Paraíba Ago / Set / Out - 2015. Ano 3 - Nº 8
PROMINA
O GRUPO PARAIBANO QUE CRESCE OFERECENDO PRODUTOS E SERVIÇOS
Entrevista José Anselmo da Silva e sua história de desafios e vitórias
Digitais As Maquetes entraram na era da tecnologia e estão mais reais
Opinião Geneceuda Monteiro fala sobre o sucesso de Campina Grande
ÍNDICE Economia
COOPERATIVA HABITACIONAL
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Entrevista
JOSÉ ANSELMO DA SILVA
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Materiais
DETALHES JÁ NA ENTRADA
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Mercado
MAQUETES DIGITAIS
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Morar bem
ACADEMIAS COMUNITÁRIAS
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Realidade
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CAIXAS D’ÁGUA Meio Ambiente
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CAMPINA MAIS VERDE Decoração
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O TOQUE DAS LUMINÁRIAS Fique sabendo
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TUDO COMEÇA POR BAIXO Especial
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EMPRESA PARAIBANA VISIONÁRIA Materiais
TIPOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Fique sabendo
SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS
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Opinião
ELA VEM DO LIXO E PROMETE
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Opinião
EDIFÍCIO GARAGEM DE 1999
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Opinião
ENTRE AS 100 MELHORES
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Economia
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CONSTRUIR COM POUCA ÁGUA Realidade
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SANEAMENTO BÁSICO É UM DIREITO Fique sabendo
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ANIMAIS EM CONDOMÍNIOS. PODE? Morar bem
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RELACIONAMENTO ENTRE VIZINHOS Materiais
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CONCRETO APARENTE Materiais
PISO VINÍLICO
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Decoração
RECUPERANDO MÓVEIS ANTIGOS
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Economia
EXEMPLO DE GESTÃO DE ENERGIA
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Realidade
POÇOS ARTESIANOS
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Mercado
REFLEXOS DA CRISE
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Agenda
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DE OLHO NOS EVENTOS Materiais
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PARA RABISCAR AS PAREDES Onde encontrar
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EMPRESAS E PROFISSIONAIS
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EDITORIAL
Caro leitor,
A
crise hídrica pela qual passa o Nordeste é tema quase unânime nas conversas entre amigos, parentes e na sociedade de uma forma geral. Os últimos quatro anos foram bastante complicados para a região, que viu, aos poucos, os locais reservados para abastecimento de água secarem e as alternativas irem acabando uma após a
outra.
Ciente da complicação que o quadro gera, a Revista Construir&Cia traz nesta edição várias matérias mostrando o abalo que essa crise causa na economia e os transtornos vividos pela população nordestina. São reflexos diretos nas obras de construção civil e também no cotidiano de construtores, sejam eles de grande, médio e, principalmente, nos de pequeno porte. Vamos trazer também dicas importantes para armazenar água de maneira correta, evitar o desperdício e afastar o risco de que a água acumulada acabe se tornando um criadouro de mosquitos. Você vai conferir também a história da Promina, empresa que há oito anos no mercado vem se tornando referência no segmento de consultoria, serviços de engenharia e locação de máquinas. Tem ainda um bate-papo onde você conhecerá a história da advogada aposentada Maria de Lourdes Pires Cavalcanti, que dedica parte da sua vida a cultivar plantas dentro e fora de casa, alertando direta e indiretamente as pessoas sobre a importância de cuidarem da natureza. Fique à vontade e aproveite cada página desta edição da Revista Construir&Cia, cada vez mais presente na sua casa e na sua empresa. Para nós é um prazer produzir esse material e esperamos que cada matéria lhe proporcione uma leitura agradável e informativa. Fizemos tudo pensando exclusivamente em atender o desejo de uma pessoa: você, caro leitor!
EXPEDIENTE PUBLISHER
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
Cícero Cezar A. Campos
Faz Ideia
Gratuita e Dirigida
www.fazideia.com
EDITOR CHEFE
Geneceuda Monteiro DRT. 1641 REPORTAGEM
Thaise Carvalho Silas Batista Thalyne Menezes Carla Batista (Jornalista colaboradora) Débora Marx (Jornalista colaboradora) Isabelle Monteiro (Jornalista colaboradora)
FOTOGRAFIA
TIRAGEM
Cesar di Cesario
6.000 exemplares Claudioney Silva Cleide da Silva França
Isabelle Monteiro ANÚNCIOS
IMPRESSÃO
Agência Script
Gráfica Moura Ramos
É uma publicação dirigida da Agência de Publicidade Script A revista Construir & Cia não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes.
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PRÉ-PRODUÇÃO
REVISÃO
ANUNCIE
(83) 99928.7734 (83)
98884.8831
Contato: Cícero Cezar agenciascript@yahoo.com.br
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OPINIÃO
Hugo Lisboa
Engenheiro de Segurança
Venho parabenizar a Revista Construir & Cia pelo bom conteúdo apresentado em suas edições que pude acompanhar. Agradeço a oportunidade de agradecer as pessoas que fazem parte da elaboração e escolhas dos temas abordados, e dizer que em minha vida profissional foram de grande valia. E como leitor, indico-a para todos os profissionais da indústria da construção civil e áreas afins. ÁGIL SERVIÇOS - BRASÍLIA
Fred Ozanan Cartunista
A Revista Construir & Cia. é um grande exemplo de comunicação especializada que, com sua linguagem visual limpa e arrojada, e textos descomplicados, atrai até quem não é do setor da construção civil e estimula o interesse pelos assuntos nela abordados. Ao folheá-la, torna-se fácil ver o avanço imobiliário por toda a Paraíba e entender a importância desse crescimento para as futuras gerações. Parabéns a toda a equipe que faz esta publicação tão significativa!
Victor Serrano
Engenheiro de Produções
Acompanho todas as edições. Esta é uma das alternativas que uso para ficar atualizado na minha area e também para saber de feiras e eventos nacionais e internacionais de engenharia e arquitetura. Parabéns a toda equipe pelo projeto CONSTRUÇÃO - ESTRUTURAS METÁLICAS
Lúcia de Fátima Professora
A Revista Construir & Cia traz a cada edição temas importantes e atuais. Nela encontro dicas valiosas que toda dona de casa precisa, além de matérias que esclarecem “broncas” casuais de maneira simples e prática. É uma revista riquíssima, aborda os conteúdos com qualidade e aprofundamento.
Sua opinião é importante
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Envie sua mensagem por e-mail para contato@construirecia.com.br
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ECONOMIA
Compra COOPERATIVA HABITACIONAL: NOVA MODALIDADE PARA AQUISIÇÃO DA CASA PRÓPRIA
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ma nova modalidade de comercialização de imóveis vem ganhando terreno em vários setores do mercado brasileiro. As cooperativas habitacionais vêm se tornando uma alternativa para quem alimenta o desejo de adquirir seu imóvel próprio, com novos modelos de financiamentos e pagamentos, que facilitam a realização desse verdadeiro sonho de boa parte da população brasileira. Mas o que é uma cooperativa habitacional? Como funciona? Quem pode se inscrever? Como participar? Essas dúvidas pairam sobre várias pessoas que desejam realizar o sonho da casa própria. Várias instituições disponibilizam cartilhas com o passo a passo de como funciona todo o processo de formação da cooperativa, a escolha do terreno, o perfil de incorporação ideal para a área, até a idealização segura do projeto e entrega das chaves, feita em uma assembleia com
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todos os cooperativados. As cooperativas têm sido a escolha de muitas famílias que tem o mesmo desejo, no caso das cooperativas habitacionais, o objetivo é realizar o sonho da casa própria, pagando da forma mais confortável possível. “São novas modalidades que começam a ganhar corpo em vários locais do Brasil. É importante porque dá à população uma possibilidade a mais de aquisição da casa própria, o que é o desejo de várias e várias pessoas no Brasil inteiro”, explicou um dos representantes do Creci em Campina Grande, Érico Feitosa.
Vantagens Muitas são as vantagens em relação aos planos tradicionais para a aquisição de imóveis. Listamos algumas delas para você: • Construção a preço de custo;
• O cooperativado termina seus pagamentos quando a construção de todo o empreendimento chega ao final; • Não existem custos de financiamento imobiliário; • Não é necessário comprovar renda para entrar no programa; • Duas ou mais pessoas podem participar em sociedade de uma unidade habitacional; • A qualquer época o cooperativado pode transferir a terceiros os seus direitos junto à cooperativa; • Pode se inscrever no programa quem já é proprietário de imóvel, mesmo financiado pelo SFH; • Uma mesma pessoa pode se inscrever para mais de uma unidade habitacional do programa.
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ENTREVISTA
J.Anselmo UM EXEMPLO DE PERSEVERANÇA QUE VALE SER CONTADO E MERECE SER SEGUIDO Por Silas Batista
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osé Anselmo da Silva, um paraibano que viu aos seis anos de idade o seu pai morrer e teve que, com essa pouca idade, assumir a responsabilidade de ir à luta para garantir o sustento de sua família. Com muita perseverança, e um tino empreendedor que ele mesmo garante ter vindo de berço, deu a volta por cima e conseguiu ser um dos empresários de maior sucesso não só da Paraíba, mas de todo o Nordeste. Antes de se tornar um empresário do ramo metalúrgico, sendo responsável por distribuir alumínio para revendedores de Campina Grande, João Pessoa e para boa parte dos estados nordestinos, seu Anselmo chegou até a vender galinha nas feiras dos municípios próximos a sua cidade natal, foi dono de um pequeno comércio de alimentos, mas viu que teria que criar um ramo novo para atuar. A edição deste mês da Revista Construir&Cia vai trazer para o grande público um pouco da história desse paraibano que superou as adversidades impostas pela vida, conseguiu criar sua própria empresa e mesmo hoje, aos 66 anos de idade, continua trabalhando, gerindo seus negócios e, com muita simplicidade, mostrando que a determinação do ser humano é capaz de modificar qualquer situação que a vida acabar lhe apresentando como dificuldade.
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Revista Construir&Cia: Como foi que o senhor iniciou sua trajetória?
negócio, sendo que hoje nós temos 120 funcionários trabalhando conosco.
José Anselmo da Silva: Bom, aos seis anos de idade eu perdi meu pai e a gente dependeu da ajuda dos vizinhos para fazer praticamente tudo dentro de casa, na zona rural de Pocinhos. Por isso, eu vendi ovo e até vender galinha nas feiras eu tive que vender, porque desde os meus oito anos de idade eu tinha necessidade de fazer alguma coisa para poder ter meu dinheiro e ajudar dentro de casa. Depois que eu casei, eu vim aqui para Campina Grande e coloquei uma “bodeguinha” e as coisas foram melhorando. Depois eu coloquei uma casa de ferro e depois comecei a construir essa empresa que hoje eu tenho.
C&C: O senhor pode explicar qual é exatamente o produto que o senhor fabrica?
C&C: E o começo da empresa, como se deu?
JAS: Basicamente sim. Dá para dizer que, atualmente, 99% dos nossos clientes são serralheiros que fazem essas esquadrias que são utilizadas nas edificações da construção civil. Uma pequena porção, equivalente a 1% apenas, são clientes menores, que compram o nosso material para a produção de alguns móveis, principalmente cadeiras.
JAS: No começo eu já tinha essa ideia que queria trabalhar com alumínio. Então, eu fui para São Paulo, comprei minha primeira máquina, que estava quebrada, aí depois tive que ir para o Paraná fazer os reparos e lá eu passei um bom tempo. Posso dizer que ali foi a minha universidade, aprendendo todo o manuseio da máquina. Depois, quando voltei para a Paraíba, comecei com a fábrica de uma maneira pequena, tive ajuda do Governo do Estado e ampliei. Para ter esse apoio, eu tive que dar uma contrapartida ao Estado, por isso aumentei o número de funcionários de cinco para trinta. Foi assim que eu comecei a fortalecer meu
JAS: Bom, o que a gente faz aqui são os perfis de alumínio. A gente compra um material chamado de tarugo de alumínio, que vem de importadores em São Paulo, no Rio de Janeiro e depois a gente produz aqui os perfis de alumínio. Para ser bem claro, o que a gente faz aqui é o alumínio que serve como base para as esquadrias, que são utilizadas em prédios, casas, em edificações de uma forma geral. C&C: Seus clientes são todos da construção civil?
C&C: Dá para ter uma ideia da capacidade de produção atual aqui da empresa do senhor? JAS: Se fosse preciso, a gente teria a capacidade de produzir mil toneladas de alumínio por mês aqui na fábrica. Essa produção seria absorvida pelos mercados aqui da Paraíba, de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, enfim
Eu tenho meus negócios, e tenho minha família do lado para todas as decisões. Tenho seis filhos e os seis estão aqui dentro me ajudando e é para eles que eu vou deixar tudo isso. José Anselmo EMPRESÁRIO
da nossa região de uma forma geral. Infelizmente, nesse momento de crise, não é possível produzir uma quantidade dessas de alumínio. C&C: Por falar em crise, o que é que o senhor tem feito para sair desse período tão difícil que o país enfrenta? JAS: Bom, nos meus negócios eu sempre tentei não trabalhar com compra a prazo.
Parte do maquinário da empresa de José Anselmo veio da China
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Eu sempre tento pagar meus compromissos à vista e isso sempre me mantém com certa estabilidade econômica dentro da empresa. Agora, com essa crise econômica e financeira que o país está enfrentando, eu digo uma coisa: quem trabalhar com compra parcelada, vai enfrentar uma situação bem mais difícil. Acho que a situação ainda vai ficar pior do que está, infelizmente. C&C: Verdade que o maquinário que o senhor utiliza na fábrica atualmente foi comprado na China? JAS: Sim, é verdade. Eu já fui à China 16 vezes nos últimos anos e consegui comprar todo o maquinário que necessito aqui na fábrica. Como eles têm um potencial muito grande de produção industrial, compensa muito para a gente ir buscar lá os equipamentos para a produção do nosso material. Tem até uma história interessante, uma das vezes que eu fui o fornecedor mandou até uma bicicleta de presente para mim e, vez ou outra, eu acabou dando umas voltinhas. Ou seja, a gente acaba criando até uma relação de amizade com as pessoas que trabalha. C&C: O senhor pretende expandir a
sua fábrica de alguma forma?
é assim que eu trabalho.
JAS: Eu tenho uma ideia de começar a produzir o meu próprio alumínio, que seria a matéria-prima para meu produto. Seria criar o que a gente chama de refusão, onde a gente pegaria qualquer tipo de alumínio bruto, teria como derreter esse material e daí criar os tarugos para depois fazer os perfis de zinco. Para isso, a gente precisaria de uma área de 50 mil metros quadrados, no mínimo dobrar a quantidade de funcionários e é um projeto que, enquanto eu tiver forças para estar de pé e trabalhando, vou querer concretizar.
C&C: O senhor se arrepende de alguma coisa que fez ao longo da sua vida?
