Paraíba Dez / Jan / Fev - 2015. Ano 3 - Nº 6
ª 12 FETECh
HISTÓRIA, SUCESSO E EXPECTATIVAS PARA 2015
Entrevista
Energia
Alexandre Farias fala sobre os 50 anos da Metalúrgica Silvana
Confira as várias formas de produzir energia limpa em casa
Realidade O açude de Boqueirão e as alternativas contra a seca
ÍNDICE Morar bem
VENTILAÇÃO NATURAL
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Entrevista
ALEXANDRE FARIAS
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Materiais
LEVEZA E TRANSPARÊNCIA
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Economia
ALUGUEL DE MAQUINÁRIO
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Realidade
RACIONAMENTO DE ÁGUA
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Ecoeficiente
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A ESCOLHA DA ÁRVORE Realidade
37
DESAFIOS DIÁRIOS DOS CARTEIROS Morar bem
40
DORMIR BEM É ESSENCIAL Carreira
44
PERSONALIZAÇÃO DO IMÓVEL Ecoeficiente
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JARDINS EXTERNOS E INTERNOS Especial
A FETECH VOLTOU COM TUDO
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Morar bem
PEQUENOS AMBIENTES
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Opinião
ALTERNATIVAS HÍDRICAS
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Opinião
ARQUITETURA CAMPINENSE
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Dicas
COMBATENDO O MOFO
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Economia
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ENERGIA SOLAR EM CASA Materiais
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COLORINDO E HARMONIZANDO Materiais
82
REGULAMENTAÇÃO DA AREIA Realidade
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CISTERNAS E CAIXAS D’ÁGUA Dicas
88
SEM NINHOS NO TELHADO Dicas
DUCHAS E CHUVEIROS
90
Realidade
SANEAMENTO BÁSICO
92
Materiais
ESCOLHENDO A TELHA
96
Agenda
DE OLHO NOS EVENTOS
100
Morar bem
CASINHA PARA O CACHORRO
102
Onde encontrar
104
EMPRESAS E PROFISSIONAIS
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EDITORIAL
Caro leitor,
O
ano de 2015 está chegando e a revista Construir&Cia, uma das referências no ramo imobiliário de toda a Paraíba, preparou mais uma edição recheada de dicas e informações úteis para quem está construindo e também para quem quer apenas uma boa leitura sobre um dos assuntos que mais se expande no mercado consumidor atualmente: a construção civil.
Nesta edição, traremos uma matéria especial sobre o retorno de uma das mais importantes feiras de tecnologia da Paraíba, a FETECh, que retorna para sua 12ª edição e promete apresentar inovações para todo o ramo da tecnologia, em uma cidade que é reconhecida mundialmente pelos avanços que apresenta nesse segmento. Na entrevista desta edição você vai conhecer um pouco mais sobre uma empresa que tem mais de 50 anos de atuação e credibilidade, e que já conquistou o Brasil e outros países do MERCOSUL: a Metalúrgica Silvana. Você também vai ter a oportunidade de conferir dicas especiais para evitar a umidade dentro da sua casa ou apartamento e evitar problemas como o surgimento de mofo, que é um dos maiores responsáveis pelo aumento de doenças e coloca em risco a saúde de todos dentro do ambiente. Ainda temos uma matéria que vai explicar o que o construtor deve saber na hora de alugar o maquinário necessário para a boa execução da sua obra. Ainda tem uma matéria explicando como e onde se pode adquirir areia legalizada para a construção civil aqui no estado da Paraíba. E não deixamos de lado os detalhes finais de uma obra. Vamos explicar passo a passo qual a melhor tinta e qual a cor mais adequada para cada ambiente, como escolher o telhado certo para fechar com chave de ouro sua reforma ou sua construção e o que é melhor para você, ducha ou chuveiro. Mais uma vez seja bem-vindo a Construir&Cia. Tenha uma leitura agradável e confira tudo isso e muito mais na revista que já se tornou o “xodó” do construtor paraibano. Sinta-se em casa, a Construir é toda sua!
EXPEDIENTE PUBLISHER
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
Cícero Cezar A. Campos
Faz Ideia
Gratuita e Dirigida
EDITOR CHEFE
Silas Batista dos Santos DRT/PB 3227
www.fazideia.com
TIRAGEM
FOTOGRAFIA
Cesar di Cesario
6.000 exemplares
REVISÃO
Claudioney Silva Cleide da Silva França
REPORTAGEM
Thaise Carvalho Silas Batista Thalyne Menezes Carla Batista (Jornalista colaboradora) Débora Marx (Jornalista colaboradora)
Isabelle Monteiro ANÚNCIOS
IMPRESSÃO
Agência Script
Gráfica Moura Ramos
É uma publicação dirigida da Agência de Publicidade Script A revista Construir & Cia não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes.
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PRÉ-PRODUÇÃO
ANUNCIE
(83) 9928.7734 (83)
8884.8831
Contato: Cícero Cezar agenciascript@yahoo.com.br
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OPINIÃO
Cristiano Cruz Quando se pensa em mercado imobiliário, construções e desenvolvimento de Campina Grande, se encontra na CONSTRUIR & CIA uma importante aliada para acompanhar a realidade deste setor em nossa cidade. Além da cobertura dos principais eventos, salões, feiras, podem-se encontrar empresas anunciantes de vários ramos dentro do setor, como imobiliárias, construtoras, lojas de materiais para construção, escritórios de arquitetura, todos dispostos em uma revista com ótima diagramação, excelente material e grande abrangência na região. Campina Grande, em seus 150 anos está de parabéns também por esta publicação. TV PARAÍBA
Fred Ozanan Cartunista
A Revista Construir & Cia. é um grande exemplo de comunicação especializada que, com sua linguagem visual limpa e arrojada, e textos descomplicados, atrai até quem não é do setor da construção civil e estimula o interesse pelos assuntos nela abordados. Ao folheá-la, torna-se fácil ver o avanço imobiliário por toda a Paraíba e entender a importância desse crescimento para as futuras gerações. Parabéns a toda a equipe que faz esta publicação tão significativa!
Evandro Palhano Adriana de Macêdo
Corretor de imóveis
Adoro as tendências e as novidades que aparecem na revista Construir & Cia a respeito dos materiais e revestimentos de construção. São matérias bem elaboradas e de leitura rápida e prazerosa.
Acho muito importante o trabalho da revista Construir & Cia, por divulgar matérias relacionadas a esse setor tão importante para sociedade. Continuem levando para a opinião pública matérias que promovam a sustentabilidade, a qualificação de projetos e mão de obra, e divulgando eventos como feiras e seminários.
BENTEC MÓVEIS PLANEJADOS
ALLIANCE EMPREENDIMENTOS
Projetista
Sua opinião é importante
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Envie sua mensagem por e-mail para contato@construirecia.com.br
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MORAR BEM
Ventilar DEIXANDO SUA CASA FRESCA SEM USAR O AR-CONDICIONADO
N
ão é de agora que se procura soluções para amenizar o rigor do clima. Ao longo da história da engenharia civil tem se elevado tetos, alargado paredes, criado jardins, em busca de ambientes ventilados e fresquinhos. Nos tempos de hoje, projetos de construção ou reforma são o que mais se ver. Tudo em nome do conforto térmico. E para isso vale a pena apostar na medida sustentável: a ventilação natural. Ela não apenas ajuda a regular a temperatura interna como ainda melhora a qualidade do ar, reduz os gases tóxicos e diminui os riscos de alergia e problemas respiratórios. O caso é que para se ter uma casa bem ventilada é preciso estudar o local onde ela será erguida e planejar de que forma maximizar a entrada e circulação do ar dentro dos ambientes. Uma boa maneira de se começar é na hora de distribuir janelas e portas, posicionar as aberturas em paredes opostas, garantindo a chamada ventilação cruzada. Esse tipo de ventilação ocorre quando
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Uma boa maneira de se começar é na hora de distribuir janelas e portas, posicionar as aberturas em paredes opostas, garantindo a chamada ventilação cruzada. existem no mínimo duas aberturas em lados opostos dos ambientes, permitindo a completa circulação do ar. Para garantir o conforto térmico através da ventilação é necessário mensurar a taxa adequada do fluxo de ar, mantendo
o equilíbrio entre a temperatura e a pressão dos ambientes. A ventilação natural pode causar desconforto e resfriamento indesejado, caso não planejada adequadamente. Um dos principais benefícios da ventilação natural é a redução do consumo de energia, minimizando diretamente o uso de sistemas de ventilação mecânica e ar-condicionado. Entretanto, para projetar espaços devidamente ventilados não, é só apenas fazer o pé-direito alto, utilizar ventilação cruzada, ou simplesmente saber que o ar quente sobe enquanto o frio desce. Várias questões devem ser levadas em consideração antes dos traços iniciais de um projeto. Dentre as características físicas que influenciam na ventilação de uma edificação, podemos citar: Ventos dominantes locais (frequência, direção e velocidade); Radiação solar e umidade relativa do ar. Então, observando essas características iniciais, o próximo passo é adequar o seu projeto a elas e garantir assim o conforto térmico do seu lar.
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ENTREVISTA
Silvana 50 ANOS DE HISTÓRIA
A
Metalúrgica Silvana completou 50 anos em 2014. Mais do que referência em qualidade, segurança e inovação, a empresa mantém aliado ao seu sucesso a responsabilidade socioambiental e a parceria de colaboradores participativos e dedicados. Atualmente a empresa oferece mais de 1500 itens, distribuídos entre fechaduras, dobradiças, ferrolhos, entre outros, que são produzidos atendendo a rigorosos padrões de qualidade, o que os certifica com o ISO 9001:2008 e pelo PBQP-h. Sempre investindo em tecnologia e produtos inovadores, a Metalúrgica Silvana possui um dos mais modernos parques fabris do país e emprega cerca de 400 colaboradores diretos. A revista Construir&Cia. conversou com o diretor comercial da empresa, Alexandre Farias, para conhecer um pouco mais dessa empresa campinense que já conquistou o Brasil e outros países do MERCOSUL e leva em sua história a garra e o empreendedorismo de grandes homens.
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Construir&Cia: Nos conte um pouco sobre a ideia de criar a Metalúrgica Silvana. Alexandre: A Metalúrgica Silvana surgiu do empreendedorismo e atitude visionária do empresário Ivan Farias. Em agosto de 1964, comprou a Indústria Metalúrgica Irmãos Braga Ltda, que se localizava na Rua Luiz Soares no centro de Campina Grande e passou a produzir dobradiças, o primeiro produto da metalúrgica. Em 1970, Ivan Farias adquiriu um novo terreno e se mudou para a Rua José Amâncio Barbosa, no bairro São José. A mudança para o Distrito Industrial, onde está até hoje, ocorreu em 1989. C&C: Por que criar uma empresa neste segmento? Alexandre: O empreendedorismo do nosso fundador aliado às condições socioeconômicas da época foram os principais fatores que nos levaram a entrar neste segmento de mercado. C&C: Como surgiu a escolha do nome? Alexandre: O nome Silvana refere-se à filha mais velha do nosso pai e fundador, Ivan Farias. C&C: Quantos funcionários a Metalúrgica Silvana tinha no primeiro ano de empresa e quantos têm hoje, depois de 50 anos de estrada? Alexandre: Começamos com 35 colaboradores, hoje, após 50 anos, nossa equipe
é formada por mais de 400 colaboradores diretos. C&C: Atualmente são mais de 1.500 itens fabricados por vocês, seguindo rigorosos padrões de qualidade. Este seria um dos segredos da Metalúrgica para se manter firme nesse segmento durante todos esses anos? Alexandre: Sim, com certeza! Investimento em qualidade, tecnologia, inovação e automação industrial são alguns dos pilares que nos garantiram chegar aos 50 anos de mercado. Produzimos hoje cerca de 1500 itens entre Fechaduras residenciais, fechaduras para portão, fechaduras para móveis, dobradiças em aço, inox e latão, ferrolhos, armadores de rede, puxadores e muito mais. Somos hoje a indústria do segmento que possui um dos portfólios mais completos entre fechaduras e ferragens para a construção civil. C&C: A empresa, que teve início em Campina Grande, tem representações em quais regiões do país? Alexandre: Possuímos hoje mais de 50 representantes comerciais espalhados por todo o Brasil e MERCOSUL. C&C: Preocupada com o meio ambiente, a Metalúrgica Silvana firmou uma parceria com a cooperativa de trabalhadores de materiais recicláveis (Cotramare). Explique de que forma acontece essa ação. Alexandre: Desde 2011, a Metalúrgica
Nossa indústria é também autossuficiente no consumo de água, ou seja, cerca de 95% da água que utilizamos é captada através de um sistema moderno de captação fluvial estruturado desde o projeto de construção da nossa sede. Alexandre Farias DIRETOR COMERCIAL
Silvana firmou uma parceria com a Cooperativa de Trabalhadores de Materiais Recicláveis (Cotramare), de Campina Grande. A cada 15 dias, a fábrica faz doação de uma tonelada de papelão e plástico descartados das embalagens para que sejam reciclados. O termo de parceria foi firmado por meio
Showroom da Metalúrgica Silvana na FEICON BATIMAT
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da engenheira agrícola Luíza Eugênia da Mota Rocha Cirne, que trabalha na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). C&C: Além desse, a Silvana também tem outros projetos para a preservação ambiental? Alexandre: Temos ainda em nosso parque fabril uma das mais modernas Estações de Tratamento de Efluentes (ETE), o que nos permite devolver a água tratada e sem metais pesados, contribuindo para a preservação do nosso meio ambiente. Nossa indústria é também praticamente autossuficiente no consumo de água, ou seja, cerca de 95% da água que utilizamos é captada através de um sistema moderno de captação fluvial estruturado desde o projeto de construção da nossa sede. Somos ainda certificados pelo PBQP-h - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat, e temos certificação ISO 9001:2008 em nossa unidade de negócios de telhas e perfis metálicos. C&C: Uma novidade da Silvana é a instalação do primeiro centro de distribuição que atenderá toda operação logística da empresa. Fale um pouco sobre esse empreendimento. Alexandre: O primeiro Centro de Distribuição (CD) da Silvana possui área útil de armazenagem de aproximadamente 4 mil metros quadrados e está localizado em anexo ao parque fabril da indústria, em Campina Grande (PB). Com pé direito de 13 metros, equipamentos de alta
Alexandre Frias, Diretor Comercial da Metalúrgica Silvana
tecnologia, profissionais qualificados e um software de WMS integrado ao ERP da empresa, o CD contará com quase 4.000 posições de armazenagem para receber com segurança todo o portfólio de produtos da empresa, agilizando e otimizando a operação logística e entregando um serviço de melhor qualidade ao cliente Silvana. A área de armazenagem utilizada anteriormente não suportava
o ritmo de crescimento da empresa, e ao sentir a necessidade de uma área maior foi dado início ao projeto de implantação do nosso primeiro Centro de Distribuição. A implantação do nosso primeiro Centro de Distribuição foi também um sonho antigo da nossa equipe comercial, que acaba de se realizar e irá permitir ganhos expressivos no lead-time de entrega ao nosso cliente e nos desafiar a buscar algo ainda maior em um mercado onde a eficiência Logística vem em primeiro lugar. C&C: Pensando em todos esses anos de Silvana, quais as principais conquistas da empresa ?
Site da Silvana mostra todos os produtos produzidos pela metalúrgica
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Alexandre: Chegar aos 50 anos e poder estar aqui contando toda esta história, acredito que seja a nossa maior conquista! Nada disso teria sido possível sem a atitude visionária do nosso fundador Ivan Farias, os investimentos constantes em inovação, qualidade e automação industrial e, principalmente, a participação de todos os nossos colaboradores, que nos ajudaram a construir este sonho e nos ajudam até hoje a sonhar cada vez mais alto, em busca de mais 50, 100, 150 anos...
