Edição 310 - Revista Tecnicouro

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MERCADO Marcas propõem tendências

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EXPEDIENTE

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AGENDA

ESPECIAL A gestão das substâncias

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NOTAS

INSTITUCIONAL Projeto incentiva exportações

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ARTIGOS

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GUIA

TECNOLOGIA Cresce o uso da energia eólica

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CADERNO

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OPINIÃO


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Fevereiro 40 GRAUS 4, 5 e 6 João Pessoa/PB www.feira40graus.com.br

Junho FRANCAL 3, 4 e 5 São Paulo/SP www.francal.com.br

FIMEC 26, 27 e 28 Novo Hamburgo/RS www.fimec.com.br

INSPIRAMAIS Data a confirmar São Paulo/SP www.inspiramais.com.br

Maio SICC 20, 21 e 22 Gramado/RS www.sicc.com.br

Setembro SEINCC 17, 18 e 19 São João Batista/SC www.sincasjb.com.br

Novembro ZERO GRAU 18, 19 e 20 Gramado/RS www.feirazerograu.com.br 2020 Janeiro NOVA SERRANA FEIRA DE MODA Data a confirmar São Paulo/SP www.fenova.com.br COUROMODA Data a confirmar São Paulo/SP www.couromoda.com

Obs.: o calendário de feiras é elaborado com informações obtidas através dos sites das organizadoras e pode sofrer alterações.

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IMAGEM LUÍS VIEIRA

MERCADO


PROCESSO INOVADOR REDUZ O CUSTO DA ETAPA

de preparação de solados de TR A

Amazonas mais uma vez sai na frente, lançando um processo inovador que tem a missão de reduzir drasticamente o custo do processo produtivo de preparação de solados de borracha termoplástica (TR). Tradicionalmente, por características químicas e de processo de fabricação, solados de borracha termoplástica (TR) necessitam do processo de preparação constituído de limpeza pós-injeção, que pode ser com solventes de alta volatilidade ou detergentes à base água, visando à eliminação de desmoldantes prejudiciais à colagem; halogenação, feita com uma solução à base de cloro e solventes orgânicos, que têm a finalidade de alteração da polaridade da superfície do solado; e finalmente aplicação de adesivo de poliuretano, ou primer de poliuretano para quando o solado tiver que ser armazenado já preparado. “A necessidade de buscarmos alternativas faz com que tenhamos nosso foco totalmente voltado para o desenvolvimento de novas tecnologias, objetivando ganhos para nossos clientes e a consequente fidelização dos mesmos. A linha Promo Premium retrata muito bem esse tema”, destaca o gerente nacional de Negócios para Adesivos, Lidmor Carvalho. A tecnologia desenvolvida pelo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Adesivos Amazonas propicia ao fabricante de calçados fazer a preparação de solados de TR em apenas uma única operação. O solado preparado com o processo pode ser utilizado de imediato após a apli-

cação, ou pode ser armazenado e utilizado em até trinta dias após a aplicação. Vale lembrar que, com o Promo Premium, dispensa-se a aplicação de adesivo no solado, aplicando-o apenas no cabedal. “Nosso desafio sempre foi apresentarmos uma alternativa à halogenação dos solados de TR. Com o desenvolvimento de novos fornecedores e novos processos de fabricação, conseguimos vencer esse obstáculo”, destaca a química de Desenvolvimento Amazonas e uma das mentoras do projeto, Liliane Martins. Os ganhos com racionalização de mão de obra, tempo de processo e consumo de insumos são expressivos e tornam o processo de preparação de solados bem mais otimizado. “O lançamento de nossa linha Promo Premium torna-se um divisor de águas para o processo de praparação de solados de TR. Tenho convicção de que nossos clientes ganharão muito com isso”, destaca o consultor técnico em Processos e um dos idealizadores do processo, Jaderson de Souza. O Grupo Amazonas, presente há 71 anos no mercado calçadista, traz com a linha Promo Premium novidade inédita ao mercado que possibilitará ao calçadista ganhos reais no custo de fabricação de seus produtos. “Nossa linha Promo Premium converge para a Missão do Grupo Amazonas, que é gerar valor que permita a perenidade da organização, através de produtos e serviços economicamente competitivos, úteis à vida”, conclui Lidmor.

