galeria e com acesso a uma das bilheteiras e aos museus. Esta praça inclui ainda uma bancada num dos extremos, criando um anfiteatro que serve de palco para eventos e performances de animação. WOW is a cultural district made up of six museums, a number of different restaurants, shops, a wine bar, a wine school, a gallery, and an event space and is located in the historic area of Vila Nova de Gaia. Work on this project has taken over three years and makes a world-class attraction out of the historic cellars of Gaia, simultaneously supporting the city’s Municipal Plan in its goal of attracting tourism to this area. This renovation project was rather challenging due to the shape of the land and the need to integrate the site’s historical heritage. The aim was to preserve as much of the existing heritage as possible and reuse materials from other buildings that were no longer structurally viable where needed. At the heart of WOW is a new public square that is surrounded by restaurants, a gallery, and museums and has access to one of the ticket offices. This square also has an amphitheatre at one of its ends that serves as a stage for events and cultural performances.

Promotor Developer: Hilodi - Historic Lodges & Discoveries Construtor Builder: Ferreira Build Power Arquitecto Architect: Broadway Malyan


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TURISMO TOURISM

Clubhouse do Palmares, Ocean Living & Golf

The Palmares, Ocean Living & Golf Clubhouse Está localizado no campo de golfe de Palmares, em Odiáxere, perto de Lagos, sendo o espaço central do masterplan do resort. Com uma área bruta de construção de 2950 metros quadrados (m2), o Clubhouse é a peça social do Palmares Ocean Living & Golf. Das instalações fazem parte uma recepção, uma área de balneário/vestiário com cacifos, lavabos, loja de golfe, dois restaurantes (all day dining e fine dining). A arquitectura do Clubhouse proporciona uma harmonia entre o interior e o exterior, recorrendo a cores e materiais que se enquadram na paisagem e topografia existentes. O edifício é essencialmente em betão colorido, com acabamento em estereotomia de reguado de madeira. O revestimento dos pavimentos é em mármore compacto desenvolvido especificamente para este projecto. O Clubhouse conta com vistas panorâmicas para o mar, restaurante, modernas infraestruturas de apoio ao golfe e serviços de concierge completos para golfistas, proprietários do resort e visitantes.

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This project is located on the Palmares golf course in Odiáxere, near Lagos and comprises the central focal point of the resort’s master plan With a gross constructed area of 2,950 m², the Clubhouse is Palmares Ocean Living & Golf’s social area. The facilities include a lobby, a changing/ cloakroom area with lockers, washrooms, a golf shop, and two restaurants (one for all day dining and one for fine dining). The Clubhouse’s architecture strikes a pleasing harmony between its interior and exterior, using colours and materials that fit in with the existing landscape and topography. The building is essentially made out of coloured concrete, finished with stereotomatic wood trim. The floor is made of a compact marble developed specifically for this project. The Clubhouse has panoramic views of the sea, a restaurant, modern golf infrastructure, and full concierge services for golfers, resort owners and visitors.

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Promotor Developer: Palmares - Companhia de Empreendimentos Turísticos de Lagos Construtor Builder: ACA Engenharia e Construção Arquitecto Architect: RCR Arquitectes (arquitecto local - GJP)


Fazemos 10 anos em Portugal, e não podiamos estar mais felizes.

2011

O Groupe Atlantic tem agora 10 anos em Portugal. Foram 3.650 dias a fazer novos amigos, enfrentando desafios inesperados e superando-os graças aos nossos novos colaboradores. Mas isto está apenas a começar. Obrigado a todos por juntarem-se a nós nesta jornada. Graças a si está a ser muito mais confortável.

thermor.pt

2021


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TURISMO TOURISM

Harbour Inn Design Townhouse Em frente ao terminal de passageiros do porto de Leixões, ergue-se uma bonita casa construída em 1902 como habitação familiar. O seu rés-do-chão albergou a primeira casa-depasto de Matosinhos. Encontrava-se profundamente degradada mas após um restauro profundo e completo, recuperou a sua dignidade e adquiriu uma nova vida. Agora na qualidade de guest-house, possui azulejos na fachada que foram pintados à mão e manufacturados de acordo com as técnicas antigas. No interior foram adicionados todos os elementos de conforto e eficiência energética necessários aos dias de hoje. Envolvida num inspirado conceito de design de interiores, tendo o mar e as viagens como tema, a Harbour Inn Guest House toma o nome do seu lugar privilegiado, em frente à entrada do porto de Leixões, mas também ao lado da bela praia de Matosinhos, ao virar da esquina do cluster de restauração, junto de paragens de autocarro e metro, a oito minutos de carro do aeroporto, e a poucos minutos da cidade do Porto. In front of the passenger terminal at the port of Leixões stands a beautiful house that was built in 1902 as a family home. Its ground floor housed the first snack bar in Matosinhos. It had been woefully neglected, but, after a thorough and complete restoration, it has regained its dignity and been given new life. Now, as a guest house, it has tiles on the façade that were painted by hand and manufactured in accordance with old techniques. All the amenities needed in today’s world in terms of comfort and energy efficiency were also added to the inside of the buildling. The building makes use of an inspired interior design concept. With the sea and travel as its theme, Harbour Inn Unique Guest House takes its name from its fabulous location in front of the entrance to the port of Leixões, beside the beautiful beach of Matosinhos, and around the corner from some wonderful restaurants. It is also near a number of bus and metro stops, eight minutes by car from the airport, and a stone’s throw away from the city of Porto. Promotor Developer: Frases ao Acaso Construtor Builder: Polónia e Coelho Arquitecta Architect: Sheila Moura Azevedo


TURISMO TOURISM

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Mercure Porto Centro Aliados Localizado em pleno centro histórico da cidade do Porto a poucos minutos do Mercado do Bolhão e do Coliseu do Porto, a intervenção neste edifício teve como objectivo proceder à reabilitação e reconversão do conjunto de quatro edifícios localizados na Rua do Bonjardim para um hotel do Grupo Accor, sob a marca Mercure. A estratégia passou pela criação de condições que invertessem o declínio funcional e a crescente degradação que se verificava nos edifícios, bem como a construção de um novo edifício no interior do logradouro. O programa previa ainda a relocalização do restaurante “A Regaleira”, indo de encontro aos objectivos que presidiram ao programa “Porto de Tradição”, que são os de manter os estabelecimentos que dão carácter identitário à cidade do Porto. O resultado é um hotel de quatro estrelas com capacidade para 83 quartos, um restaurante, uma piscina exterior, um centro de fitness, um bar, um salão e um jardim. Located in the historic centre of Porto just a few minutes from the Bolhão Market and the Porto Coliseum, this project renovated and converted a set of four buildings located on Bonjardim Street into an Accor Group hotel under the Mercure brand. The strategy involved creating conditions that would reverse the buildings’ functional decline and increasing amount of decay and see a new building constructed inside the courtyard. The project also provided for the relocation of the “A Regaleira” restaurant, meeting the objectives that govern the “A Traditional Porto” programme which consist of maintaining the establishments that give the city of Porto its identity. The result is a four-star hotel with 83 rooms, a restaurant, an outdoor swimming pool, a fitness centre, a bar, a lounge and a garden.

Promotor Developer: Sociedade Portuguesa de Hotelaria Porto-Bonjardim Construtor Builder: Lucios Engenharia e Construção Arquitecto Architect: Ferreira de Almeida Arquitectos


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TURISMO TOURISM

Pena D’Água Boutique Hotel & Villas

O edifício principal, hoje coração do hotel na Covilhã, é uma casa do final do século XIX que foi alvo de um cuidado profundo na renovação e manteve detalhes essenciais em homenagem à memória da vida original do espaço. Aqui a decoração é rica em texturas orgânicas, tectos altos, papéis de parede requintados, madeiras nobres sem descurar pormenores de conforto para quem vive no século XXI. Camas dossel em madeira de castanheiro testemunham o reaproveitamento das vigas originais do edifício. As oito Villas de arquitectura contemporânea minimalista estão desenhadas para proporcionar o máximo conforto e privacidade. Disponíveis nas versões Familiar e Executiva, todas oferecem acesso facilitado e vistas privilegiadas para a montanha e piscina exterior. Na vertente de Eventos e Reuniões destaca-se o espaço único que irá proporcionar o edifício Arte Nova: um dos poucos exemplares deste estilo de arquitectura na Covilhã. São quatro salas com imponência histórica e de vincado carácter hospitaleiro, salas protocolares e flexíveis. Possui ainda uma Quinta Sala. Trata-se de uma divisão especial para libertar a criatividade com degustações na Mesa do Chef, provas de vinhos, romantismo, celebrações. The main building that is, today, the heart of this hotel in Covilhã is a house that was built at the end of the 19ᵗʰ century and has undergone a thorough renovation that saw essential details preserved in honour of the memory of the space’s first life. The décor here is rich in organic textures, high ceilings, exquisite wallpapers, and noble woods but does not neglect the comfort those living in the 21ˢᵗ century require. As a testament to the building’s grandness, its original beams were actually used to make chestnut wood canopy beds. The hotel’s eight Villas feature a contemporary minimalist architecture and are designed to provide maximum comfort and privacy. With both Family and Executive units available, they all offer easy access and splendid views of the mountain and outdoor pool. For events and meetings, the unique space that is the Art Nouveau building stands out, as it is one of the few examples of this style of architecture in Covilhã. It boasts four flexible meeting rooms that have a particular historical magnificence as well as a marked hospitable character. There is also a fifth room, which is a special space where creativity can be unleashed with samplings at the Chef’s Table, wine tastings, celebrations, and more.