C&C: Seu Anselmo, como o senhor avalia a contribuição que deu para o desenvolvimento da Paraíba? JAS: Olha, eu me sinto muito orgulhoso por ter sim ajudado meu estado. Tenho meu negócio, que é gerido totalmente pela minha família, mas emprego pessoas, gero uma renda para o Governo e nunca deixei de pagar um imposto sequer. Às vezes aparecem alguns advogados aqui oferecendo proposta para refinanciar dívidas com impostos, mas eu nunca precisei disso porque sempre faço minhas coisas da maneira correta, dentro dos prazos, não faço duplicatas e
JAS: De nenhuma coisa que eu fiz eu me arrependo. Mas tem uma coisa que, se eu pudesse voltar atrás, eu faria diferente, que é estudar. Eu conheço 20 países diferentes, mas ainda sinto alguma dificuldade por não ter muito estudo. Era essa a coisa que eu queria mudar na minha vida, ter a oportunidade de estudar. C&C: O senhor se sente uma pessoa realizada? JAS: Me sinto completamente realizado com a minha vida. Eu tenho meus negócios, e tenho minha família do lado para todas as decisões. Tenho seis filhos e os seis estão aqui dentro me ajudando e é para eles que eu vou deixar tudo isso. Quero trabalhar mais um pouco, até o começo do ano que vem, quem sabe, e depois passar para eles a administração. Mas é claro que vou continuar aqui dentro, só que de uma forma mais tranquila, apenas observando as coisas. Essa realização é o que me faz pensar que todo o esforço do começo valeu a pena.
A empresa produz perfis de alumínio, que servem como base para esquadrias
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MATERIAIS
Port達o A ENTRADA DA SUA CASA MAIS BONITA E SEGURA
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rande, médio ou pequeno, eles se revelam componentes indispensáveis nas casas dos brasileiros, principalmente pela segurança, mas também, é claro, pela estética. Por isso, os portões de entrada são motivo de muita dúvida na hora de se escolher qual o modelo ideal. Temos que avaliar bem e considerar alguns fatores importantes, como dimensão, estilo arquitetônico, tipo de abertura, funcionalidade e sem nunca esquecer, a qualidade do material. Se você está construindo sua casa, seu prédio, condomínio, ou simplesmente deseja dar uma nova cara ao seu imóvel, a primeira recomendação é verificar as medidas da área onde o portão será instalado. Para uma garagem doméstica, por exemplo, deve se levar em consideração, a altura do veículo, a largura necessária para o trânsito, deixando uma folga para circulação.
Materiais
Antes de escolher o sistema de automação é preciso identificar fatores como dimensão, peso, e detalhes do tipo de abertura dos portões.
e muito grandes; e os de correr ou basculantes para portões automatizados. Portões de abrir: verifique se o espaço necessário para a abertura das folhas estará desimpedido ou se um carro não irá atrapalhar. O ideal é a abertura para dentro. Portões de correr: verifique se há espaço para as folhas correrem, sendo que elas não podem invadir a casa do vizinho e nem impedir a abertura do portão de pedestre. Portões basculantes: como funcionam com um contrapeso, necessitam de uma viga superior para se movimentar. Verifique se é possível ou esteticamente desejável.
Automáticos quem precisa de um grande fechamento. Portão de Madeira: na maioria das vezes, de muita beleza, porém exige alguns cuidados essenciais para que o material não seja danificado. Antes da instalação, é importante que a madeira esteja envernizada ou pintada, evitando desta forma danos na matéria-prima.
Portão de ferro: Com esse material, o portão se torna uma peça pesada, que manualmente é difícil de lidar. Optando por esse modelo deve-se escolher também um motor forte. E para que o portão não seja danificado pela ferrugem, é importante pintá-lo periodicamente.
Formas de abertura
Portão de aço: mais leve e duradouro, o alumínio é uma boa possibilidade para
Abrir, de correr, basculantes e pivotantes. Prefira os de abrir para portões manuais
Antes de escolher o sistema de automação é preciso identificar fatores como dimensão, peso, e detalhes do tipo de abertura dos portões. Escolha um fabricante conhecido e preste atenção na forma de abertura. É extremamente necessário também verificar periodicamente o alinhamento das peças para não comprometer o motor e a estrutura do portão. Portões de correr ou basculantes funcionam melhor quando automatizados. Portões de abrir com duas folhas
Os portões de aço ou ferro dão o toque de modernidade às entradas Clássicos, os portões de madeira necessitam cuidados especiais antes e depois de instalados
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precisam de dois motores, por isso é comum vermos uma abrindo antes da outra ou a abertura ocorrer em pequenos trancos após algum tempo de uso. Pronto ou sob medida: Os portões já prontos no comércio têm menor custo. Já se tratando dos feitos sob medida, eles têm a vantagem de se adequarem perfeitamente ao espaço e a forma de abrir desejada, além da liberdade com relação aos materiais, formas ou desenhos.
Instalação Geralmente é simples e exige basicamente estrutura elétrica para a fiação e portões em bom estado. Para evitar prejuízos maiores, não tente instalar ou consertar o aparelho por conta própria. Chame empresas especializadas e de respeito no mercado.
Tempo Se você acha que seu portão demora para abrir e para fechar, saiba que existe solução. Dentro do motor do portão tem uma caixinha preta - que é a caixa de comando do controle. Dentro dessa caixa de comando existe um botão que mostra o tempo de fechamento do portão. Alguns têm o fechamento em 10 segundos, 30 segundos, 45 segundos, 1 minuto. Depende muito da regulagem de cada um. Lá você pode alterar esse tempo. Caso essa alteração não lhe satisfaça, devido ao tipo e peso do seu portão, existe a possibilidade de instalar as chamadas centrais inversoras. Robustas, elas dobram a velocidade do motor e em alguns modelos triplicam, refletindo em uma operação muito mais rápida. Em alguns casos, enquanto um portão com
central normal ainda esta fechando, uma central inversora poderia realizar três operações seguidas (fechamento e abertura). As centrais inversoras não somente se prestam a aumentar a velocidade, elas são mais duráveis e fazem uma partida gradual e inteligente do motor, fazendo este durar mais e consumir menos. Ainda aguentam mais acionamentos por minuto e, por isso, são preferidas em altos-fluxos como condomínios e empresas. Se você esta preocupado com a segurança, uma central inversora é o sistema automatizado mais indicado para o seu portão. Outra solução menos usual é alterar as engrenagens do seu motor para uma com velocidade maior. Mas isso vai depender do mecanismo já existente ser compatível com o novo.
É importante que os portões de madeira sejam envernizados ou pintados periodicamente Os portões de alumínio são os mais procurados atualmente, por serem leves e duradouros
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MERCADO
Maquetes A PARAÍBA SAI NA FRENTE COM O DESENVOLVIMENTO DE MAQUETES DIGITAIS
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ma inovação que promete causar uma verdadeira revolução no mercado imobiliário está sendo desenvolvida na Paraíba. O setor de criação de maquetes tem tudo para não ser mais o mesmo nos próximos tempos. As maquetes digitais, que agora passam a ser tratadas como verdadeiras animações virtuais, têm um potencial enorme em realismo, qualidade de apresentação e ganho de tempo na finalização dos projetos. A tendência promete dominar o mercado de criação de maquetes e refletir diretamente no relacionamento entre clientes e vendedores de imóveis, trazendo somente benefícios. A nova modalidade de apresentação imobiliária traz uma série de benefícios. Para começar, o tempo de produção, que em uma maquete tradicional pode levar até três meses, com o processo de animação virtual, esse período de espera cai para apenas cinco dias. Além disso, o realismo, a possibilidade de se fazer um verdadeiro tour virtual pelo imóvel que se está pesquisando mesmo antes da construção ter sido iniciada, coloca as maquetes digitais anos luz à frente de qualquer outro procedimento para visualização imobiliária já conhecido. Aqui no estado, um dos maiores maqueteiros, pioneiro na utilização da tecnologia digital na concepção dos projetos, Athos Rojas, explica que “alguns dos projetos atuais de maquetes digitais utilizam fotografias que não tem as dimensões reais do que está sendo construído. Nos nossos projetos, nós utilizamos uma linguagem fotográfica que demonstre o realismo de cada ambiente, porque o que nós queremos passar é o que realmente o cliente vai ver quando o imóvel estiver pronto. São técnicas feitas em conjunto pelo maqueteiro, pelo construtor e pelo arquiteto, que vai depois refletir também no trabalho do corretor de imóveis. É uma parceria, cada profissional atuando em sua área de domínio, que implica em uma animação virtual surpreendente, realística e com muito mais detalhes do quê o que vemos em outros projetos”. O especialista afirma ainda que, “além de toda a melhoria na qualidade de imagens, na apresentação do projeto, que se torna
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bem mais atraente para o cliente, outros fatores tornam os nossos serviços bem mais atrativos. Um desses atrativos é o tempo de produção. Enquanto vemos por aí maquetes sendo feitas em prazos de meses, nossas técnicas avançadas permitem que o cliente receba seu produto já finalizado, com imagens com qualidade de cinema, possibilidade inimaginável de interação em alguns dias. Com esse produto tão realista, tão completo de possibilidades de apresentação visual, os corretores também ganham na hora de repassar para um cliente tudo que ele quer ver dentro do imóvel. É uma cadeia de fatores que só traz benefício, desde a criação até a apresentação do produto final”, afirmou Athos Rojas. Com esse novo tipo de produto visual, que são as maquetes digitais, o ganho de produtividade também pode ser estendido aos decoradores, paisagistas e demais profissionais que trabalham na criação de ambientes. Isso porque, tendo-se uma noção exata de como o espaço ficará depois de pronto, com o realismo e a nitidez das imagens em altíssima definição aliadas à possibilidade de interação com a apresentação visual virtual, fica mais prática a criação de uma decoração, um acabamento que vá se encaixar perfeitamente aos gostos do comprador, bem como à disposição do
São técnicas feitas em conjunto pelo maqueteiro, pelo construtor e pelo arquiteto, que vai depois refletir também no trabalho do corretor de imóveis. Athos Rojas MAQUETEIRO DIGITAL
imóvel que está sendo adquirido. Com todas essas vantagens elencadas, a conclusão que se chega é que, em um espaço de tempo bem curto, as maquetes digitais, essas verdadeiras obras primas da linguagem cinematográfica aplicada ao mercado imobiliário, esse método inovador que está sendo desenvolvido primeiro na Paraíba vai determinar os segmentos da apresentação de imóveis e o tratamento na hora de concretizar uma negociação.
Athos Rojas, maqueteiro pioneiro na utilização da tecnologia digital
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MORAR BEM
Saúde CAMPINA EM MOVIMENTO NAS ACADEMIAS COMUNITÁRIAS
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stamos vivendo uma verdadeira “Era Fitness”, em que a vida saudável e a boa forma estão cada vez mais em gosto. Campina Grande é cenário de muitos eventos privados ligados ao mercado dos exercícios físicos que sempre contam com grande público e visibilidade. Atentando para esse novo estilo de vida e buscando a democratização dos treinamentos, diversas prefeituras em todo Brasil vêm instalando nos municípios as “academias ao ar livre” ou “academias populares”. Campina Grande é uma das mais de 1000 cidades que adotaram a medida e possui equipamentos para exercício em vários pontos, tais como: Parque da Criança, Açude Velho, Praça Professor Lopes de Andrade - também conhecida como Praça da FIEP-, Juscelino Kubitscheck, Praça da igreja da Palmeira, entre outras. Além de tirar inúmeros jovens e idosos do sedentarismo, as academias ao ar livre se tornaram um espaço de convívio comunitário, onde os cidadãos que buscam exercitar-se encontram não só a estrutura e os equipamentos para os exercícios físicos, mas também muita descontração e interação com o próximo. “Para mim não tem coisa melhor! Venho, faço meus treinos, converso com o pessoal que está sempre por aqui, dou risada. É maravilhoso não só para o corpo, mas para a mente também”, disse Christina Mendes, dona de casa e frequentadora assídua das academias populares.
Mesmo oferecendo o espaço físico para a prática de uma vida mais saudável, a Prefeitura Municipal de Campina Grande também realiza o projeto “Mexe Campina” que já se tornou referência, ganhando em 2014 o primeiro lugar na categoria “Programa de Maior Visibilidade de Promoção a Saúde e Qualidade de Vida”, em um congresso promovido pelo Ministério da Saúde entre as secretarias de saúde de todo o Brasil. O “Mexe Campina” envolve diversos profissionais das mais variadas áreas, como: Educadores físicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e técnicos de enfermagem. Suas principais atividades são aulas de ginástica, alongamento, aferição de pressão arterial, peso e altura, e orientação para a prática de atividades físicas. Esse trabalho é realizado diariamente em dois turnos – manhã e fim da tarde - nos locais em que se encontram as academias populares. Contudo, o projeto não se limita só a isso e também realiza outras atividades, sobretudo, nos meses de junho, outubro e novembro quando acontece o São João, o combate ao câncer de mama e o combate ao câncer de próstata, respectivamente. Além de ações pontuais e parcerias que ocorrem nesse período, o “Mexe Campina” ainda oferece mensalmente a “Caminhada da Lua” e coordena um trabalho com crianças, cadastrando escolinhas de futebol, equipando-as e orientando os professores responsáveis, em um projeto denominado “Meninos de Ouro”.
Para Jefferson Pimentel, educador físico do projeto, o “Mexe Campina” é um grande sucesso e assim o é porque muitas parcerias são firmadas com diversas secretarias e serviços. “São nessas parcerias que conseguimos atingir uma maior gama da população, parceria não só com a Secretaria de Saúde, mas todas as outras secretarias a exemplo da STTP, com quem realizamos o “Maio Amarelo” e conseguimos atingir e até passar nossas metas”, explicou Jefferson. Dessa forma, pode-se perceber que as atividades físicas a cada dia migram mais para o espaço público e que a popularização dos exercícios e dos cuidados com o bem-estar é de essencial importância para aumentar a qualidade e a expectativa de vida, sem contar que medidas como essas atendem a todos os tipos de classes sociais deixando mais acessível para pessoas carentes a prática esportiva e os cuidados com a saúde. No século do Whatsapp, Instagram e TV por assinatura, o sofá se torna bem mais convidativo, por isso é muito benéfico para a sociedade ter incentivos desse tipo em ação e, principalmente, contar com jovens e idosos que não se acomodam e se preocupam com a saúde, procurando levar uma vida em movimento. Desculpas, como não ter tempo ou dinheiro, não funcionam mais, pois as academias estão lá 24h, profissionais capacitados são oferecidos em grande parte do dia e tudo é de graça. Diante disso, fica a pergunta: você já se exercitou hoje?