Le Postiche recebe certificado de excelência em varejo

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onhecida nacionalmente pela qualidade e variedade de produtos, a Le Postiche, marca com 40 anos de história, recebeu em novembro o Certificado de Excelência no Varejo, emitido pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), na categoria bolsas e artigos para viagem. O certificado da 2ª edição do Programa de Excelência em Varejo, criado com o objetivo de auxiliar as empresas na evolução de suas performances, foi recebido pela sócia-diretora da Le Postiche, Alessandra Restaino. Segun-

do a empresária é gratificante saber que todo o trabalho desenvolvido pela equipe da marca está alcançando os objetivos de excelência. “É uma honra receber uma certificação da Alshop. Estamos orgulhosos e motivados a continuar por esse caminho contínuo de melhorias, sempre com muita inspiração e inovação”, comemora. Na ocasião, as marcas avaliadas receberam relatórios elaborados por especialistas do mercado, com orientações exclusivamente construídas de acordo com cada desempenho.

As marcas foram julgadas em cinco categorias: Tecnologia, Operações, Design, Finanças e Inovação, pontos importantes que levaram a Le Postiche ao reconhecimento. A empresa iniciou suas atividades em 1978 e se consolidou como a loja que entrega a solução completa em artigos para viagem, bolsas e acessórios. Atualmente, possui cerca de 230 pontos de venda espalhados pelo Brasil, sendo a maior rede de lojas de artigos de viagem e acessórios de couro da América Latina.

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PROJETO E DESENVOLVIMENTO econhecida pela personalização de projetos de solados em materiais como PU, PVC, TR e TPU de acordo com a necessidade do cliente, a Inpu aposta fortemente na orientação do mercado para o crescimento na fabricação de plataformas, visto que elas estão muito em voga no mercado europeu. O diretor Caio Prado conta que a moda exposta em praticamente todas as vitrinas no exterior se confirmou nas ruas, tanto em calçados esportivos quanto para o uso casual. “Com alturas variadas, principalmente na faixa de 5cm a 7cm, essa é uma solicitação tanto para modelos masculinos quanto femininos, porém as mulheres se sobressaíram ainda mais no uso de calçados com solas mais robustas”, contextualiza Caio. Ele comenta ainda que as construções mais altas são geralmente em PU por se tratar de um material proporcionalmente mais leve e também oferecer mais conforto durante o caminhar. Nessa aposta em plataformas mais altas, a empre-

FOTO SLUÍS VIEIRA

de solados R

sa ressalta esses dois solados bicolores. O em tom rosa é para o segmento feminino e o outro é para calçados masculinos, com altura de 6cm e apresentando um visual mais esportivo, misturando diferentes texturas.

Moda com proposta social

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Roupas feitas no Quênia a partir de projetos de moda criados no Brasil utiliza tecidos de vários países africanos, criando oportunidades de trabalho e renda de mulheres em situação de vulnerabilidade social

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Karibu, que nasceu como uma parceria entre a advogada brasileira especializada em Direitos Humanos, Sue Ellen Matthews, e o Women Economic Empowerment Project- Devlink, visa a oferecer uma nova oportunidade para mulheres do Quênia e do Ceará incrementarem a sua capacidade econômica através do aumento da autoestima, da promoção do empreendedorismo, da capacitação a novas habilidades e a geração de renda com a fabricação e venda de roupas. “Usando tecidos vindos de diversos países do continente africano, como Tanzânia, Congo, Gana e Uganda, que estampam elementos étnicos fundamentados em manifestações estéticas locais, mas também incorporando elementos contemporâ-

neos e da cultura brasileira, as peças carregam no seu DNA um pouco da história desses povos, resultando em uma perfeita conexão Quênia-Brasil”, considera Sue. Ela enfatiza que o projeto conta com vários centros de produção, tendo como foco oferecer oportunidades principalmente para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Nesse sentido, divulga que outro projeto está em andamento, buscando proporcionar assistência à presidiárias do bairro Rio Comprido, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, através da formação de um grupo de costureiras que estão sendo capacitadas para produzirem peças de vestuário. Além da formação profissional, as apenadas têm acompanhamento psicológico para auxiliar na reinserção à sociedade.


