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Malu Alencar 63 e

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Tony de Sousa 61 e

Tony de Sousa 61 e

Fotos: Malu Alencar Maio, Nove de Julho, Sumaré, Pacaembu, Brigadeiro Luiz Antonio, Liberdade, Vergueiro.... O que aconteceu com a Paulista, a avenida mais alta e charmosa de São Paulo? Triste passar e ver que se tornou um local de abrigo para moradores humilhados pelo desemprego, pela fome e pobreza. Mas por onde passei, eu chorei.... chorei de tristeza e de vergonha. Como um país tão abençoado pela natureza e pela terra que tudo floresce, pode deixar a cidade mais importante do Brasil por seu potencial econômico, cultural.... ser literalmente destruída? Cadê a Praça da República que por anos foi um cartão postal de São Paulo? O que fizeram com o Terminal da Ana Rosa? Cadê os bancos para descanso de passageiros que esperam os ônibus? Os boxes de lanches viraram caixotes fechados sem janelas... Bairros inteiros sendo demolidos, destruindo vilas, prédios e casas antigas. Pinheiros, Perdizes, Vila Mariana e tantos outros viraram canteiro de obras. Ruas, calçadas, avenidas, praças.... a maioria abandonadas, verdadeiros lixões a céu aberto e que dificultam o andar de pedestres. Triste São Paulo que comemora 468 anos sem ter do que se orgulhar.

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Modernismo no Brasil

Marly de Souza C. Almeida Pres. da Academia Contemporânea de Letras

O Modernismo no Brasil teve seu início, após escritores, poetas, músicos e artistas se influenciarem por tendências estéticas europeias, que impulsionaram uma nova visão, uma nova consciência criativa brasileira em todo tipo de arte no século XX. Este movimento artístico, cultural e literário caracterizou-se pela liberdade estética, o nacionalismo e a crítica social. Teve seu marco com a Semana de Arte Moderna, liderada pelo chamado “Grupo dos cinco”: Anita Malfatti, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, e ocorreu de 11 a 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo. Foi um grande evento, com inúmeras e diversas apresentações e exposições, que impulsionou o surgimento de revistas, manifestos, movimentos artísticos e grupos que trouxeram ideias modernistas e experimentações estéticas inovadoras, consolidando o Modernismo no Brasil. O modernismo no Brasil foi um longo período (19221960), por isso está dividido em três fases, também chamadas de gerações: · Primeira fase modernista (1922-1930) – a fase heroica ou de destruição; lembrando o contexto histórico: Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que levou a morte de milhares de pessoas, a destruição de diversas cidades e a instabilidade política e social; golpes, revoltas, greves, insatisfação do povo, poder concentrado nas mãos das elites, crise econômica; Os escritores e as obras mais relevantes da primeira geração modernista, foram: · Mario de Andrade (1893-1945) - Obras: Paulicéia Desvairada (1922), Amar, Verbo Intransitivo (1927) e Macunaíma (1928). · Oswald de Andrade (1890-1954) - Obras: Os condenados (1922), Memórias Sentimentais de João Miramar (1924) e Pau Brasil (1925). · Manuel Bandeira (1886-1968) - Obras: A cinza das horas (1917), Carnaval (1919) e Libertinagem (1930). Retratavam em suas obras o radicalismo e o nacionalismo, busca de uma identidade nacional (regionalismos, linguagem informal, valorização do folclore, arte e cultura popular brasileira), versos livres (sem métrica), versos brancos (sem rimas), utilização do sarcasmo e ironia. · Segunda fase modernista (1930-1945) – a fase de consolidação ou geração de 30; golpe de estado, era de Vargas, fim da Segunda Guerra Mundial, que foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do Mario de Andrade

Mario de Andrade mundo, mais crise econômica e revoltas; Os escritores e os poetas (poesia de 30) e as obras mais relevantes da segunda geração modernista, foram: Poetas: · Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) - Obras: Alguma poesia (1930), A Rosa do povo (1945) e Claro Enigma (1951). · Murilo Mendes (1901-1975) - Obras: Poemas (1930), A poesia em pânico (1937) e As metamorfoses (1944). · Jorge de Lima (1893-1953) - Obras: Novos poemas (1929), O acendedor de lampiões (1932) e O anjo (1934). · Cecília Meireles (1901-1964) - Obras: Espectros (1919), Romanceiro da Inconfidência (1953) e Batuque, Samba e Macumba (1935). · Vinicius de Moraes (1913-1980) - Obras: Poemas, Sonetos e Baladas (1946), Antologia Poética (1954), Orfeu da Conceição (1954).

Na prosa: · Graciliano Ramos (1892-1953) - Obras: Vidas Secas (1938), São Bernardo (1934), Angústia (1936), Memórias do cárcere (1953). · José Lins do Rego (1901-1957) - Obras: Menino do Engenho (1932), Doidinho (1933), Banguê (1934) e Fogo morto (1943). · Jorge Amado (1912-2001) - Obras: O País do Carnaval (1930), Mar morto (1936) e Capitães da areia (1937). · Rachel de Queiroz (1910-2003) - Obras: O quinze (1930), Caminho das pedras (1937) e Memorial de Maria Moura (1992). · Érico Veríssimo (1905-1975) - Obras: Olhai os lírios do campo (1938), O Tempo e o Vento - 3 volumes (1948-1961) e Incidente em Antares (1971). · Jorge Amado (1912-2001) - obras principais (romance): Cacau, 1933; Jubiabá, 1935; Mar morto, 1936; Capitães de areia, 1936; Gabriela, cravo e canela (1958); Dona Flor e seus dois maridos, 1966; Tieta do agreste, 1977. Pretendiam com suas obras consolidar o modernismo no Brasil; uma vasta produção literária em poesia e prosa (poesia de 30 e romance de 30); a valorização do regionalismo e da linguagem popular; a utilização de versos livres (sem métrica), versos brancos (sem rimas); críticas à realidade social brasileira; a valorização da diversidade cultural do país; temática cotidiana, social, histórica e religiosa. · Terceira fase modernista (1945-1960) – a geração de 45. Esse momento, que ficou conhecido como “Geração de 45”, reuniu um grupo de escritores, muitas vezes chamados de neoparnasianos, que buscavam uma poesia mais equilibrada e objetiva. Assim, a liberdade formal, característica das fases anteriores, é deixada de lado para dar lugar à métrica e o culto à forma, com produções inspiradas no Parnasianismo e Simbolismo. Além da poesia, há uma diversidade grande na prosa com a prosa urbana, intimista e regionalista. As principais características desse período foram: · linguagem mais objetiva e equilibrada; · influência do Parnasianismo e Simbolismo; · oposição à liberdade formal;

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