Construir & Cia - Edição 10 (Abril - Maio - Junho 2016)

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Paraíba Abr / Mai / Jun - 2016. Ano 4 - Nº 10

SAFRA

UMA EMPRESA CAMPINENSE MULTIFACETADA

Entrevista Carlos Alberto, o arquiteto que projetou o Parque do Povo

Iluminação

Calçadas

A manutenção da rede pública e as vantagens do LED

Saiba o que diz o Código de Obras de Campina Grande








ÍNDICE Dicas

LIMPEZA DE RALOS

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Entrevista

CARLOS ALBERTO ALMEIDA

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Materiais

TIPOS DE FECHADURAS

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Ecoeficiente

ECCO FILTROS

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Fique sabendo

QUALIDADE DAS ESQUADRIAS

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Ecoeficiente

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ILUMINAÇÃO EM LED Realidade

31

COMBATE AO AEDES AEGYPTI Fique sabendo

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APARTAMENTO DECORADO VIRTUAL Realidade

38

ILUMINAÇÃO PÚBLICA Materiais

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VIDROS COM PROTEÇÃO UV Materiais

COBERTURA DE GALPÕES

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Especial

A SAFRA TEM DE TUDO

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Materiais

PAINEL DE POLIESTIRENO EXPANDIDO

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Opinião

TIJOLO FEITO DE LIXO

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Opinião

TRANSFORMAÇÕES DE CAMPINA

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Opinião

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BIOCOMBUSTÍVEL DE MICROALGAS Materiais

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PARALELEPÍPEDO OU INTERTRAVADO Fique sabendo

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NORMAS PARA CALÇADAS Ecoeficiente

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O ASFALTO PODE SER ECOLÓGICO Realidade

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COMÉRCIO LONGE DO CENTRO Mercado

CRISE X CRESCIMENTO IMOBILIÁRIO

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Fique sabendo

LICENCIANDO SUA OBRA

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Agenda

DE OLHO NOS EVENTOS

78

Onde encontrar

EMPRESAS E PROFISSIONAIS

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EDITORIAL

Caro leitor,

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hegamos a nossa décima edição e assim como nas anteriores, estamos trazendo diversas novidades na área de arquitetura, construção civil, sustentabilidade e assuntos pertinentes à sociedade.

Campina Grande cresce a cada dia e com a sua evolução diversos bairros da cidade estão sendo considerados nobres. Vamos te explicar as características que definem isso. E ainda falando sobre bairros, conversamos com um corretor de imóveis para entender a crescente construção e busca por salas comerciais em locais mais distantes do centro. Ainda falando sobre o crescimento da Rainha da Borborema, trouxemos uma matéria sobre a modernização da iluminação pública da cidade e outra abordando a questão das calçadas da cidade. Você sabia que a Prefeitura Municipal de Campina Grande, através do Art. 221 da Lei Nº 5410 do Código de Obras da cidade, define um padrão para as calçadas? Nesta edição, falamos também de uma empresa eclética que, desde 2010, tem sido referência em todos os setores da construção civil em Campina Grande. A Safra Material de Construção, além de vender todos os tipos de materiais para uma obra, também trabalha com licitações, construções, reformas e locação de máquinas pesadas. Em períodos chuvosos, diversas cidades sofrem com as enchentes e poluições de rios. Pensando em solucionar esse grande empecilho a empresa NET SENSORS criou um ótimo sistema. A gente o apresenta a você. E na entrevista dessa edição, nossa equipe conversou com o arquiteto e engenheiro civil Carlos Alberto de Almeida, que ao longo de mais de quatro décadas de trabalho já assinou inúmeras obras de destaque na Rainha da Borborema, como o Parque do Povo e o Garden Hotel. Em um bate papo descontraído ele nos contou sua descoberta pela arquitetura, sua volta à terra natal e como enxerga o mercado que atua no cenário econômico atual em que vivemos. À você, caro leitor, uma ótima leitura!

EXPEDIENTE PUBLISHER

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

TIRAGEM

Cícero Cezar A. Campos

Marçal Targino

6.000 exemplares

EDITOR CHEFE

Geneceuda Monteiro DRT. 1641

FOTOGRAFIA

Cesar di Cesario

PRÉ-PRODUÇÃO

DISTRIBUIÇÃO

Claudioney Silva Cleide da Silva França

REPORTAGEM

Thaise Carvalho Isabelle Monteiro

Gratuita e Dirigida

REVISÃO

ANÚNCIOS

IMPRESSÃO

Isabelle Monteiro

Agência Script

Gráfica Moura Ramos

É uma publicação dirigida da Agência de Publicidade Script A revista Construir & Cia não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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ANUNCIE

(83) 99928.7734 (83)

98884.8831

Contato: Cícero Cezar agenciascript@yahoo.com.br

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OPINIÃO

Demóstenes Moura Assessor Administrativo

A Construir & Cia. é uma revista de importância, em termos de informação e de visual, além da qualidade gráfica. Está de parabéns toda a equipe desta brilhantes publicação!

Magela Filho

Engenheiro Sanitário e Ambiental

Kalina Lígia Empresária

A Revista Construir & Cia. é de excelente leitura e traz temas sempre relevantes para quem vai construir ou reformar. Tenho acompanhado todas as edições e só tenho elogios para a equipe envolvida. Parabéns!

ERRATA Edição nº 9: Sobre o círculo operário de Campina Grande

Escrevo para a Revista Construir & Cia porque vejo nela um veículo de comunicação inovador para o ramo da engenharia civil e ambiental. Existe sempre uma novidade, uma dica, uma lei para ser conhecida mais a fundo. É isso que a revista proporciona aos leitores: Informações essenciais para quem quer se manter atualizado com o ramo da construção civil e sustentável.

Na nossa edição anterior, por uma falha na edição, não informamos a fonte de consulta utilizada para desenvolver o texto publicado sobre o círculo operário de campina grande, fato este que provocou o desagrado de pessoas envolvidas no contexto citado. Ao passo em que nos desculpamos pelo constrangimento causado, convém publicitar que o texto anteriormente publicado foi baseado no relato escrito da Sra. Maria Rodrigues da Silva (D.Isaurina), o que constituiu, assim, uma visão unilateral de todo o processo que envolve o Círculo Operário, desde sua construção até os dias de hoje, não representando a opinião do autor do texto, tampouco dos editores da Revista Construir & Cia.

Sua opinião é importante

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Envie sua mensagem por e-mail para contato@construirecia.com.br

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DICAS

Ralos SAIBA COMO MANTÊ-LOS LIMPOS UTILIZANDO SOLUÇÕES CASEIRAS, COLABORANDO COM O MEIO AMBIENTE E EVITANDO TRANSTORNOS

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á cerca de um ano, o engenheiro Victor Lima comprou um apartamento novo. Porém, depois de pouco mais de quatro meses, o ralo de um dos banheiros entupiu. A princípio ele achou que o motivo poderia ser entulhos da construção. Mas quando acionou a equipe de limpeza da construtora, seu problema foi logo resolvido.

PARA EVITAR O ENTUPIMENTO DOS RALOS

“Eu e minha esposa levamos um susto. Como um apartamento novo poderia já estar dando dor de cabeça? Mas assim que eles retiraram a tampa do ralo, viram uma grande quantidade de fios de cabelo e a gordura dos sabonetes e shampoos. Eles que estavam impedindo a passagem da água”, explicou Victor.

No caso do banheiro, jogue desinfetante no ralo e não o use por pelo menos duas horas.

Quase sempre é assim. Devido à grande frequência com que os ralos são utilizados, a sujeira e o mau cheiro acabam tomando conta se não há uma limpeza periódica. Por isso ela é tão importante. Anote as dicas!

No banheiro, misture o desinfetante com água sanitária e bicarbonato de sódio e despeje a mistura no ralo.

Ao tomar banho, retire os fios de cabelo que caíram no chão; Não jogue óleo e restos de comida no ralo da cozinha; Pelo menos uma vez por semana faça uma mistura com água quente, uma xícara de café de sal e uma xícara de café de bicarbonato de sódio e jogue no ralo da cozinha;

PARA MANTER OS RALOS SEM MAU CHEIRO Na cozinha, solte o sifão e lave-o com sabão;

CASO ESTEJA ENTUPIDO Retire primeiro tudo o que estiver visível,

como fios de cabelo e pedaços de sabão. Depois derrame bicarbonato de sódio e meia xícara de vinagre. Tampe o ralo com um pano e deixe agir por 30 minutos. Por fim, enxágue com água fervente. ATENÇÃO! Tente seguir as dicas e realizar pelo menos uma vez ao mês uma limpeza minuciosa. Caso isso não seja feito, seu ralo pode entupir e, o pior, talvez essas soluções caseiras não sejam mais suficientes para desentupi-los. Com isso, você será obrigado a recorrer a produtos mais fortes que não são ecologicamente corretos. FIQUE SABENDO • O bicarbonato de sódio é um químico alcalino que atua quebrando as partículas de gordura na tubulação do ralo; • O vinagre é acido e faz com que o bicarbonato de sódio espume, facilitando sua ação em toda tubulação; • Quando limpamos o ralo com soluções caseiras, colaboramos também com o meio ambiente.

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ENTREVISTA

Carlos Alberto A ARTE DE ARQUITETAR Por Thaise Carvalho

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arlos Alberto Almeida é natural de Campina Grande, mas durante parte da sua vida morou em São Paulo. Seu pai era funcionário público e foi transferido para a capital. E foi lá que suas linhas pela arquitetura começaram a se desenhar. Descobriu sua paixão por essa arte em uma reunião com os amigos, em um churrasco, onde estavam muitos profissionais dessa área. Em um bate-papo informal começou a conhecer detalhes do ofício, o que lhe despertou sua vocação. Em 1964, Carlos prestou vestibular para Arquitetura e Engenharia Civil na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em 1968, se formou e ainda em São Paulo atuou em sua área durante alguns anos. Antes da arquitetura, ele ainda trabalhou com vendas de livros e outros objetos, sempre conciliando o trabalho com os estudos. Atualmente, só aqui em Campina Grande, Carlos Alberto possui mais de 30 prédios executados, 250 casas, além de projetos como o Parque do Povo e o Garden Hotel.

Revista Construir & Cia. – Mesmo morando em São Paulo, o senhor sempre alimentou o desejo de voltar para sua terra natal. E conseguiu realizar seu desejo. Mas assim que chegou aqui conseguiu montar o seu escritório ou trabalhou em outros lugares? Carlos Alberto - Quando eu cheguei aqui foi difícil, o nordeste estava passando por uma crise, pior do que essa de Dilma. As pessoas me ofereceram para eu tomar conta de uma fábrica em Surubim e eu aceitei. Sendo que, depois de um ano, apareceram investimentos pela Caixa Econômica Federal e aí comecei a ser procurado para realizar alguns projetos. Foi então que voltei para Campina Grande. Revista Construir & Cia. – Lembra do seu primeiro projeto?

Eu sou um criador, eu sou um artista. Você admite um quadro de um artista ser feito por uma máquina? Então é o que eu faço é feito primeiramente a mão, com perspectiva. Carlos Alberto Almeida ARQUITETO

Carlos Alberto - Foi a casa do empresário Carlos Muniz, em Bodocongó. Revista Construir & Cia. – Qual sua especialidade dentro da arquitetura? Carlos Alberto - Bom, como arquiteto não tenho especialidade, eu faço de tudo. Igreja, túmulo, farmácia, lanchonete, cinema... Interiores eu faço pouco, faço mais edificações. Revista Construir & Cia. – Há professores de arquitetura que dizem que muitos jovens que entram no curso de arquitetura associam o curso principalmente à arquitetura de interiores, alguns deles até desconhecem as outras vertentes que um profissional da área pode atuar, ou

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seja, acabam conhecendo já dentro do curso. O senhor concorda? Carlos Alberto - Concordo. A arquitetura é uma escultura, cada forma de um prédio, cada volume é um desenho. A formação do arquiteto é muito eclética, então o aluno tem que ser mais bem preparado, tem que mostrar interesse. Ele tem que fazer viagens para conhecer de perto obras de arquitetura, estagiar, ir a congressos para falar a mesma linguagem, saber o que profissionais do país e de fora dele estão fazendo. Tem que estudar, tem que ler. Ninguém está lendo mais hoje, tudo agora é através do

computador que nos fornece muita coisa superficial, não é como o livro que nos apresenta coisas com profundidade. Revista Construir & Cia. – E com relação às suas ferramentas de trabalho, o senhor se adaptou às novas tecnologias? Carlos Alberto - Eu começo sempre por um papel, coloco minha ideia nele e peço para alguém passar para o computador. Eu sou um criador, eu sou um artista. Você admite um quadro de um artista ser feito por uma máquina? Então, o que eu faço é feito primeiramente a mão, com perspectiva. Hoje se faz tudo no computador, o arquiteto virou um “arquitécnico”. Minha participação humana é muito marcante, porque a gente gosta de criar, gosta de pegar o lápis e desenhar, fazer o trabalho. Depois vem a parte mecânica, a parte de digitação, plotagem, tudo isso é mecânica. Na escola onde fui formado, estudante só pega em computador no terceiro ano de faculdade. Antes disso, tudo tem que ser a mão. Revista Construir & Cia. – Em sua opinião, como anda o mercado de arquitetura? A crise afetou bastante, mais do que na época em que o senhor veio para cá? Carlos Alberto - Agora nós estamos passando por uma época atípica, porque muitas pessoas ainda não estão sofrendo, como médicos, mecânicos, um vendedor de peças de carro, por exemplo; Visto que, se um carro quebra, precisamos consertá-lo, não tem alternativa. Mas na nossa área afeta diretamente,