FREUDENBERG LANÇA NOVO SITE

no Brasil P

ara atender de forma mais ágil a um mercado cada vez mais exigente por soluções customizadas e dar maior visibilidade à ampla capacidade de produção para diversos setores da indústria, a Freudenberg Performance Materials (FPM), empresa do Grupo Freudenberg líder mundial na fabricação de não tecidos, inaugurou o seu novo site: southamerica.freudenberg-pm.com, destinado a atender os principais mercados da América do Sul - Brasil, Argentina e Chile. Segundo a gestora da Cadeia de Suprimentos, Compras e Comunicação, Sônia Mancilha, “o objetivo com o novo canal é mostrar de maneira clara e organizada todos os produtos e soluções que a FPM é capaz de produzir nos países da região, seja para mercados específicos ou divididos por tipo de material, como espumas, compósitos, tecidos e aca-

bamento, por exemplo”. Os usuários e profissionais poderão também saber sobre os diferenciais e novidades da companhia em termos de inovação e sustentabilidade, e de que forma os conceitos e tecnologias são aplicados nos processos de produção dos materiais e produtos. A Freudenberg Performance Materials desenvolve e produz têxteis técnicos inovadores, oferecendo proposta de valor diferenciada para uma ampla gama de mercados e aplicações, como vestuário, automotivo, edificações, construção, energia, higiene, médico, calçados e artefatos, bem como especialidades. Presente no Brasil desde 1985, em 2017 a companhia registrou vendas globais de mais de € 935 milhões. Atualmente são 25 plantas de produção em 14 países e mais de 3.700 colaboradores.

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USAFLEX CONQUISTA

Great Place to Work A

Usaflex, marca de calçados femininos com conforto, inovação e moda, foi eleita pela segunda vez consecutiva uma das melhores empresas para trabalhar no Rio Grande do Sul segundo o ranking do Great Place To Work, empresa de consultoria que avalia a gestão de organizações de diversos tipos e aplica pesquisas com empregados e empregadores para identificar a excelência no ambiente de trabalho. O anúncio foi feito em novembro, durante a premiação, em Porto Alegre/RS. No ranking geral do estado, a Usaflex recebeu a 15ª colocação na categoria Grande Porte - empresas que empregam mais de mil funcionários. A companhia permanece sendo a única indústria calçadista a entrar no ranking. Na pesquisa, o levantamento destaca 45 companhias cujas iniciativas se baseiam na avaliação sobre o ambiente de trabalho que é dado pelos próprios funcionários e em um relatório de práticas assinado pelos gestores. O resultado é um ranking que apresenta, em ordem decrescente, quais são os melhores ambientes de trabalho no Estado. A Usaflex possui comitês específicos voltados aos colaboradores. Entre os destaques, a companhia ressalta que o capital humano é o bem mais precioso e, para tornar-se uma das

Acessórios para a moda sustentável Produção é feita a partir de borracha natural e materiais reaproveitados

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melhores empresas para trabalhar, a marca desenvolve suas ações com base em oito princípios, sendo eles: Inspirar, Falar, Escutar, Agradecer, Desenvolver (pessoal e profissional), Cuidar, Celebrar e Compartilhar. “O capital humano é o nosso bem mais precioso e acreditamos que foram todas as ações desenvolvidas com base nestes oito pilares, que buscam atender as necessidades dos colaboradores dentro e fora da empresa, os fatores determinantes para que os próprios colaboradores elegessem (através da pesquisa) a Usaflex como uma das melhores empresas para trabalhar. Este reconhecimento nos motiva a fazer cada vez melhor”, afirma a diretora Jurídica/RH da Usaflex, Daniela Paula Colombo Schaefer. O CEO da Usaflex, Sergio Bocayuva, ressalta a importância da cultura organizacional, um dos pontos fortes da empresa. “A Usaflex possui uma cultura corporativa sólida, que trata extremamente bem seus funcionários, de forma que todos os profissionais que compõem seus quadros realmente vivenciem sua missão, sua visão e seus valores. Trata-se de uma empresa que realmente pratica aquilo que prega, nossos colaboradores percebem isso e automaticamente sabem que o trabalho que realizam todos os dias realmente tem sentido”, finaliza Sergio.