Promotor Developer: RVB - Investimentos e Imobiliária Construtor Builder: RVB - Investimentos e Imobiliária Arquitecto Architect: Pedro Leitão – Arquitectura / Filipe Vicente Barata - Design Interiores


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Passeio dos Cruzados, Bloco I – Loja 2.01.01 J 1990-070 Lisboa. info@hansgrohe.pt - www.hansgrohe.pt


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TURISMO TOURISM

São Bento Residences O edifício São Bento Residences situa-se numa esquina do centro histórico do Porto, ao lado da Estação Ferroviária de São Bento, a escassos metros da Sé Catedral e da Avenida dos Aliados. O projecto procurou estabelecer uma continuidade entre os diferentes layers históricos (de algum modo “suspensos” no tempo), e também uma relação equilibrada entre a fachada da vetusta estação, a frente da Rua do Loureiro, e a massa pétrea da escarpa confinante. Da resposta a este programa resultaram 16 apartamentos, nas tipologias T0 e T1. O edifício cumpre duas funções, traduzidas por dois volumes distintos: um deles absorve e complementa, por afinidade, a fachada setecentista da Rua do Loureiro; o outro inaugura a frente da Avenida D. Afonso Henriques, celebrando um novo tempo da cidade. O projecto constitui um modelo de reabilitação urbana por estabelecer um diálogo com diversos tempos, escalas e materialidades da cidade do Porto, sem cair na tentação de realizar um pastiche histórico. The building that houses the São Bento Residences is located on a corner next to the São Bento Train Station just a few metres from the Cathedral and Avenida dos Aliados in Porto’s historic downtown. The project sought to establish a continuity between the different historical layers found here (which were somehow frozen in time) as well as a balanced relationship between the façade of the old station, the front of Loureiro Street, and the stone mass of the surrounding escarpment. 16 apartments – both studios and onebedroom units – have come out of this project, and the building fills two roles, each role fulfilled by a different section: one of them absorbs and complements the 18th-century Loureiro Street façade, while the other opens out onto D. Afonso Henriques Avenue, celebrating a new era in the city. This project is a model for urban renovation projects to come, as it establishes a dialogue between different time periods, scales, and materials found in Porto without falling into the temptation of creating a historical pastiche.

Promotor Developer: Nelson Quintas Imobiliária Construtor Builder: Grupo San Jose Portugal Arquitecto Architect: Atelier Pedra Líquida - Nuno Grande e Alexandra Coutinho (coordenação), Carlos Campos, Catarina Fernandes, Hugo Amaral, Maria Manuel Barreiros, Inês Ribeiro DR Fotos Alexander Bogorodskiy


TURISMO TOURISM

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Six Senses Douro Valley O antigo edifício independente outrora designado como Business Center do Six Senses Douro Valley foi reformulado para albergar dez novas suites ao complexo turístico. Os quartos destacam-se pelas suas zonas exteriores privativas, plenamente integradas no tecido paisagístico que definem o bemestar destes espaços, como é o caso da master suite, no piso intermédio, que conta com uma área de estar e lazer num pavilhão de vidro independente e ligação ao jardim. No último piso da cobertura, destaque também para duas suites com acesso através de pontes privativas a dois “Secret Gardens” com jacuzzi, onde existe o garante a plena privacidade num contexto natural único. Na ligação entre este edifício e o corpo principal do hotel, outrora um pátio exterior, existe uma nova sala multi-usos, onde poderá ocorrer desde a prática de yoga à projecção de cinema. Funciona também como espaço de coffee break de apoio à nova sala de reuniões adjacente. Esta sala conta com um vigoroso jardim vertical e portadas venezianas em madeira que complementam o ambiente relaxado deste novo espaço de lazer do Six Senses Douro Valley. The former independent building formerly designated as the Six Senses Douro Valley Business Center was remodelled to house ten new suites at the tourist complex. The rooms stand out due to their private outdoor areas that are fully integrated into the landscape. On the middle floor is the master suite, which has a living area in anindependent glass pavilion and is connected to the garden. On the top floor of the penthouse, there are also two suites that have access via private bridges to two “Secret Gardens” with jacuzzis where complete privacy in a unique, natural contextis guaranteed. Connecting this building to the main body of the hotel is a new multi-purpose room (once an outdoor patio) where everything from yoga to movie screenings can take place. It also works as a coffee break area for the new adjacent meeting room. This room has a vertical garden and wooden shutters that complement the relaxed atmosphere of this new leisure space at Six Senses Douro Valley.

Promotor Developer: Explorer Investments / Six Senses Construtor Builder: Grupo Casais Arquitecto Architect: Luís Rebelo de Andrade DR Fotos: Ivo Tavares Studio


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TURISMO TOURISM

The Ivens Hotel O projecto “The Ivens” resultou da adaptação de um palacete do final do século XVIII, construído no coração da zona histórica do Chiado, em Lisboa, em tempos considerado como um exemplo da arquitectura civil oitocentista. Por lá passou a “Casa Alcobia”, mais tarde denominada “Grandes Armazéns Alcobia”, que se dedicava ao fabrico e comércio de móveis, e a Rádio Renascença cuja adaptação do edifício às exigências da estação de rádio fez com que pouco ou nada restasse da compartimentação original. Em Março de 2016 foi adquirido pela Fidelidade Property Europe. A intervenção arquitectónica procurou respeitar a traça original do edifício, recuperando o seu charme e encanto, dentro do contexto urbanístico privilegiado em que se insere. O resultado foi um hotel de cinco estrelas dotado de um total de 87 unidades de alojamento (10 das quais são suites) distribuídas em seis pisos acima do solo. Possui ainda um parque de estacionamento para 31 viaturas, uma sala de reuniões/ eventos, uma zona social com bar e um espaço de restauração projectado pelo reputado arquitecto catalão Lázaro Rosa Violán. The “The Ivens” project involved adapting a mansion built at the end of the 18ᵗʰ century in the heart of Lisbon’s historic​Chiado neighbourhood that was once considered a prime example of nineteenth-century civil architecture. The “Casa Alcobia” was housed here, later called “Grandes Armazéns Alcobia,” which was dedicated to the manufacture and trade of furniture, as was Rádio Renascença, whose adaptation of the building to the radio station’s requirements meant that little or nothing remained of the original layout. In March 2016, it was acquired by Fidelidade Property Europe. The architectural plans sought to respect the building’s original design, recovering its charm and elevating its already prime location in the city. The final product is a five-star hotel with a total of 87 rooms (10 of which are suites) distributed over six storeys above ground. It also has a car park with space for 31 vehicles, a meeting/ event room, a social area with a bar, and a dining area designed by renowned Catalan architect Lázaro Rosa Violán.

Promotor Developer: Fidelidade Property Europe Construtor Builder: Constructora San Jose Arquitecto Architect: RRJ Arquitectos


Branco alpino. Puro Mate.