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principalmente as construtoras que são nossas maiores fontes de trabalho. Elas estão sem fazer prédios porque não tem quem compre. Revista Construir & Cia. – Entre seus principais trabalhos, quais o senhor mais gosta e poderia nos citar? Carlos Alberto - Parque do Povo e Garden Hotel. O Garden Hotel começou em 1986 e demoramos 10 anos para terminá-lo. Muito detalhamento. Na época eu montei um escritório dentro da obra. Nossa parte foi a arquitetônica, a pedido do Governo do Estado. Com relação ao Parque do Povo, aquilo era só mato, uma depressão enorme com uma palhoça grande e rústica. Aí o governador pediu para eu substituí-la, pensar em algo especial. Então eu fui estudar. Não saiu o projeto, fui fazer uma viagem para Recife, mas quando voltei já estava com a ideia da Pirâmide. Assim comecei a trabalhar, fiz até maquete, muito bonita, gostei do resultado. Com o passar do tempo, as pessoas pintaram a Pirâmide

de outra cor, diferente do que fizemos originalmente, e acabaram desfigurando a obra do arquiteto. Mas foi um espaço marcante no Parque do Povo, isso em 1986. Revista Construir & Cia. – Como nos contou, foram mais de 40 anos dedicados à arquitetura. Hoje o senhor é conhecido por inúmeros trabalhos e é inspiração para futuros arquitetos. Mas no início de sua carreira e durante ela, quais foram as ferramentas que utilizou para se fortalecer no mercado e se tornar um profissional conhecido? Carlos Alberto - Passei um tempo realizando palestras para divulgar o meu nome. Fazia viagens para congressos, cursos de atualização. Sempre fui interessado em minha profissão. Revista Construir & Cia. – Hoje em dia, ao longo de todas essas décadas dedicadas à Arquitetura, o senhor se sente uma pessoa realizada? Ou ainda há algo que almeja fazer?

Carlos Alberto - Tudo o que eu tinha que realizar eu já realizei. Tem muito arquiteto em São Paulo que não tem meu acervo. Mas isso também não quer dizer nada. Às vezes, é a experiência mesmo. De tanto fazer você fica sonhando com o projeto. Quantos serões já fizemos para entregar os projetos no outro dia? O tempo já estava pequeno e a gente trabalhando muito para vencer. E às vezes o projeto é assim. Você recebe uma encomenda e vai trabalhar em cima dela e não sai nada, mas aí vai dormir e quando acorda já está com ele pronto na cabeça, desvendado. Revista Construir & Cia. – Para o senhor arquitetura é arte? Carlos Alberto - É uma expressão do ser humano, como a dança, como a pintura, a música. Um professor meu dizia que a vida é árdua, mas a obra é alegre, ou seja, ele queria dizer que a vida é dura, mas o resultado é satisfatório, é bom, e toda obra tem seu encanto.

O arquiteto Carlos Alberto se orgulha de ter em seu portfólio projetos como o Parque do Povo e o Garden Hotel

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MATERIAIS

Fechaduras ESTÁ EM BUSCA DE SEGURANÇA PARA SUA CASA? VEJA COMO ESCOLHER A MELHOR FECHADURA PARA CADA AMBIENTE

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e acordo com o Mapa de Violência 2015, João Pessoa é a vigésima quarta cidade mais violenta do país e Campina Grande a centésima. E entre os maiores medos da população está o arrombamento de residências, com ou sem vítimas. Por isso, além de um sistema de alarmes e um cão de guarda, um item imprescindível que pode fazer toda diferença na segurança de uma casa é a fechadura de uma porta. Conheça agora os tipos e modelos ideais para cada local de sua residência. FECHADURAS COM CILINDRO Elas possuem um mecanismo de abrir e fechar e oferecem mais segurança por conta dos cilindros. São indicadas para áreas externas, porque a lingueta comandada pelas chaves são removíveis.

escolher a fechadura ideal é pela frequência de uso, grau de corrosão e, claro, grau de segurança. • Frequência de uso Quanto à frequência de uso, pode ser considerada leve, média ou moderada e pesada ou intensa. As fechaduras leves são acessíveis e finas, usadas em portas internas. As fechaduras médias ou moderadas são utilizadas em residências e escritórios. Já as fechaduras pesadas ou intensas são aplicadas em espaços públicos, hospitais ou centros de compras. • Grau de corrosão Quanto ao grau de corrosão ele é definido entre 1 e 4. O 4, por exemplo, utiliza materiais com alta resistência, geralmente instalado em casas de praia ou indústrias. Em uma casa simples, pode

variar entre 1 e 2. Isso dependerá do local em que a fechadura será instalada. • Grau de segurança O grau de segurança é dividido entre mínimo e máximo. Em uma fechadura, quanto mais material de qualidade for usado e cilindros, mais segura ela será. O grau mínimo de segurança pode ser utilizado em fechaduras para ambientes internos. O máximo em áreas externas, tanto de casas como de ambientes comerciais. ESCOLHENDO POR AMBIENTE Depois de conhecer os tipos de fechaduras existentes, seu grau de uso, corrosão e segurança, outro ponto importante é escolhê-las de acordo com o ambiente de sua casa. A porta principal, por ser mais exposta, requer mais atenção. Geralmente o

FECHADURAS DE EMBUTIR TIPO GORGES É o tipo mais antigo de fechadura. Nela o fecho ou lingueta aciona as partes integrantes da fechadura para abrir. FECHADURAS DE EMBUTIR TIPO CORRER Também conhecida como bico de papagaio, a fechadura de embutir tipo correr possui a lingueta em forma de gancho. É indicada para internas onde a segurança não precisa ser tão rigorosa. FECHADURAS DE EMBUTIR TIPO DE SOBREPOR É instalada na face interna da folha da porta. Indicada para portões. FECHADURAS ELETRÔNICAS Bastante utilizadas, as fechaduras eletrônicas funcionam por meio de uma senha, cartão magnético, chip ou biometria. Sem dúvida são mais resistentes e seguras. ESCOLHENDO PELO USO Outro

ponto

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imprescindível

para

Algumas pessoas reforçam a segurança das portas com o uso de cadeados

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tipo de fechadura mais utilizada é a de embutir, com grau de segurança alto. Além dela, profissionais indicam trincos de segurança e olho mágico.

não precisa ser tão alta, indica-se a fechadura de embutir tipo correr. Neste local ela também se tornará um item de decoração e nem tanto de segurança.

Já no portão de entrada e garagem a fechadura indicada é de sobrepor; junto com cadeados.

ESCOLHENDO POR TAMANHO DA MÁQUINA

Para portas internas, em que a segurança

A máquina ou miolo, parte interna de

uma fechadura, possui medidas diferentes. Aqui no Brasil as medidas são: 40mm, 45mm e 55mm. Outra medida que varia de acordo com as marcas é a do centro do buraco da maçaneta até o centro do buraco da chave. Na hora de trocar a fechadura da sua casa, verifique a medida para comprar outra do mesmo tamanho.

Dicas de segurança Tranque sempre portas e portões de sua casa;

Não os deixe abertos, nem por pouco tempo. Assaltantes agem justamente nesses descuidos;

Proteja janelas e basculantes com grades sólidas, de preferência instaladas do lado interno;

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Fique alerta à presença de suspeitos nas imediações de sua casa. Se precisar, ligue para a polícia;

Não deixe que estranhos entrem na sua casa, inclusive carteiros, leitores de hidrômetros, entregadores de gás, entre outros. Eles só farão isso avisando com antecedência ou já sendo aguardados pelo dono da casa;

Reforce a segurança nos fundos da casa. Geralmente os arrombamentos são feitos nesse local;

Não guarde muito dinheiro em sua casa e principalmente não diga a ninguém. Pessoas de fora podem ouvir e passar todas as coordenadas para criminosos;

Use cães adestrados na área externa da casa;

E caso viaje, avise a vizinhos ou familiares de confiança.

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ECOEFICIENTE

Sensor CONHEÇA A IDEIA SIMPLES E REVOLUCIONÁRIA DA NET SENSORS - SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS PARA CIDADE INTELIGENTES, QUE TEM DIMINUÍDO A POLUIÇÃO DOS RIOS E ENCHENTES EM CENTROS URBANOS DO PAÍS 24

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m muitas cidades, no período chuvoso, o problema é sempre o mesmo: bueiros entupidos. Seja por acúmulo de lixo ou de terra, centenas de ruas ficam alagadas, causando prejuízos enormes para a população. Cerca de 30% do lixo fica nas ruas e menos de 5% desse material é reciclado. Pensando em solucionar esse problema das grandes cidades, a empresa Net Sensors criou o ECCO filtro, um cesto coletor que retém os resíduos sólidos impedindo o entupimento dos bueiros. Atualmente o sistema funciona na capital de São Paulo, na Subprefeitura de São José dos Campos – SP e Campo Grande – MS. Em São Caetano do Sul – SP e grande Belo Horizonte já foram realizados testes com aprovação. Características O cesto coletor é feito de um material termoplástico reciclável, o polipropileno. Pode ser utilizado em vias públicas e privadas, em bueiros e bocas de lobo. Sua capacidade é de até 300 litros e um cesto tem a vida útil de 15 anos. Ecco Gestor Atrelado ao Ecco Filtro está o Ecco Gestor. Sua função é monitorar o volume de resíduos sólidos dentro do cesto coletor e enviar um alerta para a central de dados. Desta forma, quando o volume atinge o limite máximo do cesto, uma equipe de limpeza é acionada para fazer a retirada de tudo o que foi retido. Através do EccoGestor é possível programar uma limpeza de 40% a 90% de sua capacidade. Quanto à bateria colocada no cesto coletor, ela é feita de lítio, é recarregável e tem duração mínima de 120 dias em operação.

Já para os profissionais que estão fora da central de monitoramento há também um sistema que registra as atividades em campo, é o Ecco Gestor APP.

Benefícios Impede o entupimento de bueiros e bocas de lobo e a poluição em rios; Contribui com estações de tratamentos de águas e abastecimento; Facilita e dá qualidade ao trabalho dos profissionais que são responsáveis por retirar toda sujeira retida no cesto coletor; E reduz o custo de limpeza do bueiro, que geralmente é feita por R$29,38 e passa a ser R$13,70.

Fique por dentro De todo material retido pelo Ecco Filtro, muitas coisas podem ser recicladas, com a equipe especializada em ação. RECICLÁVEL – jornais e revistas, folhas de caderno, caixas de papel, cartazes, papelão, garrafas, copinhos, sacos e outros objetos de plástico, objetos de aço e alumínio, panelas, pregos, arames etc. NÃO RECICLÁVEL – Fitas adesivas, papel carbono, papeis higiênicos, papeis metalizados, guardanapos, fotografias, cabos de panelas, tomadas, embalagem de biscoito, pilhas, esponjas de aço, clips, grampos, filtros de ar de automóveis, espelhos, lâminas, porcelana e cerâmica.

Web e APP Depois que o cesto coletor é instalado nos bueiros e bocas de lobo junto com o EccoGestor, uma equipe especializada fica monitorando todas as unidades através de uma central. De lá controlam instalação, manutenção e produzem mapas e relatórios onde podem ser verificadas as regiões com maior e menor demanda, como também a qualidade dos bueiros e bocas de lobos em que os cestos coletores estão inseridos.

