Construir & Cia - Edição 9 (2015/2016)

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Paraíba Dez / Jan / Fev - 2015. Ano 3 - Nº 9

CAMPINA

DESTAQUE NACIONAL COM O SEU NATAL ILUMINADO

Entrevista João Batista Sales, presidente do SINDUSCON-PB, e sua trajetória

2016 O que esperar para o próximo ano no ramo da construção

Avanço Campina começa a instalação do Complexo Industrial Aluízio Campos








ÍNDICE Materiais

O GESSO PODE SER UMA BOA OPÇÃO

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Entrevista

JOÃO BATISTA SALES PORTO

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Carreira

UM NOVO RUMO

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Fique sabendo

CAMINHÕES-PIPA

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Economia

BRENNAND CIMENTOS

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Morar bem

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RESOLVENDO CONFLITOS Realidade

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USO DO DRONE NA CONSTRUÇÃO Realidade

34

ARBORIZAÇÃO URBANA Realidade

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COMPLEXO ALUÍZIO CAMPOS Fique sabendo

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MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO Realidade

ESCRITÓRIO EM CASA

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Especial

NATAL ILUMINADO

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Fique sabendo

SUPRESSÃO VEGETAL

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Opinião

BLOCOS SEXTAVADOS FEITOS COM LIXO

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Opinião

CÍRCULO OPERÁRIO DE CAMPINA

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Opinião

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CRIAÇÃO DE STARTUPS Fique sabendo

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A ESCOLHA DO TERRENO Fique sabendo

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REDE DE ÁGUA E ESGOTOS Paisagismo

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O CHARME DOS JARDINS VERTICAIS Realidade

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EXPECTATIVAS PARA 2016 Dicas

ORGANIZAÇÃO NA MUDANÇA

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Fique sabendo

FISSURAS, TRINCAS E RACHADURAS

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Materiais

CASAS MODULARES

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Meio ambiente

SELEÇÃO DE LIXO

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Fique sabendo

LICENCIAMENTO DE OBRAS

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Agenda

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DE OLHO NOS EVENTOS Serviço

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IMPRESSÃO EM GRANDE FORMATO Onde encontrar

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EMPRESAS E PROFISSIONAIS

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EDITORIAL

Caro leitor,

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revista Construir&Cia chega para mais uma edição e traz uma série de reportagens pensadas para mostrar a você leitor o que há de melhor e também as principais novidades no ramo da construção civil na Paraíba e também no Brasil de uma forma geral.

Diante da atual crise econômica nacional, o mercado da construção civil tem buscado alternativas para não acabar envolto na recessão. O setor, que há muito tempo vinha crescendo, deu uma estagnada. Empresas de pequeno, médio e grande porte diminuíram suas produções ou fecharam as portas e centenas de profissionais ficaram ser ter como atuar. Nesta edição, você vai conferir como esse momento histórico vem afetando construtores e demais profissionais relacionados com a construção civil. Estamos trazendo também várias reportagens sobre meio ambiente, um dos temas de maior repercussão em dez entre dez mesas de conversa pelo país. Discutimos sobre coleta seletiva de lixo e as novidades para o seu reaproveitamento e reciclagem. E falando em meio ambiente, você sabe de quanto é o déficit no número de árvores em Campina Grande? Nós apuramos qual a quantidade exata de árvores que são necessárias para deixar a cidade nos padrões mundiais e também as dicas para quem quer plantar uma muda em casa. E o que falar sobre os drones? Esses aparelhos que são uma evolução tecnológica e que chegaram ao mundo dos construtores, seja para avaliar um terreno, acompanhar a evolução de uma obra ou até mesmo registrar com amplitude uma área para o marketing e venda de um empreendimento. Ele já se tornou um grande aliado quando o assunto é fazer um negócio unindo qualidade e tecnologia e nós explicaremos tudo para você. Temos ainda uma matéria explicando qual o procedimento legal para você instalar uma rede de água e esgoto em seu imóvel e muitas outras dicas. Tudo isso e muito mais você passa a conferir a partir de agora na revista Construir&Cia, pensada por nós em cada detalhe para trazer o que há de mais atual somente para você, nosso leitor. Fique à vontade porque aqui a casa é, literalmente, sua!

EXPEDIENTE PUBLISHER

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

Cícero Cezar A. Campos

Marçal Targino

Gratuita e Dirigida

EDITOR CHEFE

Geneceuda Monteiro DRT. 1641 REPORTAGEM

Thaise Carvalho Silas Batista Thalyne Menezes Isabelle Monteiro Carla Batista (Jornalista colaboradora) Débora Marx (Jornalista colaboradora)

FOTOGRAFIA

6.000 exemplares

REVISÃO

Claudioney Silva Cleide da Silva França

PRÉ-PRODUÇÃO

Isabelle Monteiro ANÚNCIOS

IMPRESSÃO

Agência Script

Gráfica Moura Ramos

É uma publicação dirigida da Agência de Publicidade Script A revista Construir & Cia não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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TIRAGEM

Cesar di Cesario Capa: Sergio Melo

ANUNCIE

(83) 99928.7734 (83)

98884.8831

Contato: Cícero Cezar agenciascript@yahoo.com.br

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OPINIÃO

Dayse Palhano Corretora de Imóveis

CONSTRUIR & CIA é uma revista completa e atualizada nas mais diversas áreas da construção civil em Campina Grande e regiões. Com diversas dicas de como comprar seu imóvel, registrar, decorar, preservar e administrar, de uma maneira envolvente e criativa. Sempre avaliados por competentes profissionais. CRECI 3467-F

Rogerio Cruz

Antônio Carlos Diretor

É uma revista que aborda temas variados, não só relativos a cadeia da Construção civil, como também, relativos a Indústria, Comércio e prestação de serviços. É uma Revista com publicações inovadoras, que vem promovendo a troca de informações e experiências sobre produtos, serviços e tecnologias, contribuindo desta forma para a evolução dos negócios de forma multiprofissional e desenvolvimento do setor e da nossa cidade. BLACK FIRE ACADEMIA DE FORMAÇÃO DE VIGILANTES

Empresário

A revista construir e cia, vem com seu portfólio para informar a todos os leitores, sejam eles da área de construção civil ou não, sobre o que há de mais atual no cenário da construção civil, tanto de Campina Grande como da nossa região e País. Um veiculo de comunicação deste tipo é de extrema importância para todos!!! SSA LOCAÇÕES DE EQUIPAMENTOS LTDA.

Lúcia de Fátima Professora

A Revista Construir & Cia traz a cada edição temas importantes e atuais. Nela encontro dicas valiosas que toda dona de casa precisa, além de matérias que esclarecem “broncas” casuais de maneira simples e prática. É uma revista riquíssima, aborda os conteúdos com qualidade e aprofundamento.

Sua opinião é importante

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Envie sua mensagem por e-mail para contato@construirecia.com.br

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MATERIAIS

Gesso O GESSO É UM GRANDE ALIADO DE ENGENHEIROS E ARQUITETOS

B

astante utilizado nos Estados Unidos, Canadá e em países da Europa, o gesso também vem crescendo no ramo da construção civil aqui no Brasil, seja para revestimentos, rebaixamentos ou divisórias. O gesso é um material pulverulento branco, obtido pela calcinação de uma rocha chamada gipsita, encontrada em abundância em nosso país, principalmente no Pará e Pernambuco. Assim como o cimento, ele aglomera após ser misturado com água. Depois de um tempo endurece e ganha resistência.

Vantagens Possui facilidade de moldagem - sendo excelente para acabamentos e efeitos decorativos como sancas e molduras. Possui boa aparência - se bem aplicado, elimina a necessidade de massa corrida antes da pintura. Possui

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propriedades

térmicas

e

acústicas – sendo também um bom isolante para evitar a propagação de incêndios. Colabora na produtividade – como a aplicação do gesso é mais rápida e fácil do que as das argamassas convencionais, seu tempo de cura é menor. Possui boa aderência à alvenaria e concreto – Porém sua espessura deve ser pequena com paredes ou tetos regularizados. Quando usado em revestimentos, a espessura da camada de gesso deve ter em média 0,5cm (embora possa atingir até 2cm). Mais do que isso, o gesso pode trincar. Baixo custo – se comparado às argamassas convencionais. O que varia é só a disponibilidade do material e de mão de obra.

Decoração Para quem quer algo simples e barato uma boa opção é o acabamento de parede com gesso. As faixas e uma boa iluminação

podem dar um charme entre a parede e o teto. Outra dica é o rebaixamento, também chamado de forro de gesso. Através dele são embutidos todos os canos e fios. Outra utilidade do gesso na decoração é para esconder o varão da cortina através de um forro. Com isso seu projeto ficará mais charmoso. Nas sancas são embutidas lâmpadas, geralmente do tipo dicroica ou LED. Com o gesso também é possível fazer um caminho de luz, deixando o ambiente bem harmonioso. Já para os quartos, é possível criar móveis e nichos com uma iluminação que dá um grande destaque ao espaço. Nos banheiros, podem armazenar toalhas, vidros e um pequeno jarro. Na sala, um pequeno nicho pode receber porta retratos, vasos ou objetos de decoração. Com gesso na mão, um bom projeto e excelentes profissionais, sua casa ficará super charmosa e o melhor, gastando pouco.

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ENTREVISTA

João Batista AMOR PELA CONSTRUÇÃO Por Thaise Carvalho

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H

á um ano na presidência do Sindicato da Construção e do Mobiliário do Estado da Paraíba, João Batista Sales Porto conversou com a Construir & Cia. e contou sua história de vida, atividades na área de construção civil, além dos desafios e conquistas a frente do SINDUSCON-PB. Natural de Alagoa Nova, João Batista veio para Campina Grande com apenas um ano de idade, em meados da década de cinquenta, quando a zona rural passava por uma grande crise. Em busca de melhorias para a sua família, seu pai trabalhou na Rainha da Borborema como operário, primeiro da indústria de agave e algodão e posteriormente da construção civil, como servente de pedreiro e pedreiro. Já aos sete anos, para ajudar no orçamento da casa, João além de estudar também trabalhava. Vendia comidas e bugigangas. E desde aquela época sabia a importância do estudo e nunca o deixou de lado. Trabalhava cerca de 9 horas por dia e ainda encontrava forças para estudar à noite. Além de vendedor, foi operário em fábrica de alimentos e, posteriormente, concursado da Prefeitura Municipal como cadastrador. Nesse período, ingressou na Universidade Federal da Paraíba, atual Universidade Federal de Campina Grande, onde se graduou em Engenharia Civil. Foi na graduação que ele resolveu abdicar do seu emprego público para estagiar na área de seu curso, como desenhista técnico, onde deu seus primeiros passos na construção civil. Logo depois que se formou em Engenharia Civil enfrentou a grande crise econômica do final da década de oitenta e viu nela a oportunidade para criar junto com um amigo o seu próprio negócio, empreendimento que possui até hoje. Em entrevista a Revista Construir & Cia., Sales contou detalhes da sua trajetória como empresário e também como presidente do SINDUSCON-PB.

Construir & Cia – Como surgiu o convite para assumir a presidência do Sindicato da Construção e do Mobiliário do Estado da Paraíba – SINDUSCON-PB? Sales – Comecei minha trajetória no sindicato em 2001. Eu e mais um grupo de jovens resolvemos procurar a entidade para fortalecer o ramo da construção civil no estado. Só através do SINDUSCON é que a gente consegue determinadas conquistas a nível municipal, estadual e federal. No meu caso, desde 2004 me mantenho presente na turma principal, inclusive como vice-presidente e agora em 2014 acharam que estava na hora de eu assumir a presidência. Houve a eleição e eu ganhei, assumindo assim o cargo. Construir & Cia – E agora como presidente, quais estão sendo seus maiores desafios? Sales – Cada período tem suas lutas diferentes. No início da década de 2000 as principais dificuldades eram com impostos. A forma de cobrança era injusta. Naquela época não se tinha uma presença firme na construção civil e à medida que as coisas foram avançando

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Essa crise veio para ficar um bom tempo. Não é resolvendo a parte política que ela vai cessar. Ela pode amenizar. É uma crise de fundamentos econômicos que foram agredidos violentamente nos últimos 10 anos. João Batista EMPRESÁRIO

foi se vendo que era preciso que o estado e o município fossem mais solidários com a construção civil, porque é uma área que gera muito emprego, gera muita renda, trabalha com dinheiro em espécie, paga semanalmente e isso é muito importante para o comércio da cidade. Fora as mudanças que acontecem na própria cidade, as construções que mudam a estética, as construções de casas e prédios que geram mais impostos para a Prefeitura. A construção civil é, sem dúvida, muito importante para a sociedade e precisamos sempre fortalecê-la. Construir & Cia – Qual a principal característica do ramo da Construção Civil em Campina Grande? Sales – Temos um grande privilégio: quase todas as construtoras são aqui da cidade. Você chega a outros locais, como João Pessoa, Natal, Recife, Aracajú, Maceió, todas essas cidades têm empresas de fora construindo e nem sempre gerando investimentos para a própria cidade. Aqui em Campina somos uma exceção, ou seja, todos amam o local, gostam de investir na cidade. Boa parte das empresas campinenses quando

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tem um bom saldo de caixa passam a investir mais ainda em Campina e isso é muito importante para todos. Construir & Cia – Quais foram as ações do sindicato no ano de 2015? Sales – A gente tem marcado presença em eventos municipais, estaduais e nacionais como o ENIC - Encontro Nacional da Indústria da Construção, estamos sempre presentes lutando, reivindicando. Estivemos presentes também no ENAI - Encontro Nacional da Indústria, e em eventos e feiras internacionais, como a Expo Milão, Feira Internacional de Construção em São Paulo, Concrete Show, sempre em busca de melhorias para a categoria. Isso nos ajuda demais. Construir & Cia – Enquanto presidente da SINDUSCON, a crise econômica afetou muito a construção civil? E como será 2016 neste segmento? Sales – Na verdade essa crise veio para

ficar um bom tempo. Não é resolvendo a parte política que ela vai cessar. Ela pode amenizar. É uma crise de fundamentos econômicos que foram agredidos violentamente nos últimos 10 anos. E quando você tem isso, acaba tendo muita dificuldade para colocar as coisas nos trilhos. Este foi um ano difícil, ano que vem também tende a ser. Os resultados dos desempregos de 2015 vão aparecer com mais ênfase em 2016, porque as pessoas em 2015 tinham o seu seguro desemprego, o resultado da sua rescisão trabalhista e ano que vem ela não tem mais essa renda e nem o emprego. Construir & Cia – Você acompanhou no início de sua carreira as crises dos anos 80 e 90. Em sua opinião, podemos comparar a crise atual com as do passado? Sales – Não, ela não é nem parecida com a crise dos anos 80 e 90. Essa crise é muito mais amena. Não dá para comparar. Construir & Cia – Tendo então este

cenário de crise em vista, quais as expectativas do SINDUSCON para 2016? Como vocês pretendem atuar para continuar movimentando o ramo da construção civil no nosso estado? Sales – Com relação ao sindicato, primeiramente vamos fazer com que nossos associados compreendam o momento econômico. O momento não é de grandes aventuras. Mas ninguém pode parar, porque o mercado sempre vai ter portas abertas, a gente sempre vai ter pessoas precisando morar e com condições de comprar essa moradia, não no mesmo volume, mas terá. Então parar jamais. Procurar os nichos de mercado que sempre vão existir e aí se adaptar a uma nova situação, inclusive em níveis de preço, porque a nossa indústria de base também vai se adaptar. Vamos sobreviver tranquilamente, isso eu não tenho dúvidas.