LS 990

JUNG.PT


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TURISMO TOURISM

The Lodge Wine & Business Hotel Localizado no coração histórico de Vila Nova de Gaia, junto às caves de vinho do Porto, o The Lodge Wine & Business Hotel é um projecto de cinco estrelas que alia o design com a tradição. Todo o hotel foi desenvolvido em volta de uma experiência autêntica e intimamente ligada ao universo do vinho e da gastronomia do Porto e de toda a Região do Douro. Na zona da entrada principal existe uma explosão de criatividade repleta por cestas de vinho de enormes dimensões, uvas, folhas de videira e tons outonais. Aliás, os balcões da recepção fazem a alusão directa às folhas secas nas vinhas após a vindima e os tons de castanho, laranja e cinza da recepção, do bar e do lobby do hotel criam uma atmosfera quente e acolhedora. Se o restaurante D. Maria dá destaque a elementos de design exclusivo, como é o caso de seis enormes cestos de vindima de três metros de altura cada um, a zona da piscina exterior foi desenhada como se no seu interior existisse uma uva de enorme dimensão. Há ainda a destacar uma escadaria escultoricamente projectada no interior de uma pipa de vinho que desemboca no foyer do business centre, uma área onde tudo acontece num permanente despertar dos sentidos. Located next the port wine cellars in the historic centre of Vila Nova de Gaia, The Lodge Wine & Business Hotel is a five-star facility that combines design with tradition. The entire hotel was developed around the desire to provide authentic experiences that are intimately linked to the universe of wine and gastronomy from Porto and the entire Douro Region. In the main lobby, there is an explosion of creativity filled with huge wine baskets, grapes, vine leaves, and autumnal tones. In fact, the design of the reception desks directly make them look like the dried leaves of a vine after harvest, and the shades of brown, orange, and grey in the reception, bar, and lobby areas of the hotel create a warm and welcoming atmosphere. While the D. Maria restaurant emphasises exclusive design elements such as six huge grape baskets that are each three metres tall, the outdoor pool area was designed as if there were a huge grape inside it. There is also a sculpted staircase designed inside a wine barrel that leads to the foyer of the business centre, an area where everything happens in a permanent awakening of the senses.

Promotor Developer: Mário Ferreira Construtor Builder: Mota-Engil Arquitecto Architect: Atelier 2525 (arquitectura geral) / Nini Andrade Silva (arquitectura de interiores)


TURISMO TOURISM

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Vila Galé Collection Alter Real Desde o início que o grupo Vila Galé mostrou interesse em intervir na Coudelaria de Alter do Chão, localizada no distrito de Portalegre, no Alentejo, o que acabou por acontecer no âmbito do programa Revive. Para intervenção estavam disponíveis a zona central da coudelaria, a Casa de Campo, a cocheira velha, a casa do maioral, os antigos serviços administrativos, a galeria de exposições, a cafetaria, o lagar, a enoteca, a falcoaria e a pocilga. Todas estas áreas foram recuperadas e reconvertidas numa unidade de charme, inteiramente ligada à temática equestre e ao cavalo lusitano/Alter Real. A unidade de quatro estrelas conta com 77 quartos, duas piscinas exteriores de adultos e uma infantil, spa Satsanga com piscina interior aquecida, restaurante “Inevitável” de gastronomia regional, bar “Dressage”, biblioteca, enoteca, duas salas de reuniões e um salão de eventos com um museu do cavalo. Tem ainda um tradicional lagar de azeite totalmente recuperado, falcoaria também reabilitada e o respectivo museu. Este hotel não só salvaguardou o património arquitectónico, como também o legado coudélico que representa na preservação e valorização do património genético e cultural do ferro Alter Real. Since the beginning, the Vila Galé group has shown interest in working on the Alter do Chão Stud Farm located in the district of Portalegre in the Alentejo. This has ended up becoming a reality as part of the Revive programme. For this project, the central area of ​​the stud farm, the cottage, the old stable, the main house, the old administrative area, the exhibition gallery, the cafeteria, the winepress, the winery, the falconry area, and the pigsty were all available to be worked on. These areas were renovated and converted into a charming unit with an equestrian theme and which is intimately linked to the Portuguese horse/Alter Real. The four-star unit has 77 rooms, two outdoor swimming pools for adults and one for children, a Satsanga spa with heated indoor pool, its own restaurant named “Inevitável” which prepares regional cuisine, a bar named “Dressage,” a library, a wine bar, two meeting rooms, and a event room with a horse museum. It even has a fully restored traditional olive oil press, and the falconry area and its respective museum were renovated as well. This hotel has safeguarded not only the complex’s architectural heritage but also its legacy inhorse breeding, seen in the preservation and enhancement of the genetic and cultural heritage of the Alter Real ironworks.

Promotor Developer: Vila Galé Internacional Construtor Builder: Vila Galé – Sociedade de Empreendimentos Turísticos Arquitecto Architect: Luís António


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TURISMO TOURISM

Vila Galé Serra da Estrela Localizado em pleno Vale Glaciar do Zêzere, em Manteigas, na Serra da Estrela, é o primeiro hotel de montanha do Grupo Vila Galé. Tratase de uma unidade temática, dedicada aos “Mitos, lendas, costumes e tradições da região serrana”. Esta unidade hoteleira de quatro estrelas conta com 91 quartos, duas piscinas exteriores – uma de adultos e outra infantil -, spa Satsanga com piscina interior aquecida, sauna, banho turco, duche Vichy, ginásio e salas para tratamentos estéticos e massagens, restaurante “Inevitável” de gastronomia regional, lobby bar, três salas de reuniões e piscina de hidromassagem exterior. Os espaços arquitectónicos do hotel pretenderam realçar as características únicas do local, pelo que teve em conta determinados factores como a escala do local, referências altimétricas, orientações e alinhamentos conciliáveis com a envolvente e o seu ambiente geral. Promotor do Turismo de Natureza e Ecoturismo, tem também uma filosofia de sustentabilidade assente no princípio “plastic free”, em requisitos de eficiência energética e conta com dois pontos de carregamento para veículos eléctricos. Located in the heart of the Zêzere Glacier Valley in Manteigas, Serra da Estrela, this is the Vila Galé Group’s first mountain hotel. It is a themed unit dedicated to the “myths, legends, customs, and traditions of this mountain region.” This four-star hotel has 91 rooms, two outdoor swimming pools (one for adults and the other for children), a Satsanga spa with a heated indoor pool, a sauna, a Turkish bath, a Vichy shower, a gym, and rooms for aesthetic treatments and massages, its own “Inevitável” restaurant preparing regional cuisine, a lobby bar, three meeting rooms, and an outdoor hydromassage pool. The hotel’s architectural spaces were designed to highlight the unique characteristics of the place, taking into account certain factors such as the scale of the place, altimetric references, orientations, and alignments that were reconcilable with the surroundings and its general environment. A promoter of Nature Tourism and Ecotourism, it also operates on a philosophy of sustainability, striving to be “plastic free” and maintaining its own energy efficiency requirements along with two charging points for electric vehicles.

Promotor Developer: Vila Galé Internacional Construtor Builder: Vila Galé – Sociedade de Empreendimentos Turísticos Arquitecto Architect: Luís António



Prémios Personalidades do Ano 2020 58 Metro Quadrado

Square Meter

Personality Awards 2020

Festa a dobrar

Double the party Em 2021 juntamos o 7.º aniversário da Magazine Imobiliário (que deveria ter sido celebrado em 2020 mas que foi adiado por causa da pandemia) e o 8º aniversário que comemoramos este ano. Vai ser uma grande festa. Não haverá lugar a premiados de 2021, mas iremos apresentar os merecidos eleitos de 2020 na cerimónia que se realiza a 30 de Setembro. Este evento conta com o apoio da Avenue Real Estate e pretende homenagear todos os que se dedicam às suas actividades profissionais de corpo e alma. In 2021, we are commemorating two of Magazine Imobiliário’s anniversaries at once: our 7ᵗʰ (which we would have celebrated in 2020 but had to delay due to the pandemic) and our 8ᵗʰ. This party is going to be big. There won’t be personality award winners for 2021, as we will be recognising 2020’s winners during a ceremony that will be held on 30 September. This event is supported by Avenue Real Estate and will honour all those who have dedicated themselves – body and soul – to their professional activities.

Prémio Personalidade Imobiliário 2020

Prémio Personalidade Construção 2020

Prémio Personalidade Ambiente 2020

Prémio Personalidade Turismo 2020

Prémio Personalidade Mérito 2020

Eduardo Luís

Ilídio Serôdio

Manuel Bóia

Mário Ferreira

Henrique Polignac de Barros

Real Estate Personality Award 2020

Construction Personality Award 2020

Environment Personality Award 2020

Tourism Personality Award 2020

Merit Personality Award 2020


IT WAS A PRIVILEGE TO WORK FOR YOU AS 2020 REDEFINES HOME. FOI UM PRIVILÉGIO TRABALHAR PARA SI NUM ANO QUE REDEFINIU O CONCEITO DE CASA. Embora 2020 tenha sido um ano sem precedentes, a força que recebemos de si foram inspiradoras e ajudaram a Sotheby’s International Realty a ter os melhores resultados de sempre. While the past year was unprecedented, we are inspired by your strength, which helped Sotheby’s International Realty achieve a record-breaking year for 2020.