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O EccoFiltro tem capacidade para 300 litros e sua vida útil é de até 15 anos

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FIQUE SABENDO

Esquadria PARA O BOM DESEMPENHO E QUALIDADE DA ESQUADRIA, ELA DEVE ATENDER A NBR 10821 DA ABNT

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lementos essenciais na construção civil, as esquadrias asseguram o conforto térmico, vedação e segurança do ambiente, garantindo a proteção contra intrusos, luz natural e chuva. Para que uma esquadria tenha um desempenho adequado, independente do material que ela for feita, deve atender alguns requisitos de desempenho, previstos na NBR 10821 da ABNT. No geral, as esquadrias podem parecer muito semelhantes. Uma aprovada pela ABNT pode ser facilmente confundida com uma que não atende a todas as normas vigentes. Por isso, ao adquirir uma esquadria, a construtora ou o consumidor devem estar atentos ao projeto do produto e associá-lo à sua obra. De acordo com a ABNT NBR 10821, o desempenho das esquadrias é avaliado pelos seguintes ensaios: Verificação

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da penetração de ar; Verificação da estanqueidade à água; Verificação do comportamento quando submetido a cargas uniformemente distribuídas; e resistência às operações de manuseio. Os ensaios de verificação da penetração de ar avaliam o conforto térmico que a esquadria consegue oferecer, observando se o vento, que eventualmente venha a passar pela porta ou janela, está dentro das tolerâncias normativas. Já no ensaio de estanqueidade, a esquadria é avaliada quanto à sua resistência em tempos de chuva, através da aplicação de água com vazão constante e uma pressão de ensaio que é específica para a região do país onde será instalada a janela. Neste ensaio, a esquadria não pode apresentar infiltração que cause escorrimento pela parede do lado interno do ambiente. Ainda segundo a ABNT 10821, a esquadria deve ser submetida ao ensaio de cargas

uniformemente distribuídas, também conhecido como ensaio de deformação. Esse ensaio permite fazer uma verificação estrutural da esquadria através da aplicação de uma pressão simulando uma rajada de vento. O último ensaio avalia a segurança da esquadria perante o manuseio, observando se há deformação na folha a partir da aplicação de carga horizontal paralela ao seu eixo, num dos lados da janela, simulando uma pessoa apoiada na janela. A NBR 10821 é alvo de estudos constantes, que buscam sempre a melhoria na qualidade das esquadrias para a construção civil. Para acompanhar as mudanças e conhecer mais detalhes das normas que regem o bom desempenho das esquadrias em geral, está disponível na internet o site da AFEAL (Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio), que pode ser acessado através do link: www. afeal.com.br

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ECOEFICIENTE

LED A OPÇÃO MAIS EFICIENTE, ECONÔMICA E SUSTENTÁVEL DO MERCADO

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ada vez mais presente no dia-a-dia das pessoas, as lâmpadas de LED são consideradas a opção mais econômica, eficiente e sustentável, quando o assunto é iluminação, seja ela pública, privada, direcionada ou de qualquer outra forma possível. O LED (Light Emitter Diode – Diodo emissor de luz) está nas lanternas, nos flash das câmeras e smartphones, nos semáforos, nos equipamentos eletrônicos, nos televisores, na iluminação das casas e, agora, está se espalhando também na iluminação pública. O uso das lâmpadas de LED em larga escala já vem acontecendo em muitos países. No Brasil, em 2010, a Rua Avanhandava, no centro de São Paulo (SP), foi uma das primeiras do país a receber luminárias em LED, gerando uma economia de até 46% no consumo de energia elétrica. Esta iniciativa foi seguida por Campina Grande, na Paraíba, que desde o início de 2015 vem modernizando a iluminação pública da cidade, em sua maioria com a instalação de lâmpadas de LED. A questão quanto ao emprego dessa tecnologia é saber avaliar as características técnicas do produto para garantir a sua eficácia, durabilidade e baixo consumo ao longo do tempo. Mas por que o LED se tornou a melhor opção quando se trata de iluminação pública? Nós da Construir&Cia pesquisamos e vamos explicar tudo para vocês. Durabilidade - As lâmpadas de LED duram aproximadamente 25 vezes mais do que as lâmpadas incandescentes e três vezes mais do que as lâmpadas fluorescentes compactas. Em horas, isso equivale a aproximadamente 25 mil horas a mais de luz. Resistência – Elas são muito resistentes, sendo quase impossível quebrar uma lâmpada de LED. Mas, se acontecer, um revestimento especial impede que os cacos se espalhem pelo ambiente. Sustentabilidade - A tecnologia das lâmpadas de LED permite uma melhor relação com o meio ambiente, reduzindo a emissão de CO² no meio ambiente. Rapidez - As lâmpadas de LED alcançam seu brilho total instantaneamente e

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elas podem ser reguladas por meio de “dimmers”. Eficiência - Elas convertem 60% da energia elétrica que consomem em luz. Por isso, elas consomem muito menos energia elétrica, cerca de 50% a 80% quando comparadas a tecnologias mais tradicionais. Beleza – Você pode escolher se quer uma lâmpada mais branca ou mais quente, de acordo com o ambiente onde irá colocá-la. Algumas empresas já produzem, inclusive, lâmpadas de LED com várias opções de cores. Preço – Apesar de serem mais caras, as lâmpadas de LED se pagam com o tempo. E pela popularidade que estão ganhando, em breve o preço estará mais acessível.

Tipos As lâmpadas de LED estão se popularizando na iluminação das cidades, mas já são destaque quando se trata de tecnologia aplicada ao ambiente interno em diversos países. Por suas características de durabilidade, resistência e por sua beleza, várias marcas têm investido em opções para casas e ambientes fechados diversos. No geral, a maioria das lâmpadas de LED possuem pequenas aberturas para a dissipação de calor. Outra característica é que o vidro delas nunca fica quente, mas o circuito sim. Quanto mais fria for a lâmpada, maior a sua eficiência.

cor, com 15 opções de cores no controle remoto. Além disso, essas lâmpadas podem pulsar, piscar ou emitir uma luz de balada Philips Hue – Lâmpadas de cabeça chata e um transmissor de plástico redondo, que é conectado a seu roteador de rede. Dessa forma, você pode controlar o brilho e as cores dessas lâmpadas usando um aplicativo para iPhone ou para celulares que rodam Android – a partir de sua própria casa ou da internet, manualmente ou com hora marcada. Insteon – O impressionante dessa lâmpada é que cada uma consome apenas 8 watts. Além disso, também pode ser controlada através de um aplicativo no celular. Solução Greenwave – A potência dessas lâmpadas só chega a “40 watts”. Mas, o kit delas permite que você controle suas luzes de LED, através de um aplicativo ou de um controle remoto que o acompanha. Vem com configurações prontas, como “Home”, “Away” e “Night”, que desliga todas as luzes da casa com um toque. Podemos ver que as lâmpadas de LED por serem, além de econômicas, versáteis em suas características, são ideais para os mais variados projetos, sejam eles para ambientes externos, internos ou para a iluminação pública. Agora é procurar qual tipo mais se adéqua ao que você está planejando e investir nessa tecnologia durável e sustentável.

Conheça algumas características das lâmpadas de LED existentes no mercado, que têm atraído o consumidor que investe em decoração e construções mais modernas: LED 3M Advanced – As lâmpadas da 3M são pequenas e permitem que você obtenha uma luz multidirecional. No entanto, o vidro é revestido por um material reflexivo. LED Cree – As lâmpadas de LED residenciais da Cree fornecem iluminação equivalente à de uma lâmpada incandescente de 40 watts. Sua aparência é quase idêntica à das lâmpadas incandescentes. Torchstar – Cada lâmpada Torchstar vem com um controle remoto que pode ser usado para diminuir a iluminação, ligar e desligar as luzes, ou mudar sua

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REALIDADE

Dengue NO COMBATE AO MOSQUITO, COMO CUIDAR DAS CALHAS E BICAS DE SUA CASA?

A

doenças podem se reproduzir em qualquer local que tenha água parada. Vasos, pneus, garrafas e locais que nem sempre recebem a atenção devida, como calhas e bicas, devem receber atenção redobrada, principalmente em períodos de chuva.

Os mosquitos transmissores dessas

A revista Construir & Cia. conversou com a gerente de vigilância ambiental, da secretaria municipal de Saúde, Rossandra Oliveira, que nos explicou

Secretaria da Saúde intensificou em Campina Grande a ação de combate ao Aedes Aegypti. Diversas equipes estão visitando domicílios com o objetivo de detectar e exterminar criadouros e focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

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como acontece a ação dos agentes de saúde, a verificação de calhas e bicas e se há algum tipo de proteção que evite a proliferação do mosquito da dengue nestes locais. Construir & Cia. - Como estão sendo realizadas as ações dos agentes em 2016? Rossandra - No mês de janeiro realizamos

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mais de 102 mil visitas domiciliares, além de 150 peixamentos, 4 pit stop e 42 palestras. Recolhemos mais de 3000 pneus das vias públicas, fizemos 50 borrifações e trabalhamos em 383 casas abandonadas através de liminar. Resumindo, intensificamos todas as nossas ações. Construir & Cia. - Estão sendo encontrados muitos focos aqui em Campina Grande? Rossandra - No mês de janeiro foram encontrados 6798 imóveis com foco, elevando nosso índice para alto risco 6,6%, de acordo com a tabela do Ministério da Saúde, que considera acima de 3%, alto índice de infestação. Construir & Cia. - Quais os principais

lugares em que os mosquitos estão sendo encontrados? Rossandra - 84% dos focos foram encontrados em depósitos a nível de chão, e no peridomicílio, ou seja dentro e ao redor de nossas casas. Construir & Cia. - Com relação a calhas e bicas, a incidência é grande? Rossandra - Começa a nos preocupar, pois 3,8% dos focos encontravam-se nesses locais. Construir & Cia. - Quais os cuidados que os moradores precisam ter nestes locais (calhas e bicas)? Rossandra - Manter o hábito de sempre averiguar as condições e inclinação

para evitar acúmulo de água e sujeiras, além de lembrar que esse tipo de local é vulnerável para se tornar um criadouro do Aedes, pois como já falei, começa a chamar a atenção os números de focos encontrados nestes locais. Construir & Cia. - Há algum tipo de calha ou bica indicado para evitar a proliferação desses mosquitos? Rossandra - Na realidade um modelo que tenha uma boa inclinação, além da limpeza frequente, pois não vejo problemas nas calhas e bicas, mesmo porque em nossa região, onde sofremos com a crise hídrica, elas são importantes para captação de água das chuvas.

O AEDES AEGYPTI NÃO CONSEGUE VOAR EM ALTURAS MAIS ALTAS DO QUE 1,5 METROS E TAMBÉM NÃO É CAPAZ DE FAZER VOOS MAIS LONGOS QUE CERCA DE 200 METROS. NO ENTANTO, ISSO NÃO SIGNIFICA QUE ELE NÃO ALCANCE ANDARES MAIS ALTOS DE PRÉDIOS OU SE DESLOCAR PARA OUTROS BAIRROS OU CIDADES. POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, O MOSQUITO PODE SE LOCOMOVER “PEGANDO CARONA” EM UM ÔNIBUS OU CARRO E ATÉ MESMO SUBIR EM UM ELEVADOR.

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FIQUE SABENDO

Virtual INOVAÇÃO E INTERATIVIDADE ALIADAS REPRESENTAM REDUÇÃO DE GASTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Por Geneceuda Monteiro

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“P

ercebemos que no mercado da construção civil, por mais realistas que as imagens geradas por computação gráficas sejam, elas são só imagens, fotos ou vídeos, distantes da nossa realidade”. A constatação é do jovem empreendedor Bruno Pinheiro, da Wave – Estúdio de Realidade Virtual, para explicar sua motivação para desenvolver o projeto inovador “Apartamento Decorado Virtual”. O referido projeto chega ao mercado para agregar valor às tecnologias já existentes nas maquetes digitais, a exemplo das imagens foto-realísiticas e dos passeios virtuais, ou apenas para complementar os mesmos produtos básicos do concorrente. De acordo com o empreendedor, ele concorre diretamente com dois tipos de apartamentos decorados: aquele montado depois de pronto e o decorado, que é montado em uma área construída simulando o apartamento a ser vendido. Para Bruno Pinheiro, “em ambos os casos o gasto com móveis e eletrodomésticos reais é muito grande, podendo variar de 80 a 400 mil de acordo com os arquitetos consultados”. Alinhado às necessidades do mercado,

O comprador pode escolher em qual cômodo quer estar no apartamento e ter uma visão 360 graus do mesmo, pode inclusive ter acesso aos tipos de plantas e decorações disponíveis e ver as diferenças entre elas, presencialmente.

centers, feiras de imóveis, centrais de vendas e imobiliárias. “Ele faz com que o cliente da construtora sinta-se dentro do imóvel a ser construído, através de uma cabine com óculos virtual e fone de ouvido que possibilita uma visita virtual imersiva. Dessa forma, o comprador pode escolher em qual cômodo quer estar no apartamento e ter uma visão 360 graus do mesmo, pode inclusive ter acesso aos tipos de plantas e decorações disponíveis e ver as diferenças entre elas, presencialmente” , explicou Bruno. “O produto permite inclusive que o cliente possa pedir que o apartamento comprado já venha decorado, com móveis planejados, conforme escolhido na realidade virtual” acrescentou. Além do mais, a possibilidade que o cliente tem em optar entre pagar alto e ter um apartamento decorado real, ou pagar metade do preço ou menos e ter um decorado virtual imersivo é um diferencial bastante atrativo.

sobretudo nesse momento de crise, o “Apartamento Decorado Virtual” da Wave pode ser exposto em shopping

Para se ter uma ideia, a construção de edifícios - que é onde mais se solicita os serviços de maquetes eletrônicas - se manteve como o setor que mais contribuiu para o crescimento do valor corrente (R$ 153,2 bilhões) das incorporações, obras e/ou serviços, com participação de 42,8% do total em 2013. “Apresentamos

O “Apartamento Decorado Virtual” possibilita a interatividade do cliente em potencial com o futuro imóvel

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um produto de melhor custo/benefício, focado na qualidade e inovação que permite ao cliente estar, navegar e interagir com a realidade virtual da forma mais realística possível”. Tecnicamente, a Wave desenvolve um ambiente virtual, através de um conjunto de softwares, transformando-os em um jogo 3D. “No momento em que o ambiente deixa de ser “estático” e vira jogo, inserimos interatividade e, com isso, conferimos poder nas mãos do usuário. A partir daí ele pode escolher para onde olhar, qual detalhe quer ver, por onde quer andar. Se quer ficar no sofá assistindo TV, ou se quer ir na varanda

admirar a vista, alguns com certeza serão minuciosos e visitarão os banheiros” detalhou. “No apartamento decorado virtual temos a opção de colocar, digitalmente, a vista da janela ou varanda real, filmada através de drones, de cada andar, uma possibilidade inexistente no decorado real. Além da experiência maravilhosa de estar em um mundo virtual e poder ver as diferentes plantas possíveis do imóvel e algumas opções de decoração que permitam até serem escolhidas durante a compra do imóvel” pontuou. Em resumo, colocar o cliente dentro de um universo virtual, totalmente

animado, pode fazer toda a diferença antes da decisão de compra. É a constatação de que a inovação e a interatividade podem se aliar para alavancar as vendas das construtoras/arquitetos, além de promover a redução de custos, necessários na construção do apartamento decorado. Sobre a Wave – Estúdio de Realidade Virtual – trata-se de uma startup apoiada pela Incubadora Tecnológica de Campina Grande (ITCG), sediada na Fundação Parque Tecnológico da Paraíba. A empresa atua no desenvolvimento de maquetes e passeios virtuais foto-realísticos

SEGUNDO PESQUISA DA FORRESTER RESEACH, 3 A CADA 5 CONSUMIDORES GASTAM PELO MENOS 2 MINUTOS ASSISTINDO A UM VÍDEO QUE INFORMA SOBRE UM PRODUTO QUE ELA ESTÁ INTERESSADA EM COMPRAR. EM UM LEVANTAMENTO, 52% DOS CONSUMIDORES RESPONDERAM QUE UM VÍDEO AJUDA A TOMAR A DECISÃO DE COMPRA.

