Magazine Imobiliário 028

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Construção Ambiente Turismo

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MAR/ABR 2018 €10

‘Óscares’ consagram arquitectura de topo “Oscars” extol top architecture



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28 MAR/ABR 2018

Editorial

Contagem decrescente Counting down the days

Joaquim Pereira de Almeida Director Director

Começou a contagem decrescente para a noite de 3 de Abril, a data, há muito agendada, para a grande Gala de Encerramento do Prémio Nacional do Imobiliário 2018. Nesta edição, revelamos quem são os vinte e um finalistas, bem como a identidade dos patrocinadores do evento. Chegamos a uma fase em que nos dispensamos, uma vez mais, de uma prática, feita por outros, e que rejeitamos em absoluto: o auto-elogio. Preferimos que sejam os nossos leitores a tirar as suas conclusões. Vejam quem são os empreendimentos que estão na Final, quem são os arquitectos, as empresas de construção, os grupos investidores envolvidos. Os factos falam por si. Da mesma forma vejam como aumentou o número de patrocinadores, alguns dos quais se estreiam, em absoluto, no apoio a uma iniciativa desta importância. Obrigado a todos. Tomem nota, também, de um outro facto: continua a crescer o número de finalistas que são, genuinamente, novas edificações. Isto é um sinal claro do retomar de um sector que foi martirizado mas que ‘ressuscitou’. A par da tão importante Reabilitação, que premiamos desde 1996, há obra nova, muito pensada. Os investidores voltaram e estão mais audazes. Os fantasmas da instabilidade política parecem ter desaparecido e, para todos, a palavra de ordem é fazer mais, melhor, mais estudado e, acima de tudo, com muita qualidade. Sim, porque este é, genuinamente, o Concurso da Qualidade. Quem são os vencedores? Vai ter de esperar pela noite de 3 de Abril!

The countdown has begun for the evening of 3 April, which is when the long-awaited 2018 National Real Estate Awards’ Grand Closing Gala will be held. In this issue, we reveal who the event’s sponsors and twenty-one finalists are. We have reached a stage where we shall abstain yet again from a custom practiced by others and which we reject in its entirety: self-praise. We prefer to let our readers draw their own conclusions. Look at which projects are finalists, who the architects are, which construction companies and investment groups are involved, etc. The facts speak for themselves. In the same way, look at how the number of sponsors has increased, some of whom are supporting an initiative of such importance for the very first time. Thank you all. Also take note of something else: the number of finalists whose ventures are genuinely new buildings continues to grow. This is a clear sign this a sector, which had been “martyred” just a few years ago, has now come back to life. There are brand-new, meticulously planned ventures happening alongside restoration projects, important undertakings that we have given out awards for since 1996. The investors have come back and are even more daring. The ghosts of political instability seem to have vanished, and everyone’s slogan now is to do more, do it better, do it with more research, and, above all, to do it with excellent quality. After all, this competition really is all about quality. Who are the winners? You’ll just have to wait and see on 3 April!


Summary

Índice Ficha técnica

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Grande Tema Lead Story

Arquitectura dos nossos dias The architecture of our days

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Prémio Nacional do Imobiliário 2018

National Real Estate Awards 2018

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Centros Comerciais Shopping Centers Designer Outlet Algarve Mar Shopping

16 Propriedade Palavras Aliadas Sociedade Unipessoal, Lda. NIPC – 510 653 901 Av. Duque D’Ávila, 28 – 2.º, Sala 207 1000–141 Lisboa Telf.: (+351) 21 134 10 06 Telm.: (+351) 91 061 61 62 geral@palavrasaliadas.pt www.magazineimobiliario. com Director Joaquim Pereira de Almeida Editora Carla Celestino Colaboradora Permanente Elisabete Soares Fotografia Anabela Loureiro Tradução Frank Miller

Grafismo Rodrigues Silva Contabilidade Nasceconta Periocidade Bimestral Tiragem 3.000 exemplares Impressão Jorge Fernandes, Lda. Rua Qta. de Marcarenhas, 2820 Charneca da Caparica Depósito Legal 363718/13 SSN – 2183-0517 ERC – 126397 Estatuto editorial disponível na página de internet www. magazineimobiliario.com

Escritórios Offices Nova Sede Advogados Abreu Nova Sede Grupo FMMagalhães Nova Sede Vieira de Almeida Advogados

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Habitação Housing Casa Cabo de Vila Liberdade 203 Mira Rio III Praia D’Ouro Residence Santana à Lapa 52 Salitre 100

Townhouses – Belas Clube de Campo Misericórdia 116 Park Avenue Rua Nova da Trindade

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Equipamentos Colectivos Community Development Project Collegiate Marquês de Pombal Instituto de Inovação e Investigação em Saúde Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso Terminal de Cruzeiros de Lisboa

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Turismo Tourism 1908 Lisboa Hotel Corpo Santo Hotel Casa Palma WC Beautique Hotel

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Metro Quadrado

Square Meter Entrevista Interview Patrícia Liz / Savills Aguirre Newman

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50

Do Mundo

International Intermat 54 Opinião Opinion Reino Unido United Kingdom

Opinião Opinion Cuatrecasas, Gonçalves Pereira Advogados

56 Opinião Opinion MIPIM

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62

Opinião Opinion Millennium bcp

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Ventos do Norte

North winds Lojas históricas do Porto

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Opinião Opinion Elisabete Soares

Sol e Lua Tourism BTL


Just a few yards away from Jardim das Amoreiras, Mulberry Hill offers you the best of living close to everything while still enjoying the peace and calmness you desire. A true refuge from the fast pace of the city. The building includes 31 apartments — from studio to 3-bedroom Duplex — with balconies or terraces spread over 8 floors overlooking the Castle and the Tagus river. Make Lisbon and Mulberry Hill your home and find out what it’s like to live on top every day.

www.mulberryhill.pt

PROMOÇÃO & GESTÃO / DEVELOPMENT & MANAGEMENT

ARQUITETURA / ARCHITECTURE

COMERCIALIZAÇÃO / SALES

Porta da Frente – Soc. De Mediação Imobiliária, Lda. AMI:6335

www.avenue.pt

+351 213 806 110

+351 213 121 520

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LIVING

A escassos metros do Jardim das Amoreiras, onde o ritmo acelerado da cidade não se impõe, o Mulberry Hill permite-lhe viver perto de tudo, com a tranquilidade e sossego que aprecia. O edifício oferece-lhe 31 apartamentos — de studio a T3 Duplex — com varandas ou terraços distribuídos por 8 pisos com vistas para o Castelo e o rio Tejo. Faça de Lisboa e do Mulberry Hill a sua casa e saiba como é viver no topo, todos os dias.


Tema de Capa 4 28 MAR/ABR 2018

Arquitectura dos nossos dias

As ‘bonecas russas’ The architecture of our days

Matryoshka dolls


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A expressão é do arquitecto de renome João Paciência e é a que melhor ilustra a realidade da Arquitectura moderna. À semelhança das Matrioscas, um projecto arquitectónico encerra dentro de si muitos outros projectos: é o traçar do arquitecto, é o construir novo ou reabilitar, é o uso a que se destina, é a forma como o utilizador final o vai desfrutar… Renowned architect João Paciência has been using this expression, and it illustrates the reality of modern architecture flawlessly. Just like the famed nesting dolls, an architectural project contains other, smaller projects within itself. First are the architect’s drawings. Second is the renovation or constructing the new building. It has to be designed according to its intended use and how the end user plans on enjoying it…

Texto Text: Carla Celestino

Em Portugal ninguém fica indiferente a um Museu de Arte Contemporânea Serralves (Álvaro Siza Vieira), Gare do Oriente (Santiago Calatrava) ou Casa das Histórias Paula Rego (Eduardo Souto de Moura). Mas será que o nosso País está preparado para elaborar obras com elevados desafios de arquitectura e tecnologia à escala de um ‘Gherkin’ de Norman Foster (Londres) ou de um Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou de Renzo Piano (Nova Caledónia)? Perante obras ‘stat of the art’ e novas evoluções e problemáticas, a curiosidade recai sobre os desafios que a Arquitectura enfrenta no século XXI e sobre os reptos que estão a ser lançados aos arquitectos. Novas tendências Os escritórios para mais de 25 pessoas estão já a ser substituídos por escritórios virtuais, coworking e teletrabalho; e até na hotelaria já se fala nos hotéis pop-up ou na substituição do room-service pelo grab n’go. Os novos modelos de negócios, as novas visões dos arquitectos, os novos métodos construtivos e/ou as preocupações com a sustentabilidade e a eficiência energética estão a ditar as novas regras da Arquitectura. Com isso esta área está a alargar os seus horizontes de acção e a abraçar soluções inovadoras. O arquitecto Miguel Correia do atelier Pura Imagem partilha desta ideia: “A Arquitectura nos últimos tempos tem vindo a evoluir de forma significativa quer a nível de métodos construtivos, materiais, light design, entre outros, ou até mesmo das diver-

sas soluções tecnológicas que tornam os edifícios mais inteligentes e interactivos”. Além disso, salienta, “as cidades estão cada vez mais ‘Smart Cities’, e os edifícios que as compõem acompanham esta evolução, tornando-as mais dinâmicas facilitando a vivência diária”. Já a directora de Arquitectura da consultora Savills Aguirre Newman, Joana Rodrigues, defende que “a Arquitectura de hoje é muito mais colaborativa a todos os níveis, na sua interacção com o espaço urbano, na conjugação entre o tradicional e o contemporâneo e até na correlação entre a função e a estética”. Ainda assim, defende que “ainda temos um longo caminho a percorrer no que diz respeito às boas práticas de sustentabilidade” que, na sua opinião, “passa por seguirmos critérios mais à semelhança das exigências internacionais, com base em certificados como BREAAM, LEED, entre outros”. Faz ainda a ressalva para o facto de considerar que “os tempos que se praticam para desenvolvimento de projecto são demasiado curtos para a evolução necessária neste âmbito”. Não se pode, no entanto, deixar de questionar sobre este novo paradigma de as principais consultoras internacionais a operar em Portugal, como é o caso da Savills Aguirre Newman ou da JLL, terem abraçado a vertente da Arquitectura. A explicação, segundo Joana Rodrigues, é que “já há muitos anos que estas duas áreas, na altura ainda no formato de duas empresas distintas, sentiram a mais-valia da sua complementaridade, dado que a Arquitectura e consultoria de espaços está envolvida em todas as vertentes do ramo imobiliário”.


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Imobiliário acompanha evoluções Quando um promotor imobiliário confia a um arquitecto, ainda mais se for um profissional conceituado, a construção ou reabilitação de um projecto, confia no seu gosto, estilo e inteligência. Mas o inverso também existe, quando um promotor tem um conceito na sua mente, sabe o que quer e o arquitecto tem engenhosamente de chegar a essa temática. Os promotores têm sabido também acompanhar as actuais tendências e utilizam, cada vez mais, novas formas tecnológicas para fazer chegar o seu projecto aos potenciais investidores ou clientes finais. Miguel Correia é da opinião que a promoção imobiliária tem sabido acompanhar as actuais tendências, “através da aposta na diferenciação, recorrendo a soluções tecnológicas com base em ambientes virtuais que simulam a realidade e que ajudam não só na percepção dos projectos como também na sua comercialização, ajudando a vender numa fase inicial”. Com efeito, são cada vez mais os arquitectos, promotores e mediadores imobiliários e até construtores, consultores e autarquias que recorrem às novas tecnologias para divulgar os seus projectos, recorrendo para o efeito a filmes 3D, soluções interactivas de realidade virtual ou simuladores de espaços, só para dar o exemplo de alguns instru-

mentos que podem ser utilizados. O arquitecto acrescenta que existe também “a procura destas ferramentas virtuais por parte das equipas comerciais e de marketing, pois permitem mostrar algo que não existe, potenciado a sua venda ou apresentação antes de a obra iniciar, e por essa razão quer a nível nacional ou internacional a procura é idêntica”. As soluções que utilizam como base ambientes virtuais são, sem dúvida, universais, podendo adaptar-se rapidamente a qualquer área quer seja turismo, residencial, retalho, deporto, ensino, saúde, cultura entre outros, bem como a qualquer país. Por essa razão, o arquitecto diz que existem imensos projectos que as utilizam, dando os exemplos, quer da apresentação da ‘Requalificação do Vale de Alcântara’, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, que utilizou estes recursos para ajudar a apresentar o respectivo projecto; quer da apresentação do ‘Freeport’ em que o filme ajudou na apresentação do processo de requalificação, bem como de diversos edifícios novos ou requalificados que vão surgindo quer a nível nacional e internacional. Ferramentas incontornáveis Todos os anos o mercado é inundado com novidades ao nível de softwares, programas e aplicativos ao serviço da Arquitectura, o que obriga os profis-

sionais a estar num estado constante de actualização dos seus conhecimentos. O AutoCAD é, provavelmente, o software mais utilizado ao nível do desenho industrial e novas versões não faltam, vão desde o 2D e 3D, passando pelo 360º (modelo projectado para uma app e que pode ser visualizado em 360º) até ao AutoDesk REVIT ou ao Archicad. Existe ainda o SketchUp com o renderizador V-Ray (projecções 3D) e o Armedia (imprime o projecto num modelo 3D real). Mas quer parecer que o BIM (Building Information Modeling - Modelagem de Informação da Construção) é o modelo digital que mais tem ‘revolucionado’ a designada indústria AEC (Arquitectura, Engenharia e Construção), uma vez que permite a optimização integral de um projecto de construção ou infra-estrutura, reunindo informações que são geridas e mantidas ao longo do ciclo de vida do edifício. O BIM tem vindo a ser muito usado ​​no sentido de melhorar a eficiência na fase operacional permitindo reduzir os custos de construção e de operação, fornecendo ferramentas como simulação combinada de área, material e energia, além de design virtual e construção de sistemas de construção de serviços focados na manutenção ideal. Pode ainda ser combinado com outras tecnologias, como o IoT (Internet of Things) ou o CAFM (Computer Aided


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Os novos modelos de negócios, as novas visões dos arquitectos, os novos métodos construtivos e/ ou as preocupações com a sustentabilidade e a eficiência energética estão a ditar as novas regras da Arquitectura. New business models, architects’ new visions, new construction techniques, and/or concerns regarding sustainability and energy efficiency are dictating the new rules of architecture.

Facilities Management). A importância que este modelo está a adquirir é tal que a empresa alemã TÜV SÜD criou recentemente um Centro Global de Competência BIM (CoC BIM) com o intuito de ampliar as suas competências e capacidades neste importante campo, permitindo também, em todos os projectos BIM internacionais, que os especialistas no local colaborem de forma global. Conforme Joachim Birnthaler, CEO da Divisão de Imóveis e Infra-estrutura da TÜV SÜD, explicou: “O nosso compromisso com o BIM nunca termina com o uso de modelos BIM no planeamento e design; na realidade, implementamos processos e tecnologias BIM, bem como os testes e certificações necessários ao longo do planeamento, construção e operação”. Já Tobias Schmidt, chefe do novo Global CoC BIM, enfatiza que “o BIM é um tema dominante entre muitos dos nossos clientes das áreas imobiliárias e ferroviárias, incluindo os que são de fora da Alemanha”. Neste âmbito, diz que apoiam “os proprietários e investidores, arquitectos e planeadores especializados na aplicação correcta do BIM, ajudando-os a obter benefícios mensuráveis ​​das vantagens oferecidas por este método”. Em Portugal este é um modelo que já existe mas ainda se encontra a dar os primeiros passos no sentido de ser desenvolvido no âmbito da AEC. Pelo que a resposta à pergunta: Existe em Portugal tecnologia que permita desenvolver projectos que desafiem as leis de Newton? A resposta muito provavelmente é: Não! Ainda assim existem ateliers que, pelo facto de estarem ligados em rede a associados internacionais ou terem colaboradores em todo o mundo, já

começam a utilizar todas as novas tecnologias ao serviço da Arquitectura. Futuro da profissão Há cerca de quatro anos a dupla Carl Frey e Michael Osborne, da Universidade de Oxford, vaticinava um futuro profissional que mais parecia ter saído do canal SyFy. No estudo ‘The Future of Employment: How susceptible are jobs to computerisation?’ (‘O Futuro do Trabalho: Até que ponto os trabalhos são vulneráveis à computorização?’, e através de um algoritmo criado para o efeito, conseguiram determinar a probabilidade de um trabalho ser automatizado no futuro, avançando que 47% dos trabalhos que existem actualmente nos Estados Unidos da América vão ser substituídos no futuro por robots. Ainda assim, para quem se dedica à Arquitectura o cenário traçado não foi tão ‘computorizado’ já que não será num futuro próximo que os robots lhes vão roubar os seus empregos. Com efeito, segundo este estudo e comparativamente a outras profissões, o risco de perder o emprego para um robot por parte de um arquitecto é de apenas 1,8% e de 2,2% para um designer de interiores. Mau grado, para os arquitectos paisagistas sobe ligeiramente para 4,5%, para os designers gráficos aumenta para 8,2% e pior é para os que se dedicam a planear os centros urbanos e regionais cujo valor atinge os 13%. No reverso da medalha, e perante o peso dos avanços tecnológicos na arquitectura, vão surgindo novas ocupações profissionais, exemplo disso é o especialista em BIM ou o profissional de visualização


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3D e projecção digital. Com tantas transformações e avanços tecnológicos será interessante observar como será a Arquitectura e como desenvolverão os arquitectos a sua actividade não daqui a 50 ou 100 anos mas já daqui a 20 anos. O que será que vai mudar? In Portugal nobody is indifferent to the Serralves Museum of Contemporary Art (Álvaro Siza Vieira), the Oriente Train Station (Santiago Calatrava), or the Paula Rego Casa das Histórias (Eduardo Souto de Moura). But is Portugal prepared to work on projects that entail complex architectural and technological challenges along the lines of Norman Foster’s ‘Gherkin’ (London) or Renzo Piano’s Jean-Marie Tjibaou Cultural Centre (New Caledonia)? Faced with new developments and problems and ‘state-of-the-art’ projects, it will be curious to see what challenges architecture will encounter in the 21st century. Even more fascinating will be how architects react to them. New trends Offices for more than 25 people are already being replaced by virtual offices, co-working, and telecommuting. Even hotels are already talking about pop-up hotels or replacing room service with grab’n’go meals.