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MATERIAIS
Vidros LEVES E FUNCIONAIS
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esde a década de 80, o vidro tem ocupado espaço precioso na arquitetura e construção civil no Brasil. Seja para expressar uma estética ou linguagem, em aplicações externas ou internas, seu papel tem sido determinante na criatividade arquitetônica. Em cidades como Tóquio, Londres, Dubai, Sidney e Nova York, referências globais da modernidade, o vidro está lá, na concepção dos mais arrojados projetos. Talvez porque nenhum outro material possa, até então, oferecer versatilidade, flexibilidade, e leveza, combinados à luz, como ele. Como um recurso utilizado para otimizar ambientes, o vidro acaba sendo um aliado da sustentabilidade e da eficiência energética de um projeto. A aplicação de áreas de vidro em uma construção é uma tática que tem se difundido como alternativa à iluminação artificial, abrindo espaço para a luz natural. Mas para a escolha de um material de boa qualidade e que atenda as expectativas esperadas para seu empreendimento,
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faz-se necessário conhecer os diferentes tipos e suas aplicabilidades: Laminado: vidros usados acima do pavimento térreo como guarda-corpo em varandas, janelas, escadas e vidraças externas sem proteção e parapeitos. Com aspecto espelhado, esses vidros não permitem que quem esteja do lado de fora consiga enxergar o interior da casa. Devem obrigatoriamente ser laminados, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Temperados: considerados vidros de segurança, por não formar partes pontiagudas e possuírem arestas menos cortantes, os temperados são utilizados na produção de outros vidros especiais para arquitetura, como os laminados e de controle solar. São comumente usados para box de banheiro e divisórias internas entre ambientes. Craquelados: são vidros laminados que têm uma lâmina interna de vidro temperado e duas lâminas externas de vidro comum. No processo de produção do
craquelado, o vidro temperado interno é quebrado e os fragmentos ficam aderidos à película plástica e embutidos nas lâminas externas, podendo gerar um visual diferenciado e ousado na decoração. Aramados: é considerado também um vidro de segurança. Além disso, possui excepcionais índices de resistência ao fogo, e o quadriculado de metal em seu interior possui efeito decorativo, podendo ser usado com resultado interessante e eficiente em móveis, coberturas, guarda-corpos, divisórias, etc. Termoacústicos: vidros com controle solar, que diminuem a necessidade do ar-condicionado e também aumentam o isolamento acústico do ambiente. Vidros serigrafados: usados em revestimento de paredes, são vidros impressos com várias alternativas de texturas, pintados a frio, coloridos e brilhantes, entre outras opções. É escolher o que combina melhor com o projeto e contratar uma empresa ou profissional especializado para a aplicação.
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ECONOMIA
Mรกquinas O ALUGUEL DE MAQUINร RIO COM UMA EMPRESA ESPECIALIZADA PODE GERAR ECONOMIA E AGILIDADE PARA A OBRA
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O
planejamento e a análise das etapas de uma obra permitem avaliar o mercado ao longo do processo e tomar ações para que não faltem recursos. A locação ou a compra de equipamentos para a construção nem sempre é uma decisão simples, pois é necessário avaliar uma série de fatores, custos e métricas de uso, além de pesar os prós e os contras da transação. Porém, a prática do aluguel pode ajudar a economizar dinheiro e oferece oportunidade para o crescimento rápido dos negócios. Ao contratar o aluguel de vários equipamentos, as empresas não gastam como se fossem comprar diferentes tipos de máquinas necessárias para a conclusão dos projetos. Assim, a locação de equipamentos reduz os investimentos direcionados à aquisição, principalmente em máquinas que são utilizadas apenas em determinadas obras, reduzindo os custos operacionais. Locar de acordo com a necessidade de utilização em projetos especializados, de curta duração ou para acelerar uma obra, é uma excelente forma de tornar o negócio mais vantajoso. As empresas locadoras de equipamentos proporcionam a oportunidade de você ganhar produtividade através de avanços tecnológicos, bem como usar produtos de alta confiabilidade e reduzir a necessidade de capital, para aquisição de equipamentos, aumentando a rentabilidade, oferecendo vantagens e flexibilidade. Em Campina Grande, a empresa JB Locação de Andaimes atua no mercado desde 2011, no segmento da locação
e também manutenção de máquinas e equipamentos. Trabalha com máquinas elétricas para demolição, elevação de materiais, perfuração de concreto e concretagem, máquinas a combustão para compactação de solo, além dos metálicos (andaimes e escoras) e de outras opções para a construção. Segundo Karizy Soany, gerente da JB Locação de Andaimes, o aluguel possibilita o acesso a uma variedade de máquinas, incluindo equipamentos especializados por ter propósito específico e que são bastante úteis para as empresas de construção civil, tornando as atividades de construção mais eficientes e prática. Karizy explica que não existe um período máximo para o cliente ficar com o equipamento, a locação irá variar de acordo com a necessidade da obra, pois existem máquinas que são utilizadas desde a fundação até o acabamento da construção, como é o caso da betoneira, que chega a passar meses em uma mesma obra. A diversidade de máquinas e equipamentos, empregada em cada processo da construção, evita que se gaste uma fortuna com uma máquina que será usada poucas vezes, gerando um ganho de tempo e de dinheiro. Uma das maiores vantagens é obter a máxima produtividade. Como as empresas podem alugar os equipamentos por uma taxa menor do que o valor da aquisição, torna-se possível concluir os projetos em tempo hábil, sem gastar uma fortuna com diferentes tipos de equipamentos. As máquinas pesadas, como tratores e caminhões, são bastante caras, como sabemos.
As empresas locadoras de equipamentos proporcionam a oportunidade de ganhar produtividade através de avanços tecnológicos, bem como usar produtos de alta confiabilidade e reduzir a necessidade de capital, para aquisição de equipamentos.
Entre as vantagens de locar equipamentos, também está à imediata condição de uso no pouco investimento, pois o aluguel mensal de uma máquina não chega a dez por cento do seu preço de compra. Assim pode-se investir em material para a construção. A fácil entrega de equipamentos também se destaca como uma das vantagens,
A COMPANHIA CHINESA SANY OSTENTA OS TÍTULOS DE UMA DAS 50 MAIORES FABRICANTES DA INDÚSTRIA MECÂNICA MUNDIAL E MAIOR FABRICANTE DE EQUIPAMENTOS PESADOS DA CHINA. ELA ATUA NO BRASIL DESDE 2007. EM 2010, INVESTIU US$200 MILHÕES NO MERCADO BRASILEIRO E DESDE 2011 PASSOU A OPERAR COM A MONTAGEM DE ESCAVADEIRAS E GUINDASTES NO INTERIOR DE SÃO PAULO. HOJE, A COMPANHIA POSSUI FATURAMENTO SUPERIOR A R$ 12 BILHÕES.
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pois é muito fácil se desfazer dos equipamentos alugados depois que o serviço acaba. Após a conclusão dos projetos os equipamentos são devolvidos ao locatário. Por ser alugada basta ligar e solicitar o recolhimento das máquinas, ressalta Karizy. Na locação, a manutenção é garantida
e se o equipamento apresentar algum problema é realizado a troca imediata. Em equipamentos de longo uso, a manutenção é feita na obra em períodos pré-fixados. Portanto, na hora de decidir se vai locar ou comprar um equipamento, deve-se considerar os efeitos em longo prazo
nas operações e na folha de balanço da empresa, para determinar se a taxa de uso justifica a aquisição do maquinário. Se o custo total da posse do produto e as taxas de uso não forem substancialmente menores, deve-se considerar locar o equipamento como uma opção mais rentável para o negócio.
Máquinas pesadas, como a Escavadeira, podem ser alugadas na JB Andaimes
JB andaimes A JB Andaimes atende com aluguel de equipamentos da fundação ao acabamento de uma obra, como por exemplo:
Revestimento serra mármore (maquita) e furadeiras de diversos tamanhos. Em caso de reformas, a empresa também possui equipamentos para demolição de pisos e paredes.
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Instalação
Na fundação
Furadeiras e marteletes.
container para guardar os equipamentos e os materiais; martelo demolidor para cavar o alicerce; betoneira para concretar; vibradores para dar maior resistência ao concreto; e compactadores de solo para compactar o piso evitando que o mesmo venha a ceder.
Na estrutura Betoneira e vibradores para concretagem de vigas e colunas; andaimes para facilitar o trabalho dos pedreiros, na construção de paredes; e escoras para escoramento de lajes e vigas.
Pintura Lixadeiras e compressores de ar.
Conclusão da obra compactadores de placa para compactar pisos de calçadas.
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REALIDADE
Boqueirão DIANTE DA POUCA QUANTIDADE DE ÁGUA NO AÇUDE DE BOQUEIRÃO, CAGEPA ANUNCIA PRIMEIRA ETAPA DO RACIONAMENTO DE ÁGUA
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O
açude Epitácio Pessoa, mais conhecido como “Açude de Boqueirão”, teve sua construção iniciada em 1952 por intermédio do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), mas só entrou em atividade em 1957. Sua bacia, que se estende pelos municípios de Boqueirão, Cabaceiras e São Miguel, abastece 26 cidades, incluindo Campina Grande e teve até fevereiro de 1999 suas águas liberadas através da descarga para o abastecimento urbano e rural e a diluição dos esgotos de mais de 14 municípios. Na época de sua construção, a capacidade de armazenamento inicialmente era de 536.000.000m³, mas com o assoreamento, hoje esta capacidade foi reduzida para 436.000.000m³. O clima que circunda a área é quente e seco, com temperaturas médias que oscilam entre 16ºC a 37ºC e precipitações anuais que variam entre 250 a 750 mm. Existe hoje uma grande preocupação com a situação hídrica do Açude Epitácio Pessoa, notadamente pelo fato de o reservatório estar com apenas 25,5% da sua capacidade total, elevando o risco de desabastecimento na cidade de Campina Grande em curto prazo, se não forem adotadas medidas concretas para racionalizar o uso da água nas cidades abastecidas pelo manancial. Segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa), a previsão técnica é de que até fevereiro de 2015 não haverá situação negativa. A falta de
medidas efetivas que promovam uma gestão eficaz do açude deixou os usuários que utilizam seus recursos hídricos expostos às ameaças de racionamento e/ou de falta de água. Isso implica numa ameaça que envolve populações que têm suas rendas diretamente ligadas ao açude, assim como municípios que dependem de forma direta e indireta da oferta hídrica dele. O Ministério Público da Paraíba, por meio da Promotoria de Defesa do Consumidor, realizou uma inspeção em Boqueirão para analisar as condições do reservatório. Conforme o promotor José Leonardo Clementino, os estudos da Cagepa indicam que, com o fim do período chuvoso, o açude deve atingir 20% de sua capacidade no final de dezembro ou começo de janeiro, chegando a um dos níveis mais baixos de sua história desde 1999, último ano em que houve racionamento da água do reservatório. Na ocasião o açude atingiu 14,9% de sua capacidade.
Racionamento O presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, anunciou a primeira etapa de um regime de racionamento de água, que atingirá Campina Grande e outros oito municípios entre os dias 6 e 8 de dezembro de 2014. Inicialmente, o fornecimento de água será suspenso por 36 horas, das 17h do sábado (6), às 5h da segunda-feira (8), em nove municípios (Caturité, Barra de Santana, Queimadas, Pocinhos, Lagoa Seca, São Sebastião
A falta de medidas efetivas que promovam uma gestão eficaz do açude deixou os usuários que utilizam seus recursos hídricos expostos às ameaças de racionamento e/ ou de falta de água.
de Lagoa de Roça, Matinhas, Alagoa Nova, além dos distritos de Galante e São José da Mata e, ainda, o povoado de Genipapo). Dependendo do prognóstico de chuvas na região para os próximos meses, o racionamento poderá ser estendido quando o volume do açude chegar a 22% ou 24% de sua capacidade, tendo em vista que, sem chuvas, esperar atingir o nível de 20% aumentaria o risco de um colapso no abastecimento.
O Açude de Boqueirão está aproximadamente 80% abaixo de sua capacidade
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ECOEFICIENTE
Raízes PLANTAR UMA ÁRVORE EM CASA OU NO CANTEIRO DA RUA REQUER CUIDADOS PARA NÃO ACABAR PREJUDICANDO AS CONSTRUÇÕES
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É
consenso que a maioria das cidades brasileiras sofre com a carência de espaços verdes, locais com grande concentração de árvores, que ajudem a melhorar o clima, absorver mais os efeitos da poluição e proporcionar uma qualidade de vida melhor para os moradores. Mas o que vem acontecendo com cada vez mais frequência é que a população, sensibilizada em resolver esse problema do déficit de árvores plantadas país a fora, tem acabado por criar uma situação nova, e talvez tão complicada quanto a anterior.
consideração qual o tipo de árvore que será plantado. Segundo alguns especialistas, quando a pessoa quiser plantar na frente de casa, na calçada, deve começar escolhendo corretamente a espécie que será plantada, levando em consideração alguns fatores importantes: porte adequado ao espaço disponível e característica desejada (floríferas, frutíferas, etc.). Deve certificar-se que não há riscos das raízes causarem danos nas calçadas e os galhos prejudicarem as fiações. Deve comprar a muda em casas especializadas ou solicitar à prefeitura da cidade.
Muita gente tem plantado árvores nas calçadas e canteiros das cidades, mas o que parecia um bom gesto acaba criando uma situação bem complicada e às vezes com a resolução bem problemática e cheia de danos. Isso porque se for plantado um tipo de árvore inadequado, as raízes da planta, que sempre crescem buscando estar próximas a um local onde tenha água em abundância, acabam danificando calçadas, ruas e também as tubulações subterrâneas, que podem ser de água ou até de fios elétricos.
“O pensamento de aumentar o número de árvores nas cidades é muito válido porque já se comprovou que o Brasil precisa aumentar consideravelmente as áreas de árvores plantadas de acordo com o crescimento populacional. No entanto, se essas plantações forem feitas de maneira desordenada e com tipos de árvores que não sejam adequados, podemos estar criando um problema ainda maior, já que raízes crescem em busca de locais com água e acabam danificando calçadas, ruas e até mesmo a estrutura das casas nessa espécie de busca que fazem. Já tivemos vários exemplos de locais que tiveram que ser completamente demolidos por conta dos
Para evitar esse problema, o ideal é que o morador, ou no caso de uma plantação em grande escala, o responsável pela execução do projeto, leve em
Muita gente tem plantado árvores nas calçadas e canteiros das cidades, mas o que parecia um bom gesto acaba criando uma situação bem complicada e às vezes com a resolução bem problemática.
danos que raízes fizeram nas estruturas. Ninguém quer resolver um problema criando outro, é isso que eu sempre digo aos clientes que atendo”, comentou o engenheiro Thiago Rocha, que vem desenvolvendo um trabalho voltado ao paisagismo no estado de Pernambuco.
A escolha da árvore certa para a calçada evita futuros transtornos
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Escolha Nosso especialista também apresentou uma série de dicas que podem ser bastante úteis para quem já tem ou para quem está pensando em plantar uma árvore no seu quintal, ou na frente de sua casa. Ele disse que “na hora de escolher a espécie de árvore que será plantada, pense primeiro que a espécie deve ter o porte adequado para o local, só depois leve em conta fatores como floração, tipo de folhagem ou de tronco. Uma árvore de grande porte numa calçada, por exemplo, é um verdadeiro desastre. As espécies utilizadas na arborização de ruas devem ser muito bem selecionadas, pois ficarão sujeitas à condições adversas. Em seu habitat natural, fatores como porte, tipo e diâmetro da copa, hábito de crescimento das raízes e altura da primeira bifurcação se comportam de forma diferente do que ocorre na cidade. Outro fator a se considerar é a condição de adaptação, sobrevivência e desenvolvimento no local escolhido para plantio”.
médio (que atingem cerca de 10 metros de altura quando adultas e raio de entre 4 e 5 metros) e grande porte (aquelas cuja altura na fase adulta ultrapassa 10 metros de altura e o raio de copa é superior a 5 metros). Em canteiros centrais, presentes em avenidas, pode-se utilizar árvores de médio a grande porte, caso este possua grandes dimensões (mais de 4 metros de largura), ou então espécies colunares,
como as palmeiras. Elas apresentam forma adequada para este fim, além de servirem como referência aos condutores de automóveis. Porém não são apropriadas para uso em calçadas, seja pelo porte, na maioria das vezes grande como também pela dificuldade de manejo. Sempre que possível, deve-se utilizar espécies nativas, mas se estas não estiverem disponíveis, pode-se utilizar espécies exóticas adaptadas.