João Batista acredita que a indústria da construção não deve parar, mas se adaptar à atual situação econômica do país

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CARREIRA

Corretor EM TEMPOS DIFÍCEIS O CORRETOR DE IMÓVEIS MUDOU SUA FORMA DE ATUAR PARA SE MANTER NO MERCADO DE TRABALHO

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A

crise econômica e política já bateu à porta de todos. Hoje em dia, na hora de fechar um negócio, principalmente a compra de um imóvel, o cuidado tem sido redobrado. Com isso a profissão de um corretor de imóveis vem se transformando ao longo do tempo. Quem busca destaque em meio a tantos desafios deixou de ser um simples vendedor em busca de comissão, um mostrador de imóveis, e passou a ser também um consultor, um avaliador, um pesquisador. Além de se especializar naquilo que oferece ao seu consumidor, o corretor passou também a estudar seu possível cliente, suas necessidades, seu sonho da casa própria. Um cliente satisfeito é sinônimo de mídia espontânea, ou seja, além de estar feliz com a sua aquisição, ele indicará a outros possíveis clientes o serviço do profissional que o ajudou. Outra aliada do corretor de imóveis é a rede social. Com as novas tecnologias torna-se necessária tê-las em sua estratégia de vendas. Para isso, o profissional precisa mais uma vez ir em busca de profissionalização, para que a divulgação no mundo virtual seja feita da forma correta. Thiago da Silva Carvalho tem 28 anos e é corretor de imóveis há um ano e nove meses. Entrou no ramo depois de duas

O processo de compra está mais complexo, as ofertas de imóveis são inúmeras, as informações são diversas. Então é preciso ter uma atenção especial com o cliente, uma comunicação mais precisa, mais assertiva.

decepções na hora de comprar o seu imóvel. Viu através dessas experiências a oportunidade de fazer diferente dos profissionais com os quais teve contato

e investiu em sua profissionalização. Inscreveu-se no curso de transações imobiliárias em uma escola técnica de Campina Grande e, depois da conclusão, inscreveu-se no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) e entrou no mercado de trabalho. Atualmente, faz parte da RE/MAX, empresa imobiliária internacional que está há mais de quarenta anos no mercado, com seis mil e trezentas franquias e cem mil corretores espalhados em noventa e sete países. Thiago acredita que para se ter um bom desempenho e sucesso no mercado imobiliário é imprescindível que o corretor de imóveis esteja sempre se reciclando sobre assuntos pertinentes à sua profissão “É necessário se atualizar sobre disponibilidade e preços de imóveis, taxas de juros exercidos nos financiamentos, além de ter uma noção básica sobre arquitetura, direito, engenharia e psicologia, afinal temos que entender tudo sobre o cliente e sobre os imóveis para atender as necessidades de cada um deles”, comenta Thiago. Outro diferencial que o corretor diz possuir é que sua empresa oferece uma grande ferramenta, uma universidade corporativa que tem o intuito de promover a educação continuada, oferecendo palestras e treinamentos pessoais para a capacitação de todos os corretores associados. Além disso, Thiago sempre participa de eventos voltados à

Mesmo com a crise, o mercado imobiliário em Campina Grande avança e a cidade cresce

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sua profissão e ao mercado imobiliário, a exemplo do IMOBTIME, grupo criado por corretores na cidade de Campina Grande que visa parceria, palestras e treinamentos com assuntos relacionados aos corretores de imóveis. Quanto ao cenário atual, Thiago acredita que a principal crise é a mental. Essa, de acordo com ele, realmente impacta na decisão do cliente que, às vezes, já está com o dinheiro em mãos, mas a situação da economia atual o deixa

inseguro e retraído na hora de fazer algum investimento. “E é nesse momento que entra o papel do corretor de imóveis, pois isso requer um profissional capacitado para guiar o cliente e ajudá-lo a efetuar a melhor negociação possível”, explicou Thiago Carvalho. Em 2016, Thiago acredita que o país terá uma reorganização macroeconômica, e os corretores de imóveis acompanharão de perto os ajustes e comportamentos

econômicos. Algumas construtoras já estão se adaptando às novas situações e realidades dos clientes, seja oferecendo um prazo maior de financiamento, parcelando o preço à vista sem juros ou até mesmo dividindo a entrada do imóvel “a economia deve continuar girando e as oportunidades não vão deixar de surgir, devemos estar preparados para agarrá-las e levá-las para o nosso cliente no momento mais oportuno”, finaliza o corretor.

NO BRASIL A PROFISSÃO DE CORRETOR DE IMÓVEIS SÓ PODE SER EXERCIDA POR PESSOAS DEVIDAMENTE INSCRITAS NO CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS. A PRIMEIRA REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL, DATA DE 27 DE AGOSTO DE 1962, O QUE DEMONSTRA SER, NO BRASIL, UMA PROFISSÃO RELATIVAMENTE NOVA. ESTA REGULAMENTAÇÃO INICIAL VEIO PELA LEI Nº 4.116 DE 27/08/62, QUE, EMBORA TÍMIDA, TROUXE OS PRIMEIROS PARÂMETROS DE DESEMPENHO PARA A CATEGORIA.

Um bom corretor precisa Gostar de trabalhar com pessoas Neste ramo não há um padrão rígido de atendimento, cada cliente possui suas particularidades e necessidades e ajudá-lo a achar o imóvel ideal pode demorar certo tempo.

Divulgar com profissionalismo seu trabalho nas Redes Sociais Hoje em dia todo mundo procura referências no mundo virtual. Se o trabalho do corretor for divulgado da maneira certa, ajudará a passar credibilidade ao seu possível cliente.

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Possuir uma intermediação imobiliária diferenciada Ter técnica de venda, conhecer a fundo seu mercado e o seu produto também é imprescindível.

Se atualizar sempre Diariamente surgem novidades no ramo da construção civil, o que pode ajudar o profissional na hora de atender as necessidades de seus clientes. Por isso, é importante se qualificar através de cursos, palestras, livros e claro, também pela internet.

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FIQUE SABENDO

Pipa O MINISTÉRIO DA SAÚDE DIVULGOU AS NORMAS QUE DEVEM SER SEGUIDAS POR EMPRESAS PARA QUE A ÁGUA DOS CAMINHÕES-PIPA SEJA BOA PARA CONSUMO

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e acordo com a Cagepa, na segunda quinzena de dezembro de 2015 estaremos atingindo o volume morto do Açude Epitácio Pessoa. O açude de Boqueirão, que abastece Campina Grande e mais 18 cidades, teve sua pior marca da história registrada no final de novembro deste ano, com 13,8% da sua capacidade total de armazenamento. Antes disso a pior marca tinha sido registrada no ano de 1999, com 14,9% do total.

potável;

Mesmo com a interrupção do abastecimento de água durante cinco dias em Campina Grande e em cidades circunvizinhas, em breve dependeremos das obras para a captação do volume morto para termos água nas torneiras.

• A abertura para enchimento deve ter tampa com borracha de vedação e presilha de fechamento;

Uma alternativa que já está sendo utilizada pela população é a água fornecida através de caminhões-pipa. Mas para que essa água também seja própria para consumo, a empresa fornecedora precisa seguir uma série de normas divulgadas pelo Ministério da Saúde.

Deve Ter: • Uso exclusivo para transporte de água

• A inscrição “ÁGUA POTÁVEL” visível no caminhão; • Dados de endereço e telefones para contato do responsável, no tanque do caminhão-pipa; • Parte interna do caminhão-pipa lisa e impermeável, construída ou revestida de material anticorrosivo e antioxidante, não tóxico, que não altere a qualidade da água;

• A torneira de saída de água do tanque também deve ter vedação, para impedir a entrada de insetos;

Limpeza • Uma vez ao mês, quando houver mudança na fonte de abastecimento ou quando a água transportada apresentar contaminação, inconformidade ou outro problema; •

A limpeza do veículo não deve ser

feita com sabão, detergente ou outros tipos de produtos de limpeza. Após a lavagem, a desinfecção deve ser feita a base de cloro; • Para a limpeza, os pipeiros precisam utilizar os equipamentos de proteção,

• Acesso destinado ao descarte que sobra da lavagem e desinfecção de rotina.

como óculos de segurança, máscara,

Não pode ter:

Caso seja encontrada alguma anor-

• Perfurações;

contato com o Ministério da Saúde,

• Vazamentos;

através do Disque-Saúde 136 ou pela

• Amassados;

ouvidoria geral do SUS, através do site:

• Ferrugem.

www.saude.gov.br.

luvas de látex, botas e roupa adequada.

malidade, a população pode entrar em

Para transportar água potável os caminhões-pipa devem atender as normas do Ministério da Saúde

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ECONOMIA

Brennand JÁ CONHECIDO POR MUITOS, O GRUPO CHEGA À PARAÍBA COM SEU POLO CIMENTEIRO

O

grupo Ricardo Brennand, surgido da reestruturação societária do grupo Brennand, fundado em 1917, iniciou sua própria história no ano 2000, com a criação da Brennand Energia e implantação de suas primeiras usinas hidrelétricas. Muito conhecido no Brasil, as operações do grupo envolvem atividades nos setores de energia, imobiliário, cimento e desenvolvimento social-cultural. Hoje, a Brennand Cimentos é o mais moderno complexo industrial de cimento do Brasil e acaba de implantar sua nova fábrica aqui na Paraíba, no município de Pitimbu. Com a visão de ser uma empresa referência em qualidade, atendimento e resultados no mercado cimenteiro, o grupo Ricardo Brennand investiu cerca de 1,2 bilhões de reais e retomou suas operações nesse setor em 2005, com a implantação da primeira fábrica Brennand Cimentos em Sete Lagoas (MG).

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Somadas, as duas fábricas possuem uma capacidade produtiva anual de 3,3 milhões de toneladas de cimento, proporcionada pela mais avançada tecnologia do mundo em todos os seus processos produtivos, priorizando a máxima qualidade desde a matéria-prima até o produto final, para produzir um cimento de alta qualidade e desempenho superior, o Cimento Nacional. As fábricas possuem um pré-aquecedor de seis estágios com 120 metros de altura e têm capacidade diária de 3.600 toneladas de clínquer (matéria-prima do cimento). O forno de clínquer de última geração garante um consumo térmico entre os mais baixos do mundo. Além disso, para garantir a padronização e homogeneidade dos produtos, a Brennand Cimentos possui um analisador de nêutrons online, o único do Brasil, que assegura a análise química constante de 100% da matéria-prima, com controle

em tempo real. A infraestrutura de pesquisa, desenvolvimento e controle de qualidade de produtos conta com assessoria técnica aos clientes por meio de laboratórios de concreto fixo e móvel, de última geração, oferecendo soluções adequadas às demandas de cada cliente, com produtos de alta confiabilidade, desempenho e custo benefício. O Cimento Nacional, do grupo Ricardo Brennand, proporciona um maior rendimento na aplicação, grande aderência, alta resistência, qualidade constante e uniformidade. A Brennand Cimento já está presente nos principais canais de vendas e, na Paraíba, a marca conta com a força comercial do grupo “Mais Cimentão”, distribuidor de cimento e agregados, já consolidado no mercado do estado.

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MORAR BEM

Bichos RESOLVEDO PROBLEMAS COM OS VIZINHOS E SEUS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

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uem nunca se deparou, seja você morador de apartamento ou casa, com barulho, lixos depositados em locais inapropriados, mau cheiro ou cachorros que defecam na grama ou calçada? Os exemplos citados são perturbações que atingem níveis, às vezes, insuportáveis. As regras de conduta nem sempre são cumpridas com civilidade. Esse mal-estar contemporâneo e conflitos entre vizinhança podem até desaguar no Poder Judiciário, tanto no âmbito civil como também na esfera criminal. Dentre muitas leis, podemos citar o Decreto-lei n° 3.688, que em seu artigo 42, das Contravenções referentes à paz pública, estabelece que: perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios: I – com gritaria ou algazarra; II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem guarda. Aplica-se a pena de: prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa. (disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del3688.htm) Já informados que o descumprimento de algumas regras tem previsão constitucional, observamos que muitos

“vizinhos” são desinformados ou não andam preocupados com as consequências das condutas abusivas. Na edição passada da revista Construir & Cia., comentamos que os problemas entre os moradores ultrapassam a barreira do leve incômodo e passam a ser um mal permanente. Outro grande problema de convivência são aqueles vizinhos que possuem algum animal e fazem descaso para: o barulho que eles provocam; o mau cheiro pela falta de cuidado adequado; e também por não retirarem as fezes ao passearem com os queridos bichinhos. Temos consciência de que vivemos em um século agitado e que a correria muitas vezes impede os donos de animais domésticos de darem a atenção e terem o cuidado merecido para essas questões. Porém, o nosso alerta é que não façam descaso diante dos problemas citados, pois além de incomodar e tirar a paz do vizinho, você (caso seja dono de algum animal doméstico) poderá estar tirando a paz do seu próprio animal ao não prestá-los os cuidados necessários. Um animal que não tem um ambiente limpo tende a ser mais agitado e isso provocará mais barulho para o seu vizinho. Conversamos com a advogada Izabel Medeiros, moradora de um condomínio em João Pessoa, que nos relatou ter

passado por uma situação constrangedora. “Resido há anos no condomínio e sempre convivi tranquilamente com meus vizinhos e seus animais domésticos. Porém, no início do ano recebemos uma vizinha que possui dois cachorros. Até então, não observei nenhum problema, pois já tinha essa convivência aqui no prédio. Porém, a dona dos cachorros costuma passar o dia fora e os cachorros tornaram-se motivo de chateação para muitos do prédio. Os animais latiam o dia inteiro e tiravam a paz, tanto dos vizinhos, como também dos respectivos cachorros que existem no prédio. Em reunião de condomínio citamos algumas dicas e estamos tentando melhorar a situação”. Izabel também informou que a situação foi tensa no início, pois ninguém gosta de chamar a atenção daquele que não conhece bem, porém no caso citado foi necessário. Mas, com o passar dos meses a “colega que mora ao lado” tem procurado amenizar algumas das queixas. É importante ressaltarmos que muitos dos problemas podem ser resolvidos com diálogo. Porém, é necessário que ambas as partes estejam abertas para a ajuda e solução dos transtornos. Afinal, deve-se buscar uma harmonia para que o ambiente esteja, pelo menos, na maior parte do tempo, tranquilo. Sendo necessária a compreensão de ambos os lados.

Para se manter um animal doméstico sem incomodar os vizinhos é preciso bom senso e cuidados especiais

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REALIDADE

Drone CONHEÇA O EQUIPAMENTO QUE MODIFICOU O ACOMPANHAMENTO DE OBRAS E VENDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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eja para avaliar um terreno, acompanhar a evolução de uma obra ou até mesmo registrar com amplitude uma área para o marketing e venda de um empreendimento, o drone, pequena aeronave não tripulada, já conquistou diversos empresários no seguimento da construção civil e se tornou um grande aliado quando o assunto é fazer um

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negócio unindo qualidade e tecnologia.

A história O Drone foi criado como veículo de reconhecimento de ações militares na década de 50 nos Estados Unidos. A princípio ele tinha somente um caráter espião, mas em 1994 as Forças Armadas dos Estados Unidos passaram a testá-lo com armas e

a sua primeira utilização em guerras foi no Afeganistão, em 2001. Mas deixando de lado o contexto militar, os drones estão sendo cada vez mais utilizados por cidadãos comuns em diferentes áreas. Fotógrafos e cineastas passaram a inovar no registro de festas de aniversários, casamentos, eventos e filmes, tornando o registro muito mais dinâmico e criativo. Há também

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profissionais que utilizam o equipamento para registrar áreas distantes e até de difícil acesso. Há também empresas que já estão realizando testes para que os drones se tornem também entregadores de mercadorias e encomendas.

Como funciona O Drone, veículo voador de pequeno porte, é comandado remotamente por um operador. Se atendo ao equipamento utilizado para uso doméstico, geralmente é feito de fibra de carbono, com alguns detalhes de metal e plástico. Nele são utilizados quatro motores, localizados nas extremidades dos quatro eixos. Esses pequenos motores são elétricos e junto a eles giram pequenas hélices que dão sustentação ao voo do dispositivo. No corpo do drone há baterias pequenas e na fuselagem está a placa lógica que contém dois sistemas de navegação e controle. A maioria dos drones possuem câmeras boas, alguns com registros de imagens em 4K.

Na compra de um terreno um drone pode fornecer informações técnicas e imagens em 360 graus. Através dele é possível, inclusive, ter informações precisas sobre cada possível pavimento e cômodo do prédio.