Academia comunitária municipal no largo do Açude Velho
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REALIDADE
Água ENFRENTANDO A SECA COM CUIDADOS E ECONOMIA
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ão há como não pensar em outra atitude se não poupar e utilizar de maneira consciente a água. A crise hídrica, a seca que sempre atingiu o Nordeste do Brasil, se afetou de tal forma que, nos últimos quatro anos, não se vê outra opção para a população da região que não a de economizar os poucos recursos hídricos que ainda restam. Com
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isso, alguns equipamentos para o armazenamento de água se tornaram uma verdadeira “febre” de vendas nas lojas de materiais de construção. Dentre esses utensílios, as caixas d’água podem ser destacadas como uma das principais formas utilizadas pela população para armazenamento do líquido tão precioso. No mercado atual, existe uma infinidade de marcas e tamanhos de
caixas d’água disponíveis. No entanto, o destaque, como revela o empresário Gilberto Sousa, dono da loja Sousa e Silva Construções, que fica no bairro da Palmeira em Campina Grande, os mais vendidos são os reservatórios de 500 litros. “Existem caixas de vários tamanhos por aqui. Mas as mais vendidas são as de 500 litros. Isso porque além de ser
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uma quantidade boa de água que pode ser armazenada, ela tem um tamanho prático, que serve tanto para as casas, quanto para os estabelecimentos comerciais e até para algumas empresas de construção que têm buscado esses equipamentos. Os preços também são bastante atrativos, por isso, para enfrentar essa crise atual e esta seca que está muito forte nos últimos anos, as vendas desse modelo têm crescido bastante”, explicou o empresário.
Cuidados Para armazenar água em casa, alguns cuidados são necessários. Apesar da necessidade de combater a seca, é preciso entender que, se não houver precauções com o local onde a água ficará armazenada, outros problemas surgirão, como por exemplo, a proliferação de doenças. A dengue é uma delas
As mais vendidas são as de 500 litros. Isso porque além de ser uma quantidade boa de água que pode ser armazenada, ela tem um tamanho prático que serve tanto para casas, quanto para estabelecimentos comerciais. Gilberto Sousa EMPRESÁRIO
e as principais campanhas de divulgação do Ministério da Saúde falam dos problemas causados pela água parada. “É importante que o comprador, quando for adquirir sua caixa d’água, compre uma que já venha completa, com tampa e demais acessórios. Dessa maneira, o cidadão vai poder armazenar água em casa e não vai ter problemas com criadouros de mosquito da dengue e essas doenças que são ocasionadas pelos mosquitos que se reproduzem na água parada e acumulada em determinados locais”, explicou a gerente de vigilância ambiental de Campina Grande, Rossandra Oliveira. O ideal é que o reservatório de água escolhido para enfrentar o período de estiagem seja higienizado periodicamente e mantido sempre bem tampado, o que evitará a proliferação de doenças e manterá a água limpa para o uso.
As caixas d’água necessitam de manutenção regularmente O tamanho do reservatório vai variar de acordo com a quantidade de pessoas que farão uso dele
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MEIO AMBIENTE
Vida CONHEÇA A HISTÓRIA DE MARIA DE LOURDES, QUE HÁ 2 ANOS VEM MUDANDO A HISTÓRIA DE UMA DAS RUAS DO BAIRRO DO CATOLÉ Por Thaise Carvalho
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que você faz para colaborar com o planeta em que vivemos? Através das suas ações o mundo será melhor para os seus filhos e netos? Para Maria de Lourdes Pires Cavalcanti sim. Advogada aposentada, ela dedica grande parte do seu dia a cuidar de plantas. Em sua casa há diversas espécies. Mas não é só na sua casa não. Na rua em que mora também. Lourdinha, como é mais conhecida, cultiva um jardim a céu aberto. Há 2 anos, quando se mudou para a Rua Maria de Souza Ribeiro, no Catolé, já existiam algumas árvores, como algarobas e pés de oliveiras, mas ela achou pouco e plantou ipês, trepadeiras, orquídeas, girassóis e tantas outras plantas. Lourdes arca com todas as despesas, desde as mudas e adubo até ao jardineiro que lhe ajuda. A água utilizada para regar as plantas é de um poço que ela abriu no prédio onde mora.
Lourdes arca com todas as despesas, desde as mudas e adubo até ao jardineiro que lhe ajuda. A água utilizada para regar as plantas é de um poço que ela abriu no prédio onde mora.
Esse amor pelo meio ambiente, Lourdes herdou de sua mãe. Cresceu a vendo cuidar de cada planta com muito amor e com ela aprendeu a importância desse ser vivo para nossa vida.
de preservação da natureza, mas ela tinha uma consciência que ultrapassava o tempo dela. Ela usava uma frase muito interessante: ‘O meio ambiente revela quem nele vive’”, comenta Lourdinha.
“Na época dela não tinha essa consciência
Na área profissional, Lourdes também
seguiu o mesmo caminho, trabalhando em um órgão que tem como missão preservar o meio ambiente. “Trabalhei no Ibama durante quase 30 anos. Sou procuradora, briguei com peixes grandes quando eles estavam devastando, degradando. Eles eram autuados, os processos paravam em minhas mãos, muitos dos quais eu mantinha a multa e pedia que tentassem reverter a devastação. Mas quando você extermina uma grande área, morrem muitos animais e isso não tem como ser revertido”. Todos nós sabemos que as plantas desempenham um papel fundamental na manutenção do meio ambiente, consequentemente, para a nossa vida. Elas absorvem o gás carbônico e liberam oxigênio. Auxiliam na limpeza do ar, eliminam o vapor d’água na atmosfera, ajudando a diminuir os danos causados pelo clima. Por esses e outros motivos elas nos fazem bem e a outros seres vivos. Lourdes lembra com carinho de um pensamento que diz que não devemos prender os pássaros e as borboletas, mas sim cuidarmos bem do nosso jardim porque assim elas voltarão. Se pensarmos assim podemos abranger mais seres, além dos pássaros e borboletas. Pelo amor e cuidado que a Lourdes
Maria de Lourdes dedica parte do seu tempo para cuidar das plantas da sua rua
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tem com suas plantas ela sempre recebe visitas de pessoas que passam, fazem registros e tiram dúvidas de como cuidar de cada espécie. Lourdes também acolhe escolas e compartilha conhecimentos com centenas de crianças, que já se mostram preocupadas com o futuro do nosso planeta.
pois ela se recupera de um acidente que sofreu justamente enquanto cuidava de suas plantas. Passou alguns meses afastada e agora está retornando aos poucos. Confessa conversar com cada uma de suas plantas e as trata pelo nome: “Elas receberam o nome dos meus filhos, netos e amigos especiais”, comenta Lourdinha.
Mas da mesma forma que há pessoas que assim como a Lourdes semeiam o bem, há também aquelas que insistem em acabar com o verde que encontram, seja em pequena ou em grande escala. E então, mais uma vez, a guardiã do jardim da Rua Maria de Souza Ribeiro entra em ação para tentar conscientizar quem arranca uma planta, quem atira nos pássaros ou maltrata de alguma forma o que nos faz tão bem.
E assim, as plantas de seu jardim estão crescendo, florescendo e embelezando o local. Depois que elas estiverem perfeitas, Lourdes voltará a se dedicar também ao jardim que ela criou na rua em que morava anteriormente, na Epaminondas Câmara, também no Catolé. Atualmente a prefeitura está realizando serviços no local que acabaram prejudicando algumas flores. Mas Lourdes plantará novas sementes que, assim como as outras, germinarão e embelezarão novamente o local.
Quem passar hoje pelo jardim da Lourdes não vai encontrá-lo em sua melhor fase,
Herança Amor de mãe, que passou para a filha e agora para a neta. Ana Julia, de 8 anos gosta de plantas como sua avó Lourdinha. “Ela realmente gosta e sempre que vê uma semente fala que vai trazer para mim. Ela já tem consciência de que é preciso cuidar da natureza porque dependemos dela para viver”, comenta a avó com orgulho. Lourdes acredita que esta é sua missão, cuidar das plantas. E diz que enquanto puder, semeará essa boa nova: “nosso verdadeiro lar é o nosso planeta. Se a gente não cuidar dele, em breve seremos exterminados. No dia em que tombar a última árvore, com ela tombará o último ser vivente”.
Maria de Lourdes diz que o amor pelas plantas é uma herança de sua família, passada de geração a geração
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DECORAÇÃO
Ilumine UTILIZANDO LUSTRES E LUMINÁRIAS DE ACORDO COM O SEU OBJETIVO DE ILUMINAÇÃO
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ma iluminação pode fazer toda a diferença em um ambiente. E utilizar um lustre ou luminária pode dar o toque especial de estilo que uma casa precisa. Para nos dar dicas de como utilizar esses itens em ambientes de uma casa, convidamos a Atemporal Arquitetura, formada pelos Arquitetos Urbanistas André Pimentel, Fabiana Florentino e Giovanni Holanda e que atua no mercado há quase três anos, desenvolvendo projetos arquitetônicos, urbanísticos, design de interiores e luminotécnicos.
Luminárias As luminárias são equipamentos que distribuem a luz emitida pelas lâmpadas. Assim, pode-se dizer que elas têm a função de direcionar a luminosidade de forma eficiente e eficaz para a tarefa visual, devendo ser capaz de evitar o desconforto ou ofuscamento, podendo ainda ter a capacidade de filtrar e modificar a luz emitida. Além disso, uma boa luminária deve ser segura e adequada, tanto no aspecto elétrico quanto no
mecânico. Existem luminárias que só dirigem luz para baixo, outras só para cima e outras para cima e para baixo. Cada luminária apresenta uma forma de distribuição da luz organizada em curvas ou tabelas, que se denomina de distribuição da intensidade luminosa. Esses dados constituem uma das informações mais importantes que um fabricante pode apresentar no seu catálogo para ajudar na escolha apropriada das luminárias. São fabricados diversos tipos de luminárias, como os lustres, os pendentes, as luminárias de embutir, de sobrepor (plafon), de mesa, de parede (arandelas), balizadores, embutidos de pisos, entre outros. Na verdade, o que irá definir a escolha do tipo de luminária será o uso ao qual essa se destina. No entanto, uma vez escolhido o tipo da luminária, ainda se faz necessário observar diversos fatores técnicos, tais como o tipo de lâmpada a ser utilizada, a forma de distribuição da luz, a angulação e intensidade do facho, o índice de proteção, entre outros itens. As luminárias podem ser utilizadas em qualquer ambiente. O cuidado que
Antes de utilizar um lustre deve-se sempre verificar a altura do pé direito, pois como eles são pendurados, só ficam bem em ambientes com teto mais alto.
deve existir é com relação à escolha das mesmas, pois esta deve ser feita de acordo com o ambiente. Se o desejo é uma iluminação geral, o mais adequado seria escolher luminárias do tipo plafons, por exemplo, que geram uma iluminação uniforme no ambiente.
A luminária pendente sobre a mesa é bastante utilizada hoje nas decorações Exemplo de lustre clássico com candelabros
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Já se o objetivo é uma iluminação de destaque, os spots com fachos mais concentrados e menor angulação são a melhor escolha. Para ambientes de trabalho é preciso uma iluminação mais clara e forte, o que pode ser conseguido com uma luminária de mesa. Cabe frisar que para escolher uma luminária também é necessário considerar se ela será utilizada em ambientes internos ou externos e questões como eficiência energética e rendimento máximo da luminária (qual a porcentagem de luz que ela reflete).
Lustres Lustre é um tipo de luminária que usa o sistema de suspensão da luz. Ramifica-se em diversos “braços”, cada um com uma fonte de luz difusa (lâmpada ou vela), sendo este o seu diferencial em relação ao pendente, o qual possui apenas uma saída de luz concentrada para baixo. Existem os lustres tradicionais, que são aqueles com candelabros e que fazem referência a uma ambientação voltada para o estilo clássico, e os lustres mais despojados, que embora não apresentem mais os candelabros, ainda possuem
diversos “braços” e fazem uma releitura do primeiro tipo. Ambos podem ser de cristal, madeira, metal e até mesmo em acrílico. Todos conferem charme e elegância ao ambiente. Os lustres são luminárias que trazem bastante requinte ao ambiente. Grandes lustres ficam incríveis em salões e casas de festas, já os medianos caem muito bem em salas de jantar ou estar, enquanto que os menores podem ser encontrados em quartos com estilo clássico. No entanto, antes de utilizar um lustre deve-se sempre verificar a altura do pé direito, pois como eles são pendurados, só ficam bem em ambientes com teto mais alto.
Luminárias modernas complementando a decoração da sala Modelo de luminária pendente com foco no destaque de um local específico do ambiente
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FIQUE SABENDO
Alicerce O PASSO ESSENCIAL PARA UMA OBRA DURADOURA E SEGURA
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ma casa precisa de uma boa base sólida e que seja bem executada para assegurar o sucesso da construção e a tranquilidade dos moradores. Para isso é essencial que os alicerces sejam construídos com zelo e técnica, garantindo assim a segurança posterior da obra. Mas o que é esse tão falado item crucial para todas as construções? Na verdade, os alicerces são as vigas de concreto armado que, nas obras tradicionais, se apoiam em cima das sapatas, se interligam com os pilares de sustentação e servem de base para as paredes de alvenaria.
Passo a Passo 1- MARCAÇÃO NESTA ETAPA, DEVE-SE DESENHAR A PLANTA DA OBRA NO TERRENO COM O USO DE ARAMES ESTICADOS; 2 - ESCAVAÇÃO É A PERFURAÇÃO EM FORMA DE FALAS EM BUSCA DE UM TERRENO MENOS MOLHADO E MAIS RESISTENTE ONDE O BALDRAME DA EDIFICAÇÃO FICARÁ APOIADO. TRADICIONALMENTE, AS VALAS POSSUEM CERCA DE 30 CM DE PROFUNDIDADE, MAS ISSO PODE VARIAR DE SOLO PARA SOLO; 3 - SAPATAS INICIA-SE AÍ AS PERFURAÇÕES PARA FAZER OS BLOCOS DE FUNDAÇÃO QUE GERALMENTE POSSUEM 60 CM DE PROFUNDIDADE E DEVEM ESTAR EMBAIXO DE ONDE FICARÁ UM PILAR DE SUSTENTAÇÃO;
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As vigas do alicerce têm, aproximadamente, 10 cm de largura por 30 cm de altura e são preenchidas com concreto. Os ferros utilizados nelas variam de acordo com a edificação, mas geralmente, a mesma ferragem utilizada no alicerce deverá ser usada nos pilares de sustentação. Uma dica importante é saber que o concreto utilizado no preenchimento das formas do alicerce precisa ser feito em betoneira. Caso não a tenha, procure traçar a areia e a pedra juntas e evite encharcar o concreto, pois o excesso de água é prejudicial para a sua resistência.
Os alicerces são vigas de concreto armado que, nas obras tradicionais, se apoiam em cima das sapatas, se interligam com os pilares de sustentação e servem de base para as paredes de alvenaria.
