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Malu N. Gomes .........................................................................................................57 a

A diferença, agora, é que ambos estão mais velhos, mais vividos e se conhecem mutuamente. Pior, acreditam que se conheçam completamente. Não percebem que a vida lhes oferece a oportunidade de se reapaixonarem por si mesmos e por aquela pessoa com quem conviveram por todos esses anos, renovando sua amizade, confiança e cumplicidade, agora em novos termos. Muitos casais, pelo hábito que criaram de se fazer acompanhar por seus cônjuges desde muito cedo, não percebem esses novos tempos e agem como se ainda tivessem muitas outras preocupações que não o seu próprio bem estar. Que tal o casal pensar em fazer algo diferente? Viajar, ir ao teatro ou ao cinema, frequentar o grupo de amigos, fazer caminhadas, praticar natação, levar os netos para a praia e ensiná-los a empinar pipas, participar de um programa de ajuda comunitária etc.. Nós, da Feliz Idade elaboramos atividades que visam garantir a quem envelhece, a exercitação de suas funções cognitivas, da participação social, da união e força do grupo, do valor da contribuição individual, o resgate da auto estima e outras tantas condições que servirão como um benefício a mais para o envelhecimento ativo e saudável.

Plácido Augusto di Salvo – Rio de Janeiro - RJ 2 – Oi gente. Com o mundo tão mudado eu sinto que envelheci 10 anos nessa pandemia. Minha energia está no final e gostaria de saber dessa respeitosa revista se a única saída para quem chegou aos 70 anos é ficar sentado esperando que o mundo acabe. Perdi minha esposa nessa pandemia e não sinto mais vontade de nada. Gostaria de receber um conselho. Sr. Plácido, a pandemia pegou o mundo inteiro desprevenido. De forma muito particularizada fomos todos surpreendidos com a realidade que se impunha e tivemos de nos adaptar, rapidamente, às medidas que a ciência fez saber como sendo necessárias: distanciamento social, isolamento, não aglomeração, uso de máscara, álcool em gel, lavagem frequente das mãos. Tivemos e ainda temos que fazer um exercício diário de altruísmo e abnegação: agir individualmente pensando no coletivo para salvaguardar o maior número de vidas. Nem por isso deixamos de ver pessoas queridas partirem abrindo um vazio enorme em nossas vidas e corações. O falecimento de alguém neste tempo, qualquer que tenha sido o motivo, parece amplificar nossa dor, pois nos sentimos frágeis, pequenos, desamparados frente a um contexto implacável. O desânimo, a tristeza e a sensação de derrota se fazem presentes e aos poucos vão minando nossas estruturas e crenças. É nesta hora que precisamos reagir, pois sabemos que a vida é muito maior que a pandemia ou as desventuras que nos atingem. Procurar os amigos, mesmo que virtualmente ou por telefone, conversar com eles, trocar ideias, fazer planos; buscar aprender algo que sempre quis, mas não teve oportunidade de fazê-lo; auxiliar outras pessoas doando parte de seu tempo a obras de caridade; procurar maior convivência com filhos e netos; lidar com a terra, cultivar e cuidar de plantas. Essas são algumas das possibilidades de atividades possíveis de se fazer para, como o senhor mesmo disse, não “ficar sentado esperando que o mundo acabe”. Nós, da Feliz Idade temos outras alternativas de vivências para quem está envelhecendo. Atividades individualizadas ou em grupos – pequenos grupos – visando a manutenção das habilidades intelectuais, a preservação da autonomia, o fortalecimento das relações pessoais, entre outras, ampliando a qualidade de vida. Tudo feito de forma a respeitar o momento de vida das pessoas, suas características, seu ritmo e desejo.

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Martellina e Tagliolo

João Alberto J. Neto

Analista de sistemas Fotos: enviadas pelo colunista

“A martellina e taglioto não tem uma data exata para o surgimento, porém estima-se que a sua utilização se dê em meados do século II A.C., quando encontraram alguns mosaicos realizados em “tessellatum”, ou seja, materiais cortados em tesselas” Essa é a definição de um dos materiais mais antigos utilizados no mosaico, descritos pela professora Cristina Passaretti, 46 anos, natural de Santo André, SP Filha de dona Vincenza, ou Vicentina, que fazia bolos decorados, tricô e flores em tecido, desde pequena se interessou pelas artes. Aprendeu pintura em porcelana, pintura em tela, formou-se bacharel em artes visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e fez curso de fusing em vidros – modelagem de vidro através de forno em alta temperatura. Descendente de família italiana e dupla cidadania, em 2008 procurou um curso de especialização na Itália, interessando-se por um curso de duas semanas na Scuola Mosaicisti del Friuli em Spilimbergo, Itália. “Lá chegando, fiquei apaixonada, pois o ambiente é de mosaico e respira-se mosaico em todas as horas do dia” Após o curso de duas semanas, conseguiu matricular-se no curso intensivo de Mosaico Tradicional Italiano, com duração de 3 anos. Com mais de 30 anos na época, foi necessário se submeter a várias regras exigidas pela entidade e o fator idade era um deles, pois a escola só aceita alunos com menos de 26 anos. Essa regra foi resolvida após uma

magazine 60+ #27 - Setembro/2021 - pág. 61

Passareti - Nossa Sra. das Graças

Passareti - Canção Nova

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