New business models, architects’ new visions, new construction techniques, and/or concerns regarding sustainability and energy efficiency are dictating the new rules of architecture. As a result, this area is broadening its horizons and embracing innovative solutions. Miguel Correia from atelier Pura Imagem shares this idea, “Recently, architecture has been evolving significantly in terms of materials, construction methods, light design, etc. There’s even a vast array of different technological solutions that make buildings more intelligent and interactive.” Correia also points out that “cities are increasingly becoming ‘Smart Cities’, and the buildings that they are composed of have kept up with this evolution, making them more dynamic and facilitating daily living.” As for Joana Rodrigues, Director of Architecture at Savills Aguirre Newman, she argues that “today’s architecture world is much more collaborative at all levels. It interacts with urban spaces, combines the traditional and the contemporary, and even interweaves function and aesthetics.” Despite this, Rodrigues is of the opinion that “we still have a long way to go in terms of best practices regarding sustainability,” which, in her opinion, “ought to follow criteria more in line with international requirements that are based

Existe em Portugal tecnologia que permita desenvolver projectos que desafiem as leis de Newton? A resposta muito provavelmente é: Não! Is there technology in Portugal that helps bring projects to fruition that defy the laws of physics? will most likely be a resounding No!


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on certificates such as BREAAM and LEED.” She also highlights the fact that “the timelines currently used when developing projects are too short for the necessary changes in this area to occur.” One cannot, however, stop pondering this new paradigm that has emerged, in which the top international consultancies operating in Portugal, such as Savills Aguirre Newman or JLL, have embraced architecture. For Joana Rodrigues, the explanation is that “these two areas, which still belonged to separate companies at the beginning, have found added value in their complementarity for many years, given that architecture and property consulting affect the real estate world at every possible level.” Real estate keeps up with technological developments When a real estate developer entrusts an architect, even more so if they are a respected professional, with their construction or renovation project, the developer has placed their trust in the architect’s taste, style, and intelligence. The reverse, however, also happens. Sometimes, a developer will have a concept in mind and will know what they want. The architect then has to ingeniously figure out how to make that a reality. Developers have also been able to keep up with current trends and are increasingly using new technological advancements to deliver their projects to potential investors or end customers. Miguel Correia is of the opinion that real estate developers have been able to keep up with current trends “by making themselves stand out, using technological solutions based on virtual environments that simulate reality. These tools help people visualise these projects and also help market them, contributing to sales at early stages.” Indeed, architects, developers, real estate agents, and even builders, consultants, and local authorities are increasingly relying on new technologies to promote their projects, using 3D films, interactive virtual reality solutions, and space simulators, which are just some of the instruments at an entity’s disposal. Correia adds that there is also “demand for these virtual tools coming from the commercial and marketing teams because they allow customers to see and experience something that does not yet exist, making the teams’ sales pitches or presentations stronger before the work even begins. For that reason, the demand is strong, at both the international and domestic levels.” Virtual reality solutions are undoubtedly universal and can be quickly adapted to any country

and/or any sector, be it tourism, housing, retail, sports, education, health, culture, and others. Because of this, the architect says that there is a growing number of projects that are using these technologies. Examples include Lisbon City Council’s ‘Alcântara Valley Renovation’ project, which used these technological resources to help present the project; the presentation of ‘Freeport’, in which the film helped present the rehabilitation process; and a large number of new or refurbished buildings that are appearing both in Portugal and abroad. Compelling tools for the world of architecture Each year, the market is flooded with new software, programs, and applications designed to serve the world of architecture, which forces professionals to constantly update their knowledge. AutoCAD is probably the most widely used software for industrial design, and there are plenty of new versions, which range from 2D and 3D to 360º (creates models designed for an app and can be viewed in 360º) to AutoDesk REVIT or Archicad. SketchUp with its V-Ray renderer, which makes 3D projections, and ArMedia, which prints projects in real 3D models, are also on the market. It seems, though, that Building Information Modelling (BIM) is the digital model that has

most ‘revolutionised’ the Architecture, Engineering, and Construction (AEC) industry, as it allows for a construction or infrastructure project to be completely optimised, collecting information that is managed and maintained throughout the life cycle of the building. BIM has been widely used to improve efficiency during the operational phase by reducing construction and operating costs by providing tools such as combined area, material, and energy simulations, as well as virtual design simulations and simulations of systems used for construction services that focus on ideal maintenance regimes. It can also be combined with other technologies, such as Internet of Things (IoT) or Computer Aided Facilities Management (CAFM). This model is acquiring such importance that the German company TÜV SÜD has recently created a BIM Global Competence Centre (CoC BIM), which aims to expanding the company’s skills and capabilities in this important field and also allows its experts to collaborate on any BIMrelated project worldwide. Joachim Birnthaler, CEO of TÜV SÜD’s Real Estate and Infrastructure Division, said, “Our commitment to BIM never ends with the use of BIM models in planning and design. In fact, we have implemented BIM processes and technologies, as well as the necessary tests and certifications, throughout all planning, construction, and operational phases.” Tobias Schmidt, head of the new Global CoC


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BIM, emphasizes that “BIM is a dominant theme among many of our real estate and railway customers, including those outside Germany.” In this context, Schmidt says that they support “owners and investors, architects, and planners who specialise in the correct application of BIM, helping them to obtain measurable benefits from the advantages offered by this method.” In Portugal, this model already exists, but it is still taking its first steps towards being used in the AEC industry. So, the answer to the question “Is there technology in Portugal that helps bring projects to fruition that defy the laws of physics?” will most likely be a resounding “No!” Yet, there are companies that, due to the fact that they are linked to international associates and networks or have collaborators all over the world, are already beginning to use all the new technologies at the disposal of the architecture world. The future of the profession About four years ago, Carl Frey and Michael Osborne, both from Oxford University, predicted a future for the profession of architecture that seemed more in line with something from the SyFy channel. In their study “The Future of Employment: How susceptible are jobs to computerisation?” using an algorithm they created, the two were able

to determine the probability of a job becoming automated in the future, positing that 47% of the jobs that currently exist in the U.S. will be replaced by robots in the future. Despite this, those who have dedicated themselves to architecture need not worry quite yet. Their future was not as ‘computerized’, since it will not be in the near future that the robots will rob them of their jobs. In fact, according to this study and when compared to other professions, the risk of losing one’s job to a robot is only 1.8% for an architect and only 2.2% for an interior designer. Conversely, this risk is slightly greater for landscape architects at 4.5%. For graphic designers, this increases to 8.2%, and those most likely to be replaced by robots are those who plan urban and regional centres, the risk of which reaches 13%. On the other side of the coin, new professional occupations are beginning to emerge, such as BIM specialists, 3D visualisation professionals, and digital projection specialists – all thanks to the weight given to technological advances in architecture. With so many transformations and technological advances, it will be interesting to see what architecture will be like and how architects will work not 50 or 100 years from now but just 20 years from now. Only time will tell what will change…

A promoção imobiliária tem sabido acompanhar as actuais tendências. Developers have also been able to keep up with current trends.



NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2018

Acção!! Action!!

Está a chegar a data da Grande Final do Prémio Nacional do Imobiliário 2018, acarinhado pelos profissionais como os ‘Óscares do Imobiliário’ português. Curiosamente, este ano disputam os seis troféus da noite 21 Finalistas – o mesmo número do ano passado. Só que este ano o Jantar de Gala tem um paladar diferente: nunca a qualidade foi tão alta. Poderão verificar isso mesmo. Os nossos agradecimentos são, em primeiro lugar, para os investidores/promotores que ‘arriscaram’ inscrever-se e que estão na Final. Depois, naturalmente, um apreço especial para os patrocinadores do evento, muitos dos quais se ‘estreiam’ nestas lides. Desde logo o obrigado ao Patrocinador Principal a Savills Aguirre Newman. Mas também para o Santander Totta que é o Banco Oficial do Prémio. E um aplauso especial para a Sotheby’s, para a Rockbuilding, a Technal, a Broadway Malyan, a Expo Real (de Munique), e para o Vilamoura World. Os ‘Óscares’ contam ainda com o apoio da ADENE. São nossos parceiros ‘estratégicos’ a Tecnovisão, na parte técnica; a Casa Sapo é o Portal oficial, a Green Media na Comunicação e o Diário Imobiliário que continua a ser o nosso Media Partner. Este ano mudámos completamente de ‘política’ e temos apenas um apoio institucional: o da Associação Portuguesa de Investidores e Promotores Imobiliários. A todos, os nossos renovados agradecimentos e esperamos por vós no dia 3 de Abril no Hotel Vila Galé de Cascais. Aos vencedores: o Suspense mantém-se até lá. Acção!!!

Júri do Prémio Nacional do Imobiliário 2018 Paula Silva, Juan Antequera, João Paciência, Patrícia Liz, Almeida Guerra e Eduardo Abreu

The date of the 2018 National Real Estate Prize Grand Finale is quickly approaching, an event dubbed the Portuguese ‘Oscars of Real Estate’ by professionals. Curiously, 21 finalists are competing for the award series’ six trophies this year, which is the same number of finalists as last year. This year, however, Gala attendees will see, without a doubt, that the quality of the entries has never been higher. We would like to thank, first and foremost, the investors/developers who ‘dared’ to put their names in the hat and are now in the Final. We would also like to thank, of course, the event’s sponsors, many of whom are making their ‘debut’ in these proceedings. Our sincerest gratitude goes to our Main Sponsor, Savills Aguirre Newman, and to Santander Totta, the Awards’ Official Bank.

Sotheby’s, Rockbuilding, Technal, Broadway Malyan, EXPO REAL (Munich), and the Vilamoura World also all deserve special recognition. The ‘Oscars’ have received support from ADENE as well. Our strategic partners include Tecnovisão, our partner in the tech world; Green Media in the realm of communication; and Diário Imobiliário (“Real Estate Gazette” in English), which continues to be our Media Partner. We have completely changed our ‘policy’ this year and have only one support institution: the Portuguese Association of Real Estate Developers and Investors. We would like to extend our thanks to everyone once more, and we hope to see you on 3 April at the Vila Galé Hotel in Cascais. And the winners are… Well, we’ll keep you in suspense for now. Action!!!


MAIS FORTES NO APOIO À REABILITAÇÃO URBANA

713 Milhões de Euros para financiamento de projetos

Solidez e confiança

estão na base do nosso crescimento


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NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2018

Centros Comerciais Shopping Centers

Designer Outlet Algarve O Algarve passou a contar com o maior Outlet da região em Almancil, concelho de Loulé, e o primeiro a estar integrado num complexo com uma loja IKEA, um centro comercial e uma área de lazer ao ar livre. O Designer Outlet Algarve, com mais de 50 marcas de moda e lifestyle, é inspirado numa típica vila Algarvia e assume-se como o maior empreendimento desta natureza na região Sul de Portugal com um total de 16.000 m2 acima do solo e 13.000 m2 de área estritamente comercial. Com uma implantação sensivelmente longitudinal, desenvolve-se maioritariamente num único piso, de ‘mall’ aberto, estabelecendo uma ligação funcional ao centro comercial através do espaço de lazer, onde, pontualmente, assume um segundo piso. O Designer Outlet Algarve tem um ‘layout’ muito simples, de um anel fechado, assumindo uma linguagem tradicional, de carácter volumétrico diversificado e escala controlada permitindo uma utilização confortável, acolhedora e de fácil orientação para todos os seus visitantes. Este espaço é um pedaço de cidade, com um percurso simples, de volta fechada e ruas ziguezagueantes, com a definição mais forte em torno das entradas, como pequenas praças. Pretende-se dar aqui uma experiência de comércio mais tradicional, em contraponto com o centro comercial. Located in the town of Almancil in the district of Loulé, the Algarve now boasts the largest outlet mall in the region. In fact, the outlets are the first to be part of a complex with an IKEA, a shopping centre, and an outdoor leisure area. Designer Outlet Algarve features more than 50 fashion and lifestyle brands and is designed to look and feel like a typical Algarvian village. At 16,000 m² of space above ground (13,000 m² of which is strictly commercial), it is the largest development of this kind in southern Portugal. The outlets are mostly single-storey shops in an open mall format and are connected to the shopping centre via the recreational space, where it gains a second floor. Designer Outlet Algarve features a very simple, closed ring layout on a controlled scale, a traditional architectural language, and shops of different sizes, allowing all its guests to have a comfortable, welcoming, uncomplicated visit. This space is part city and has a simple walking path and zigzagging streets. The places that most closely resemble a city are the entrances, which are themed like small squares. This outlet mall seeks to give shoppers a more traditional shopping experience that contrasts with that of the shopping centre it is connected to and, ultimately, does a fantastic job doing so.

Promotor Developer: ROS Management Arquitecto Architect: ATP, DDN Construtor Builder: dst


Centros Comerciais Shopping Centers

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MAR/ABR NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2018 2018

MAR Shopping Algarve O segundo centro comercial da IKEA Centres em Portugal integra 110 lojas, uma área de lazer ao ar livre com 8.000 m2, única no País, e 3.500 lugares de estacionamento. O MAR Shopping Algarve foi inaugurado no dia 26 de Outubro de 2017 para receber os visitantes de todo o Algarve, Alentejo e do Sul de Espanha. Trata-se do primeiro projecto no País a conjugar centro comercial, outlet e zona de lazer ao ar livre e 3.500 lugares de estacionamento. Espaço moderno conjugado com elementos decorativos da região, pretendeu ser um projecto sustentável possuindo, para o efeito, a presença de vegetação natural e áreas com jardins verticais e várias espécies de plantas instaladas no complexo com vista à protecção e melhoramento do meio ambiente local e com reduzida necessidade de irrigação, dependendo apenas da precipitação no local, bem como promovendo o uso eficiente de água e escolhendo materiais com reduzido impacto ambiental. Este centro comercial integra ainda algumas das mais inovadoras soluções digitais do momento, assegurando em simultâneo o uso eficiente de energia e a sustentabilidade do projecto, de que são exemplo a instalação de painéis solares fotovoltaicos, a iluminação LED ou o software de controlo avançados para ar condicionado e iluminação. Na área de lazer ao ar livre o MAR Shopping Algarve convida os visitantes ao descanso e entretenimento para todas as idades. The second shopping centre from IKEA Centres Portugal comprises 110 stores, an outdoor leisure area with 8,000 m² of space (the only one of its kind in the country), and 3,500 parking spaces. MAR Shopping Algarve was inaugurated on 26 October 2017 to welcome visitors from all over the Algarve, Alentejo, and Southern Spain. It is the first project in Portugal to combine a shopping centre, an outlet store, an outdoor recreational area, and 3,500 parking spaces. A modern space that uses decorative elements from the region, MAR Shopping Algarve was intended to be a sustainable project, so natural vegetation and areas with vertical gardens and various species of plants were installed in the complex to protect and improve the local environment. Moreover, the particular plants used at the shopping centre require little irrigation, as they depend mostly on local rainfall. The shopping centre itself also promotes using water wisely and choosing materials that have reduced impacts on the environment. Ensuring the efficient use of energy as well as the project’s sustainability, a few other features at MAR Shopping Algarve include some of the most innovative digital solutions available today, such as photovoltaic solar panels, LED lighting, and advanced software for controlling the centre’s air conditioning and lighting. Finally, in the outdoor leisure area, the MAR Shopping Algarve invites its visitors to rest and promises exciting entertainment for all ages.

Promotor Developer: Ikea Centres Portugal Arquitecto Architect: CPU Architects International / BDP Construtor Builder: San Jose Construtora


16 28 MAR/ABR 2018

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Escritórios Offices

Foto Photo: Dora Miller

Sede Abreu Advogados Headquarters for Abreu Law Firm

O imóvel localiza-se na zona ribeirinha de Lisboa na freguesia de Santa Maria Maior, com uma implantação retangular de cerca de 4.200 m2 e com três frentes para a via pública: uma frente para a Avenida Infante D. Henrique (virada para o rio Tejo); a tardoz para a Rua Jardim do Tabaco; e para a Rua Cais da Lingueta. A proposta tinha como desafio a conversão de um edifício centenário com uma arquitectura de armazém, na sede de um escritório de advogados com cerca de 350 postos de trabalho. O princípio foi manter toda a lógica volumétrica do edificado existente, reabilitando-o, e em ambos os edifícios, Norte e Sul, foram recuperados mantendo a arquitectura original, já os corpos centrais, mais deteriorados e de construção posterior, foram redesenhados e reconstruídos com uma imagem mais contemporânea em contraste com o restante, dando simultaneamente resposta às necessidades do ocupante. No piso térreo localiza-se a zona social do escritório, composta por 14 salas de reunião, uma sala de refeições com cozinha de apoio e um auditório com capacidade de 100 lugares. No piso superior localizamse todos os serviços operacionais do escritório, sendo a ala Sul dirigida aos sócios e associados, e a ala Norte aos restantes advogados e serviços de apoio. No piso térreo situa-se ainda, com abertura a Nascente, todos os serviços de suporte tais como área financeira e recursos humanos. A ala Norte no piso térreo foi destinada ao estacionamento com cerca de 50 lugares. O edifício é ainda dotado de um piso intermédio destinado à zona de foodcourt com especial enfase na criação de relacionamento entre colaboradores. The edifice for Abreu Law Firm’s new headquarters is located on Lisbon’s riverside in the civil parish of Santa Maria Maior and has 4,200 m² of rectangular space and three entryways. The front entrance leads out onto Infante D. Henrique Avenue and overlooks the Tagus River; the back entrance gives access to the building from Rua Jardim do Tabaco; and the third gives access from Rua Cais da Lingueta. The main challenge of this project was converting a century-old building that was originally set up as warehouse into a space fit to house the headquarters of a law firm that would require 350 workstations. The idea was to maintain the existing building’s sense of space while rehabilitating it, and both the North and South wings were restored while maintaining their original architecture. Meanwhile, the more central sections, which had deteriorated more and had been built later on, were redesigned and rebuilt with a more contemporary approach that contrasts with the rest of the structure but also responds to the needs of the occupant. On the ground floor, the building is equipped with a 50-space parking lot in the northern wing and a number of different social areas, which include 14 meeting rooms, a dining room, a kitchen, and a 100-seat auditorium. The ground floor also houses certain support services, such as the respective departments of finance and human resources. The upper floor’s southern wing is home to the firm’s partners and associates, while the office’s remaining lawyers and support services occupy the northern wing. The building also features a food court at the mezzanine level, which places special emphasis on fostering relationships among the firm’s collaborators.