Utilização

e imagens em 360 graus. Através dele

Na compra de um terreno um drone pode fornecer informações técnicas

precisas sobre cada possível pavimento

é possível, inclusive, ter informações e cômodo do prédio, auxiliando os

empreendedores na hora de realizar uma boa compra. Já em um canteiro de obras os drones podem auxiliar em vistorias, chegando em locais de difícil acesso, como local de uma caixa d’água ou um teto. Podem também mostrar através de imagens a qualidade do serviço realizado e de possíveis manutenções. E quando o empreendimento está concluído, o drone se torna uma grande ferramenta para o marketing. Com ele é possível, através de um sobrevoo, mostrar a obra completa, cativando possíveis compradores. É possível também mostrar um prédio, andar por andar. O que antigamente era vendido apenas através de uma planta baixa ou através da perspectiva de uma fachada, hoje com este equipamento faz-se um tour por um apartamento decorado e por qualquer local que alguém deseja ver. Outro ponto positivo é poder mostrar com precisão o entorno da obra, o que muitas vezes é avaliado na hora de se comprar um bem durável.

Os drones estão sendo utilizados para visualização aérea de lotes e residências à venda Além disso, com eles é possível fazer imagens aéreas de grandes regiões

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MEIO AMBIENTE

Verde SAIBA O QUE FAZER PARA DIMINUIR O DÉFICIT NO NÚMERO DE ÁRVORES EM SUA CIDADE

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pesar das várias campanhas e incentivos ao plantio de árvores, é notório que várias cidades no Brasil ainda têm um déficit enorme com relação à arborização. Em Campina Grande, por exemplo, esse número chega a atingir cerca de 70 mil árvores na cidade, segundo levantamentos que são feitos frequentemente por instituições que acompanham e fazem o acompanhamento dos índices relacionados ao meio ambiente. Segundo o biólogo e ambientalista Antônio Lopes, que tem grande atuação na região da Borborema, há uma grande necessidade, principalmente pelas mudanças climáticas que estão acontecendo no planeta, de uma constante campanha de incentivo ao plantio de árvores. “Essas mudanças climáticas, secas cada vez mais longas aqui na região Nordeste, chuvas fora dos níveis normais na região sul e sudeste, inclusive com a incidência de fenômenos como tornados, que não são tão comuns aqui no Brasil, estão acontecendo com uma frequência cada vez maior, demonstrando que há um desequilíbrio natural avançado. E uma das maneiras de minimizar esses efeitos

Há uma grande necessidade, principalmente pelas mudanças climáticas que estão acontecendo no planeta, de uma constante campanha de incentivo ao plantio de arvóres.

é aumentando a quantidade de árvores, principalmente nas áreas urbanas, que têm a poluição como mais um agravante para piorar a qualidade de vida”, explicou o ambientalista. Antônio Lopes explica ainda que “são

vários tipos de árvores existentes na natureza, mas para se plantar em frente a uma casa, no meio da rua, são tipos bem específicos. A preocupação é que o tipo de árvore utilizado seja um que não vá prejudicar a estrutura das construções que existam no local. Muitas árvores têm raízes que se expandem muito e, se não houver uma maneira de controle, o que geralmente não há, vão acabar acontecendo vários prejuízos e, na verdade não é isso que ninguém quer”. O especialista recomenda que sejam plantadas árvores de raízes não tão agressivas, como por exemplo os ipês, craibeiras, aroeiras e acácias. Esses exemplos são de árvores de um bom porte, que fazem bem o papel de oferecer sombra e purificar o ar, sem comprometer qualquer estrutura de casa, prédio, ou até do próprio revestimento que cobre o local. Por outro lado, é completamente desaconselhável a plantação de árvores frutíferas e algumas como a algaroba, exemplar que é bem comum de ser encontrado nas ruas e praças pelas cidades. “Esse tipo de árvore não é recomendado o seu plantio em frente à residências e nem em vias públicas. Elas têm raízes agressivas, como costumamos dizer, que vão em busca de um local onde

A Prefeitura de Campina Grande criou o projeto “Minha árvore” com o objetivo de arborizar novas áreas da cidade

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haja água e para isso acabam danificando o que encontram pela frente no intuito de alcançar seu objetivo. O que a gente pode analisar como um problema e, para evitá-lo, é melhor plantar outros tipos de árvores.

Fique atento Em Campina Grande, a Prefeitura Municipal, assim como a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) têm criadouros de mudas que possibilitam que a comunidade pegue um exemplar para plantar em sua casa, diversas vezes de maneira gratuita. Na UEPB, por exemplo, o projeto “Adote uma Árvore”, dispõe de três viveiros de mudas: dois localizados às margens do Açude de Bodocongó e um no Campus II da UEPB, em Lagoa Seca. No caso da Prefeitura, o Projeto Minha Árvore já realizou o plantio de cerca de oito mil mudas de árvores, de diversas espécies, em escolas, praças e ruas da

cidade. Criado em junho do ano passado, pela Coordenação de Meio Ambiente da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, o Projeto Minha Árvore pretende aumentar em quase 30 mil o número de árvores em Campina Grande. Também foi criado o viveiro de plantas, em substituição ao antigo Horto Florestal, que funcionava às margens do Açude de Bodocongó e que foi desativado durante a gestão passada. No novo viveiro, que funciona no terreno do antigo escritório do Ibama, no Serrotão, já foram produzidas mais de 20 mil mudas de árvores de diversas espécies.

Curiosidades • Campina Grande tem um déficit de 30 mil árvores a serem plantadas nos próximos anos; • Se for fazer o plantio de uma árvore em sua casa, escolha sempre espécimes que não tenham raízes muito “agressivas”,

que não invadam as estruturas de concreto, por exemplo; • Nunca plante em sua casa ou nas vias públicas árvores frutíferas; • Algaroba, planta bem comum na região, também não são aconselháveis de serem plantadas na frente de casa ou nas ruas, porque as raízes delas sempre procuram lugares com água e podem danificar estruturas; • A conservação das árvores é de responsabilidade dos órgãos públicos, quando elas estão em áreas de ruas ou avenidas, e dos proprietários das casas quando elas estão em frente aos domicílios; • Um árvore adulta gera o equivalente em oxigênio para suprir a necessidade de até dez pessoas; • A sombra delas também é um benefício, já que vivemos em um planeta que tem tido sucessivos aumentos na sua temperatura média;

Nem todas as arvores podem ser plantadas em calçadas. Muitas possuem raízes que necessitam de espaço e devem ser evitadas em zonas urbanas

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REALIDADE

Avanรงo CAMPINA GRANDE GANHA UM NOVO COMPLEXO INDUSTRIAL

Por Geneceuda Monteiro

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ma área de 800 hectares, localizada no Ligeiro – equivalente a 10% do perímetro de Campina Grande – com investimento total estimado em R$ 1 bilhão alicerça o projeto que promete ser um marco histórico na economia campinense. Os números citados apontam para a implantação do Complexo Aluízio Campos, um projeto audacioso, no qual será instalado o novo distrito industrial da cidade. Com as obras já iniciadas, as estimativas indicam que após finalizadas, cerca de 300 empresas devam se instalar no local, no período de maturação de 10 a 15 anos. Para se ter uma ideia, dados informados pelo secretário de Obras e Planejamento da Prefeitura Municipal de Campina Grande, André Agra, indicam que 172 cartas de intenções de empresas de grande e médio porte, interessadas em se instalar no novo complexo, já foram protocoladas na PMCG. Além de 330 micros e pequenas empresas previstas para se instalarem na área menor, anexa ao complexo industrial. “A meta é que já nesse biênio 2016/2017 sejam instaladas as 20 ou 30 primeiras empresas de grande e médio porte e mais umas 40 a 50 micros e pequenas empresas”.

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Segundo o secretário, após instaladas, há expectativa que tais empresas gerem, anualmente, um faturamento de R$ 2,5 bilhões e 15 mil empregos, isto quando o projeto estiver consolidado. Para o presidente da Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico (Amde), Alcindor Vilarim, “as empresas cadastradas têm um potencial de investimento inicial de R$ 36 milhões. Já o faturamento mensal previsto será da ordem de R$ 135 milhões”. Ele acrescenta que boa parte das empresas atuam no segmento de panificação, porém as demais atuarão em áreas diversificadas. O presidente destacou que o interesse do empresariado pelo futuro complexo industrial é crescente, pois a Amde recebe, diariamente, propostas de empresas interessadas em se instalar na nova área. “De fato, estamos presenciando o início histórico de um novo ciclo de desenvolvimento local, pois a cidade contará com um privilegiado espaço econômico, marcado por investimentos amplos e diversificados”, declarou. Sobre a infraestrutura para abrigar as empresas, o secretário André Agra adiantou que o Complexo Industrial Aluízio Campos compreende uma área

Projetado para fomentar a economia da cidade, a injeção de recursos no complexo industrial vai possibilitar o surgimento e fortalecimento de novos negócios na região.

de 30.62 hectares, dividida em 248 lotes, destinada às micros e pequenas empresas. Para as empresas de médio e grande porte foram destinados 58 lotes que perfazem um total de 103.6 hectares. Além do Complexo Logístico Aluízio Campos, para o qual foram reservados 4 hectares,

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divididos em duas quadras, destinados aos serviços comerciais e logísticos.

Atrativos Projetado para fomentar a economia da cidade, a injeção de recursos no complexo industrial vai possibilitar o surgimento e fortalecimento de novos negócios na região. Sua posição geográfica privilegiada é um atrativo a mais para empreendedores que procuram proximidade e abertura de novos mercados nos estados vizinhos. Nesse sentido, poderão contar com instalações que distam apenas 130 quilômetros do porto de Cabedelo e 260 quilômetros de Suape, além de ficar próximo das capitais de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. Outro atrativo para as empresas, que ali se instalarem, será o fato de poder contar com toda uma infraestrutura inteligente como transporte, saúde, educação e lazer. Tudo projetado dentro das práticas sustentáveis de saneamento, mobilidade e planejamento urbano. E como a megalomania é um traço forte, inerente ao perfil campinense, o Complexo Aluízio Campos também irá sediar o maior conjunto habitacional do país. A obra, que já está bastante avançada, é fruto de uma parceria com a o Governo Federal através do Programa Minha Casa Minha Vida, com

contrapartida da Prefeitura de Campina Grande. De acordo com informações da PMCG serão investidos cerca de R$ 400 milhões nas 4.100 unidades habitacionais construídas durante o biênio 2016/2017. “A Prefeitura entrou com o terreno e ainda dará uma contrapartida de R$ 23 milhões para execução das obras. Encaminhamos diversos projetos do nosso governo, em áreas como drenagem e de mobilidade urbana, a exemplo da implantação de um sistema de veículo leve sobre trilhos (VLT) interligando o Aluízio Campos até as universidades federal e estadual da Paraíba”, assegurou o prefeito municipal, Romero Rodrigues.

Referência A marca que Campina Grande possui de ser referência nacional na produção de conhecimento, como polo promissor de Ciência, Tecnologia e Inovação, também terá seu espaço garantido. Isto porque, além dos equipamentos já citados, o Complexo também irá sediar a primeira “Tecnópolis” do Nordeste. Trata-se de um complexo tecnológico que reunirá, em um mesmo lugar, diversas atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em áreas de alta tecnologia, como institutos, centros de pesquisa, empresas e universidades. Após instalada em uma área de 98

hectares, a Tecnópolis irá possibilitar o fomento do referido setor, além da geração de novos postos de emprego de mão de obra qualificada. Sua implantação alavancará o desenvolvimento de produtos e serviços de alto valor agregado com foco no empreendedorismo inovador, bem como representará um lócus favorável à sinergia entre as instituições de pesquisa e os demais atores envolvidos nas ações de CT&I da região. “Campina sempre foi conhecida por exportar talentos, a Tecnópolis vai reter positivamente parte desses talentos para incrementar a economia da cidade e da região como todo. O projeto Aluízio Campos não é apenas de Campina Grande, é um projeto da Paraíba e do Nordeste”, declarou André Agra. “O projeto Aluízio Campos faz parte de um sonho maior! O sonho de desenvolver a região, de diminuir as distâncias existentes no país, que são empecilhos a seu desenvolvimento sustentável. Participar de um projeto dessa envergadura é poder vivenciar um sonho histórico de uma cidade acostumada a grandes ciclos de desenvolvimento e que precisava de outro grande ciclo para adentrar no século XXI gerando renda, riquezas, qualidade de vida, mostrando ao Nordeste, e ao país, que é possível crescer dentro de uma região – como a Paraíba – e provocar uma onda de crescimento sustentável para o futuro” concluiu o secretário.

Além da parte industrial, o Complexo Aluízio Campos contará com uma Tecnópolis e uma área residencial com mais de 4 mil casas

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FIQUE SABENDO

Metralha SAIBA COMO LIDAR E COMO APROVEITAR OS RESÍDUOS GERADOS PELAS OBRAS

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ma obra de construção civil, seja ela de pequeno, médio ou até de grande porte, gera os bem conhecidos resíduos sólidos, que popularmente são chamados de “metralha”. Esse tipo de material é uma das principais queixas da população já que, sem o controle adequado, os materiais acabam gerando poluição visual, enfeiam as ruas e avenidas onde estão depositados, trazem sujeira e também acabam prejudicando a questão da mobilidade, criando obstáculos para pedestres e também para condutores de automóveis.

resolução e posicionam suas definições no conjunto de definições que regula o saneamento e a gestão do conjunto dos resíduos.

A gestão e manejo de resíduos da construção e demolição estão disciplinados, desde o ano de 2002, pela resolução de número 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que é o órgão nacional responsável por controlar essas situações. As legislações recentes, que regram o saneamento básico e definem a política nacional para os resíduos sólidos incorporam as diretrizes gerais desta

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

Em definição, entulho é o conjunto de fragmentos ou restos de tijolo, concreto, argamassa, aço, madeira, etc, provenientes do desperdício na construção, reforma e/ ou demolição de estruturas, como prédios, residências e pontes. Para que ele seja dispensado ou reaproveitado, existem algumas regras que devem ser seguidas. I – Classe A– são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou

demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; II – Classe B – são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso; III – Classe C – são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação; IV – Classe D – são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

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AMBIENTES

Opções CONSTRUÇÃO CIVIL CRIA ALTERNATIVAS PARA QUEM MORA E TRABALHA NO MESMO AMBIENTE

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orreria, trabalho, muitas vezes até em mais de um local, e mais correria ainda. Os tempos atuais impõem, por diversas vezes, rotinas que podem ser estressantes e responsáveis por prejudicar a qualidade de vida de várias pessoas. Muito por conta disso, está cada vez mais comum ver homens e mulheres optando por trabalhar em casa, literalmente transferir as obrigações de escritório para dentro da própria residência. É uma alternativa, como já dissemos que vem sendo bem difundida, mas que requer a atenção com alguns aspectos para que as funções não acabem se misturando. Primeiro de tudo, é importante ter a consciência de que, mesmo estando em casa, é preciso definir um horário destinado ao trabalho. Se durante o exercício da atividade laboral, a pessoa acaba se distraindo com outras atividades, como por exemplo, cuidar dos filhos, da casa ou alguma outra situação, o trabalho vai acabar sendo prejudicado e, no final das contas, nem uma atividade, nem outra serão cumpridas de maneira satisfatória. Pensando nesse tipo de atividade, a construção civil começa a expandir os horizontes e intensificar a criação de projetos e construções de ambientes multifuncionais, àqueles que abrigam em uma mesma edificação, ambientes de moradia, escritórios e estabelecimentos voltados para o trabalho e também estabelecimentos de lazer, como shoppings centers. A explicação, segundo o engenheiro

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Thiago Rocha, é que a comodidade das pessoas tem sido um dos fatores que as construtoras levam mais em consideração na hora de iniciar uma nova empreitada de execução de um projeto. “O que se tem analisado nos projetos de atualmente é a questão da comodidade das pessoas. É preciso pensar projetos que aliem a prestação de serviço que se deseja, seja ela um prédio de escritórios, um estabelecimento comercial, um shopping center, ou seja lá o que for. Com a correria que acontece no cotidiano, muita gente acaba não conseguindo fazer grandes deslocamentos, seja pelos problemas no transporte público, seja por questões relacionadas ao trânsito, e as edificações que incluem mais de um tipo de finalidade acabam sendo uma aliada importante e, comercialmente falando, extremamente atrativas”, explicou o especialista. Outro fator que vem sendo levado em consideração na criação desses estabelecimentos é um problema que atinge várias cidades do país inteiro: a falta de locais para estacionamento. Sem vagas, e o que é pior, sem locais disponíveis para a criação de novas vagas, um estabelecimento que possa oferecer tudo em um lugar só acaba sendo um atrativo a mais para vários tipos de público. “É outra questão que vale muito ser levada em consideração. Não há, na maioria das cidades, muitos locais disponíveis para instalação de estacionamentos e, muitas pessoas não abrem mão de saírem de casa com seus carros e se o local oferece a possibilidade,

A construção civil começa a expandir os horizontes e intensificar a criação de projetos e construções de ambientes multifuncionais.

com todos os serviços que já citamos, de mais esse atrativo, é evidente que a pessoa vai fazer a opção por esse local”, acrescentou o especialista. Em Campina Grande, ao menos dois estabelecimentos, os dois de grande porte, estão sendo construídos com essa proposta de “tudo incluso”. Em breve, a Rainha da Borborema, pioneira em tantas coisas no Nordeste, também vai poder desfrutar de uma das maiores inovações da área de construção civil registradas nos últimos anos.