$150 MIL MILHÕES VOLUME DE VENDAS GLOBAL EM 2020 / GLOBAL SALES VOLUME 2020

24.000 COLABORADORES / SALES ASSOCIATES

sirpt.com

1.000

ESCRITÓRIOS / OFFICES WORLDWIDE

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PAÍSES & TERRITÓRIOS / COUNTRIES & TERRITORIES


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Coordinates

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APPII

“Somos um país pobre com tiques de ricos”

“We are a poor country with expensive habits”


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Excelente anfitrião, como sempre, o actual presidente Hugo Santos Ferreira recebeu-nos no escritório recentemente remodelado da APPII. Tudo está mudado. Tudo está mais moderno. Tudo cresceu. Aliás, tudo mudou assim que entrou pela primeira vez na associação em 2014. Mas será que já sente o peso de 30 anos de história e o ónus desse legado? E sete anos depois, como vê o mercado imobiliário? An excellent host, as always, APPII’s current president, Hugo Santos Ferreira, welcomed us to the association’s recently remodelled office. Everything’s changed. Everything is more modern. Everything has grown. In fact, everything changed as soon as he joined the association for the first time in 2014. But does he feel the weight of 30 years of history and the burden of that legacy? Seven years later, what does he think of the real estate market? Entrevista Interview: Carla Celestino

Qualquer motivo é bom para estar à conversa com Hugo Santos Ferreira. Orador nato, visão de lince, mente afiada e língua solta. Tão solta que estava quase afónico quando fomos falar com ele. “Já me disseram que estou rouco porque ando a falar muito sobre os licenciamentos”, diz cheio de sentido de humor. A entrevista prometia. Veste o casaco, senta-se e fica com um ar mais sério. Vai ser inevitável falar sobre licenciamentos, burocracia, habitação, vistos gold… Foi recentemente eleito, com maioria absoluta, para liderar os destinos da APPII - Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários. Por isso, o que queremos saber, desde logo, é como foi acordar no dia seguinte e perceber que lhe passaram um testemunho com 30 anos de história. “Fiquei muito contente mas senti logo o peso da responsabilidade. Este projecto era a “criança” do Polignac de Barros (anterior presidente e um dos fundadores) e ele contagiou-me com o seu amor por esta associação.” Diz que é um projecto de “continuidade” mas avança que está “cheio de ideais para o futuro.” É com um brilho nos olhos que recorda os tempos em que chegou à APPII, em 2014, na qualidade de secretário-geral, e que, ao lado

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de Henrique Polignac de Barros, acreditaram num projecto em que “podíamos crescer e podíamos ir mais longe.” E foram realmente longe. Em Portugal tornou-se na principal entidade de charneira do imobiliário português, representam 15% do PIB (30 mil milhões de investimento anual) e o número de associados cresceu exponencialmente. “Aumentamos 20% ao ano os associados.” E acreditamos. A comprovar estão os quadros na parede, bem por detrás de Hugo, que revelam o nome de cada um dos actuais 200 associados. Estão ali representados todos os maiores players do sector a operar no País, seja na área do residencial, escritórios, hotelaria e até logística. A este último chama de “sector Covid” por ter sido “o que mais se desenvolveu no período da pandemia.” Sem esquecer ainda que impulsionaram os designados activos alternativos como coliving, cohousing, sénior housing no País.

Ponto de viragem

Nos últimos anos, a APPII tem subido o tom de voz. Uma vez ganha as batalhas - como foi o caso das SOCIMIs ou mais recentemente a de um interlocutor único para cada processo de licenciamento urbanístico que dá entrada na autarquia de Lisboa -, em outras, continua


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a dar luta. Por isso questionamos: “Como é o diálogo com o Governo e com as autarquias, sobretudo de Lisboa e Porto?” É diplomata, claro. Ainda assim lança farpas aos governos que não souberam ouvir a associação e os players do sector e que, por isso mesmo, no que toca a políticas de habitação “foram um fracasso”. Mas testemunha que estamos “num ponto de viragem”, isto porque “as entidades públicas e as privadas, que estiveram de costas voltadas durante muitos anos, têm agora uma grande disponibilidade para o diálogo.” Mau grado, continuam a existir dois grandes problemas por resolver: Habitação e Burocracia. É preciso ter noção de que 40% de um projecto residencial são impostos: “Isto acontece porque temos os terrenos a um preço exorbitante, um licenciamento caótico e cada ano de atraso representa um custo directo no preço de habitação, existe falta de mão-de-obra, os custos dos materiais aumentam todos os dias 50/70/80% e somos dos sectores que mais paga impostos na Europa.” Como critica: “Um português, cada vez que vai comprar uma casa, tem em cima mais de 40% de impostos, enquanto um espanhol

tem apenas 10%.” Isto quando sabemos que as “famílias portuguesas ganham mal e não conseguem acompanhar a valorização dos activos imobiliários.” Diz que “somos um país pobre com tiques de ricos” e que, perante este cenário, considera que é “muito ambicioso” conseguir alcançar as metas da União Europeia, nomeadamente de edifícios e arrendamento NetZero. Não tanto no segmento de luxo mas, sobretudo, na habitação para a classe média.

Futuro com tantas possibilidades

Quando se refere ao facto de que “temos de criar um ambiente mais propício ao investimento” mas que “nos últimos tempos temos criado, na realidade, um ambiente hostil”, já sabemos antecipadamente que vai falar de Vistos Gold. E não nos equivocamos: “O Plano de Resolução e Resiliência (PRR) vai trazer 774 milhões de euros para a habitação mas vamos ver quanto isso nos vai custar; no entanto, os Vistos Gold trouxeram 700 milhões de euros, só em 2019, e o Estado e os portugueses não tiveram de dar um euro.” Recorda que este programa foi criado numa altura de crise económica e que deve ser re-

Este projecto era a “criança” do Polignac de Barros (anterior presidente e um dos fundadores) e ele contagiou-me com o seu amor por esta associação. This project was the “brainchild” of Polignac de Barros (former APPII president and one of its founders), and he infected me with his love for this association.”


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Em Portugal (a APPII) tornou-se na principal entidade de charneira do imobiliário português, representam 15% do PIB (30 mil milhões de investimento anual) e o número de associados cresceu exponencialmente. The association’s members represent 15% of GDP (€30 billion EUR in annual investment), and its roster has grown exponentially.”

plicado agora na crise pandémica. Acredita que pode “evoluir” e até dá sugestões: criar um Green, Smart e Social Visa. Por outras palavras: “Temos métricas a cumprir e quem quiser investir em localizações de maior pressão urbanística, via Vistos Gold, tem de nos ajudar.” Como? “Obedecendo a critérios de eficiência energética e através de uma doação, vamos dizer de 25 mil euros, para um fundo de economia, ou de inovação, ou social, ou de reabilitação, ou até colocar o imóvel no mercado de arrendamento.” Em jeito de desabafo refere que espera que “o bom senso vá imperar até ao final do ano”, nesta matéria. Imparável, e à semelhança de Lisboa, Hugo tornou-se recentemente conselheiro para a habitação do município de Setúbal, e em breve a APPII tornar-se-á membro associado da Build Europe, a confederação europeia das associações de promotores imobiliários da Europa, em Bruxelas, que funciona junto da União Europeia. Toda a sua imagem, linguagem corporal e

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discurso remete-nos, consciente ou inconscientemente, para a de um político. Por isso não resistimos a perguntar: “A política está no seu horizonte?” Responde que “não”, porque o “meu projecto é a APPII e o meu compromisso é para com os nossos associados”. Meio a brincar, meio a sério, vai dizendo: “Se me perguntam se sei fazer canetas digo que não sei, pois o que sei fazer é imobiliário!” Mas quem sabe o que está reservado a este jovem nos próximos 30 anos… Any reason to talk with Hugo Santos Ferreira is a good one. He is a born orator and conversationalist with the vision of a lynx, a sharp mind, and a quick tongue. He had so much to say that I barely said anything when we got together to talk. “I’ve been told I’m hoarse because I’ve been talking a lot about permits,” he says, full of a sense of humour. The interview looked promising. He puts on his coat, sits down, and gets serious. Talking about permits, bureaucracy,


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housing, gold visas seems unavoidable now… He was recently elected with an absolute majority to lead APPII - Portuguese Association of Real Estate Investors and Developers. So, what we wanted to know right away is what it was like to wake up the next day and realise that you were suddenly charged with maintaining a 30-year-old reputation. “I was very happy, but I immediately felt the weight of the responsibility. This project was the “brainchild” of Polignac de Barros (former APPII president and one of its founders), and he infected me with his love for this association,” he says, adding that it is a “continuity” project but explains it is “full of ideals for the future.” It is with a sparkle in his eyes that he recalls the times when he came to APPII in 2014 as Secretary General and he and Henrique Polignac de Barros believed in a project that “we could grow and could go further with.” And they really did go far. In Portugal, APPII has become the main entity on whose leadership almost all of Portuguese real estate hinges. The association’s members represent 15% of GDP (€30 billion EUR in annual investment), and its roster has grown exponentially. “We increase the number of members we have by 20% a year.” And we believe it. Proving this are the names of each of the current 200 associates, hung on the wall right behind Hugo’s back. All the major players in the industry that operate in Portugal can be found there, whether they specialise in the residential, office, hotel, or even logistics segments. The latter he calls the “Covid sector,” since it’s “the one that grown the most during the pandemic period.” We also cannot forget that they boosted so-called alternative assets, such as co-living, co-housing, and senior housing in Portugal.