Promotor Developer: Fidelidade Property Arquitecto Architect: Openbook Construtor Builder: dst Group


Escritórios Offices

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Sede do Grupo FMMagalhães A sede do Grupo FMMAGALHÃES está localizada na Avenida São José em Barcelos, uma das principais artérias da cidade, e é fruto de uma reabilitação não estrutural no interior e estrutural ao nível da arquitectura exterior de fachadas. O edifício foi concebido com o intuito de albergar a sede da empresa tendo em conta o seu crescimento em volume e diversificação de negócios, passando além da construção civil e promoção imobiliária, a ter serviços de mediação imobiliária, gestão de imóveis e condomínios, serviços do ramo agrícola e turístico. Com uma área interior de 500m2 e exterior de 330m2, entre os quais conta-se um jardim e estacionamento automóvel, a sede possui actualmente 10 colaboradores mas a sua capacidade deverá chegar aos 25 até 2020. A arquitectura exterior é sem dúvida o ponto mais forte e o vértice mais aguçado deste empreendimento, as suas formas geométricas ordenadamente desordenadas dão uma volumetria especial, o tipo de materiais utilizados e a disposição dos vãos fazem esquecer o tipo de edifício que era anteriormente, uma habitação, para vincar a sua utilização como edifício de escritório/serviços. Nunca sendo um edifício indiferente a quem passa, traduz-se num ponto de interesse fotográfico de muitos curiosos, estudantes, arquitectos e apreciadores de trabalhos desta natureza. The headquarters of the fmMAGALHÃES Group is located in Barcelos on São José Avenue, one of the city’s main arteries, and is the result of a structural rehabilitation of the building’s façades and a nonstructural renovation of its interior. The building was designed with the purpose of housing the company’s headquarters in mind, taking into account how the business has both grown in terms of volume and become more diversified. Today, the business goes beyond just civil construction and real estate development, now also providing real estate brokering services, real estate and condominium management services, and agricultural and tourist industry services.With an interior area of 500 m² and an exterior area of 330 m², including a garden and car park, the headquarters currently has 10 employees but is expected to reach 25 by 2020. The building’s external architecture is undoubtedly the strongest and most interesting part of this edifice. Its neatly disordered geometric shapes give the building a unique appearance, and the type of materials used and the arrangement of the entryway and other gaps in the façade make one forget that it was previously a residential building, unquestionably establishing its use as an office building. Those who pass by the building are never indifferent to it, so it has become a point of photographic interest for countless students, architects, architecture enthusiasts, and other curious people.

Promotor Developer: F.M. Magalhães Arquitecto Architect: Pedro Magalhães Construtor Builder: Construções F.M. Magalhães


18 28 MAR/ABR 2018

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Escritórios Offices

Foto Photo: Dora Miller

Sede Vieira de Almeida & Associados O edifício da nova sede da firma de advogados Vieira de Almeida & Associados localiza-se numa das zonas mais procuradas e em maior desenvolvimento da cidade de Lisboa, o eixo Praça do Comércio/Santos-o-Velho, num quarteirão com entrada pela Rua D. Luis I. Trata-se de um imóvel de características essencialmente industriais, tendo albergado na sua origem uma fundição, que com o decorrer da actividade, foi ampliando a sua área construindo um conjunto de armazéns que actualmente compõem o conjunto edificado. Posteriormente, o conjunto foi ocupado por um concessionário automóvel onde funcionavam as oficinas. A filosofia de intervenção teve por base a manutenção do exterior criando um efeito de surpresa com uma intervenção contemporânea no interior. A criação de corpos que balançam pelo grande átrio de entrada do edifício permite deixar respirar o núcleo central de grande valor histórico que se assume como elemento central da intervenção. O átrio de entrada distribui para três zonas distintas: o núcleo histórico, denominado pelo ocupante como ‘Forum’, um auditório que se localiza com grande presença dentro de referido átrio, e finalmente para as zonas de trabalho. O edifício é dotado de uma grande zona social, onde o bar/cafetaria assume o maior protagonismo, uma vez que se trata de uma área de grande dimensão composta por um conjunto de espaços com utilização polivalente. A utilização de materiais com o aço, o vidro e o betão, em conjunto com os tradicionais madeira e alcatifa, tão comuns nos escritórios, permitiu a criação de uma imagem adequada ao conceito de reabilitação industrial. The new headquarters for the Vieira de Almeida & Associates law firm is located in the Praça do Comércio/Santos-o-Velho area, one of Lisbon’s most sought after and most developed areas, on Rua D. Luís I. The building has characteristics that are quintessentially industrial, as it originally housed a foundry. As time went on, the foundry kept expanding its area and built a set of warehouses that currently make up the edifice as a whole. The property was subsequently occupied by a car dealership which operated repair shops there. The philosophy behind the renovation sought to maintain the building’s exterior, surprising those who enter the building with a more contemporary approach inside. Placing objects that swing through the large atrium at the entrance of the building allows the central nucleus, which is of great historical value and a central element of the renovation, to breathe. The atrium at the entrance directs occupants to three distinct zones: work zones; the historical nucleus, dubbed the “Forum” by the occupant; and an auditorium that is located inside said atrium and has a grand presence. The building also features a large social area whose bar/cafeteria, which is composed of a number of multipurpose spaces, is the major focal point. This project’s combination of modern materials, such as steel, glass, and concrete, with traditional ones, like wood and carpet, created a building that is perfectly embodies the concept of industrial renovation.

Promotor Developer: Fidelidade Property Europe Arquitecto Architect: OpenBook Architecture / PMC arquitectos Construtor Builder: HCI


Habitação Housing

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MAR/ABR NATIONAL REAL ESTATE AWARDS 2018 2018

Casa Cabo de Vila Casa Cabo de Vila é uma habitação projectada com o intuito de ser habitada por um casal jovem, tendo como premissa a ideia de não se assemelhar a uma casa regular. Na primeira visita ao espaço, a aproximação ao terreno deu o mote principal para o projecto, o objectivo era obter uma forma que pudesse preencher o vazio deixado pelo vale e ao mesmo tempo que abraçasse e reflectisse a envolvente verde, dando aos seus utilizadores uma perspectiva única sobre a paisagem. O volume proposto materializa a sua forma através de duas lajes em betão com lados côncavos, deixando que entre elas se desenrole uma leve parede, em vidro e madeira, que num jogo de cheio e vazio, permite que o interior da casa se relaccione com o exterior. No interior, a casa reflecte o estilo de vida dos seus proprietários. O pátio central recebe quem entra em casa e organiza todos os espaços comuns em seu redor, como se de um espaço sem fim se tratasse. Aqui não há barreiras entre os diferentes espaços apenas uma geometria orgânica que estabelece hierarquias entre eles e que permite contacto visual mútuo. Com materiais crus, no interior e no exterior, a Casa Cabo de Vila estabelece uma relação de perfeita harmonia com o seu envolvente natural, pretendendo assim envelhecer juntos ao longo dos anos. The Cabo de Vila House is a dwelling designed for a young couple based on the idea of not resembling a regular house. Upon one’s first visit to the space, it is clear that closeness with the surrounding terrain is the project’s main intent. The goal was to design a shape that could fill the void left by the valley and could embrace and reflect the surrounding green areas at the same time, giving its users a unique perspective of the landscape. The proposed edifice materialises its shape by way of two concrete slabs with concave sides, allowing a wall made of glass and wood to unwind between them, which, in a game between full and empty, lets the interior of the house communicate with the exterior. Inside, the house reflects its owners’ lifestyle. The central patio welcomes anyone who enters the house, and all the common spaces are organized around it, as if it were a space with no end. Here, there are no barriers between the different spaces – only an organic geometry that establishes hierarchies between them and that allows mutual visual contact. Using raw materials inside and out, the Cabo de Vila House establishes a perfect connection with its natural surroundings, ready to grow old with nature.

Promotor Developer: Privado Arquitecto Architect: spaceworkers Construtor Builder: Meireles Teixeira


20 28 MAR/ABR 2018

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Habitação Housing

Liberdade 203 O Liberdade 203 é um dos projectos de reabilitação urbana de maior dimensão em Lisboa, com 12.300m2 acima do solo e 4.600m2 abaixo. Assinado pelo arquitecto Frederico Valsassina e situado na mais nobre Avenida da capital, resulta da reabilitação de um quarteirão, onde quatro edifícios, antes isolados, passaram agora a fundir-se entre si, criando três novas entradas para habitação. Da intervenção resultam nove lojas e 44 apartamentos de tipologias T1 ao T4 duplex, e para o exterior, vistas sobre a Avenida, Marquês, Parque Eduardo VII, rio e castelo. Nesta intervenção conseguiu-se, por um lado, conservar o estilo clássico, datado do século XIX, de que é exemplo o elevador original, a escada antiga, a gaiola pombalina, a par dos tectos decorativos ou dos azulejos Viúva Lamego das cozinhas antigas; por outro, soube-se também incorporar o novo e o estilo contemporâneo com todo o conforto e exigências da vida moderna. O Liberdade 203 obteve uma classificação energética B e cumpriu um planeamento ambicioso de dois anos e meio, o que, tendo em conta os desafios técnicos que a intervenção implicou é também um caso de sucesso. With a total area of 12,300 m² above ground and 4,600 m² below, Liberdade 203 is one of Lisbon’s largest urban rehabilitation projects at present. Located on the Portuguese capital’s most illustrious avenue, the project bears the signature of architect Frederico Valsassina and comprises a renovated block where four, previously isolated buildings have now merged with each other, with three new entrances opened up for the housing units. Nine stores and 44 apartments, ranging from onebedroom units to four-bedroom duplexes, are the fruit of this intervention and feature magnificent views of Lisbon’s Avenida da Liberdade, Marquês de Pombal Square, Eduardo VII Park, São Jorge Castle, and the Tagus River. During the renovation, the team managed to preserve much of the building’s classic 19th-century character, which can be seen in the designs of the building’s wooden anti-earthquake “pigeon coop” supports, original elevator, antique staircase, decorative ceilings, and the Viúva Lamego azulejo tilework found in the apartments’ kitchens. Liberdade 203 received an energy rating of “B” and was completed at an ambitious rate of 2.5 years, which, taking into consideration the technical challenges encountered during the project, is an astounding feat in and of itself.

Promotor Developer: AVENUE Arquitecto Architect: Frederico Valsassina Construtor Builder: HCI


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Mira Rio III Na Avenida Santo André em Barcelinhos, Barcelos, no limiar do centro histórico a cerca de 200 metros da ponte e do castelo medieval da cidade, localiza-se o empreendimento Mira Rio III, um condomínio privado que contempla amplos jardins e piscina exterior que conferem charme e tranquilidade aos seus habitantes. Este empreendimento imobiliário tem três fases e é constituído por cinco edifícios de arquitectura moderna, com amplas áreas verdes e zonas comuns dos edifícios. O complexo habitacional tem uma área de construção de 5000m2 contemplando acima e abaixo do solo, que contém 21 apartamentos entre T3 e T4 com amplas áreas com garagem fechada para cada apartamento e amplas áreas de jardim exteriores contabilizando cerca de 2090m2 de áreas verdes e passeios exteriores. A Arquitectura exterior é caracterizada pela mescla entre o contemporâneo e o passado, utilizando-se materiais que perduram no tempo como o ferro forjado e o granito de uma forma leve e inspiradora tornando-o assim intemporal. A Arquitectura interior caracteriza-me pela Arte in loco, onde quase todo o mobiliário é desenhado e concebido à medida do artista e as paredes são pintadas à mão pelo pintor António Cunha e em que cada momento e cada espaço são pensados ao detalhe. A Arquitectura paisagística demonstra a beleza da natureza do seu estado puro e minimalista. On Santo André Avenue in Barcelinhos, on the threshold of the historic centre, about 200 meters from the bridge and the medieval castle of the city of Barcelos, sits Mira Rio III (“River View III” in English), a private condominium development with large gardens and an outdoor swimming pool that offer charm and tranquillity to its inhabitants. This real estate development was completed in three phases and consists of five buildings with modern architecture, large green spaces, and common areas between the buildings. The housing complex has about 5000 square metres of above- and below-ground construction area distributed among 21 three- to four-room apartments that feature large spaces and a closed garage for each unit. The community also features 2090 square metres of large outdoor garden areas, green spaces, and outdoor walking paths. The buildings’ exterior architecture uses a blend of the contemporary and the past, using materials that last over time – such as wrought iron and granite – in such a light and inspiring way that the homes become timeless. The homes’ interior architecture features the work of Art in Loco, with almost all the furniture designed and produced to the artist’s specifications and the walls painted by hand by painter António Cunha. Each home has had every movement and every space contemplated in detail. The landscaping and the architecture used in the complex’s green spaces showcase the beauty of nature thanks to their pure, minimalist design.

Promotor Developer: F.M. Magalhães Arquitecto Architect: Vítor Mogadouro Construtor Builder: Construções F. M. Magalhães


22 28 MAR/ABR 2018

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Praia D’Ouro Residence Edificado numa das zonas mais nobres do Porto, na Foz do Douro, o condomínio privado Praia D’Ouro Residence oferece o privilégio de viver na segunda linha de mar, a um salto da Praia do Molhe ou da Praia de Gondarém, famosa por ostentar o galardão de Bandeira Azul, e da Praia de Ouro. Com excelente exposição solar, o Praia D’Ouro Residence conjuga a elevada qualidade de um projecto de arquitectura contemporânea assinado, com acabamentos nobres numa zona residencial de excelência. Um condomínio de luxo, construído de raiz, com generosas áreas entre os 130 m2 e os 380m2. O empreendimento possui uma optimização das áreas de circulação comuns, dispondo de duas áreas distintas para a organização dos fogos: a de maior dimensão para as tipologias T4, dispondo de duas frentes urbanas (Rua da Índia e Gondarém), e a de menor dimensão para as tipologias T3 e T2 que dispõem de uma frente urbana para a rua da Índia e para o logradouro. Trata-se da construção de um edifício de habitação colectiva constituído por sete fracções de habitação e respectivas caves para estacionamento e arrecadações, cuja concepção das instalações estiveram subjacentes elevados princípios de qualidade e alto desempenho, nomeadamente desenvolvimento sustentável, exigência de alta qualidade no fornecimento de energia e serviços e elevados níveis de segurança de pessoas e bens. Built in one of Porto’s most exquisite neighbourhoods called Foz do Douro, the private apartments at the Praia D’Ouro Residence (“Golden Beach” in English) offer residents the privilege of living a block away from the sea, a stone’s throw from Praia do Molhe, Praia de Ouro, and Praia de Gondarém, the last of which is famous for its Blue Flag award. The apartments at the Praia D’Ouro Residence are often flooded with sunlight and combine the high quality of a contemporary architectural project with magnificent finishings and materials in an excellent neighbourhood. Built from scratch, these luxury apartments have generous amounts of space, ranging between 130 m² and 380 m². The project has optimised the use of common traffic areas, with two different wings that correspond with the size of the apartment. The larger wing houses the building’s four-room apartments and faces two streets: Rua da Índia and Rua de Gondarém. The smaller wing is home for the building’s three- and two-bedroom apartments and look out onto Rua da Índia and the interior courtyard. The Praia D’Ouro Residence consists of seven apartments and their respective parking spaces and storage rooms. The design of the building relied on the noble ideals of quality and high performance, with a particular focus on sustainable development, high levels of security for the occupants and their belongings, and requiring that high-quality services and energy supplies be provided.

Promotor Developer: ILDS – Gestão e Investimentos Arquitecto Architect: GLCS Arquitectos - Gonçalo Louro e António Guedes Construtor Builder: Construções Gabriel Couto


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Salitre 100 Salitre 100 é um projecto residencial, que se diferenciou pela sua concepção, que teve como objectivo primordial cumprir ao máximo com o que foi pensado e desenhado e prometido aos seus proprietários. Situado na Rua de Salitre, perto da Avenida da Liberdade e de outros tantos lugares emblemáticos da cidade de Lisboa, tudo o que é interessante e conveniente acaba por estar ao virar da esquina. O Salitre 100 possui 24 apartamentos feitos a pensar na qualidade e no conforto. O empreendimento é constituído por oito pisos e por três pisos em cave, onde se situa o parque subterrâneo. A qualidade dos acabamentos de todos os apartamentos reflecte o rigor e a atenção dedicada a cada detalhe. Possuí 10 apartamentos ‘Pieds-à-Terre’, dois deles com jardim privado, com áreas superiores a 100m2 e alguns com espaços exteriores de 25m2. Confortáveis e acolhedores, são apartamentos que se distinguem quase de forma automática da oferta residencial desta zona de Lisboa. Detém também duas penthouses em duplex, com áreas de 320 m2, terraços e varandas que vão dos 40m2 aos 80m2. Com espaços amplos, não só no interior mas também no exterior, as Penthouses oferecem um sossego surpreendente e permitem recarregar as nossas energias enquanto usufruímos de uma vista desafogada por Lisboa.Construídos de raiz, os espaços e áreas dos apartamentos foram cuidadosamente pensados, com o objectivo de gerar um equilíbrio e conforto extraordinários. Located at Rua da Misericórdia 106 and 116 and Rua Nova da Trindade 17 and 17A, in the parish of Santa Maria Maior, in Lisbon, it formally had a commercial and services/offices use, now being destined for housing. Built in 1999, this horizontal property comprised 38 independent fractions: two commercial, three offices and the others for parking. The architectural alterations project undertaken took into account the building’s change of use from commercial and services-offices to housing and commercial. Currently it has six onebed, eight two-bed, three three-bed, a four-bed Duplex, a shop and 47 parking places. The redesign and re-adaptation of the entire building including its exterior image, resulted in a substantial improvement for surrounding area, given the impressive presence that the building has because of its size and exterior architectural features.This is a building which for a long time was in need of a new lease of life to provide a fresh impulse to the surrounding area, now returned to the neighbourhood and city and where social interaction has been restored. Here fresh memories are stirred and created.

Promotor Developer: Lantia Arquitecto Architect: ADOC + Go Bruschy Construtor Builder: Casais


24 28 MAR/ABR 2018

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Sant’Ana à Lapa Localizado entre a Rua de Sant’Ana à Lapa e a Travessa do Combro, em Lisboa, a história do edifício habitacional de Sant’Ana à Lapa é uma história de escolhas e de compromissos tendo em vista o diálogo e o equilíbrio. Partindo de dois volumes radicalmente distintos – um tipicamente pombalino e outro em betão, nada característico da zona em que se insere – e tendo como finalidade a união de ambos num único conjunto, foram concebidas e implementadas soluções que resolveram os problemas de integração que dois edifícios cujas cotas são diferentes e que têm fachadas viradas para ruas distintas apresentam. Optou-se pela recuperação do edifício pombalino, por dialogar naturalmente e de forma orgânica com a rua e com a cidade, e refez-se completamente o outro edifício. No seu lugar surgiu um prédio de características modernas, com sacadas em ferro e janelas recuadas com ombreiras escuras que se repetem na fachada posterior do edifício pombalino, reforçando a ligação umbilical que os dois edifícios mantêm entre si. No interior, os diversos volumes comunicam entre si mediante um átrio comum com passadiços. É este, na verdade, o sistema circulatório que confere unidade a dois volumes com linguagens exteriores diferentes e cotas distintas. Os materiais escolhidos – a madeira, a pedra de lioz, o azulejo – sublinham a identidade portuguesa que se quis preservar e a linguagem dos interiores dá continuidade e reforça essa marca identitária. Os últimos pisos do edifício, virados para Sul, têm uma relação privilegiada com o interlocutor mais importante da cidade de Lisboa: o rio Tejo. Located between Rua de Sant’Ana à Lapa and Travessa do Combro in Lisbon, the history of the Sant’Ana à Lapa residential building is a history of choices and compromises that take both dialogue and balance into consideration. At the start of the project, the buildings had two radically different designs – one that is typical of Lisbon and a second made out of concrete, which is completely uncharacteristic of the area where it was built. The main challenge here was to join the two into a single building, so solutions were devised that sought to work out how to integrate two buildings whose dimensions were different and which faced different streets. Project stakeholders eventually chose to restore the traditional building, since it fit in naturally and organically with the city and the street it was on, while the other building was completely redone. In its place rose a building with more modern features, such as iron balconies and recessed windows with jambs that cast shadows, which were repeated on the posterior façade of the other building, reinforcing the umbilical connection between the two buildings. Inside, the different sections interact with each other by way of a common atrium and walkways. In fact, this system is what lends unity to the two sections, which, on the outside, speak different architectural languages and are of different sizes. The materials chosen – wood, limestone, tiles – emphasise the Portuguese identity that the project sought to preserve, and the language of the interiors gives continuity to and reinforces the project’s sense of identity. The building’s uppermost floors face southward and give occupants a privileged view of Lisbon’s famed Tagus River.