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HOME OFFICE É UMA EXPRESSÃO INGLESA QUE SIGNIFICA “ESCRITÓRIO EM CASA”. TRABALHAR EM CASA É UMA TENDÊNCIA MUNDIAL E ENVOLVE 32,5% DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA, COM CERCA DE 1 BILHÃO DE PESSOAS UTILIZANDO ESSE MÉTODO.

Para se ter um home office, pode-se aproveitar um quarto ou um espaço reservado para biblioteca Muitas pessoas só precisam de uma mesa e uma iluminação projetada para trabalhar em casa Utilizando estantes e diversas bancadas, o home office também serve como biblioteca para a casa

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ESPECIAL

Campina A RAINHA DA BORBOREMA VIVE O SEU “NATAL ILUMINADO”

Por Isabelle Monteiro IMAGEM: Sergio Melo

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uzes, cores e árvores de natal! A época das confraternizações e do encantamento já chegou e Campina Grande está vivendo o seu “Natal Iluminado”, com praças, ruas, avenidas, distritos e pontos turísticos com decoração temática e especial recebendo diariamente milhares de visitantes. A iluminação natalina de 2015 tem sido assunto nas principais redes sociais e meios de comunicação, nos quais circulam por todo o país fotos e vídeos registrados pelos campinenses e por seus visitantes. O prefeito Romero Rodrigues declarou que o “Natal Iluminado” deste ano é um projeto que retoma os bons sentimentos que a data pede: “Temos muito orgulho de Campina Grande voltar a ganhar destaque nacional como uma das cidades mais lindas em termos de decoração natalina pública. É um investimento que toca aquilo que uma cidade tem de mais precioso: a autoestima e o prazer de receber bem seus visitantes. Um momento coletivo de congraçamento espiritual, com uma mensagem de paz e amor para o Brasil e para o mundo”, destacou o prefeito.

A ação de iluminação deste ano integra o projeto da PMCG intitulado “Natal Iluminado”, que marca uma das datas que mais movimentam o comércio local e que aquece o coração das pessoas com o espírito da solidariedade e da comemoração. Este ano, o projeto teve como foco distribuir o clima natalino para grande parte da cidade, abrangendo também os seus distritos, mas com atenção especial para a contenção de gastos e a sustentabilidade. Segundo o secretário de Obras e Planejamento do município, André Agra, “além da beleza, estamos focados na eficiência energética de todos os pontos escolhidos para receber a iluminação de natal, sempre pensando na racionalização dos gastos. Nesta gestão, a cada ano estamos acumulando as peças do ano anterior e reutilizando-as em outros lugares no ano seguinte. Assim, aumentamos a intervenção municipal nas ruas da cidade e gastamos cada vez menos”, disse. Por meio de contrato firmado após uma licitação concorrida, da qual a empresa Lançar Construtora foi vencedora, a Prefeitura Municipal exigiu que fosse implantada na cidade uma decoração moderna, com lâmpadas de LED, nas

Temos muito orgulho de Campina Grande voltar a ganhar destaque nacional como uma das cidades mais lindas em termos de decoração natalina pública. Romero Rodrigues PREFEITO

avenidas Brasília, Floriano Peixoto e Manoel Tavares, atendendo à necessidade da eficiência energética para uma maior economia. Além desses locais, a iluminação natalina se espalha por diversas ruas, praças e pontos turísticos da cidade IMAGEM: Renan Loureiro

A Praça José Américo e o Açude Velho receberam iluminação especial

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e também foi distribuída para os distritos de São José da Mata e Galante. Em evento realizado no Palácio das Nações em Campina Grande, no mês de novembro, no qual Romero Rodrigues recebeu o prêmio de “Prefeito Empreendedor de 2015”, pela Revista Painel Empresarial, a iluminação natalina deste ano foi bastante elogiada por todos. Na ocasião, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Arthur Almeida, parabenizou a Prefeitura pela decoração natalina que ele chamou de “a mais bonita na história de Campina”. “Quero aproveitar a presença do prefeito Romero para parabenizá-lo pela decoração natalina da cidade. Para mim, a mais bonita na história de Campina Grande”, ressaltou Arthur Almeida. Segundo o secretario André Agra, a atual situação financeira do país não impossibilitou fazer um “Natal Iluminado”, pois o projeto foi realizado com planejamento, visando marcar a história

da cidade, encantar os visitantes e estimular a movimentação econômica do município. “A iluminação natalina deste ano seguiu quatro estratégias de ação. Primeira e essencial, a comemoração de um evento de grande significado para a cristandade e de relevância sacralizada. Segunda, sobressaiu-se a questão da segurança, pois a iluminação natalina propicia uma sensação de felicidade, de paz e tranquilidade, além de promover a ocupação dos espaços públicos, contribuindo assim para amenizar a sensação de insegurança pública. O terceiro ponto é a questão da economia, por isso focamos também nas ruas Maciel Pinheiro e Venâncio Neiva, para dar um incentivo aos comerciantes nesta época de forte crise. E o quarto ponto é criar um produto novo de turismo e entretenimento, transformando o Natal Iluminado de Campina Grande em um atrativo para as pessoas de outras cidades e até de outros estados”, destacou André.

Segurança A iluminação é um dos principais fatores para a segurança em espaços públicos. Com a chegada do natal, muitas famílias saem para visitar os pontos turísticos da cidade e conferir a iluminação natalina. A Prefeitura Municipal de Campina Grande vem investindo massivamente na iluminação pública para contribuir no quesito segurança. Os ambientes de visitação contam, inclusive, com policiamento de trânsito e da guarda municipal. Além disso, para a própria decoração natalina, a PMCG exigiu, através do edital de concorrência, que a empresa vencedora do certame garantisse a integridade física de toda a iluminação. A sensação de segurança acaba promovendo um clima de maior integração entre a comunidade e cria um ambiente de paz e tranquilidade cujo efeito mais evidente é a intensa movimentação nos ambientes instalados.

IMAGEM: Jorge Barbosa

O Açude Velho, principal cartão postal de Campina, ilumina a cidade com sua beleza também no natal

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IMAGEM: Sergio Melo

Jovens e adultos que participam de programas da Secretaria da Assistência Social de Campina Grande realizaram uma cantata natalina em frente ao Monumento aos 150 anos

Eficiência Com a implantação da iluminação de natal de Campina Grande utilizando lâmpadas de LED, a empresa Lançar colocou em prática uma das exigências da Prefeitura Municipal para a eficiência do uso da energia elétrica. Diante da atual crise financeira que afeta o país, qualquer ação que possa gerar economia para o município está sendo absorvida pela atual gestão municipal. Sendo o natal uma data especialmente esperada pela sociedade, não se poderia abrir mão de uma decoração natalina que envolvesse a população como um todo e, por isso, o uso de lâmpadas de LED em todos os ornamentos utilizados.

cenários que se espalharam pela cidade. No Parque da Criança, por exemplo, além da iluminação especial e diferenciada em sua escadaria interna e nas suas áreas verdes, o destaque está na bola natalina gigante instalada na praça em frente ao local. Algumas pessoas estão esperando a madrugada para fazerem fotografias profissionais de casamentos, aniversários e comemorações diversas.

Turismo

No Açude Velho e no Monumento aos 150 anos de Campina Grande o movimento não tem sido diferente. Muitas pessoas estão aproveitando os passeios para registrarem que o natal já chegou, utilizando como cenário esses pontos turísticos. O mesmo tem acontecido nas praças da Bandeira, Clementino Procópio, Augusto dos Anjos e Raimundo Asfora, porta de entrada de Campina Grande para quem vem do litoral do estado.

Além da eficiência energética, desde o final de novembro, as praças e pontos turísticos da cidade estão atraindo milhares de pessoas diariamente, que fazem fila para poderem fazer uma foto de natal nos belos

Segundo o prefeito, Romero Rodrigues, Campina Grande tem uma vocação nata para o turismo de eventos, um exemplo disso é o Maior São João do Mundo no mês de junho, e agora, com uma iluminação

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Além da beleza, estamos focados na eficiência energética de todos os pontos escolhidos para receber a iluminação de natal, sempre pensando na racionalização dos gastos. André Agra SECRETÁRIO DE OBRAS

natalina especial, também tem atraído visitantes no mês de dezembro. “O Natal Iluminado nasce para se firmar como um

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novo produto de entretenimento para a cidade de Campina Grande”, destacou Romero. Com o uso de uma iluminação planejada, os municípios valorizam os patrimônios arquitetônicos locais, a exemplo do que acontece na Rainha da Borborema, onde foi implantada uma iluminação especial no Monumento aos 150 anos da cidade, uma homenagem aos tropeiros da Borborema, além dos demais locais públicos, como praças, parques e avenidas. A ornamentação do Viaduto Elpídio de Almeida neste natal arrematou a conclusão do contrato com a Lançar. Com anjos azuis que podem ser vistos por todos os lados do Viaduto, a cidade parece respirar o clima natalino ainda mais.

Economia Para estimular o reaquecimento da economia e do comércio local, a Prefeitura de Campina Grande incluiu no contrato com a empresa Lançar uma ornamentação especial para o centro da cidade, destacando a Rua Maciel Pinheiro e a Rua Venâncio Neiva. Além disso, firmou um acordo com a CDL para estimular os comerciantes a estenderem seus horários de funcionamento até às 20h na última quinzena do ano. A CDL, por sua vez, enviou cartas aos comerciantes do centro da cidade solicitando a adesão ao novo horário para um melhor aproveitamento das vendas de natal.

Descentralização O secretário de Obras e Planejamento do município, André Agra, destacou a descentralização da ornamentação natalina para os bairros e distritos, uma preocupação da Prefeitura para levar o “Natal Iluminado” para toda a cidade.

“Nossa preocupação foi expandir a proposta do “Natal Iluminado” para o máximo de espaços públicos possíveis. Por isso, instalamos também uma árvore na rotatória do bairro do Cruzeiro, que interliga as Avenidas Almirante Barroso e Juscelino Kubitschek. É um atrativo diferenciado para encantar ainda mais toda a população”, destacou o secretário. Além disso, o “Natal Iluminado” foi levado para os distritos de São José da Mata e Galante, que tiveram suas portas de entrada decoradas com lâmpadas de LED e suas praças ornamentadas com o mesmo cuidado e sensibilidade das temáticas utilizadas nas praças centrais de Campina Grande.

Lançar Responsável pela instalação de iluminação pública em diversas capitais brasileiras, a exemplo de Recife, Natal, João Pessoa e Aracajú, de municípios como Caruaru, Garanhuns, Juazeiro, Petrolina e Jaboatão dos Guararapes, além de atuar também na iluminação planejada de grandes empresas, como a Vale, a Andrade Gutierrez e a Odebrecht, a Lançar Construtora tem atuado em Campina Grande com a instalação da iluminação em LED, decorrente de um processo de licitação lançado pela Prefeitura, do qual foi vencedora. Para a iluminação natalina, a Prefeitura Municipal lançou um novo edital de licitação, no qual a empresa também foi vencedora e agora termina de cumprir o contrato desse certame. “Para nós da Lançar, o natal de Campina Grande é uma verdadeira vitrine de inovação. Trabalhamos com o que há de mais moderno e eficiente no quesito iluminação, sempre observando a melhor estratégia para agradar o povo campinense”, destacou o Diretor da empresa,

Epaminondas da Fonseca Ramos Junior. Segundo Epaminondas, para cumprir o contrato de instalação da iluminação natalina, cerca de 50 trabalhadores executaram os serviços na cidade neste final de ano, gerando mais emprego e renda para a região. Uma empresa 100% brasileira, a Lançar tem sua estrutura física matriz em Petrolina, Pernambuco, com filiais espalhadas em diversos estados do Brasil e trabalhos executados por todo o país. A empresa é quem executa, por exemplo, a iluminação estratégica do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Além disso, a empresa é capacitada para construir e montar subestações aéreas e abrigadas e apresentar um breve panorama, enfocando os principais aspectos conceituais, históricos, institucionais, legais e técnicos da iluminação pública, de acordo com as necessidades do município atendido.

Orgulho Com todo o aparato projetado pela Prefeitura de Campina Grande, o “Natal Iluminado” é um orgulho para o povo campinense, que recebe seus visitantes em clima de festa e confraternização neste mês de dezembro. Em um passeio pela cidade, é impossível não ser envolvido pela decoração e pela emoção impulsionada pela data cristã. Concluindo mais um ano com muito brilho, mesmo diante da crise atual que afeta todo o país, a Rainha da Borborema está dando um exemplo de superação e sensibilidade com as tradições de seu povo, transmitindo para todo o país uma mensagem de alegria, fraternidade e energia para o trabalho.

Lançar Construtora Avenida Sete de Setembro, 292 Bairro Caminho do Sol - Petrolina (PE) Telefone: (87) 3864.7688 E-mail: lancar@lancarconstrutora.com.br Site: www.lancarconstrutora.com.br

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IMAGEM: Sergio Melo

A Praça José Américo todos os anos recebe uma iluminação inédita A Praça da Bandeira, que concentra grande movimentação de pessoas, está totalmente iluminada com ornamentos em LED IMAGEM: Jorge Barbosa

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IMAGEM: Sergio Melo

A STTP todos os anos é ponto de encontro das famílias por sua decoração de Natal Bola natalina gigante é a principal atração da Praça José Américo, em frente ao Parque da Criança IMAGEM: Sergio Melo

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FIQUE SABENDO

Supressão SAIBA O QUE É E COMO FAZER UMA OBRA DE SUPRESSÃO VEGETAL

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uando se compra um terreno, onde se tem como objetivo iniciar alguma edificação, principalmente se esse terreno estiver localizado em uma área de mata ou algo parecido, uma série de dúvidas acaba surgindo na mente do comprador. A principal delas talvez seja sobre quais procedimentos adotar para fazer a “limpeza” da área. Apesar do termo “limpeza” não ser muito adequado, já que o objeto em discussão é vegetação, que é de fundamental importância para a sobrevivência e manutenção do ser humano na Terra, para que a área esteja disponível para o início de uma obra de construção civil é preciso deixar o terreno desimpedido de resquícios anteriores, como por exemplo a vegetação. Uma das técnicas de limpeza dessas áreas é a chamada supressão vegetal. Nesse método, através da utilização de máquinas agrícolas de porte médio ou grande, é feita a retirada (daí vem o termo

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supressão) de árvores, vegetação rasteira e o que mais impedir o funcionamento da obra de maneira adequada.

Método A supressão vegetal e destocamento consistem no corte e remoção de toda vegetação (árvores, arbustos, coqueiros) de qualquer densidade ou tipo. As operações de escavação e remoção total de tocos e raízes, da camada de solo orgânico, de entulho ou de qualquer outro material considerado prejudicial são realizadas na profundidade necessária até o nível do terreno considerado apto para terraplanagem. A nossa supressão vegetal é realizada sempre de acordo com as normas dos órgãos ambientais municipais, estaduais e federal. Realizamos em conjunto o Afugentamento e Resgate da Fauna solicitado pelos órgãos ambientais e o IBAMA, com Biólogos e Médicos Veterinários qualificados.

Regulamentação necessária Para iniciar uma obra de supressão vegetal é necessário pedir uma liberação específica aos órgãos que fazem o controle do meio ambiente, especificamente, o IBAMA. Finalidade Autorizar a supressão de vegetação nativa dos processos de licenciamento ambiental federal. Requisitos Inscrição e regularidade no Cadastro Técnico Federal (CTF); processo de licenciamento ambiental federal ativo; Anotação de Responsabilidade Técnica (ART); aceite do plano de trabalho de flora; ofício solicitando a autorização. Previsão legal Lei Complementar nº 140/11; Lei nº 6.938/1981; Instrução Normativa nº 6/2009.