Turning point

Over the last few years, APPII has been raising its voice. While it wins some battles (e.g., SOCIMIs and, more recently, having a single interlocutor for each urban permit process that reaches Lisbon’s local government), it continues to fight the good fight in other. So we asked, “What is the dialogue like with the federal and local governments, especially in Lisbon and Porto?” He’s a diplomat, of course, but he still launches barbs at government officials who didn’t know well enough to listen to the association and the industry’s main players. For this very reason, he says they “have been a failure”

with regard to housing policies. But he believes we are “at a turning point” because “public and private entities, which had their backs turned to each other for many years, now have a great capacity for dialogue.” Despite this, there are still two major unresolved problems: Housing and Bureaucracy. We have to remember that 40% of a residential project is taxed: “This happens because land is exorbitantly expensive, permits are a nightmare to get, and each year of delay represents a direct cost in housing prices. There is also a lack of manpower, and material costs increase every day by 50/70/80%. Our industry pays one of the highest tax rates in Europe.” He goes on, “A Portuguese person, every time they go to buy a house, has to pay more than 40% in taxes, while a Spaniard’s tax rate is only 10%.” This is particularly troublesome when we also take into account the fact that “Portuguese families earn very little money and cannot keep up with the increasing valuation of real estate assets.” Hugo says that “we are a poor country with expensive tendencies” and that, in light of this, he considers it “very ambitious” to achieve the European Union’s goals, namely with regards to buildings and NetZero leasing. These problems are less pressing for the luxury segment but are of much more concern for the middle class.

A future with so many possibilities

When he stresses that “we have to create a more favourable environment for investment” while, “in recent times, we have actually created a rather hostile one,” we already know that he is going to talk about Gold Visas. And we weren’t wrong: “The Recovery and Resilience Plan (PRR) will inject €774 million EUR into the housing segment, but we shall see how much it’ll cost us. The Gold Visa programme, on the other hand, brought in €700 million EUR in 2019 alone, and the State and the Portuguese did not have to invest a single euro.” He reminds us that this programme was created at a time of economic crisis and that it must be replicated now during this time of pandemic-induced crisis. He believes it can “evolve” and even gives suggestions: create a Green, Smart, and Social Visa. In other words: “We have metrics to meet, and anyone who wants to invest in locations with greater urban pressure via Gold Visas

Estamos “num ponto de viragem”, isto porque “as entidades públicas e as privadas, que estiveram de costas voltadas durante muitos anos, têm agora uma grande disponibilidade para o diálogo. We are “at a turning point” because “public and private entities, which had their backs turned to each other for many years, now have a great capacity for dialogue.”

has to help us.” How? “By following energy efficiency criteria and through a donation, let’s say €25,000 EUR, to an economic, innovation-related, social, or rehabilitation fund. The property could even be put on the rental market.” In an outburst, he says that he hopes that “common sense will prevail by the end of the year” regarding this matter. Unstoppable and similar to Lisbon itself, Hugo has recently become Setúbal’s councillor for housing, and soon APPII will become an associate member of Build Europe, a confederation of European real estate developer associations in Brussels which works with the European Union. His entire image, his body language, and speech reminds us, consciously or unconsciously, of that of a politician, which is why we couldn’t resist asking, “Is a foray into politics on the horizon for you?” He flatly answers “no” because “my project is APPII, and my commitment is to our associates.” Half joking, half serious, he goes on saying, “If someone were to ask me if I knew how to make pens, I’d say no because what I know how to do is real estate!” But who knows what’s in store for this young man in the next 30 years…



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SIL 2021

O salão mais esperado The most awaited exhibition


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Entrevista Interview: Carla Celestino

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O Salão Imobiliário de Portugal (SIL) regressa em conjunto com a feira da construção Tektónica, de 7 a 10 de Outubro, ao espaço da FIL, no Parque das Nações, em Lisboa. Sandra Fragoso, gestora do SIL, declara que a expectativa da organização é que continue com a tendência de recuperação crescente, pois este é o espaço ideal para debate e negócios. The Real Estate Exhibition of Portugal (SIL) is back along side construction fair Tektónica and will be held from 7 to 10 October at the International Fair of Lisbon in the city’s Parque das Nações neighbourhood. SIL’s Manager Sandra Fragoso says that the organisation expects the increasingly strong trend to recovery to continue, as this is an ideal space for debate and business.


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O que vos levou a optar pelo formato misto e novamente em conjunto com a Tektónica? A pandemia forçou-nos a todos a adoptar novas estratégias, e isso não foi diferente no sector dos eventos. Fomos resilientes e o mercado também e isso possibilitou-nos realizar o SIL em 2020 num formato especial, híbrido, em conjunto com a Tektónica, como já vem sendo habitual pois são dois sectores – imobiliário e construção – que se complementam. E se, em 2020, conseguimos realizar um evento seguro e compensador para aqueles que investiram, estamos ainda mais optimistas este ano, com o avanço promissor a nível de vacinação.

Pela experiência que temos, sabemos que a feira física é imprescindível e o mercado transmite-nos, dia após dia, o desejo e a necessidade de um evento presencial que coloque frente a frente investidores, empresários, técnicos, organismos públicos e público potencial comprador, sempre com as medidas de segurança que continuaremos a implementar. O online é um complemento da feira física, por isso consideramos que é importante darmos esta opção aos nossos visitantes, parceiros e expositores, não só pela questão da pandemia, mas também pela inovação e alcance tecnológico que este modelo permite.

Como foi a adesão dos empresários ao espaço exposicional? O mercado da construção e do imobiliário não tem parado e podemos referir que, para a edição de 2021, a receptividade tem sido excelente e teremos um SIL representativo do sector, estamos em sintonia com as empresas, apostando em presenças fortes e em conteúdos e temáticas actuais que serão apresentadas nas Conferências SIL PRO. Consideramos ainda que serão importantes as mais-valias que os expositores presentes trarão ao SIL, a nível de presença e conteúdos e isso certamente se traduzirá em oportunidades e concretização de negócios. Quais serão os pontos altos do evento? O SIL procura sempre corresponder às necessidades do mercado e neste momento estamos a trabalhar em acções específicas para fomentar a qualidade das acções do salão, quer pela presença de expositores com produto para consumidor tipo A, quer pela promoção da qualidade e rentabilidade do nosso imobiliário junto dos investidores e também pela promoção oportunidades vantajosas de negócios junto do público em geral. O SIL é também um local de debate, com a organização de várias talks e conferências e, claro, em 2021, não poderá faltar o debate, como já referido, de um dos temas mais relevantes dos próximos meses, o Plano de Recuperação e Resiliência e de que forma tal impactará o sector do imobiliário. Quais as vossas expectativas? Esperamos que o SIL mantenha, em 2021, a sua tendência de recuperação crescente. Vamos regressar com a representatividade da resiliência deste sector, com uma forte presença dos principais players e com a aposta numa programação dirigida para os profissionais, mas também para o público em geral que nos visita. Realçamos que a nossa posição enquanto entidade organizadora do SIL foi a de nunca desistir perante este cenário. Em 2020, o SIL teve uma edição especial e foi o único salão imobiliário em formato presencial e online que se realizou na Península Ibérica. What led you to choose a mixed format? Why did you hold it conjunction with Tektónica again? The pandemic forced us all to adopt new strategies, and the events sector was no exception. We have been resilient just as the market


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has been as well, and this enabled us to hold SIL in 2020 in a special, hybrid format together with Tektónica, as has been usual since these are two distinct sectors – real estate and construction – that complement each other. And while we managed to hold a safe event in 2020 that was rewarding for those who invested, we are even more optimistic this year, with promising progress in terms of vaccination. Experience has taught us that the physical fair is essential, and the market has been telling us, day after day, that there is a desire and a need for an in-person event that brings investors, entrepreneurs, technicians, public bodies and potential buyers face to face, always with safety measures that we will continue to implement. An online component to the fair is a complement to the physical one, which is why we believe it is important for us to give our visitors, partners, and exhibitors this option. And it’s not only because of the pandemic issue that having an online component is a good idea; it’s also because of the innovation and technological reach that this model allows.