Nas calçadas, a atenção deve ser redobrada. A copa da árvore deve ter formato, dimensão e engalhamento adequados. A dimensão da copa deve ser compatível com o espaço disponível, permitindo o livre trânsito de veículos e pedestres, evitando danos às fiações, fachadas e bloqueio da sinalização e iluminação. Além disso, o ideal é dar preferência às espécies que não deem flores ou frutos muito grandes, para evitar acidentes com pedestres. Deve-se ter muitos cuidados com a escolha de espécies de grande porte. Elas podem ultrapassar 10 metros de altura. Evite plantar em locais onde provoquem danos aos fios da rede elétrica: Casuarina Paineira, Ipê amarelo, Ipê rosa, Ipê roxo, Suinã, Sibipiruna e Tipuana. Já as árvores de pequeno porte medem entre 2 a 4 metros e são indicadas para pequenos espaços. Eis algumas: Cerejeira ornamental, Ipê-rosa-anão, Jasmim manga e Resedá Enfim, o ideal seria as árvores de pequeno porte (que atingem entre 4 e 5 metros de altura e raio da copa entre 2 e 3 metros). Porém, árvores de pequeno porte atrapalham a circulação de veículos e pedestres, pois a copa baixa restringe o espaço lateral nas vias públicas. Portanto deve-se priorizar o uso de espécies de
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Algumas árvores crescem desordenadamente em meio às construções abandonadas
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REALIDADE
Desafios DIFICULDADE DE ACESSO ÀS RESIDÊNCIAS ATRAPALHA TRABALHO DOS CARTEIROS
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o século XX a Paraíba inicia seu desenvolvimento urbano, assim como, começa a progredir no ramo da construção civil. A paisagem, antes descampada, começa a dar lugar para prédios e residências e, dessa forma, bairros vão surgindo. Assim, vários profissionais tiveram o seu ritmo de trabalho modificado pela
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expansão territorial urbana, incluindo os agentes dos Correios, sobretudo os carteiros, que hoje percorrem distâncias mais longas, com uma demanda de serviço maior. Entregas que antes eram realizadas em pouco tempo, agora levam horas, o acesso às residências se complicou e o profissional se vê refém de vários problemas, como o excesso de peso, a insegurança e a inadequação de
alguns domicílios. Apesar do advento tecnológico possibilitando passar mensagens instantâneas com o uso de celulares e micro computadores, as cartas ainda são um usual meio de comunicação de significativa importância para a sociedade, utilizado por um grande número de pessoas. Diante dos inúmeros problemas que os
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carteiros enfrentam para cumprirem seu trabalho, é necessário que os cidadãos colaborem na facilitação da execução desse serviço, disponibilizando caixas de correios em suas residências, zelando pela numeração das casas entre outras medidas.
Problemas Com a modernização da sociedade, alguns pontos do trabalho dos Correios foram facilitados, como a leitura digital de CEPs. Mas o que é realmente recorrente e agravante na realidade dos carteiros são os inúmeros e crescentes desafios a serem enfrentados. Muitas casas e prédios, por exemplo, possuem numeração errada. Alguns algarismos caem e não são recolocados, as ruas não seguem uma sequência de numeração crescente ou decrescente, ou ate mesmo não preservam uma calçada apenas para números pares e outra apenas para números ímpares, e tudo isso atrasa, atrapalha e até mesmo impede o trabalho dos funcionários dos Correios. Para Genilson Azevedo, carteiro há oito meses, o que dificulta também a entrega é o percurso, pois existem setores que chegam a ter cerca de 13km, o que dá em média umas 4 horas de entregas. Por isso, às vezes, não dá tempo de destinar todas as cartas em um só expediente, ficando para o próximo dia, o que resulta em acúmulo de trabalho. Os animais de estimação são outro problema. Alguns cachorros ficam soltos e atacam ao verem um estranho
É necessário que os cidadãos colaborem na facilitação da execução desse serviço, disponibilizando caixas de correios em suas residências, zelando pela numeração das casas, entre outras medidas.
se aproximando e os carteiros correm sérios riscos quando os cães bravos estão em casas com muro baixo ou gradeados. A respeito disso, Genilson diz que já colocou o braço por dentro de uma grade para depositar a correspondência e quase foi atacado. “Fato como esse já aconteceu com muita gente. É preciso ter cuidado”, frisa o carteiro. Ainda pode-se citar como obstáculo a ausência da caixinha de correio, que
faz com que os carteiros percam tempo buscando outro lugar que seja protegido da chuva e de terceiros, para deixarem as entregas. O excesso de peso carregado também diminui a eficiência do trabalho. A bolsa padrão dos agentes dos Correios chega a carregar até 10kg. Outro aspecto dificultoso é a insegurança e insalubridade de algumas ruas.
Dicas Se você está construindo ou reformando sua casa, algumas pequenas medidas podem ser tomadas para tornar o trabalho dos agentes dos correios mais prático e rápido. Confira: AO COMPRAR A NUMERAÇÃO PARA SUA CASA OPTE POR MATERIAIS MAIS DURÁVEIS, COMO INOX, FERRO E OS MOSAICOS DE CERÂMICA QUE, ALÉM DE RESISTENTES, PROVAVELMENTE NÃO IRÃO CAIR E DEIXAR A RESIDÊNCIA COM O NÚMERO ERRADO OU ATÉ MESMO SEM; SE POSSUI CACHORRO, RESERVE O CANTO DO ANIMAL LONGE DE GRADEADOS E PORTÕES. ALÉM DE VALER À PENA EM TERMO ESTÉTICO, CONSTRUIR UM LUGARZINHO PRÓPRIO PARA O CÃO AINDA EVITA SUSTOS PARA QUEM PASSA POR PERTO; AINDA FALANDO DOS ANIMAIS, PLAQUINHAS ALERTANDO SOBRE A PRESENÇA DE CÃO BRAVO OU ANTISSOCIAL, ALÉM DE BARATAS, PODEM SER ÚTEIS NO SERVIÇO DE ENTREGAS, EVITANDO POSSÍVEIS ATAQUES.
ANTES DE SAIR ÀS RUAS PARA ENTREGAR AS CORRESPONDÊNCIAS, OS CARTEIROS REALIZAM UMA PARTE DO SEU TRABALHO EM CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO DOMICILIÁRIA (LOCAL ONDE A CARGA POSTAL É SEPARADA POR ORDEM DE RUAS E DE NUMERAÇÃO) E AGÊNCIAS DE CORREIO MENORES. JUNTOS, TODOS OS CARTEIROS DO BRASIL PERCORREM POR DIA CERCA DE 400 MIL QUILÔMETROS, O EQUIVALENTE A QUASE 10 VOLTAS COMPLETAS AO REDOR DA TERRA. 38
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FIQUE SABENDO
Colchテ」o COMO ESCOLHER O SEU COLCHテグ: A ALTA TECNOLOGIA EMPREGADA A FAVOR DO SONO 40
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colchão é uma das aquisições mais importantes para a casa, pois é provável que você passe mais tempo sobre ele do que vai usar qualquer outra mobília da sua residência. A escolha certa é mais do que sensatez de qualidade de vida. Assim, neste texto exibiremos alguns pontos que precisam de atenção na hora de trocar ou escolher o colchão ideal. Um bom colchão deve proporcionar um sono tranquilo e confortável. Para isso, deve possuir uma boa altura, não ser mole e sim firme (porém, não duro). De acordo com Arnaldo Tavares, representante comercial da empresa Sono Bom, na Paraíba, ao escolhermos um colchão, é necessário levarmos em conta que não seja duro ou mole.
O colchão duro provoca pressão nas superfícies de apoio, dificultando a circulação sanguínea, comprometendo e prejudicando o sistema nervoso autônomo. Os colchões moles convencionais perdem a resiliência, não resistindo ao peso do corpo, causando graves deformações na coluna vertebral com o passar do tempo. A estrutura de um aparelho do sono terapêutico/medicinal mantém o corpo em posição natural, permitindo o aconchego dos ombros e quadris, protegendo a coluna, proporcionando conforto e bem-estar. O ideal é manter a posição natural do corpo, valorizando o repouso em condições ideais, respeitando o perfil de cada biotipo. É essencial para um sono de qualidade que o colchão proporcione suporte para todos os pontos de seu corpo, de modo a manter a coluna na mesma posição de uma boa postura ortostática. Porque o nosso corpo
É essencial para um sono de qualidade que o colchão proporcione suporte para todos os pontos de seu corpo, de modo a manter a coluna na mesma posição de uma boa postura ortostática.
precisa ser capaz de relaxar, com a coluna sustentada em sua curvatura natural. Do contrário, os músculos funcionarão a noite toda e você poderá acordar cansado e dolorido. Um terço da nossa vida passamos dormindo. Daí a importância de, durante esse período, acomodar nosso corpo de forma ideal, sem causar pressões sobre a coluna vertebral. Essas pressões resultantes principalmente de posturas inadequadas e incorretas, podem dar origem a algum tipo de desvios e deformações, tais como: achatamento dos discos; hérnias de disco; inflamações musculares; escolioses (desvios laterais da coluna); e osteoporose (ossos fracos e quebradiços).
Tecnologia Ao longo dos anos, após muitos estudos e pesquisas sobre o sono, os colchões
AS MOLAS ENSACADAS, ALÉM DE AMPLIFICAREM A MASSAGEM NO CORPO, PERMITEM UM CONFORTO SINGULAR, FACILITAM A EVAPORAÇÃO DA TRANSPIRAÇÃO, INIBEM A PROLIFERAÇÃO DE ÁCAROS, FUNGOS E BACTÉRIAS. ELAS PROPORCIONAM AINDA UMA TEMPERATURA AGRADÁVEL AO CORPO HUMANO E AJUDAM A ACOMODAR CORRETAMENTE A COLUNA VERTEBRAL.
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foram ficando cada vez mais sofisticados, justamente pela importância do bom sono para a saúde das pessoas. As matérias-primas passaram a oferecer mais do que conforto e tornaram-se medidas de segurança física e epidemiológica, por meio da adição de compostos retardantes de chamas, bactericidas, fungicidas, entre outros tratamentos químicos desenvolvidos para dar ao colchão maior durabilidade e proteção.
Tanto os colchões de espuma, quanto os de mola são constituídos de várias camadas. O processo de fabricação de um colchão inicia-se na escolha da parte central, em seguida vem o preenchimento com espumas e por fim, a capa de cobertura para acabamento do colchão. A empresa Sono Bom, do Ceará, que tem presença de destaque no estado da Paraíba, possui colchões de alta
tecnologia, com massageador, pastilhas magnéticas, infravermelho longo e densidade progressiva. São produtos que possuem lâminas de espuma em AG-100, duas lâminas em D-45 certificadas pelo INMETRO com micro molas pocket de cinco centímetros certificadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), massageador com 15 níveis de programa.
Tecnologia
Observe a importância dos produtos oferecidos pela Sono Bom:
Tecido
Densidade progressiva
os tecidos que revestem os colchões Sono Bom são fabricados com malha de alta gramatura, fios de lurex e com equipamentos de alta tecnologia, deixando o produto com uma temperatura agradável.
A densidade progressiva é uma estrutura formada por espumas especiais, distribuídas em camadas com várias densidades. Através dessas densidades, o corpo cede de acordo com a necessidade do peso de cada pessoa.
Infravermelho longo São pastilhas sintéticas, desenvolvidas com base científica através de um minucioso processo de fabricação, que são acomodadas entre os relevos das micro molas pocket. As pastilhas, quando em contato com o corpo humano, produzem ondas eletromagnéticas de 4 a 14 mícrons, semelhantes aos raios solares das primeiras horas do dia e fim de tarde, fundamentais para a vida no planeta.
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Magnetos Entre os relevos das micro molas pocket são acomodadas as pastilhas de magnetos. São imãs de 800 gauss de intensidade, que criam um campo magnético constante (o produto não é recomendado para portadores de marca-passo).
Molas Pocket As micro molas pocket possuem cinco centímetros de altura e são chamadas também de ensacadas. São molas pré-comprimidas que trabalham de forma independente, envoltas uma a uma em capas de poliuretano (TNT).
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MORAR BEM
Único A PERSONALIZAÇÃO DO IMÓVEL DESDE A SUA CONSTRUÇÃO ATRAI CLIENTES QUE DESEJAM UMA RESIDÊNCIA EXCLUSIVA E CHEIA DE IDENTIDADE 44
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ma das maiores tendências do mercado imobiliário hoje é projetar casas e apartamentos de acordo com o gosto de seus compradores, modificando a planta de acordo com suas necessidades. Essa aposta na personalização de imóveis por algumas construtoras têm oferecido a possibilidade do comprador optar, ainda na fase do projeto, por layout, tipos de acabamento, piso e afins. A ideia é fazer com que o cliente sinta que está adquirindo um serviço exclusivo, com a cara dele. As vantagens da personalização de um imóvel ainda na planta é evitar quebradeiras, desconforto e espera. Mas é claro que quem adquire nessas condições deseja que ele esteja exatamente como planejado. Por isso, antes de fechar negócio, é imprescindível ler atentamente o memorial descritivo do imóvel. É a partir dele que se poderá reclamar, caso não fique como o combinado.
Hoje, tudo é pensado para quem vive mais tempo fora de casa. Ao visitar o apartamento showroom de um empreendimento, pode-se ter noção de como viver naquele espaço.
Quando se ganha QUANDO HÁ MELHORIA NO ACABAMENTO COM UTILIZAÇÃO DE GRANITO, PORCELANATO E MÁRMORE; QUANDO SE ELIMINA A VARANDA PARA A AMPLIAÇÃO DA SALA; AMPLIAÇÃO DA COZINHA OU ÁREA DE SERVIÇO; CRIAÇÃO DE UMA VARANDA GOURMET.
Quando se perde QUANDO AS MUDANÇAS NÃO PODEM SER REVERSÍVEIS, PRINCIPALMENTE NO CASO DE ELIMINAÇÃO DE UM DOS CÔMODOS; QUANDO HÁ MUDANÇAS RADICAIS NA ESTRUTURA DO IMÓVEL; COM O USO DE ACABAMENTO E PINTURAS EXTRAVAGANTES, COM CARACTERÍSTICAS MUITO PESSOAIS. ISSO PODE DIFICULTAR NA HORA DA VENDA DO IMÓVEL.
Os tons pastéis e terrosos tornam o ambiente mais harmônico O mesmo vale para os quartos, que ficam mais aconchegantes
Na planta é possível optar por ambientes com menos divisórias Apostar em lustres e luminárias dá identidade ao ambiente
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Mas personalizar requer cautela, principalmente entre aqueles que, um dia, queiram ou precisem vender ou alugar o imóvel. Acabamentos e redistribuição de cômodos devem ser muito bem pensados, pois há mudanças que são grandes aliados na hora da comercialização, e outras que acabam sendo verdadeiros entraves.
Alternativa E quando não se pode sonhar com uma personalização desde a planta? O jeito é comprar um imóvel que, a priori, lhe agrade e que as despesas caibam no bolso. O crescimento das cidades tem nos
conduzido a uma situação sem escapatória. É o fato de se ter cada vez menos terrenos em áreas centrais das cidades, o que aponta para um alto valor do metro quadrado nesses locais, e estimulam o surgimento de imóveis compactos, que chegam muitas vezes a equivaler ao tamanho de um único cômodo de uma casa tradicional. Hoje, tudo é pensado para quem vive mais tempo fora de casa. É uma nova movimentação, contemporânea e econômica. Ao visitar o apartamento showroom de um empreendimento, já dá para ter noção de como pode se viver naquele espaço. Está tudo ali. Cama, mesa, sofá, TV, guarda-roupa, fogão, geladeira. Nada
de supérfluos. Nada de móveis prontos ou peças inadequadas. Apenas o básico, e sob medida. Viver bem não quer dizer, necessariamente, morar em um lugar grandioso. Um apartamento pequeno pode ser muito aconchegante. A solução é simplificar, integrando de maneira harmônica os espaços e dispondo a mobília de forma inteligente e criativa. O desafio de quem vive em um apartamento de baixa metragem é se preparar para mudanças de hábitos, visando o melhor aproveitamento de cada metro. Se optar por reformas, é preciso fazer uma análise do seu estilo de vida, além das necessidades da cada ambiente.