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OPINIÃO

CALÇADAS DE LIXO Empresa Paraibana utiliza resíduos sólidos urbanos para produzir blocos sextavados

Magela Barros gmagelabarros@gmail.com É Engenheiro Sanitarista e Ambiental formado pela UEPB e atuante na empresa Mundialtech - Inovações Tecnológicas

O material atinge um resultado bastante satisfatório em termos de resistência e durabilidade, muito acima dos convencionais pavers que estão comumente sendo utilizados para o propósito da revitalização de muitas calçadas em ruas e praças.

I

visando a eliminação dos resíduos sólidos urbanos sem a emissão de gases poluentes causadores do efeito estufa e ainda fomenta a diminuição do acúmulo de lixo depositado no meio ambiente.

Utilizando o mesmo princípio da criação da brita sintética, sobre a qual falamos, nesta coluna, na edição anterior da Revista Construir & Cia., a calçada feita de resíduos é possível pela criação de um novo material, o bloco sextavado, advindo da Usina de Beneficiamento de Resíduos Sólidos (UBRS), com aplicação na área ambiental

É notório que essas formas de descarte não são consideradas ideais. No caso dos lixões há o inconveniente do chorume liberado pelo lixo e outras substâncias podem contaminar o solo e a água, além de favorecer a proliferação de ratos e insetos no local. Já nos aterros sanitários há o inconveniente da falta de espaço, além de altos custos para instalação e gerenciamento deste tipo de

maginem uma calçada construída utilizando como materiais apenas resíduos sólidos urbanos ou nosso convencional lixo doméstico, composto por matérias como embalagens diversas de plásticos, vidros, metais, assim como papéis, isopores e até fraldas e absorventes. Pois se acharam impossível, lhes digo que a tecnologia já é existente e está sendo posta em prática gradativamente, graças a uma nova empresa paraibana que está surgindo com o esforço de grandes profissionais de todos os ramos da engenharia e da química, a Mundialtech.

Atualmente, o descarte dos resíduos sólidos urbanos é realizado nos lixões, onde todo o material permanece a céu aberto sem nenhum tipo de tratamento, ou nos aterros sanitários, nos quais o material é depositado em um local preparado para receber o lixo com impermeabilização do solo.

Peças de blocos sextavados feitas a partir de resíduos sólidos

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Modelo de calçada produzida com material produzido pela UBRS

infraestrutura.

perca total de 2 kg (7,6%).

Com o intuito de solucionar tais problemas, desenvolveu-se a invenção que é tema deste artigo, com a qual, através da engenharia reversa, é possível energizar o resíduo sólido urbano e extrair seus diversos elementos químicos com as mesmas propriedades originais, sem que ocorra nenhuma degradação ambiental.

O material atinge um resultado bastante satisfatório em termos de resistência e durabilidade, muito acima dos convencionais pavers que estão comumente sendo utilizados para o propósito da revitalização de muitas calçadas em ruas e praças, além da não necessidade de sangrarmos nossas jazidas de calcário para a produção do concreto. Ou seja, os blocos sextavados produzidos com resíduos sólidos são uma alternativa de extrema viabilidade socioeconômica e ambiental.

Para a produção de oito blocos sextavados precisamos de um total de 26 kg de resíduos, dos quais 23 kg sejam Polímeros (88%), 3 kg sejam carbono/silício (12%), com uma média de peso dos blocos de aproximadamente 3 kg e uma

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Completando esse projeto inovador, muitos colaboradores se dedicaram e

pedimos licença aqui para mencionar o nome de alguns deles, como o técnico Sênior da Petrobrás, José Nunes Filho, o gerente operacional da Mundialtech, Carlos Alberto Pereira, o gerente de negócios, Rodrigo Leite Lima, o engenheiro químico, Laerte Matias de Araujo, os engenheiros civis, Carlos Alberto Matias e Ivan de Farias, além do engenheiro mecânico, Thúlio Mattos de Barros e do técnico eletroeletrônico, Alfredo Escobar Rosabal, pois sem eles talvez não se chegasse a tal façanha. Despeço-me de 2015 desejando a todos os leitores muita paz e força para vencermos os obstáculos deixados neste ano que se finda. Boas festas a todos!

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OPINIÃO

O CÍRCULO OPERÁRIO As ações socioeducativas que construíram o bairro do José Pinheiro

Emmanuel Sousa sousa.emmanuel@hotmail.com É Bacharel em Administração e em Ciências Contábeis (UEPB), com especialidade em Contabilidade Pública e LRF (UNINTER/ FURNe) e CRC 10.070/PB; É também professor universitário na UNIP/CG e co-Criador e co-Editor do Blog “Retalhos Históricos de Campina Grande”.

A Ação sócio-educadora do Círculo Operário evoluiu junto com o bairro de José Pinheiro, - que cresceu à passos largos nas décadas de 1980 e 1990 -, sempre oferecendo formação, cultura, lazer, curso profissionalizantes, até assistência funerária aos associados.

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O

bairro de José Pinheiro, na Zona Leste da cidade, quando ainda era o “Bairro Açude Velho” mas já um dos mais populosos, comemorava a inauguração da sua Igreja Matriz de São José, no Natal de 1949, quando em paralelo erguia-se nas suas proximidades a sede do Círculo Operário Católico de Campina Grande, mais precisamente à Rua Marinheira Agra, em frente à Praça Joana D’Arc. Ambas as obras foram frutos do empenho do Bispo Dom Mariano de Aguiar, que acompanhou o surgimento e desenvolvimento do bairro desde o início da Década de 1940. A Igreja e o Círculo foram construídos em terrenos doados pelo Sr. Pedro da Costa Agra, detentor de toda a área rural que deu origem ao bairro, ao longo da sua ocupação. O Círculo Operário de Campina Grande já havia sido fundado desde o dia 15 de maio de 1931. A Sede dos Moços Católicos, que funcionava à Rua Afonso Campos onde hoje é o Secretariado Diocesano, abrigava os encontros da entidade, que tinha no próprio Dom Mariano seu Assistente

Eclesiástico. Foi por abrigar vários operários em suas primeiras residências que levou Dom Mariano a escolher o bairro como sede do Círculo, bem como escolher São José como seu padroeiro. As obras tiveram início a partir da venda de uma residência e dois garrotes por Dom Mariano, tendo contado com a participação popular em um grande mutirão, que envolveu crianças, jovens e adultos no auxílio ao trabalho dos pedreiros. Mais uma vez com determinado empenho, Dom Mariano conseguiu verbas externas, vindas das três esferas de governança, para dar prosseguimento às obras e, neste momento, surge a figura do escrivão de Polícia José Mota Florêncio, convidado a integrar o Círculo e se destinar a ser administrador de todos os serviços da sua construção. Começava a história de José Mota com o Círculo Operário, vínculo que só acabou com seu falecimento, em Julho de 2013. À frente da condução dos serviços, José Mota liderava o mutirão, incentivados pela

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Festa Junina sob comando de José Mota, ao centro Acervo Carlos Mota

destinação do Círculo às obras sociais e culturais da Paróquia de São José, voltadas ao desenvolvimento de ações educacionais e beneficentes, a funcionar como se fosse uma extensão da Igreja no bairro. A continuação das obras e expansão do Círculo também foi financiada com recursos próprios, advindos de eventos promovidos pela Presidência (José Mota), em conjunto com a Diretoria, Conselho Fiscal e Associados. Foram realizadas várias festas,

campanhas, bingos, tudo com intento de arrecadar dinheiro para sua manutenção e funcionamento. O Círculo Operário estava pronto no ano de 1951, funcionando em suas primeiras salas com móveis doados pelos moradores do bairro de José Pinheiro. O 1º pavimento do prédio passou a abrigar os párocos da Igreja de São José. Em Fevereiro de 1952 foi fundada, definitivamente a Escola Circulista São José, instalada nas dependências do Círculo Operário, tendo no Pe. Antonio Bosch

seu primeiro diretor, por seis anos! Em harmonia com a Igreja local, o Círculo Operário desenvolvia suas atividades cotidianas baseado no seu estatuto, que entre outras citações, destaca-se o Art. 3º do Cap. XVI que preconizava “Restaurar a paz no mundo do trabalho, seguir a Doutrina Moral do Evangelho de Cristo e a doutrina Social da Igreja (...) repudiar a luta de Classes, conservar-se fora e acima da política partidária, restaurar a moral, a propriedade e a família”.

Formação da Banda Marcial – Década de 1970 / Acervo José Alves de Sousa (J.Alves, 1º à esquerda)

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Aspecto do Imóvel em 2011 – Foto: Google

A Escola do Círculo Operário, denominada “Instituto de Educação São José” marcou a existência da instituição, acolhendo cerca de 600 alunos com aulas em três turnos. O dedicado exercício da presidência de José Mota Florêncio promoveu a aquisição de instrumentos musicais para formação da Banda Marcial, de grande porte, que abrilhantou desfiles cívicos por vários anos, tendo inclusive a participação de ex-alunos integrando o elenco de instrumentistas. Duas ações em benefício do imóvel foram creditadas a dois notáveis homens públicos de Campina Grande: os ex-deputados Vital do Rego, que conseguiu verba para construção de uma quadra para prática esportiva; e Everaldo Agra, que destinou verba para construção de um muro mais alto no entorno do Círculo.

A ação sócio-educadora do Círculo Operário evoluiu junto com o bairro de José Pinheiro, - que cresceu à passos largos nas décadas de 1980 e 1990-, sempre oferecendo formação, cultura, lazer, cursos profissionalizantes, até assistência funerária aos associados. O crescimento do bairro também fez aumentar os problemas sociais e, com isso, o poder de alcance das ações do Círculo Operário que, por algumas ocasiões poderia ter se tornado um órgão da administração pública, o que preservaria sua existência mas, não houve êxito nesses intentos. E, seguindo a triste sina de muitas instituições que outrora existiram e tombaram (literalmente) em Campina Grande, o Círculo Operário Católico não existe mais!

No local ainda há o prédio e o terreno anexo, sem característica histórica alguma e polemicamente sob propriedade particular, onde depois de muita discussão nos espaços midiáticos e jurídicos, apresenta-se como dono do imóvel o Sr. Carlos Antonio Mota, filho do ex-presidente José Mota Florêncio, ex-contador e último presidente da entidade; que justifica o fato da venda do imóvel para saldar Passivos da própria instituição, salvando-o de ser levado à leilão no ano de 1990. Encerrada toda e qualquer identidade arquitetônica do Círculo Operário de Campina Grande, ironicamente, a antiga instituição integrante do Patrimônio da Igreja Católica agora abriga uma unidade da Igreja Evangélica Verbo da Vida!

Aspecto Atual – 2015

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OPINIÃO

MOVIMENTO DE STARTUPS Iniciativa pode ser uma saída para superar a crise

Geneceuda Monteiro geneceuda.monteiro@gmail.com Geneceuda Monteiro é Professora e Jornalista, com larga experiência em Assessoria de Imprensa na área de CT&I.

Observa-se que essa busca pela autonomia, através da criação de startups, reflete um basta nas relações de trabalho caducas que priorizam a produtividade desvinculada de qualidade de vida e da falta de liberdade de pensamento que oprimem muitos empregados

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é o empreendedor. Lidera projetos, briga por autonomia para realizar as mudanças que almeja. Assim, com esse perfil ele é capaz de nadar contra a maré e promover as mudanças necessárias para alavancar sua empresa, sua carreira e seus projetos.

Em sua obra, o autor salienta a importância do perfil do trabalhador autônomo, de sua capacidade produtiva e criativa. Esse modelo se diferencia, totalmente, do que o autor chama de “escravo do cubículo” aquele trabalhador que não tem autonomia nem liberdade de pensamento. Uns autômatos que não vestem o que desejam, que não têm liberdade para criar, tampouco têm poder de tomar decisões.

Focadas nessas características de liberdade, criatividade e autonomia, as startups em muito se assemelham às ideias defendidas por Tom Peters no final da década de 90. Pois elas resultam da necessidade do indivíduo de promover mudanças e fazer a diferença. No lastro desse movimento estão as aceleradoras, estas se diferenciam das incubadoras de empresas por fazerem aporte de capital, por receberem participação no negócio e oferecerem suporte na gestão estratégica das startups, conforme artigo de Paulo Krieser.

Ele reforça que o trabalhador autônomo

Mas o que é de fato uma startup? Para

a série de três livros “Reinventando o Trabalho”, de 1999, Tom Peters antecipa, no primeiro livro, o novo ambiente de trabalho e as relações profissionais. Conta-se que a série fez tanto sucesso, que “A Marca Você” – título do primeiro volume – inspirou a revista Você S/A da Editora Abril.

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o investidor-anjo e conselheiro de empresas de tecnologia, Yuri Gitahy, “uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios que gere valor e que seja repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza”.

Á luz desse cenário, apesar da segurança e estabilidade de um emprego público ainda seduzir muitos universitários, o desejo de ser o autor de sua própria história está conseguindo mover alguns visionários para “surfar” nas ondas do empreendedorismo inovador.

E mesmo em meio de incertezas, observa-se que essa busca pela autonomia, através da criação de startups, reflete um basta nas relações de trabalho caducas que priorizam a produtividade desvinculada da qualidade de vida e da falta de liberdade de pensamento que oprimem muitos empregados.

Esse comportamento tem se fortalecido nos últimos dois anos devido à presença constante do tema “startups” na mídia. A criação da iniciativa Startup Brasil, a abertura de editais de fomento, a liberação de recursos não-reembolsáveis oriundos do Governo Federal, mais localmente do Governo da Paraíba, além de eventos da área, a exemplo do formato

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Demo Day – realizado em vários estados nacionais e, mais recentemente, em Campina Grande através da Incubadora Tecnológica da Fundação PaqTcPB – têm colaborado e inspirado jovens empreendedores, dando mais gás ao movimento. Por fim, nesta ambiência de dúvidas e instabilidade de impostas pela crise política e financeira que o Brasil atravessa, resta-nos a certeza de que vale à pena apostar na autonomia e no empreendedorismo como instrumento propulsor de transformação. Inove, faça a diferença! Acredite em seu potencial criativo e transformador! #Ficaadica.

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FIQUE SABENDO

Terreno SAIBA QUAL A MANEIRA CORRETA DE ESCOLHER E FAZER A TERRAPLANAGEM

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uitos brasileiros sonham em construir a moradia própria. E uma das alternativas para realizar esse sonho é começar a construção aos poucos, etapa por etapa. Nesse sentido, o primeiro passo que é dado por quem quer iniciar uma obra é a aquisição de um terreno. Atualmente, o mercado está repleto de opções para quem deseja comprar um terreno e aproveitar alguns benefícios financeiros disponibilizados para as pessoas que desejam investir na construção civil. Mas, você sabe qual o terreno certo para o tipo de construção que está desejando iniciar? A Construir & Cia consultou especialistas e explica agora quais os passos fundamentais que devem ser dados na escolha e preparação do seu terreno para o começo da obra. Em primeiro lugar, é preciso compreender

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que não existe uma definição preestabelecida de qual é o tipo de terreno mais adequado para esse ou aquele tipo de imóvel. O construtor é quem vai definir, de acordo com seu projeto de engenharia e arquitetônico, como melhor manusear e adequar o local ao seu interesse. Algumas vezes é necessário, também, que seja feita uma nivelação do terreno para que a segurança, durante a construção seja garantida. É nesse sentido que o construtor Junot Lacet, que atua na área desde 2006 em Campina Grande fala. “Quanto ao terreno certo, não existe uma diferenciação. O que estará em jogo será o que o construtor queira fazer sobre ele. Se o mesmo é inclinado e com vista pra vale, por exemplo, poderá ser usado para construção de uma casa com uma varanda mais forte e de visual arrojado. Se a inclinação não serve para tanto, pois tem casa

na encosta da mesma, será necessário um morro de arrimo e contenção para que não ocorram infiltrações e nem aconteça da obra vir abaixo. Isso já encarece a obra. Daí a função do Engenheiro de Custos ser importante. Com ele o construtor enxergará pontos que antes passariam despercebidos. Munido de todas as informações do construtor e visualizando o terreno, o engenheiro saberá, com um erro mínimo girando em torno de 10% a 20%, definir o custo total da obra. Para isso, o construtor já deverá ter analisado o que queira construir com seu arquiteto e sua equipe de mão de obra”, explicou.