4- LASTRA DE BRITA DEVE-SE PREENCHER AS VALAS E AS SAPATAS COM UMA CAMADA DE BRITA E COMPACTÁ-LA COM PORRETES ATÉ QUE O SOLO FIQUE MAIS RESISTENTE; 5- ARMADURA DAS SAPATAS E DO BALDRAME NESSE MOMENTO SÃO COLOCADAS AS COLUNAS DE VERGALHÃO QUE REFORÇARÃO AS SAPATAS E O BALDRAME; 6- CONCRETAGEM DO BALDRAME ÚLTIMA FASE DO BALDRAME. O CIMENTO É DESPEJADO POR CIMA E AS FORRAS DE MADEIRAS SÃO RETIRADAS; 7- ALVENARIA DE EMBASAMENTO É UMA FIADA DE BLOCOS PREENCHIDOS COM CONCRETO COM A FUNÇÃO DE ELEVAR O NÍVEL DA CASA PELO MENOS 15CM DO SOLO. ATENÇÃO: NÃO SE ESQUEÇA DE PASSAR TODA A FIAÇÃO E TUBULAÇÃO NECESSÁRIA ANTES DA CONCRETAGEM;
8- IMPERMEBEALIZAÇÃO NESSA ETAPA, COM UMA DESEMPENADEIRA, UMA EMULSÃO ASFÁLTICA É COLOCADA PARA REGULAR OS BLOCOS QUE RECEBERÃO AS BASES DAS PAREDES E ASSIM EVITAR PROBLEMAS COM UMIDADE NO FUTURO; 9- PREPARAÇÃO DO PISO ATERRE A PARTE INTERNA DO ALICERCE E POR CIMA COLOQUE UMA CAMADA DE BRITA QUE SERÁ COMPACTADA COM PORRETES E EVITARÁ UMIDADE E AUMENTARÁ A RESISTÊNCIA DO PISO. 10- CONCRETAGEM DO CONTRA PISO É A MONTAGEM DO CONHECIDO “PISO GROSSO” DA FUTURA EDIFICAÇÃO. SUA ESPESSURA TRADICIONALMENTE É DE 7 CM.
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OS FERROS UTILIZADOS NAS VIGAS DO ALICERCE VARIAM CONFORME A ESTRUTURA DA EDIFICAÇÃO, MAS NO GERAL PARA UMA CASA DE ATÉ DOIS PAVIMENTOS ACEITA-SE 4 FERROS DE 3/8 AMARRADOS ENTRE SI COM ESTRIBOS DE FERRO 3/16. OS ESTRIBOS DEVEM TER ENTRE 15 CM E 20 CM DE DISTÂNCIA UM DO OUTRO. A MESMA FERRAGEM UTILIZADA NO ALICERCE DEVERÁ SER USADA NOS PILARES DE SUSTENTAÇÃO
Finalização da armadura da sapata e do baldrame, que reforçarão a estrutura do alicerce Alicerce pronto para receber a alvenaria da construção
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ESPECIAL
Promina UM GRUPO EMPRESARIAL PARAIBANO VISIONÁRIO
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uitas ideias afuniladas em duas frentes de negócios. Essa é a melhor descrição do grupo empresarial paraibano PROMINA, que atua no mercado de mineração e construção civil desde 2007, com o objetivo de atender a demanda nas áreas de consultoria em mineração e meio ambiente e de locação de máquinas e equipamentos para construção, sempre com foco na inovação. Idealizada pelos sócios Renan Guimarães de Azevedo, João Bosco Burgos Costa e Epitácio Daniel de Vasconcelos Neto, todos com graduação e mestrado em engenharia de minas, a PROMINA está se destacando no mercado paraibano por suas ideais visionárias, oferecendo serviços de excelência para o andamento de projetos de engenharia. Inicialmente, surgiu a PROMINA Projetos de Mineração e Serviços de Engenharia, atualmente sediada em João Pessoa, que hoje é responsável pelo setor de consultoria e projetos de engenharia do grupo. Posteriormente, vendo a necessidade do mercado, o grupo instalou em Campina Grande a PROMINA Locação de Máquinas e Equipamentos, separando os ramos de atuação e atendendo a demanda gerada pelo crescimento acelerado do número de obras de engenharia na Rainha da Borborema.
prazos estabelecidos pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Gestão ambiental: Os empreendimentos que exercem atividades potencialmente poluidoras ou que, de alguma forma, possam causar degradação ambiental, só podem concretizar sua instalação, ampliação e operação mediante o controle e a aprovação dos órgãos ambientais pertinentes, através do “Licenciamento Ambiental”. A PROMINA acompanha e assessora o empreendedor no cumprimento de todas as etapas para o completo licenciamento. Florestal: A exploração de florestas e formações sucessoras, tanto de domínio público como de domínio privado, depende de prévia aprovação do Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) pelo órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). A PROMINA presta serviços de elaboração de planos de manejo florestal sustentável e de supressão vegetal, bem como auxilia no cadastro ambiental rural, que é obrigatório para todos os imóveis rurais.
Já em Campina Grande, o foco da PROMINA é oferecer máquinas e equipamentos capazes de aperfeiçoar uma obra quanto à produtividade, qualidade, segurança e agilidade, com uma significativa redução de custos para o cliente. Por isso, a PROMINA - Locação de Máquinas e Equipamentos, administrada pelo engenheiro Epitácio Daniel de Vasconcelos Neto, disponibiliza para locação máquinas e equipamentos dos melhores fabricantes do mercado e técnicos especializados para prestação de serviços para empresas e pessoas que atuam direta ou indiretamente nos segmentos da construção, mineração, energia, eventos, metalurgia, comércio e serviços. Conheça algumas das áreas atendidas pela PROMINA para aluguel de máquinas: Elevação de cargas e pessoas: São equipamentos que conferem soluções seguras e econômicas para o deslocamento de pessoas e cargas pesadas em alturas elevadas.
Em João Pessoa, a PROMINA atua sob a administração dos engenheiros João Bosco Burgos Costa e Renan Guimarães de Azevedo, no segmento de consultoria e serviços de engenharia, assessorando empresas, além de elaborar e executar estudos, projetos, perícias técnicas, laudos, pareceres e planejamentos, através de uma equipe técnica multidisciplinar e de consultores associados. Hoje, a PROMINA - Projetos de Mineração e Serviços de Engenharia desenvolve trabalhos em diversas áreas, incluindo engenharia de segurança do trabalho, georreferenciamento, levantamento topográfico, e projetos para outorgas d’água. Além disso, a empresa se destaca com os seguintes serviços: Mineração: A PROMINA realiza os serviços de planejamento e pesquisas relacionados às áreas de pesquisa mineral, lavra de minas e beneficiamento de minérios, garantindo as exigências do órgão competente, bem como o acompanhamento da tramitação de processos e dos
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A PROMINA dispõe de máquinas para os vários setores da construção civil
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Terraplanagem: São as máquinas utilizadas para escavação, movimentação de terra ou entulho, abertura de valas, nivelamento, compactação, remoção de raízes profundas e carregamento de caminhão. Canteiros de obras: São os equipamentos que apoiam e infraestruturam o canteiro de obras e/ou eventos de curta duração. A PROMINA dispõe de Containers utilizáveis como escritórios ou almoxarifados, grupos geradores de energia e torres de iluminação equipadas com geradores a diesel. Equipamentos para concreto: Cada modelo é projetado para fazer o trabalho de forma confiável e eficiente: betoneiras, vibradores, alisadoras de piso e cortadoras de concreto, paredes e pisos. Ferramentas elétricas e industriais: Uma linha completa de ferramentas elétricas e industriais para construção, reforma ou manutenção: serra mármore, marteletes, furadeiras, esmerilhadeiras, lixadeiras, policortes, serras de bancada, serras circulares, máquinas de solda, cortadores de relva etc. Tubulares: Utilizados em todos os tipos e obras, os andaimes e escoras tubulares conferem segurança, baixo custo e economia de tempo.
Alugar é vantajoso? A resposta é SIM. Alugar máquinas para obras é mais vantajoso do que comprá-las. Isso porque, sem grandes dispêndios em equipamentos, os recursos serão liberados no negócio principal do cliente. Quem escolhe o aluguel de equipamentos elimina as incertezas com o futuro, tendo em vista de que se o cenário mudar ou o projeto apresentar problemas basta devolver os equipamentos à locadora. Ou seja, somente pagar quando necessitar dos equipamentos. Quando se aluga, não há custos sobre a propriedade, custos financeiros e depreciação, sem contar que é possível lançar os valores pagos como despesas. O construtor controla seus custos, simplificando a operação, já que a única variável é a tarifa de locação, diferente das despesas de quem compra o equipamento, que além do investimento inicial alto, ainda precisará arcar com os custos adicionais de manutenção, como garantias, seguros,
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manutenções preventivas e corretivas, armazenamento, impostos e logística. Outra vantagem da locação é poder escolher o equipamento certo para sua obra, dentre as várias opções oferecidas pela empresa de locação, evitando improvisos. Além disso, ao alugar o equipamento, o construtor elimina os custos com armazenagem, o que libera a empresa da necessidade de grandes espaços para guardar os equipamentos e de manter oficinas, estoque de reposição e técnicos/mecânicos em seu quadro. É responsabilidade da PROMINA Locações encontrar uma solução rápida, através de seu serviço técnico especializado, em casos de quebra ou danos aos equipamentos, fazendo o devido reparo ou troca quando necessário. Isso gera, inclusive, outra vantagem: a redução do tempo de parada da obra por falha no equipamento, que será rapidamente trocado ou consertado quando possível.
Tendências O setor de construção civil está inserido nas incertezas que rondam o crescimento da economia Brasileira. Embora seja um momento de cautela, a PROMINA tem boas perspectivas para o segmento de locação. Segundo Epitácio Daniel, diretor administrativo da PROMINA Locações, “o esfriamento das atividades da construção civil poderá ser uma oportunidade para as locadoras de máquinas e equipamentos. O fato de ser um momento em que as empresas de construção estão buscando a redução do endividamento influencia na preferência pela locação ao invés da compra”. Epitácio Daniel destaca ainda dois pontos favoráveis: a praticidade da locação e a tendência de mecanização das obras. “A locação é mais prática e, por isso, vem sendo opção para a maioria das construtoras. Afinal, ao comprar o equipamento, a construtora acaba arcando também com o ônus de manter um operador habilitado, ainda que ocioso, realizar a manutenção, disponibilizar área para armazenamento, dentre outros”. A depreciação dos equipamentos também deve ser levada em conta. “Em três anos, um equipamento perde até 60% de seu valor e, normalmente, os equipamentos comprados por construtoras têm duração mínima de cinco anos. Se começa a dar muita manutenção, o custo da obra parada
por falta de equipamento é elevado. Além de bons equipamentos, as empresas buscam assistência diferenciada e velocidade na operação, necessitam de apoio individualizado e manutenção condizente com o ritmo das obras”, explicou Epitácio. É notável a crescente busca por maior padrão de qualidade, rentabilidade, eficiência, economia e segurança. Isso impulsiona a mecanização dos processos de construção. “Atualmente é rara a realização de escavação manual e transporte do material em carrinhos de mão, por exemplo. Uma retroescavadeira ou mini escavadeira realizam o trabalho com mais qualidade, segurança, agilidade, utiliza menos hora/homem e, consequentemente, menos encargos sociais e trabalhistas. Quando o cliente põe na balança o custo de aluguel frente ao custo de outras formas de execução do serviço, acaba optando pela utilização de uma máquina específica para sua necessidade”, ressaltou o engenheiro. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Locadores de Equipamentos (ALEC), 30% das máquinas utilizadas em obras de grande e médio porte são alugadas, e espera-se que essa proporção chegue a 70% no futuro. “Não esperamos um crescimento significativo da economia brasileira em 2015 e 2016. Desta forma, é provável que os investimentos na infraestrutura sejam aqueles ligados às concessões de algumas rodovias, de obras de mobilidade urbana, de linhas de transmissão e de usinas geradoras de energia com fontes renováveis. No geral, o cenário de médio prazo exige cautela por parte das empresas locadoras de máquinas e equipamentos na administração de seus custos, com relação a realização de novos investimentos, na busca de redução do endividamento e no foco da sua atividade de excelência.”, concluiu Epitácio Daniel. Através do respeito ao cliente, compromisso com fornecedores, trabalho com responsabilidade, capacidade de inovação, investimentos em novas tecnologias e aperfeiçoamento dos processos, as empresas do grupo PROMINA seguem aumentando seus ramos de atuação, ampliando a equipe técnica e incrementando novos produtos para locação, atingindo novos mercados e atendendo cada vez mais as necessidades de seus clientes.
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MATERIAIS
Elétrica ENTENDA OS TIPOS E MATERIAIS DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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s instalações elétricas são um conjunto formado de partes elétricas e não elétricas associadas, com características coordenadas entre si, e responsáveis por parte do funcionamento de um sistema elétrico. Para melhor entendermos esse processo é bom ficar por dentro de sua classificação, considerando suas tensões de trabalho: BT ou Baixa Tensão: Possui nível de tensão maior que 50 volts em corrente alternada ou que 120 volts em corrente contínua. AT ou Alta Tensão: Caracteriza-se pelo nível de tensão maior que 1500 volts em corrente contínua ou 1000 volts em corrente alternada. EBT ou Extra Baixa Tensão: Tensão inferior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua Instalações Prediais: Instalações elétricas feitas em residências, comércios, indústrias, utilizando esquemas elétricos em plantas baixas, além de ferramentas e equipamentos de medição apropriados. Instalações de Reparos: Realizada em caso de acidentes ou de funcionamento anormal de uma instalação elétrica já existente. Este tipo substitui a antiga
instalação por uma nova, podendo ser trocada apenas uma parte ou todo o sistema. Instalações Temporárias: Geralmente realizadas em canteiros de obras ou edificações que estão passando por obras. São projetadas para uso limitado e desfeitas após a conclusão do trabalho, sendo substituídas pela instalação permanente. Instalações de Trabalho: É uma variação das instalações temporárias, na qual são feitos reparos na instalação existente, sem que seu funcionamento seja interrompido. Instalações Semipermanente: podemos dizer que esta é uma variação das instalações temporárias, porém projetada para ser usada por mais tempo. Geralmente, esse tipo de instalação elétrica é encontrado em construção de edificações ou em obras públicas.
Fios É importante nunca esquecer que eletricidade é coisa séria. Para tanto, os fios utilizados numa instalação devem ser escolhidos com muita cautela, já que sua função é conduzir a corrente, e se eles não fizerem isso de forma adequada, os problemas gerados dizem respeito à segurança e comprometimento do funcionamento dos aparelhos
A qualidade do quadro de distribuição e da instalação elétrica é fundamental para a segurança da casa.Um grande número de incêndios acontece por causa de instalações elétricas mal feitas e uso de matérial elétrico de baixa qualidade.
alimentados. Dependendo da intensidade da corrente conduzida, os fios devem obedecer a algumas exigências, como por exemplo,
Caixa de fusível com interruptores de segurança garantem o controle do vazamento de energia elétrica
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ter uma espessura apropriada: maior corrente significa a necessidade de usar fios mais grossos. Um fio mais fino também significa uma dificuldade maior para a corrente passar, ou seja, acaba existindo certa resistência. Ele “divide” a tensão da rede de energia em duas partes: uma usada para vencer a sua própria resistência e a outra para chegar ao aparelho alimentado. Já se tratando de um fio muito comprido alimentando um aparelho no final da instalação, isso pode significar problemas: O aparelho que deveria receber a tensão da rede para o qual foi especificado acaba recebendo uma tensão muito menor, o que pode afetar seu funcionamento. Nesta mesma instalação, um fio mais grosso pode reduzir a resistência e assim as perdas que ocorrem, obtendo-se um funcionamento melhor do aparelho que está distante.