A cozinha com formas sinuosas, projetada em apartamento na Espanha O apartamento foi projetado pelo escritório A-Cero com exclusividade
A cor branca foi escolhida como conceito da habitação, que é destinada às férias Cada detalhe do projeto o torna único
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ECOEFICIENTE
Verde TER UM JARDIM, SEJA ELE EXTERNO OU INTERNO, REQUER CUIDADOS ESPECIAIS
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m jardim bem cuidado e florido encanta qualquer ambiente e alegra os moradores e seus visitantes. Afinal, quem não gosta da poesia das flores e das cores? Os jardins despertam a beleza, a tranquilidade e a integração da natureza com o homem e, nesse sentido, conservar um cantinho verde em casa ou na empresa, por menor que seja, reabastece a energia dos frequentadores, além de encher de vida qualquer ambiente. As flores, com suas cores e perfumes, quebram a monotonia e a frieza dos ambientes. Porém, a escolha de uma planta deve ser indicada por um profissional, já que existe uma grande variedade de espécies, e cada uma delas têm uma necessidade fisiológica diferente. Existem plantas para qualquer tipo de ambiente, algumas crescem em lugares ventilados e com boa iluminação, outras não necessitam de muita luz nem muita água, como também há aquelas que precisam de muitos cuidados ou as indicadas para lugares que ficam muito tempo fechados e não possuem ventilação. Para
um
ambiente
personalizado,
A partir de um levantamento das necessidades de cada cliente, é possível determinar as espécies de plantas mais adequadas que farão parte do jardim, também é possível obter um jardim funcional e bonito agregando valor ao patrimônio.
também é necessário atentar-se para a escolha dos vasos, pois cada ambiente pede um tipo de cor, modelo, material e tamanho, para complementar a decoração. Se você está planejando reformar algum ambiente da sua residência ou empresa, a nossa dica é para os recintos debaixo da escada ou o canto ao lado da porta de entrada, pois são espaços que ganham um toque especial quando é feito um estudo e um projeto personalizado. A partir de um levantamento das necessidades de cada cliente, é possível determinar as espécies de plantas mais adequadas que farão parte do jardim, também é possível obter um jardim funcional e bonito agregando valor ao patrimônio. Isto é possível com a elaboração de um projeto paisagístico. Mas de nada adianta um projeto bem elaborado se o mesmo não for implantado com sucesso. Além da parte visual é necessário estar atento à análise do solo e ao seu preparo, pois é mexendo na terra que você consegue melhorar a oxigenação das plantas. Para adubar o solo você deve dar preferência aos ingredientes orgânicos, pois eles são melhores para as plantas, para o meio ambiente, além de serem
Áreas verdes externas dão charme a qualquer imóvel
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econômicos. Algumas opções são o substrato, o húmus de minhoca e o esterco bovino. Adotar materiais orgânicos é sem dúvida nenhuma a escolha mais sustentável. Use a técnica de cobertura da grama, ela é simples e eficiente para ativar a energia e deixar a cor do gramado mais viva. Quando as estações mudam, as condições climáticas também mudam. Pode haver uma maior incidência de luz, calor ou umidade e isso, inevitavelmente, afeta o seu jardim. Assim, respeitar as especificidades de cada estação na hora de plantar e cultivar as plantas deve ser uma das regras para que o seu jardim se adapte ao solo. Uma das medidas mais importantes para conservar o jardim bonito e saudável é regá-lo com frequência. Cada espécie de planta demanda cuidados distintos e a qualidade de regas tende a variar. Em caso de dúvidas, procure especialistas para obter orientações sobre a hidratação das flores do seu jardim. De modo geral, o ideal é não molhar demais para evitar a proliferação de fungos. Ao fazer a limpeza, procure retirar os galhos secos, detritos, pinhas e folhas mortas do jardim. Use um rastelo para essa finalidade. Depois de cortar a grama use uma vassoura apropriada para retirar os resquícios e deixar o gramado “respingar”. Não faça podas drásticas, pois isso pode prejudicar o surgimento de novas folhas.
Ferramentas PÁ PARA TRANSPLANTAR: ESSA FERRAMENTA É INDISPENSÁVEL, POIS SERVE PARA SEMEAR E TRANSPLANTAR TODO TIPO DE PLANTA;
Os detalhes são importantes aliados na personalização do jardim
RASTELO: UTILIZADO PARA REMOVER ERVAS DANINHAS E TAMBÉM DESTERRAR;
Tipos de plantas
TESOURA PARA PODAR: IMPORTANTE PARA REMOVER GALHOS E FOLHAS SECAS;
PLANTAS QUE NÃO PRECISAM DE LUZ OU CLARIDADE: JIBOIA, PALMEIRA – RÁFIS, SINGÔNIO E CAFÉ-DE-SALÃO;
REGADOR: UM JARDIM BEM REGADO É UM JARDIM FLORIDO. O REGADOR É MULTIFUNCIONAL, SERVE PARA REGAR AS PLANTAS E PARA DISSEMINAR FERTILIZANTES;
PLANTAS QUE NECESSITAM DE CONTATO INDIRETO COM O SOL: VIOLETA-AFRICANA, ANTÚRIO, PEIXINHO, LÍRIO-DA-PAZ E BEGÔNIA;
PLANTAS QUE PRECISAM DE CONTATO DIRETO COM A LUZ SOLAR: IXORA, BUXINHO, AZALÉIA, ONZE-HORAS E GERÂNIO.
MANGUEIRA: IDEAL PARA REGAR ÁREAS EXTERNAS E JARDINS MAIORES.
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ESPECIAL
Fetech A FEIRA DE TECNOLOGIA DE CAMPINA GRANDE ESTÁ DE VOLTA E VEIO PARA FICAR Por Geneceuda Monteiro
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ecnologia para gerar negócios. Este foi o desafio proposto pelo pernambucano Telmo Araújo para a criação da Feira de Tecnologia de Campina Grande – FETECh. Segundo ele, então diretor da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, era importante mostrar à sociedade como utilizar a tecnologia gerada nas instituições de C&T (Ciência e Tecnologia) como matéria-prima para gerar um negócio. Sua visão ainda ia mais além: urgia, então, mostrar ao país, o diferencial da cidade no que tange à mão de obra qualificada e com isso atrair grandes empreendimentos. Dessa forma, surgiu a primeira Feira de C&T na Paraíba expondo e, sobretudo, socializando, produtos, processos e serviços gerados na academia e demais institutos de pesquisa e desenvolvimento, a exemplo da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, EMBRAPA, CDRM, EMATER, EMEPA, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, SENAI-IEL, Escola Técnica Redentorista, além de empresas privadas como APEL, INFOCON (atual Light Infocon), Zênite Tecnologia, Vega, entre outras. Desde sua primeira realização, a FETECh já demonstrou ser um sucesso. Reunindo parceiros como SEBRAE, Governo do Estado e Prefeitura de Campina Grande a Feira foi realizada, pela primeira vez, sob a Pirâmide do Parque do Povo. Filas extensas se formaram para conhecer a Feira que desde sua primeira versão se consagrou como um dos principais eventos da cidade. Tal sucesso fez com que, nos anos seguintes, a FETECh fosse realizada no Spazzio e fosse ampliada através de eventos paralelos como FETEC JOVEM e FETEC NA RUA. À época de sua realização, cerca de oitenta estandes e mais de duzentos expositores compunham a principal vitrine de conhecimento do país. É inegável a importância da FETECh para que Campina Grande se tornasse um celeiro de conhecimento, amplamente divulgado e reconhecido, nacional e internacionalmente. A cidade que abrigava o Maior São João do Mundo e a Micarande, também sediava uma das feiras nacionais de tecnologia mais importantes e promissoras.
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Cartaz da 12ª Feira de tecnologia de Campina Grande – FETECh
Assim sendo, ao longo dos onze anos que foi realizada, a FETECh fortaleceu e consolidou as características mais fortes de Campina Grande: o pioneirismo e inovação. Muitas das iniciativas que hoje repercutem e beneficiam a sociedade brasileira tiveram suas sementes plantadas em solo campinense. Um exemplo disso ocorreu na FETEC 92, quando a sociedade campinense teve acesso à Internet pela primeira vez. Em função disso, os técnicos, liderados pelo professor Nicolletti, montaram a pequena rede e realizaram a conexão com o ponto de Internet mais próximo,
que era o do Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP), que por sua vez foi ligado a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP. Os dados foram transmitidos em uma velocidade de 19,2 Kbps. Outros exemplo são a ideia de incubação de empresas e o Programa de Saúde da Família (PSF), importado de Cuba, presente em todos os Estados da Federação ratificam o fato. E foi Campina Grande uma das primeiras cidades a instalar tais modalidades de serviços. Foi através de inciativas como a FETECh que a Fundação PaqTcPB, ao longo de
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Registro de 1993 Jornal da Paraíba - 1988
seus trinta anos, contribuiu para tornar Campina Grande referência em CT&I reconhecida, mundialmente. Meses de preparação, diálogos com setor de pesquisa, empresas de base tecnológica e órgãos de apoio e fomento. Essa receita de sucesso, consolidada pela grandiosidade e importância de sua realização fez com que a FETECh fosse registrada no calendário de eventos do Itamaraty. Ela representou uma permanente aprendizagem, um movimento que provocou a terceirização e introdução de pequenas empresas no mercado local além de movimentar a economia da cidade através dos serviços e aquecimento da indústria hoteleira. Ao longo da realização de suas onze versões, a FETECh se transformou, simbolicamente, não apenas como vitrine, mas como um evento aberto que projetou Campina Grande como um polo de C&T promissor e buscou contribuir para uma sociedade mais justa e participativa. Representou uma dessas ferramentas bastante eficazes para cumprir este papel, antecipou tendências e consolidou uma marca para a cidade. Portanto, nada mais justo do que, no momento que Campina Grande chega aos seus 150, os 30 anos da Fundação PaqTcPB se configure como uma fatia
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Centrada no tema “Criando conexões e parcerias” a 12ª FETECh buscou provocar uma reflexão sobre a nova dinâmica de desenvolvimento, num mundo mais conectado, mais orientado à economia do conhecimento, mais global.
significativa desse bolo, que traz em sua cobertura a revitalização e volta da FETECh como seu principal presente.
12ª FETECh A Diretora Geral da Fundação PaqTcPB, Francilene Procópio Garcia declarou que a retomada da 12ª Feira de Tecnologia de Campina Grande – 12ª FETECh foi bastante positiva. De acordo com ela, a marca principal deixada com a realização da Feira foi a satisfação dos campinenses com o seu retorno. “Esta satisfação, não só foi expressa na conduta dos expositores, das instituições acadêmicas, das empresas, das agências de fomento, mas, sobretudo do público que a visitou” enfatizou. Centrada no tema “Criando conexões e parcerias” a 12ª FETECh buscou provocar uma reflexão sobre a nova dinâmica de desenvolvimento, num mundo mais conectado, mais orientado à economia do conhecimento, mais global abordando os segmentos: TIC´s, Energia, Automotivo, Saúde, Educação, Petróleo e Gás, Construção Civil e Biocombustíveis. Durante os quatro dias de Feira, realizada de 20 a 23 de novembro, o público
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Estudantes puderam expor seus projetos tecnológicos em stands O Vice-prefeito de Campina, Ronaldo C.L. Filho participou da abertura da Fetech
Um hall contava um pouco da história dos avanços tecnológicos em Campina Grande A Feira apresentou muitas novidades para vários setores da indústria
pode visitar o Spazzio e conferir soluções tecnológicas e inovadoras. Nesta versão - realizada de forma conjunta com o Sebrae, Prefeitura Municipal de Campina Grande e Governo do Estado da Paraíba - a 12ª FETECh propôs um olhar reflexivo para os desafios do século XXI, e trouxe como foco principal a promoção de conexões para estabelecer parcerias estratégicas locais, regionais e nacionais com foco no desenvolvimento de Campina Grande e do Estado da Paraíba, alinhadas com as tendências globais. “A Fundação PaqTcPB, com esses parceiros realizadores já citados, fez um esforço imenso para trazer essa 12ª edição em 2014. O sucesso foi tão grande e as expectativas não só dos expositores,
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mas de quem nos visitou, das instituições da cadeia de saúde no âmbito Federal, dentre outras, são de que a FETECh se mantenha anualmente”, ressalta a Diretora do PaqTcPB. Para Francilene Garcia, que também é Secretária Executiva da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Paraíba, “é fundamental dizer que a Feira de Tecnologia é uma marca do Estado, uma marca de Campina Grande. A décima segunda edição não só veio num momento de celebração dos trinta anos da Fundação PaqTcPB, mas também, após 16 anos, apresentar a toda a sociedade o que é que nós realizamos ao longo dessa última década e meia, quais são as tecnologias que nós avançamos na área de saúde,
na agroindústria, as tecnologias da informação aplicadas a vários setores, incluindo projetos que tem um impacto em nível de desenvolvimento social importante nessa região do semiárido da Paraíba, dentre outras ações que são extremamente robustas e pujantes e que mereciam serem apresentadas à sociedade” pontuou. Além da satisfação pública, outro ponto positivo foi a satisfação de todos os expositores. “A Feira foi um espaço, mais uma vez fundamental, de celebração de iniciativas colaborativas onde a gente tem projetos comuns sendo desenvolvidos entre empresas e centros de Pesquisa & Desenvolvimento – P&D – das universidades, agências de fomento
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analisando como auxiliar essas nossas iniciativas. Tudo isso é fundamental para que os projetos, em 2015, possam se desenvolver de forma mais rápida e trazer produtos que alargarão a fronteira econômica de nosso Estado”, disse Francilene. Sobre as expectativas para a 13ª FETECh, Francilene Garcia foi enfática: “A nossa expectativa é que a Fetech veio para continuar e ficar. É um marco da cidade e ela deve permanecer”. Ela destacou que essa roupagem da 12ª FETECh será ainda avaliada, pois “nós fizemos uma pesquisa de opinião com o público e com os expositores, estaremos nos próximos dias avaliando o retorno que foi dado pela população para que a gente possa, inclusive, identificar qual é o melhor modelo de continuidade da FETECh e certamente esperando a décima terceira edição. Nós vamos contar com a colaboração das instituições parceiras, certamente, e da sociedade como um todo, para que a gente possa manter uma agenda anual da Feira de Tecnologia de Campina Grande, cada ano trazendo um novo portfólio de ações e iniciativas que demonstrem os avanços realizados nos anos anteriores. Queremos fazer aquilo que é o espírito da feira: promover a articulação entre esses atores importantes para que a gente possa transformar esta capacidade de criar em produtos e ações que cheguem diretamente no mercado e que, sobretudo, impactem no desenvolvimento socioeconômico do nosso estado”, concluiu.
Marco Histórico Nascida de um embrião em 1988, prosseguindo até 1998, a Feira de Tecnologia de Campina Grande manteve-se intacta na filosofia central de suas origens, possibilitando uma boa mostra do elo pesquisa/ produção, sem esquecer os segmentos de apoio e financiamentos. Ao longo dos anos, a Feira se transformou, simbolicamente, na entrega da chave da cidade ao mundo da ciência, tecnologia e inovação. Fica clara, no evento, uma mostra do convívio, lado a lado, de diferentes segmentos dos centros de P&D e empresas com o intuito de difundir produtos, num primeiro momento e, num segundo momento, identificar novos usos para processos e tecnologias.
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Cartaz da 1ª Feira de tecnologia de Campina Grande – FETEC’88
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IMAGENS: Arquivo PaqTcPB
Cartaz da 3ª Feira de tecnologia de Campina Grande – FETEC’90 Cartaz da 2ª Feira de tecnologia de Campina Grande – FETEC’89
Cartaz da 4ª Feira de tecnologia de Campina Grande – FETEC’91
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Cartaz da 5ª Feira de tecnologia de Campina Grande – FETEC’92
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IMAGENS: Arquivo PaqTcPB
7ª Feira de tecnologia de Campina Grande – FETEC’94 6ª Feira de tecnologia de Campina Grande – FETEC’93 8ª Feira de tecnologia de Campina Grande – FETEC’95
9ª Feira de tecnologia de Campina Grande
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10ª Feira de tecnologia de Campina Grande
11ª Feira de tecnologia de Campina Grande
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MORAR BEM
Compacto SOLUÇÕES SIMPLES PARA TORNAR OS PEQUENOS ESPAÇOS MAIS CONFORTÁVEIS
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s cômodos das residências, principalmente os dos apartamentos, estão cada vez menores. O que vem crescendo mesmo é o desafio de aproveitar os espaços de forma prática e que atenda as necessidades dos moradores na hora de comprar ou reformar um imóvel. Com áreas reduzidas, o proprietário também quer diminuir os gastos, mas sem abrir mão de usar bons materiais. É aí que entra a criatividade do arquiteto para deixar espaços compactos mais funcionais e confortáveis. A arquiteta Lana Débora aceitou a missão de mostrar como soluções simples podem transformar espaços pequenos em ambientes mais agradáveis para a família. O primeiro passo é apostar em móveis funcionais que tenham duas ou
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mais utilidades. Um bom exemplo é o sofá da sala, como aqueles que podem ser alongados na hora de assistir televisão. “Estes sofás são muito práticos principalmente na vida dos recém-casados, que optam por apartamentos pequenos”, explica.
solucionam a falta de espaço no quarto, sem falar que tudo fica muito organizado e deixam a área em volta livre para a circulação”. No quarto das crianças os beliches são indispensáveis para deixar uma área mínima que seja para os brinquedos da garotada.
Cores claras também devem ser valorizadas, pois dão a sensação de amplitude no cômodo. Nos armários deve-se usar apenas portas de correr para economizar espaços. A dica também vale para os guarda-roupas. “Colocar espelhos nas portas dos guarda-roupas também é uma solução simples, mas que ajuda a ampliar muito os quartos”, diz a arquiteta.