É possível visitar virtualmente os vários ambientes de um imóvel que ainda será construído

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REALIDADE

Pública O PAPEL DA ILUMINAÇÃO NAS CIDADES

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D

esde sempre, o homem precisou de luz para se manter ativo. Antes do advento da iluminação artificial, costumava-se aproveitar a luz do sol para a prática das atividades diárias. Hoje, com a iluminação pública das cidades, as pessoas trabalham tanto de dia, quanto à noite, sem se aterem tanto às diferenças entre a luz natural e a artificial. A iluminação pública tem ganhado cada vez mais importância e sido fonte de estudos mais complexos sobre suas influências sociais, econômicas e sobre a segurança nas cidades. Já se verificou, por exemplo, que nos locais onde a iluminação é mais eficiente, percebem-se uma significativa redução da criminalidade e uma maior interação da sociedade com o meio.

Mas desse total, aproximadamente 9 milhões precisam ser renovados e outros muitos necessitam ter suas instalações trocadas. Em Campina Grande, uma das mais importantes cidades do interior do Nordeste, a iluminação pública tem ganhado uma atenção especial da Prefeitura Municipal, que tem buscado renovar todo o parque de iluminação pública, desde o início de 2015, quando assumiu a responsabilidade por sua manutenção. “Nós estamos implantando novas iluminações por toda a cidade, pois entendemos que esse trabalho é a contribuição que a Prefeitura pode dar para reduzir os índices de violência na cidade”, explicou o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues.

Se formos mais a fundo na história da importância da iluminação para as cidades, podemos ver que já em 1415, a Inglaterra começou a utilizar a luz como uma solução para amenizar a violência em suas principais cidades. Hoje, diversos especialistas se referem à iluminação pública como uma grande aliada contra o vandalismo, o roubo e a violência.

Assim que assumiu a responsabilidade pela manutenção da iluminação pública, a Prefeitura executou ações de eficientização que, segundo a Prefeitura, já começam a dar resultados. Um dos primeiros locais beneficiados foi a Avenida Floriano Peixoto, no centro da cidade, que teve todos os seus postes substituídos por outros com iluminação em LED.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 15 milhões de pontos de iluminação pública.

Ainda no centro da cidade, as Ruas Desembargador Trindade e Venâncio

Atualmente, o Brasil conta com mais de 15 milhões de pontos de iluminação pública. Mas desse total, aproximadamente 9 milhões precisam ser renovados e outros muitos necessitam ter suas instalações trocadas.

Neiva também foram beneficiadas com iluminação em LED, o que reduziu significativamente a violência nesses

A iluminação pública tem sido uma grande aliada para a diminuição da violência nas cidades

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locais, segundo relatório levantado pela Prefeitura. Em 2015, a Avenida Brasília, uma das principais avenidas da cidade, porta de entrada para quem chega do litoral da Paraíba, também teve todos os seus postes substituídos e hoje conta com uma moderna iluminação toda com lâmpadas em LED. Já na Avenida Portugal, entrada da cidade para quem vem do Sertão, mais de 170 postes com lâmpadas de vapor metálico foram instalados, iluminando uma área de 5km, entre o Açude de Bodocongó e a comunidade de Lagoa de Dentro. Para 2016, segundo a Coordenação de Iluminação Pública, vinculada à Secretaria de Obras do município, o projeto de modernização da iluminação da cidade vai ser ampliado ainda mais. Desde o início do ano, os bairros José Pinheiro, Liberdade e Malvinas estão recebendo melhorias. Só no José Pinheiro, por exemplo, foram modernizadas 44 luminárias, situadas em toda a extensão da Rua Campos Sales, uma das principais vias do bairro. Na Liberdade, a Rua beneficiada também é uma das principais do bairro, a Odon Bezerra, que concentra grande número de pontos comerciais e movimentação de pedestres e veículos, e teve 36 luminárias modernizadas. Outro local que recebeu uma iluminação mais eficiente foi a rua Vigolvino Vanderlei, no bairro da Conceição, com investimento em 8 luminárias. As novas Avenidas que surgem na cidade também já estão na lista de uma

iluminação eficiente em busca de maior segurança para os cidadãos. A Avenida Argemiro de Figueiredo, por exemplo, que foi recém-duplicada, já conta com iluminação em LED nos dois viadutos, e no trecho que liga a Facisa à nova rotatória da Avenida. No bairro das Malvinas, segundo a Prefeitura, aproximadamente 150 luminárias foram modernizadas. Os locais beneficiados com uma iluminação mais eficiente foram as Avenidas das Umburanas, onde foram modernizadas 37 luminárias, e das Jabuticabeiras, que recebeu novos postes. Outras ruas do bairro que receberam melhorias na iluminação pública foram a Jamila Abraão Jorge, a Olinda, a Rua Garanhuns e a Rua Santarém. “Ainda para o bairro das Malvinas, também já autorizamos e foi licitada a instalação de um novo sistema de iluminação pública na Avenida Francisco Lopes, que seguirá até a comunidade do Jardim Verdejante. Nesta etapa também serão beneficiados os Sítios Lucas e Estreito”, ressaltou o Prefeito Romero Rodrigues. De acordo com a Prefeitura de Campina Grande, as ações de 2016 estão apenas começando, e vários bairros ainda serão beneficiados. Segundo a coordenação de iluminação pública, ainda no mês de abril, a Rua do Sol, no bairro de Santa Rosa, também terá sua iluminação modernizada, garantindo mais segurança para os moradores daquela região. No mês de maio, será a vez da Avenida Manoel Tavares, no Alto Branco, que terá sua iluminação trocada para lâmpadas de LED.

“Já licitamos e será iniciada no mês de maio toda a substituição e modernização da iluminação da Avenida Manoel Tavares, local onde é grande a movimentação comercial e queremos oferecer mais segurança a todos”, destacou o Prefeito. Campina Grande também já conta com uma moderna iluminação no acesso ao bairro das Cidades, em um trecho do acesso ao bairro Três Irmãs, no conjunto Raimundo Suassuna e no Acácio Figueiredo. Os acessos dos Distritos de São José da Mata e de Galante receberam novas luminárias e já foi licitada e autorizada a implantação da iluminação no acesso ao Distrito de Catolé de Boa Vista. Mas sabemos que a manutenção da iluminação pública precisa ser um ato constante, um trabalho diário, diante de toda a importância desse setor para o bom desenvolvimento das cidades. A iluminação pública, hoje, vai além da obrigação; faz parte da beleza, da segurança e do progresso urbano. Campina Grande está dando um grande exemplo no que diz respeito a melhorias no setor da iluminação, mas é preciso que todos os cidadãos participem, zelando pelo patrimônio público que, afinal, é mantido pelos impostos de todos os contribuintes. Por isso, vale estar atento às ações que envolvem esse setor. O papel das cidades é sempre buscar elementos novos e eficientes para a iluminação pública, que reduzam também o impacto ao meio ambiente. O papel da iluminação pública será sempre o mesmo: o de tornar a vida urbana pulsante em qualquer horário e local onde for preciso.

O Terminal de Integração de Campina Grande é outro ponto da cidade que conta com sistema de iluminação em LED

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MATERIAIS

Proteção INVESTIR EM VIDROS COM PROTEÇÃO UV JÁ É INDISPENSÁVEL PARA A SAÚDE

I

magina estar em sua casa, confortável e protegido dos raios UV, mesmo em dias ensolarados... Não é bem assim. Se os raios solares estão atravessando sua janela, provavelmente afetarão a saúde de sua pele. Para uma maior proteção da pele, mesmo estando dentro de casa e obter inúmeras outras vantagens de uma iluminação natural segura, surgiram os vidros de proteção solar. Fabricados para qualquer tipo de janela, porta, fachada e cobertura, esses vidros impedem a entrada dos raios UV (ultravioleta) e podem ser temperados, laminados ou em sua forma monolítica, filtrando os raios solares, diminuindo a entrada de calor sem afetar a luz natural, evitando o desbotamento de itens da casa pela incidência direta da radiação solar e protegendo sua pele. O vidro com proteção UV recebe uma camada metalizada em uma de suas faces, feita por um processo chamado pirolítico (on-line) ou de câmara a vácuo (off-line). No sistema on-line a camada metalizada é pulverizada com óxidos metálicos

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durante a fabricação do vidro float, plano. Já no processo off-line a chapa de vidro passa por uma câmara mantida a vácuo, onde recebe reposição de átomos de metal sobre uma de suas faces. Para quem procura proteção e privacidade há empresas que oferecem vidros com proteção UV com aspecto espelhado, inibindo a visão de fora pra dentro durante o dia, sem prejudicar a visibilidade no interior do ambiente. Para esta opção, estão disponíveis três cores: cinza, verde e champanhe. Há também a opção para quem procura o vidro clássico, que aproveita a luz natural e integra os ambientes interno e externo. Com este modelo o mercado oferece três cores: verde, azul e incolor. Hoje em dia investir em vidros com proteção UV é um bom negócio por vários motivos, dentre eles pela economia com ar condicionado e climatizadores, visto que eles diminuem a entrada de calor para o interior do ambiente em até 70%. Em ambientes assim, o custo com a energia diminui até 30%.

Vantagens • Filtra os raios solares em quase 100%; • Diminui a entrada de calor para o interior do ambiente em até 70%; • Não afeta a luz natural; • Evita o desbotamento de móveis, tecidos e estofados causados pela incidência direta da radiação solar; • Excelente custo x benefício; • Evita a exposição da pele aos raios UV.

Norma A aplicação do vidro com proteção UV deve levar em conta a norma técnica NBR 7199, que indica se o vidro deve ser monolítico, temperado, laminado ou insulado, ou se deverá ser combinado com outros vidros ou películas que agreguem mais funcionalidades, como segurança, autolimpeza ou isolamento acústico.