Condutores Fio rígido: Também denominado de condutor sólido, geralmente usado nas instalações definitivas, consiste num fio de cobre único isolado por uma capa de material plástico. Fio flexível: Ou simplesmente “cabo”, formado por um conjunto de fios trançados ou compactados de modo que os fios de cobre mais finos fiquem bem juntos, sendo isolados por uma capa plástica. Este tipo de fio apresenta grande flexibilidade e por isso é usado nas aplicações em que se deseja movimentar o
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aparelho alimentado.
Ligação por debaixo da terra
Instalação
É formada por quatro fios entrando em casa: duas fases, um neutro e um fio terra. A ligação por baixo da terra é melhor, mais segura dura mais e é mais bonita.
Logo quando a alvenaria e lajes são feitas em uma construção, já se colocam os eletrodutos (também conhecidos como conduítes que carrega a fiação), na caixa de ligação – onde irão ficar as tomadas e os interruptores. Nas paredes são usados os eletrodutos flexíveis; e nos pisos e laje, o eletroduto rígido de PVC. Feito isso, o próximo passo é passar a fiação. Não esquecendo que o pedido de ligação e instalação do poste de entrada já deve estar concluído. Poste de entrada Com tamanho padronizado pela companhia de eletricidade, o poste de entrada deve ficar junto à divisa do terreno com a rua pelo lado de dentro. Medidor e disjuntor geral Os fios sempre devem passar pelo medidor, depois são ligados em um disjuntor geral. Esse disjuntor funciona com um interruptor que desliga sozinho quando a corrente elétrica passa dos limites. Toda a instalação elétrica precisa desse tipo de proteção. Fio terra A instalação do fio terra é de extrema importância na proteção das instalações da casa. O primeiro passo para isso é comprar uma barra de cobre e enterrá-la ligada ao fio que vai conduzir para o terreno qualquer carga elétrica parasita que apareça nas instalações ou nos aparelhos da casa.
Quadro de distribuição Deve ser feito com materiais de primeira qualidade, pois funciona como o coração da eletricidade de uma residência. Dele saem todas as ligações para tomadas, interruptores e lâmpadas. Evitando sobrecargas A qualidade do quadro de distribuição e da instalação elétrica é fundamental para a segurança da casa. Um grande número de incêndios acontece por causa de instalações elétricas mal feitas e uso de material elétrico de baixa qualidade. É fundamental também que os condutores sejam entendidos como equipamentos de alta segurança, com fios de boa qualidade, para se evitar sobrecarga e curto circuito. No mercado existem fios feitos com sucata de cobre, isso gera perda de energia e sobreaquecimento. Compre condutores de qualidade e dentro das normas oficiais. Lembre-se: qualidade em primeiro lugar. Fique alerta Fios e cabos elétricos para instalação predial, cuja embalagem não consta o selo INMETRO e/ou sem o nome do fabricante e/ou sem o CNPJ do fabricante, não podem ser comercializados. Fios e cabos cuja embalagem consta o selo INMETRO “falsificado” e não conste o nome e/ou CNPJ do fabricante, também são “falsos”.
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FIQUE SABENDO
Energia SUBESTAÇÃO ELÉTRICA: COMO FUNCIONA? Por Geneceuda Monteiro
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abos elétricos, torres de transmissão, transformadores, uma placa alertando para o perigo das altas voltagens. A descrição corresponde, minimamente, a uma subestação elétrica. Mas o que sabemos sobre tais estruturas, além de que não devemos nos aproximar sob o risco de sofrer uma descarga elétrica? É que, para além dos riscos, as subestações cumprem um papel determinante na distribuição da energia elétrica por serem responsáveis pelo processo. Em razão disso, antes de chegar em nossas casas, a eletricidade que sai das usinas é transmitida para estas estações, nas quais os transformadores aumentam ou diminuem a tensão elétrica. O modo como os transformadores operam é decisivo para evitar perdas de energia ao longo do percurso. Nesse sentido, a tensão elétrica é elevada e só é rebaixada nos centros urbanos, para distribuição da energia pela cidade. De forma simples, as subestações agem
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como pontos de entrega de energia para os consumidores. Porém, antes de ser entregue, a energia ainda passa pelos transformadores menores, aqueles instalados nos postes das ruas, que são responsáveis por reduzir a tensão ainda mais, antes de distribuí-la aos consumidores. Dessa forma, a energia elétrica que recebemos em nossas residências é fruto de um grande e complexo sistema de subestações, linhas de transmissão e usinas, que integram o Sistema Interligado Nacional (SIN). Em nossa região, contamos com a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf ). Localizada em Paulo Afonso, a Chesf interliga os estados do Nordeste e une a região aos sistemas das regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Considerado como um dos maiores sistemas de transmissão de energia elétrica em alta tensão do país, a Chesf possui 98 subestações, sendo 15 elevadoras de tensão, 76 abaixadoras de
tensão e 7 seccionadoras, com capacidade de transformação de mais de 43.000 *MVA. Em Campina Grande, onde existem atualmente oito subestações energizadas, a Chesf opera a Campina Grande II (230*KV) que é considerada a principal da Paraíba. As demais, quais sejam: Bela Vista (69KV), Campina Grande I (69KV), Alto Branco (69KV), Catolé (69KV), Aeroclube (69KV) e Borborema (em construção) são operadas pela Energisa Paraíba – Distribuidora de Energia S/A, conforme informado por Ricardo Marques Soares, gerente de planejamento da empresa. Finalmente, a cidade ainda conta com a Campina Grande III (500/230KV), que foi energizada em maio de 2015, pela Extremoz Transmissora do Nordeste (ETN), sócia da Chesf. *KV: Unidade equivalente a 1 mil volts *Megavolt Ampére (MVA): Unidade equivalente a 1 milhão de volts ampére
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OPINIÃO
BRITA SINTÉTICA Uma nova alternativa para um desenvolvimento sustentável
Magela Barros gmagelabarros@gmail.com É Engenheiro Sanitarista e Ambiental formado pela UEPB e atuante na empresa Mundialtech - Inovações Tecnológicas
A Brita Sintética derivada dos resíduos sólidos, possui propriedades de durabilidade e solidez bem superiores às rochas naturais.
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o total de 63 milhões de toneladas de lixo geradas anualmente no território brasileiro, mais de 30% apresentam potencial para a reciclagem. Mas atualmente no Brasil, apenas 3% do lixo produzido pela população é reciclado. Esses dados preocupantes são da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), com base em informações da International Solid Waste Association (ISWA), da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial. Uma nova alternativa está surgindo para solucionar essa problemática. Desenvolvida pelo pesquisador campinense, Romero Leite, que criou uma nova empresa preocupada com as questões ambientais (Mundialtech), sobre a qual falaremos um pouco mais em outro momento, a Brita Sintética surge com um raio de esperança e tem tudo para alavancar o desenvolvimento sustentável.
A Brita Sintética (pedra de resíduos sólidos), nome do agregado aqui apresentado, veio para modificar a indústria da construção civil, pois a pretensão é mudar a relação “construção civil x meio ambiente”. O apelo deste novo agregado supera as expectativas de muitos outros, pois utiliza recursos inorgânicos (resíduos sólidos), que agridem a natureza, deixando a construção civil mais sensível com os problemas da geração de lixo em nosso planeta. Sem falar que o material utilizado para a geração do agregado será encontrado nas zonas urbanas, onde é executada a maioria das construções. O agregado é 100% produzido a partir de resíduos sólidos. A pedra é resultante de algumas reações químicas de substituição eletrofíla aromática e os elementos utilizados em tais reações são o carbono, hidrogênio e o silício, todos encontrados facilmente nos aterros sanitários.
A brita sintética é sete vezes mais resistente que a brita natural e é totalmente produzida com os resíduos sólidos urbanos
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A brita sintética é produzida com os resíduos sólidos das cidades, beneficiando o meio ambiente com o reaproveitamento dos materiais dand0-os um proveitoso destino
A Brita Sintética derivada dos resíduos sólidos, possui propriedades de durabilidade e solidez bem superiores às rochas naturais. Sua invenção possibilitará uma grande revolução na construção, pelo conjunto de suas propriedades, entre elas a de moldabilidade, hidraulicidade, elevada resistência ao esforço e por ser obtida a partir de matérias-primas relativamente abundantes e disponíveis em todo o planeta.
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A utilização de rejeitos sólidos na fabricação da brita sintética proporciona ao material uma ideia de sustentabilidade. Além disso, a natureza estará sendo menos agredida pela produção de agregados para a indústria da construção civil. A criação da Brita Sintética representa um grande desenvolvimento para a indústria da construção civil. Seu uso proporciona a redução de custos, maior qualidade, e diversos outros benefícios,
tanto para a população das áreas de construção – com a utilização de seus resíduos sólidos, quanto para o meio ambiente de onde esses resíduos serão extraídos. Com o desenvolvimento desse projeto inovador, mostra-se então que é possível ter um produto de alta qualidade, de ótimo desempenho, dinâmico e múltiplo em sua funcionalidade, sem prejudicar a natureza.
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OPINIÃO
NÃO SAIU DO PAPEL Em 1999, o Centro de Campina Grande ganharia um Edifício Garagem
Emmanuel Sousa sousa.emmanuel@hotmail.com É Bacharel em Administração e em Ciências Contábeis (UEPB), com especialidade em Contabilidade Pública e LRF (UNINTER/ FURNe) e CRC 10.070/PB; É também professor universitário na UNIP/CG e co-Criador e co-Editor do Blog “Retalhos Históricos de Campina Grande”.
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o ano de 1999 foi apresentado um projeto para modernização e requalificação, para adaptação do Terminal de Passageiros Cristiano Lauritzen, nossa Rodoviária Velha, visando transformá-lo em um Edifício Garagem, em vias de atender à escassez de locais para estacionamento no Centro da cidade - problema que só aumentou ao longo dos anos seguintes.
O projeto belo, porém ousado, foi desenvolvido pelo arquiteto carioca Cydno Silveira, o mesmo que formatou o Edifício sede da FIEP, em Campina Grande, às margens do Açude Velho. A ideia de um edifício com cinco pavimentos destinados à estacionamento abrangeria, também, a exploração comercial, já tradicionalmente exercida naquele local. Com três pavimentos comerciais que totalizariam 5.500m².
A ideia de um edifício com cinco pavimentos destinados à estacionamento abrangeria, também, a exploração comercial, já tradicionalmente exercida naquele local. Com três pavimentos comerciais que totalizariam 5.500m².
Edifício Garagem seria construído onde está situada a Rodoviária Velha, no Centro de Campina Grande
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Além de contar com cinco pavimentos destinados à estacionamento, o projeto previa outros três para atividades comerciais
O projeto do Infoshopping foi apresentado no ano de 1999 Projeção aérea de como ficaria o empreendimento
O Infoshopping, como assim seria chamado, como edifício garagem, ofertaria 140 vagas para uso interno do shopping e mais 500 vagas para comercialização rotativa, distribuídas nos cinco andares. Além do estacionamento, o shopping teria foco em dois setores: informática e eletrônica; proporcionaria um centro
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comercial especializado, com capacidade para atender ao mercado de ‘hardware’ e ‘software’, bem como atividades educacionais. Já a área de eletrônica formaria um conjunto comercial de lojas de telefonia, vídeo, som, dentro da perspectiva de mercado de consumo urbano. Comporia os demais estabelecimentos do shopping lojas de especialidades,
alimentação e serviços. Passadas, quase, duas décadas desde sua apresentação, é bem óbvio que o projeto não foi executado. Continuamos com o Terminal Cristiano Lauritzen funcionando com grande fluxo de passageiros, bem como seu diversificado comércio operando e atendendo o público consumidor de Campina Grande.
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OPINIÃO
CIDADE DA INOVAÇÃO Campina Grande está entre as 100 melhores cidades para se investir na Construção Civil
Geneceuda Monteiro geneceuda.monteiro@gmail.com Geneceuda Monteiro é Professora e Jornalista, com larga experiência em Assessoria de Imprensa na área de CT&I.
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m recente estudo divulgado nacionalmente, Campina Grande se destaca entre as 100 melhores cidades para se investir em empreendimentos imobiliários. Na 91ª posição, em um ranking entre grandes capitais, a Rainha da Borborema figura na lista como uma das seis melhores cidades do interior do Nordeste. De acordo com o estudo, Campina possui um ótimo potencial de investimentos de médio e baixo padrão, e um bom potencial para
investimentos em imóveis de alto padrão. Dados do Sindicato da Indústria, da Construção e Mobiliário da Paraíba (Sinduscon-PB), apresentam números que comprovam este potencial. O crescimento do setor imobiliário de Campina Grande, em 2015 tende a subir 6% em relação a 2014, que contabilizou a cifra de R$ 150 milhões. Conforme informações do Sinduscon, os bairros mais procurados são: Catolé, Mirante, Jardim Tavares, Alto Branco, Prata
Como se não bastasse, Campina ainda ostenta a marca de possuir 67 cursos de pós-graduação, 21 MBA’s, 35 mestrados e 16 doutorados.
Campina Grande está entre as seis melhores cidades do interior do Nordeste para se investir em imóveis
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Campina atrai investidores por seu potencial econômico
A cidade é considerada um importante polo acadêmico e tecnológico do país Reflexo de seu crescimento, Campina desenvolve-se em vários setores
e Centro, nesta ordem. Ainda segundo o Sindicato, o custo médio de um imóvel é de 200 mil reais e cerca de 80 projetos já estão em andamento para construção de edifícios com mais de quatro andares.
seja pela inovação tecnológica, sendo este último um dos seus traços mais marcantes por envolver processos de pesquisa e desenvolvimento nos laboratórios de seus centros de pesquisa.