Jardim no apartamento é possível? Segundo a arquiteta, sim. Mas desde que o mesmo possua uma varanda. Caso contrário, ela não recomenda, por exemplo, os jardins verticais, que estão sendo muito usados em residências menores. “O problema dos jardins verticais é que ainda não existe uma tecnologia para molhar as plantas sem sujar o chão e a parede, isso vai acabar sendo um transtorno para o morador. Neste caso, é melhor investir em plantas artificiais”.
E o que fazer quando o espaço ocupado pela cama vira um verdadeiro pesadelo no quarto? Para a arquiteta a saída é muito simples. “Camas com gaveteiros
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OPINIÃO
REUSO DE ÁGUA Métodos alternativos para economia hídrica
Magela Barros gmagelabarros@gmail.com É engenheiro Sanitarista e Ambiental (UEPB) e Servidor na Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA).
O reuso na ótica ambiental vem se tornando sem sombra de dúvidas a alternativa mais viável no combate a escassez e ao stress hídrico, mas precisa ser aplicado também na zona urbana e nos grandes centros das grandes cidades.
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stamos vivenciando atualmente uma das maiores crises hídricas jamais vistas em nosso país, chegando ao ponto da nascente do Rio São Francisco secar. Em entrevista no dia 23 de Novembro de 2014, o diretor do Parque Nacional da Serra da Canastra, Luiz Arthur Castanheira, afirmou que a nascente do Rio São Francisco, situada em São Roque de Minas, secou. Segundo Castanheira, essa nascente é a principal de toda a extensão do rio, que tem 2.700 km. Ainda Segundo Castanheira, o motivo é a estiagem. “A situação chegou a esse ponto não foi da noite para o dia. Foi de forma gradativa, mas esse nível nunca vi em toda a história”. E o que dizer do nosso principal reservatório de abastecimento, o açude Epitácio Pessoa (Açude de Boqueirão), que registrou no dia 5 de Dezembro um total de 98.945.245 m³ o equivalente a 24% de sua capacidade total, segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA). Como consequência, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA) iniciou, um dia após o dado, o racionamento no abastecimento de água em Campina Grande e em outras 19 cidades e três distritos. Os fatos mostrados não são para gerar pânico ao amigo leitor, mas sim orientar, conscientizando a respeito da importância de um gerenciamento hídrico correto, que passa principalmente pelos órgãos públicos regidos pelas leis do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), mas que também depende do bom senso educacional sobre o tema e da boa vontade de pôr em prática artifícios que venham a mitigar de certa forma o problema. Em nossa coluna anterior, buscamos uma saída entre várias existentes, para a
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mitigação do problema que envolvia, na grande maioria, as localidades produtoras de alimentos. O reuso na ótica ambiental vem se tornando sem sombra de dúvidas a alternativa mais viável no combate a escassez e ao estresse hídrico, mas precisa ser aplicado também na zona urbana e nos grandes centros das grandes cidades. Uma sugestão bastante interessante, seria a reutilização da água das máquinas domésticas de lavar roupa, que são responsáveis por 10% do consumo de água de uma residência. Os modelos de máquinas de lavar atualmente em uso têm consumos de água muito variáveis, entre 37 e 77 litros por lavagem, podendo admitir-se um valor médio de 45 litros por lavagem em geral, para uma capacidade de carga de 7 kg de roupa de algodão. Essa água poderia perfeitamente ser interligada às caixas de descarga, tendo em vista que a utilização de água potável como meio de transporte de rejeitos corporais humanos é inadequada e já deveria ter sido instinta há anos. Outra alternativa seria armazenar essas águas residuais das lavadoras de roupas em recipientes de 200 a 250 litros, comumente conhecidos como bombonas, para reaproveitamento nos mais diversos fins, como: lavagem de carros, calçadas, banheiros, etc., bastando apenas utilizar uma dosagem de cloro equivalente ao montante de água a ser tratada para a eliminação de possíveis patógenos. As bombonas também podem ser utilizadas na captação de águas advindas de precipitações, quando se instala uma simples tubulação interligando o equipamento às calhas de nossas casas, reduzindo bem o consumo de nossos reservatórios. Outra ideia simples, mas que pode ajudar a diminuir o consumo de água nas residências e locais públicos, é a instalação de
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uma garrafa PET preenchida com pedras dentro das caixas acopladas de descarga. Estas caixas têm um sistema de descarte de água de três a seis litros por descarga; a garrafa com pedras reduz essa quantidade em um litro e meio, pois ocupa um espaço que estaria com água. Essa técnica já está sendo implantada nos hospitais de São Paulo e os resultados
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têm sido satisfatórios. Toda a questão de reduzir o consumo de água passa pela educação ambiental, que é patrimônio cultural de cada um que a possui e que deve estar a serviço do Planeta. A Terra é o único lugar no universo do qual temos conhecimento que possui as condições ideais para a sobrevivência da raça humana. E um
dos principais fatores que a conserva assim é a existência de água. Por isso, temos como dever zelar por esse bem tão precioso, passando a educação ambiental para as futuras gerações e assegurando que haverá um futuro para o nosso meio ambiente. Feliz 2015 a todos!
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OPINIÃO
E SE FOSSEM ASSIM... Projetos arquitetônicos para obras do cenário campinense que foram alterados em sua execução
Emmanuel Sousa sousa.emmanuel@hotmail.com É Bacharel em Administração e em Ciências Contábeis (UEPB), com especialidade em Contabilidade Pública e LRF (UNINTER/ FURNe) e CRC 10.070/PB; É também professor universitário na UNIP/CG e co-Criador e co-Editor do Blog “Retalhos Históricos de Campina Grande”.
No audacioso anteprojeto de construção do Estádio Presidente Vargas constavam quatro campos de esporte, pista de corridas, piscina olímipica com trampolim e arquibancada para 10.000 pessoas. Rau Ferreira
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ampina Grande é uma cidade que desponta no cenário das grandes construções condominiais, no entanto, ainda preserva alguns poucos equipamentos arquitetônicos que ‘contam’, de forma física, um pouco da sua História. Partindo do “Ora, como seriam”, analisamos os projetos originais para três
1.: Teatro Municipal de Campina Grande
Apesar da imagem não apresentar melhor nitidez, é possível admirar a beleza do projeto elaborado pelo arquiteto carioca Ayrton Nóbrega. Trata-se do primeiro projeto para o Teatro Municipal de Campina Grande, apresentado ainda na gestão do prefeito Elpídio de Almeida, em 1957. Na administração seguinte, o prefeito Severino Cabral designou o engenheiro Austro
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importantes edificações de Campina Grande: o Teatro Municipal, o Estádio Presidente Vargas, e o Terminal de Passageiros Cristiano Lauritzen. Curiosamente, se as obras executadas nestes casos tivessem seguido a ideia original, seus aspectos seriam bem diferente do que conhecemos.
de França Costa - um dos grandes ‘verticalizadores’ da arquitetura de Campina Grande - para que promovesse verificações no projeto para que o tornasse menos dispendioso ao erário. O estudo culminou na substituição do projeto original pelo do campinense Geraldino Duda, com as características peculiares que conhecemos até hoje!
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Cristiano Lauritzen
Geraldino Duda
Lauritzen, enquanto habitante de Campina Grande, dedicou sua vida na busca do estabelecimento do progresso ao nosso Município. Foi prefeito municipal durante 19 anos ininterruptos e, à ele, devemos a chegada do primeiro trem a Campina Grande, fazendo com que a cidade fosse o ponto final da ferrovia Great Western, marco histórico para o desenvolvimento econômico da nossa região.
Geraldino Pereira Duda é arquiteto e engenheiro civil, e projetou o Teatro Municipal Severino Cabral em 1962, quando era Assistente Técnico do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Prefeitura de Campina Grande. Ele pensou em fazer um projeto que se adequasse ao formato do terreno disponível (triangular) e acabou criando uma obra moderna, com design arrojado e à frente do seu tempo.
Construção do Teatro Municipal Severino Cabral Depois de terminado, o Teatro ficou diferente de seu projeto inicial
2.: Estádio Presidente Vargas (TrezeFC)
A imagem acima, também desprovida de boa nitidez em seus detalhes, é o anteprojeto do Estádio Presidente Vargas de propriedade do Treze Futebol Clube, encontrado na Revista “A Noite Ilustrada”, edição do ano de 1938.
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A concretização do sonho ‘trezeano’ de ter seu próprio estádio de futebol começou a partir da doação de um terreno localizado no bairro São José, por Argemiro de Figueiredo, no ano de 1937.
“No audacioso anteprojeto de construção constavam quatro campos de esporte, pista de corridas, piscina olímpica com trampolim e arquibancada para 10.000 pessoas. E mais, estacionamento para 150 carros, hospedaria, restaurante,
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enfermaria e vestiários. Na entrada, havia previsão da construção de um pórtico monumental.” (Rau Ferreira) O Presidente do clube, Sr. José Augusto Júnior, esteve a frente da obra, cujos trabalhos estavam orçados em 500 contos de réis e, dentre as curiosidades do projeto, a frente do estádio estaria voltada para a Rua D. Pedro I. No entanto, pouco foi aproveitado efetivamente do esboço original de Isaac Soares (o mesmo que projetou o Cine Capitólio e o Casino Eldorado) e o Estádio foi inaugurado no dia 17 de março de 1940.
Fachada do Estádio Presidente Vargas
3.: Terminal de Passageiros Cristiano Lauritzen
Maquete originalmente apresentada no ano de 1958, foto do Diário da Borborema, que nos mostra o projeto para a Estação Rodoviária Cristiano Lauritzen, idealizada na segunda gestão do prefeito Elpídio de Almeida. Através de contrato firmado com a empresa ENAC - Empresa Nacional de Mercados Ltda, em maio de 1958, deveria ser construído em uma área de 4.307m² uma plataforma de embarque aliada a 140 boxes comerciais que, para os padrões da época, seria considerado um dos maiores centros comerciais do país!
Segundo a ideia original, previa-se a construção de dois edifícios anexos: um supermercado e um hotel de “linha internacional” que, por dificuldades encontradas na desapropriação do terreno destinado a construção do hotel, a ENAC desistiu dessa parte da obra. O Terminal de Passageiros Cristiano Lauritzen possui a maior marquise sem colunas DO MUNDO, segundo o professor Josemir Camilo, projetada por Perylo Borba, motivo de visitação de engenheiros de vários países para estudar o ponto de equilíbrio da sua arquitetura.
ALMEIDA, Adriana de. “Modernização e Modernidade-Uma Leitura sobre a Arquitetura de C. Grande (1940-1970)” Blog Retalhos Históricos de Campina Grande - http://cgretalhos.blogspot.com Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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Rodoviária Velha hoje
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DICAS
Mofou SAIBA COMO EVITAR AS INFILTRAÇÕES E SOLUCIONAR ESSE PROBLEMA
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s tubulações danificadas e o período intenso de chuvas são as duas principais causas da umidade em imóveis, gerando infiltração de água nas paredes, e desencadeado o indesejado mofo em armários, roupas, livros, gavetas, paredes, etc. Com isso, o que inicialmente era apenas um mau cheiro, faz surgir os ácaros e, por conseqüência, a incidência de alergias e outras doenças mais graves. Normalmente, as pessoas só se dão conta da situação quando já é tarde. Mas o mofo chega devagar, sem causar muito odor. Quando se percebe, o bolor já se instalou e está afetando a saúde de crianças e adultos. No período do inverno, em apartamentos, escritórios e, principalmente, casas, o acúmulo de fungos e ácaros cresce devido a uma série de fatores ambientais. Nessa época, além da umidade, a diminuição da velocidade dos ventos e da evaporação também contribui para o aumento do mofo, se destacando por facilitar a proliferação de fungos, ácaros e, consequentemente, alergias e infecções. A decorrência é direta para quem passa muitas horas em ambientes com cheiro de mofo, o que provoca irritabilidade nas vias aéreas, principalmente em pacientes com alguma imunodeficiência. Para a solução da infiltração no imóvel, a primeira dica é descobrir de onde a água está originando, se é do teto ou parede, do chão ou do imóvel vizinho. Após resolver o problema da infiltração é que deve ser retirada a parte mofada e executada a pintura. Muitos problemas de infiltração ocorrem na verdade pelo alicerce da umidade que sobe da terra. Então, quando estiver construindo use um impermeabilizante no alicerce para evitar este problema.
Já para quem pretende reformar ou está construindo, a umidade deve ser um aspecto a ser pensado. Se o piso, as paredes e o teto forem construídos com impermeabilizantes, o problema dificilmente ocorrerá. No caso de imóveis acabados, casa comprada pronta ou proveniente de aluguel, a umidade pode estar maquiada e aparecer posteriormente. Assim, para solucionar este problema, não basta executar a repintura, pois a infiltração com certeza surgirá algum dia, é imprescindível que seja realizada uma impermeabilização. As paredes de uma casa precisam ser protegidas para evitar as famosas infiltrações de água provenientes da chuva ou outras fontes e quando os problemas aparecem é necessário que sejam tratados, pois a falta de reparos poderá levar a parede à ruína.
Requerem atenção RODAPÉ DA PAREDE EXTERNA: ESTA PARTE DA PAREDE SOFRE COM O RESPINGO DA GOTEIRA E EM ÉPOCAS DE CHUVA A PAREDE SE MANTÉM MUITO ÚMIDA. UMA SOLUÇÃO PARA EVITAR INFILTRAÇÕES POR ESSA ÁREA SERIA COLOCAR CALHA NO FINAL DO TELHADO E ASSIM EVITAR A GOTEIRA; CALHAS: ALGUMAS CASAS QUE TÊM TELHADOS IRREGULARES EMBUTIDOS NA PAREDE, ENTRE OUTROS CASOS. NESSAS SITUAÇÕES, É NECESSÁRIO O USO DE CALHAS, POIS QUALQUER VAZAMENTO, POR MENOR QUE SEJA, JÁ É O BASTANTE PARA A UMIDADE APARECER. ESTE CASO OCORRE COM CERTA FREQUÊNCIA TAMBÉM NA LAJE. A SOLUÇÃO AQUI É EVITAR AO MÁXIMO O USO DE CALHAS E QUANDO USADO CERTIFICAR QUE NÃO HÁ VAZAMENTO;
TELHAS QUEBRADAS: É NECESSÁRIO TER PRECAUÇÃO QUANDO UM TÉCNICO DE TV A CABO OU DE INTERNET SUBIR NO TELHADO PARA FAZER A INSTALAÇÃO, POIS PODE QUEBRAR TELHA, ESPECIALMENTE AS TELHAS CERÂMICAS QUE SÃO MENOS RESISTENTES QUE AS DE CONCRETO. TELHAS QUEBRADAS GERAM INFILTRAÇÃO E CONSEQUENTEMENTE UMIDADE NA LAJE OU NA PAREDE. PAREDES NA DIVISA: ESTE É O PROBLEMA MAIS COMPLICADO, POIS MUITAS PESSOAS OPTAM POR FAZER A CONSTRUÇÃO DA CASA NA DIVISA DO TERRENO PARA GANHAR ESPAÇO. O PROBLEMA É QUE NEM SEMPRE VOCÊ SABE O QUE TEM DO OUTRO LADO OU O QUE VENHA A TER. QUANDO FOR CONSTRUIR, ANALISE ESTE PONTO. A SOLUÇÃO PARA PROBLEMAS DE INFILTRAÇÕES EM PAREDES ASSIM DEPENDE DO SEU VIZINHO E NEM SEMPRE É FÁCIL DE RESOLVER.
Soluções TETO OU PAREDE: É NECESSÁRIO IMPERMEABILIZAR O LADO EXTERNO COM PRODUTOS ESPECÍFICOS VENDIDOS EM LOJAS DE CONSTRUÇÃO; ORIGINADA DO CHÃO: DEVE-SE FAZER A RETIRADA DO PISO, TIRAR O REBOCO E IMPERMEABILIZAR; PROBLEMA DO VIZINHO: APÓS MOSTRAR OS DANOS, É NECESSÁRIO QUE O VIZINHO REALIZE UMA REFORMA, IMPERMEABILIZANDO O PISO, E SÓ APÓS A REFORMA DELE VOCÊ DEVE INICIAR O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO NO SEU IMÓVEL.
IMPORTANTE: PARA RESOLVER O PROBLEMA VISÍVEL GERALMENTE É NECESSÁRIO RASPAR O REBOCO NA REGIÃO ONDE HÁ A INFILTRAÇÃO E ESPERAR SECAR. DEPOIS, O CORRETO SERÁ APLICAR ALGUM PRODUTO IMPERMEABILIZANTE E FAZER O NOVO REBOCO COM MASSA DE CIMENTO BEM FORTE. O IDEAL DO IMPERMEABILIZANTE É QUE ELE SEJA PASSADO DO LADO DE FORA, PARA QUE A PENETRAÇÃO DA ÁGUA SEJA EVITADA.