Terraplanagem Na hora de construir uma casa, prédio ou estabelecimento comercial, muitos são os cuidados que precisamos tomar

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na hora de comprar um terreno. Além da parte burocrática como certidões, leva-se em conta sua localização, tamanho e um elemento fundamental: a qualidade do solo do local a ser adquirido e como torná-lo plano, antes de iniciar a edificação. A consultoria de um profissional é imprescindível para evitar problemas antes de realizar a terraplanagem e depois construir. Dependendo do estado do terreno, o trabalho de terraplanagem pode custar até 20% do valor da obra, ou seja, nem sempre o terreno mais barato é o mais indicado. As etapas desse trabalho se dividem em: limpeza mecânica da área a ser construída, levantamento topográfico, expurgo (bota-fora) de materiais imprestáveis, locação da obra, de preferência com utilização de recursos topográficos, escavação ou aterro (dependendo da necessidade da área) e por fim compactação mecânica em camadas de terra não superior a 20 cm (caso a área precise ser aterrada). Caso o projeto indique apenas corte, a atenção deve ser redobrada para que não escave além do necessário. Segundo o engenheiro civil Joellington Lima, as etapas desse processo podem mudar de acordo com o terreno: “Se o local a ser construído exigir apenas corte de terra para alcançar o nivelamento desejado e o terreno possuir uma boa resistência mecânica, o procedimento é simples: efetua-se o corte obedecendo às alturas do projeto indicadas pela topografia e está pronta a terraplanagem. No entanto, se o local necessitar de um aterro, o procedimento deve ser outro: torna-se necessário adquirir terra de uma jazida e executar a compactação em camadas não superiores a 20 cm de altura. Observando as etapas de escavação, carga, transporte, descarga, espalhamento, umidificação, homogeneização e compactação de terra, com acompanhamento laboratorial e topográfico de forma a atender as solicitações de um projeto para edificação segura de uma determinada obra”. Para que seja feito esse trabalho, profissionais utilizam a patrulha mecânica: escavadeira e ou retroescavadeira, caminhão basculante, moto niveladora, mais conhecida como “patrol”, trator industrial equipado com grade de disco, caminhão pipa e rolo compactador. No entanto , quando se trata de terrenos que precisam receber apenas cortes (escavações) para

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O Engenheiro, muitas vezes evitado pelos pequenos construtores devido ao seu custo alto, é importante para todas as etapas da obra, inclusive na hora de escolher o terreno. Junot Lacet CONSTRUTOR

atingirem as cotas desejadas e os mesmos possuem boas características físicas para a obra, os equipamentos seriam apenas escavadeira ou retroescavadeira e caminhão basculante. Se o terreno possuir muito material orgânico, é preciso retirar todo solo e trocá-lo por um de melhor qualidade, evitando fissuras e trincas na edificação. Os terrenos com níveis mais baixos do que os níveis do eixo da rua, geram um custo significativo para o nivelamento ideal. Caso isso não seja feito, futuramente o proprietário pode ter problemas com águas indesejáveis. O terreno precisa ficar 30 cm mais alto que a rua. “Os terrenos mesmo possuidores de uma boa qualidade de solo, se estiverem muito altos e necessitarem de um corte de terra que gerem grandes quantidades de bota fora, tendem a encarecer porque o custo de transporte é considerável, principalmente nos municípios onde as prefeituras solicitam as guias de Controle de Transporte de Resíduos – CTR (exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, resolução nº 307/2002) e os solos provenientes de escavações são resíduos que devem ser transportados apenas por caminhões basculantes registrados na prefeitura e conduzirem os resíduos para os locais autorizados, que geralmente cobram para receber tais resíduos”. – esclarece Joellington.

Custos A questão sobre o nível adequado que o terreno deve ter é considerada fundamental para o decorrer de uma obra. Além de determinar a maneira com que a construção vai ser realizada, esse fator é bastante considerado na hora de fazer um orçamento geral para a construção e se ela vai precisar ou não de aditivos financeiros em seu decorrer. Junot comenta que, em alguns casos já teve até prejuízo financeiro ao iniciar uma construção sem antes analisar se o terreno escolhido iria se adequar às suas pretensões. “A nivelação do terreno será um segundo ponto, após todas as análises. Terraplanagem ou mesmo ‘dinamitação’ passam por isso. Então, para se baratear a obra seria interessante que o terreno já deixasse uma margem para poucas intervenções antes da construção. Vou falar meu exemplo. Acabei de construir dois condomínios de seis casas cada. No primeiro, não procurei o engenheiro, pois acreditava estar comprando o terreno certo. Errei. Tive meu custo aumentado em 30% por culpa da inclinação. Construí algumas casas sobre pilotis e aterrei outras. Deixei de ganhar o que esperava e ainda aumentei o tempo de obra de um ano para mais seis meses. No segundo condomínio o engenheiro participou de toda a construção. Era praticamente o mesmo projeto e tive até uma diminuição do prazo de construção da obra. Ou seja, o engenheiro, muitas vezes evitado pelos pequenos construtores devido ao seu custo alto, é importante para todas as etapas da obra, inclusive na hora de escolher o terreno. Então o terreno certo gira em torno do que será construído”, acrescentou o construtor Junot Lacet Como pôde ser observado, até um construtor experiente pode cometer erros ao considerar o tipo de terreno que vai adquirir para realizar um empreendimento. Dessa forma, é aconselhável que, em todos os casos, antes de começar qualquer obra, seja doméstica ou comercial, você contrate o serviço de um engenheiro para auxiliar na escolha e na adequação do terreno. Dessa maneira, você evita prejuízos e, depois da construção finalizada, poderá aproveitar todos os benefícios de um serviço bem executado desde os primeiros passos.

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FIQUE SABENDO

Cagepa SAIBA COMO INSTALAR UMA REDE DE ÁGUA E ESGOTOS DE MANEIRA LEGALIZADA

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erminada uma obra, ficam vários pequenos ajustes que o morador precisa executar antes de começar a morar ou trabalhar na nova edificação. Um desses ajustes é com relação à instalação do sistema de abastecimento de água, bem como a instalação do sistema de esgotamento, que deve obedecer algumas regras, especificamente no que se diz respeito à legislação ambiental. No estado, quem faz essa regulamentação é a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba, a Cagepa. Inicialmente, após a conclusão da obra, o cidadão tem que procurar a gerência da Companhia e solicitar um estudo para averiguar se o local está dentro da área de cobertura da tubulação existente. Confirmada essa viabilidade, é feita a ligação dos encanamentos da rede de distribuição aos encanamentos do local, deixando apto a receber a água que é distribuída pela Cagepa. Mas, antes de começar a usufruir do benefício, é necessário que a Cagepa faça a instalação do hidrômetro, que é o

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equipamento utilizado para medir a quantidade de água consumida durante o mês, e que vai servir para calcular o valor da fatura mensal, paga pelo dono do imóvel. Essa mesma situação também é registrada em prédios, residenciais ou comerciais, só que a diferença é que nesses locais é possível que seja instalado um ou mais hidrômetros, já que a moradia é dividida entre unidades habitacionais diferentes.

Regulamentação Além da questão relacionada com a distribuição da água, é importante ressaltar que o saneamento básico tem que ser feito de maneira responsável e seguindo as determinações, principalmente as ambientais. Uma instalação de esgoto mal feita pode resultar, por exemplo, na contaminação de vários metros cúbicos de água potável que esteja no lençol freático. Seguindo as determinações legais e ambientais, moradores e construtores garantem a realização de uma obra legalizada, dentro dos parâmetros

estabelecidos em lei e com a garantia de que todos os benefícios estabelecidos pela empresa fornecedora de serviços serão assegurados.

Realidade Dentre os estados brasileiros, a Paraíba é dos que dispõe de maior disponibilidade de municípios com acesso às redes de água e esgoto. O estado aparece na sétima colocação entre as 27 unidades federativas, apresentando um percentual de quase 75% de cidades com domicílios que têm acesso ao abastecimento e também estão ligados à rede de esgotamento sanitário, seguindo orientações para melhoria da qualidade de vida apresentadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). O principal destaque dessa lista, que foi elaborada e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2011, último levantamento sobre o assunto apresentado, é o Distrito Federal, que tem 100% das suas residências assistidas pela rede de águas e esgotos.

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PAISAGISMO

Vertical CRIADO PARA AUMENTAR A ÁREA VERDE EM CENTROS URBANOS, OS JARDINS VERTICAIS TÊM GANHADO ESPAÇO NO PAISAGISMO BRASILEIRO, INVADINDO CASAS COM MUITO CHARME E REQUINTE

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m centros urbanos a disputa por espaços horizontais é grande. Como forma de naturalizar esses locais tomados por concretos, os jardins verticais foram criados e se tornaram uma ótima opção não só para esses grandes espaços, como também para casas e apartamentos pequenos. Um jardim nos traz mais vida e alegria. Unindo diferentes espécies a prateleiras e recipientes coloridos, seu jardim vertical pode ficar perfeito em qualquer ambiente. E o bacana é que um jardim vertical pode ser aplicado em uma parede interna ou externa. Pode ser feito em uma fachada de um prédio, retirando o calor do local, como também na parede de uma sala pequena, retendo impurezas e proporcionando um conforto térmico.

Como montar A montagem de um jardim vertical vai depender da área escolhida. Se o espaço é pequeno, recomenda-se pequenos vasos sobre prateleiras, nichos ou até mesmo os chamados sky planter, vasos que são pendurados no teto. Há também quem recicle garrafas pet transformando-as em lindos vasinhos. Já em áreas maiores, é possível aplicar vasos por toda parede, criar painéis de madeira misturando diferentes espécies de flores e plantas, além de objetos de decoração que combinem com os outros itens do jardim.

Espécies Esse é um dos pontos mais importantes de um jardim vertical. Não basta só ter um bom recipiente. É preciso escolher espécies de plantas e flores de acordo com o ambiente escolhido para elas. E aí as opções são diversas, mais de 500 espécies. Paisagistas indicam que a escolha seja feita por plantas resistentes ao tempo e a luminosidade. Se for misturar espécies, tente escolher aquelas que tenham a necessidade do mesmo volume de água. Com isso, na hora de regar você não corre o risco de uma ficar molhada ou seca demais. Para jardins verticais: epífitas, filodendro,

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One Central Park, edifício que faz parte de um complexutras unidades residenciais e corporativas

peperômias, hera roxa, cacto de primavera, planta alumínio e azulzinha. Para quadros vivos: orquídeas, pingo de ouro, bromélias, avencas, bêgonias, dinheiro em penca, chifre-de-veado. Jardins verticais com volume: aspargos pendentes, ripsálias e renda portuguesa.

Atenção Seja em um espaço grande ou pequeno, um jardim vertical não comporta plantas com raízes grandes ou agressivas. Antes de montar o seu espaço verde, o recomendado é buscar a ajuda de um profissional, como um jardineiro ou paisagista. Ele também te dará dicas de manutenção de acordo com as espécies escolhidas.

Não basta só ter um bom recipiente. É preciso escolher espécie de plantas e flores de acordo com o ambiente escolhido para elas.

Outro detalhe importante é que as plantas e flores levarão um tempo para ficarem perfeitas. Seja paciente e persistente que o resultado valerá a pena.

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BATIZADO DE “ONE CENTRAL PARK”, O NOVO ARRANHA-CÉU RESIDENCIAL PROJETADO PELO ARQUITETO FRANCÊS JEAN NOUVEL ABRIGA O MAIOR JARDIM VERTICAL DO MUNDO. CONSTRUÍDO NA CIDADE AUSTRALIANA DE SYDNEY, O EDIFÍCIO DE 166 METROS DE ALTURA TEM CERCA DE 50% DE SUA FACHADA RECOBERTA POR ÁRVORES DE PEQUENO PORTE, ARBUSTOS E PLANTAS FLORAIS.

One Central Park - edifício que faz parte de um complexo multiuso formado por lojas, restaurantes, cafés, áreas verdes, outras unidades residenciais e corporativas

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REALIDADE

2016 EXPECTATIVAS PARA ENFRENTAR O NOVO ANO MESMO COM A CRISE

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ão teve como fugir. A crise econômica chegou ao Brasil e afetou toda a população, de todas as classes. Com o país sendo guiado por planos econômicos furados, sem projetos a longo prazo, o PIB encolheu, a inflação cresceu, os juros subiram, a renda da população ficou curta e o desemprego reinou.

Na construção civil não foi diferente. O setor, que há muito tempo vinha crescendo, deu uma estagnada. Empresas de pequeno, médio e grande porte diminuíram suas produções ou fecharam as portas e centenas de profissionais ficaram ser ter como atuar. De acordo com economistas e empresários do ramo da construção civil, superar a crise política, criar estratégias

de longo prazo de investimentos em infraestrutura e negociar acordos comerciais podem ser algumas medidas para amenizar os impactos da situação nacional. Mas será que ano que vem os planos serão diferentes? A Revista Construir & Cia. conversou com alguns profissionais da área que confidenciaram suas expectativas para 2016.

DSc. Albanise Eulalio Raposo

Júlio Gonçalves

Engenheira Civil / Coord. do Curso de Eng. Civil da Facisa

Gerente Industrial

A crise existe e é fato. No entanto, pode-se afirmar que tem proporções bem menores do que a dos anos 90, porque não se parou de construir e sim está havendo uma desaceleração. As obras continuam de forma lenta, não mais no boom que veio desde 2003, mas continuam. No âmbito da indústria da construção civil as expectativas devem ser sempre positivas, no entanto, com cautela. No meu entendimento, a crise atual se define claramente como uma crise política, onde os interesses pessoais travam o desenvolvimento do país afetando todos os setores produtivos. E na indústria da construção não é diferente, mas esse setor é forte e tende a se recuperar no próximo ano, assim eu acredito firmemente.

A expectativa não é boa economicamente, porém, é uma grande oportunidade para o segmento da construção civil se reformular em todos os aspectos. É hora do construtor se aproximar mais do fabricante de matéria-prima e ambos interagirem efetivamente com projetistas e arquitetos para estabelecerem padrões de projetos com as configurações de medidas e conceitos favoráveis à redução de custo, e desenvolverem novos procedimentos de construções, visando melhor produtividade e alavancar novos empreendimentos. A criatividade nunca foi tão essencial como hoje, nesse segmento.

Jefersson Adriano Corretor de Imóveis

Alinne Oliveira Arquiteta

Mesmo com o mercado da construção civil em uma situação econômica instável, a expectativa para este ano de 2016 é otimista. Acredita-se que será um ano de desafio para os arquitetos, onde adaptaremos o projeto de acordo com o momento e auxiliaremos o cliente em como planejar sua obra ou reforma.

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“A construção civil, apesar de afetada pela crise, tem tudo para continuar crescendo em 2016. O déficit habitacional ainda é muito grande no Brasil, o sonho da casa própria ainda é algo muito desejado pelos brasileiros e, portanto, 2016 vem mais uma vez impulsionar a realização desse sonho. Outro fato relevante é a procura por mais conforto e segurança por parte dos clientes, fazendo com que a construção civil crie novos conceitos que atendam as necessidades de um público cada vez mais crescente e com poder aquisitivo. A procura por imóveis ainda é maior do que a oferta, portanto a construção civil em 2016, de forma planejada e organizada, tem tudo para ser cenário de destaque na Paraíba e no Brasil.

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DICAS

Mudanças SAIBA COMO AGIR PARA REALIZAR UMA MUDANÇA DE MANEIRA TRANQUILA

U

ma questão de consenso entre quase todo mundo é que mudança gera uma série de pequenos problemas que tornam esse procedimento pouco agradável de ser realizado. Uma das situações de maior índice de reclamação é com relação aos móveis, que se não forem transportados e colocados no novo local de maneira adequada

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acabam sendo danificados, o que gera um prejuízo para as pessoas.

móveis vão ficar intactos.