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MATERIAIS

Metal O BRASIL ESTÁ UTILIZANDO CADA VEZ MAIS A ESTRUTURA METÁLICA NO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL E PARA A COBERTURA DE GALPÕES ESTA É, SEM DÚVIDAS, A ESCOLHA PERFEITA

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O

Brasil está utilizando cada vez mais a estrutura metálica no ramo da construção civil e para a cobertura de galpões esta é, sem dúvidas, a escolha

perfeita

No ramo da construção civil o Brasil está investindo cada vez mais em projetos com estruturas metálicas. De acordo com o Centro Brasileiro da Construção do Aço – CBCA, o país utiliza cerca de 20% desse material no ramo de edificações. Se comparado a outros países como Estados Unidos (50%) e Inglaterra (70%), ainda há muito que crescer. Mas diversas construtoras estão saindo na frente por perceberem que trabalhar com estruturas metálicas traz diversos benefícios, entre eles, liberdade no projeto de arquitetura, menor prazo de execução e preservação do meio ambiente. Quando o assunto é construção de cobertura de galpões esse número também aumenta. A Revista Construir & Cia conversou com o engenheiro de produção Victor Serrano que atua neste ramo e explica o crescimento da estrutura metálica na fabricação de coberturas de galpões e as vantagens dessa escolha. Em sua opinião, a procura por estruturas metálicas para a construção de cobertura de galpões vem crescendo na Paraíba? Por quê? Sim. Porque há empresas se instalando em toda a Paraíba. Há também empresas que já estão instaladas e estão aumentando seus galpões e a maioria delas procura produzir galpões com estrutura

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metálica por seus benefícios. Quando comparado à construção convencional, quais as vantagens de se construir com estrutura metálica? A estrutura metálica é considerada uma obra mais limpa e ecologicamente correta, por deixar menos entulhos do que a construção civil convencional, além de ser 100% reciclável. É mais rápida de ser executada porque suas estruturas são feitas para serem montadas e encaixadas, com isso utiliza-se menos mão de obra. Alivia as cargas nas fundações, porque como são mais leves, as estruturas metálicas podem reduzir em até 30% o custo das fundações. Possui também garantia de qualidade. Enfim, são muitas vantagens. Como se dá o processo de fabricação de uma cobertura de um galpão? Primeiramente é elaborado o projeto com o projetista ou arquiteto e definido toda a matéria-prima junto com um calculista. Desse projeto são detalhadas todas as peças que compõem a cobertura do galpão. Em seguida, essas peças entram em linha de produção para serem preparadas, armadas e soldadas. Depois elas são finalizadas com acabamento e pintura. Por fim, são enviadas para o canteiro de obras, onde são montadas por uma equipe e maquinário especializados. E quanto à mão-de-obra, é necessário um grande número de profissionais ou o construtor também economiza nesse quesito? Isso irá depender do tamanho da obra

A estrutura metálica é considerada uma obra mais limpa e ecologicamente correta, por deixar menos entulhos do que a construção civil convencional, além de ser 100% reciclável.

e do prazo de entrega dela. Mas com certeza esse número será menor do que numa construção convencional, visto que a estrutura metálica é mais rápida de ser montada.

Vantagens • Liberdade no projeto de arquitetura: O uso de estruturas metálicas permite a criação de projetos arrojados, com expressão arquitetônica marcante; • Maior área útil: Os pilares e vigas de aço são mais esbeltos do que os de concreto e

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permitem um melhor aproveitamento do espaço interno e área útil;

40% quando comparado a processos convencionais;

•Flexibilidade: Com as estruturas metálicas é possível adaptar, ampliar, reformar e mudar;

• Racionalização de materiais e mão de obra: Enquanto uma obra convencional desperdiça cerca de 30% em peso, a estrutura metálica adota sistemas industrializados, reduzindo sensivelmente o desperdício;

• Compatibilidade com outros materiais: É compatível com qualquer tipo de material de fechamento, desde tijolos e blocos até componentes pré-fabricados; • Menor prazo de execução: Reduz até

• Alívio de carga nas fundações: Em até 30%;

• Capacidade de ser reciclado: O aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser desmontadas e reaproveitadas; • Preservação do meio ambiente: A estrutura metálica é menos agressiva ao meio ambiente, porque além de reduzir o consumo de madeira na obra, diminui a emissão de material particulado e poluição sonora geradas pelas serras e outros equipamentos destinados a trabalhar a madeira.

MAIS COMUMENTE, O FERRO – CONHECIDO POPULARMENTE COMO O AÇO MOLE – É O MATERIAL METÁLICO MAIS COMERCIALIZADO PARA A ESTRUTURA DE COBERTURA DE UM GALPÃO, SENDO ELE SOBREPOSTO POR TELHAS GALVANIZADAS, EM SUA MAIORIA, E COM CALHAS DE ZINCO PARA MAIOR SEGURANÇA E DURABILIDADE DA OBRA.

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ESPECIAL

Safra REFERÊNCIA EM MATERIAL DE CONSTRUÇÃO EM CAMPINA GRANDE 48

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C

ampina Grande, mesmo apesar da crise econômica pela qual vem passando o Brasil, continua crescendo no setor da construção civil. E na hora de reformar ou construir, os campinenses tem um nome em especial como referência de qualidade: Safra Material de Construção.

Entre esses diferenciais oferecidos pela Safra aos seus clientes, se destaca a rapidez na entrega dos produtos em todo o estado, uma maior garantia de qualidade de seus produtos e facilidades para o pagamento – a empresa dá 10% de desconto à vista em todos os produtos e divide em até 10x sem juros em todos os cartões.

Criada em 2010, a Safra surgiu com um novo conceito de vendas de material de construção, trazendo variedade de produtos e serviços. Hoje a empresa oferece produtos para todos os segmentos da construção civil e atende diversos tipos de mercado, proporcionando aos seus clientes atendimento e suporte diferenciados, de acordo com a necessidade da obra.

Entre os materiais oferecidos na loja da Safra, estão: Areia, pedras, brita, tijolos, telhas, madeiras e forros, cerâmica, instalação elétrica, arame e ferro, tubos e conexões, tintas e argamassas, portas, janelas e ferramentas. Do alicerce ao acabamento, a empresa oferece todos os materiais necessários para a execução de uma obra.

Hoje a empresa oferece produtos para todos os segmentos da construção civil e atende diversos tipos de mercado.

A loja da Safra oferece todos os tipos de materiais de construção, do alicerce ao acabamento

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A Safra conta com um amplo estoque de madeira, facilitando a pronta entrega ao cliente

A Safra também trabalha com locações de máquinas para a construção civil

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BENICIO MELO arquitetura e design

DETALHES BMDETALHES BM

fazendo o diferencial em seu projeto fazendo o diferencial em seu projeto

Fotos: César di Cesário


Rua Dom Pedro II, 479 SL. 03, Prata - Campina Grande - PB Fone: (83) 3063-1587 contato@beniciomelo.com

bmarquiteturaedesign

Benicio Melo

Foto: Marcelo Lopes Fotos: CĂŠsar di CesĂĄrio



MATERIAIS

EPS O USO DO PAINEL DE POLIESTIRENO EXPANDIDO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

E

le possui isolamento térmico, minimiza ruídos e, em alguns casos, substitui a alvenaria. O Painel de Poliestireno Expandido (EPS) já se tornou aliado da construção civil. Descoberto em 1949, na Alemanha, pelos químicos Fritz Stastny e Karl Buchholz, o EPS é feito de chapa de aço ou alumínio, com uma espuma rígida de ótima qualidade e durabilidade. É indicado para enchimento de lajes e fôrmas para concreto, construção de galpões industriais, divisórias internas e externas de escolas, canteiros e alojamentos de obras, construções comerciais e hospitalares, projetos modulares, paredes isolantes, sanitários e stand de vendas. O EPS é resistente, fácil de recorte, leve e durável, sendo um dos melhores materiais para preenchimento de rebaixos ou vazios necessários a vários tipos de construção. EPS TIPO F – Utilizado em áreas expostas ao oxigênio, já que a matéria prima recebe um tratamento antichama.

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EPS TIPO P – Ideal para locais onde o comburente não está presente. EPS TIPO CP – Possui densidade mínima, feito de material puro e material reciclado.

Instalação Os painéis EPS são produzidos e etiquetados com as dimensões e locais onde devem ser instalados. Possuem laterais com conexões do tipo macho e fêmea para que possam se encaixar perfeitamente, não dando vazão à passagem de ar. Na hora da instalação, eles são parafusados nas extremidades. Futuramente, quando alguma placa precisar ser trocada, é só desparafusar e fazer a substituição.

Vantagens • Economiza material e mão de obra • Possui resistência • Equilíbrio térmico

• Isolamento acústico • Estanque à água • É fácil de montar • Não gera entulho

Desvantagens • Não são todos os tipos de EPS que podem ser utilizados nas construções. Quando o poliestireno é expandido e exposto a uma temperatura maior que 80ºC o núcleo começa a se degradar. Neste caso, se for utilizar um EPS em locais em que possa haver combustão, o único indicado é o tipo F. • Nas construções com EPS é preciso blindar toda a parte elétrica para evitar qualquer contato. Além disso, esses paineis não podem ficar expostos ao tempo por um longo período porque podem perder suas propriedades. Também não podem entrar em contato com alguns materiais químicos, como tintas à base de solventes.

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OPINIÃO

TIJOLO ECOLÓGICO Uma alternativa ainda mais viável para a construção civil

Magela Barros gmagelabarros@gmail.com É Engenheiro Sanitarista e Ambiental formado pela UEPB e atuante na empresa Mundialtech - Inovações Tecnológicas

A tecnologia está sendo aperfeiçoada a cada dia e já tem mostrado resultados surpreendentes. O tijolo ecológico, produto da UBRS, tem apresentado em testes resistência mecânica à compressão maior que a dois tijolos comuns.

H

á milhares de anos, o tijolo já acompanha a engenharia. Mais precisamente, foi a cerca de quatro mil anos, na Mesopotâmia, que a escassez de pedra deu um grande impulso para o surgimento dos tijolos; os palácios de Khorsabad e de Sargão testemunharam a evolução desse material e mostram tijolos cozidos com secção quadrada de cerca de 30 cm de lado e com 5 a 10 cm de espessura, revelam tijolos com secção oval em pilares e até apresentam tijolos vidrados. Foi nesse tempo que o orgulho do homem levou-o a tentar desvendar o Universo, a subir cada vez mais, a imaginar a construção da torre de Babel em tijolo cozido.

A história só vem confirmar que a necessidade em se trabalhar os tijolos, aliando-o a uma alvenaria que o proteja contra as intempéries vem evoluindo com o passar do anos. As construções que os utilizam são locais que isolam o frio, o calor e o ruído, permitindo, inclusive, trabalhar com certo tom de estética moldada pelo próprio homem, de acordo com seu gosto. A Engenharia Ambiental tem papel preponderante no auxílio e na busca de novas alternativas para aperfeiçoar as construções, visando a menor utilização da matéria-prima e o fim das condições subumanas pelas quais passam trabalhadores em diversas cerâmicas espalhadas pelo Brasil.

Tijolo produzido a partir da engenharia reversa de resíduos sólidos

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Usina Beneficiadora de Resíduos Sólidos da MundialTech

Criada pelo pesquisador Romero Lima, a Unidade de Beneficiamento de Resíduos Sólido (UBRS) trabalha norteada por princípios da logística reversa, com o intuito de dar o destino mais correto aos resíduos que não estão aptos aos aterros sanitários, moldando-os em sua matriz polimérica e eliminando um grande problema na temática ambiental atual. A UBRS conta em seu sistema operacional com uma energizadora, onde os resíduos passam por altas temperaturas

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e são transformados, através de reatores, em diversos materiais para nossa construção civil, em especial, no tijolo ao qual tomamos como objeto de nosso estudo.

tijolo, variando quando a parede é feita exclusivamente de tijolos, ou quando o tijolo preenche apenas uma estrutura feita com outros materiais.

A tecnologia está sendo aperfeiçoada a cada dia e já tem mostrado resultados surpreendentes. O tijolo ecológico, produto da UBRS, tem apresentado em testes resistência mecânica à compressão maior que a dos tijolos comuns. De acordo com os estudos, essa resistência dependerá da aplicação do

Aliar as novas tecnologias ao conceito ambiental é papel de todo engenheiro seja ele de qualquer área da engenharia. O tijolo ecológico é motivo de orgulho para todos os envolvidos em sua concepção, pois ele é o futuro da construção civil, prevendo um desenvolvimento mais viável e sustentável.

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OPINIÃO

CAMPINA ONTEM E HOJE Alguns marcos no cenário da cidade ao longo do tempo...

Emmanuel Sousa sousa.emmanuel@hotmail.com É Bacharel em Administração e em Ciências Contábeis (UEPB), com especialidade em Contabilidade Pública e LRF (UNINTER/ FURNe) e CRC 10.070/PB; É também professor universitário na UNIP/CG e co-Criador e co-Editor do Blog “Retalhos Históricos de Campina Grande”.

O

prédio do Forum Afonso Campos foi uma obra do Governo do Estado da Paraíba, na gestão Pedro Gondin, em comemoração aos 100 anos de Campina Grande e, acreditem, havia uma Comissão do Centenário formada pelo Governador!!! A Comissão Executiva do Centenário era presidida pelo tribuno Vital do Rego e, entre os componentes, destacavam-se: Edvaldo do Ó, Noaldo Dantas, José Lopes de Andrade e Severino Cabral. No lançamento do Calendário de Obras para o Centenário de Campina Grande, o

então governador Pedro Gondin citou que “...edificar em Campina Grande é construir para a Paraíba.” Nosso Açude Velho sempre foi referenciado como “O” cartão-postal de Campina Grande! Hoje, mais do que nunca, possui alguns equipamentos que referendam esse título, como as estátuas de Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, o MAPP bem como o ‘novato’ Monumento do Sesquicentenário. Contando com a colaboração do fotógrafo Cláudio Góes podemos comparar o Ontem/ Hoje do local onde funcionara a saudosa Cervejaria 2002, no Açude Velho, com as

O então governador Pedro Gondin citou que “Edificar em Campina Grande é construir para a Paraíba.”

Atual situação do antigo Fórum Afonso Campos, construído pelo Governo do Estado em comemoração aos 100 anos de Campina Grande

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cgretalhos.blogspot.com Blog Retalhos Históricos de Campina Grande Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa Serviço de Utilidade Pública Municipal

Construção do Fórum Afonso Campos, em 1964

moderníssimas instalações do MAPP, o Museu de Arte Popular da Paraíba, projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemayer, realização da UEPB.