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ECONOMIA
Solar TODOS OS DIAS O SOL ENTREGA GENEROSAMENTE AO PLANETA TERRA ENERGIA GRATUITA E LIMPA. É HORA DE USÁ-LA
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s raios solares, além de trazerem luz e calor, também podem ser aproveitados para geração de energia limpa, seja na forma de calor ou eletricidade. Mas quais os desafios para tornar essa alternativa realmente viável? Os desastres oriundos dos impactos ambientais e a crescente demanda por energia sinalizam cada vez mais a necessidade de se procurar uma fonte de energia que possa abastecer a humanidade de forma inesgotável, nos conduzindo a um desenvolvimento sustentável. A utilização da energia solar pode gerar uma economia entre 30% e 40% na conta de luz e não está restrita apenas a grandes empresas ou construções. Essa alternativa se tornou possível no Brasil em dezembro de 2013, quando foi lançada a resolução nº 482, da Agencia Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL. Essa medida foi aprovada para incentivar a produção desse tipo de energia, dando desconto na conta de luz, caso haja produção excedente. Por incrível que pareça, mesmo o nosso estado sendo um dos mais ensolarados do país, poucos paraibanos procuraram a distribuidora de energia, a Energisa, para solicitar ligação ao sistema da concessionária. O benefício é concedido a quem tiver pequenos geradores em sua unidade consumidora, a exemplo de painéis fotovoltaicos, e quando a geração de energia for maior que o consumo, o excedente será convertido em crédito para o titular da unidade, por meio de desconto
nos meses seguintes, com prazo de 36 meses, inclusive em outras unidades do mesmo titular. De acordo com o professor Zaqueu Ernesto, diretor do Centro de Energias Alternativas e Renováveis da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Paraíba tem em média entre cinco e sete horas úteis de luz solar por dia. Isto é, podemos gerar entre 800 e 1000w de energia por metro quadrado com incidência solar. O professor também explicou que os painéis fotovoltaicos são construídos com materiais que têm propriedade de converter a radiação ao ser interceptada, em eletricidade. Esses materiais normalmente são semicondutores, a exemplo do silício puro monocristalino.
Sua energia
Antes minha conta vinha quase R$ 300,00. Agora, pago um pouco mais de R$ 100,00. Maria de Fátima PROFESSORA
Algumas pessoas na Paraíba tem usado o alto nível de radiação da região para usar placas de aquecimento de água. Nesse caso, o sistema aquece e estoca, mas não há geração de energia. A professora aposentada Maria de Fátima Albuquerque, que mora em João Pessoa, investiu em três placas de aquecimento de água há três anos. Gastou cerca de oito mil reais. “são 700 litros que ficam superaquecidos o tempo todo. Como uso muito o chuveiro, economizo bastante. Antes minha conta vinha quase R$300,00. Agora, pago um pouco mais de R$100,00”, comenta.
Para os consumidores interessados em gerar energia em casa, o primeiro passo é adquirir um inversor de frequência, uma vez que a energia elétrica sai dos painéis em corrente contínua e a maioria dos aparelhos elétricos domésticos funcionam em corrente alternada. Também, para não se perder a energia gerada, indica-se que exista um banco de baterias para armazenamento do excedente e um controlador de carga para evitar sobrecarga das mesmas.
Resolução
No Brasil, a maioria dos painéis comercializados é importada, o que torna a geração desta fonte de energia ainda muito cara. Porém, acredita-se que a fabricação nacional irá baratear a instalação dos sistemas.
Se você está interessado em economizar dinheiro, e ainda contribuir para amenizar os desastres causados por algumas fontes de energia, fique ligado na resolução Nº 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A agência
SEGUNDO A ANEEL, O BRASIL POSSUI ATUALMENTE 3255 AGENTES INVESTINDO NO MERCADO DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. ESSE NÚMERO DE CONSUMIDORES OPERANDO COMO MICRO E MINIGERADORES AINDA É MUITO PEQUENO, DIANTE DO POTENCIAL ENERGÉTICO DO PAÍS E DOS BENEFÍCIOS QUE TAL MODALIDADE PODE PROPORCIONAR AO SISTEMA ELÉTRICO, COMO: O BAIXO IMPACTO AMBIENTAL, A REDUÇÃO NO CARREGAMENTO DAS REDES E A DIVERSIFICAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA. 74
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Placas de energia solar para captação doméstica
aprovou a resolução 482/2012, estabelecendo as condições gerais de acesso de microgeração e minigeração, distribuídos aos sistemas de distribuição de energia elétrica, como também sua compensação. O sistema de microgeração e minigeração distribuídos são denominados como as centrais geradoras de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 100 kw para o primeiro, e, superior a 100 kw e menor ou igual a 1 mw para o segundo. As empresas e órgãos públicos que optarem por participar do sistema de compensação também poderão utilizar o excedente produzido em uma de suas instalações para reduzir a fatura de outra
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unidade. O consumidor que instalar micro ou minigeração terá de arcar com os custos de adequação do sistema de medição, necessários para implantar o sistema de compensação. Após a adaptação, a própria distribuidora será responsável pela manutenção de eventuais custos de substituição. A regra é direcionada a geradores que utilizem fontes renováveis de energia, denominada de “geração distribuída”. A geração de energia elétrica próxima ao local de consumo ou na própria instalação consumidora trará uma série de vantagens sobre a geração centralizada tradicional, como, por exemplo,
economia dos investimentos em transmissão, redução das perdas nas redes e melhoria da qualidade do serviço de energia elétrica. Ao contrário do que se tem ouvido falar, a microgeração de energia elétrica não será uma ameaça às concessionárias, e muito menos à segurança da rede, mas sim uma importante ferramenta para redução de perdas e melhoria da qualidade da energia e na gerência da rede, aliada ao conceito smart grid, permitindo aos gerenciadores de redes proverem o controle da carga dos clientes conectados, bem como de suas unidades geradoras, obtendo assim o melhor aproveitamento da
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rede elétrica em todos os sentidos. O sistema básico de placas fotovoltaicas tem seu retorno em aproximadamente 6 anos, tendo uma vida útil de 30 anos, ou seja, após o período de amortização o utilizador não terá nenhum custo de energia.
Instalação De acordo com a resolução, os interessados em se beneficiar com essa medida, devem procurar a concessionária responsável pela energia elétrica no estado, no caso da Paraíba, a Energisa. O próximo passo é instalar um medidor que calcula o consumo e a geração de energia, mostrando se o consumidor vai
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O sistema básico de placas fotovoltaicas tem seu retorno em aproximadamente 6 anos, tendo uma vida útil de 30 anos.
acumular créditos para usar nos meses seguintes. A instalação é feita por conta do consumidor e o custo vai de acordo com o tipo de equipamento, tarifa de energia, localização e porte da unidade consumidora. Quem tiver microgeração com até 100 kw, ou minigeração de 100kw a 1mw, poderá trocar energia com a distribuidora por meio do sistema de compensação, e ter descontos na conta de luz, caso haja produção excedente de energia. Confira a Resolução nº 482/2012 completa em: www.aneel.gov.br
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MATERIAIS
Pintura UM DOS DETALHES QUE DETERMINA A HARMONIA DE UMA CONSTRUÇÃO
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assados todos os procedimentos que estão envolvidos em uma construção ou reforma, chega a hora de uma das escolhas mais importantes para finalização do projeto que vem sendo executado: a pintura de cada ambiente. E se engana quem acha que todos os locais de um casa, prédio, ou até estabelecimento comercial têm uma pintura “padronizada” que se aplica a todos. Pelo contrário, cada local tem que ser analisado de maneira singular e sua utilização deve ser levada em consideração para que o conjunto dos ambientes fique em harmonia, bem como para que todo o local se torne confortável e agradável para quem convive naquele lugar.
Pintura da casa Foi-se o tempo em que a única dúvida na hora de pintar um imóvel era escolher entre uma cor e outra. Com os avanços da tecnologia na indústria de tintas, o consumidor tem à sua disposição um vasto leque de produtos. Há tipos específicos para cada ambiente de uma casa. Tudo isso para manter a pintura mais bonita e preservada. Para cozinhas e banheiros, que há pouco tempo seguiam a regra de serem inteiramente cobertos por azulejos ou cerâmica, existem sim opções de tintas que melhoram o ambiente. Independentemente de cor, o consumidor deve fazer a opção pela utilização de tintas que ofereçam a opção de combate ao mofo e à proliferação de fungos. No mercado, as opções com esse
O contraste entre cores pode modernizar um ambiente comum
tipo de benefício são variadas e existem ainda as que oferecem a secagem rápida e o baixo odor, que são importantes para esses ambientes. Para as áreas de serviço, que geralmente são mais úmidas, o ideal é a utilização de tinturas resistentes à água. No quarto, especificamente nos das crianças mais
novas, é importante utilizar tintas que não tenham cheiro muito forte e que também ofereçam proteção antibacteriana e antimofo. Para o quarto de crianças um pouco maiores, o ideal é utilizar na pintura as tintas laváveis, que vão evitar que o ambiente acabe se tornando feio e com a aparência de
MUITA GENTE UTILIZA PARA FAZER A PINTURA DO AMBIENTE UM MATERIAL BASTANTE CONHECIDO E DE VALOR COMERCIAL ATÉ BARATO: O CAL. APESAR DESSA ALTERNATIVA SER BASTANTE UTILIZADA E TER UMA GRANDE ACEITAÇÃO ENTRE OS CONSUMIDORES, É BOM LEMBRAR QUE LOCAIS COM REBOCO NÃO PODEM RECEBER ESSE TIPO DE PINTURA. PELA SUA COMPOSIÇÃO, O CAL ACABA FAZENDO COM QUE O REBOCO PERCA SUA ADERÊNCIA À PAREDE, O QUE GERA DIVERSOS PROBLEMAS FUTUROS COMO INFILTRAÇÕES E BURACOS NA PAREDE.
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sujo. No quarto do casal, que é um dos ambientes mais íntimos de uma casa, o ideal é utilizar cores mais aconchegantes e com tons leves e pouco brilho. Finalizando a pintura para a casa, chegamos à sala. Por ser um ambiente de grande circulação, o produto mais indicado é a tinta lavável. Entre as várias opções disponíveis no mercado, é primordial que o consumidor utilize uma tinta que facilite a remoção de manchas causadas por alimentos, bebidas, lápis de cor e muito mais.
Comércio Ao contrário do ambiente caseiro, a pintura em ambientes comerciais sempre é pensada levando-se em consideração as cores que serão utilizadas. Em locais onde se faz a comercialização de alimentos, por exemplo, a estratégia dos arquitetos e paisagistas é utilizar uma cor que estimule os sentidos e,
Nos negócios de venda de comida fast food, por exemplo, nós fazemos a opção de utilizar cores fortes, que estimulam a pessoa, deixam-na mais ligada no que está acontecendo a sua volta e consuma mais. Ulisses Rocha ARQUITETO
principalmente, o paladar. “Nesses estabelecimentos de venda de comida, fast food por exemplo, nós fazemos a opção de utilizar cores fortes, vermelho, laranja, amarelo, que são tons que estimulam a pessoa, deixam-na mais ligada no que está acontecendo a sua volta e, consequentemente, consuma mais, só que passando pouco tempo no local. São estratégias que tem comprovação que funcionam comercialmente, e que acabam passando desapercebidas pela maioria das pessoas. Acho que quase ninguém percebe que determinado ambiente foi pintado com cores determinadas para atrair e fazer as pessoas terem mais interesse pelo produto que está sendo comercializado. O mesmo se aplica a outros tipos de estabelecimentos que sejam destinados a outros tipos de vendas ou de atendimento ao público”, comentou o arquiteto Ulisses Rocha, especialista em decoração de ambientes comerciais.
As lojas estão sempre investindo no jogo de cores para atrair clientes
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MATERIAIS
Areia EXTRAÇÃO, TRANSPORTE E COMERCIALIZAÇÃO DE AREIA E MASSAME DEVEM ATENDER AS EXIGÊNCIAS LEGAIS DO IBAMA 82
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m dos pontos iniciais para quem vai realizar uma construção, seja ela de pequeno ou de grande porte, é garantir que os profissionais que irão executar o trabalho tenham sempre à disposição matérias primas de qualidade e com procedência de confiança. Uma dessas matérias-primas é a areia, que garante qualidade e segurança da obra e por isso é uma das mais utilizadas. A areia é utilizada em vários setores da obra, mas precisa de autorizações ambientais e todo um controle na sua venda e transporte para que o construtor, assim como o vendedor de material de construção, possam executar suas respetivas funções de maneira satisfatória, dentro da legislação em vigor, e respeitando a sustentabilidade do meio ambiente. Na Paraíba, existem diversos locais legalizados para a extração, comercialização e transporte da areia, bem como do massame, que é um tipo de argila utilizado para dar sustentação em alguns locais de uma construção. Essa legalização é emitida pelo IBAMA, que avalia se as empresas de extração seguem as regras para não degradar o meio ambiente, para assim atender satisfatoriamente a demanda comercial que existe. O número de edificações sendo erguidas por todo o Brasil vem crescendo e com isso, a procura por materiais como areia e massame é grande e movimenta o comércio da construção civil. “A gente tem notado aqui na loja que sempre existe uma demanda muito grande nos pedidos de areia e massame para as construções, que podem ser de prédios e edifícios muito grandes, ou até nas pequenas reformas domésticas mesmo. Por isso, sempre estamos buscando
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fornecedores que são legalizados pelo IBAMA. Atualmente nosso material vem de uma reserva na cidade de Bananeiras, onde o fornecedor tem todo o material legalizado, a venda autorizada pelas autoridades e com comprovação de que todas as taxas de preservação ambiental estão sendo respeitadas. Dessa forma, eu acredito que nós estamos respeitando todas as leis na hora da aquisição do produto, e também quando fazemos a revenda. Nossos clientes tem certeza que estão adquirindo um material vendido de forma legal e sem burlar nenhuma regra”, disse o empresário Roberto Silva Júnior, dono da loja Silva Construções, localizada no bairro da Palmeira, em Campina Grande.
Transporte Se existe uma legislação que controla a extração e a comercialização da areia e do massame, também existem regras para que seja feito o transporte adequado desses materiais. Em caminhões, a carga não pode ultrapassar o limite de peso e altura determinados pelo Código Brasileiro de Trânsito e o produto também deve andar coberto por uma lona plástica, compatível com o tamanho do automóvel que estiver fazendo o transporte da carga. O objetivo da utilização dessa lona de cobertura é evitar que a areia ou o massame comecem a cair de cima do caminhão, vindo a atingir outros veículos ou até a colocar em risco a segurança na pista. A multa para quem descumpre essas exigências pode ser de quase R$ 200,00 (duzentos reais) para o condutor do veículo, que ainda pode perder até sete pontos na sua carteira de habilitação, já que a infração é considerada gravíssima.
porte (caminhonetes ou picapes) que fazem a locomoção dos produtos nas vias urbanas. Neste caso, as precauções devem ser ainda maiores, já que dentro das cidades o número de carros circulando é bem maior e o risco de um acidente, ou mesmo de algum eventual prejuízo em carros de terceiros por conta do derramamento de material, pode ser bem maior. Diante disso, é sempre aconselhável procurar seguir o que determina a lei, desde a compra da areia ou massame, até a hora da utilização na obra da construção civil.
Na Paraíba, existem diversos locais legalizados para a extração, comercialização e transporte da areia, bem como do massame. Essa legalização é emitida pelo IBAMA, que avalia se as empresas de extração seguem as regras.