What has it been like attracting entrepreneurs to the exhibition space? The construction and real estate market has not stopped, and that the 2021 edition of our event will be well received. Our SIL this year will be truly representative of the industry, and we are in tune with the companies, investing in a strong presence and in current content and themes that will be presented at SIL PRO Conferences. We believe that what our exhibitors will bring to SIL in terms of presence and content will also be important, and this will certainly translate into opportunities and bring deals into fruition. What will the event’s high points be? SIL always seeks to meet the needs of the market, and we are currently working on specific actions to increase the quality of the fair’s actions, whether that’s by having exhibitors with type A consumer products present, promoting the quality and profitability of our real estate market to investors, or advertising enticing

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business opportunities to the general public. SIL is also a place for debate, with several talks and conferences planned. Of course, there will be no shortage of debates at SIL 2021 as mentioned above, and one of the most pressing themes of the coming months – the Recovery and Resilience Plan and how it will impact the real estate industry – will be on everyone’s lips. What are your expectations? We hope that, in 2021, SIL will stay true to its current path of recovery. We will return representing the resilience that is characteristic of this sector, with a strong presence from its main players and with a deep commitment to programming aimed at both professionals and the general public who visit us. We emphasis e that our position as the SIL’s organising body was to never give up in the face of today’s current challenges. SIL 2020 was a special edition and was the only real estate exhibition that took place in a hybrid face-to-face and online format on the Iberian Peninsula.


Opinião Opinion

Carlos Suárez

A saúde humana na utilização do parque edificado Considering human health in buildings

Carlos Suárez Director-geral adjunto da VICTORIA Seguros Deputy General Director of VICTORIA Insurance

Há praticamente um ano, a Magazine Imobiliário intitulava a sua edição de Setembro/ Outubro 2020 da seguinte forma: “Covid muda as regras de jogo”. Reforçando a ideia, a sua directora exprimia o sentimento mais ou menos geral com uma impactante frase “um vírus que abre os portões do inferno”. Poucos, naquela altura, poderiam imaginar que, decorrido este tempo todo, a pandemia continuasse a ocupar manchetes, enrevesar a nossa quotidianidade e fazer parte dos nossos planos pessoais, empresariais e governamentais a curto e médio prazo. Espera-se que a breve trecho – as mais recentes hipóteses e projecções dos peritos em matéria sanitária e económica assim o indicam – o vírus deixe de complicar a existência à maioria da população, na forma em que o tem feito até à data. Porém, parece existir, igualmente, um consenso em relação a muitas das mudanças que, entretanto, se foram introduzindo nas nossas vidas: vieram para alterar o paradigma, aparentemente em definitivo. Essa afirmação, em função daquilo que tenho vindo a observar e a aprender dos especialistas, tem uma conotação específica para o sector do imobiliário e a construção, a saber, a crescente importância dos aspectos relativos à sustentabilidade ambiental – numa interpretação mais ou menos evoluída dos princípios identificados, em 1994, pelo recentemente falecido Charles J. Kibert – e a preponderância da saúde humana na utiliza-

ção presente ou futura do parque edificado. A escolher apenas um exemplo, por questões de espaço editorial, falamos da reabilitação de edifícios como um processo construtivo destinado a produzir imóveis energeticamente eficientes (de balanço energético nulo, baixo consumo energético ou, até, solares e bioclimáticos), no intuito de minimizar o consumo de recursos e maximizar a reutilização dos mesmos, tomando em consideração a protecção dos sistemas naturais e a qualidade do ambiente construído. Ao mesmo tempo, este tipo de imóveis, tecnologicamente mais desenvolvidos em matéria de isolamento térmico e acústico, mais bem aproveitados nas suas componentes estruturais e volumétricas, não só permitem obter uma edificação saudável (normalizando os elementos que possam vir a provocar a doença) como, também, uma gestão correcta do bem-estar da população humana no edificado (através dos planos de contingência)… o que, em última instância, possibilita ter um edifício como agente passivo de saúde pública, tendo como agentes activos de saúde publica os seus utilizadores, ou seja, cada um de nós. Pretty much a year ago, a Magazine Imobiliário gave their September/October 2020 edition the following title: “Covid changes the rules of the game.”Reinforcing this idea, its director expressed more or less what everyone was feeling with a striking phrase: “a


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virus that has opened the gates of hell.” Few at that time could have imagined that, after all this time, the pandemic would continue to make headlines, turn our daily lives upside down, and be part of our personal plans as well as those of businesses and governments in the short and medium term. It is hoped that, in the near future, the virus will stop complicating the lives of the majority of the population in the ways that it has thus far, and health and economicsexperts’ most recent hypotheses and projections all point in this direction. However, there also seems to be a consensus that many of the changes that have been introduced into our lives since the beginning of the pandemic are permanent and paradigm changing. This statement is based on what I have been observing and learning from specialists and has a particular implication for construction and the real estate industry, namely the growing importance of environmental sustainability issues (in an evolved interpretation of the principles that the recently deceased Charles J. Kibert identified in 1994) and the importance ascribed to human

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health in the present and future use of everything we build. Choosing just one example, since we have limited space here, let’s talk about the rehabilitation of buildings wherein the construction process nowadays is aimed at producing energy-efficient properties with low to zero energy consumption or that even use solar and bioclimatic energy. Buildings are now constructed this way in order to minimise the consumption of resources and maximise their reuse, always taking steps to protect nature and the quality of the built environment. Construction projects like these, which are more technologically developed in terms of the materials used in their structural components for thermal and acoustic insulation, not only allow for buildings that are less hazardous to live in (by neutralising elements that could cause disease) but help better manage the well-being of the buildings’ human occupants (through contingency plans). Ultimately, all this makes it possible for buildings become passive agents of public health while their users – each of us – can become active agents thereof.


Opinião Opinion

Adelaide Amaral

Envelhecer com qualidade Ageing with dignity

Adelaide Amaral Marketing e Comunicação da Direcção de Crédito Especializado do Millennium bcp Marketing and Communication, Department of Specialised Credit, Millennium bcp

De Oscar Wilde “A alma nasce velha e se torna jovem. Eis a comédia da vida. O corpo nasce jovem e se torna velho. Eis a tragédia da alma.” Mas não tem de ser uma tragédia em dois actos, porque o ser “maior”, como caraterizam os idosos em Espanha, é um dom de sabedoria e de experiência que merece ser promovido em partilha, num espaço saudável onde se possa dizer, parafraseando alguém que escreveu que “um idoso é um jovem que deu certo”. E daqui surge o termo Cohousing, sistema de habitação colaborativa, muito conhecido noutros países e queé uma resposta social às necessidades de grupos mais vulneráveis, jovens e idosos, permitindo-lhes viver em comunidade e partilharem, para além de momentos e experiências, espaços e serviços vários, num regime de auto-gestão do espaço. De acordo com a Eurostat, Portugal é o quarto país da União Europeia (UE) com maior percentagem de população acima dos 65 anos, e que, nos próximos 50 anos, para além da perda de população, o índice de envelhecimento quase duplicará, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Isto é desolador quando imaginamos as horas que os idosos passam sozinhos por dia, com necessidades de assistência médica complexas, ou os seniores ativos e ainda com autonomismo. O que será então necessário mudar, onde deverá a sociedade incidir a sua análise e acção? Focar no actual sector do sénior living, como lares, residências, resorts onde nem todos

têm acesso, talvez não seja suficiente. Mas conceitos como Cohousing poderão significar uma solução efectiva para este problema social, estruturados e focados nas reais necessidades dos diferentes tipos de populações, sem os abusos de lares ilegais e com a assistência devida, também para quem não tem estímulos de vida ativa ou jovens que não conseguem alugar ou comprar casa. Fora das cidades existem locais aliados à natureza, quintas com zonas verdes, com muito espaço e que potenciam estes modelos, que só serão completos quando assentes numa óptica de sustentabilidade, quer na utilização responsável dos recursos naturais, quer energéticos, promovendo a inclusão social e estilos de vida mais saudáveis. Como se sabe, o papel das misericórdias, das autarquias, as IPSS, ou das paróquias tem sido relevante neste novo segmento, mas mais virados para a assistência social. A dimensão exigida pelo Cohousing é maior. Exige exequibilidade em termos dos processos de licenciamento, legalização junto da Segurança Social, passos que já seriam positivos para que investidores e financiadores pudessem avaliar a proposta de valor deste modelo. Porque não encarar então este conceito como um modelo de negócio, com uma estratégia empresarial bem definida, talvez repartida entre o público e o privado e com fins lucrativos modelo muito útil para a sociedade, não só já como no futuro? Combinar soluções arquitectónicas e de sus-