A cidade, como uma das mais pujantes do Nordeste, tem avançado cada vez mais na construção civil, quer seja através da qualificação de sua mão de obra, quer
Foi assim com o projeto de inovação tecnológica da Colajolo, uma massa colante trazida do Japão para o Brasil através da Plasvan, uma empresa
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selecionada no Edital Tecnova, lançado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq). Colajolo é um produto atóxico de secagem 12 vezes mais rápida, o que reduz o tempo da construção. Fruto de 4 anos e meio de pesquisa, contando com centenas de testes e análises de produtos, a cola é feita com produtos nacionais, o que
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a tornou extraordinariamente mais barata. Edvan Rocha, empresário da Plasvan, afirma que o material, além de representar inovação tecnológica para o mercado da construção civil, é 5 vezes mais resistente que o cimento e 60% mais econômico. Outra grande inovação ocorreu com o desenvolvimento do tijolo cerâmico de alta aderência. Desenvolvido pelo inventor Everaldo Fernandes Monteiro, o produto é um tijolo de oito furos para alvenaria de vedação cujo diferencial é um conjunto de furos laterais, cuidadosamente calculados, que facilitam a aderência do reboco, sem aplicação de chapisco. A exemplo desses, outros projetos na construção civil apontam para a sustentabilidade, como a Casa Ecoeficiente do Centro de Inovação e Tecnologia Industrial (CITI) do SENAI em Campina Grande. Além de ser a cidade que faz “O Maior São João do Mundo” e apresentar um crescimento exponencial na construção civil atraindo mais investimentos, Campina traz em seu bojo uma importante vocação para a geração de conhecimento. É a Campina do conhecimento, que muita gente ainda desconhece. Uma cidade que se destaca pela importância de seu polo educacional, cujas primeiras sementes foram plantadas na década de 50, a partir do surgimento da Escola Politécnica, atual Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O título de cidade “high tech” não lhe fora atribuído apenas pelas parafernálias tecnológicas desenvolvidas em seus laboratórios e centros de pesquisa. A gênese desse reconhecimento passa pela excelência na formação de mão de obra altamente qualificada, oriunda das suas universidades. E mais recentemente, com o aquecimento da construção civil, foram incluídos novos cursos como o Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), e o de Tecnologia em Construção de Edifícios da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (FACISA). Capacitação técnica especializada para geração de emprego e renda. Os números comprovam a pujança e vocação de Campina Grande para a produção de conhecimento. Cerca de 50 mil alunos estão matriculados nas mais de 16 instituições de ensino
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superior existentes e cerca de 4 mil matriculados em cursos técnico-profissionalizantes. Conforme o censo de 2010, e já se passaram cinco anos de mais crescimento, Campina Grande apresentava, no geral, mais de 27 mil alunos em cursos superiores de Graduação, mais de 2 mil matriculados em Mestrados e mais de 700 fazendo Doutorado, dado de grande relevância para a cidade que tem a média de 1 doutor para cada 500 pessoas. Não é à toa que alunos oriundos de todos os estados brasileiros elegem a cidade para ingressar em faculdades. Como se não bastasse, Campina ainda ostenta a marca de possuir 67 cursos de pós-graduação, 21 MBA’s, 35 Mestrados e 16 doutorados que encontram apoio direto nas instituições de ciência, tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento aqui instalados. A Fundação Parque Tecnológico, há 30 anos em operação, atua com sua incubadora de empresas fazendo a ponte entre o mercado e os produtos, projetos, serviços e inovações desenvolvidas. A exemplo dela, instituições como a
Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq/PB), o Governo do Estado da Paraíba, a Prefeitura Municipal de Campina Grande, a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, o SEBRAE, entre tantas, disponibilizam ferramentas de apoio a projetos, produtos e/ou serviços inovadores, seja por meio de editais com recursos de subvenção, seja por meio de capacitações. Dessa forma, cada instituição contribui, e cada uma a seu modo, para amplificar a inovação tecnológica e, com isso, promover o empreendedorismo local. É uma base sólida de conhecimento que alicerça o crescimento imobiliário de Campina Grande. A Rainha da Borborema, além de bela, é culta. E faz do conhecimento a liga necessária para edificar a inovação e promover o empreendedorismo na abertura de novos mercados. Campina é destaque porque apoia. Porque gera conhecimento. Porque é cidade de inovação.
A Rainha da Borborema também atrai por sua beleza e empreendedorismo
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ECONOMIA
Seca A ESCASSEZ DE ÁGUA COMEÇA A MODIFICAR ATÉ A ECONOMIA NO SETOR DE CONSTRUÇÃO
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tempo é de crise hídrica e o potencial de acumular este líquido tão precioso, que é a água, tem criado novas implicações econômicas, sociais e ambientais. Com a diminuição da oferta normal de água, aquela que vem através das companhias de distribuição, como a Cagepa, áreas amplas para reservatórios de água, especificamente quando se fala em construção civil, acabaram se tornando objetos de desejo e gerando um aquecimento enorme para o mercado imobiliário. Esse fenômeno pode ser observado e dividido em dois panoramas diferentes: um na zona urbana e outro na zona rural das cidades (sejam elas de grande, médio ou pequeno porte). Na zona urbana, uma prática que parecia ter ficado no passado começa a reaparecer nas construções. A instalação de reservatórios de água, sejam eles de alvenaria ou comprados em lojas de material de construção, tem se tornado
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parte indispensável para quem quer realizar uma obra. Na opinião do engenheiro Thiago Rocha, essa tendência parece que vai começar a tomar conta dos empreendimentos mais uma vez: “É uma situação que aqui no Nordeste já vinha se intensificando nos últimos anos. Com a piora da crise no abastecimento, que afeta cada vez mais cidades e, ao que parece, vai ser difícil de ser revertida pelos próximos anos, a instalação desses reservatórios têm sido parte fundamental de cada obra que a gente vem realizando. Se forem edifícios, por exemplo, os reservatórios têm que ser cada vez maiores para atender aos moradores daquele local por mais tempo. Nas casas, seguimos mais ou menos o mesmo raciocínio, já que é preciso dar o mínimo de possibilidade de autonomia para a família que vier a morar naquele determinado imóvel”, explicou. Essa mesma situação pode ser observada em terrenos localizados na zona rural. Àqueles que têm em sua estrutura,
locais como barragens, barreiros ou açudes, acabam tendo uma valorização bem maior do que os que não têm. Isso indica que “infelizmente a falta de água está influenciando bem mais que o dia a dia das pessoas. Essa influência chegou até à economia. Eu acho que temos que começar a enxergar alternativas que possam nos permitir conviver melhor com essa situação, já que sabemos que não tem como acabar com a seca na nossa região”, acrescentou o engenheiro. Tem que se levar em consideração, para finalizar, a questão ambiental envolvida em toda essa problemática. Com a pouca água disponível, em alguns locais, quase inexistente, é preciso consciência coletiva de preservação para o aproveitamento e reuso da água, armazenamento da água das chuvas e, principalmente, a manutenção dos rios sem poluição e a tentativa de melhorar a qualidade da água de outros, que já sofrem com a poluição provocada em todos os níveis: pela população, pelas indústrias e pela sociedade de uma maneira geral.
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REALIDADE
Direito O SANEAMENTO BÁSICO AINDA É UM GRANDE PROBLEMA NAS REGIÕES MAIS CARENTES
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esmo com as atuais técnicas da construção civil e todas as regras previstas em códigos de obras e na legislação ambiental, algumas construções ainda são feitas como antigamente, sem estudo prévio e com instalações precárias de saneamento básico. Isso tem gerado muitos problemas, que só são identificados quando transparecem aos olhos da comunidade. Ainda é comum encontrar locais, a maioria das vezes residências particulares, onde as instalações de saneamento não passam de fossas negras, instaladas nos fundos. O grande problema desse tipo de “equipamento” é o dano ambiental causado, já que tudo que lá é depositado fica sem tratamento e pode contaminar o solo e até o lençol freático, caso exista na localidade. Essa situação é observada pelo construtor Junot Lacet Filho, que confirma
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ainda se deparar com algumas construções com essas características: “Em minhas construções eu costumo seguir todas as determinações, principalmente as que são exigidas pela Caixa, que é quem financia a maioria dos contratos. Mas ainda existem construções feitas com fossa, que não é o método mais adequado hoje em dia. Por isso, ainda é muito comum a gente se deparar com pessoas reclamando de vazamentos dentro de casa, as tão faladas fossas ficando cheias demais e até derramando, o que é um perigo grande de contaminação para o solo e até para os reservatórios de água que existam no local”, explicou o construtor. Outra questão que deve ser levada em consideração é a localização geográfica do imóvel. Por conta do crescimento populacional nas grandes cidades, muitas pessoas acabam utilizando locais, principalmente nas periferias, para construir casas sem nenhum planejamento
arquitetônico ou de saneamento básico. Essas casas, na grande maioria das vezes construídas em terrenos acidentados, em morros ou encostas, estão mais suscetíveis a outro problema ambiental: o desmoronamento em períodos de chuvas. Além disso, sem o adequado saneamento na região, as pessoas ficam expostas a contaminações diversas. Para se viver bem, o saneamento básico tem que ser garantido a todos. Serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, prevenindo doenças e transtornos em épocas de chuvas. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.
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FIQUE SABENDO
Pets ANIMAIS EM CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS E VERTICAIS
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empre ouvimos problemas de relacionamento entre vizinhos, tanto nos condomínios verticais, quanto nos horizontais, onde os animais de estimação estão sendo causa dos desentendimentos. Também vale ressaltar que, apesar de muitas convenções proibirem animais de estimação em alguns locais, a Justiça vem dando ganho de causa a proprietários de “pets” que não representem perigo e incômodo aos condôminos. Estes por sua vez, podem proibir um cãozinho de passear nos jardins do prédio, ou de andar no elevador, mas não de morar com seus donos. Portanto, é bom se informar para saber enfrentar essa questão tão delicada.
Em princípio, não existe Lei alguma que proíba a permanência de animais domésticos no interior de unidades autônomas em Condomínios Horizontais.
A lei Em princípio, não existe Lei alguma que proíba a permanência de animais domésticos no interior de unidades autônomas em condomínios horizontais (incluem-se nesta categoria, condomínios de apartamentos). Por determinação da
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Constituição Federal, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei (art. 5º II).
É importante salientar que as convenções de condomínios não podem ser superiores às leis federais, ou seja, você pode ter o seu cachorro ou qualquer outro pet que esteja legalizado, sem que o síndico impeça. A lei que dispõe sobre condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias (Lei nº 4.591 de 16/12/1964 - artigo 10, III) determina que nenhum condômino pode usar sua unidade de forma nociva ou perigosa ao sossego, à salubridade ou à segurança dos demais. O que é reforçado pelo Novo Código Civil: “O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha” – art. 1.277. Logo, se o animal doméstico não coloca em risco o sossego, a segurança e a salubridade dos demais vizinhos (e isto precisa ser provado), aumentam as chances para o proprietário de manter o animal, independentemente do que diz a Convenção do Condomínio.
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MORAR BEM
Vizinhos O PROBLEMA MORA AO LADO
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ocê conhece aquele vizinho “mala”, que incomoda todos os moradores? A política da boa vizinhança acontece de fato no seu prédio ou rua? Afinal, você é um bom vizinho? Perguntas como essas nos fazem questionar até que ponto estamos prezando pelo bom convívio com a nossa vizinhança. Na nossa rotina corrida, sair às ruas e conversar com a pessoa que mora ao lado é cada vez mais raro. Mas quando o vizinho começa a invadir nosso espaço de direito, percebemos que, por mais que o contato seja breve, ele pode trazer sérios problemas para as nossas vidas. O local campeão das brigas entre moradores, sem dúvida, são os prédios. Com uma proximidade tão grande e com áreas em comum, fica difícil não haver divergências de ideias a respeito das normas que devem ser seguidas. Garagem, barulho e animais sempre estão em pauta e as reclamações são sempre sobre a falta de zelo, de respeito ou de bom senso. “Não é raro de madrugada ter aquela pessoa, separada por apenas algumas paredes, com o som nas alturas, acho que falta discernimento para perceber que no outro dia os vizinhos vão, de manhã bem cedo, começar suas atividades naturalmente e precisam de uma boa noite de sono. Outro problema bem acentuado são as garagens, alguns condôminos possuem mais carros do que dispõem de vagas, daí começa o problema, pois ocupam a garagem de outro morador sem pedir. Isso é no mínimo indelicado”, disse Millena Casimiro, moradora de apartamento. Contudo, apesar de serem cenários de
O bom senso e o respeito ao espaço do outro devem nortear a convivência entre os vizinhos
muitos descompassos entre vizinhos, os condomínios ainda possuem regras rígidas que regulamentam a boa convivência, que devem ser cobradas e cumpridas. Já os moradores de residências sofrem com a falta de “leis” e normas que enquadrem a falta de bom senso de alguns vizinhos como crime.
Em alguns casos, os problemas entre moradores ultrapassam a barreira do leve incômodo e passam a ser um mal permanente. Para Olga Melo, a irresponsabilidade do seu vizinho não será esquecida. “Ele deixou a porta aberta e o pitbull dele atacou e matou minha cadelinha de pequeno porte que passava
DE ACORDO COM O ARTIGO 42 DA LEI FEDERAL DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS (LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941), QUALQUER CIDADÃO BRASILEIRO ESTÁ SUJEITO A MULTA, OU RECLUSÃO DE QUINZE DIAS A TRÊS MESES, AO PERTURBAR O SOSSEGO ALHEIO COM GRITARIA E ALGAZARRA, POR EXERCER PROFISSÃO INCÔMODA OU RUIDOSA, ABUSAR DE INSTRUMENTOS SONOROS E PROVOCAR O BARULHO ANIMAL.
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no momento, uma negligência dessas poderia ter causado a morte de alguém. Apesar de agradecer por não ter ocorrido algo ainda pior, todos da minha casa sofreram muito com a ausência do nosso bichinho de estimação e sabemos que, se o nosso vizinho tivesse pensado pelo menos um pouco na vizinhança, nada disso teria acontecido”, comenta Olga. Mesmo existindo esses conflitos mais graves, a grande maioria das brigas entre vizinhos são problemas que seriam resolvidos facilmente, ou talvez nem existissem, se a boa educação fosse posta em prática. Algumas situações simplesmente solucionáveis, mas que causam extremo desagrado são: cachorros que latem persistentemente, barulho de portão em horários inapropriados, som alto todos os dias, vizinhos que espalham o lixo na calçada, gritaria, etc. É claro que, se algum vizinho lhe incomodar uma vez ou outra, e não constantemente, se colocar no lugar dele antes de discutir é uma ótima opção, afinal, um dia você também pode receber
É claro que, se algum vizinho lhe incomodar uma vez ou outra, e não constantemente, se colocar no lugar dele antes de discutir é uma ótima opção.
visitas até mais tarde, ou se deparar com um bebê com cólicas chorando a noite inteira. Casos esporádicos devem ser relevados, mas se o problema é diário ou frequente é preciso fazer valer a máxima: “seu direito
termina quando o meu começa”. E tentar resolver o problema, mesmo que não existam muitas medidas previstas em lei para legitimar as reclamações. Para piorar essa carência de medidas legais, há um mito, amplamente difundido no Brasil, que diz que o cidadão tem o direito de fazer barulho até as 22 horas. Na verdade, todo e qualquer abuso de ruído que causa dano a outro, a qualquer hora do dia, principalmente em zona residencial, constitui abuso do direito e, portanto, é um ato ilícito. Infelizmente, não há muito além disso para dar suporte aos moradores residenciais que se sentem prejudicados pela sujeira, barulho ou abuso de espaço de seus vizinhos. Contudo, a boa e velha conversa ainda é a melhor solução, os problemas podem ser neutralizados a partir de um papo honesto e civilizado. Cordialidade, educação e respeito são palavras chaves para um convívio tranquilo e sem aborrecimentos. Vamos colocar os bons modos em prática e tentar nos colocar no lugar do outro. Aquilo que nos incomodaria, sem dúvidas, também incomoda nossos vizinhos!