As mesmas recomendações também são aplicadas para veículos de pequeno e médio
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REALIDADE
Seca CISTERNAS E CAIXAS D’ÁGUA PARA ENFRENTAR A SECA
O
Nordeste está tendo que conviver com uma das piores secas dos últimos 50 anos e o reflexo da falta de chuvas começa a influenciar também o ramo da construção civil. Com os reservatórios coletivos (barragens, açudes e represas) com a capacidade cada vez mais prejudicada, as pessoas estão buscando outras maneiras de armazenar
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água dentro de casa. Com isso, o mercado vem tendo um grande aquecimento com o crescimento do número de vendas de caixas d’água e outros equipamentos que possam servir também para essa finalidade. São opções das mais diversificadas que dão ao cliente a possibilidade de ter dentro de casa uma caixa de abastecimento que
comporte até 30 mil litros de água. Para ter um panorama da situação relacionada ao abastecimento de água, vários projetos de construções hoje em dia já são criados com a previsão de um local específico para que seja instalado um recipiente que armazene água potável e, posteriormente, quando surgir uma necessidade, essa água possa ser utilizada pelos moradores, amenizando os
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problemas relacionados ao déficit no abastecimento público. Segundo o engenheiro Thiago Rocha, essa tendência deve ser adotada em boa parte das construções. “As mudanças do clima não podem ser ignoradas hoje em dia. Não só aqui no Nordeste, mas em boa parte do Brasil, as caixas de armazenamento de água estão incluídas como parte fundamental da obra e que não podem ser deixadas de lado seja qual for o tipo de construção. Quando vamos elaborar algum projeto novo, já oferecemos ao cliente a opção dele escolher um tipo de equipamento para servir como armazenamento de água. O mercado oferece várias opções de tamanhos e também de tipos de materiais que ficam a critério da pessoa que está contratando o serviço, para atender da melhor maneira possível a necessidade do proprietário do imóvel que está sendo construído”, comentou o engenheiro. Outra opção que também pode ser utilizada na ajuda ao combate à falta de água é a construção das famosas cisternas. Essa técnica já é muito utilizada em propriedades rurais no interior do Nordeste e vem sendo expandida para outras regiões. As cisternas são um método tão eficiente que entre 2011 e 2014, em toda a região Nordeste, foram entregues mais de 600 mil unidades, beneficiando milhões de pessoas que, até então, tinham que se utilizar de outros métodos para conseguir água para suprir as necessidades do cotidiano.
As mudanças do clima não podem ser ignoradas hoje em dia. Não só aqui no Nordeste, mas em boa parte do Brasil, as caixas de armazenamento de água estão incluídas como parte fundamental da obra. Thiago Rocha ENGENHEIRO CIVIL
Conservação Além da etapa de construção, seja das cisternas ou da instalação das caixas de água, é importante se divulgar os aspectos que estão envolvidos na conservação desses dispositivos. Um dos exemplos é com relação às doenças que podem surgir quando a água fica acumulada de
maneira indevida e sem nenhum tipo de cobertura. Outra preocupação que deve ser levada em consideração é com relação à manutenção e conservação dos locais. As caixas de água, com o tempo de uso, acabam criando em sua superfície organismos, como o lodo, por exemplo, que pode prejudicar a qualidade da água. Nas cisternas, o que pode acontecer é o aparecimento de rachaduras que, dependendo do tamanho, acabam colocando a perder todo o líquido acumulado. “Depois de construir, é importante que o beneficiado com esse tipo de equipamento de reserva de água saiba como conservá-lo de maneira adequada. Um dos problemas mais comuns é que a água fique exposta, sem nenhum tipo de cobertura, dando a possibilidade de proliferação de mosquitos causadores de doenças perigosas, como a Dengue. Além disso, infelizmente, muitas pessoas acabam esquecendo-se de oferecer manutenção para as cisternas, o que as levam a deterioração com o passar do tempo. O que se pede é que quem for beneficiado com algum benefício governamental, cuide de sua cisterna e a mantenha sempre limpa e tampada. E a dica serve também para os cidadãos que desejam instalar uma cisterna ou caixa de água em casa por conta própria”, comentou o engenheiro ambiental Manoel Santos, que vem realizando um estudo sobre o avanço da seca no Brasil nos últimos anos.
As cisternas ainda são muito utilizadas por todo o Nordeste brasileiro
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DICAS
Ninhos COMO REMOVÊ-LOS E EVITÁ-LOS EM VARANDAS E TELHADOS
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É
com os mais diversos tipos de materiais e destroços, que o pássaro criativamente, constrói seu ninho, seu cantinho, seu abrigo. Com palha, capim, barro, gravetos, penas, levantam voo e escolhem o lugar que consideram seguro. Como ferramenta? Seu bico. Encontrados em praticamente todos os lugares, principalmente em cidades mais arborizadas, os pássaros geralmente causam incômodo ao se instalar nos telhados das casas e prédios comerciais. Embora muitas pessoas gostem de acordar sob a sinfonia dessas aves, a convivência com eles pode trazer algumas doenças. Para a alegria desses pequeninos, na maioria das vezes, a remoção de um ninho de pássaro ativo é ilegal. A prevenção é a alternativa mais saudável e correta. Mas como fazer para evitá-los e removê-los de um local inapropriado? Os métodos são inúmeros. Nós da revista Construir & Cia preparamos algumas dicas para vocês. Confira:
Protegendo o telhado IDENTIFIQUE AS ÁREAS DE SUA CASA ONDE OS PÁSSAROS POSSAM CONSTRUIR NINHOS. PROCURE ELIMINAR TODAS AS ABERTURAS DO TELHADO POR ONDE ELES POSSAM ENTRAR. UTILIZE CIMENTO COM BOLAS DE PAPEL OU JORNAL PARA FECHAR ESSES ESPAÇOS. ESTIQUE BARBANTES AO LONGO DA BORDA DO TELHADO. CRIE UMA ESPÉCIE DE REDE, COM CERCA DE 20 CENTÍMETROS DE UM BARBANTE PARA O OUTRO. ISSO DIFICULTARÁ A ENTRADA DELES E IRÁ MANTÊ-LOS AFASTADOS. SE ACHAR MAIS PRÁTICO, USE REPELENTES ESPECÍFICOS PARA ESPANTÁ-LOS. PODEM SER ENCONTRADOS EM QUALQUER SUPERMERCADO E, APESAR DE NÃO SEREM MUITO ECONÔMICOS, COSTUMAM SER BEM EFICAZES. BASTA ESPALHAR AO LONGO DO TELHADO. EXISTE TAMBÉM O REPELENTE ULTRASSÔNICO, QUE EMITE UMA FREQUÊNCIA INAUDÍVEL PARA OS SERES HUMANOS E MANTÉM OS PÁSSAROS LONGE. NÃO É LETAL; É EFICAZ, MAS TAMBÉM NÃO MUITO ECONÔMICO.
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Protegendo a varanda APLIQUE UMA LINHA DE PESCA DE MONOFILAMENTO EM SUA VARANDA. USE PREGOS OU PARAFUSOS PARA FIXAR AS LINHAS DE CERCA DE 30 CM DE DISTÂNCIA AO LONGO DE TODO O COMPRIMENTO DA SUA VARANDA. MESMO QUE O FIO NÃO SEJA UMA BARREIRA FÍSICA, APARECE E DESAPARECE NA LINHA DE VISÃO DO PÁSSARO, CRIANDO UMA INCERTEZA E MEDO DE UMA BARREIRA E DE UMA POSSÍVEL COMPLICAÇÃO PARA A CRIAÇÃO DO NINHO. INSTALE UM ARAME OU FOLHA DE ALUMÍNIO AO LONGO DE TODA A PAREDE EXTERIOR DA VARANDA. A MALHA DE ARAME FUNCIONA COMO UMA BARREIRA QUE IMPEDE QUE OS PÁSSAROS ENTREM. CRIE UMA SUPERFÍCIE LISA PARA DESENCORAJAR AS ANDORINHAS A CRIAREM O NINHO PRÓXIMO À SUA RESIDÊNCIA. USE TINTA À PROVA D’ÁGUA PARA COBRIR AS PAREDES DE SUA VARANDA. A SUPERFÍCIE PINTADA É ESCORREGADIA E NÃO IRÁ FORNECER UMA BASE FIRME PARA A ANDORINHA CONSTRUIR SEU NINHO.
Removendo os ninhos NÃO REMOVA OS NINHOS ATÉ QUE TENHAM MIGRADO; NÃO REMOVA ANTES DE TEREM TERMINADO DE CONSTRUÍ-LOS; NÃO BATA OS NINHOS DE SEU TELHADO ATÉ TER CERTEZA DE QUE NÃO HÁ OVOS OU BEBÊS NELES. OS NINHOS PODEM CONTER PULGAS, CARRAPATOS, ÁCAROS. É IMPORTANTE DESCONTAMINAR ANTES DE REMOVÊ-LO. USE MÁSCARA RESPIRATÓRIA E LUVAS, EVITANDO ASSIM INALAR POEIRA E AGENTES PATOGÊNICOS PREJUDICIAIS À SAÚDE.
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ECONOMIA
Quente CHUVEIRO OU DUCHA? ESCOLHENDO A MELHOR OPÇÃO PARA UM BANHO AGRADÁVEL
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ma das melhores sensações após um dia corrido de trabalho e às vezes de muito estresse é chegar em casa e poder desfrutar de um banho bem relaxante. Só que, na hora da construção ou da reforma, uma das dúvidas que pode existir na cabeça do cliente é sobre qual a escolha mais adequada para se fazer: chuveiro ou ducha? Basicamente, as duas opções têm a mesma finalidade, que é proporcionar um banho quente com conforto e atendendo exatamente ao que o cliente, construtor ou dono de imóvel que esteja realizando algum tipo de reforma, estiver buscando. Basicamente, a grande diferença entre duchas e chuveiros refere-se à forma como geram água quente e o local onde estão instalados. Os chuveiros utilizam energia elétrica e ficam localizados no próprio ponto do banheiro, fazendo com que a água se aqueça instantaneamente assim que o registro for aberto. Já as duchas, necessitam de aquecedores solares ou a gás para distribuir água quente e, por motivos de segurança, esses equipamentos são colocados em locais arejados ou no telhado. Outro aspecto relevante que deve ser levado em consideração antes de fazer a escolha é com relação ao consumo de água. Ao mesmo tempo em que as duchas gastam mais água do que os chuveiros, elas proporcionam um jato mais forte, criando uma sensação de relaxamento maior. Visando a criação de produtos mais econômicos (tanto no quesito energético quanto no consumo de água) alguns fabricantes já lançaram duchas elétricas para o consumidor.
Características
Economia
Outra diferença importante entre duchas e chuveiros é a característica do jato de água das duas. As duchas apresentam um jato concentrado com mais pressão. Já os chuveiros possuem o jato disperso com maior área de atuação. A escolha do modelo, portanto, começa com essa diferença básica, e após isso, você pode avaliar características que os modelos atuais têm e que são diferenciais importantes:
Mesmo com tantas opções e facilidades para a aquisição de duchas e chuveiros, um fator tem que ser levado em consideração, especialmente na hora de aproveitar o seu banho. O Nordeste vem passando por um período de forte seca, fenômeno que também começa a afetar outras regiões do Brasil, como São Paulo, e a economia de água é fundamental. Uma dica importante é saber dosar bem o tempo com o chuveiro ou a ducha abertos para evitar o desperdício. Como se sabe, e isso já vem há muito tempo sendo divulgado, na hora do banho só devemos deixar a água ligada na hora de tirar o xampu ou o sabonete do corpo. É preciso evitar que o desperdício seja uma das causas para, no futuro, a distribuição de água ser racionada e o acesso a esse liquido fique cada vez mais restrito.
REGULAGEM DE TEMPERATURA: EXISTEM MODELOS COM ATÉ SETE POSIÇÕES. ESCOLHA OS QUE TÊM PELO MENOS QUATRO, PRINCIPALMENTE SE SUA FAMÍLIA É NUMEROSA, O QUE COM CERTEZA GERA ESCOLHAS DIFERENTES NA HORA DO BANHO; ESPALHADOR OU PRATO: OS MAIORES PROPORCIONAM MAIOR COBERTURA PELO CORPO, OS MENORES TEM O JATO MAIS CONCENTRADOS; TIPOS DE JATO: ALGUNS MODELOS TEM REGULAGEM DO JATO EM DIREÇÕES E FORÇAS DIFERENTES; DESIGN: FIQUE ATENTO ÀS INOVAÇÕES COMO FIOS EMBUTIDOS, RESISTÊNCIAS EM REFIL QUE SÃO MUITO MAIS SIMPLES DE SEREM TROCADAS E MATERIAIS ISOLANTES QUE EVITAM CHOQUES; SEGURANÇA: OBSERVE SEMPRE SE O CHUVEIRO OU A DUCHA SÃO CERTIFICADOS PELO INMETRO.
Curiosidade Uns adoram, outros nem tanto. O banho quente é uma opção que tem muitos fãs, mas também tem pessoas que são totalmente contra e não fazem uso dele em hipótese alguma. Apesar de ser bastante relaxante, o banho quente gera alguns problemas para a pele. Segundo os dermatologistas, a água muito quente pode fazer com que a pele fique ressecada e perca um pouco da capacidade de hidratação. A dica, que serve não só para resolver o problema do ressecamento da pele, é diminuir um pouco o tempo debaixo d’água, o que além de contribuir para a manutenção das características naturais da pele e do cabelo ajuda a economizar água.
APÓS A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, O AQUECIMENTO A GÁS FOI INTRODUZIDO NOS ESTADOS UNIDOS E NA EUROPA. NO BRASIL ISSO AINDA ERA PRATICAMENTE INEXISTENTE E FOI AÍ QUE, EM 1940, SURGIU NO PAÍS A IDEIA DE UM CHUVEIRO ELÉTRICO. ENTRETANTO, O APARELHO NÃO ERA MUITO SEGURO, UMA VEZ QUE NÃO POSSUÍA UMA ISOLAÇÃO EFICAZ. FOI NA DÉCADA DE 60 QUE, COM O USO DO PLÁSTICO, OS CHUVEIROS SE TORNARAM MAIS SEGUROS.
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REALIDADE
Sanear QUALIDADE DE VIDA
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É
consenso de que a rede de esgotos em uma cidade é sinônimo de melhor qualidade de vida para as pessoas que vivem nela. Não faltam estudos que comprovam que o investimento em melhoria da rede coletora de dejetos significa uma diminuição nos gastos com saúde que possam vir a aparecer em outras ocasiões. Dessa maneira, se torna necessário aumentar exemplos como o de Campina Grande, que vem mantendo um dos índices de oferecimento de saneamento básico para a maior quantidade de domicílios. Esse tipo de política coloca a cidade paraibana como uma das melhores ranqueadas em toda a região Nordeste nesse quesito. Segundo dados divulgados pelo Instituto Trata Brasil, uma das entidades que realiza rotineiramente pesquisas sobre esse tema, Campina Grande é a quarta cidade da região Nordeste com melhor rede de tratamento de esgotos, e a 47ª cidade em todo o país. A cidade tem quase 80% de todas as suas residências com ligação de esgoto funcionando, eliminando métodos mais antigos como a coleta de fossas, por exemplo. Com esse tipo de serviço
atendendo cada vez mais moradores, uma série de benefícios nas áreas da saúde pública e também da qualidade de vida nos centros urbanos tem sido alcançados. “O que nós percebemos é que os gestores, sejam nos níveis municipal, estadual ou federal, devem entender que o dinheiro que se coloca no tratamento do saneamento público não pode ser encarado como gasto, mas sim como investimento, principalmente na área da saúde. Estudos de várias entidades, inclusive da Organização Mundial da Saúde (OMS), comprovam que cada centavo investido nessa área representa uma economia mais na frente, porque evita que os moradores tenham contágio por doenças e males que, geralmente, são bem comuns em locais onde não existe tratamento de esgoto, ou onde os dejetos humanos acabam sendo desprezados de maneira descontrolada ou desorganizada”, comentou o médico sanitarista Plácido Pereira.
Encanamentos
Campina Grande é a quarta cidade da região Nordeste com melhor rede de tratamento de esgotos, e a 47ª cidade em todo o país. A cidade tem quase 80% de todas as suas residências com ligação de esgoto funcionando.
Para realizar de maneira correta os procedimentos para a instalação do
Estação de tratamento localizada em Chicago nos Estados Unidos
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OS ESTADOS UNIDOS E A MAIOR PARTE DOS PAÍSES EUROPEUS JÁ RESOLVERAM O PROBLEMA DA COLETA, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DO ESGOTO SANITÁRIO HÁ MUITAS DÉCADAS. EM ALGUNS PAÍSES, HÁ MAIS DE UM SÉCULO. OS INVESTIMENTOS NESSES PAÍSES ATUALMENTE SÃO NA MODERNIZAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DOS SISTEMAS JÁ IMPLANTADOS. esgotamento sanitário em uma obra de construção civil, um aspecto importante que tem que ser levado em consideração é a escolha do tipo de cano mais adequado ao seu empreendimento. Com a diminuição de fontes de água e o rápido crescimento da população urbana, as comunidades e os países estão a ser solicitados para investigar alternativas de recursos hídricos. O transporte de água através de sistemas de transporte tubular tem sido uma opção válida. Estas sólidas e pesadas tubulações bombeiam a água desde uma grande fonte e transferem-na ao longo de grandes distâncias para áreas com necessidade. A finalidade deste sistema é transportar águas superficiais ou subterrâneas, sem causar erosão e reduzindo as possibilidades de evaporação.