Promotor Developer: Absolutfavorite Arquitecto Architect: Luís Rebelo de Andrade Construtor Builder: Civilcasa


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Townhouses A nova fase do Belas Clube de Campo, o Lisbon Green Valley é composta por apartamentos, townhouses e lotes para construção de moradias, num total de 366 unidades. As Townhouses são, pois, mais um projecto com o cunho do André Jordan Group. Da autoria do arquitecto Eduardo Capinha Lopes e com um design contemporâneo, existem dois modelos de Townhouses disponíveis no Lisbon Green Valley: casas com quatro quartos e escritório e casas com três quartos e escritório. Todas disfrutam de uma sofisticação arquitectónica que se funde nos amplos espaços verdes, com um clima de casa de férias. Com acabamentos de qualidade e áreas exteriores e de lazer ajardinadas com piscina, as townhouses são únicas e originais. Resultado da integração do bom gosto à natureza. Casas ‘ecosmart’ e inteligentes são dotadas de um sistema de domótica evolutivo que permite o controlo das funções principais em dispositivos móveis. São casas altamente eficientes do ponto de vista energético e obtiveram a certificação máxima A++, atribuída pelo Sistema LiderA que considerou este empreendimento como um verdadeiro caso de liderança e inovação ao nível da sustentabilidade do edificado e dos espaços verdes exteriores e que considerou também como as casas mais sustentáveis de Portugal. Lisbon Green Valley, the newest phase of development for the Belas Country Club, is comprised of apartments, townhouses, and plots of land for building houses, totalling 366 in all. And the townhouses are yet another project from the André Jordan Group. Given contemporary designs by architect Eduardo Capinha Lopes, two types of townhouses are available at Lisbon Green Valley: houses with four bedrooms and an office and houses with three bedrooms and an office. Despite these differences, all the townhouses enjoy architectural sophistication that comes together in the project’s ample green spaces and give off an air reminiscent of a holiday home. These unique townhouses feature high quality fixtures, landscaped outdoor leisure areas, and a pool – all of which are the result of integrating good taste with nature. Another notable feature of the ‘intelligent,’ ‘eco-smart’ townhouses would have to be their revolutionary home automation system, whose main functions can be controlled via owners’ mobile devices. The houses are very energy efficient and were given the maximum energy rating of A++ by Sistema LiderA, which considered this venture to be a true case of leadership and innovation in the field of sustainability, both in terms of the buildings themselves and the project’s outdoor green spaces. Sistema LiderA also deemed the homes to be the most sustainable in Portugal.

Promotor Developer: Belas Clube de Campo - Colonade Arquitecto Architect: Capinha Lopes Consulting Construtor Builder: Casais – Engenharia e Construção


26 28 MAR/ABR 2018

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Uno Al Mar Localizado na freguesia do Canidelo, Vila Nova de Gaia, o empreendimento Uno Al Mar implanta-se numa cidade em desenvolvimento e com um olhar no futuro. Privilegiado pela praia do Canidelo, o empreendimento é dotado de uma paisagem natural. O grande desafio colocado foi a forma como se implantariam dois edifícios, um mais pequeno na rua de cima e outro mais alongado na rua perpendicular à Avenida da Beira-Mar, sabendo-se sempre que o protagonismo teria de ser dado à vista para o mar e à perspectiva da praia, a Sul e a Poente. Com um total de 40 fogos (três T5, três T4, 12 T3, 15 T2, três T1 e quatro T0), é distribuído em cinco pisos, sendo o piso -1 destinado a estacionamento e os restantes pisos são para habitação, excluindo o piso 0 da Parcela 1 que é destinado a comércio. A dimensão e a funcionalidade destes espaços foram concebidos tendo em conta os fins que se destinam. Ao nível dos acabamentos houve a preocupação de definir um conceito os materiais estivessem integrados entre si, e apoiados sempre nos imperativos valores da economia e sustentabilidade, respeitando a orgânica modular conferida pela sua estrutura, um aspecto ordenado e de fácil interpretação. “Somos apaixonados por edifícios e por ambientes que trabalho em harmonia com as pessoas e as comunidades; criando espaços significativos que permitem que a vida floresça e cresça. Espaços que são tão emocionalmente imaginativos e tão comercialmente práticos”, e isso, de acordo com o promotor Civilria, está bem patente no Uno Al Mar. Located in the civil parish of Canidelo in Vila Nova de Gaia, the Uno Al Mar development finds itself in the middle of a developing city and offers forwardlooking views. Candielo Beach is the crown jewel among Uno Al Mar’s natural scenery. The project’s biggest challenge has been figuring out how to build two buildings – a smaller one on the upper street and a larger, more elongated one on the street perpendicular to Beira-Mar Avenue – in that space. The architects were always aware that residents would want views to the south and west that would overlook the sea and the beach. The buildings’ 40 dwellings (three five-room apartments, three four-rooms, 12 three-rooms, 15 two-rooms, three one-rooms, and four studios) are distributed over four above-ground floors, and parking garages can be found in each building’s basement. The ground floor of Plot 1, however, has been reserved for businesses. The size and functionality of these spaces were designed with their intended purposes in mind. In terms of finishings, the project’s managers wanted materials that could be integrated with each other and that would support the imperative values of economy and sustainability while also respecting the project’s modular organic structure, which lends it an orderly, easily interpreted appearance. According to Civilria, the firm is “passionate about creating buildings and environments that work in harmony with the people and communities they serve. This is about creating important spaces where life can grow and flourish. These spaces are both emotionally imaginative and commercially practical.” Nowhere does this passion shine through more than with Uno Al Mar.

Promotor Developer: Civilria Arquitecto Architect: Miguel Salvadorinho / Rita Santos / Mariana Santos Construtor Builder: Civilria


Equipamentos Colectivos Community Development Project

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Collegiate Marquês de Pombal O antigo prédio da TAP, mais tarde dos CTT, localizado no Conde Redondo, em Lisboa, encontrava-se há anos devoluto e em avançado estado de abandono pelo que o desafio proposto foi revitalizá-lo e criar um equipamento preparado para receber estudantes universitários e de pósgraduações dadas as caraterísticas da cidade e a qualidade crescente das suas universidades. A reconversão do edifício, que de início parecia impossível, dadas as características intrínsecas do mesmo, foi progressivamente, problema após problema, sendo resolvida, e as dificuldades e quase impossibilidades transformando-se em novas ideias e novas oportunidades de desenho, conduzindo ao desenvolvimento de ambientes variados e cheios de personalidade. O Collegiate Marquês de Pombal conta com 330 estúdios distribuídos pelos 10.794 m2 de área total de construção, implantados nos 1.655 m2 do lote. Além de uma biblioteca, sala de cinema, salas de jogos e de estudo, ginásio, piscina com sauna, e espaços sociais com um deslumbrante jardim suspenso, os estudantes têm ao seu dispôr uma ampla gama de serviços. Duas apelativas intervenções de arte urbana (graffiti), executadas pelos renomeados artistas plásticos Mr. Dheo e Paris, já se transformaram num ponto de referência icónico na Rua do Conde do Redondo. Located on Rua do Conde de Redondo in Lisbon, the former TAP building, which was later owned by the Portuguese postal service, had been abandoned for years and was in an advanced state of neglect, so the challenge of revitalising it and creating a space fit to house university students, who are coming to Lisbon in droves given what the city has to offer and the increasing quality of its universities, seemed rather daunting at first. However, despite seeming impossible at first due to its characteristics, the building’s renovation happened step by step, solving problem after problem. Difficulties and near impossibilities transformed into new design opportunities and new ideas, eventually leading to a diverse array of new environments that are full of personality and had not originally been thought of. The Collegiate Marquês de Pombal residential building has 330 studios on offer, which are spread over 10,794 m² of total construction area on a lot that is 1,655 m² large. In addition to a library, a movie room, a game room, study rooms, a gym, a swimming pool, a sauna, social spaces, and a stunning suspended garden, students have a wide range of services at their disposal. Two tasteful pieces of graffiti, designed by the renowned plastic artists Mr. Dheo and Pariz, have already become an iconic landmark on Rua do Conde de Redondo.

Promotor Developer: Temprano Capital Partners & WP Carey Arquitecto Architect: José Quintela da Fonseca & BDA – Bernardo Durão Arquitectos Construtor Builder: Grupo Ferreira


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Equipamentos Colectivos Community Development Project

Instituto de Inovação e Investigação em Saúde Os dois pisos de laboratórios determinam a forma e a imagem do edifício. Esta decisão de fazer referência à concepção e construção do conceito formal com base na unidade mínima, do laboratório, dando desta forma mais significado à sua função, é a ideia central do projecto. Por conseguinte, esta solução resulta numa forma muito compacta, com apenas três pisos acima da cota do terreno. Interpretou-se o imóvel como uma máquina de investigação e pesquisa. A área pública liga o piso de entrada com os outros dois pisos. Os espaços públicos, distribuídos no piso térreo, têm áreas generosas, permitindo o contacto entre pessoas. Para além disso, o contacto entre as pessoas e a luz é conseguido através da geometria da construção. Nos laboratórios, a luz foi controlada para permitir a criação de um espaço de concentração. Estes espaços de trabalho são introvertidos, proporcionando um ambiente calmo e de atenção - inundados pela luz dos pátios. O betão aparente permite a construção da geometria intrínseca à ideia arquitectónica. Os laboratórios, brancos e luminosos, criam um contraste com as áreas públicas, mais fortes e cinza, o que permite uma variedade de abordagens ao espaço. O objectivo deste projecto é reconectar o movimento orgânico dos utilizadores, com a configuração geométrica dos espaços. O rigoroso processo de desenho estabeleceu uma estreita relação entre a organização do edifício, e as formas que as pessoas descrevem, com a inserção das suas vidas neste espaço. The two floors of laboratories determine the shape and the image of the building. Giving more meaning to the building’s function by means of basing the building’s formal concept, design, and construction on the minimum unit of the laboratory is the central idea of this project. As a result, the building is very compact and has only three storeys above ground. The property has been interpreted as an investigation and research machine. The common area connects the entrance floor with the other two floors. Public areas are distributed throughout the ground floor and have copious amounts of space, allowing for contact between people. In addition, contact between people and interior lighting are achieved through the geometry of the building. In laboratories, the light is controlled to allow for spaces where people concentrate. These work spaces face inward and provide a calm environment that is free from distractions and gets flooded by the light of the patios. The exposed concrete allows for the geometry intrinsic to the building’s architectural idea to be seen. The luminous, white laboratories create a contrast with the stronger, greyer public areas, which allows for a variety of ways of approaching the space to be considered. The goal of this project is to reconnect the organic movement of users with the geometric configuration of the spaces. The rigorous design process established a close relationship between how the building was organised and the ways people would move about in this space.

Promotor Developer: Universidade do Porto Arquitecto Architect: Serôdio Furtado & Associados, Arquitectos Construtor Builder: Mota Engil


Equipamentos Colectivos Community Development Project

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Foto Photo: Fernando Guerra

Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso O Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso situa-se na cidade de Chaves, na margem direita do rio Tâmega, e foi edificado para homenagear e reunir o espólio do pintor, arquitecto e filósofo flaviense Nadir Afonso. Os espaços internos programados desenvolvem-se longitudinalmente em três sectores. O primeiro corresponde ao átrio, recepção, ascensor público, biblioteca, auditório para 100 pessoas, vestiários, sanitários, livraria e cafetaria, no topo Sudoeste do edifício. No segundo sector encontram-se os espaços expositivos, na zona Central, sub-divididos em três alas longitudinais e incluindo sala de exposição permanente e arquivo (do lado Noroeste), salas de exposições temporárias (alas Central e Sudeste). E o terceiro, localizado no topo Nordeste, inclui centro de controlo e segurança, monta-cargas (3,45x2,5m), escada de serviço, recepção e acesso aos arquivos (a Noroeste); sanitários, sala do pessoal e áreas de administração (a Sudeste); atelier de artes plásticas e de Nadir Afonso (dispondo de luz zenital e de vista sobre o rio). Refira-se ainda que, no piso superior, com acesso a partir do centro de controlo segurança, encontra-se um conjunto de espaços técnicos (interior e terraço exterior) dos quais se facilita o acesso aos lanternins e a um segundo espaço técnico que se situa sobre o auditório. O museu foi idealizado pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira. The Nadir Afonso Museum of Contemporary Art is located in the town of Chaves on the right bank of the Tâmega River and was built to honour painter, architect, and philosopher Nadir Afonso and gather the assets that belonged to him under one roof. The internal spaces extend longitudinally in three sections. The first section includes the lobby, reception, public elevator, library, 100-seat auditorium, changing rooms, bathrooms, bookstore, and cafeteria at the top of the south-western part of the building. In the second section are the exhibit spaces, which are sub-divided into three longitudinal wings: the temporary exhibit areas (in the central and south-eastern wings) and the permanent exhibit hall and archive (on the northwest side). Finally, the third section, located at the top of the northeastern part of the building, houses the museum’s control and safety centre, a freight elevator (3.45 m x 2.5 m), a service staircase, reception, and access to the archives (in the northwest); toilets, a staff room, and administrative areas (in the southeast); and the Nadir Afonso and plastic arts atelier, which features skylights and a view of the river. It should also be noted that, on the upper floor, the skylights can be accessed via a set of technical spaces (both indoors and with outdoor terraces), which themselves are accessed via the security control centre. A second technical space is located over the auditorium. The museum was designed by architect Alvaro Siza Vieira.

Promotor Developer: Câmara Municipal de Chaves Arquitecto Architect: Álvaro Siza Vieira Construtor Builder: Edinorte / Europa Ar-Lindo


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Equipamentos Colectivos Community Development Project

Foto Photo: Rita Burmester

Terminal de Cruzeiros de Lisboa A criação do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa, resultado de um concurso público internacional, ofereceu uma oportunidade rara de repensar e questionar a relação vivencial e urbana entre a cidade e o rio Tejo, alvo de inúmeras propostas ao longo dos séculos, uma consequência da importância desta relação na caracterização e desenvolvimento de uma cidade que assume a sua vocação portuária natural. A proposta de um edifício volumetricamente compacto permitiu libertar o espaço envolvente, reclamando-o para o uso público, oferecendo à cidade e aos bairros adjacentes um espaço verde de referência, com capacidade de comportar diferentes actividades. O edifício surge como uma resposta programática eficaz aos navios, enquanto o parque responde à cidade, fazendo a mediação entre o centro histórico e o rio, funcionando simultaneamente como porta da cidade. A solução encontrada permite versatilidade, tanto no espaço interior como no exterior, para acolher eventos como exposições, ciclos de moda e cinema, concertos, feiras e mercados, como alternativa à sazonalidade da ocupação do terminal. O edifício assume perante o parque e a cidade um carácter de pavilhão, uma espécie de jangada de transbordo, aparentando ser um volume flutuante, quebrado, que gera zonas de tensão e inflexões que sugerem os pontos de entrada e saída do edifício. Um percurso/promenade envolve o edifício, permitindo a descoberta lenta da envolvente, enquanto se percorrem os vários alçados. Culmina na sua cobertura, que ganha características de palco, relacionando-se com o rio sem qualquer tipo de obstáculos, como uma praça elevada. The creation of Lisbon’s new Cruise Ship Terminal is the result of an international public tender and offered a rare opportunity to rethink and question the living urban relationship between the city and the Tagus River, which has been the target of numerous proposals over the centuries. The fact that there have been countless ideas regarding how to use the Tagus and its banks goes to show just how important the relationship between the city and the river is when developing a city that is attempting to assume its natural vocation as a port. Constructing a compact building meant that the surrounding space would be freed up and could be reclaimed for public use, offering the city and the adjacent neighbourhoods a much-needed green space that can host a wide array of activities. The building emerges as an effective response to cruise ships’ needs, while the park responds to those of the city and creates a link between the historic centre and the river, simultaneously functioning as a gate into and out of the city. The solution used when designing and building this project allows for versatility both indoors and outdoors in that it allows the space to host events such as exhibitions, fashion shows, movie screenings, concerts, fairs, and markets as a way to keep the terminal occupied during the low season when not as many cruise ships make their way to the city. From the outside, the building takes on the form of a pavilion, a kind of broken life raft that seems to float, undulating and creating lines and focal points that suggest the location of the building’s entrance and exit. A path/promenade envelops the building, allowing guests to discover the space slowly while traversing various elevations. The culmination of the building is its roof, which looks like a stage and connects itself with the river without any kind of obstacles such as a raised plaza.

