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Maria Eugênia
orgulho60+ As pessoas querem viver muito, mas não querem envelhecer
Maria Eugenia de Souza Meireles
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O envelhecimento faz parte do processo da vida, mas o medo de envelhecer ainda persiste para muitas pessoas. Alguns estudos e pesquisas apontam que este medo está mais relacionado à possíveis perdas que se pode ter com a velhice, do que propriamente ao temor pela proximidade da finitude. O medo de perder funções cognitivas, de não ter mais autonomia e outras limitações físicas, são as questões que mais causam a chamada gerontofobia, a rejeição à velhice. Então, na verdade, o medo é de adoecer, e isto pode ocorrer em qualquer idade. Há que se cuidar da saúde em todas as fases da vida. O envelhecimento pode sim trazer algumas limitações físicas, mas não é sinônimo de doença. Os preconceitos e estereótipos que se construiu, faz com que com que o passar da idade seja visto como sendo algo muito ruim. Quando criei o Orguho60mais, foi para dar visibilidade à pessoas e projetos que desconstroem este mito, mostrando, com suas experiências, que a idade não impede de se ter uma vida produtiva. Dedicar-se a um hobby, ter um propósito, reinventar-se, aprender novas habilidades e adquirir conhecimento em áreas de seu interesse, são atividades que estas pessoas mantêm, e que as levam a ter uma velhice com mais saúde e qualidade de vida. Tenho prazer em apresentar estes idosos que estão vivendo muito bem, mantendo-se ativos, cada qual a sua maneira. Para muitos a velhice tem sido sim, uma das melhores fases das suas vidas. Longevidade é uma conquista a ser celebrada, com muito orgulho! E-mail: orgulho60mais@gmail.com | Site: www.orgulho60mais.com.br
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Grupo de Trabalho 60+ Oficina de brincadeiras no dia dos Avós
Sueli Mello
O Dia dos Avós, no último 26 de julho, foi marcado pela oficina virtual “Brincando com os Avós”, promovida pelo grupo de mesmo nome. A experiência foi oferecida como uma homenagem aos avós do Grupo de Trabalho 60+, onde a equipe surgiu há mais de três anos e está ligada até hoje. O objetivo foi dar ideias aos avós de como brincarem com os netos de maneira virtual, considerando-se o quanto foi necessário manter-se isolados deles durante a pandemia, sem visitas, abraços, presença. E não só nesse período: há vários casos no grupo em que os netos moram em outra cidade, outro Estado e até mesmo moram no Exterior, em diferentes países. As oficinas do grupo Brincando com os Avós começaram presencialmente, com muito sucesso. Antigas brincadeiras foram lembradas e adaptadas para que os avós pudessem brincar com seus netos em segurança, prevenindo quedas, e facilitando a interação intergeracional por meio de conversas, lembranças de momentos engraçados vividos entre eles, movimentos de corpo, desenhar juntos ao som de música, tomar um lanche gostoso numa área externa. Durante a pandemia o grupo teve de se reinventar. Foram meses em estudo pesquisando como brincar on line, de forma bastante simples tanto pela dificuldade de crianças muito pequenas manterem o interesse em permanecer diante da tela, como pela dificuldade de uma geração em lidar com a tecnologia. Aos poucos o grupo de Trabalho 60+ foi ficando mais à vontade em lidar com plataformas de encontros virtuais, o que facilitou muito esse trabalho. Houve tentativas de se utilizar jogos virtuais já prontos, mas a constatação foi que brincar como antigamente, mesmo que virtualmente, seria muito mais divertido para essas faixas etárias. Na oficina do Dia dos Avós, o grupo foi separado em pequenas salas onde foi mais fácil conversarem para recordar o modo e o local onde brincavam na infância. Havia um clima de muita saudade em lembrar que muitos subiram árvores no quintal de suas casas, ou na casa da avó, para se esconder, brincar ou comer frutas no pé. Os carrinhos de rolemã que disparavam pelas ruas, especialmente nas decidas, eram muitas vezes construídos pelas próprias crianças. As crianças tomavam banhos de chuva e brincavam na correnteza – e ninguém pegava gripe por causa disso. Pega-pega, queimada e estátua; o Mestre Mandou que agora pode ser “A Mestra”, os jogos de tabuleiro e pingue-pongue foram algumas das diversões lem-