A revista Construir&Cia separou algumas dicas importantes para quem vai fazer alguma mudança ter as condições de levar os móveis, e qualquer outro utensílio, de um lugar para o outro de maneira tranquila, garantindo o transporte adequado e a garantia de que os

Corra longe de levar na sua mudança coi­sas que você nunca mais vai pre­ci­sar. Não jogar fora tudo aquilo que você não vai pre­ci­sar vai te cus­tar tempo, espaço na nova morada e dinheiro — tempo é dinheiro! A regra de ouro é se você não usa agora, pro­va­vel­mente não vai usar

Eleja prioridades

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mais. Não deixe coisas desorganizadas Antes de se mudar, orga­ nize aquela bagunça que sem­pre fica escon­dida em algum canto. São fer­ra­men­tas que­bra­das, brin­que­dos velhos e rou­pas que você não usa mais. Dê tudo pra cari­dade, antes de se mudar. Mantenha as coisas encaixotadas Cai­xas, cai­xas, cai­xas e mais cai­xas. Enfie tudo em cai­xas. Tudo? Sim, tudo! Um lugar fácil de con­se­guir cai­xas é em super­mer­ ca­dos e mer­ca­dos de bairro. Alguns gran­des super­mer­ca­dos man­dam suas cai­xas pra prensa para ocu­par menos espaço. Mas em mer­ca­dos ata­ca­dis­tas, estilo Makro e Ata­ca­dão, sem­pre tem umas cai­xas dando sopa nos cor­re­do­res. Caso não encon­tre de jeito nenhum, dê um pulo no cen­tro de reci­cla­gem da cidade e compre algu­mas por valor bem baratinho. Defina ordem de separação dos objetos Nem tudo que você vai encai­xo­tar pre­ci­ sará ser desen­cai­xo­tado já no pri­meiro dia do seu novo lar, cor­ reto? Então separe as cai­xas por pri­o­ri­dade. Como assim? Se os itens pre­ci­sa­rem ser usa­dos já no mesmo dia, reúna-os em uma caixa comum e mar­que com um grande “A” nela, que defi­nirá prioridade máxima para aquela caixa e vai ser útil na hora de pro­cu­rar as coi­sas naquele mar de cai­xas que será for­mado. Se os itens são importantes, mas não essen­ci­ais, mar­que com um “B”. Se são itens que você só usa uma vez ao ano, como deco­ra­ção de natal, etc, mar­que com um “C”, e serão as cai­xas que vão ser aber­tas por último. Então, desencaixote A, B e C, nessa ordem. Faça pacotes e embrulhe os objetos Você vai pre­ci­sar de muito jor­nal e fita ade­ siva. Quase sem­ pre as coi­ sas que são embru­lha­das com jor­nal ficam com tinta que as folhas sol­tam, então, depois de desem­bru­lhar, você pro­va­vel­mente vai pre­ci­sar limpá-las. As empre­sas de mudança usam jor­nal sem ser impresso (papel jor­nal). Para itens que não podem pegar essa tinta de jeito nenhum, com­pre o papel em uma pape­la­ria. Papel seda e papel ondu­lado tam­bém são óti­mos para embru­lhar coi­sas e podem ser adqui­ri­dos em pape­ la­ rias. Esses papéis tam­ bém são óti­mos para dar amor­te­ci­mento

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Como você está encaixotando tudo, coloque etiquetas, pinte, ponha adesivos circulares, para que as caixas fiquem facilmente identificadas e fáceis de distinguir das que levam itens de cozinha, quarto do casal, das crianças, do banheiro e lavanderia, por exemplo.

para itens frá­geis como copos, pra­tos e frascos. Marcadores importantes

e

etiquetas

são

Mar­ca­do­res per­ma­nen­tes (vulgo “piloto”) são óti­mos para mar­car as cai­xas com infor­ma­ções impor­tan­tes, como cômodo de des­tino, con­teúdo da caixa, frá­gil e “este lado para cima”. Como você está encai­ xo­ tando tudo, colo­que eti­que­tas, pinte, ponha adesivos cir­cu­la­res, para que as cai­xas fiquem facil­mente iden­ti­fi­ca­das e fáceis de dis­tin­guir das que levam itens de cozi­ nha, quarto do casal, das crian­ças, do banheiro e lavan­de­ria, por exem­plo. Use uma cor dife­rente para cada cômodo. Se neces­sá­rio, faça uma lista de legen­das, então você saberá facil­mente o que tem em cada caixa. Se qui­ser, você ainda pode ir antes ao seu novo lar e colar ade­si­vos de cores cor­res­pon­den­tes, nas por­tas de cada cômodo que rece­berá as res­pec­ti­vas cai­xas com itens dele.

Separe os objetos por cômodos Encai­xote as coi­sas cômodo por cômodo, man­tendo o con­teúdo de diferentes espa­ços em dife­ren­tes cai­xas. Isso vai eli­mi­nar con­fu­são e poupar tempo quando esti­ver desencaixotando. Identifique o endereço Faça algu­mas eti­que­tas com seu novo ende­reço antes de se mudar para a nova casa. Vai ser muito útil para dei­xar com os mora­do­res da sua antiga casa para que eles pos­sam enca­mi­nhar qual­quer cor­res­pon­dên­cia que chegue após sua mudança. É inte­res­sante dei­xar dinheiro com eles para cobrir qual­quer custo de pos­ta­gem, né? Cuidado com as crianças Se você tiver cri­ an­ ças, ainda mais se forem peque­nas, é um boa ideia arrumar alguém para cui­ dar delas enquanto você se envolve com a mudança, nas horas de encai­xo­tar, desen­cai­xo­tar, etc. As cri­an­ças sendo cui­da­das não vão te inter­rom­per no foco da tarefa e você vai con­se­guir fazer mais em menos tempo. Regra do quarto vazio Assim que che­gar na casa nova defina o “Quarto Vazio”. Esse quarto vai ser uma zona livre de cai­xas e vai ser­vir para que você e sua famí­lia pos­sam des­can­sar e rela­xar de todo o tra­ba­lho de desen­cai­ xo­tar coi­sas; sem olhar para mais cai­xas, de pre­fe­rên­cia! Cuidado com estimação

os

animais

de

Se você tiver ani­mais de esti­ma­ção, tenha um plano pra che­gada da mudança. Ponha o gato no banheiro com a caixa de areia e o cachorro num cer­cado no quin­tal ou na lavan­de­ria. Dessa forma você evita que qual­quer aci­dente possa acon­te­cer com seus bichi­nhos. Além disso, pro­cure dar uma aten­ção para eles no pri­meiro dia, pois mudança de ambi­ente é mais brusca para eles do que para você e sua famí­lia. Ani­mais demo­ram mais a se adaptar. Bole um plano para desempacotar os objetos Antes de come­çar a ras­gar cai­xas feito um louco, tenha um plano. Sente com sua famí­lia e bolem um plano, isso inclui o que vai pra onde e quem é res­pon­sá­vel pelo quê. Vai aju­dar para a coisa toda rolar mais suave e com menos estresse.

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FIQUE SABENDO

Rachou O PROBLEMA DAS RACHADURAS, TRINCAS E FISSURAS

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O

cupando o segundo lugar entre os defeitos mais comuns na construção civil, perdendo apenas para os problemas de umidade, as fendas podem ter como causa a movimentação de materiais e componentes da construção e, em geral, tendem a se acomodar. Como também podem ser consequência da ocorrência de vibrações na área. Mas você sabe o que é fissura, trinca e rachadura? Afinal, trata-se do mesmo problema ou não? Para ajudar você a identificar a diferença, enumeramos alguns critérios. Observe:

Fissura: • a abertura é superficial. Atinge a pintura, massa corrida, azulejo; • sua espessura atinge até 1 mm; • é de menor gravidade; • é estreita e alongada; • não possui problema estrutural, portanto, não é perigosa; • é importante observar se a fissura evolui com o decorrer do tempo ou se permanece estável, pois a fissura pode ser o primeiro estágio da fenda.

Trinca: • é mais perigosa do que a fissura; • sua espessura é de 1 a 3 mm; • a abertura é mais profunda e acentuada; • ocorre a ruptura do elemento, separando em duas partes;

• pode afetar a segurança dos elementos estruturais da residência.

Rachadura: • é muito perigosa, requer imediata atenção; • sua espessura é acima de 3 mm; • ocorre a ruptura do elemento, separando em duas partes; • a abertura é grande, pronunciada, profunda e acentuada; • é de fácil observação; • a água, o vento e a luz são capazes de passar através da parede ou teto danificados. Assim, a primeira coisa a saber é qual o tipo de fenda. Examinar visualmente algumas vezes já identifica o seu tipo. Porém, pode acontecer de não saber a profundidade e espessura dela apenas olhando. Dessa maneira é recomendado fazer um simples exame que consiste em colocar uma régua na abertura e medir sua profundidade e espessura. Anote quantos milímetros ela penetra na parede ou teto danificados e meça também a espessura pela superfície. Você pode também fazer uma marcação com giz no final da fenda para saber se ela continua a abrir. E para saber se ela evoluiu com o tempo, anote o primeiro dia que você fez o exame da régua e as medidas da abertura (profundidade e largura), em quantos milímetros ela está profunda e larga. Espere algum tempo, de alguns dias a 1 mês e faça este exame novamente anotando suas medidas e depois as

compare e veja se teve alteração ou se ficou estável. Se a evolução for rápida, procure imediatamente ajuda com um profissional. Para tratar esse tipo de problema procure um serviço profissional para a avaliação e execução da obra, pois os tratamentos são muitos e variam de um problema para outro, e existem questões a serem consideradas como o custo, o local e o tempo de execução do tratamento. Para tentar eliminar as fissuras, sugere-se: retocar o reboco usando argamassa ou massa acrílica, mas as fissuras podem reaparecer. Outra alternativa é passar tinta elastomérica pura na região e depois aplicar duas ou três demãos do mesmo produto, diluído conforme indicação do fabricante. Já para as pequenas trincas, formar, sobre ela, um “V”, com uma ferramenta chamada abre-trinca, ultrapassando 10cm de cada extremidade. Em seguida, limpar a superfície e aplicar fundo preparador de paredes, preencher a fenda com sela-trinca ou argamassa e colocar uma tela de poliéster. Acertar com massa e usar tinta elastomérica. Com essas dicas esclarecemos a diferença entre rachaduras, fissuras e trincas. Porém, deixamos o alerta de que se o problema não for uma simples fenda, você deve procurar um especialista o mais rápido possível. Para os que moram em apartamento, a dica é procurar o síndico para registrar o problema (afinal, outros moradores também podem passar por essa situação) e pedir orientação. Porém, cuidado! Não faça reparos antes de ter um diagnóstico, você pode mascarar a situação.

SE A INTENÇÃO É PINTAR PRA RESOLVER RACHADURA OU MANCHAS DE INFILTRAÇÃO E VAZAMENTO, MELHOR MUDAR DE IDEIA. CONSERTE PRIMEIRO. TINTA NÃO RESOLVE ESSES PROBLEMAS. E VOCÊ PODE FICAR COM A FALSA IDEIA DE QUE DEU TUDO CERTO, DE QUE GAMBIARRA VALE A PENA E DE QUE VOCÊ FOI ÓTIMO NO DISFARCE, MAS LOGO O PROBLEMA REAPARECE. SE A FISSURA FOR SUPERFICIAL O PINTOR CONSEGUE TRATAR.

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MATERIAIS

Módulos CONSIDERADA ECOLÓGICA E ECONÔMICA, AS CASAS MODULARES GANHAM ESPAÇO NO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

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I

magina realizar o sonho da casa própria e o melhor, em pouco tempo. As casas modulares, que já são populares em diversos países da Europa, vêm ganhando destaque no Brasil por ser ecológica, sustentável e econômica. Assim como qualquer projeto convencional, uma casa modular possui telhado, canalização, carpintaria e acabamentos interiores e elétricos. Porém, como sua construção é feita através de uma linha de montagem, a sua finalização, dependendo do projeto, pode ser feita em até três meses. Outra diferença entre a casa modular e a construção convencional é que na primeira não são utilizadas molduras de ferro, mas sim de madeira, com postes de metal para suporte, o que facilita para se fazer um ou mais andares. Nela também é possível se ter isolamento térmico no interior dos ambientes. Outro ponto positivo é que por sua estrutura ser fabricada em série não há desperdícios, colaborando com o meio ambiente. E como ela é fabricada por módulos, caso o dono do imóvel tenha interesse em

aumentar a área construída de sua casa, basta solicitar e encaixar mais módulos.

Produção As empresas possuem diversos modelos, de vários tamanhos e gostos. Depois do modelo escolhido, as peças ou módulos são fabricados em série, evitando erros e defeitos. Caso o cliente tenha interesse, também existem os projetos personalizados que adaptam a casa modular à necessidade do cliente.

Montagem Depois das peças feitas em fábrica, os módulos são transportados para o terreno escolhido e montados. Tudo é enviado em quantidades e tamanhos exatos. Dependendo do projeto escolhido, a empresa pode oferecer somente a carcaça da casa, como também entregá-la pronta, com acabamentos e instalações hidráulicas e elétricas.

Custos De acordo com construtores, uma casa modular, mesmo com projeto personalizado e material de primeira linha, pode ser mais barato do que uma casa convencional, por evitar desperdícios, pelos materiais utilizados e por menos mão-de-obra. Também acaba sendo vantajoso porque como sua produção é feita em série, a empresa saberá desde o início o valor exato de sua execução, evitando surpresas ao longo da sua construção.

Vantagens • Agilidade • Menos desperdício • Flexibilidade no projeto • Isolamento térmico • Menos defeitos • Menos mão-de-obra • Mesma longevidade que uma casa convencional

AINDA NÃO HÁ DADOS ABSOLUTAMENTE ESCLARECEDORES ACERCA DE QUANTO FICA MAIS BARATO UMA CASA MODULAR EM RELAÇÃO A UMA DE CONSTRUÇÃO TRADICIONAL, MAS É ADMITIDO QUE EM CONDIÇÕES NORMAIS PODE-SE ESPERAR QUE AS CASAS MODULARES TENHAM UM CUSTO INFERIOR ÀS CASAS TRADICIONAIS EM CERCA DE 15% A 25%.

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MEIO AMBIENTE

Coleta SELECIONAR O LIXO É UMA IMPORTANTE MEDIDA PARA PRESERVAR O MEIO AMBIENTE

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conceito e a importância da preservação ambiental ganharam destaque nos últimos anos, devido à preocupação com o aquecimento global. Especialistas apontam que a coleta seletiva é uma das medidas mais importantes quando o assunto é sustentabilidade, pois é possível incentivar a reciclagem, destinar o lixo orgânico para

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os locais corretos e evitar a contaminação por meio de produtos radioativos como pilhas e baterias. Mas, o que é a coleta seletiva? Como entendimento básico é a coleta dos resíduos orgânicos e inorgânicos ou úmidos e secos ou não recicláveis e recicláveis, que foram previamente separados na fonte geradora. Materiais não recicláveis

são aqueles compostos por matéria orgânica e/ou que não possuam, atualmente, condições favoráveis para serem reciclados. Coleta seletiva é o tratamento dado ao resíduo, que começa na fonte geradora com a segregação ou separação dos materiais em orgânicos e inorgânicos e em seguida com a sua disposição para a

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destinação correta. Existem várias maneiras de dispor o material selecionado para a reciclagem, como por exemplo, na porta de sua residência, estabelecimento comercial ou indústria, para posterior coleta porta a porta realizada pelo poder público ou por catadores, ou por entrega voluntária aos pontos de reciclagem ou às cooperativas de catadores. Após o recolhimento, esse material será separado ou triado nas centrais de triagem, em papel (papelão, jornal, papel branco, etc.), plástico (pet, pvc, etc.), metal (alumínio, cobre, etc.), embalagens compostas etc., os quais serão organizados e enfardados, e vendidos para serem reciclados, tornando-se um outro produto ou insumo na cadeia produtiva. A coleta seletiva é também uma maneira de sensibilizar as pessoas para a questão do tratamento dispensado aos resíduos sólidos produzidos no dia a dia, quer seja nos ambientes públicos ou nos privados. De acordo com o Conselho Nacional do

Meio Ambiente (Conama) a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não renováveis, energia e água; Considerando a necessidade de reduzir o crescente impacto ambiental associado à extração, geração, beneficiamento, transporte, tratamento e destinação final de matérias-primas, provocando o aumento de lixões e aterros sanitários; Considerando que as campanhas de educação ambiental, providas de um sistema de identificação de fácil visualização, de validade nacional e inspirado em formas de codificação já adotadas internacionalmente, sejam essenciais para efetivarem a coleta seletiva de resíduos, viabilizando a reciclagem de materiais. A Resolução CONAMA nº275 de 25 de abril de 2001, estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. Veja o seguinte demonstrativo:

Papel, papelão Resíduos perigosos Plástico Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde Vidro Resíduos radioativos Metal Resíduos orgânicos Madeira Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação

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A coleta seletiva é também uma maneira de sensibilizar as pessoas para a questão do tratamento dispensado aos resíduos sólidos produzidos no dia a dia, quer seja nos ambientes públicos ou privados.