Todos os moradores devem prezar pelo silêncio e pela segurança
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MATERIAIS
Concreto DE OBRAS POPULARES A LUXUOSAS, O CONCRETO APARENTE É A NOVA TENDÊNCIA
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través do movimento modernista, o concreto aparente se tornou característica da arquitetura brasileira, consagrando diversos profissionais, como Oscar Niemeyer. Geralmente é usado em obras que possuem um aspecto moderno e contemporâneo. Em Brasília, podemos encontrar diversas construções com essa técnica. O concreto aparente é obtido pela mistura de cimento, agregados (areia e pedra), água e, às vezes, aditivos, mas que não recebem revestimentos com pasta ou argamassa na superfície. Por se tratar de um material que será usado como acabamento, exige uma grande preocupação com sua aparência final. A solução pode ser aplicada em vários locais, como prédios comerciais, residências, pontes, viadutos, museus, em habitações populares ou luxuosas. Em ambientes internos só deve ser evitado em locais molhados, como cozinhas e banheiros, onde substâncias gordurosas podem aparecer.
Preparação
As proteções podem ser à base de hidrofugante; formadoras de película tipo verniz 100% acrílico; verniz poliuretânico ou de base epóxi.
Aplicação Essa etapa deve ser extremamente cuidadosa, pois esse tipo de concreto, geralmente não aceita intervenções corretivas, já que isso comprometeria a estética. A fôrma deve possuir qualidade compatível com o acabamento final, juntas estanques, emendas programadas e reaproveitamento quase impossível. As armaduras devem ser protegidas com nata de cimento ou galvanizadas. Com relação ao acabamento, o concreto aparente deve receber uma proteção superficial transparente, fosca ou brilhante. Todas devem sempre atender o Manual de Operação e Manutenção (ABNT NBR 14037) e (ABNT NBR 15575). Quanto à mão de obra, precisa ser treinada desde a produção do concreto até a sua aplicação.
A solução pode ser aplicada em vários locais, como prédios comerciais, residências, pontes, viadutos, museus, em habitações populares ou luxuosas. Em ambientes internos só deve ser evitado em locais molhados, como cozinhas e banheiros.
A preparação do concreto para o uso aparente começa na seleção dos insumos, que deve ser criteriosa, todos do mesmo lote. Os agregados miúdos devem ser separados em baias específicas com uniformidade rigorosa, cor e granulometria. A cor do concreto será impactada pelos finos (cimento, adições, pigmentos) e a quantidade de água deve se manter rigorosamente uniforme. O cimento deve ser, de preferência, o mais puro. O teor da argamassa do concreto deve ser elevado quando comparado ao tradicional, porque minimiza eventuais correções na obra por falha de execução. Para que ele tenha uma boa qualidade, a relação água-cimento não deve ser superior a 0,55%, a retração do concreto deve ser inferior a 0,05% e a abertura de fissuras não deve ultrapassar a marca de 0,2mm. Esses índices não têm normatização no país, mas segundo especialistas, é o que estudos demonstram. Em regiões com excesso de poluição ou litorâneas, as proteções superficiais podem ser variadas, tanto em produto quanto em sistemática de manutenção.
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O concreto aparente é muito utilizado no revestimento de estádios e outras grandes construções
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MATERIAIS
Vinílico O PISO IDEAL PARA MUDAR QUALQUER AMBIENTE
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uer dar uma mudada em alguns ambientes da sua casa sem quebradeira? O piso vinílico pode ser uma ótima solução. Eles são compostos
de PVC, resinas vinílicas e minerais e são fáceis de aplicar, higiênicos, de fácil assepsia e estabilidade térmica. Seja para a sala ou até mesmo para o
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quarto das crianças, o piso vinílico é uma ótima opção para deixar o ambiente bonito e agradável.
Instalação A instalação varia de acordo com o modelo do piso, que pode ser em placa, régua ou manta e também com o tipo de
aplicação, que pode ser em clique ou cola. A aplicação em clique permite o reaproveitamento do piso em outros ambientes e acaba agilizando o processo. Os pisos em manta são largos e compridos, ideais para corredores. Já as placas e réguas são menores e podem ser unidas com solda quente para garantir a uniformidade.
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No caso da sobreposição em pisos já existentes, o piso vinílico cobre quase todos os revestimentos antigos, só não carpete e cimento queimado. Também não é indicado aplicá-lo sobre a madeira.
o piso vinílico cobre quase todos os revestimentos antigos, só não carpete e cimento queimado. Também não é indicado aplicá-lo sobre a madeira.
Cuidados Em primeiro lugar, a aplicação do piso vinílico necessita do trabalho de um profissional. Ele avaliará as condições do local, como piso e umidade e tomará certos cuidados. Geralmente se faz um teste recortando pedaços de plásticos e posicionando-os em pontos espalhados no contrapiso, onde ficarão durante 24 horas. Depois disso, ele analisa se houve acúmulo de gotículas ou umidade no lado que ficou em contato com a superfície. Caso haja, usa-se impermeabilizante. Ele também é o responsável por analisar se será preciso rodapés e acessórios específicos para o seu projeto.
O local precisa estar limpo, impermeabilizado e nivelado. O recomendado é a instalação vertical à entrada da porta do ambiente. No caso da sobreposição em pisos já existentes,
casa e os móveis que compõem o cômodo onde ele será aplicado, para que fique em perfeita harmonia.
Limpeza A primeira limpeza deve ser feita cinco dias após a aplicação. Limpe com uma vassoura ou um pano úmido com detergente neutro. Evite usar solventes, produtos químicos, abrasivos ou palhas de aço.
Informações O piso vinílico tem garantia de 15 anos. Pode ser aplicado em cômodos da casa, em ambientes comerciais e até em paredes. Só não é indicado para locais que recebem muito vapor ou umidade.
Cores e Texturas
Os pisos vinílicos quando aplicados podem aumentar o piso em até 6mm. A altura fica em um nível aceitável, sem ter precisão, muitas vezes, de cortar a porta.
Atualmente o mercado oferece diversos tipos e cores de pisos vinílicos, desde os lisos até os que imitam pisos de madeira. A dica é observar a cor das paredes de sua
O preço varia de R$ 50 a R$180 o m². Comparado a pisos de cerâmica, laminados e até porcelanatos, o custo benefício é bem mais vantajoso.
O piso vinílico pode ser aplicado nos ambientes secos da casa, como sala, quartos e escritórios
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DECORAÇÃO
Transforme A ALQUIMIA DO REAPROVEITAMENTO DE MÓVEIS E PEÇAS DE MADEIRA
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uerendo dar aquela repaginada na decoração da casa, mas não está com dinheiro suficiente pra investir nisso? Não tem problema. Se estiver disposto a colocar a mão na massa e reaproveitar os móveis que já tem, está na hora de aprender algumas técnicas de restauração que a Construir & Cia preparou para você mudar o visual do seu lar.
Ferramentas • Lixa para madeira nº 120 • Lã de aço • Cera para madeira • Verniz para madeira • Pincel • Panos macios
Como começar? Lixando toda a peça de madeira para remover o acabamento antigo. Em seguida, passe a lã de aço sobre a estrutura, retirando manchas e imperfeições da madeira. Retire o excesso de pó e depois aplique a cera com um pano macio. Quando estiver seca, passe verniz na peça com o pincel. Após a completa secagem, use um pano com um pouco de
lustra móveis para dar brilho ao móvel de madeira. Se lá no quartinho da bagunça, ficou aquele móvel desgastado, velho e antigo que iria para no lixo em alguma oportunidade, abuse da criatividade agora e recupere-o. Seja com uma boa pintura, um reparo em algum defeito na madeira e também com troca das dobradiças e puxadores, é certo conseguir uma transformação naquela peça que pertenceu aos nossos avós. Existiu um tempo em que a moda ditava um novo conceito a cada ano e os móveis eram descartados. Atualmente, a moda está vestindo a sustentabilidade, e customizando móveis e objetos antigos produzidos com materiais de excelente qualidade. E, seguindo essa onda da sustentabilidade, reciclar e decorar são duas atividades que caminham lado a lado. Há várias maneiras de reaproveitar materiais na estética da casa, tornando-a mais sustentável e bonita. As ideias normalmente se apropriam de plástico, papel, metal, vidro, tecido e madeira.
Paletes Originalmente utilizados para armazenagem de produtos grandes e pesados, possuem resistência e durabilidade. No entanto, quando são descartados,
acabam virando entulho. Fáceis de serem transformados em móveis e em objetos de decoração, os paletes são uma tendência sustentável e inteligente.
Caixotes Os caixotes de madeira utilizados em feiras livres ou para armazenar vinhos são tão versáteis que com eles podem ser criados móveis dignos de revistas de decoração. Usados ao natural, envernizados ou pintados, o céu é o limite para escolher o que pode ser criado. Por ser rústica, a madeira costuma ter farpas. Para removê-las, lixe toda a superfície, incluindo os vãos entre as ripas. Com a lixadeira elétrica o trabalho fica mais fácil. Antes de pintá-los passe um produto anticupim, à venda em lojas de material de construção. Dica: Prefira as caixas que transportaram laranjas. São mais fortes e aguentam peso.
Carretéis Por fim, os carretéis. Estes são mais difíceis de serem encontrados. Normalmente utilizados por companhias de luz e telefonia para acomodar cabos, eles podem se tornar banquinhos ou mesas na sua casa. Dependendo das dimensões, é mais prudente contratar um marceneiro para lidar com a peça.
Mesinha antiga restaurada
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ECONOMIA
Otimizar INDÚSTRIA APOSTA NA GESTÃO DE ENERGIA PARA REDUÇÃO DE CUSTOS
Por Geneceuda Monteiro
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A
crise hídrica que o Brasil atravessa, somada ao constante reajuste das tarifas elétricas e um possível risco de desabastecimento tem colocado a redução dos recursos naturais em evidência. Nesse sentido, apostar na gestão da energia como ferramenta capaz de reduzir custos dentro das indústrias é fundamental. Preocupada com o uso inteligente e eficiente da energia elétrica, a metalúrgica Silvana Assa Abloy, através de uma política visionária dos seus antigos proprietários, implantou algumas práticas para reduzir custos com energia elétrica. Conforme o engenheiro de produção, Wanderson Moreira da Silva, gerente de manutenção da indústria, “como o processo metalúrgico demanda um alto consumo de energia elétrica, principalmente o de galvanoplastia – que utiliza retificadores para fazer tratamento de superfícies – foram implantadas ações para redução do consumo, prevendo algum problema futuro de aumento das tarifas de energia”.
iniciativas, alguns resultados já foram alcançados. De acordo com Wanderson Moreira, os recentes aumentos das tarifas de energia não causaram impactos negativos para a indústria, pois “se estas ações não tivessem sido implementadas anteriormente, o valor da nossa fatura hoje estaria em torno de R$300 mil, no entanto, como tais medidas já haviam sido tomadas – mesmo com a nossa produção funcionando a todo vapor – este custo está em torno de R$120 mil”, afirmou satisfeito. Os dados fornecidos pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - PROCEL (2011) apontam que a indústria responde por 46% do consumo de energia elétrica do país. A exemplo da Silvana Assa Abloy, os pontos principais desse consumo de energia são os motores elétricos, iluminação, sistemas de geração de calor ou resfriamento. Tudo isto, interligado aos métodos de operação, processos, treinamento e qualificação de colaboradores.
Em função disso, dentre as soluções implantadas para aperfeiçoar o gerenciamento de energia e garantir a melhoria do desempenho técnico e redução dos custos foram instaladas telhas translúcidas nos galpões e desligamento da iluminação interna durante o dia, além da utilização de geradores de energia no “horário de ponta”. Na indústria, é considerado como “horário de ponta ou de pico” o período das 17h30 até as 20h30, por consumir mais energia elétrica.
E por falar em colaboradores, é importante ressaltar que qualquer programa de gestão para redução de custos na indústria, requer, não apenas o comprometimento da alta direção da indústria, bem como de todos os seus colaboradores. Sobre isso, o gerente informou que existe um trabalho de conscientização com foco nos funcionários, “efetuamos algumas ações de aplicação de adesivos junto aos interruptores e orientações para utilização de chuveiros mais econômicos, nós entendemos que a utilização racional da energia elétrica é uma conduta cultural e que devemos praticar no nosso dia-a-dia” declarou.
A
Para o gerente, as ações não param por aí.
partir
da
implantação
dessas
Os dados fornecidos pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica apontam que a indústria responde por 46% do consumo de energia elétrica do país.
“Temos estudado várias oportunidades para melhorarmos ainda mais a nossa eficiência energética, tais como instalação de aquecedores solar e de placas para armazenamento de energia fotovoltáica, para estas iniciativas estamos recebendo apoio do Senai e da Energisa”, acrescentou. Aderir a programas de gestão de energia com foco na redução de custos – através de iniciativas que possibilitem o uso inteligente e eficiente da energia elétrica – além de gerar a economia para a indústria e transformar resultados em lucro, pode ser uma estratégia sustentável focada na preservação do meio ambiente e, consequentemente, trazer melhoria à sociedade.
EMBORA O SETOR INDUSTRIAL SEJA O QUE APRESENTE O MAIOR CONSUMO DE ENERGIA, PROPORCIONALMENTE ESTÁ NAS RESIDÊNCIAS O MAIOR DESPERDÍCIO: CERCA DE 15%. ALÉM DE MEDIDAS EDUCATIVAS E DE CONSCIENTIZAÇÃO, UTILIZAR EQUIPAMENTOS COM MAIOR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA É FUNDAMENTAL PARA DIMINUIR ESTE GASTO DESNECESSÁRIO, PRINCIPALMENTE EM TEMPOS DE CRISE HÍDRICA E AUMENTO NAS CONTAS DE LUZ.
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REALIDADE
Poços UMA ALTERNATIVA EM TEMPO DE CRISE HÍDRICA
A
realidade da estiagem, que já atinge o Nordeste por pelo menos quatro anos, criou um novo cenário na vida do brasileiro, em todos os setores da sociedade. A construção civil, uma das atividades que mais depende da utilização dos recursos hídricos para sua execução, está tendo que buscar alternativas para continuar funcionando
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de maneira satisfatória e sem desgastar, ainda mais, a oferta de água que existe nas localidades. Uma dessas alternativas é a perfuração de poços artesianos. Muitos desses poços são utilizados de forma provisória, só durante o período da construção, a fim de servir a toda demanda hídrica que existir na obra. No entanto, o que pouca gente
sabe é que existem regras específicas para a realização desse tipo de serviço e que é necessário cumprir cada determinação antes de perfurar o poço e começar a utilizar a água dele extraída. Essas regras são confirmadas na palavra do diretor-presidente da Agência Estadual de Saneamento e Água (AESA), João Fernandes:
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“São vários critérios que a empresa, ou qualquer pessoa que deseje cavar um poço artesiano, tem que seguir. Primeiro de tudo é necessário fazer uma comunicação oficial sobre a solicitação para que a AESA, ou a própria Cagepa, possa analisar e ver se existe viabilidade técnica para atender ao pedido. Depois disso, são colocadas em prática algumas questões técnicas e estruturais para a liberação da perfuração do poço. Atendendo todos os requisitos, a perfuração do poço está liberada”, explicou.