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O “2002” foi projetado pelo arquiteto campinense Renato Azevedo (*). Ao longo das décadas, outros estabelecimentos se sucederem a ocupar o local,

à exemplo do Restaurante Dom Luiggi, o mais recente antes da construção do MAPP.

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Vista do largo do Açude Velho na época do Restaurante 2002

Atual paisagem do mesmo local, com a presença do MAPP, inaugurado em 2012

(*) RENATO AZEVEDO Arquiteto, nasceu em Campina Grande/PB e faleceu em Receife/PE, em 04/06/1997. Formou-se em Arquitetura em 1968, pela UFPE. Dedicou-se intensamente ao Planejamento Urbano, sobretudo em Campina Grande. Foi autor de vários projetos, dentre eles: Canal do Prado, Parque Evaldo Cruz, Shopping Campina Grande, Avenida Canal, Avenida Manoel Tavares, Parque da Criança. Fonte Consultada: OLIVEIRA, Maria José da Silva. “DO DISCURSO DOS PLANOS AO PLANO DISCURSO: PDLI-PLANO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL INTEGRADO DE CAMPINA GRANDE 1970-1976”. Recife, 2005

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OPINIÃO

POTENCIALIDADE Produção de Biocombustíveis a partir de microalgas: alternativa para obtenção de energias renováveis

Geneceuda Monteiro geneceuda.monteiro@gmail.com Geneceuda Monteiro é Professora e Jornalista, com larga experiência em Assessoria de Imprensa na área de CT&I.

As microalgas se apresentam com grande potencialidade de se aliar às fontes de energias renováveis produzidas no Brasil, pois tais microrganismos - devido a espetacular riqueza presente na sua biomassa - podem produzir simultaneamente, o Biodiesel, Bioetanol, Biogás e o gás hidrogênio.

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e fato Campina Grande faz juz ao título de cidade da inovação, do conhecimento, da tecnologia. Basta dar uma passada nos laboratórios de suas universidades para que descubramos um lastro de projetos inovadores e com larga escala de aplicação em quaisquer outras regiões do país.

o tratamento do esgoto doméstico. Além de possibilitar a diminuição de contaminações dos rios, lagos e reservatórios de águas superficiais contribuindo, sobremaneira, com a redução do déficit de saneamento e do superaquecimento global, bem como, atuando na preservação dos recursos hídricos e na geração de energia renovável e sustentável.

Nesse artigo, em especial, chamo atenção para um projeto que está sendo desenvolvido na Universidade Estadual da Paraíba, no Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, coordenado pela professora Weruska Brasileiro que promove o saneamento através da produção de biocombustível a partir de microalgas .

Para o desenvolvimento do projejto, foi possível cultivar as microalgas Chlorella sp sem meio de cultivo sintético utilizando apenas águas de esgoto doméstico, favorecendo uma redução da carga poluidora deste tipo de esgoto superior a 70%, bem como o aumento da produção de lipídios, sendo estes últimos os responsáveis pela produção de biocombustível.

Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o projeto pretende gerar três fontes de biocombustíveis (Biodiesel, Biogás e Bioetanol) a partir do cultivo de microalgas utilizando águas residuárias oriundas de esgoto doméstico. A iniciativa, além de permitir a produção de energia limpa é uma alternativa sustentável para

Logo, como o biocombustível se destaca no cenário mundial e é representado em sua maioria pelos derivados de agricultura convencional, tais como: soja, milho, cana-de-açúcar. E considerando que seja pelos efeitos negativos causados ao meio ambiente ou esgotamento das reservas de combustíveis fósseis, é imprescindível e

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Profª. Weruska Brasileiro com seus alunos de Engenharia Sanitária e Ambiental (UEPB)

urgente a procura de fontes energéticas alternativas que sejam de custo competitivo com as atuais fontes de energia existentes e que por sua vez sejam renováveis, biodegradáveis, de produção limpa e não tóxicas. Dentro desse prisma, destacam-se os biocombustíveis que constituem recursos biodegradáveis, renováveis e estão associados com várias vantagens ambientais, uma vez que permitem a redução das emissões de poluentes, principalmente os gases de efeito estufa responsáveis pelo superaquecimento global. E para se ter uma ideia, o Brasil é o país que se destaca na produção de energia limpa e renovável com uma matriz energética de aproximadamente 45% de energia renovável, enquanto no mundo este valor não ultrapassa a 14% . Porém, esta energia renovável apresenta uma forte dependência da energia hidráulica para a produção de energia

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elétrica que atualmente vem sofrendo em manter a produção em especial na região Sudeste e Nordeste devido ao baixo nível dos reservatórios. Em função disso, para impedir o colapso de energia foram implantadas usinas termelétricas que por usarem combustíveis fósseis contribuem ainda mais com as emissões de gases de efeitos estufas. Entretanto, o Brasil possui outras fontes potenciais para produção de energia renováveis que precisam ser exploradas e estudadas com mais atenção. É nesse contexto que as microalgas se apresentam com grande potencialidade de se aliar às fontes de energias renováveis produzidas no Brasil, pois tais microrganismos - devido a espetacular riqueza presente na sua biomassa - podem produzir, simultaneamente, o Biodisel, Bioetanol, Biogás e o gás hidrogênio. Finalmente, as microalgas possuem algumas vantagens em relação às outras

fontes alternativas de energias renováveis a exemplo de maior taxa de sequestro de CO₂ (se comparado com as plantas superiores, por minimizar o superaquecimento global), a não competição por terras aráveis (sendo o espaço para o cultivo das microalgas destinado apenas para suporte, podendo assim utilizar terras improdutivas ou degradadas) e por último não necessitam de grandes quantidades de águas (podendo utilizar para o seu cultivos até águas impróprias para consumo humano como: águas salobras, vinhaça, esgotos domésticos, dentre outras águas residuárias). Como se pode constatar, bons projetos e boas iniciativas são o forte das nossas universidades. No entanto, ainda falta construir e fortalecer pontes que possam aproximar - de maneira mais efetiva - a academia, mercado e governos para que tais soluções possam ser aplicadas e replicadas em nosso Estado. #Ficadica

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MATERIAIS

Ruas PARALELEPÍPEDO OU PISO INTERTRAVADO? CONHEÇA AS VANTAGENS DE CADA UM

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A

procura por um material econômico, resistente e de baixa manutenção para pavimentação das ruas tem despertado uma dúvida entre as construtoras: Paralelepípedo ou Piso Intertravado de concreto? Qual a melhor opção? A resposta é: ambos! Cada um com suas vantagens e indicações. A característica mais evidente dos dois materiais é a resistência, pois eles têm mostrado que suportam sem danos a circulação de veículos pesados, como caminhões e máquinas. É por causa dessa alta resistência que o mercado de vendas desses materiais tem crescido tão rapidamente. Além disso, a pavimentação com paralelepípedos ou com pisos intertravados não necessita do uso de máquinas e o prazo entre as manutenções é de no mínimo 15 anos. Comparado com o asfalto, que precisa de manutenções em tempos mais curtos (em média a cada três anos), o uso de paralelepípedos e intertravados tem se mostrado muito mais econômico. Além disso, ao contrário do asfalto convencional, esses materiais são sustentáveis e ecologicamente corretos. Paralelepípedo - O paralelepípedo tem como principais vantagens o fato de refletir a luz, diminuindo o aquecimento da rua e dispersando o calor, e ter a maior parte da sua estrutura enterrada ao solo, com pequenas frestas entre eles, que permitem a permeabilização do solo e diminuem o acúmulo de água das chuvas nas ruas, reduzindo assim o risco de enchentes e alagamentos.

Piso intertravado - Entre as vantagens do piso intertravado está a capacidade de poupar energia elétrica pública, pois aumenta a reflexão da luz em até 30% devido à sua coloração clara. Sua fabricação é feita em blocos pré-moldados, que podem ser removidos a qualquer hora e reutilizados em outras obras. Do ponto de vista arquitetônico, as formas e cores deste tipo de piso têm atraído muitas construtoras, pois deixam as cidades mais modernas, tanto quando utilizado em ruas, quanto na pavimentação de calçadas e praças públicas.

Etapas

entre os blocos; 6.Compactação com placa vibratória.

Vantagens Paralelepípedo: •Durabilidade; •Absorve a luz solar; •Possibilita a permeabilização do solo; •Pode surgir vegetação entre as pedras; •Escoa as águas pluviais; •Maior resistência a cargas pesadas •Menor custo de manutenção.

Paralelepípedo:

Piso intertravado:

1.Posicionamento dos paralelepípedos em fileiras alternadas uma das outras, fazendo com que os paralelepípedos encostem o máximo possível uns nos outros;

•Durabilidade;

2.As pequenas frestas resultantes da irregularidade do material são preenchidas ou rejuntadas com pedrisco;

•É de fácil instalação;

3.Para finalizar, todo o perímetro de pavimentação é amarrado com guias de concreto ou de granito, que impede o deslocamento do material.

•Capacidade de drenagem;

•Diminuição ambiente;

da

temperatura

do

•Pouca ou nenhuma manutenção; •Reduz o consumo de energia elétrica pública; •Facilita o tráfego de cadeiras de rodas e carrinhos de bebês.

Piso intertravado: 1.Nivelamento e compactação da área; 2.Espalhamento da areia de ajuntamento ou pó de pedra; 3.Alinhamento, cortes e ajustes; 4.Rejuntamento; 5.Vassouramento para fazer com que a areia entre completamente nas juntas

A CAPELA SISTINA, EM ROMA, OBRA CONSTRUÍDA ENTRE 1508 E 1512 (O CALÇAMENTO FOI FEITO CERCA DE 20 ANOS DEPOIS) E O COLISEU, CONCLUÍDO NO ANO 37 (SEM REGISTRO DO ANO DO CALÇAMENTO) SÃO TALVEZ AS DUAS OBRAS MAIS FAMOSAS ONDE EXISTE A UTILIZAÇÃO DE PARALELEPÍPEDOS QUE SE MANTÉM ATÉ AOS NOSSOS DIAS.

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FIQUE SABENDO

Calçadas EM CAMPINA GRANDE, AS MEDIDAS E FORMATOS DAS CALÇADAS CONSTAM NO CÓDIGO DE OBRAS, MAS NEM TODOS SABEM

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E

las servem para o passeio de pedestres, mas têm causado grandes problemas no avanço do urbanismo, pela falta de conhecimento e cumprimento das leis. As calçadas, que deveriam garantir o bem estar dos cidadãos ao transitarem pelas ruas, na maioria das cidades apresentam buracos, desníveis, escadarias, árvores mal plantadas e até postes mal posicionados. Mas de quem é a obrigação de manter esse equipamento urbano em ordem? Em Campina Grande, de acordo com o Art. 221 da Lei Nº 5410 do Código de Obras do Município, quem deve construir, recuperar e conservar as calçadas públicas é o proprietário do terreno, esteja ele com edificações ou não. A lei diz ainda que a regra se aplica a todas as construções localizadas em logradouros que possuam meio fio na frente do imóvel. Cada calçada deve obedecer aos padrões estabelecidos pelo Município e mantê-los em bom estado de conservação e limpeza. Esses padrões também estão descritos no Código de Obras, disponível no portal da Secretaria Municipal de Obras (www.portalsecob.com), onde também se encontra outros documentos e manuais para construtores em geral. De acordo com esse Código de Obras, os pisos das calçadas devem ser firmes, regulares e estáveis, sem riscos de provocarem trepidações em equipamentos com rodas, como cadeiras de rodas e carrinhos de bebês. Além disso, devem ser resistentes para que não se desgastem com facilidade. À Prefeitura cabe a responsabilidade pelas calçadas dos prédios públicos municipais, parques e praças. Seguindo esta lei, a Prefeitura Municipal de Campina Grande iniciou este ano a reforma do piso da Praça da Bandeira, um dos locais públicos mais visitados da cidade, no qual ocorriam acidentes com cadeirantes, idosos e deficientes visuais, devido ao piso irregular que lá existia. Segundo o Secretário de Obras e Planejamento da cidade, André Agra, o projeto da reforma da Praça da Bandeira tornará o local mais acessível, com plataformas táteis para deficientes visuais e um piso sem desníveis, feito com material intertravado, que atende aos requisitos

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As calçadas devem ser uniformes e conter faixas táteis para o trânsito de deficientes visuais

exigidos pela Prefeitura. O mesmo tipo de piso está sendo colocado no entorno do Parque Evaldo Cruz (Açude Novo), que há anos não passava por uma reforma. De acordo com André Agra, “o local ficará mais adequado para o passeio dos cidadãos e para a prática de caminhadas e corridas”. De forma mais específica, o Código de Obras do município diz que a “calçada ideal” é aquela construída dentro das normas e dos princípios que asseguram a acessibilidade universal, garantindo o conforto e segurança para a circulação de pedestres de forma independente da circulação dos veículos. Além disso, a “calçada ideal” deve ser feita de modo que facilite a manutenção da pavimentação das vias, sem ultrapassar o limite do meio fio instalado pela

O Código de obras do município diz que a “calçada ideal” é aquela construída dentro das normas e dos princípios que asseguram a acessibilidade universal.