Promotor Developer: Lisbon Cruise Terminals Arquitecto Architect: João Luís Carrilho da Graça Construtor Builder: Alves Ribeiro


Turismo Tourism

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1908 Lisboa Hotel O edifício, de quatro pisos, situado no gaveto formado pela Avenida Almirante Reis e o Largo do Intendente Pina Manique data de 1908. Funcionalmente tratavase de um edifício de habitação e comércio com dois fogos de habitação em cada um dos três andares superiores e comércio no R/C e mezaninos, compostos inicialmente por três grandes lojas, posteriormente muito sub-divididas. Quando da aquisição do imóvel o promotor estabeleceu o programa funcional para o edifício baseado na instalação de um equipamento hoteleiro de três estrelas e respectivos equipamentos de apoio incluindo a reabilitação integral do edifício, com cerca de 88 m2 em cave 375 m2 no R/C piso 1, 2 e 3, 290 m2 no mezanino e 250 m2 nas águas furtadas, num total aproximado de 2.040 m2. Assim, o R/C e o piso intermédio – mezaninos, afectos a comércio indiscriminado foram reconvertidos à recepção do Hotel, um espaço de restauração, no gaveto, um bar e cafetaria com explanada do lado do largo do Intendente, e no espaço restante voltado à Av. Almirante Reis serviços de apoio do restaurante e do hotel. Os três pisos superiores e águas furtadas, destinam-se integralmente aos 36 quartos e respectivas instalações sanitárias, sendo 11 quartos nos pisos 1, 2 e 3, e três quartos e uma sala nas águas furtadas. O edifício foi meticulosamente reabilitado e nenhum pormenor foi deixado ao acaso, exemplo disso são os seis painéis decorativos de azulejos pintados à mão com motivos da natureza, florais e aves que foram totalmente recuperados. Wedged between Almirante Reis Avenue and Intendente Pina Manique Square, this four-story edifice dates from 1908. Functionally, the building used to be an apartment building, with shops on the ground floor and two fireplaces in each of the three upper floors. Initially, the ground floor and mezzanines were home to three large stores, but these were later subdivided. Functionally, it used to be an apartment building with shops on the ground floor and two fireplaces in each of the three upper floors. Initially, the ground floor was home to three large stores but was later subdivided. When the property was acquired, the developer drew up a plan that focused on completely renovating the building and transforming it into a three-star hotel with all the necessary support equipment. Each part of the building has a different area: around 88 m² in the basement; 375 m² on the ground, first, second, and third floors; 290 m² on the mezzanine; and 250 m² in the top floor, for a total of approximately 2,040 m². The ground floor and mezzanines, which had originally been occupied by a mishmash of businesses, were converted into the hotel’s reception area, a restaurant, and, in the rounded corner on the southern end of the building, a bar and café with a terrace on Intendente Square. Other services that support the operations of the restaurant and the hotel were placed in the remaining space facing Almirante Reis Avenue, The four uppermost floors are used exclusively for the hotel’s 36 rooms and respective private bathrooms. Floors 1, 2, and 3 have 11 rooms each, while the top floor is comprised of three rooms and a living room. The building was meticulously renovated, and no details have been left to chance, examples of which are the six fully-restored decorative panels of tiles that feature nature, flower, and bird motifs.

Promotor Developer: Villa de Santa Ana, Hotelaria e Turismo Arquitecto Architect: Pardal Monteiro Arquitectos Construtor Builder: Urbiplanta


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Corpo Santo Lisbon Historical Hotel O Corpo Santo Lisbon Historical Hotel nasceu em pleno coração de Lisboa, na Zona Histórica, localizado no quarteirão envolvido pelo Largo do Corpo Santo, defronte à Igreja do mesmo nome, com a Rua do Arsenal e Travessa do Cotovelo já a tardoz, considerando o Rio Tejo a frente emblemática da cidade. O novo hotel de cinco estrelas, com 77 quartos, integra uma nova designação de ‘Hotel Histórico’, pelo seu carácter de reabilitação e requalificação de todo a riqueza de um património histórico e cultural que não só foi descoberto, confirmado e salvaguardado durante todo o processo desde o sonho e desejo, passando pelos estudos e escavações arqueológicas, até ao projecto e à obra. Criado no interior de três edifícios Pombalinos, datados dos finais do século XVIII, a sua reabilitação procurou a manutenção e conservação integral das fachadas pombalinas e de todos os elementos arquitectónicos possíveis de serem reutilizados após restauro. Tendo em conta todo o passado histórico do local onde estes edifícios foram erigidos, em zona de aterro e sobre a Muralha Fernandina, era objectivo principal a valorização do Monumento Nacional que se encontra no sub-solo assim como o eventual Torreão aí localizado pelos documentos históricos da cidade de Lisboa. Partindo de uma ideia e vontade muito forte em concretizar uma unidade hoteleira única e exclusiva em Lisboa, o carácter histórico prevaleceu e condicionou todas as orientações dos estudos e projectos, no sentido da valorização do património aqui existente e por desvendar… Para culminar num novo Hotel com charme mas de carácter histórico. The Corpo Santo Lisbon Historical Hotel was born in the heart of Lisbon’s Historical Zone and is bounded by Corpo Santo Square to the west (just opposite the church of the same name), Rua do Arsenal to the south, and Travessa do Cotovelo in the back. Its magnificent location allows it to have a commanding view of the Tagus River up-close. This new five-star hotel is equipped with 77 rooms and holds the distinction of being called a “Historic Hotel,” a designation given in light of its character as a completely restored building whose wealth of historical and cultural heritage was discovered and safeguarded throughout the whole restoration process – from the conceptual phase to studies and archaeological excavations all the way through to the project’s execution and construction work. The restoration involved three typical Lisbon-style buildings that date from the late 18th century and sought to completely maintain and conserve the buildings’ Pombaline façades, as well as every architectural element that could be reused after the restoration. The project also took into account the historic past of the place where these buildings were erected – on an embankment and atop the Fernandina Wall. The main objective was to make sure there was an appreciation for the National Monument, which can be found underground, as well as the Torreão (“Large Tower”) that historical documents belonging to the city of Lisbon say could possibly be there. Based on an idea and very strong desire to bring a unique and exclusive hotel to Lisbon, the building’s historical character prevailed and conditioned every study conducted and every direction the project went in. As a result, even more of the city’s history was able to be uncovered and appreciated, culminating in a new hotel with an abundance of charm and historical character.

Promotor Developer: Greatcreation Arquitecto Architect: NLA Nuno Leónidas Arquitectos - Vasco Leónidas Construtor Builder: Tecniarte


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Hotel Casa Palmela Localizado na Quinta do Esteval, em pleno Parque Natural da Arrábida, o Hotel Casa Palmela é um empreendimento de turismo de natureza que se distingue pela excelência com que a sua longa história co-habita com um magnífico enquadramento natural. Propriedade da Ordem de Jesus no Século XVII, mais tarde confiscada pelo Estado Português e posteriormente pertencente às sucessivas gerações da Casa de Palmela, a Quinta do Esteval ocupa uma área de 72 hectares e apresenta-se privilegiadamente enquadrada entre serra e mar. Grande destaque da propriedade é o seu edifício principal (hoje o Hotel Casa Palmela) que se assume como um belíssimo exemplar da arquitectura setecentista. Aqui, de forma erudita, cruzam-se diversas linguagens arquitectónicas e decorativas em voga durante o século XVIII e que foram escrupulosamente respeitadas ao longo do processo de reabilitação que deu origem ao Hotel Casa Palmela. Hoje, esta unidade de cinco estrelas composta de 21 quartos e igualmente focada nas actividades da vinicultura, pastorícia e silvicultura, faz a Quinta do Esteval renovar-se numa autêntica ode ao esplendor da tradição aristocrática portuguesa. Situated in Quinta do Esteval in the heart of Arrábida Natural Park, Hotel Casa Palmela is a nature tourism venture that is in a class of its own thanks to its long history that has evolved in a magnificent natural setting. Nestled between the mountains and the Atlantic, Quinta do Esteval occupies an area 72-hectares large and was built by Jesuits in the 17th century. It was later confiscated by the Portuguese State and, after that, was passed down from generation to generation in the House of Palmela. An important highlight of this property is its main building, which is a breath-taking example of 17th century architecture. Today, this building is the home of Hotel Casa Palmela. Various architectural and decorative approaches that were in vogue during the 17th century converge here and were scrupulously preserved throughout the renovation process that gave way to the hotel that can be found at Quinta do Esteval today. Hotel Casa Palmela is comprised of 21 rooms and provides activities based focused on viniculture, pastoralism, and forestry. The five star Hotel Casa Palmela has ushered in a renovation of Quinta do Esteval that pays homage to the splendour of Portugal’s aristocratic tradition.

Promotor Developer: Hotel Casa Palmela Arquitecto Architect: João Miguel Duarte Ferreira Construtor Builder: Paviana


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Turismo Tourism

WC Beautique Hotel A unidade hoteleira com assinatura do grupo Beautique Hotels é inspirada numa temática irreverente - o WC -, sendo todo o espaço desenvolvido com elementos que passam a ideia do movimento e fluidez da água, presente nos detalhes e pormenores decorativos. Situado na Avenida Almirante Reis com esquina para a rua Regueirão dos Anjos, Lisboa, foi projectado numa espécie de faixa edificada, algo estreita e embutida num bloco urbano tradicional de Lisboa, com um conjunto de 41 quartos, um terraço com vista no quinto andar e ainda um bar no rés-do-chão com 21 lugares e um restaurante (este situado numa cota inferior à avenida). O hotel distribui-se por nove pisos, é constituído por duas caves e um piso térreo destinados a zonas sociais, sete pisos elevados destinados aos quartos de hóspedes. Da cobertura é possível o mergulho na paisagem urbana lisboeta – os telhados e as frontarias, os eléctricos amarelos e, ao fundo, o castelo. No total, entre esplanada, bar e restaurante, o hotel tem capacidade para servir refeições a um total de entre 50 a 60 pessoas. Na decoração privilegiaram-se os elementos da água, bem como a cor azul-turquesa - é o tom que marca toda a decoração do hotel. Os quartos, restaurante e restantes zonas comuns, inteiramente forrados a espelho, azulejo e imagens alusivas à água, dão força ao conceito criativo, convidando ao relaxamento. One of Beautique Hotels’ newest signature hotels takes its inspiration from an irreverent source: the WC. Based on every house’s wettest room, the entire hotel has been developed with elements that convey images of moving water and fluidity, present in decorative details and accents. Located where Lisbon’s Almirante Reis Avenue meets Rua Regueirão dos Anjos forming a Y-shaped configuration, the hotel was designed to occupy a narrow strip of land in a traditional urban block of Lisbon and has 41 rooms available for guests, as well as a terrace with a view on the fifth floor and a 21seat bar on the ground floor. The hotel also features restaurant on a below-ground level. The hotel is spread over nine storeys and has two basements. Social areas take up most of the space on the ground floor, and the hotel’s guest rooms can be found on the seven upper floors. From the rooftop, guests can take in Lisbon’s urban cityscape: from the roofs and façades of regular buildings to Lisbon’s classic yellow trams and the castle in the background. Between the terrace, the bar, and the restaurant, the hotel can serve meals to a total of 50 to 60 people at one time. Water-themed elements adorn all of the hotel’s decorations, and turquoise is a constant colour throughout the hotel’s theming. The restaurant, guest rooms, and other common areas are fully bedecked with mirrors, tiles, and aquatic images that reinforce the creative concept and invite guests to relax.

Promotor Developer: Amarili Rajabali & Filhos Arquitecto Architect: Nuno Leónidas Arquitectos e Decoração Nini Andrade e Silva Construtor Builder: Cari Construções



Metro Quadrado 36 28 MAR/ABR 2018

Savills Aguirre Newman

A operação do ano Sale of the year


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Uma das notícias que marcou 2017 ao nível do imobiliário foi o anúncio de que a Savills tinha adquirido a Aguirre Newman pelo valor de 67 milhões de euros. Patrícia Liz, Chief Executive Officer Savills Aguirre Newman, fala sobre esta operação que, mais do que abrir novas oportunidades de negócio a nível internacional, soube valorizar e preservar as equipas de trabalho de ambas as empresas imobiliárias. One of the most important pieces of real estate news from 2017 was the announcement that Savills had acquired Aguirre Newman for €67 million EUR. Patrícia Liz, Chief Executive Officer of Savills Aguirre Newman, talked with Magazine Imobiliário about this transaction, which not only opened up new business opportunities abroad but also recognised the value of the teams from both real estate companies and figured out how to keep them both.

Entrevista Interview: Carla Celestino

Por que razão a Aguirre Newman decidiu vender a empresa e não optou pela expansão internacional? A motivação para que esta venda tenha acontecido tem sobretudo a ver com o facto do mercado imobiliário estar a atravessar um momento muito bom em conjunção com o facto da Aguirre Newman, pelo seu posicionamento de liderança no mercado ibérico e qualidade de serviços prestados, ter sido alvo do interesse de vários investidores ao longo dos últimos anos. O Grupo Aguirre Newman procurou promover a expansão internacional, tendo feito algumas incursões nesse sentido, com escritórios no México, na Colômbia e chegámos a estar no Brasil. Mas, 29 anos decorridos da sua fundação e após mais de 15 anos na liderança Ibérica, sentimos que poderíamos estar um pouco limitados no nosso crescimento a nível internacional e que necessitaríamos de uma estratégia que promovesse essa expansão de forma mais rápida e consistente. Esse processo passaria necessariamente pela venda. Apesar de a Aguirre Newman ter estado durante muitos anos na liderança Ibérica, a realidade é que existiu sempre a sensação de ficarmos um pouco bloqueados ou ter de desbravar mais terreno, para chegar a projectos e investidores internacionais, quando tentavamos ir para lá destas ‘fronteiras’. Quando se trata de vendas e aquisições existe sempre um clima de insegurança, sobretudo por parte dos colaboradores que não sabem ao certo se vão manter os seus postos de tra-

balho. Como decorreu este processo de venda? O processo começou no início de 2017 e de uma forma ponderada foi tomada a decisão de colocar o grupo AN à venda. Tudo decorreu de uma forma extremamente cuidadosa uma vez que quando foi decidida esta venda, reuniram-se não só as intenções dos sócios maioritários, Santiago Aguirre e Stephen Newman, mas também os consensos entre os restantes sócios. Um dos pontos mais relevantes da tomada de decisão sobre a quem iríamos vender teve a ver com a salvaguarda dos postos de trabalho. O grande objectivo era fazer a empresa abrir os seus horizontes e passar a fazer parte de um grande grupo internacional, que não passasse por qualquer tipo de downsizing. Poder manter a equipa foi de resto um factor de grande peso na decisão final. Em Portugal foi fácil, todos os postos de trabalho estavam assegurados uma vez que não existia a Savills no nosso País. Em Espanha a salvaguarda dos 70 postos de trabalho da Savills e dos 400 da Aguirre Newman teve justificação no facto da Savills querer crescer na Europa. Basta referir que dos mais de 34.000 colaboradores que a Savills possui a nível mundial, apenas 1.800 estão fixados na Europa. O objectivo é acrescentar não só valor de negócio, uma vez que agora passamos a operar numa esfera internacional, mas também humano, em que as equipas são salvaguardadas e valorizadas. Qual a estratégia da Savills Aguirre Newman para Portugal? A estratégia é crescer organicamente nos departa-


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Sente que já existe alguma influência nos vossos negócios pelo facto de agora serem Savills? Sim, claro, neste momento já estamos a sentir negócios derivados da rede internacional da Savills inclusivamente com grupos portugueses que reconhecem o prestígio e abrangência da nossa nova marca. Já estão a acontecer também mais contactos com investidores estrangeiros pelo facto de estarmos no mercado como Savills.

mentos que já existiam e intensificar a actividade em alguns departamentos com forte potencial de crescimento ou que estavam com uma actividade reduzida, como sejam: investimento em Hospitality, no qual temos tido algumas incursões no mercado mas para o que queremos incrementar mais fortemente as nossas valências; Consultoria e Avaliações que já existem há vários anos mas nas quais queremos incutir um maior impulso; Arquitectura que tem vindo a crescer, deverá continuar nesse caminho; Property e Facility management são áreas em que a empresa já se encontra bastante dinâmica mas que pode fortemente incrementada. Destaco o Mercado Residencial que é uma área que não tínhamos na AN Portugal e na qual a Savills sempre foi fortíssima. Por falar em mercado residencial, pode explicar-nos a recente notícia avançada pela Lince, pertencente ao grupo Temple, de que vai representar a Savills no mercado residencial de Lisboa? A Savills opera directamente nos mercados com escritórios próprios, mas também tem realizado acordos de associação com empresas que partilham dos nossos valores nas geografias e/ou áreas de negócio em que não temos representação, de forma a ultrapassar essa falta. Em Portugal, na área residencial a Savills já tinha uma empresa associada, no Algarve, com vários anos e muito sucesso: a Quinta Properties. É neste enquadramento que surge a associação com a Lin-

ce para operar no mercado residencial na região da grande Lisboa. Apesar de toda a operação de venda, que se consumou no final de 2017, a Aguirre Newman continuou até ao final do ano transacto a operar ‘solo’ no mercado. Qual o balanço que faz da actividade da empresa? O balanço de 2017 é extremamente positivo, tendo-se classificado como o segundo melhor ano da nossa empresa em Portugal. Estivemos envolvidos nas maiores transacções de escritórios, tanto através do nosso escritório de Lisboa como do Porto, tendo sido responsáveis pela concretização de negócios a nível de comércio de rua envolvendo uma área superior a 4.000 m2 e mais de 20.000 m2 de superfícies logísticas. Nas áreas de investimento, destaca-se na área de Capital Markets o envolvimento nos maiores portfólios de escritórios, mais de 100.000 m2 (Gago Coutinho e Unique). Por sua vez a área de Development foi responsável pela venda de mais de 40.000 m2 de activos para promoção. Os projectos de arquitectura somaram áreas superiores a 30.000 m2. Destacando-se os projectos da Manpower acima dos 8000 m2 em modelo chave-na-mão e da Tranquilidade 11.000m2 projecto de interiores e project management. Para além destes já de si muito expressivos números, outros projectos e negócios foram contratados, cuja visibilidade só acontecerá ao longo do ano em curso.