Perfuração Segundo o geólogo Renato Bidóia, os riscos mais comuns à saúde humana e ao meio ambiente, decorrentes da má utilização dos poços, são o super bombeamento (poço sem projeto e previsão de consumo incompatível com a obra executada), a contaminação do aquífero por infiltração de água contaminada,
ou agentes contaminantes, que podem se infiltrar do poço para camadas mais profundas, e o consumo de água contaminada por coliformes, outras bactérias ou mesmo graxa adicionada aos revestimentos e tubulação da bomba pelo perfurador, ocasionando enfermidades diversas de difícil diagnóstico médico. Ainda de acordo com Bidóia, nos centros urbanos onde há rede de distribuição de água potável a recomendação é para utilizar água de poço apenas para fins não potáveis, como manutenção de piscinas, limpeza e jardinagem. Quem tem interesse em fazer um poço artesiano na área rural ou urbana deve buscar a orientação de profissional habilitado, engenheiro ou geólogo e empresas legalmente estabelecidas, com CNPJ, registro no CREA e profissional responsável para fazer o projeto conforme as necessidades de consumo e apto a acompanhar a perfuração e construção do poço tubular.
O geólogo lembra também que, tanto em áreas urbanas, quanto rurais, é importante que os poços sejam bem construídos, sobretudo com a colocação da laje de proteção sanitária (preenchimento do espaço anelar existente entre barranco da perfuração e o tubo de revestimento do poço). Conforme recomendação, essa cimentação deve ser feita nos últimos 20 metros superiores (após a colocação do pré-filtro) até a boca do poço. “Evitamos, assim, que fluidos contaminantes atinjam o buraco da perfuração e desçam livremente até a água, contaminando a água do poço e do aquífero”, diz Renato Bidóia. Outros cuidados também devem ser observados, como o diâmetro da perfuração dentro das normas ABNT, tipo de revestimento e filtros, utilização de pré-filtro em poços perfurados em aquífero poroso etc.
O BRASIL ABRIGA 13,7% DA ÁGUA DOCE DO MUNDO. EM APENAS UM DOS RESERVATÓRIOS SUBTERRÂNEOS ENCONTRADOS NA REGIÃO NORDESTE DO PAÍS, É POSSÍVEL ENCONTRAR 18.000 KM³ DE ÁGUA PARA O ABASTECIMENTO HUMANO. ISSO SERIA SUFICIENTE PARA ABASTECER A POPULAÇÃO BRASILEIRA ATUAL POR, NO MÍNIMO, 60 ANOS.
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MERCADO
Crise A CONSTRUÇÃO CIVIL TEM SIDO AFETADA PELA ATUAL SITUAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL
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É
inegável que o país passa por uma crise econômica semelhante ao que foi visto no começo da década de 1990. Índices de inflação e desemprego voltam a subir e o reflexo de todo esse problema começa a aparecer em vários setores da sociedade. Não tinha como ser diferente no ramo da construção civil. Mas, em meio a todo esse cenário de problematização, a grande dúvida que fica é se quem sofre mais é o construtor de grande ou o construtor de pequeno porte, ambos inseridos em um mercado habitacional que começa a sentir os reflexos da crise. Uma das certezas que se dá para aferir é de que, independente do porte, os construtores estão sim sentindo os reflexos da crise. Para o engenheiro civil Thiago Rocha, que atende projetos de grandes empresas nos estados da Paraíba e Pernambuco, a situação tem se agravado de maneira bem severa nos últimos meses. “De uns meses para cá, nós sentimos um impacto muito forte por conta dessa crise econômica que afeta o país de uma maneira quase que total. Antes, a gente recebia uma média de quatro a cinco projetos para executar em um semestre. Atualmente, esse número caiu para um, dois projetos no máximo”, disse. Segundo o engenheiro, os reflexos dessas perdas podem ser ainda maiores se a crise persistir por mais tempo: “Isso prejudica e muito a manutenção dos nossos serviços, já que os custos são muito elevados e infelizmente, se não tivermos uma mudança no panorama, vamos ter que começar a cortar despesas, o que pode ser até com funcionários, coisa
Agravamento da crise pode reduzir a quantidade de imóveis construídos na região de Campina Grande
que ninguém quer, mas que infelizmente pode acabar acontecendo”, explicou.
Pequenos Se para os grandes construtores a situação vem se complicando, para os de médio e pequeno porte dá para se dizer que o problema é bem mais profundo. As restrições para os programas habitacionais do Governo Federal refletem principalmente naqueles imóveis que são construídos por construtores independentes. Ainda sem estimativa oficial, especulasse que exista uma redução de 15 até 30% na quantidade de imóveis construídos na região de Campina Grande desde o
agravamento da crise econômica. Para Junot Lacet Filho, que atua no ramo da construção civil em Campina Grande há quase dez anos, o problema é que “a construção se apoiou quase que totalmente nos programas habitacionais do Governo. Quando se enfrentou uma crise, e essa que estamos passando foi bem pesada, a situação acabou prejudicando e muito os construtores. Antigamente, se construía muito porque se sabia que iriam aparecer compradores e haveria saída para esses imóveis. Infelizmente, com esse cenário que existe atualmente, muita gente parou de construir e o mercado para os construtores de médio e pequeno porte ficou bem restrito e com uma tendência a piorar”.
DE MAIO DE 2014 A MAIO DE 2015, HOUVE UMA REDUÇÃO DE 593.375 EMPREGOS COM CARTEIRA ASSINADA, CONSIDERANDO TODOS OS SETORES. DESSES, 334.735, OU 56,4%, ESTÃO NA CONSTRUÇÃO. E, MAIS ESPECIFICAMENTE, 174.655 DESLIGAMENTOS, OU 29,4%, OCORRERAM NA CHAMADA CONSTRUÇÃO PESADA, ONDE ESTÃO AS OBRAS DE INFRAESTRUTURA, COMO USINAS HIDRELÉTRICAS, RODOVIAS E FERROVIAS.
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AGENDA
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17/08 a 21/08
ABM WEEK 2015
LOCAL
Rio de Janeiro - RJ
INFORMAÇÕES
www.abmbrasil.com.br/abmweek2015
Evento que reúne diversos especialistas nas áreas de metalúrgica, materiais e mineração com o objetivo de promover o intercâmbio tecnológico e desenvolvimento industrial.
2015
25/08 a 26/08
12 COBEE º
Congresso Brasileiro de Eficiência Energética
LOCAL
São Paulo - SP
INFORMAÇÕES
www.cobee.com.br
Com o tema “combate ao desperdício de energia” o Cobee além de se dedicar ao uso eficiente de energia também insiste no combate a escassez de água e falta de recursos hídricos que tem graves implicações econômicas, ambientais e sociais. Por isso foca no melhoramento das empresas nesse sentido.
2015
03/09
AUTODESK UNIVERSITY Evento que reúne profissionais de arquitetura, design e engenharia do país, oferecendo palestras e exposições com o intuito de proporcionar capacitação tecnológica e apresentar novos produtos da empresa Autodesk.
2015
10/09 a 12/09
DECORARQ
LOCAL
São Paulo (SP)
INFORMAÇÕES
www.au.autodesk.com/brasil
LOCAL
Ribeirão Preto (SP)
INFORMAÇÕES
Facebook: Decorarq 2015
Feira de arquitetura e decoração de Ribeirão Preto que reunirá as melhores lojas e fornecedores do segmento da construção civil, trazendo novidades do mercado para quem está construindo, reformando ou decorando.
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2015
14/09 a 17/09
EXPOSIBRAM 2015
LOCAL
Belo Horizonte (MG)
INFORMAÇÕES
www.exposibram.org.br
A Exposição reúne as principais mineradoras e fornecedoras de produtos e serviços no segmento de mineração. A feira é realizada a cada dois anos no Brasil.
2015
16/09 a 19/09
EXPOCONSTRUIR
LOCAL
Fortaleza (CE)
INFORMAÇÕES
www.expoconstruir.com.br
Com o intuito de divulgar as novidades na área da construção civil, a feira reunirá profissionais de toda cadeia produtiva nesse segmento.
2015
09/11 a 11/11
ALACERO
Congresso Latinoamericano Del Acero e ExpoAlacero - Edição 56
LOCAL
Buenos Aires (ARG)
INFORMAÇÕES
www.buenosaires56.alacero.org
Feira de negócios multimodal que oferecerá palestras técnicas, encontro de negócios, expositores da cadeia industrial, comércio e prestadores de serviços. O objetivo do evento é oferecer uma oportunidade de negócios diretos para empresas da cadeia da construção civil, estimulando a inovação e promovendo a competitividade empresarial.
2015
21/10 a 24/10
EXPO
LOCAL
São Paulo (SP)
INFORMAÇÕES
www.expoarquiteturasustentavel.com.br
Expo Arquitetura Sustentável Em sua segunda edição, o evento reunirá modelos e normas de certificações do mercado, integrando toda cadeia industrial com os arquitetos, construtores e incorporadores, apresentando tecnologias, conceitos e soluções de sustentabilidade para eficiência na construção de residências, escritórios e indústrias.
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MATERIAIS
Lousa AS PAREDES QUE PODEM SER RABISCADAS E QUE ACRESCENTAM ESTILO AO AMBIENTE
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I
magina você ter em sua casa um local em que é possível deixar recados, desenhos, receitas que alegrarão toda a família... Isso já é possível, graças a uma tinta fosca que pode transformar qualquer parede da casa em uma lousa. Seja na cozinha, no escritório ou no quarto, a imaginação é o limite. A Revista Construir & Cia. mostra alguns espaços que os arquitetos criaram utilizando essa nova tendência. Confira: QUARTO DE BRINQUEDO Nele é possível pintar uma parede completa para que a criançada risque, desenhe e use a criatividade. Junto à lousa, podem-se colocar nichos para serem guardados livros ou brinquedos. COZINHA Um dos principais ambientes da casa, a cozinha também pode ganhar uma
lousa pequena ou grande para receitas, lembretes, recados, etc. BAR Existem casas que possuem uma área para guardar bebidas e receber os amigos. Que tal pintá-la com tinta fosca e colocar os tipos de bebidas mais pedidas ou personalizá-la de acordo com o estilo de cada um? Tudo é permitido.
carinho. BANHEIRO Embora não seja tão comum neste ambiente, se você tiver vontade pode criar um pequeno espaço para alguns rabiscos. Seja atrás da porta, próximo ao vaso sanitário... Aqui a criatividade entra em ação.
SALA Há arquitetos que criam, a pedido dos clientes, uma parede de lousa também na sala. Seja preta ou verde, ela se une à decoração do ambiente e diverte moradores e visitantes em vários momentos. QUARTO Porque não fazer uma lousa no quarto do casal? É só escolher uma cor de tinta fosca que combine com os outros elementos do cômodo e aí vale tudo: desenhos, mensagens de amor e muito
DICA PARA TIRAR O ESBRANQUIÇADO DA PAREDE DE LOUSA É SÓ USAR ÁGUA COM DETERGENTE. FAÇA UMA MISTURA DE 70% DE DETERGENTE PARA 30% DE ÁGUA, PASSE NA PAREDE COM UMA ESPONJA E ELA FICARÁ LIMPINHA PARA NOVOS DESENHOS!
As paredes de lousa dão personalidade a qualquer ambiente Elas podem ser rabiscadas com uma arte ou até mesmo com um simples recado
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ONDE ENCONTRAR Fotografia
CÉSAR DI CESÁRIO
LOCAL
Paraíba - Brasil
INFORMAÇÕES (83) 98896.9889
cesardicesario@hotmail.com
Superintendência de Administração do Meio Ambiente
SUDEMA
LOCAL
Av. Monsenhor Walfredo Leal, 181, Tambiá. João Pessoa - PB
INFORMAÇÕES (83)3218-5606
www.sudema.pb.gov.br
Locação para Construção Civil
PROMINA LOCAÇÃO
LOCAL
Rua Padre Aristides Ferreira da Cruz, 240. Catolé, C. Grande -PB
INFORMAÇÕES (83) 3058-2127
www.grupopromina.com
Maquetes
SAFRA MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
LOCAL
Rua Francisco Lopes de Almeida, 571. Malvinas , Campina Grande -PB
INFORMAÇÕES (83) 3336-1710
safraconstrucao@hotmail.com
Madeireira
CAMPINA MADEIRAS
LOCAL
Rua Costa Figueiredo, 127 – Vila Cabral, Campina Grande - PB
INFORMAÇÕES (83) 3335-7114
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campinamadeiras@hotmail.com
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Andaimes e equipamentos
CAMPINA LOCAÇÕES
LOCAL
Rua Aprígio Nepomuceno, 1044 . Jardim Paulistano, C.Grande-PB
INFORMAÇÕES (83) 3331.7737
Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer de Campina Grande
ESPORTE, CULTURA E LAZER
LOCAL
Rua Floriano Peixoto, 1222. Centro, Campina Grande-PB
INFORMAÇÕES www.pmcg.org.br
(83) 3341-5400
Setor público
PARQUE DA CRIANÇA
LOCAL
Avenida Dr. Elpídio de Almeida,Catolé. Campina Grande - PB
INFORMAÇÕES (83) 3337-4122
Arquitetura
ATEMPORAL ARQUITETURA
LOCAL
Rua Quintino Bocaiúva, 278. Palmeira. Campina Grande - PB
INFORMAÇÕES (83)98879-1858
fabiana_florentino@hotmail.com
Construção
SOUSA E SILVA CONSTRUÇÃO
LOCAL
Rua 15 de Novembro, 1344 – Palmeira. Campina Grande-PB
INFORMAÇÕES (83) 3332-1490
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Móveis que vêm com o Brasil junto.
VENHA CONHECER A NOVA COLEÇÃO CONCEPT DESIGN. OS MÓVEIS GIARDINNI DESTACAM-SE PE QUALIDADE CONHEÇA A NOVA COLEÇÃO E RESISTÊNCIA, GRAÇAS ÀS FIBRAS SINTÉTICAS CONCEPT DESIGN. ESCOLHIDAS E NA ESTRUTURA DE ALUMÍNIO. ASSIM, OS AMBIENTES EXTERNOS GANHAM MAIS DELICADEZA E BELEZA, SEM ESQUECER DA DURABILIDADE. Campina Grande/PB (83)3077.1766 | Natal/RN (84)2010.3492 Boa Viagem/PE (81)3048.2862 | Rosa e Silva/PE (81)3038.5098
f Giardinni Móveis Externos |
giardinni | www.giardinni.com
ESPAÇOS AO AR LIVRE
O CHARME ESTÁ LÁ FORA.