postando em formas alternativas de consumo, a marca de origem familiar Da Tribu produz acessórios a partir de borracha natural e do reaproveitamento de restos de madeiras. Kátia Fagundes, uma das fundadoras, conta sobre a técnica de encauche, que é a sobreposição do látex líquido a um cordão de algodão. Nesse processo a Da Tribu realiza quatro banhos para que o resultado final esteja perfeito. “A coloração é feita com tintas base água e o cordão envolto por borracha passa a ser a matéria-prima base para a fabricação de acessórios, como colares e anéis”, pontua ela, informando ainda que o látex adere também em outros materiais, o que possibilita diferentes configurações. A empresa, que está estabelecida

em Belém/PA, usa como inspiração a rede de afetos estabelecida com a comunidade local, levando em consideração elementos da natureza e do espaço urbano. Além dos acessórios, produz - a partir da técnica de tear outros tipos de produtos, como cabedais para calçados. Para garantir a sustentabilidade do processo e a continuidade do abastecimento das matérias-primas, a organização constituiu parcerias com comunidades amazônicas. “São duas comunidades seringueiras com em torno de 30 pessoas, ambas do Pará, estabelecidas nas ilhas de Cotijuba e Mosqueiro, e também marceneiros da periferia de Belém, estes visando ao aproveitamento das sobras para a produção de itens como fechos para vários produtos e anéis”, explica.


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PEÇAS ÚNICAS

em marchetaria A

través da técnica milenar da marchetaria, a Sophos Rio Artesanal desenvolve biojoias e acessórios diferenciados, usando grande variedade de madeiras da Amazônia, adquiridas a partir da liberação do DOF (emitido pelo Ministério do Meio Ambiente) e madeiras compostas, feitas com árvores de reflorestamento com certificação FSC na origem. Os metais utilizados nos acabamentos das peças também possuem certificação de origem, além, de - no caso dos brincos - receberem tratamento antialérgico em Rodio, que é considerado o ouro branco. Combinando texturas e cores em peças únicas e exclusivas plenas de brasilidade, sofisticação, moda com apelo étnico

e ambientalmente corretas, são usadas cerca de 40 diferentes tipos de madeiras, todas oriundas da Amazônia ou de reflorestamento. Cabeça de Arara, Sucupira, Roxinho, Tauairi e Imbuia são algumas das árvores utilizadas para a extração da madeira, das quais são cortadas lâminas com menos de 1mm de espessura. “É necessário fazer cortes perfeitos para que o encaixe seja bem executado e dessa forma evitar o uso de massa na união das lâminas usadas para os desenhos”, observa o artesão Ricardo Teixeira. A artesã Ray Patnoja ressalta que as peças hoje estão disponíveis em 25 pontos de venda no Brasil e também no exterior, em países como França, Estanha, Austrália e Taiwan, além de sites internacionais.

Técnica de marchetaria transforma madeiras certificadas em objetos de desejo

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EPIS QUE GARANTEM PROTEÇÃO

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modelo 75BPR29 MSMC CPAP da linha Premier e o 75BPR26 CLI CNG CPAP da Premier Plus agora contam com a versão com biqueira de composite e palmilha resistente à perfuração. Os calçados para Segurança e Proteção durante o trabalho das linhas Premier e Premier Plus Composite foram desenvolvidos pela Marluvas para profissionais que buscam segurança e resistência sem abrir mão do design. Esses calçados continuam com as mesmas características anteriores agregando ainda mais tecnologia, proteção e conforto para os pés com a opção composite. Os solados são em PU Bidensidade injetados diretamente no cabedal com sistema em TPU anti-torsion para dar maior sustentação ao tornozelo, proporcionando estabilidade em terrenos irregulares.