Quais as principais tendências que encontra neste mercado? Mantem-se a apetência por promover projectos de reabilitação, nomeadamente no mercado residencial, bem como na hotelaria/ equipamentos em tudo o que seja hospitality, residências para estudantes e seniores. Aqui saliento a vivacidade e todo o potencial do mercado de residências para estudantes uma vez que Portugal é o terceiro país europeu que recebe mais estudantes Erasmus (2015/2016: 12.969 estudantes estrangeiros, crescimento de 13% face ao ano anterior) pelo que é um mercado que vai continuar a crescer. Em 2017 já tivemos terrenos a serem vendidos com vista à promoção de projectos de residências para estudantes em Lisboa e no Porto. Destaco também os escritórios que, embora saibamos que existe escassez de produto de qualidade neste segmento, a realidade é que está a aumentar a procura por novos espaços para call-centers e shared services, sobretudo por espaços mais industriais, e, acima de tudo, por espaços de coworking que no nosso País está para ‘explodir’, existem mesmo cadeias internacionais a operar nesta área que procuram este tipo de espaços no nosso País. Os nossos business plans estão, pois, a ser revistos para podermos dar o salto no mercado imobiliário nacional e internacional. 2018 vai ser um bom ano quer para a Savills Aguirre Newman, quer para o mercado nacional? Estamos com muitos negócios em curso que resvalaram de 2017 para este ano quer em Portugal, quer em Espanha. É portanto nossa expectativa que 2018 vá ser melhor que o ano passado a todos os níveis. Quanto ao mercado, ainda que pareça difícil superar os excelentes números dos anos anteriores, estamos em crer que vai ser um ano recorde no que toca a investimento imobiliário. Lisboa continuará com uma boa dinâmica e o Porto poderá superar os actuais valores de procura/oferta, até porque em ambos os casos existe colaboração dos municípios o que facilita em muito a concretização de projectos que mantenham este registo. Ainda assim, existem algumas incógnitas que poderão condicionar boas performances anteriores em áreas específicas,


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como é o caso da escassez de oferta ao nível dos escritórios (note-se que acabámos o ano com uma vacancy rate de 8,58%) e uma vez que este ano ainda não vamos assistir a um grande incremento na oferta de novos espaços. A pipeline de escritórios para 2018 são cerca de 27.000 m² (Fontes Pereira de Melo 41, Marquês de Pombal 14, Camilo Castelo Branco 36-44) na sua maioria já totalmente ocupados. Com estes dados penso ser inevitável que dentro dos próximos anos venham a surgir projectos e operações muito interessantes. O imobiliário em Portugal está saudável e ainda tem muito para dar. Assim saibamos continuar a aproveitar o momento com equilíbrio e com estratégias alicerçadas no trabalho conjunto dos vários intervenientes deste mercado. Why did Aguirre Newman decide to sell the company and not opt to expand internationally? The motivation behind this sale going through had mainly to do with the fact that the real estate market is experience a lot of good activity at the moment. The fact that Aguirre Newman, due to its leading position in the Iberian market and the quality of the services renders, has been the object of interest of several investors over the last few years was also an influencing factor. The Aguirre Newman Group did seek to expand internationally and had made some inroads to this end, with offices in Mexico, Colombia, and Brazil. 29 years after its founding and after more than 15 years at the top of the Iberian market, though, we felt we could be somewhat limited in our growth at the international level. We needed a strategy that was going to promote this expansion more quickly and consistently. Naturally, this led us to sell the company. Although Aguirre Newman had been at the top of the Iberian market for many years, the reality is that there was always this feeling of being somewhat restricted or having to clear more ground to attract international projects and investors when we tried to go beyond these ‘borders’. When it comes to sales and acquisitions, there is always a climate of insecurity, especially on behalf employees who are unsure whether they will keep their jobs or not. How did the sale process work? The process began in early 2017, and the decision to put the AN group up for sale was made very meticulously. Everything happened in an painstakingly careful manner, since not only the intentions of the majority shareholders – Santiago, Aguirre, and Stephen Newman – but also consensuses between the remaining partners had to be considered when it came time to decide to sell the company. One of

the most important points in the process of deciding whom we were going to sell the company to dealt with safeguarding jobs. The main goal was to open the company’s horizons and become part of a large international group that was not undergoing any kind of downsizing. Being able to keep the team was a huge factor in the final decision. In Portugal, it was easy. All the jobs were safe, since Savills had not originally been present here. In Spain, safeguarding the 70 jobs at Savills and Aguirre Newman’s 400 was justified, since Savills wanted to grow in Europe. Suffice it to say that, of the more than 34,000 people Savills employs worldwide, only 1,800 are in Europe. The goal was to add not only business value, since we now operate at an international level, but also human value, creating a company where our employees are protected and valued. What strategy does Savills Aguirre Newman have for Portugal? The strategy is to grow organically in areas where we already operate and to intensify our activity in some areas with strong potential growth or which had little activity. These include investments in Hospitality, where we have made some inroads

but want to increase our presence; Consulting and Evaluations, areas we want to foster greater momentum in, although we have worked in them for several years; Architecture, which has been growing and should continue on the same path; and Property and Facility managemen, areas where the company is already very dynamic but could see even more activity. I’d also like to highlight the Residential Market, which is an area that we did not have at AN Portugal but which Savills has always been very strong in. Since you mentioned the residential market, can you provide some details regarding the announcement recently made by Lince, a member of the Temple Group, saying that it will represent Savills in the residential market in Lisbon? Savills operates in markets directly with its own offices but has also entered into association agreements with companies that share our values in geographical and/or business areas where we have no representation in order to overcome this shortcoming. In Portugal, Savills had already had a rather successful association agreement for several years


dential market, as well as in the hotel/equipment department and everything that has to do with hospitality and residences for students and seniors. I’d like to emphasise here the liveliness and the full potential of the student housing market, since Portugal receives the third-largest number of Erasmus students. During the 2015-2016 academic year, it received 12,969 foreign students, up 13% over the previous year, so this market will continue to grow. In 2017, we have already sold land destined to be developed as areas for student housing projects in Lisbon and Porto. I would also like to highlight the office space segment. Although we know there is a shortage of quality products in this segment, the reality is that demand for new spaces for call centers and shared services is increasing, especially for industrial and, above all, co-working spaces. Co-working is about to explode in this country. There are even international chains operating in this area that are looking for this type of space in Portugal. Our business plans are therefore being reviewed so that we can make the leap in the national and international real estate market.

with an Algarvian company operating in the residential sector: Quinta Properties. It is in this context that Lince has emerged as Savills’ partner in the residential market of Greater Lisbon. Despite the entire sale, which was consummated at the end of 2017, Aguirre Newman continued operating ‘solo’ in the market until the end of last year. What was the balance sheet like for 2017? The balance sheet for 2017 was extremely positive. In fact, it was our company’s second-best year in Portugal. Our offices in both Lisbon and Porto were involved in the year’s biggest office transactions, and we were also responsible for conducting business in street commerce, involving an area of more than 4,000 m² and more than 20,000 m² of logistic surfaces. In the investment sector, Capital Markets is noteworthy for its involvement in the largest office portfolio, dealing with more than 100,000 m² of space (Gago Coutinho and Unique). In turn, Development was responsible for selling more than 40,000 m² of assets which are to be developed.

Architectural projects totalled more than 30,000 m². Of particular note are the Manpower and Tranquilidade projects. The first of these was a turn-key project with 8,000 m² of space, while the latter entailed project management and 11.000 m² of interior design. In addition to these already very expressive undertakings, we entered into contracts for other projects and with other businesses, the details of which will only available later this year. Now that you are part of Savills, do you feel that your business is being influenced in any way? Yes, of course. At this moment, we are already seeing business derived from Savills’ international network and have even received business from some Portuguese groups that recognise the prestige and scope of our new brand. We are already in touch with more and more foreign investors because of the Savills name. What are the main trends you see in this market? The market maintains its desire to promote rehabilitation and renovations projects, namely in the resi-

Will 2018 be a good year for Savills Aguirre Newman and/or the Portuguese market? We have a lot of ongoing business that has carried over from 2017 into this year in both Portugal and Spain. Therefore, it is our expectation that 2018 will be better than last year in every way possible. With respect to the market, although it seems difficult to surpass the fantastic numbers we’ve seen in previous years, we believe that it will be a record year for real estate investment. Lisbon will continue to have good momentum, and Porto could surpass current supply/demand values. Both municipal municipalities are collaborating positively, which makes implementing projects that contribute to this record much easier. Still, there are some unknowns that may hinder previous good performance in specific areas, such as the shortage of quality products on offer in the office segment (note that we ended the year with a vacancy rate of 8.58%) and the fact we will not see a large increase in the amount of new spaces on offer in that particular segment this year. Office building projects in the pipeline for 2018 total about 27,000 m² (Fontes Pereira de Melo 41, Marquês de Pombal 14, Camilo Castelo Branco 36-44), most of which are already fully occupied. Given these data, I think it is inevitable that some very interesting projects and transactions will emerge within the next few years. Real estate in Portugal is healthy and still has a lot to give. So, let’s continue to enjoy the moment prudently and with strategies based on the joint work of various players in this market.


40 years in the Real Estate Industry; Procurement, Brokerage, Real Estate Operations Consultancy; Full expertise business-building network: Engineering, Architecture, Legal and Financial; Dynamic and results-oriented business team; International exclusive partnerships: Brazil, Russia, Turkey, France,UK, China, USA, Israel, Hong kong.

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Opinião Nuno Sá Carvalho Sara Quaresma

A vaga dos centros comerciais Shopping centres show potential

Nuno Sá Carvalho Sócio responsável pelo departamento de Imobiliário e Construção da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira Partner in charge of the Real Estate and Construction department of Cuatrecasas, Gonçalves Pereira Sara Quaresma Advogada Lawyer Cuatrecasas, Gonçalves Pereira

É sobejamente conhecido o grande momento que o mercado imobiliário português atravessa em todos os seus sectores, fruto do investimento estrangeiro, do crescimento do turismo e da recuperação económica a que se assiste no nosso País. Em virtude do número e dimensão das operações que ocorreram recentemente merece particular destaque o sector dos centros comerciais. As razões para o boom de operações deste tipo de activos são várias. Desde logo as de natureza externa, como é o caso da enorme liquidez existente entre os investidores internacionais e a escassez de produtos atractivos noutros mercados mais maduros. A par destas razões exógenas somam-se outras cujo mérito é directamente imputável aos agentes que operam no sector dos centros comercias. De facto, os investidores encontram aqui uma referência de qualidade a nível internacional, com yields atraentes, e que já deram provas de uma grande resiliência e capacidade de adaptação durante os períodos de crise económica. A esta realidade acresce ainda o optimismo de uma perspectiva de crescimento das rendas e rentabilidades dos activos, em resultado do aumento do poder de compra nacional, do consumo proveniente do turismo, de residentes não habituais e de outros investidores que entre-

tanto vão chegando ao nosso País, por outras vias de investimento. Esta realidade faz dos centros comerciais um cocktail muito apetecível. A questão que se coloca neste momento é pois a de saber se, após esta vaga de investimento, ainda haverá espaço para haver actividade neste sector. A resposta parece obviamente positiva e não apenas pelas operações que ainda se encontram em pipeline, que certamente animarão o mercado no decorrer do presente ano. Também os desafios de reinvenção do sector, designadamente face à ameaça sempre latente do e-commerce, motivará seguramente a procura por parte dos agentes e dos investidores de melhores soluções comerciais, de novas marcas, bem como a associação dos activos a diversos conceitos e facilities dentro do mesmo espaço ou da área de influência dos centros comerciais. Estas apostas para o futuro por parte dos novos investidores gerarão por si só uma grande dinâmica neste sector do mercado imobiliário, até porque, após a criação de valor, pelo menos em alguns casos, haverá novamente vontade para recolher mais-valias através de novas transacções. Esta dialéctica de evolução é muito própria deste sector e não irá parar. Do ponto de vista legal, estas operações imobiliárias, para as quais são convocadas equipas verdadeiramente multidisciplinares e especia-


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lizadas de vários áreas de práctica, tornam-se cada vez mais desafiantes, não só no momento de encontrar soluções e compromissos com vista à sua conclusão, mas também no acompanhamento do desenvolvimento dos projectos de reabilitação e renovação dos centros comerciais. The grandeur that the real estate market in Portugal is currently experiencing has been widely recognised – the fruit of foreign investment, growth in the tourism sector, and the economic recovery that Portugal is currently going through. Due to the number and size of transactions that have taken place recently, the shopping centre sector deserves special mention. There are many reasons behind the current transactional boom for these kinds of assets. First of all, external factors, such as the scarcity of attractive products in other, more mature markets and the enormous liquidity among international investors, have contributed to this. In addition to these exogenous reasons, there are others whose merit is directly attributable to agents operating in the shopping centre sector. In fact, investors find quality products here worthy of international acclaim with attractive yields and which have already shown great resilience and adaptability during periods of economic crisis. In addition to this reality, there is also room for optimism in terms of increases in rents and asset profitability as a result of increases in national purchasing power, tourism-based consumption, contributions from non-habitual residents, and other investors who have arrived in our Country in the meantime through other means of investment. All this has made shopping centres a very appealing cocktail. The question now is whether, after this wave of investment, there will still be room for activity in this sector. The answer obviously seems positive, and this is not only because of projects that are still in the pipeline, which are sure to liven up the market this year. The challenges of reinventing the sector, particularly in the face of the ever-present threat of e-commerce, will surely motivate agents and investors to search for better commercial solutions and new brands, as well as the association of assets with concepts and facilities that fall under the purview of shopping centres. These future plans that new investors hold will generate a great deal of momentum in this sector of the real estate market just by themselves because, even after creating value, investors will again wish to collect capital gains through

new transactions – at least in some cases. This ‘evolutional’ dialectic is very typical of this sector and will not stop. From a legal point of view, these real estate operations, which truly multidisciplinary and specialised teams from various areas of practice come together to work on, are becoming increasingly challenging not only in terms of finding solutions and commitments aimed at completing these projects but also in terms of monitoring the progress of shopping centre rehabilitation and renovation projects.


Opinião José Araújo

A banca na realidade portuguesa The banking industry in Portugal today

José Araújo Director da Direcção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp Director of the Department of Real Estate at Millennium bcp

O mercado imobiliário português regista actualmente uma oferta limitada de activos e uma procura quase ilimitada, não só nacional como estrangeira. A maioria da oferta existente, apesar de dar sinais de descentralização, está ainda muito confinada aos centros das grandes cidades, convivendo com preços por metro quadrado elevados para os padrões a que estávamos habituados no passado recente e só possíveis para investidores nacionais ou estrangeiros com elevando rendimento. Neste contexto, poderá a procura ser direccionada para as carteiras de activos dos bancos, atendendo à sua realidade, ou seja, destinarem-se maioritariamente a mercados médios, com preços ‘não aquecidos’ e em localizações mais diversificadas? Segundo os diferentes operadores do mercado, a tendência do investimento imobiliário vai continuar a ter um crescimento significativo. A grande subida registada em 2017 deveu-se muito à situação económica do País, que já vinha a ser notória em 2016 e que permitiu aos investidores olharem para Portugal com muito mais confiança. Foram nomeadamente os investidores estrangeiros, com liquidez e à procura de alternativas de investimento, os mais atraídos pelas suas condições favoráveis e níveis de rentabilidade obtidos. Se o centro das grandes cidades começa a ficar excessivamente caro para os nacionais, começam-se a equacionar outras zonas, na periferia onde os bancos têm mais activos disponíveis e a preços mais adequados à realidade desses mercados e à capacidade financeira/económica do País. Mas não

são só os nacionais na corrida a imóveis noutras geografias; os investidores estrangeiros também começam a procurar outras áreas para investir, conscientes de que os preços de venda estão a atingir valores elevados para o mercado onde se inserem. Começam a ser agora os fundos e os promotores imobiliários, muitos deles internacionais a olhar para a promoção, para os terrenos, para os inacabados que lhe vão abrir novos mercados como as residências de terceira idade, de estudantes e o segmente português médio mais alargado. Isto conjugado com a recente retoma do crédito à promoção imobiliária pela maior parte dos bancos são factores que devem fazer recentrar os mediadores e compradores de novo nos imóveis do desinvestimento bancário onde, como já se disse só estão em causa valores competitivos e não aquecidos como alguns gostam de se referir na análise do último ano imobiliário. Com as previsões já anunciadas de que a economia continuará a crescer e que o investimento imobiliário também haverá razões para a banca continuar a ter sucesso na venda dos seus activos. The real estate market in Portugal currently has a limited supply of assets, while demand from both domestic and foreign sources is almost unlimited. Despite signs that it is gradually becoming decentralised, most of Portugal’s current supply in the real estate market is still very much confined to the centres of large cities, where prices per square metre are much higher than those we had gotten accustomed to in the recent past and are only accessible for domestic or foreign investors with higher incomes. In this context, will the demand from this segment, given their economic reality, wind up being directed to banks’ asset portfolios in other areas? In other words, will these buyers end up mainly interested in a geographically diverse array of middle markets where prices are not as ‘heated’?

According to different players in the market, the trend of investing in real estate will continue to grow significantly. The surge seen in 2017 can very much be ascribed to Portugal’s economic situation, which had already become notorious in 2016 and allowed investors to hold much more confidence in Portugal. With their liquidity and in search of investment alternatives, foreign investors in particular were those most attracted by the country’s favourable conditions and profitability levels. If the centres of Portugal’s larger cities start to become excessively expensive for Portuguese nationals, these same people will begin to consider other areas in the periphery where banks have more assets available and at prices more suitable for the reality of these markets and for Portugal’s financial/economic viability. However, domestic buyers are not the only ones in the race to find real estate in other locations. Foreign investors are also starting to look for other areas to invest in, aware that selling prices are reaching new heights for the markets they are in. Now, real estate developers and funds – many of which are international – are now looking to develop and are studying plots of land and unfinished projects that could allow them to reach new markets, such as residences for the elderly, students, and the wider Portuguese middle class. This, together with the fact that most banks have recently resumed authorising credit for real estate development, are factors that should make mediators and buyers refocus on pieces of real estate that banks are looking to disinvest. As has already been said, prices for properties in those areas are competitive and not ‘heated,’ which is how some like to describe the phenomenon observed in last year’s real estate market in their analyses. With forecasts already published that foresee both the economy and real estate investment continuing to grow, the banking industry will continue to succeed in selling its assets.