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Estas secções tubulares possuem um largo diâmetro e podem fornecer água para populações e indústrias a curtas e longas distâncias. Podem ser instaladas no subsolo ou à superfície, e usadas para o transporte de água doce e escoamento de águas residuais. A água é transportada através das tubagens com o auxílio de bombas e da força da gravidade. Na engenharia moderna da água, enquanto as tubagens de cobre são usadas para a canalização interior, as de grande diâmetro, e sujeitas a elevadas pressões de água, podem utilizar aço, ferro fundido ou betão. Quando tubos metálicos são utilizados para transportar água potável, o interior do tubo tem frequentemente um revestimento de plástico ou de cimento para evitar a ferrugem, que levaria à uma deterioração
da qualidade da água. O exterior dos tubos metálicos também é revestido com um produto de asfalto e isolados de modo a reduzir a corrosão, devido ao contato com certos solos. Vale lembrar ainda que durante muito tempo, principalmente em tubulações que eram instaladas nas cidades, se utilizava um tipo de material chamado amianto, que é uma espécie de cimento também utilizado na construção de telhas, só que com uma composição diferente, e que traz uma série de malefícios para a saúde humana, inclusive com o aumento da possibilidade de desenvolvimento do câncer. No entanto, nos últimos anos, os órgãos reguladores da saúde no Brasil decidiram impedir a utilização desse material, evitando novos casos dessa doença tão temível.
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MATERIAIS
Telhas SAIBA COMO ESCOLHER A MELHOR OPÇÃO DE COBERTURA PARA A SUA CONSTRUÇÃO
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ma das partes mais importantes de uma obra é o telhado. Naturalmente, é um dos últimos locais da construção que vai ser colocado no lugar, já que se trata da cobertura do imóvel. Mas é exatamente por esse aspecto que os telhados e coberturas são tão importantes e precisam de todo o cuidado na hora da execução. Embora em muitas construções só se pense em escolher as telhas e o telhado da casa quando a edificação já está quase pronta, o ideal é que a cobertura seja planejada desde o início do projeto. Na elaboração do projeto, o engenheiro faz a escolha de que tipo de cobertura será utilizada levando em consideração todos os aspectos envolvidos na obra. As pessoas têm por costume valorizar a parte estética muito mais que a parte estrutural. No entanto, segundo o engenheiro civil Thiago Rocha, a parte estética é somente um dos últimos fatores que devem ser analisados. “Quando se vai executar um projeto de construção, o telhado é uma das partes que tem que ser levado em consideração e receber um cuidado especial. Temos vários tipos de materiais que servem para finalizar uma obra. Esses materiais vão desde as tradicionais telhas, que atualmente o mercado disponibiliza modelos dos mais diversos, até forros de PVC, que tem se tornado uma grande tendência nos últimos tempos, lajes de concreto e outras opções. O que se deve levar em consideração, além da parte estética, que sempre tem sua
Dependendo do clima da região, a cobertura tem que receber uma atenção apropriada para impedir que a residência, ou estabelecimento comercial, se torne muito quente ou então muito frio. Thiago Rocha ENGENHEIRO CIVIL
importância até mesmo na hora do acabamento da obra, é o local onde vai ser erguido o imóvel. Dependendo do clima da região, a cobertura tem que receber uma atenção apropriada para impedir que a residência, ou estabelecimento comercial, se torne muito quente ou então muito frio”, comentou o especialista. Para evitar incômodos com as mudanças do tempo – ventanias ou calor
excessivo, é muito importante seguir a recomendação do fabricante quanto a inclinação indicada no produto. A instalação também é essencial: as bordas das telhas devem ser fixadas à estrutura do telhado. O ideal é estudar bem o projeto e a região para fazer a escolha do tipo de telhado mais apropriado para a sua construção.
Dicas Seguem algumas dicas que podem valer muito na hora da escolha do seu telhado: LEVAR EM CONTA A INCLINAÇÃO DO TELHADO: NAS TELHAS HÁ A INFORMAÇÃO SOBRE GRAU DE INCLINAÇÃO QUE SÃO INDICADAS. SE USAR UMA COM MAIS OU MENOS INCLINAÇÃO DO QUE O INDICADO PARA O TELHADO VAI ENTRAR CALOR, ÁGUA, VENTO. POR EXEMPLO, SE A TELHA EXIGE UMA INCLINAÇÃO DE 5%, SE FOR INSTALADA EM 40% VAI SER ARRANCADA FACILMENTE PELO VENTO; OBSERVAR SE O PRODUTO É HOMOLOGADO PELA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT); ANALISAR SE O TIPO DE TELHA COMBINA COM O FORMATO DO TELHADO E O ESTILO DE CONSTRUÇÃO; POR ÚLTIMO, A QUALIDADE DO MATERIAL VAI INFLUENCIAR NA DURABILIDADE DO PRODUTO. PORTANTO ESCOLHA O TELHADO PELA SUA APLICABILIDADE E RESISTÊNCIA E NÃO APENAS PELO PREÇO.
Os telhados brancos são ideais para regiões quentes, pois refletem a luz do sol Alguns telhados precisam ser instalados com inclinação especial
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Tipos de telha
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Cerâmica
Fibrocimento
PVC
As telhas cerâmicas são boas opções para construções menores, como casas e sobrados. São encontradas nos modelos colonial, paulista, plan, francesa, romana, portuguesa e duplana, que variam em relação ao peso, às dimensões e ao consumo por metro quadrado. Alguns produtos são esmaltados e outros banhados com resinas que evitam a formação de fungos e bactérias e aumentam a durabilidade das peças.
São a versão moderna das antigas telhas de amianto. Bastante versáteis, têm modelos indicados tanto para construções mais simples quanto para grandes obras. As telhas onduladas são bastante populares, com peso variando de 11,5 kg a 65 kg, dependendo das dimensões e da espessura (5 mm, 6 mm ou 8 mm).
Matéria-prima tradicional de tubos e conexões para água fria, o PVC também é usado na fabricação de telhas. As peças são encontradas em placas com perfis que imitam as telhas coloniais, além de modelos ondulados e trapezoidais. Destacam-se pela leveza - uma placa de 2,30 m de comprimento e 0,88 m de largura pesa cerca de 10 kg. As peças são fixadas com parafusos a estruturas metálicas ou de madeira.
Madeira
Policarbonato
Polipropileno
Dão um tom mais rústico às construções. Uma telha de 40 cm de comprimento por 20 cm de largura pesa apenas 0,5 kg. O consumo é semelhante ao das peças cerâmicas e de concreto - cerca de 10 unidades/m², mas sua instalação é mais complexa, pois todas as telhas devem ser pregadas. Para garantir sua durabilidade, as peças passam por tratamento antifungo.
Propiciam passagem de luz em coberturas com telhas de fibra ou fibrocimento. Também podem ser utilizadas em toda a cobertura, como no caso de garagens e jardins de inverno. As telhas apresentam transparência de até 90%, resistência a impactos (200 vezes maior do que o vidro) e à ação dos raios solares.
Os modelos ondulado e trapezoidal são os mais comuns, aplicados em obras residenciais, comerciais e industriais. São resistentes aos raios solares e apresentam 70% de transparência. Encontradas em peças com 1 m e 1,2 m de largura e comprimento variável de 1,1 m a 6 m.
Concreto
Vidro
Fibras
Comparadas às telhas cerâmicas, são resistentes às condições climáticas do litoral e ao granizo. Produzidas em diversas cores, também podem servir como elemento de decoração do projeto. São um pouco mais pesadas do que as peças cerâmicas, mas podem apresentar maior resistência mecânica, o que minimiza as chances de quebra durante o transporte e a instalação.
Criam passagens de luz em coberturas com telhas de cerâmica ou de concreto. No mercado há peças compatíveis com diversos modelos. Em telhados sobre forros, podem ser usadas para evitar que animais de hábitos noturnos (morcegos, ratos, baratas etc.) utilizem o local.
As telhas ecológicas são feitas de fibras vegetais a partir de material reciclado. Há no mercado modelos para a cobertura residencial ou comercial e para construções sem forro, como varandas e beirais. Vêm coloridas de fábrica, mas aceitam pintura. Por serem leves - uma peça de 2 m x 1,05 m pesa cerca de 7 kg - essas telhas exigem uma estrutura menos robusta para sua sustentação, resultando em economia de madeira.
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AGENDA
2014
20/11 a 23/11
12ª FETECH
LOCAL
Campina Grande (PB)
INFORMAÇÕES
www.paqtc.org.br
Após 16 anos, a feira retorna com o desafio de provocar uma reflexão sobre a nova dinâmica de desenvolvimento, num mundo mais conectado, mais orientado à economia do conhecimento, mais global. Segmentos: TIC´s, Energia, Automotivo, Saúde, Educação, Petróleo e Gás, Construção Civil e Biocombustíveis.
2014
25/11 a 26/11
INVESTE NORDESTE
Fórum de Investimentos no Brasil
LOCAL
Recife(PE)
INFORMAÇÕES
www.investenordeste.com.br
Investe Nordeste é o Expo-Fórum internacional totalmente dedicado a explorar as grandes oportunidades de investimentos, parcerias comerciais e trocas de tecnologias na região do Nordeste do Brasil.
2014
03/12
TENDÊNCIAS DE PRÁTICAS EM SUSTENTABILIDADE, INOVAÇÃO, BIM E INDUSTRIALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO Este encontro irá abordar as atuais tendências na área de sustentabilidade, inovação, BIM e industrialização da construção, e trazer experiências e práticas de profissionais renomados e empresas líderes da construção que estão empenhados em desenvolver projetos e soluções diferenciadas para alinhar suas empresas, empreendimentos e obras às novas necessidades e exigências do mercado e sociedade.
2015
20/01 a 22/01
BUILDERS’SHOW
LOCAL
São Paulo (SP)
INFORMAÇÕES
www.eventoscte.com.br/eventos/tendencias-e-praticas-em-sustentabilidade-inovacao/
LOCAL
(itinerante) EUA
INFORMAÇÕES
www.buildersshow.com
Evento destinado aos interessados nas áreas de construção leve, comercial e residencial, automação em robótica, produtos e equipamentos diversificados, desde materiais básicos de construção até decoração e acabamentos e aparelhos domésticos.
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2015
10/03 a 14/03
FEICON BATIMAT
LOCAL
São Paulo (SP)
INFORMAÇÕES
www.feicon.com.br
21º Salão Internacional da Construção
A FEICON BATIMAT é o evento referência para o setor da construção civil na América Latina. O encontro ideal para a geração de negócios das grandes marcas com os seus principais revendedores e distribuidores, para apresentação de lançamentos, produtos e novas tecnologias.
2015
28/05 a 31/05
FECONATI
LOCAL
Atibaia (SP)
INFORMAÇÕES
www.shcu2014.com.br
Feira da Construção de Atibaia
A Construção Sustentável está em total crescimento no país, a Feconati cumpre sua missão ao demonstrar, promover suas atividades, no conceito e na prática, buscando a minimização dos impactos ambientais negativos, bem como ser uma multiplicadora deste conceito.
2015
09/06 a 13/06
M&T EXPO PEÇAS
LOCAL
São Paulo (SP)
INFORMAÇÕES
www.mtexpo.com.br
Feira e Congresso de Tecnologia e Gestão de Equipamentos para Construção e Mineração Considerado o maior evento de negócios do setor na América Latina e uma das principais exposições do segmento em nível mundial, a M&T Expo Peças e Serviços, promovida a cada três anos, tem sua trajetória bem-sucedida ligada diretamente à evolução da área máquinas DEZ -de JAN - FEV 2015no Brasil.
2015
21/10 a 24/10
INTERCON 2015
LOCAL
Joinville (SC)
INFORMAÇÕES
www.feiraintercon.com.br
12ª Feira e Congresso da Construção Civil
A Intercon 2015 vai explorar os conceitos do bem estar, da boa saúde, da sustentabilidade sócio-ambiental, da moradia inteligente, da segurança patrimonial, da acessibilidade, entre outros altamente desejados.
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MORAR BEM
Pet CUIDADOS NA ESCOLHA DE UMA CASA PARA O SEU CACHORRO
102 114
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izem que o cachorro é o melhor amigo do homem. E quem tem cão costuma tratar os bichos como filhos, tanto pelo carinho, quanto pela educação. Dentro dos cuidados com o animal, o ambiente para o descanso dele deve ser um item bem planejado, pois o lar do peludo é de extrema importância para o seu bem-estar e desenvolvimento. Segundo Rafaela Alves Dias, médica veterinária, “assim como a nossa casa, a casinha do cachorro é o local onde ele mais se sente protegido, evitando se submeter a agressões externas como sol, chuva, frio, além de ser o seu principal local de descanso/sono”. Também é importante que o animal seja acostumado desde filhote a ficar no seu “cantinho”. As casinhas para cachorros funcionam como verdadeiras tocas e, por isso, eles adoram-nas. Nelas, sentem-se protegidos, seguros e realizados. Entretanto, é muito comum encontrarmos casas de má qualidade para cães, que duram pouco e que não resistem à luz do sol e da chuva. Diante disso, uma ótima opção é que ela seja construída pelo dono ou que ele contrate o serviço de um marceneiro. Mas se o que deseja mesmo é comprar um modelo pronto é necessário atentar-se para o tamanho, o conforto, bem-estar e segurança. Para escolher o lar do animal, segundo a veterinária Rafaela Dias, deve-se levar em consideração,
primeiramente, o tamanho do animal, pois quando ele ficar adulto também precisará de um espaço adequado em sua moradia. “O tamanho ideal da casinha deve ser aquele em que o animal consegue ficar confortavelmente em pé, deitado e ainda dar volta em si, como o movimento de rotação da Terra. Caso o animal seja filhote, deve-se considerar o tamanho provável que ele chegará quando adulto, a não ser que prefira trocar o lar dele quando crescer”. Além disso, deve-se dar atenção a ventilação no seu interior, para propiciar um local bem arejado ao animal. Em relação ao custo/benefício o material do qual é feito a casinha também deve ser levado em conta, visto que as construídas com tijolo são bem mais duradouras do que aquelas que são compradas. Mesmo existindo boas moradias de plástico, é recomendável a utilização das de madeiras nobres ou tijolos. As de plástico são as fáceis de limpar, pois além do próprio material, elas costumam possuir um telhado removível. Mas, há um ponto contra: o plástico possui menor resistência à mudança de temperatura, aquecendo e esfriando muito rapidamente, de acordo com o ambiente. Já as de madeira nobre ( jatobá, ipê, peroba etc), mesmo sendo as mais difíceis de limpar, duram mais e não costumam apresentar grandes problemas de cupins e bolor. As casas de madeira são melhores pelo fato de que esse material absorve o calor e também protege contra ventos e chuva.
No frio, por exemplo, o calor dos animais é mantido por mais tempo e esse é um grande ponto a favor da madeira. A casa de madeira não deve ser utilizada em situações onde vai ficar exposta ao sol e chuva, pois além de não promover um ambiente adequado para o animal ficar, vai se deteriorar mais rápido, além do inconveniente de atrair insetos como os cupins. Elas . devem ser protegidas com uma pintura adequada: verniz com filtro solar ou tinta apropriada para esse material, tanto na parte externa como na interna e também não devem possuir extremidades finas, como pontas, para que o animal não roa ou morda. A casa pode ser personalizada, usando tintas atóxicas que não prejudiquem o seu cachorro, será possível pintar a casinha combinando com a sua própria casa ou escolher um tema divertido. No acabamento interno, os cantinhos da casa são ótimos imãs para sujeiras. Por isso, recomenda-se que essas frestas possuam um tipo de enchimento, facilitando a limpeza. Em relação ao chão, é aconselhável que seja elevado, pelo menos 20cm do solo. Além de evitar a entrada de bichinhos que podem ser nocivos ao animal, também é essencial para evitar o frio e a umidade. Lembre-se de que a base é a fundação da casinha inteira e gera um espaço preenchido de ar entre o chão e o piso, que atua como isolante térmico. Uma casinha sem base é mais fria no inverno e mais quente no verão. Cães diferentes têm necessidades distintas, mas quase todo cachorro precisa de um espaço seco e isolado, que ele possa chamar de lar. O telhado, além de resistente para manter a casinha bem seca, pode ser acrescentado de telhas para um visual tradicional e sofisticado. É interessante que o telhado seja removível, para facilitar a limpeza e também a entrada de luz e sol ao ambiente do peludo. Procure fazer um telhado inclinado, o que permitirá que a chuva escoe. Se você pretende inovar no design, use e abuse da criatividade, mas esteja atento aos tipos de produtos, para que não prejudiquem a saúde e bem-estar do animal.
Projeto realizado pela empresa americana KVB Customs (www.kvbcustoms.com)
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Rafaela Alves Dias Médica Veterinária - CRMV/PB 1286 Mestre em Medicina Veterinária de Cães e Gatos Contatos: (83) 8821-0433 / 9997-5952
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