Acima de tudo, é extremamente importante estar sempre atento às datas de recolhimento de lixo orgânico e reciclável em sua cidade. Se preferir aproveitar os resíduos produzidos pela família, invista no adubo orgânico (compostagem) que pode ser produzido de forma simples para colocar em plantas e hortaliças. Outra opção interessante são os brinquedos elaborados com garrafas, tampinhas e rolinhos. Não é todo estado, nem todas as cidades, que possuem um trabalho de recolhimento adequado e atual – no que diz respeito à coleta seletiva. Melhor dizendo: o destino final do lixo (sem separação) ainda é precário. Faltam incentivos e iniciativa do governo e também a reeducação da população, para que, se a cidade não tiver um sistema de coleta de lixo seletivo, cada cidadão possa tranquilamente começar a separar os materiais orgânicos e inorgânicos. Lembre-se de que diversos materiais necessitam de vários anos ou até séculos para se decompor no ambiente. As indústrias de reciclagem investem nesses materiais, transformando-os novamente em matérias-primas, objetos de decoração, flores artificiais, papéis ecológicos e outros artesanatos. E ajudar na preservação ambiental é um dever de todo cidadão, um compromisso com o planeta e com as futuras gerações.

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SOMENTE 17% DAS CIDADES BRASILEIRAS POSSUEM COLETA SELETIVA DE LIXO. O SUDESTE É ONDE ESTÁ A MAIOR PARTE DESTES MUNICÍPIOS (45%), SEGUIDO DO SUL (36%), NORDESTE (10%), CENTRO OESTE (7%) E NORTE (2%). ENTRETANTO, DE 2010 A 2014, O NÚMERO DE CIDADES QUE TEM RECICLAGEM AUMENTOU 109%. DADOS DO COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM (CEMPRE)

O Açude Velho, principal cartão postal de Campina, ilumina a cidade com sua beleza também no natal

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FIQUE SABENDO

Licença ENTENDA O PROCESSO BUROCRÁTICO PARA TIRAR UM IMÓVEL DO PAPEL E CONSEGUIR LICENCIAMENTO DE OBRA NA PREFEITURA

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ecém-casados, jovens promissores, profissionais dedicados... Diversos tipos de pessoas compram seu primeiro terreno e sonham em como será construída a sua primeira casa. Os detalhes, as instalações, cores, decoração, acabamentos... Qual portão escolher? Qual modelo de janela comprar? Cada detalhe parece um sonho fácil de executar. Afinal, já sou proprietário do terreno e se contrato um bom pedreiro e banco financeiramente as despesas, logo, logo meu imóvel será algo concreto, certo? Em partes! O que muita gente não tem conhecimento, talvez pela imaturidade no ramo imobiliário, é que toda obra precisa, por determinação legal, ser licenciada. E se a área em questão for superior a 60m², um projeto arquitetônico deve ser apresentado à Prefeitura Municipal. Por vezes, todo esse processo se torna muito burocrático e a espera chega a durar meses. Dessa forma, cada construção precisa ser de responsabilidade técnica de um profissional credenciado, isto é, arquitetos ou engenheiros que assinarão o projeto. Segundo o Art. 18 do Cap. II do Código de Obras da Prefeitura Municipal de Campina Grande, os técnicos responsáveis respondem, dentre outras coisas, por: o não cumprimento dos projetos aprovados; transtornos ou prejuízos causados às edificações vizinhas durante a execução de obras; deficiente instalação e funcionamento do canteiro de serviços; falta de precaução e consequentes acidentes que envolvam operários e terceiros. Ainda da série de normas regulamentadas, algumas questões administrativas são bem pontuadas, como os dimensionamentos de determinadas calçadas

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que, para algumas ruas, possuem medidas pré-estabelecidas e rigorosamente fiscalizadas. Como exemplo, temos a principal Avenida campinense, a Marechal Floriano Peixoto, com recuo obrigatório de 3,0 metros. Além disso, a Prefeitura cobra taxas de licenciamento com valores variáveis e que também possuem regras fixas, tais como a presente no Parágrafo 3°, Art. 22, Cap. III do Código de Obras: “Uma vez expedido o Alvará de Licença para Construção, se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de sua expedição, não tiverem sido pagas as taxas devidas, a licença será automaticamente cancelada.” Sendo assim, a burocracia se estende, pois o órgão competente do Município concederá a licença para construção (sem subsolo, pavimentos ou interferência no tráfego - e nesses casos a documentação exigida é maior) somente após a apresentação de requerimento do interessado, contendo as assinaturas do requerente, do autor do projeto, do responsável pela execução da obra, junto com o projeto arquitetônico, que será apreciado com a seguinte documentação exigida: I. Projeto arquitetônico, em 04 vias, contendo: planta baixa, cortes longitudinais e transversais, locação, situação e coberta; II. Cópia do comprovante de propriedade do imóvel, documento de posse ou contrato de compra e venda; III. Uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica; IV. Projeto de Proteção Contra Incêndio, Explosão e Controle de Pânico, aprovado pelo Corpo de Bombeiro Militar do Estado da Paraíba.

Após submeter toda a documentação, o requerimento e o projeto, a Prefeitura ainda tem um prazo de 30 dias para conceder o alvará. Cansou só de ler e imaginar quanto trabalho para começar sua construção? Pois recupera o fôlego que ainda tem mais! Se você acha que só para construção é necessário essa trabalheira toda, infelizmente, enganou-se. Reformas que alterem a planta do imóvel também precisam de licenciamento, por vezes, até do projeto arquitetônico, seguindo a regra de área modificada superior a 60m². Contudo, pequenas restaurações como revestimento de muros, pintura interna e externa em edifícios que não necessitem de instalação de tapume, andaime ou telas de proteção, retelhamento e substituição de calhas, reparos de telhados e etc., estão isentos. Mas, isso não implica que a obra não está passível de fiscalizações da Secretaria de Obras. Por fim, depois dessa síntese do que é necessário para uma construção em dia com o cumprimento da lei, podemos intuir que não é algo simples, com resolução em horas ou poucos dias, mas que para uma obra segura, que respeite o meio ambiente, terceiros, circulação de tráfego e profissionais envolvidos é essencial. Afinal, segundo pesquisas recentes, apenas nos últimos cinco anos foram analisados 10.259 acidentes de trabalho, muitos deles na construção civil que precisam de um olhar, realmente, mais atento e severo do poder público. Contudo, para não atrasar em muitos dias o início de um projeto, meios online, otimização do serviço administrativo, contratação de mais pessoal deveriam ser colocadas em pauta política. E você o que acha?

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AGENDA

2015

01/12 a 02/02

II SIMES

LOCAL

Instituto de Engenharia – São Paulo

INFORMAÇÕES

simes2015.com.br

O II Simpósio Internacional de Impermeabilização de Estruturas Subterrâneas vai reunir construtores, projetistas, fabricantes de equipamentos, empresas de serviços de engenharia, acadêmicos, profissionais e estudantes.

2015

02/12 a 04/12

CONSTRUCT CANADÁ

LOCAL

Toronto – Canadá

INFORMAÇÕES

www.constructcanada.com

A Construct Canadá reúne os melhores profissionais nas áreas de arquitetura, design, construção civil com atuações em projetos para construção, operação, renovação, restauração, equipamentos e produtos.

2015

12/12 a 13/12

JORNADA DO PATRIMÔNIO A Secretaria Municipal de Cultura e o Departamento do Patrimônio Histórico realizarão a primeira Jornada do Patrimônio paulistana, nos moldes do que já ocorre em diversos países, como as Journées du Patrimoine na França e o Open House em Nova Iorque, Lisboa, Porto e outras cidades.

2015

14/12 a 16/12

SSCS 2015

Strategies for Sustainable Concrete Structures

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LOCAL

São Paulo – SP

INFORMAÇÕES

www.prefeitura.sp.gov.br

LOCAL

Rio de Janeiro - RJ

INFORMAÇÕES

www.coc.ufrj.br

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2016

19/01 a 12/01

BUILDERS’ SHOW

LOCAL

Las Vegas – EUA

INFORMAÇÕES

www.buildersshow.com

Este evento é destinado à construção comercial e residencial, automação e robótica, produção e equipamentos diversificados, decoração e aparelhos domésticos.

2016

01/02 a 05/02

WORLD OF CONCRETE

LOCAL

Las Vegas - EUA

INFORMAÇÕES

www.worldofconcrete.com

A World of Concrete reúne os fornecedores líderes do setor para a apresentação de novas tecnologias, produtos inovadores, ferramentas, equipamentos e uma malha extensa de informações e oportunidades para que seus visitantes fiquem atualizados e estejam aptos a implementar e fortalecer seus negócios, mirando sempre uma economia em constante evolução.

2016

03/02 a 05/02

CONFERÊNCIA

Conferência Internacional - Urbanismo Regional na era da globalização

LOCAL

Universidade de Huddersfield - Reino Unido

INFORMAÇÕES

regionalurbanismconference@hud.ac.uk

O Centro de Design Urbano, Arquitetura e Sustentabilidade (CUDAS) da Universidade de Huddersfield, no Reino Unido, realiza de 3 a 5 de fevereiro de 2016, um simpósio internacional sobre Urbanismo Regional na Era da Globalização.

2016

09/03 a 10/03

CONGRESSO

LOCAL

São Paulo (SP)

INFORMAÇÕES

gmiforum.com

III Congresso Técnico-comercial de concretagem, pré-moldados e agregados Esta feira tem o objetivo de promover a integração, reunir os principais players e tomadores de decisão da Indústria, e disseminar conhecimento em seus diversos segmentos, tais como, concreto, pré-moldado e agregado.

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SERVIÇO

Plotagem A IMPRESSÃO DAS PLANTAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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la é feita através de um equipamento chamado plotter. Com bastante precisão, a plotagem pode ser impressa em grandes áreas, rompendo as barreiras de uma impressora convencional. É utilizada por engenheiros e arquitetos em seus trabalhos com plantas e projetos, como também servem para a aprovação de um projeto ou regularização de um imóvel na Prefeitura. Para entender melhor como uma plotter funciona, conversamos com José Barreto de Freitas, proprietário da Digital Cópia – Copiadora, atuante nesse mercado há 26 anos. Construir & Cia. - Como é feita a impressão de uma plotagem? Barreto - O processo de impressão (plotagem) se inicia quando recebemos o arquivo, por meios distintos, sejam eles por e-mail, pen drive, CD e etc. Em seguida, o mesmo é visualizado na tela do computador, onde será configurado de acordo com as determinações impostas, seja pelo cliente ou normas. Em seguida, enviada para o plotter que se encarregará de fazer a impressão em papel sulfite ou outros. Construir & Cia. - Sabemos que a impressão em um plotter pode ser feita em grandes tamanhos, mas quais são essas dimensões?

podem ser impressos em plotters, não impedindo que os demais possam também serem impressos por esses equipamentos. Esses formatos podem ser impressos tanto na posição que chamamos de paisagem ou na posição retrato, desde que o plotter utilizado ofereça essa condição. Diferentes fabricantes dispõem de diversos tamanhos, que chamamos de boca, os quais são: 600mm, 1000mm e até 1500mm. Plotters maiores são destinados à impressão de banners em lonas, plásticos etc. Construir & Cia. - Qual o papel utilizado? Barreto - Para desenhos técnicos, utiliza-se o papel sulfite como mencionado anteriormente, não impedindo de ser utilizado outro tipo de mídia, desde que o equipamento utilizado suporte. Construir & Cia. - Qual a durabilidade de uma plotagem? Barreto - A durabilidade de uma plotagem depende muito da sua utilização. Quando são utilizadas como consultas, se deterioram com mais rapidez devido ao manuseio. Quando arquivadas adequadamente, duram por longos períodos de tempo.

Construir & Cia. - Qual a média de custo de uma plotagem? Barreto - Isso depende de uma série de fatores: valor do equipamento empregado e seus insumos, custos operacionais da empresa, margem de lucro e outros. Atualmente em Campina Grande formatos tradicionais podem sair a partir de R$ 3,50. Já formatos diferenciados cobra-se por metro, que geralmente sai a partir de R$ 9. Construir & Cia – Sabemos que atualmente há diversas empresas no mercado que oferecem este trabalho. Mas quais são os diferenciais da Digital Cópia que fazem vocês permanecerem no ramo há mais de 26 anos? Barreto - O preço praticado pela nossa empresa, como também o atendimento diferenciado aos nossos clientes, sejam eles permanentes ou não. Temos um horário de funcionamento diferenciado, assessoria a estudantes de engenharia e arquitetura quanto à aplicação das normas técnicas, procurando melhorar assim, os custos para os mesmos.

Barreto - Quando se trata de desenhos técnicos, as dimensões devem obedecer o que determina a NBR 10068, aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, cujo objetivo é padronizar as dimensões das folhas utilizadas com suas respectivas margens e legendas. Essas dimensões das folhas, que tecnicamente são chamadas de “formatos”, podem ser utilizadas tanto na posição vertical como na posição horizontal, as quais tem as seguintes dimensões: A0 - 1189 x 841mm A1 - 594 x 841mm A2 - 420 x 594mm A3 - 297 x 420mm A4 - 210 x 297mm Apenas os formatos A0, A1 e A2 são considerados grandes formatos e só

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José Barreto mostra uma de suas maquinhas de plotagem

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ONDE ENCONTRAR Fotografia

CÉSAR DI CESÁRIO

LOCAL

Paraíba - Brasil

INFORMAÇÕES (83) 98896.9889

cesardicesario@hotmail.com

Distribuidora de cimento

CIMENTEX

LOCAL

AV. Assis Chateubriand, 1164 – J. Paulistano. Campina Grande, PB.

INFORMAÇÕES (83) 3066-8184

Material de construção

SAFRA MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

LOCAL

Rua Francisco Lopes de Almeida, 571. Malvinas, Campina Grande - PB

INFORMAÇÕES safraconstrucao@hotmail.com

(83) 3336-1710

Material de construção

SOUSA ALVES

LOCAL

Rua 15 de Novembro, 1640. Palmeira, Campina Grande – PB.

INFORMAÇÕES (83) 3321-3415

sousaealves@hotmail.com

Construtora

LANÇAR

LOCAL

Avenida Sete de Setembro, 292. Bairro Caminho do Sol, Petrolina - PE

INFORMAÇÕES (87) 3864.7688

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lancar@lancarconstrutora.com.br

DEZ - JAN - FEV 2015


Arquitetura

ALINNE OLIVEIRA

LOCAL

Campina Grande - PB

INFORMAÇÕES (83) 99398-2107

alinneoliveiraarquiteta@gmail.com

Copiadora

DIGITAL CÓPIA

LOCAL

R. Tomás Soares de Souza, 170 - Catolé, Campina Grande - PB

INFORMAÇÕES (83) 3088-3960 / 98848-0134

barretocopy@gmail.com

Corretor de Imóveis

TIAGO CARVALHO

LOCAL

Rua Rodrigues Alves, 143. Campina Grande - PB

INFORMAÇÕES (83) 99608.9693

www.remax.com.br/thiagocarvalho

Estruturas metálicas

CONSTRUAÇO

LOCAL

Rua B - Quadra 4 - Lote 3, s/n. Distrito Industrial, Queimadas - PB

INFORMAÇÕES (83)3331-1880

www.construacopb.com.br

Construção

FACISA

LOCAL

Av. Sen. Argemiro de Figueiredo, 1901 - Itararé, Campina Grande - PB

INFORMAÇÕES (83) 2101-8800

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giardinni | www.giardinni.com

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