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DR Foto: Andrea Piacquadio on Pexels

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tentabilidade com as diferentes finalidades do Cohousing será um desafio aliciante, permitindo dar alma ao mercado imobiliário que temos em Portugal e espalhado por muitas regiões do interior e até limítrofes às cidades, assim como jovialidade à população sénior que cresce em Portugal. Oscar Wilde once said, “The soul is born old but grows young. That is the comedy of life. And the body is born young and grows old. That is life’s tragedy.” But it doesn’t have to be a tragedy in two acts because being older is a gift of wisdom and experience that deserves to be celebrated by sharing it in a healthy

space. Indeed, it can be said that “an elderly person is a young person who has done well.” And this is where the term co-housing comes into play. Co-housing is a collaborative housing system that is well known in other countries and is a social response to the needs of vulnerable groups, both young and old, allowing them to live in a community and share memories, experiences, and various spaces and services in a self-managed space. According to Eurostat, Portugal has the 4ᵗʰ highest percentage of its population above 65 years of age amongst EU countries. What’s more is that, over the next 50 years, the ageing rate will almost double in addition to pop-

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ulation loss, according to the National Institute of Statistics (INE). This is heartbreaking when we think about the hours that seniors spend alone each day, with complex medical needs, or active seniors who are still autonomous. What, then, will need to change? What should society focus its actions on? What the senior living industry currently has to offer – such as nursing homes, residences, and resorts that not everyone has access to – may not be enough. But concepts such as co-housing could be an effective solution to this social problem, with places that are structured and focused on the real needs of different types of people and have proper assistance, without the abuses of illegal nursing homes. Co-housing could also provide places for those who do not have the stimuli to live an active life or young people who can neither rent nor buy a house. Outside the cities, there are places close to nature and farms with green areas and lots of space, all of which enhances these models. A co-housing project will only be successful and complete when sustainability is made one of its core values, manifesting itself in the responsible use of either natural or energy resources and promoting social inclusion and healthier lifestyles. As is well known, the role of charity-based facilities, local governments, private social security institutions(IPSS), and parishes has been important in this new segment but have been more centred around social assistance. Co-housing demands something larger and deeper. It demands feasibility in terms of permits and legalisation with Social Security, steps that would be positive for investors and financiers so that they could assess the value proposal of this kind of model. Why not then treat this concept as if it were a business model with a well-defined entrepreneurial strategy – perhaps shared between the public and the private sectors – that stands to both make a profit and provide great benefit to society not only now but in the future? Combining architectural and sustainability solutions with co-housing’s myriad of solutions will be an exciting challenge, allowing us to give the real estate market that we have in Portugal, spread out over so many interior regions and neighbouring cities, a soul as well as joy to Portugal’s growing senior community.


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Abroad

Abroad

EXPO REAL 2021

Estamos de volta!

We are back!


Lá fora Abroad

Claudia Boymanns, directora da EXPO REAL, avançou que, aquela que é considerada a maior feira de imobiliário da Europa, já conta com mais de 900 empresas inscritas. Lisboa e Porto aceitaram, uma vez mais, o repto e vão mostrar os melhores projectos made in Portugal. Claudia Boymanns, director of EXPO REAL, said that what is considered the largest real estate fair in Europe already has more than 900 companies registered. Lisbon and Porto once again accepted the challenge and will showcase the best projects made in Portugal.

Entrevista Interview: Carla Celestino

Foi uma boa notícia para a EXPO REAL o anúncio de que, a partir de 1 de Setembro, as feiras serão mais uma vez possíveis em formato presencial na Baviera. Estamos mais do que felizes que a EXPO REAL decorra de 11 a 13 de Outubro nos cinco pavilhões da Messe München. A feira aponta o caminho para novos começos. Assistimos a uma grande procura por encontros face a face, pelo que tomámos todas as precauções para garantir segurança a todos os participantes envolvidos no nosso conceito de protecção e higiene responsável. A EXPO REAL será a quarta feira de negócios a ser realizada em Munique este ano. E a vontade da nossa rede de se unir é forte. A feira não vai bater os recordes de 2019, pelo que lhe pergunto quais são as suas expectativas em relação aos expositores e visitantes? Até o momento, mais de 900 empresas - expositores assim como co-expositores - confirmaram a sua participação. O número de inscrições deverá aumentar ainda mais porque os principais expositores nos vários pavilhões conjuntos estão agora a registar co-expositores adicionais. Os expositores já inscritos incluem empresas imobiliárias, bem

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como cidades, regiões e países. As start-ups também procuram o acesso ao mercado. O cadastro de visitantes começa em Agosto. Em geral, sentimos muito interesse e esperamos ansiosos por um networking animado em Munique. O que destaca na edição deste ano? Estou satisfeita com o facto de termos colocado o nosso conceito “face a face” no centro do evento - complementado por componentes digitais como é o caso do programa da conferência que terá transmissão ao vivo e oportunidades de matchmaking – e que isso tenha sido bem recebido pelos nossos clientes. Além da exposição, o programa da conferência focará o impacto da pandemia de Covid-19 e a protecção do clima, será novamente sobre saúde, hotelaria e propriedade logística e será um palco para start-ups. Portugal é um dos países que vai estar presente. Que expositores portugueses já estão confirmados? É com grande satisfação que recebemos novamente os stands conjuntos do Porto e de Lisboa, cada um com cerca de uma dezena de co-expositores. Também a bordo está a especialista em centros comerciais Sonae


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A EXPO REAL é um local comprovado para conectar todos os parceiros de futuros projectos em Portugal. EXPO REAL is a proven place to connect all partners of future projects in Portugal.”

Sierra, expositora de longa data. Isto mostra de forma impressionante que a EXPO REAL é um local comprovado para conectar todos os parceiros de futuros projectos em Portugal. It was good news for EXPO REAL the announcement that, as of September 1, 2021, trade fair events will once again be possible in face-to-face format in Bavaria. We are more than happy that EXPO REAL will take place from October 11 to 13 in five halls of Messe München. It points the way to new beginnings. We witness a huge demand for face-to-face encounters and have taken every precaution to ensure a safe stay for everyone involved with our responsible protection and hygiene concept. EXPO REAL will be the fourth trade fair to be held in Munich this year. And the will of our network to come together is strong. EXPO REAL will not break the records that were set in 2019, yet what are your expectations in relation to exhibitors and visitors? To date, more than 900 companies - exhibi-

tors as well as co-exhibitors - have confirmed their participation. The number of registrations will further increase because the main exhibitors on the numerous joint pavilions are now registering additional co-exhibitors. Exhibitors already registered include real estate companies as well as cities, regions and countries. Start-ups are also seeking access to the market. The visitor registration will start in August. We generally sense a great deal of interest and look forward to lively networking in Munich. What do you highlight in this year’s edition? I am pleased that our concept with the faceto-face event at its heart - supplemented by digital components like conference program as live stream and matchmaking opportunities - has been well received by our customers. Besides the exhibition, the conference program will focus on the impact of the COVID-19 pandemic and climate protection, it will again be about healthcare, hotel and logistics property and it will provide a stage for startups.

Is Portugal one of the countries that will be present and which Portuguese exhibitors are already confirmed? We are delighted to welcome again the joint stands of Porto and Lisbon, each with about a dozen co-exhibitors. Also on board is the shopping center specialist Sonae Sierra, a long-standing exhibitor. This shows impressively that EXPO REAL is a proven place to connect all partners of future projects in Portugal.