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aos pés dos profissionais O

Calçados são feitos a partir de resina de cana-de-açúcar

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eguindo a estratégia de fortalecimento da química renovável, a Braskem lançou uma resina produzida a partir da cana-de-açúcar. Destinado a aplicações em setores como calçadista, automotivo, transporte, entre outros, o produto chega para ampliar o portfólio da marca I’m greenT da companhia, já mundialmente conhecido pelo polietileno verde, o primeiro biopolímero do mundo a ser produzido em escala industrial. Desenvolvida em parceria com a norte-americana Allbirds, de São Francisco/Califórnia, a marca é a primeira a empregar a resina EVA (copolímero etileno acetato de vinila) de fonte renovável, uma inovação

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sustentável, que será utilizada na nova linha de calçados SugarFoam. Já disponível nos Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Canadá, a nova linha combina conforto, design e sustentabilidade. “Com isso, a Braskem reafirma a sua liderança em fabricação sustentável para toda a indústria química”, destacou Joey Zwillinger, co-fundador e co-Presidente Executivo da Allbirds. “É uma satisfação enorme

para a Allbirds se aliar à Braskem para dar vida a essa alternativa incrivelmente sustentável e compartilhá-la com o resto do mundo.” “A parceria com a Allbirds é perfeita para o lançamento da nova resina renovável, pois trata-se de uma empresa que, assim como nós, busca a inovação e sustentabilidade em seus produtos”, comenta Gustavo Sergi, diretor de Químicos Renováveis da Braskem.


SOLUÇÕES CRIATIVAS PARA A PERSONALIZAÇÃO

A Punch Master se destaca pela inovação e o atendimento diferenciado, buscando a satisfação dos clientes através do pré e pós venda voltados a superar as suas expectativas.” A contextualização é da estilista Marcia Cristina Silva, que salienta ainda que não é por acaso que importantes grifes da indústria têxtil nacional escolhem a empresa para o fornecimento de soluções inovadoras e criativas, na personalização e identidade de suas marcas. Hoje a Punch conta com três unidades fabris, uma em São Paulo/SP especializada em etiquetas externas, projetos gráficos diferenciados e fundição de metais, além de bordados e emborrachados; outra em São José dos Campos/SP, dedicada à fabricação de não tecidos e entretelas e a terceira na China, na cidade de Huangzou, onde mantém correspondente que se dedica a receber clientes e pesquisar acessórios de metal. Nesta unidade são produzidos modelos principalmente em metais com acabamentos diferenciados. Tem uma ampla gama de acessórios descolados e itens promocionais feitos de materiais desenvolvidos para

realçar o estilo da marca e prover o cliente com uma lembrança duradoura em materiais como agendas, blocos de notas, chaveiros, sacolas, porta-notes, por exemplo. Do portfólio de itens para o segmento da moda fazem parte etiquetas, metais, fivelas, bordados e lantejoulas, dentre uma gama bastante ampla. “Nosso principal desafio é des-

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e identidade das marcas “

cobrir as necessidades de cada cliente, interpretar suas ideias e prover orientações e soluções originais. E esse trabalho vem moldando a identidade de nossa marca que é reconhecida pelos serviços de consultoria, design e produção com tecnologia de ponta aliada a diversos acabamentos, inclusive artesanais”, conclui.

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BASF É RECONHECIDA COMO LÍDER

do Pacto Global da ONU e SDG Pioneer S

aori Dubourg, membro da Junta Diretiva da Basf SE, participou da mesa redonda de CEOs na Cúpula de Líderes do Pacto Global, onde interessados da comunidade empresarial, do governo e da sociedade civil discutiram como poderiam colaborar ainda mais para promover atitudes e ações para a realização dos ODS. “Para a Basf a condução responsável do negócio é um pré-requisito para alcançar os ODS”, disse Dubourg. “O sucesso do negócio não se resume a gerar lucros, mas também deve criar valor para a sociedade e o meio ambiente.” Segundo Cristiana Xavier de Brito, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Basf para América do Sul, a empresa contribui para os ODSs por meio da mitigação de impactos ao longo da cadeia de valor e de contribuições positivas de produtos e soluções. “Utilizamos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como orientação para a nossa gestão de sustentabilidade e da forma pela qual conduzimos nossos negócios. Estamos empenhados em ampliar de forma significativa essas práticas dentro da cadeia de valor”, comenta. Cristiana também é vice-presidente da Rede Brasil do Pacto Global. Teressa Szelest, presidente de Desenvolvimento de Mer-