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Prefeitura, que é de aproximadamente 15 cm acima da rua. Outros benefícios de se manter uma calçada de acordo com as normas padrão da cidade são a beleza que ela confere ao bairro onde está localizada e a valorização do imóvel, visto que um comprador ou um locatário conhece sua aquisição a partir do primeiro passo dado em sua calçada. Em resumo, de acordo com o Código de Obras de Campina Grande, uma calçada ideal deve ter: Faixa Livre: Área de passeio de no mínimo 1,20 metros de largura, destinada exclusivamente à circulação de pedestres;

imóvel ou terreno, onde podem existir vegetação e rampas, desde que não impeçam o acesso aos imóveis e o passeio do pedestre. Ela é um opcional quando o passeio livre soma pelo menos 2,00m de largura; Piso tátil: É um relevo que sinaliza o caminho para o deficiente visual. Ele deve ser instalado, principalmente, em esquinas, rampas, em volta de telefones e em toda a linha que limita a faixa de circulação em locais de grande movimentação; Rebaixamento: Deve ficar junto com a faixa de serviço, facilitando o deslocamento de cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida e carrinhos de bebê da calçada para a rua; Rampa para carros: Este tipo de rampa é permitido desde que ocupe de 0,50m a no máximo 1,0m da faixa de passeio sem atingir o limite de um terço dessa faixa.

Faixa de Serviço: Área mais próxima da rua, destinada ao plantio de árvores, rampas de acesso, postes, hidrantes, postes de sinalização, bancos, floreiras, telefones, lixeiras etc. Precisa ter no mínimo 0,70 m de largura;

Calçadas verdes

Faixa de Acesso: Área em frente ao

As calçadas verdes, muito populares nos

Estados Unidos, já são uma realidade no Brasil. Nos condomínios horizontais, elas são as mais utilizadas. Entre as normas para a instalação desse tipo de calçada em Campina Grande é que ela deve ter 3,0 metros ou mais. As vantagens de se utilizar as calçadas verdes são muitas, entre elas: •Menos onerosa – Visto que o gasto com materiais para a parte de passeio e sua manutenção completa é mais barata; •Maior absorção – Esse tipo de calçada aumenta a absorção das águas de chuva e retém a poeira, sendo a melhor opção para locais planos; •Ecologicamente correta – Como possuem gramas em sua extensão, as calçadas verdes aumentam a umidade relativa do ar e diminuem a amplitude térmica; •Beleza – Elas tornam a frente das edificações mais bonitas e vivas.

Piso intertravado é um dos mais indicados hoje para as calçadas, pois facilita a absorção de água e têm maior durabilidade

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Seis passos para uma calçada segura Fonte: http://casa.abril.com.br/materia/seis-passos-para-uma-calcada segura

01. Faixa de acesso: mais próxima da casa, é permitida (e recomendável) quando o passeio soma, no total, pelo menos 2 m de largura. É uma opção para cultivar vegetação, o que contribui para a drenagem natural de água da chuva. 02. Faixa livre: embora a medida mínima da área dedicada ao trânsito de pedestres varie de cidade para cidade, a largura de 1,20 m é considerada adequada. A mobilidade e a segurança desse passeio dependem da escolha de materiais e sua conservação. 03. Faixa de serviço: perto da rua, destinase à colocação de árvores, rampas de acesso, postes de iluminação, sinalização de trânsito, bancos, floreiras, telefones, caixas de correio e lixeiras. Precisa ter no mínimo 0,70 m. 04. Piso tátil: o relevo que sinaliza o caminho para o deficiente visual deve ser aplicado nas esquinas, nas rampas, em volta de telefones e em toda a linha que limita a faixa de circulação. 05. Rebaixamentos: junto das faixas de travessia, facilitam o deslocamento de cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida e carrinhos de bebê da calçada para a rua. 06. Rampa para carros: recomenda-se que ocupe de 0,50 a 1 m e não mais que um terço da área de passeio.

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ECOEFICIENTE

Asfalto PRODUÇÃO CONVENCIONAL E ALTERNATIVA ECOLÓGICA CRIADA EM CAMPINA GRANDE

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btido originalmente através da destilação do petróleo, o asfalto convencional, antigamente, era chamado de betume e utilizado para evitar vazamentos de água e até mesmo na preparação de múmias. Hoje, existem vários tipos de asfalto e a maioria deles é obtida misturando diversos materiais ao asfalto extraído do petróleo. A escolha do tipo de asfalto é baseada nas necessidades da rua que será asfaltada. Uma rodovia que suporta o transporte de caminhões de grande porte, por exemplo, tem a necessidade de um asfalto mais resistente do que das ruas de carros de passeio. De uns tempos para cá, o asfalto também tem sido uma maneira de fazer reciclagem. Os pneus velhos sempre foram um problema nos lixões das cidades, ocupando muito espaço e demorando uma eternidade para se decomporem. Hoje, existem empresas especializadas em misturar raspas de pneus velhos

ao asfalto, gerando assim o chamado “asfalto ecológico”, que é mais flexível e menos suscetível a rachaduras. Dentro desse contexto de sustentabilidade, o foco das empresas inovadoras tem sido buscar alternativas de reutilização e transformação de alguns tipos de resíduos. Visto que a produção convencional de asfalto já foi apontada como responsável por lançar na atmosfera toneladas de poluentes todos os anos, muitos pesquisadores têm investido em descobrir materiais que possam diminuir o uso desse material. Em Campina Grande, uma empresa pioneira na tecnologia reversa do lixo foi mais além. A MundialTech criou uma Usina Beneficiadora de Resíduos Sólidos (UBRS) que, basicamente, transforma qualquer tipo de material reciclável em um magma que pode ser utilizado para diversos fins. O principal é a produção de uma brita sintética que tem sido usada em estudos para produção de um asfalto ainda mais resistente do que os feitos a

partir dos pneus velhos. Segundo o Engenheiro Sanitarista e Ambiental da empresa, Geraldo de Magela Barros Filho, esse asfalto é até sete vezes mais resistente a impactos e grandes pressões do que o asfalto comum. “A MundialTech criou uma máquina que veio para solucionar o problema do lixo nas cidades e ainda gera um produto altamente resistente e duradouro. Resumindo, ela transforma o lixo em desenvolvimento urbano”, ressaltou. A UBRS consegue reverter quase todo tipo de material, entre eles pneus, plásticos, vidros e todo tipo de resíduo que leve um tempo maior para se decompor. É a partir da engenharia reversa desses resíduos - que separa suas moléculas, retirando o gás carbônico e produzindo um magma -, que a MundialTech tem oferecido ao mercado da construção civil uma alternativa eficaz e duradoura para a construção de estradas e a solução da problemática do lixo.

UMA EMPRESA PROPÔS RECENTEMENTE A UTILIZAÇÃO DE PLÁSTICO RECICLADO PARA CONSTRUIR EM ROTERDÃ, NA HOLANDA, ESTRADAS MAIS SUSTENTÁVEIS, E DURADOURAS. SEGUNDO A COMPANHIA, A ESTRADA FEITA A PARTIR DO PLÁSTICO RECICLADO PODE ENFRENTAR TEMPERATURAS ENTRE 80 E –40 GRAUS CELSIUS, ALÉM DE FORNECER UMA ESTRUTURA SUBTERRÂNEA COMPLETA PARA ABRIGAR CABOS E DUTOS.

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REALIDADE

Opção EMPRESÁRIOS DE DIVERSAS ÁREAS JÁ PROCURAM POR PONTOS COMERCIAIS AFASTADOS DO CENTRO DA CIDADE

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C

ampina Grande cresceu e ao contrário de antigamente, quando muitos empresários procuravam o centro da cidade para instalarem o seu comércio, hoje eles buscam a opções em outros bairros que proporcionem qualidade, conforto e um bom preço para quem vai instalar um novo negócio. Seja lojas individuais ou até mesmo galerias, essa nova opção tem agradado construtores, empresários e clientes que tentam fugir da correria do centro da cidade. “Existem vários pontos positivos de comércios instalados em outros bairros, mas para mim o principal é a tranquilidade ao estacionar, porque geralmente as salas possuem estacionamento exclusivo para clientes e no centro isso é impossível”, destaca a estudante Alessandra Dias. Empresas do ramo da construção civil desenvolveram diversos projetos com essa intenção. Foram construídos complexos imobiliários empresariais, hoteis, flats, open mall e duas torres residenciais, como também o Complexo Jurídico de Campina Grande, voltado aos profissionais de Direito e seus clientes. Há também galerias ocupadas por lojas de roupas, salões de cabeleireiro, galerias de arte ou lojas de decoração. “Neste contexto, podemos afirmar que houve sim um aumento significativo na procura por esse tipo de imóvel, mais

Existem vários pontos positivos de comércios em outros bairros, mas para mim o principal é a tranquilidade ao estacionar, por que geralmente as salas possuem estacionamento exclusivo e no centro isso é impossível. Alessandra Dias ESTUDANTE

o retorno financeiro esperado por parte dos empresários”, enfatiza o corretor de imóveis, Thiago Carvalho. Segundo ele, os principais motivos são de mobilidade urbana, valores de locação, o que gera maior lucratividade para os empresários, que podem inclusive oferecer uma maior comodidade aos seus clientes, seja oferecendo um ambiente mais confortável ou um preço mais em conta. “Quanto aos pontos positivos, muitos procuram um local próximo de suas residências ou polos comerciais em locais estratégicos, a exemplo do bairro da Prata, que concentra grande quantidade de clínicas médicas, e o bairro da Liberdade, que tem uma grande procura por parte dos advogados devido à proximidade com o Complexo Jurídico, além de poder fornecer, na maioria das vezes, estacionamento aos clientes e contar com uma demanda de serviços dos mais diversos tipos oferecidos nas galerias comerciais”, explicou Carvalho.

Opções afastado do centro da cidade. Especificamente o que leva a incidência de tal busca é o segmento comercial, objetivando ser um diferencial no bairro, através de uma prestação de serviço de qualidade e com variedade, tornando desnecessário que o cliente tenha que se deslocar até o centro para suprir suas necessidades e trazendo

• Complexo Heron Marinho (Mirante) • Centro Jurídico Ronaldo Cunha Lima (Liberdade) • Belle Center (Catolé) • Empresarial Palazzo Dão Silveira (São José) • Supreme Odontologia (Catolé)

Andando pelos bairros de Campina Grande é possível ver prédios novos com salas comerciais disponíveis para aluguel

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MERCADO

Saída A CRISE CONTINUA. SAIBA A OPINIÃO DE IVO VELOSO, EMPRESÁRIO DO SETOR IMOBILIÁRIO, SOBRE COMO ENFRENTÁ-LA

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ssim como todos esperavam, 2016 ainda será um ano de crise econômica no Brasil. Com isso, para se manter no mercado, diversas empresas na área da construção civil criaram alternativas de atuação e negociação. Para

entender

melhor

as

novas

ferramentas usadas pelo setor imobiliário na hora de fechar um bom negócio neste período crítico, conversamos com Pedro Ivo Veloso, consultor imobiliário, empresário e diretor comercial da Negocialle Imóveis. Confira abaixo a opinião dele sobre como o setor imobiliário pode enfrentar a crise:

Segundo a ABRAFI - Instituto Brasileiro de Estudos Financeiros e Imobiliários está previsto para o ano de 2016 uma desaceleração de cerca de 5% na construção civil. Um dos motivos para essa retração se dá em função da diminuição do crédito. Esse cenário já era esperado pelos profissionais do ramo, os preços dos imóveis usados já sofrem alguns reajustes. Visando transpor essa realidade, muitos construtores mudaram o foco das suas atividades, ampliando sua área de atuação com o intuito de se manterem no mercado. As unidades remanescentes passaram a ser locadas, alguns foram mais além e estão de olho no cliente que iria adquirir um novo imóvel mas optou por reformar o seu usado em função da escassez do crédito imobiliário. Boa parte das construtoras faz o papel das instituições financeiras, passando a financiar as unidades para os clientes. Ficou claro que as negociações estão mais abertas, imóveis usados, automóveis e até mesmo permuta em serviços já são uma realidade presente nas negociações e em alguns casos chegam a representar cerca de 50% do

O mercado imobiliário tem como principais características o dinamismo e a sensibilidade no que se refere ao quadro político econômico. Direcionamentos econômicos, a exemplo da diminuição ou aumento do crédito imobiliário junto a instituições financeiras públicas, afetam diretamente o setor de uma forma geral.

valor do imóvel que está sendo negociado. O que podemos extrair de positivo são as oportunidades que estão surgindo no atual cenário, as condições são mais flexíveis, onde muitas construtoras estão dividindo o valor da entrada do imóvel em até doze vezes, condições de financiamento com a própria incorporadora que podem chegar até 180 meses com taxas de juros, muitas vezes, mais interessantes do que as encontradas junto aos bancos. Uma retomada no crescimento da construção civil está prevista para a primeira metade de 2017. Existe uma demanda ainda reprimida, o cenário é visto com entusiasmo para esse período. Para o presente, acredita-se num ano de diminuição do estoque dos imóveis remanescentes e um número de lançamentos tímido, se comparado aos anos anteriores.