Portal Nacional de Imobiliário

supercasa.pt


Lá fora Reino Unido Abroad United Kingdom

Roberto Varandas

Viver o Imobiliário

Living in Real Estate

Roberto Varandas COS Capital Managing Director – Head of Europe

De todos os sectores, é o imobiliário residencial que gera sempre mais paixões, controvérsia e interesse. Em tempos relatei os pedidos de colegas e amigos, não ligados ao imobiliário, sobre a minha opinião em relação ao esperado comportamento dos mais invulgares mercados residenciais pois tinham acabado de adquirir uma casa de férias nesse local. Na maior parte dos mercados, tradicionalmente, o sector residencial tem sido o domínio dos promotores, que se dedicam a construir e vender habitações. Mas este já não é o paradigma dos mercados residenciais em cada vez mais países. Durante grande parte da minha actividade profissional, até há relativamente pouco tempo, a não ser que estivesse a trabalhar com fundos americanos, raramente lidava com o sector residencial e nem pensava muito no assunto. Já não é o caso e, à medida que vemos o sector crescer no mundo institucional, devo confessar que quase se tornou um dos meus temas preferidos. O sector do imobiliário residencial para arrendamento, a par do sector da logística, tem sido dos mais dinâmicos nos últimos anos, mesmo num ambiente de pandemia. E o cariz institucional é cada vez maior. Na Europa, países como a Alemanha, Holanda e Suécia, sempre tiveram um historial de imobiliário residencial para arrendamento com um enquadramento legal mais ou menos equilibrado entre senhorio e inquilino e nesses países o sector toma cada vez mais capital nas alocações dos investidores institucionais e dos activos investidos. Outros países, nos últimos anos, parecem ter acordado para o sector e há verdadeiras corridas a criar plataformas operacionais de grande dimensão. Empresas como Patrizia, Heimstaden, Greystar, Catella, pouco conhecidas fora do mundo do imobi-

liário institucional, nalguns casos já detêm centenas de milhares de apartamentos nos diferentes países europeus em que operam. As economias de escala a este nível trazem muitas vantagens aos investidores. Um mercado um pouco à margem, pelo menos estruturalmente, tem sido o do Reino Unido. Apesar do enorme interesse em criar algumas grandes plataformas, o mercado ainda é dominado pelo pequeno senhorio. Em 1965, foi introduzido um esquema de rendas controladas em que as rendas eram consideradas “justas”, ou não, por uma espécie de avaliador independente, que determinava se uma renda estaria de acordo com os valores de mercado. Se por um lado o mercado residencial carecia de algumas regras e standards, este efectivo controlo das rendas tornou este sector extremamente desinteressante aos olhos dos investidores institucionais e em 1991 o Reino Unido vê o investimento por parte das institucionais descer a um mínimo histórico de apenas 10%. É com o último governo de Thatcher que o mercado é largamente liberalizado mas o mesmo já se encontrava amplamente disperso por proprietários e pequenos senhorios sendo difícil ter imóveis totalmente na propriedade de um só investidor. Só detendo um imóvel por inteiro, e com alguma dimensão do mesmo, se conseguem as tais economias de escala. Os países que hoje vêem muito capital a ser investido neste sector, a ser investido na modernização e melhoria dos imóveis devem tomar nota dos efeitos que certas medidas têm, muitas vezes contra-intuitivas. O congelamento de rendas não beneficia a sociedade, apenas cria duas castas – os que têm e os que não têm. Quem procura casa para arrendar em Portugal que o diga! Embora tenha sofrido algumas alterações nos anos 90 e mais recentemente no governo da Troika,


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simplesmente não há oferta, a par de uma enorme fatia da população que beneficia de rendas controladas. É o senhorio a substituir-se à segurança social. Apesar de ser um mercado com algumas limitações do enquadramento legal, com a tal falta de equilíbrio entre senhorio e inquilino, ainda creio que Portugal pode comportar algumas destas plataformas especializadas, permitindo que mais e melhores habitações fiquem disponíveis no mercado para arrendar. Muitos dos projectos residenciais ainda “encalhados”, são terreno fértil para se criar stock moderno para este efeito e as autarquias fariam bem em promover, acolher e considerar estes investimentos no planeamento habitacional dos seus concelhos. Residential property generates the most passion, controversy and interest in the overall universe of real estate. I once reported requests from non-real estate colleagues and friends for my opinion on the expected performance of the most unusual residential markets as, I would later figure out, they had just purchased a holiday home. In most markets, traditionally, the residential sector has been the domain of developers, who earn their living, basically, by building and selling houses. This is no longer the paradigm for residential markets in more and more markets. For most of my professional career, until recently, unless I was working with American funds, I rarely dealt with the residential sector and didn’t think much about it. This is no longer the case and as we see the sector grow in the institutional world, I must confess that residential real estate has become one of my favourite subjects. The residential rental property sector, along with the logistics sector, has been the most dynamic in recent years, even in a pandemic environment. The institutional quality of this sector continues to develop. In Europe, countries like Germany, Netherlands and Sweden have always had a history of residential property for rent with a more or less balanced legal framework, balancing landlord and tenant and in these countries the sector takes up more and more institutional investors’ allocations. In recent years, other countries seem to have woken up to the sector and there are true sprints to create large operational platforms. Firms such as Patrizia, Heimstaden,

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Greystar and Catella, unknown outside the institutional real estate world, already operate hundreds of thousands of apartments in the different European countries. Economies of scale at this level bring many advantages to investors. A somewhat less developed market, with regard to its overall structure, is the UK. Despite the significant interest in creating large operational platforms, the market is still dominated by the small landlord. In 1965, a controlled rent scheme was introduced in which rents were considered “fair” or not, by an independent rent appraiser who determined whether a rent was in line with market values. If, on the one hand the residential market lacked some rules and standards, this effective rent control made the sector extremely uninteresting to institutional investors and in 1991, the United Kingdom saw investment by institutional investors drop to a historic low of just 10%. It is with the last Thatcher government that the market is largely liberalized but, by then, the market was largely dispersed, making it difficult to have properties entirely owned by a single investor. Only by owning a property of some size, in its entirety, that economies of scale can be achieved. Countries that today see a good deal of capital pursuing this sector, investing in the modernization and improvement of residential properties, should take note of the counterintuitive effects certain measures have when implemented. Rent controls do not benefit society, they only create two castes – the haves and the have nots. Anyone looking for a house to rent in Portugal knows so! Although the rental framework has undergone some changes in the 1990s and, more recently, under the Troika government, there is simply no supply, despite a huge slice of the population benefiting from controlled rents. It is essentially the landlord replacing social security. Despite a market with some legal framework limitations and a lack of balance between landlord and tenant, I still believe that Portugal can support some of these specialized platforms, allowing more and better housing to be available on the rental market. Many of the residential projects that are still “stranded”, broken developments, are fertile ground to create modern stock and municipalities would do well to promote, welcome and consider these investments in the housing planning of their cities.


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Anabela Loureiro

O mundo está do avesso The world is upside down

Torrential rainfall, floods, both extreme heat and cold, earthquakes, tornados, wildfires… These no longer occur during the right season nor do they occur in only the countries the typically happen in. No. The world is upside down as far as natural catastrophes are concerned. The best examples of these can be seen in climatic disasters that have happened in the last six months. Hundreds dead, thousands homeless. And, while there are countries where help reaches these people quickly, most are not so lucky. It’s the strongest against the weakest. We all end up losing, as these climate changes

Dr Foto: Greenpeace

As chuvas torrenciais, as altas temperaturas, as cheias, o frio extremo, os terramotos, os tornados, os incêndios, já não acontecem na estação do ano certa, nem nos países habituais. Não. O mundo está do avesso quanto às catástrofes naturais. O melhor exemplo está patente nos acidentes climáticos dos últimos seis meses. Centenas de mortos, milhares de desalojados. E se há países em que rapidamente a ajuda chega a essas pessoas, a maioria não tem essa sorte. É a lei do mais forte contra o mais fraco. Todos saímos a perder, pois estas alterações climáticas têm um denominador comum que se chama Humanidade. É verdade que há uma tentativa por parte dos países desenvolvidos para tornar o globo mais verde e sustentável, tentando diminuir os impactes nas próximas décadas. Mas enquanto essa avareza persistir, e os ditos desenvolvidos intentarem nos seus interesses “chutando para canto”, como se não fizéssemos parte de um todo, vamos ter um Planeta cada vez mais desequilibrado, em todos os sentidos.

have a common denominator: Humanity. It is true that a number of developed countries have attempted to make the world greener and more sustainable, trying to reduce the impacts we have on the environment in the coming decades. However, as long as greed persists and the so-called “developed” countries remain stuck on their own interests and act as if we’re all not part of a whole, we’re going to have a planet that is increasingly unbalanced in every imaginable sense.



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