cado e Negócio da Basf na América do Norte, recebeu em nome da Basf o reconhecimento pelas soluções inovadoras que promovem a ação sustentável em água e clima. “A Basf trabalha com seus parceiros para solucionar estrategicamente os problemas de hoje e garantir um amanhã melhor”, disse Szelest. “Como um recurso cada vez mais escasso, o uso e a conservação da água no mundo todo continuam a ser uma alta prioridade para nós.” A estratégia de gestão hídrica da Basf inclui o uso eficiente da água e o desenvolvimento de soluções sustentáveis para os problemas hídricos locais. Por exemplo, a Basf coopera com outros usuários de água, como municípios e empresas que operam em distritos da mesma bacia hidrográfica. Desde o início do programa em 2010, a empresa reporta a gestão hídrica ao CDP (Carbon Disclosure Project). Em 2017, a multinacional foi incluída, pela segunda vez, na lista A de Água do CDP, que reúne empresas com melhor performance na gestão de água. Como membro fundador do Pacto Global da ONU em 2000, a Basf contribuiu com o desenvolvimento dos ODS anunciados pela ONU em 2015. A Basf apoia a ONU na sua implementação, que define o marco para as práticas comerciais sustentáveis.

Sobre a Basf

O RECONHECIMENTO ACONTECEU DURANTE A CÚPULA DE LÍDERES DO PACTO GLOBAL DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) POR SEU ENVOLVIMENTO E COMPROMISSO CONSTANTES COM O PACTO GLOBAL E COM OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) 20

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Na Basf se transforma a química para um futuro sustentável. Combina-se o sucesso econômico com proteção ambiental e responsabilidade social. O Grupo Basf conta com aproximadamente 115 mil colaboradores que trabalham para contribuir com o sucesso de seus clientes em quase todos os setores e países do mundo. O portfólio é organizado em 5 segmentos: Químicos, Produtos de Performance, Materiais e Soluções Funcionais, Soluções para Agricultura e Óleo e Gás. A Basf registrou vendas de € 64,5 bilhões em 2017. As ações são comercializadas no mercado de ações de Frankfurt (BAS), Londres (BFA) e Zurich (BAS). Para mais informações, acesse: www.basf.com.


CALÇADOS BIBI ANUNCIA PROCESSO

de sucessão presidencial Nova presidente assume empresa a partir de abril de 2019

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Calçados Bibi anunciou em dezembro os passos de seu processo de sucessão, iniciado anos atrás. O empresário Marlin Kohlrausch, que atua na empresa há 45 anos, sendo 30 deles como presidente, vai terminar seu mandato no dia 25 de abril de 2019, data em que a marca completa 70 anos no mercado. Para sucedê-lo, sua filha Andrea Kohlrausch foi indicada pelos diretores e pelo Conselho Consultivo para ocupar o cargo de presidente, a partir de então. A indicação da executiva, atual-

mente responsável pela área de varejo e expansão de franquias da rede, tem o apoio da diretoria e está em linha com as diretrizes estratégicas do Conselho Consultivo. “Estou satisfeito com o que temos feito na Calçados Bibi ao longo desses anos, especialmente com os resultados dos projetos voltados à expansão da marca por meio do modelo de franquias, a exportação com marca e design próprio para mais de 70 países, as ações em mais de 3 mil lojas multimarcas e a internacionalização da rede no Peru e na Bolívia. Também

estamos investindo constantemente em inovação, elevando a empresa a outro patamar, seguindo as tendências de mercado e a mudança de comportamento do consumidor tanto no Brasil quanto no mundo. Visamos a perpetuação da empresa que está preparada para enfrentar os desafios do futuro e acompanhar as mudanças relacionadas à transformação digital”, afirma Marlin Kohlrausch, que irá auxiliá-la no processo de transição até abril de 2019. Em seguida, passa a atuar como presidente do Conselho Consultivo.