Opinião do empresário imobiliário Pedro Ivo Veloso, exclusiva para a Revista Construir & Cia.

Segundo Ivo, uma retomada no crescimento da construção civil está prevista para o início de 2017

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FIQUE SABENDO

Vistoria QUANDO FOR INICIAR UMA OBRA, SAIBA QUAIS ÓRGÃOS PODERÃO PASSAR VISTORIANDO SUA EXECUÇÃO

A

tualmente, antes de construir ou reformar, há uma série de fatores que o proprietário da obra deve observar. Dependendo do tipo e do tamanho da edificação, o órgão regulamentador pode mudar, obedecendo às leis federais, estaduais e municipais. No âmbito Federal, o órgão competente é o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), que é responsável pela fiscalização, controle, orientação e aprimoramento do exercício e das atividades profissionais nas áreas da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, além das atividades dos Tecnólogos e das várias modalidades de Técnicos Industriais de nível médio. Cabe aos agentes fiscais do CREA verificarem se as obras e serviços relativos à Engenharia, Arquitetura e Agronomia

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estão sendo executados de acordo com as normas regulamentadoras do exercício profissional. Em suma, o que o CREA fiscaliza é a presença e as condições de trabalho dos profissionais que estão trabalhando na obra, como engenheiros e técnicos de edificações e segurança do trabalho. Identificada uma irregularidade, o agente fiscal informa ao proprietário ou responsável pela obra ou serviço, orientando-o sobre a forma de regularizar a situação. O CREA informa ao responsável pelo serviço/obra ou seu representante legal, sobre a existência de pendências e/ou indícios de irregularidades no empreendimento objeto de fiscalização através de uma notificação, que serve ainda para solicitar informações, documentos e/ou providências, visando regularizar a situação dentro de um prazo estabelecido.

Já no âmbito estadual, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) é responsável pela execução da política de proteção e preservação de meio ambiente do estado da Paraíba, através de procedimentos administrativos. Em resumo, a Sudema licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. A Sudema também realiza fiscalizações de empresa ou obras. As fiscalizações podem ser de forma preventiva (a partir da solicitação do licenciamento) ou corretiva (por meio de reclamações e/ou denúncias da população, quando é incomodada por emissões de poluentes).

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De acordo com a representação da Sudema em Campina Grande, as licenças expedidas pelo órgão são: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI); Licença de Operação (LO); Licença de Alteração (LA); Licença Simplificada (LS); Licença de Instalação e Operação (LIO); e a Autorização Ambiental (AA).

disso, a apresentação de projeto arquitetônico é obrigatória para construções com área superior a 60 m², assim como um projeto de estimativa de consumo d’água por dia, para construção residencial, comercial, industrial, institucional e de serviço para as edificações residenciais com área a partir de 61 m².

Cada licença ambiental deve ser providenciada antes da etapa a que ela se destina. Por exemplo, a Licença Prévia deve ser solicitada quando o projeto ainda está no papel; a Licença de Instalação, antes de a obra ser iniciada; assim por diante.

Ainda segundo o Código de Obras do município, não dependerão de licença para construção as seguintes obras: Revestimento de muros e divisão de muros que não exijam elementos estruturais e outros similares; Conserto e construção de passeios nos logradouros públicos em geral; Limpeza ou pintura interna e externa em edifícios que não necessitem de instalação de tapume, andaime ou telas de proteção; Construção de abrigos ou galpões provisórios em obras em fase de construção e que já disponham de licenciamento; Retelhamento e substituição de calhas; Reformas que não alterem a área construída já existente e que não contrariem ou afetem os elementos construtivos e estruturais, de modo a interferir na segurança, na estabilidade e no conforto de construção; Reparos e revestimentos de fachadas e telhados que não impliquem na execução de lajes.

A lista de documentos e diretrizes para o devido licenciamento ambiental, de acordo com o tipo obra e a etapa da obra, encontra-se disponível no site www. sudema.pb.gov.br.

Código Em Campina Grande, de acordo com o Código de Obras, terão obrigatoriedade de licença para construção, novas edificações, reformas com acréscimo ou decréscimo na área já construída ou aquelas que possam afetar os elementos construtivos ou a estrutura, e que possam provocar insegurança, instabilidade e desconforto às construções. Deve ser licenciada também qualquer implantação de canteiro de obras distinto daquele instalado na própria obra e instalação de stand de vendas de unidades autônomas de condomínio a ser erguido em outra área que não seja a do imóvel, não podendo ocupar a calçada. Nos casos em que uma obra precise de um tapume que avance sobre a parte do passeio público, o construtor também deve procurar licença para isso. Além

Se a obra se encaixa nos pré-requisitos previstos no código de obras, o construtor deve procurar a Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente ou a Secretaria de Obras, órgãos competentes do Município que concederão a licença para construção mediante pagamento das taxas e após a apresentação de requerimento, contendo as assinaturas do requerente, do autor do projeto, do responsável pela execução da obra, junto com o projeto arquitetônico.

Dentre os documentos que devem ser apresentados ao órgão competente da Prefeitura Municipal de Campina Grande estão: projeto arquitetônico em 04 (quatro) vias, contendo: planta baixa, cortes longitudinais e transversais, locação, situação e coberta; Cópia do comprovante de propriedade do imóvel emitido pelo Cartório de Registro de imóveis, documento de posse ou contrato de compra e venda; Uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), CREA-PB e/ou RRTCAU-PB, do responsável técnico; Projeto de Proteção Contra Incêndio, Explosão e Controle de Pânico, aprovado pelo Corpo de Bombeiro Militar do Estado da Paraíba; Certidão de Uso e Ocupação do Solo quando se tratar de construções com três pavimentos ou mais, construções multifamiliares, construções com subsolo e todas as construções para fins não residenciais; Projeto Estrutural assinado pelo responsável técnico habilitado e ART do CREA-PB e/ou RRT do CAU-PB, quando se tratar de construção que tenha subsolo; Estudo do solo (NBR 6484), quando se tratar de construção que tenha subsolo, devidamente assinado pelo técnico habilitado e com a ART do CREA-PB e/ou CAU-PB; No caso em que a obra venha a gerar impacto no tráfego de veículos da cidade, o construtor deve apresentar ainda um parecer da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos – STTP. Segundo o Código de Obras, depois de entregue toda a documentação exigida, a Prefeitura Municipal emitirá seu parecer quanto à aprovação do projeto no prazo de 30 (trinta) dias. O prazo de validade da licença será fixado no Alvará, podendo ser revalidado mediante solicitação do interessado.

DESDE 1981, DE ACORDO COM A LEI FEDERAL 6.938/81, O LICENCIAMENTO AMBIENTAL TORNOU-SE OBRIGATÓRIO EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL. AS ATIVIDADES EFETIVAS OU POTENCIALMENTE POLUIDORAS NÃO PODEM FUNCIONAR SEM O DEVIDO LICENCIAMENTO. AS EMPRESAS QUE FUNCIONAM SEM A LICENÇA AMBIENTAL ESTÃO SUJEITAS ÀS SANÇÕES PREVISTAS EM LEI.

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AGENDA

2016

01/03 a 04/03

EXPO REVESTIR

LOCAL

São Paulo – SP

INFORMAÇÕES

exporevestir.com.br

Atraindo centenas de profissionais de arquitetura e construção civil, a Expo Revestir apresentará materiais e soluções inovadoras para projetos de engenharia e arquitetura, informações e oportunidades de negócios para revendas de material de construção, além de tendências e debates com grandes profissionais do segmento.

2016 º

09/03 a 10/03

3 BRASCON

Congresso Brasileiro Técnico-Comercial de Concretagem, Pré-Moldado E Agregado

LOCAL

São Paulo – SP

INFORMAÇÕES

gmiforum.com

O Congresso tem o objetivo de promover a integração, reunindo os principais profissionais da indústria e disseminar conhecimento em seus diversos segmentos através de patrocinadores, palestras, mesa-redonda e o prêmio “Obras mais notáveis de concreto”.

2016

12/04 a 15/05

POLLUTEC BRASIL Considerada a maior feira de tecnologias ligadas a saneamento ambiental do mundo, a edição brasileira da Pollutec será realizada paralelamente à FeiconBatimat 2016, evento referência do mercado de construção civil. Os visitantes poderão conferir os expositores e as conferências das duas feiras, numa sinergia de conteúdos que propicia ao público um ambiente de negócios inovador tanto para o setor de meio ambiente quanto para o de construção.

2016

18/04 a 20/04

MLVSSXXI

II Congresso De Habitação Coletiva Sustentável

LOCAL

São Paulo – SP

INFORMAÇÕES

pollutec-brasil.com

LOCAL

São Paulo – SP

INFORMAÇÕES

laboratoriovivienda21.com

O evento reunirá palestras, debates e workshops relativos aos eixos temáticos: teoria e história da habitação coletiva; habitação como formadora da cidade; avaliação dos critérios de sustentabilidade; e habitação e inclusão social. O objetivo do congresso é discutir questões contemporâneas sobre a cidade e políticas urbanas, legais e econômicas.

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ABR - MAI - JUN 2016


2016

18/04 a 21/04

COVERINGS 2016

LOCAL

Chicago – EUA

INFORMAÇÕES

coverings.com

Considerada a feira mais importante da América do Norte para o setor de revestimentos cerâmicos e pedras naturais, visitantes de todos os ramos do setor se encontram na Coverings para conhecer novos produtos, fornecedores e toda a informação para otimizar seus negócios. Participarão desta edição diversos expositores de mais de 40 países atraindo profissionais de arquitetura, design, construtores e promotores imobiliários.

2016

01/06 a 03/06

20ª RPU

LOCAL

Florianópolis – SC

INFORMAÇÕES

rpu.org.br

Reunião de Pavimentação Urbana Organizado pela Associação Brasileira de Pavimentação, o evento abordará diversos temas importantes no mercado da construção civil, como financiamento a municípios, materiais para pavimentação, estudos e projetos de pavimentos, manutenção e restauração de gerencia de vias e segurança e meio ambiente em vias.

2016

01/06 a 04/06

FECONATI

LOCAL

Atibaia - SP

INFORMAÇÕES

feconati.com.br

A Feira atrai pessoas de todo o Brasil, como arquitetos, engenheiros e profissionais da área da construção em geral e tem a missão de promover atividades buscando a minimização dos impactos ambientais negativos, bem como ser uma multiplicadora deste conceito.

2016

15/06 a 17/06

EXPO 2016

LOCAL

São Paulo (SP)

INFORMAÇÕES

constructionexpo.com.br

A terceira edição da Feira e Congresso Internacional de Edificações e Obras de Infraestrutura acontecerá em São Paulo, no mês de junho de 2016, e reunirá toda a cadeia de serviços, materiais e equipamentos inovadores voltados aos segmentos da construção brasileira.

ABR - MAI - JUN 2016

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ONDE ENCONTRAR Arquitetura

CARLOS ALBERTO ALMEIDA

LOCAL

R. Dr. João Taváres, 299 - Centro, Campina Grande - PB

INFORMAÇÕES (83) 3321.2633

Distribuidora de cimento

CIMENTEX

LOCAL

AV. Assis Chateubriand, 1164 – J. Paulistano. Campina Grande, PB.

INFORMAÇÕES (83) 3066-8184

Material de construção

SAFRA MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

LOCAL

Rua Francisco Lopes de Almeida, 571. Malvinas, Campina Grande - PB

INFORMAÇÕES (83) 3336-1710

safraconstrucao@hotmail.com

Engenharia Sanitária e Ambiental

GERALDO DE MAGELA BARROS FILHO

LOCAL

Cezarina Barbosa de Oliveira, nº 7. Nações, Campina Grande - PB.

INFORMAÇÕES (83) 98803.1532

magelabarrosfilho@gmail.com

Advocacia

IARA OLIVEIRA SILVA - OAB/PB 20.613

LOCAL

Paraíba - Brasil

INFORMAÇÕES (87) 99655.0938

80

acioliecavalcante.adv@gmail.com

ABR - MAI - JUN 2016


Soluções sustentáveis

NETSENSORS

LOCAL

Rua do Rezende, 100 – Rio de Janeiro – RJ.

INFORMAÇÕES (31) 99757-8565

www.nsdobrasil.com.br

Contabilidade e Gestão Empresarial

NTW

LOCAL

R. Maria Aparecida Carneiro, 315 - Catolé, Campina Grande - PB

INFORMAÇÕES (83) 3343.7493 / 99305.9371

ntwcontabilidade.com.br

Serviços condominiais

ATITUDE

LOCAL

R. Denise Alves de Medeiros, 575 - Catolé, Campina Grande-PB

INFORMAÇÕES (83) 3066.3067

atitude.atendimentoaocliente@hotmail.com

Material de Construção

ARMAZÉM SEVERO

LOCAL

R. Presidente João Pessoa, 374, Centro, Campina Grande-PB

INFORMAÇÕES (83)3341-4008

Construção

FACISA

LOCAL

Av. Sen. Argemiro de Figueiredo, 1901 - Itararé, Campina Grande - PB

INFORMAÇÕES (83) 2101-8800

ABR - MAI - JUN 2016

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