Ventos do Norte 46 28 MAR/ABR 2018

ComĂŠrcio tradicional

Porto tem das mais belas lojas do mundo Traditional businesses

Porto: home of the world’s most beautiful shops


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A cidade do Porto é pioneira na criação do regime especial de proteção das lojas históricas. The city of Porto has become a pioneer in creating special protection regimes for its historic stores. Texto Text: Elisabete Soares

A cidade do Porto tem muitas lojas históricas bem preservadas e que mantêm intacto todo o glamour de outrora. Lojas de uma enorme riqueza, presentes nas principais ruas da Baixa portuense, com características que não se encontram em muitas cidades do mundo. Por isso, não é de estranhar que os estrangeiros fiquem maravilhados quando visitam espaços como os cafés Majestic ou Guarany, livrarias como a Lello, ou mercearias como a Favorita do Bolhão, a Casa Chinesa ou a Pérola do Bolhão, referindo apenas algumas das mais emblemáticas. A consciencialização para a necessidade de preservar este espaço deu-se nos últimos anos quando começaram a desaparecer as primeiras lojas históricas, como as barbearias, livrarias e algumas mercearias e se verificou a sua substituição por unidades hoteleiras e de alojamento local. Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, presente num workshop organizado pela José Pedro Aguiar-Branco Advogados (JPAB), sobre as lojas e entidades de interesse histórico, e que reuniu dezenas de pessoas no Auditório da Santa Casa da Misericórdia do Porto, destacou que quando há cerca de três anos, lançou este debate e afirmou que seria necessário criar medidas de excepção para proteger as lojas com tradição, foi muito criticado. “Foi um escândalo, fui apontado de marxista”, disse. Mas também Rui Moreira considera que, nos últimos dois a três anos, muita coisa mudou no comércio tradicional. “O atendimento é muito melhor, as montras estão mais bonitas”. E foi o Porto que saiu a ganhar com esta aposta. Os turistas vêm a uma cidade para ver esta diversidade, “não para ver lojas iguais umas às outras”,

destacou Rui Moreira. “Apesar de não ter nenhuma loja histórica, mas sim uma loja que vende produtos históricos”, Catarina Portas destacou a preservação de muitas destas lojas na cidade do Porto durante gerações e o facto de algumas delas – que já foram transformadas em cafés, hotéis ou restaurantes -, terem conseguido fazer “coisas muito interessantes”. Ao contrário do que aconteceu na Baixa de Lisboa, onde “já nos anos 80 e 90 os interiores dessas lojas eram de plástico”, destacou a Catarina Portas. Elogiando o papel pioneiro que a autarquia do Porto está a ter na criação do enquadramento legal para proteção das lojas históricas, a empresária mostrou-se satisfeita com a “percepção que as pessoas têm agora destas lojas, algumas poeirentas, que vendiam coisas antigas”. Porto promete transparência No entanto, há também alguns aspectos relacionados com a nova legislação das lojas históricas que são preocupantes. É que o novo regime jurídico que regula de lojas e entidades de interesse histórico é “de grande complexidade e apresenta critérios difíceis de compreender, quando o que se esperava é que os critérios fossem claros e objectivos”. As palavras são de Lourença de Sousa Rita, advogada sócia da JPAB, referindo-se ao novo regime jurídico, a Lei n.º 42/2017, publicada em 14 de Junho. A jurista, especialista em matérias de arrendamento, deu como exemplo o critério de património imaterial, uma definição longa, confusa e de grande subjectividade, que a leva a concluir que se as partes - proprietários, comerciantes e autarquia -

não chegarem a acordo, poderá começar aí o litígio. Ricardo Valente, vereador da Câmara do Porto, considera que as questões levantadas pela jurista são pertinentes, contudo, adianta, que no regulamento feito pela autarquia – um instrumento previsto na nova lei -, “nós densificamos os critérios, que são apresentados ponto a ponto, com critérios de transparência” The city of Porto is home to many historic stores that have been well-preserved, keeping all the glamour of yesteryear intact. These stores, which can be found on the main streets of Downtown Porto, are extraordinarily rich, architecturally and visually speaking, and feature characteristics that are rarely found throughout the world. So, it is not surprising that foreigners are amazed when they visit places like the Majestic or Guarany cafés; the Lello bookstore; and markets such as the Favorita do Bolhão, the Casa Chinesa, and the Pérola do Bolhão – just to name a few of Porto’s most emblematic examples. As historic shops – such as barber shops, bookstores, and some markets – began to disappear over the last few years, the public became increasingly aware of the need to preserve these spaces, especially since they are being replaced by hotels and local accommodation. Rui Moreira, the Mayor of Porto, was present at a workshop on stores and other places of historical interest that was organized about three years ago by the José Pedro Aguiar-Branco Law Firm (JPAB). The workshop gathered dozens of people in the auditorium of Porto’s Santa Casa da Misericórdia (“Holy House of Mercy” in English), and, when


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Moreira initiated the debate by saying it would be necessary to create exceptional measures to protect these shops that were integral parts of Porto’s heritage, he was heavily criticized. “It was a huge scandal. I was called a Marxist,” he said. Despite this, Moreira also believes that, over the last two to three years, much has changed with regard to traditional businesses. “The service is much better. The shops’ storefront windows are much more beautiful.” Ultimately, it was Porto that was the final beneficiary of this commitment. In the words of Rui Moreira, tourists are flocking to the city to see this very diversity, “not to see stores that look the same as all the others.” “Although I don’t have a historical shop but rather a store that sells historical products,” Catarina Portas highlighted the fact that many of these stores in Porto have been preserved for generations and that some of them, which have already been transformed into cafés, hotels, or restaurants, have managed to do “very interesting things.” This contrasts with what happened in Lisbon’s historic downtown area, where “stores’ interiors had already become plastic by the 1980s and 1990s,” Portas said. Praising the pioneering work of Porto’s local authorities in terms of creating legal frameworks aimed at protecting historic stores, Portas said she was satisfied with the “perception that people now have of these shops, some of which were dusty and sold old things.” Porto vows to be transparent However, there are also some aspects of the new legislation aimed at preserving these historic stores that are of concern. The new legal regime regulating stores and entities of historical interest is “immensely complex and presents criteria that are difficult to understand, while the criteria had been expected to be clear and objective.” These words belong to Lourença de Sousa Rita, an associate lawyer at JPAB, and refer to the new legal regime set out under Law #42/2017, published on 14 June. As a specialist in leasing matters, de Sousa Rita gave the example of the criteria of intangible heritage, which has a long, confusing, and highly subjective definition. This has led her to conclude that, if the parties – owners, traders, and local authorities – cannot reach an agreement, litigation will ensue. Ricardo Valente, a councilman from Porto’s City Council, believes that the issues raised by de Sousa Rita are pertinent. However, he adds that “the criteria [have been simplified] and are presented transparently, point by point” in the regulation (an instrument provided for in the new law) that the local government wrote.

Opinião Opinion Elisabete Soares Saraiva Jornalista Journalist

Bolhão: um mercado para turista ver Bolhão: a market for tourists Quem ainda se aventura a passar pelo Mercado do Bolhão não pode deixar de ver que, cada vez mais, este é um ponto de passeio apenas para turistas. Com as máquinas fotográficas prontas a disparar, não faltam motivos para que levem imagens insólitas de um edifício bonito e de características peculiares, mas que, atualmente, mais parece ter sido foi vítima de uma tragédia recente. Escorado por vigas de ferro, que suportam os tetos em avançado estado de degradação, os comerciantes do Mercado do Bolhão vão tentando seduzir os visitantes, embora sejam poucos os que compram qualquer coisa. Talvez seja por isso que as bancas de frutas, flores e legumes estão a ser rapidamente substituídas pelos ‘souveniers’ habituais: canecas, louças, panos e toalhas, garrafas de vinho do Porto e miniaturas variadas … É que embora o início da obra de requalificação do espaço já tenha sido anunciada há vários meses – depois de anos de avanços e recuos -, a verdade é que não se vê jeito de avançar. Isto, segundo a autarquia, por culpa das “sucessivas reclamações entre concorrentes”, que a lei, para o bem ou para o mal - mas essa é outra história! -, permite. Enquanto isso os comerciantes não arredam pé do local. Não vá o Mercado do Bolhão fechar, e depois nem obras, nem mercado! Whoever still ventures by Porto’s Bolhão Market will see that it is becoming a spot just for tourists during their whirlwind tours of the city. With cameras at the ready, there are countless reasons to take unusual pictures of a beautiful building with peculiar characteristics, but, at present, it seems to have become the victim of a recent tragedy. Anchored by iron beams that support the perpetually decaying ceilings, mer-

chants at the Bolhão Market try to seduce the visitors, although those who buy something are few and far between. Perhaps that’s why flowers, fruits, and vegetables are being replaced by the usual, ubiquitous “souvenirs” – mugs, tableware, textiles, bottles of Port wine, etc. – at an alarming rate. Although it was announced several months ago that renovation work on the space was finally going to begin after years of progress and setbacks, the truth is that there is no clear way forward. According to the local authorities, “incessant complaints between competitors” are to blame for this. While the law allows this, whether this is for better or for worse is another story! In the meantime, shopkeepers are not walking away from the place. May the Bolhão Market never close! And, then, we’ll have neither construction work nor a market!


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Do Mundo 50 28 MAR/ABR 2018

Intermat 2018

A jóia da construção Construction’s crown jewel


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Nos dias 18 e 19 de Janeiro, na Maison de la Mutualité, em Paris, foi realizada a Pré-Intermat que promoveu encontros exclusivos entre mais de 100 profissionais que vão ter expositores na Intermat e cerca de 150 jornalistas internacionais. O êxito deste encontro faz antever bons augúrios para a realização da Intermat, entre os dias 23 e 28 Abril 2018, Paris Nord Villepinte, France. Pre-Intermat was held 18 and 19 January at the Maison de la Mutualité in Paris, during which exclusive meetings were held between more than 100 professionals who will have exhibitors at Intermat and around 150 international journalists. The success of this meeting is a good signal for Intermat, to be held 23-28 April 2018 at the Paris Nord Villepinte expo centre.

A construção encontra-se a atravessar um momento mais positivo, depois de anos ‘assombrado’ pelo fantasma da crise económica que assolou vários países. A Intermat surge, assim, num momento privilegiado para as empresas e marcas do sector apresentarem as suas novas gamas, lançarem produtos e dar notoriedade e visibilidade às suas empresas. Conversações e mesas redondas, oportunidades de networking, análise de mercado e o potencial de grandes projectos de construção serão exibidos aos 1.500 expositores e quase 200 mil visitantes profissionais de 167 países, para os ajudar a enfrentar os desafios actuais e futuros. Esta feira ajustou a sua organização ao sector para responder às expectativas dos visitantes, organizando o evento em torno de quatro hubs de actividade: Terraplanagem e Demolição; Estradas, Minerais e Fundações; Sector de Edifícios e Cimentos; e Levantamento, Manipulação e Transporte. A Intermat Paris traz ainda uma nova abordagem geográfica e orientada por sector em 2018, traduzindo-se numa feira com alcance internacional, reunindo oferta e procura do mercado da construção na zona EMEA (Europa, Oriente Médio, África) e incorporando regiões com elevado potencial e em desenvolvimento. Betão cimenta relações da fileira O World of Concrete Europe (WOC Europe), evento de referência, dedicado ao mercado europeu do betão, iniciado em 2015 em colaboração com a INFORMA EXHIBITIONS, reúne de 23 a 28 de Abril

de 2018 no centro do INTERMAT Paris, uma exposição, um programa de conferências e uma zona de demonstrações. Este evento, sob a bandeira do ‘Connecting the Concrete Sector’, abrange o conjunto de players europeus do sector, visa responder a todas as suas expectativas e animar as relações da fileira com as partes interessadas. Com um volume de negócios de 12 mil milhões de euros (Março de 2015) em França e cerca de 65.000 empregos directos que oferecem as profissões de proximidade, a Fileira Betão (FIB, SFIC, SNPBE, SYNAD, UNICEM, UNPG) participa activamente na dinâmica e no desenvolvimento dos territórios. “Construção, reabilitação, obras públicas e renovação… o betão é um dos materiais mais utilizados no mundo. Graças a uma variada oferta, tanto ao nível dos conteúdos como dos formatos, o WOC Europe irá responder às necessidades do mercado de da Fileira do Betão na Europa e irá oferecer uma visão global sobre o sector com uma visão das últimas tendências da tecnologia do betão. Ao receber pela segunda vez o World of Concrete Europe, o salão INTERMAT 2018 deseja também pôr em perspectiva as finalidades para as quais estão destinados os equipamentos de produção e de aplicação do betão”, explica Isabelle Alfano, directora dos salões INTERMAT e WOC Europe. Para responder aos desafios actuais da fileira do betão tais como a inovação a economia circular, a sustentabilidade, etc., os especialistas do sector elaboraram um programas de conferências pe-


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dagógicas e de ateliês de formação sobre temas portadores do mercado. Este congresso favorece o diálogo e a partilha de informações entre os profissionais da fileira. Observatório Intermat A Intermat lançou o primeiro Observatório internacional, em associação com a Business France, para a construção na zona EMEA, uma vez que se estima que 1.600 mil milhões de euros em investimentos estão planeados para os próximos 30 anos na área da construção e infra-estruturas. O Observatório Intermat nasceu do desejo de estabelecer vínculos mais fortes com o mercado e fornecer aos fabricantes de equipamentos de construção uma pesquisa estratégica referente a 12 países da zona EMEA, escolhidos a dedo para os níveis de investimento previstos em infra-estruturas e edifícios. Com efeito, para a Europa estão previstos 925 mil milhões de euros de investimentos até 20302050 e para África os números apontam para os 307 mil milhões de euros de investimentos de 2018 até 2040. Construction is going through more positive times after years of being “haunted” by the ghost of the economic crisis that has plagued several countries. Intermat thus emerges as

an opportune moment for the sector’s companies and brands to show off their new offerings, launch products, and give visibility to their companies. Conversations, round tables, networking opportunities, market analysis, and the potential for major construction projects will be showcased to the event’s 1,500 exhibitors and nearly 200,000 trade visitors from 167 countries in order to help them meet their current and future challenges. The show has also been organised around four hubs of expertise in order to respond to visitors’ expectations: Earthmoving & Demolition; Buildings & Concrete Sector; Roads, Minerals, & Foundations; Lifting, Handling, & Transportation. A trade show with international reach, INTERMAT Paris is also taking a new geographic and sector-oriented approach during the event in 2018, as the fair will bring together supply and demand from the construction market in the EMEA zone (Europe, Middle East, Africa), incorporating both high-potential and developing regions. Concrete cements its relationship with INTERMAT A benchmark event dedicated to the European concrete market, World of Concrete Europe (WOC Europe), first launched in 2015 in asso-

ciation with INFORMA EXHIBITIONS, will be held from 23 to 28 April 2018 as part of INTERMAT Paris and will combine an exhibition space, an educational forum, and a demonstration zone. Under the banner of the “Connecting the Concrete Sector,” the event will unite all the European players in the sector and will endeavour to respond to all their expectations. It will also encourage the sector to maintain and enhance relations with its stakeholders. With aggregate turnover of €12 billion EUR (figure from March 2015) in France and around 65,000 direct jobs offering local employment, the Concrete Sector (FIB, SFIC, SNPBE, SYNAD, UNICEM, and UNPG) actively contributes to regions’ vitality and development. “With applications spanning from construction, renovations, and public works…concrete is one of the most widely used materials in the world. Through a wide-ranging offer in both content and format, WOC Europe will fulfil the needs of the Concrete Sector market in Europe and will offer a global vision of the entire sector with a look at the latest trends in concrete technology. By inviting World of Concrete Europe for the second time, INTERMAT 2018 also demonstrates its desire to put the purposes of concrete production and laying equipment into perspective,” says Isabelle Alfano, Exhibition Director for INTERMAT and WOC Europe. To respond to current challenges in the concrete sector, such as innovation, the circular economy, sustainability, etc., sector experts have drawn up a programme of educational talks and training workshops on the market’s most pressing topics. This forum thus promotes dialogue and information sharing between industry professionals. INTERMAT Observatory In association with Business France, INTERMAT launched its first international Observatory for construction in the EMEA zone, since it is estimated that, over the next 30 years, investments planned for the construction and infrastructure sector will reach a total of €1.6 trillion EUR. The INTERMAT Observatory was born out of the desire to establish stronger bonds with the market and provide strategic research on 12 countries in the EMEA zone, handpicked for their planned investment levels in infrastructure and buildings, to manufacturers of construction equipment. With regard to Europe in particular, investments totalling €925 billion EUR are planned up until 2030-2050, whereas €307 billion EUR of investment have been planned for Africa between now and 2040.


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Do Mundo Reino Unido

Tirar o pé do pedal United Kingdom

Taking your foot off the pedal

Roberto Varandas COS Capital Managing Director – Head of Europe

Aquando da redacção deste artigo, vários eventos importantes decorrem no mundo financeiro e económico – um novo presidente do Fed entra em funções assim como um novo mega-plano de infra-estruturas para os EUA, ao mesmo tempo que as obrigações a 10% aproximam-se dos 3%, comparados com 1.5% há dois anos. Na Europa, apesar das incertezas à volta do Brexit, Carney avisa-nos de taxas de juro mais altas no Reino Unido e, na zona Euro, o BCE, muito embora ainda esteja dividido quanto à necessidade de continuar a injectar liquidez na economia, pelo menos passaram para o campo da dúvida e não do da certeza das famosas palavras do Draghi – “tudo o que for preciso” de alguns anos atrás. Depois de anos de condições monetárias muito favoráveis, coordenadas entre os vários bancos centrais, e à falta de uma verdadeira crise nas principais economias, há uma expectativa de que o dinheiro fácil estará a chegar ao fim. Podemos nos perguntar o que será dos mercados imobiliários à medida que as taxas de juro começarem a subir, a alavancagem a diminuir e os termos menos favoráveis a quem pede crédito sejam norma. Como em quase todos os instrumentos de rendimentos fixos, quando as taxas de juro de mercado sobem, os preço dos instrumentos de dívida têm que descer para a rentabilidade ficar equivalente. O imobiliário, que tem uma grande componente de fluxos fixos, também tende a sofrer com esta matemática do investimento em obrigações. Mas quais são as principais diferenças para o imobiliário? Um imóvel é um activo vivo. Tem inquilinos e requere manutenção e certos cuidados. As rendas estão sujeitas a alterações, boas e más para o

proprietário, na medida que os inquilinos alteram as suas condições durante os períodos de negociações. Grande parte dos contratos de arrendamento têm uma ligação directa ou indirecta à inflacção. A maior parte das obrigações não tem. Um imóvel pode ficar obsoleto. Uma obrigação não, excepto em casos de incumprimento. O que deverá fazer um investidor para se proteger de um cenário de taxas de juro mais elevadas e um mercado mais fraco para o arrendamento? Nesta altura do ciclo, os investidores normalmente aplicam várias medidas defensivas: • Estender os períodos de financiamento. Com taxas de juro e condições ainda muito favoráveis, será uma boa ideia considerar financiamentos mais longos, por muito que as taxas de juro de curto prazo sejam mais apetecíveis. • Investir através da dívida em vez do capital próprio, já que, em momentos de acrescida volatilidade, estar numa posição de credor dará mais protecção ao investidor na medida de que os capitais próprios absorvem as percas. • Investir e reinvestir em activos já existentes. De acordo com um estudo encomendado pela INREV há alguns anos, as melhores rentabilidades que os investidores podiam ambicionar em alturas muito difíceis dos mercados foi a investir em imóveis já em carteira através de CAPEX e expansão/optimização de áreas, fortalecendo as relações com os inquilinos e diminuindo o risco de perca de qualidade dos imóveis ou até a sua obsolescência. Um novo ambiente de taxas de juro mais altas pode, potencialmente, alterar em larga medida o actual estado favorável dos mercados imobiliários, amplificando os efeitos de mexidas repentinas nos juros. À medida que os bancos centrais e os governos equilibram os efeitos da redução da


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liquidez com a manutenção de economias saudáveis, menos crédito trará mais dificuldades a quem quer financiar ou refinanciar os seus imóveis. Esperamos que o embalo que actualmente sentimos não seja interrompido de repente, ou pelas palavras do famoso apresentador de programas do mundo automóvel: “A velocidade nunca matou ninguém. Parar de repente... isso sim, é o que nos pega”. - Jeremy Clarkson At the time of writing this article, a number of important events on the world finance and economic scene have occurred – a new US Federal Reserve chair has been appointed, an infrastructure plan for the US has been announced as 10 year bonds approach 3%, compared to 1.5% two years ago. In Europe, Mr. Carney has warned of higher interest rates in the UK, despite the enduring Brexit uncertainty, and the ECB, while still sitting on the fence, is at least now on the fence and the markets have not heard “…whatever it takes…” for some time. After years of loose monetary policies, coordinated among the central banks, and a lack of any real economic crisis in most of the developed countries, there is a feeling in the air that easy money is coming to an end. One can ask what will happen to the real estate markets as we see interest rates rise, loan to value ratios diminish and credit terms become less liberal. As with (most) fixed income instruments, when interest rates rise, the price of the fixed income instruments need to drop for the yield to adjust to that of equivalent instruments in the market. Real estate, having a fairly fixed component of its cashflows, also tends to suffer with the basic maths of bond investing. But how does real estate differ? In a few ways: A property is a living asset. It has tenants and, to varying degrees, requires maintenance and management, and is subject to changes in the income stream as tenants leave or renegotiate their rents. Most real estate has some form of direct or indirect linkage to inflation. Most bonds do not. Real estate is subject to obsolescence; a bond is not, except in cases of default. So what is an investor to do with the prospect of higher interest rate and the possibility of a default from occupiers? At this point in the cycle, investors usually undertake a number of defensive measures: • Extend financing agreements. With interest rates and terms still at historically favourable levels, it is a good idea to consider longer term financing, however tempting very low variable

rates may be in the short term. • Move up the capital stack – if a correction is on the horizon, positioning our investments on the credit side, be it in senior or junior debt, depending on the intended risk/return, will insulate an investor from volatility as equity takes the first losses. • Invest in existing holdings – according to a study commissioned by INREV a few years ago, the best returns investors could achieve in very difficult markets was to invest in their existing properties, through CAPEX and expansion options, making for more loyal tenants and diminishing the risk of dilapidation or even obsolescence. The changing interest rate environment is potentially a big game changer for real estate as an asset class and investors should be careful as sudden movements will create amplified movements in the markets. As central banks and governments try to walk the tightrope of reducing quantitative easing while maintaining reasonably healthy economies, less credit will take its toll on our ability to finance properties. Hopefully the momentum does not come to a sudden stop, or per the words of the famous car show presenter: “Speed has never killed anyone, suddenly becoming stationary… that’s what gets you.” - Jeremy Clarkson


Do Mundo 56 28 MAR/ABR 2018

MIPIM 2018

O encontro de quem sabe The property event for those in the know


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Portugal renova a sua participação no MIPIM com o stand Lisboa, uma colaboração do Invest in Lisboa, que mostra os projectos e oportunidades oferecidos pela capital portuguesa. A presença portuguesa insere-se num evento que este ano será marcado por debates e networking que prometem inspirar novas formas de pensar, desenvolver e promover o imobiliário internacional. Portugal is set to participate in MIPIM again with its Lisbon stand, a collaborative project from Invest Lisboa that showcases the many projects and opportunities offered by the Portuguese capital. The Portuguese stand will be part of an international event that will include debates and networking opportunities which promise to inspire new ways of thinking about, developing, promoting, and marketing international real estate.