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CALÇADOS JACOB BRINDA AO SEU

aniversário de 90 anos FOTO LUÍS VIEIRA

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a noite de 19 de novembro, durante a feira Zero Grau que aconteceu em Gramado/RS, a Calçados Jacob, detentora da marca de calçados casuais masculinos Kildare, brindou ao seu aniversário de 90 anos e durante a comemoração, apresentou junto de seus parceiros, clientes, imprensa e formadores de opinião a sua trajetória, bem como seus planos para o futuro. O coquetel contou com a apresentação da linha Essencials, composta pela releitura de três modelos clássicos de seu mix, que se destacaram nos anos 70, 80 e 90. O modelo 1000 é uma bota que fez sucesso na década de 70, inspirada nos calçados que predominaram na Inglaterra nos anos 50. O modelo G500 é uma bota para atender ao público adepto a aventura. Já o irreverente sapatênis modelo G900 traz solado caixa e cabedal de couro, que foi hit nos anos 90. As nuances predominantes nas releituras estão em harmonia com as marcas da cena fashion, com destaque para variações sóbrias de azul e vermelho, a cartela de nudes e terrosos, além dos clássicos preto e branco. A novidades estão disponíveis do 37 ao 44 e prometem agradar não somente o público masculino, mas também aqueles que acreditam que sapatos não têmnecessidade de rotular gêneros.

IBTeC prestigia a empresa, que é parceira no projeto Fábrica Conceito, que será realizado durante a Fimec 2019. Da esquerda para a direita Paulo Model (IBTeC), Eduardo Jacob, Andressa Jacob, Maurício Klein e Maurício Canal Klein (Kildare), Paulo Griebeler e Dr. Valdir Soldi (IBTeC)

Empresa A Calçados Jacob S.A. é uma das mais tradicionais indústrias brasileiras do setor calçadista, fundada em 22 de dezembro de 1928. A empresa possui unidades fabris em Maratá e Cachoeira do Sul, e matriz administrativa em Novo Hamburgo, todas no Rio Grande do Sul. Atuando em mais de 30 países, as exportações respondem por 15% dos negócios da companhia.

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PROAMB É CERTIFICADA

na ISO 9001 A

linha de soluções ambientais oferecida pelas unidades de negócios da Fundação Proamb conquistou um diferencial que atesta sua liderança no segmento do mercado gaúcho. Depois de um processo que levou cerca de um ano, a empresa de Bento Gonçalves/RS obteve o certificado da ISO 9001:2015 - Inmetro, conferido pelo Bureau Veritas, em sua planta de coprocessamento, instalada em Nova Santa Rita/RS. A ISO 9001 destaca a gestão da qualidade, exigindo de seus pretendentes a padronização de processos e o cumprimento de uma série de requisitos a fim de estarem aptos a receber a certificação. “Nosso escopo de certificação é a venda de serviços de coprocessamento e o processamento de resíduos industriais classe I e II com valor energético para fabricação de combustível derivado do resíduo e posterior envio para destruição térmica”, diz o diretor de Operações da Proamb,

Gustavo Fiorese. Com a certificação, fica ainda mais evidente o cuidado dispensado pela Proamb na busca da excelência, mostrando o controle operacional da empresa sobre os serviços que oferece. “O certificado comprova que nós cumprimos com os requisitos legais, que temos um planejamento estratégico e olhamos para o todo dentro da organização”, destaca Fiorese. A unidade de coprocessamento da Proamb é a maior produtora do RS de combustível derivado de resíduos (CDR), com capacidade de processar cerca de 5 mil toneladas/mês. O blend resultante desse processo é utilizado nos fornos de fabricação de cimento. O trabalho da unidade também soluciona passivos ambientais daquelas empresas que não podem destinar resíduos - como borras de processos petroquímico e materiais contaminados com tinta ou solventes, entre outros – para aterro, já que possuem características de inflamabilidade.

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a competitividade A Senda sistemas foi criada para desenvolver um sistema de gestão ERP (Enterprise Resource Planning) ao setor calçadista, com a missão de facilitar com tecnologia a aplicação de ferramentas inovadoras para a gestão, otimizando o fluxo das informações de seus clientes de forma fácil e intuitiva. Com o passar do tempo a empresa sentiu que havia espaço para também ofertar, além do ERP, soluções de gestão direcionadas ao desenvolvimento customizado de APPs e soluções WEB que complementam o sistema de gestão Senda ERP. O gerente comercial e analista de negócios, João Paulo Teles, destaca que a empresa, além de facilitar com tecnologia, oferece uma solução completa de gestão e de customização através da Eltok - empresa do grupo, dedicada a desenvolver aplicativos e desenvolvimentos WEB que permitem garantir o diferencial competitivo das empresas. “Precisamos de uma gestão integrada e com visão sistêmica, mas ao mesmo tempo não podemos perder a dinâmica deste mercado criativo que é o calçado. Através de uma gestão

