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Cidália Aguiar 35 e
chegada do verão. Após retirados dos poços de conservação, os blocos de gelo eram envolvidos em palha, serapilheira e transportados, até à base da serra, no dorso de burros. O gelo seguia depois viagem, no interior de carros de bois, até ao rio Tejo, onde prosseguia a bordo dos “barcos da neve”. Chegados a Lisboa, apenas a 40 km de distância, abasteciam tanto a corte como alguns dos principais cafés Lisboetas. O café do Terreiro do Paço, mais tarde conhecido pelo Martinho da Arcada (Café de Fernando Pessoa), era um dos destinatários. A produção de gelo na serra de Montejunto funcionou durante cem anos e terá cessado no final do século XIX, mas a memória ficou no edifício, esquecido durante outros cem. Exemplar bem conservado e único na Europa, foi classificado de Monumento Nacional. Das dezenas de tanques que constituíam, ainda hoje são visíveis quarenta e quatro. Nesta descoberta da grande Serra de Montejunto, dos ventos que movem velas e arrastam memórias, encantámo-nos com a história, tradições e o que de melhor a serra tem para dar, uma paisagem deslumbrante.
Fontes: http://www.cadavalcativa.pt/patrimonio/patrimonio-arqueologico/1/monumento-nacional-real-fabrica-do-gelo http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/itinerarios/industrial/04/ Outras páginas da autora https://www.facebook.com/Aguiar.momentos https://www.instagram.com/aguiar.pela.arte/ http://urbanscidalia.blogspot.com/ https://www.pinterest.pt/ cidaliaaguiar/ https://www.facebook.com/cidalia.aguiar/
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Cultura Geral Justiça
Sergio Frug
ver? Justiça cega, caolha, ou não quer ver? Ou será que somos nós que não queremos
Por que estamos sempre apontando o que é injusto e desconhecendo o que é justo? Cansados da injustiça do mundo, esquecemos que ela começa dentro de nós. A nossa moeda, por exemplo, o dinheiro, é justo? Por que nunca nos interessamos pela origem do dinheiro que recebemos na troca por algo que oferecemos, assim como ninguém se interessa pela origem do dinheiro com que efetuamos os nossos pagamentos. O dinheiro é justo? O dinheiro pode ser justo sem que se conheça a sua origem? Pois dizemos que a corrupção é injusta, porém nunca nos ocupamos em saber qual a origem do dinheiro que recebemos e depois passamos adiante. Até que ponto então não participamos ativa ou passivamente da corrupção que dizemos assolar o mundo? O pior cego é o que não quer ver. A cada dia que aceitamos as coisas como são elas se tornam mais e mais frequentes desvios da verdade e da justiça. Por outro lado dificilmente vejo alguém se interessar pelo que de justo existe no mundo. Por quantas pessoas, por quantos e quais empreendimentos procuram efetivamente promover a justiça tanto a nível pessoal como coletivo, independente de qualquer instituição. Não nos damos o direito, nem nos interessamos por reconhecer o que é justo. O que gostamos mesmo é do que nos provoca o ódio e o clamor contra, em geral repe-