Casa da Rua Nova - desdobrável PT

Page 1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

residência burguesa do séc. XVII, de provável origem medieval, a casa da rua nova, pela antiguidade e beleza, bem como pelos critérios da sua recuperação (respeito integral pelo existente, técnicas construtivas, tipologia), mereceu o Prémio Europa Nostra tornado-se num significativo exemplo a seguir na reabilitação de Guimarães.

esc. 1:100

ALÇADO POSTERIOR

esc. 1:100

8

CORTE LONGITUDINAL

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

0

4

1

2

5

3

4

6

5

7

1

3

esc. 1:100

esc. 1:100

PORMENOR DA FACHADA DA RUA

esc. 1:50

0

PLANTA DO RÉS DO CHÃO

© MAPa2012 ,2012

1

2

3

2

4

5

PLANTA DO 1º ANDAR

1

0

0

1


Divisão MAPa2012 Rua Egas Moniz, 115 4810-082 Guimarães

e-mail: mapa2012@cm-guimaraes.pt mapa2012@gmail.com

web: mapa2012.tumblr.com olugarondevivemos.tumblr.com

coord (GPS): 41.44 | -8.29 tel: +351 253 511 213

1985 Prémio Europa Nostra - projeto de restauro e de adaptação da sede do GTL (atribuído ao Arq. Fernando Távora) 1993 Prémio Nacional de Arquitetura – Centro Histórico de Guimarães, Melhor Obra de Conservação (equipa do GTL de Guimarães), atribuído pela Associação dos Arquitetos Portugueses 1996 Prémio Real Fundação Toledo – Centro Histórico de Guimarães, Melhor Obra de Conservação

O edifício, que se encontrava num avançado estado de degradação seria comprado pela Câmara Municipal em finais da década de 70 (séc.XX), que deu início a um processo de reabilitação orientado pelo arquiteto Fernando Távora, e executado com recurso a mão de obra local. A intervenção levada a cabo procurou respeitar a identidade do edifício original, preservando a traça, a organização interna e a natureza particular dos processos construtivos e dos elementos arquitetónicos. Foi construída uma nova fachada posterior, que se encontrava em ruína, de acordo com os sistemas construtivos tradicionais e segundo um desenho que, respeitando o conjunto existente, não procurou mimetizar uma ideia de antiguidade.

© Miguel Frazão, 1982

À semelhança de muitos outros edifícios do núcleo mais antigo da cidade, a casa ocupa um lote estreito, com duas frentes, desenvolvendo-se em profundidade. Organiza-se em três pisos – o piso superior avança sobre o piso inferior, através de uma escada no centro, que organiza simetricamente o interior. A fachada principal, voltada para a rua, preserva quase intacta a sua identidade seiscentista, ostentando as portadas que não chegaram a conhecer a inovação do vidro (apenas nas portas centrais foram colocadas janelas envidraçadas), assim como os restantes elementos de madeira com pormenores de construção usuais à data.

© Nelson Garrido, 2011

como é conhecido o edifício da Rua Egas Moniz - nº 115, constitui um caso exemplar da arquitetura doméstica própria do núcleo urbano de Guimarães. Não se conhecendo com exatidão a sua data de construção, sabe-se que o primitivo edifício medieval, provavelmente do séc. XIV, foi reconstruído quase na totalidade durante o séc. XVII, de acordo com os sistemas construtivos e modelos visuais predominantes à época, tendo sofrido algumas adaptações nos anos subsequentes que se imiscuem no conjunto.

Nas traseiras, a fachada posterior, reconstruída nos anos 80 (séc. XX), vira-se para um logradouro, delimitado pela muralha medieval que corria paralelamente à rua.

© Luís Ferreira Alves, 1998

© Nelson Garrido, 2011

A casa da rua nova,

A robustez do piso térreo, delimitado por grossas paredes de granito, contrasta com a ligeireza dos pisos superiores, onde predominam as paredes executadas em taipa. Sistema construtivo que se caracteriza por utilizar a madeira como principal material estrutural, empregue em vigas ou tábuas que funcionam como um esqueleto bastante elástico, preenchido por tijolo burro ligado com argamassa de barro, no caso da taipa de rodízio, e revestido por ripas (fasquios) de madeira, no caso da taipa de fasquio.

Em 1985, o processo de reabilitação da casa da rua nova foi distinguido com o Prémio Europa Nostra, facto que muito contribuiu para que este caso pudesse servir de referência e modelo para outras intervenções no centro histórico. Nas décadas subsequentes o edifício serviu de sede ao antigo GTL – Gabinete Técnico Local, atual Divisão do Centro Histórico, um gabinete municipal que se dedica de forma sistemática e exemplar, há mais de 30 anos, a reabilitar esta área da cidade, à altura ainda bastante degradada e segregada.

Desde junho de 2010 está aqui sediada uma nova equipa municipal - MAPa2012 - que, com base na experiência adquirida pelo GTL, tem a incumbência de potenciar os valores patrimoniais, arquitetónicos e paisagísticos de todo o concelho de Guimarães. Um concelho com 240km2, 160 000 habitantes, 69 freguesias.

Essa atuação foi distinguida através de diferentes prémios: Real Fundación de Toledo, Prémio Nacional de Arquitetura, entre muitos outros; e foi determinante na inscrição do Centro Histórico de Guimarães na lista de Património Cultural da Humanidade, UNESCO, em dezembro de 2001.

Uma sede que é, em si mesma, uma aplicação prática de um conjunto de princípios e critérios que norteiam a reabilitação. Não apenas do “centro histórico”, mas d’o lugar onde vivemos1.

2001 Centro Histórico de Guimarães – Património Cultural da Humanidade UNESCO

1

alusão a O Lugar Onde Vivemos, programa do MAPa2012, www.olugarondevivemos.tumblr.com


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.