O MIPIM é considerado o maior mercado internacional para profissionais imobiliários. Durante quatro dias, de 13 a 16 de Março, em Cannes, França, reúne os players mais influentes de todos os quadrantes do imobiliário (escritórios, residencial, retalho, desporto, logística, industrial, etc.) e promove conferências e networking, proporcionando acesso inigualável aos maiores projectos de desenvolvimento imobiliário e fontes internacionais de capital. Em termos numéricos este evento reúne 24.200 expositores, 3.100 empresas expositoras de 100 países e mais de 100 conferências com cerca de 360 oradores e moderadores especializados. Destaque ainda para os 5.000 investidores, 4.350 promotores e 500 autoridades locais que vão passar pelos corredores deste certame, a par dos mais de 5.800 CEOs e elevados quadros de empresas. A presença portuguesa surge uma vez mais pela mão do Invest in Lisboa, cujo stand pretende ser uma montra dos projectos imobiliários e oportunidades de negócio oferecidos pela capital portuguesa. Um outro stand português que vai estar em destaque é o de Vilamoura cujo projecto junto da área costeira do Sul do País participa pela primeira vez com um stand próprio. O MIPIM 2018 oferece perspectivas, inspiração e ferramentas de acção, por isso mesmo, vai promover o debate em torno do ‘Mapeamento do Mundo Urbano’, no qual pretende compreender a urbanidade global, em todos os níveis, e como pode traduzir-se em desafios e oportunidades para as partes interessadas privadas e públicas.

Sempre na vanguarda das novas tendências do imobiliário, a edição deste ano conta com três debates que prometem ‘aquecer’ o evento: o Fórum Africano, o Fórum Regulatório e Jurídico e o Laboratório PropTech (evento complementar do Fórum de Inovação). Destaque igualmente para a competição de Startup, uma competição de inicialização que vai correr o mundo e que tem como principais paragens Nova Iorque, Londres e Hong Kong, onde se faz a ressalva para as startups mais promissoras e dinâmicas em três categorias: Construção, Cidade e Transacções; para o Re-invest, a cimeira dos investidores institucionais do MIPIM que reúne os principais fundos soberanos do mundo, fundos de pensões públicos e privados, seguros e outros líderes de líderes de capital no sector imobiliário num evento fechado; Hotel e Turismo, que vai permitir aos profissionais do sector hoteleiro e imobiliário na área Hotelaria e Turismo identificar novos projectos e oportunidades de desenvolvimento hoteleiro e promover destinos e infra-estruturas de turismo; e Cuidados de Saúde, que terá uma área de exposição, de networking e uma conferência que reúne os principais players do sector imobiliário médico e de saúde. Nota ainda para os MIPIM Awards cuja cerimónia de entrega dos prémios decorre no dia 15 de Março e que pretende homenagear os projectos, concluídos ou ainda por construir, em todo o mundo, mostrando o melhor do sector imobiliário internacional.


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MIPIM is considered to be the largest international exhibition for real estate professionals and will be held 13-16 March in Cannes, France. The four-day event will bring together the most influential players in each segment of real estate (e.g., offices, residential, retail, sports, logistics, industrial) and will feature talks, presentations, and networking opportunities, giving attendees unrivalled access to the world’s largest real estate development projects and international sources of capital. By the numbers, this event will gather together 24,200 exhibitors, 3,100 exhibiting companies from 100 countries, and about 360 speakers and specialised moderators for more than 100 presentations. The event will also be noteworthy for the 5,000 investors, 4,350 promoters and developers, and 500 members of local authorities who plan on attending, along with more than 5,800 CEOs and high-level corporate boards. Portugal will once again be represented by Invest Lisboa, whose stand intends to showcase current real estate projects and business opportunities in the Portuguese capital. Another Portuguese stand that will be in the spotlight will be Vilamoura’s, whose project along the southern coast of Portugal will be participating in the event for the first time with a stand of its own. MIPIM 2018 will offer perspectives, inspiration, and tools for action, and, for this reason, it will be promoting the “Urban World Map” debate. With this debate, MIPIM 2018 intends to help attendees understand what urban life is like throughout the world at all levels and how this

can translate into challenges and opportunities for private and public stakeholders. Always at the forefront of new trends in real estate, this year’s event will feature three debates that promise to “heat up” the event: the African Forum, the Legal and Regulatory Forum, and the PropTech Laboratory (part of the Innovation Forum). The Start-up competition is also of note and will span the entire world, stopping primarily in New York, London, and Hong Kong. During these stops, the competition will highlight the most promising and dynamic start-ups in three categories. The first of these categories is “Construction, City, and Transactions,” which will promote Re-invest, MIPIM’s “Real Estate Institutional Investors’ Summit”; the summit will gather together the world’s major independent wealth funds, public and private pension funds, insurance companies, and other top real estate capital leaders during a closed event. Next is the “Hotel and Tourism” category, which will enable hotel and real estate professionals in the hotel and tourism sector to identify new hotel development projects and opportunities and promote tourist destinations and infrastructure projects. Last but not least is “Health Care”, which will feature an exhibition and networking area and a session that will bring together key players in the medical and healthcare real estate sector. Finally, MIPIM will also hand out the MIPIM Awards during a ceremony scheduled for 15 March that aims to honour projects, whether complete or still to be built, around the world that embody the best in international real estate.

Portugal renova a sua participação no MIPIM com o stand Lisboa, uma colaboração do Invest in Lisboa, e também com o projecto de Vilamoura que participa pela primeira vez com um stand próprio. Portugal is set to participate in MIPIM again with its Lisbon stand, a collaborative project from Invest Lisboa, and also the project Vilamoura whose project along the southern coast of Portugal will be participating in the event for the first time with a stand of its own.


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Sol e Lua 60 28 MAR/ABR 2018

BTL 2018

De malas aviadas Have you packed your bags yet?


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No ano em que a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) celebra a 30ª edição, Fátima Vila Maior, directora de área de feiras da FIL e responsável pela BTL, afirma que este é “um marco na história da maior feira de viagens nacional”. This year, the Lisbon Tourism Exchange (BTL) is celebrating its 30th anniversary, and Fátima Vila Maior, director of FIL’s fairs department and the person responsible for BTL, says that this is “a milestone in the history of Portugal’s largest travel fair.”

A BTL decorre de 28 de Fevereiro a 3 de Março na FIL, Parque das Nações, e é considerado o maior evento de Turismo realizado em Portugal. Recorde-se que estas datas foram antecipadas relativamente à edição 2017, em duas semanas, antecedendo a ITB Berlin (Alemanha), que decorre entre os dias 7 e 11 de Março, e após a época festiva do Carnaval, que movimenta um significativo fluxo de viagens em Portugal e em mercados com forte presença na BTL, como o Brasil. Esta feira conta com a presença de expositores de diferentes segmentos, nomeadamente associações, municípios, agentes de viagem, operadores turísticos, hotelaria, restauração e animação turística. De acordo com Fátima Vila Maior, a organização quer “continuar a apostar no sector, que continua a crescer a bom ritmo e reforçar a sua afirmação internacional junto dos principais players do mercado”. À descoberta do Centro de Portugal O Centro de Portugal é o ‘Destino Nacional Convidado’ e vai estar representado no pavilhão 1 onde vão ter lugar muitas actividades para o público em geral, assim como a dinamização do próprio espaço das respectivas regiões. No pavilhão 2, o Centro de Portugal também estará representando com as associações, municípios e entidades hoteleiras, numa área total de cerca de 700 m2.

O presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, salienta que “a presença na BTL é muito importante para nós. A BTL é a maior montra de promoção turística a nível nacional e após os acontecimentos deste ano na região – a tragédia dos incêndios – é essencial demonstrarmos que o Centro de Portugal continua a oferecer excelentes condições enquanto destino turístico. A BTL é, portanto, a ocasião perfeita para as pessoas conhecerem toda a oferta turística ao nível do património cultural, natureza, gastronomia e vinhos que marcam a identidade do nosso País”. A este propósito, Fátima Vila Maior recordou que em 2016 este destino turístico “registou cerca de 19,2 milhões de dormidas”, a par do facto de “os respectivos municípios, entidades e empresas que ao longo dos anos têm vindo a aumentar o espaço e a reforçar o seu posicionamento na BTL”. Por isso, considera que, “sendo a maior e mais diversa região turística do País”, a participação desta região neste evento “será sem dúvida uma excelente oportunidade para descobrir este fantástico destino repleto de boas experiências”. Alentejo/Ribatejo em grande A Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo (ERTAR) anunciou que vai ter o maior stand da BTL entre mais de 1.000 expositores. Pelo quarto ano consecutivo esta entidade regio-


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A par dos destinos já consolidados, Rio de Janeiro e São Paulo, a Embratur irá estar a promover durante a BTL alguns destinos em ascensão, incluindo Porto Alegre, Gramado, Canela, Cambará do Sul, Florianópolis, Camboriú e Curitiba, tendo em vista a procura crescente pelos segmentos cultura, ecoturismo, enoturismo e vida nocturna. Também Recife, Natal e Salvador, com voos directos e voos charters, continuam a ser destinos de eleição entre os portugueses que visitam o Brasil. Outras entidades institucionais e privadas vão marcar presença no stand para promover os diversos destinos brasileiros, incluindo Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Sebastião e Amazonas. Sempre a subir De acordo com os dados oficiais, a edição da BTL 2017, que se realizou entre os dias 15 e 19 de Março, registou um número total de 78.001 visitantes, um crescimento de 3% face a 2016. Novos negócios foram estimulados e estabelecidos pelos 37.888 visitantes profissionais e no fim-de-semana, dirigido ao grande público, 40.113 visitantes aproveitaram as promoções e descontos exclusivos na BTL, representando um aumento de 5% e de 2%, respectivamente face a 2016. Fátima Vila Maior afirma ainda que para a edição de 2018 existiu “um aumento significativo nos vários sectores, nomeadamente o Alojamento, o que confirma o interesse crescente por parte dos profissionais na área do Turismo”. As expectativas para 2018 são, pois, elevadas.

nal apresenta o maior stand do certame, desta vez com um espaço de 1296 m2, que contará com a participação de 52 municípios, da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo e de 41 empresas. Este espaço proporcionará também provas de vinhos, degustação de produtos tradicionais, show-cookings e concertos que prometem animar o espaço durante os cinco dias da BTL. Segundo o presidente da ERTAR, António Ceia da Silva, “todos os anos temos o objectivo de mostrar o melhor da nossa região. A nossa oferta é verdadeiramente única e quem nos visita encontra tranquilidade, história e cultura, natureza, gastronomia de qualidade e muito mais. Por essa razão somos muito procurados por portugueses e estrangeiros que precisam de se ‘desligar’ das suas rotinas”. Destino Brasil O Brasil já há muito que faz parte da presença in-

ternacional da BTL. Este ano, a Embratur, Instituto Brasileiro de Turismo, volta a marcar presença neste certame, com um stand localizado no Pavilhão 3, no qual vai mostrar que Portugal continua a ser um mercado prioritário para o turismo brasileiro. De acordo com o Anuário Estatístico de Turismo 2017, elaborado pelo Ministério do Turismo brasileiro, enquanto país emissor, Portugal ocupa a 10ª posição a nível mundial e a 5ª a nível europeu, sendo que aproximadamente 150 mil portugueses visitaram o Brasil em 2016. O presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, avançou que “nesta edição da BTL queremos apresentar e sugerir novos produtos e destinos brasileiros ao mercado português, alargando assim a oferta turística a outros segmentos e targets”. Acrescentando que “a feira é ainda o momento ideal para estreitar a relação com os profissionais do sector e fortalecer a imagem da marca Brasil”.

BTL will run from 28 February to 3 March at the FIL in Parque das Nações and is considered to be the largest Tourism event held in Portugal. These dates were chosen relative to the 2017 edition and precede ITB Berlin (Germany), which takes place between 7 and 11 March after the festive season of Carnival, which creates a significant flow of travellers in Portugal and in markets that will have a strong presence at BTL, such as Brazil. This fair will be attended by exhibitors from a number of different segments, namely associations, municipalities, travel agents, tour operators, hotels, restaurants, and tourist attractions. According to Fátima Vila Maior, the organization wants to “continue its commitment to the sector, which continues to grow at a good pace, all the while strengthening its international positioning among the main players in the market.” Discovering the Center of Portugal The Center of Portugal will be this year’s special ‘National Destination Guest’ and will have many activities available for the general public in Pavilion 1, promoting Portugal’s other regions as


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well. In Pavilion 2, associations, municipalities, and hotels will also represent the Centre of Portugal in a total area of about 700 m². The president of Central Portugal Tourism, Pedro Machado, stresses that “being present at BTL is very important for us. BTL is the largest tourism showcase in Portugal, and, after the fires that raged through the region last year, it is essential that we show the world that the Center of Portugal continues to be an excellent tourist destination. So, BTL is the perfect opportunity for people to get to know the full range of touristic offerings related to cultural heritage, nature, gastronomy, and wines that are a part our country’s identity.” In this regard, Fatima Vila Maior recalled that, in 2016, this tourist destination “recorded about 19.2 million overnight stays” and that “municipalities, agencies, and companies have been increasing the amount of space they occupy at BTL over the years in order to strengthen their position at the event.” Therefore, she believes that, “as the largest and most diverse tourist

region in the country,” Central Portugal’s participation in this event “will undoubtedly be an excellent opportunity to discover this fantastic destination, full of wonderful experiences.” Alentejo and Ribatejo out in force The Regional Tourism Entity of the Alentejo/ Ribatejo (ERTAR) has announced that, out of BTL’s more than 1,000 exhibitors, its stand will be the largest. For the fourth consecutive year, this regional tourism agency will have the biggest stand at the event, this time occupying a area of 1296 m². 52 municipalities, the Intermunicipal Community of the Upper Alentejo, and 41 companies will participate in the stand, offering wine tastings, tastings of traditional products, cooking demonstrations, and concerts that promise to liven up the space during the five-day event. According to ERTAR president António Ceia da Silva, “we aim to shine the limelight on the best our region has to offer each year. What we have to offer is truly unique, and those who visit us find peace, history, culture,


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nature, quality cuisine, and much more. Because of this, we are highly sought after by Portuguese and foreigners who need to ‘disconnect’ from their routines.” Destination: Brazil Brazil has long been present at BTL. Embratur, also known as the Brazilian Tourist Board, will be present at the event again year, and its stand will be located in Pavilion 3, at which it will show that Portugal continues to be a priority market for Brazilian tourism. According to the Brazilian Ministry of Tourism’s Statistical Tourism Yearbook for 2017, Portugal ranked 10th in terms of the number of visitors various countries around the world sent to Brazil, with approximately 150,000 Portuguese visiting Brazil in 2016; Portugal ranked fifth among European countries for the same index over the same period. Embratur president, Vinicius Lummertz, added

that, “during this year’s BTL, we want to present new products and destinations in Brazil to the Portuguese market, thus extending Brazil’s touristic offerings to other segments and targets.” He also added that “the fair is still the ideal moment to strengthen relationships among professionals in the sector and to strengthen the image of the Brazilian brand.” In addition to destinations that are already well known like Rio de Janeiro and São Paulo, Embratur will be promoting some destinations during BTL that are rising stars, which include Porto Alegre, Gramado, Canela, Cambará do Sul, Florianópolis, Camboriú, and Curitiba. Highlighting these destinations takes the growing demand for culture, ecotourism, wine tourism, and nightlife into account. Recife, Natal, and Salvador, which have both direct and charter flights to and from Portugal, also remain choice destinations among Portuguese visitors to Brazil. Other institutional and private entities will be present

at the stand to promote various other Brazilian destinations, such as Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Sebastião, and Amazonas, too. Always growing According to official data, BTL 2017, which took place between 15 and 19 March, received a total of 78,001 visitors, an increase of 3% over 2016. New business was taken up by the 37,888 professional visitors, and, during the weekend, 40,113 visitors from the general public took advantage of exclusive promotions and discounts at BTL, representing increases of 5% and 2%, respectively, over 2016. Fátima Vila Maior also states that, for 2018, there has been “a significant increase in the [number of exhibitors for] various sectors, especially in the sector of accommodation, which confirms growing interest on behalf of professionals in the area of tourism.” Expectations for 2018 are, thus, quite high.


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