intuitiva, o Senda ERP agrega ferramentas que garantem o diferencial competitivo das empresas. Através de painéis de indicadores e tecnologias acopladas as plantas fabris com o objetivo de melhoramento contínuo de nossos clientes por uma gestão mais eficaz e online”, avalia João Paulo. A empresa vem ganhando espaço e se destaca no cenário nacional como empresa de gestão ERP e soluções diferenciadas na gestão de qualidade e dinamismos dos processos da indústria calçadista, possuindo unidades de atendimento no RS, SC, SP e CE.

SinmaqSinos elege a nova gestão

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o dia 31 de outubro, foi eleita a nova diretoria do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Industriais e Agrícolas de Novo Hamburgo e Região - SinmaqSinos. Marlos Schmidt é o presidente para a gestão de 2019 a 2021, substituindo Heitor

Marlos Schmidt (D) é o presidente eleito

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FOTOS DIVULGAÇÃO

SOLUÇÕES DE GESTÃO PARA AUMENTAR

Schreiber, cujo mandato foi de 2016 a 2018. Heitor desejou muito sucesso ao novo presidente nesta nova etapa e agradeceu a Marlos “por todo o apoio despendido ao SinmaqSinos enquanto era vice-presidente, me substituindo em muitas ocasiões”. O ex-presidente Davilson Nogueira, em nome dos associados ao SinmaqSinos, reconheceu todo o esforço do Marlos em manter o sindicato forte e atuante, sempre com um olhar coletivo em prol do setor e, mesmo com tantas outras atribuições que já exerce em outras entidades, assumiu mais este desafio. Reforçou ainda que “poderá contar com o apoio dos demais membros da diretoria para tocar as atividades do sindicato”. Marlos agradeceu pela oportunidade e disse que isso só é possível graças ao apoio que tem de sua família, que consegue absorver as suas atividades no período em que precisa se ausentar da empresa.


COLUNA EPIs Marcos Braga de Oliveira

Universalização das normas

Técnico Químico/EPI Luvas e Vestimentas IBTeC

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ntes da abertura dos mercados, já existia a necessidade de padronização dos parâmetros da qualidade entre as indústrias de uma mesma nação. A fim de realizar essa padronização, métodos e ensaios (testes) foram criados e os mesmos poderiam ser aplicados por qualquer uma das indústrias com o intuito de se avaliar a qualidade dos produtos e certificá-los para atender as exigências dos compradores. Nesse cenário, surgiram os laboratórios de ensaios independentes e imparciais, sem ligação direta com as indústrias e que criaram normas, que aos poucos ganharam força de mercado. Com a chegada da globalização, laboratórios já consolidados no mercado, como o Satra, exportaram suas normas para o mundo. Logo, um método de ensaio realizado no Brasil seria executado exatamente da mesma forma que na Inglaterra. Muitos organismos de normatização ganharam força, principalmente aqueles soberanos nos seus países de origem e que eram ligados a grupos governamentais e não privados. Comissões europeias obtiveram grande influência no mercado mundial. Normas EN (União Europeia), BS (Reino Unido) e DIN (Alemanha) tornaram-se comuns até no Brasil. As normas de avaliação das características de proteção de EPIs luvas, por exemplo, foram desenvolvidas pela União Europeia (exemplo: EN 388, EN 407, EN 12477). Países de grande poder econômico também exportaram suas normas como EUA - com as normas ASTM - e Japão, com as JIS. Entretanto, a padronização exigia também uma padronização do órgão expedidor das normas. Sendo assim, em 1946, surgiu a ISO (International Organization for Standardization)

como um organismo independente e não governamental, ou seja, não pertencente a país algum. Muitas das normas lançadas pela ISO foram adaptadas de normas europeias (como EN) e esse procedimento ocorre até hoje. Desta forma, normas nacionais deixam de circular no mercado, sendo canceladas e substituídas por normas ISO de mesmo conteúdo. Isso vem ocorrendo com o mercado de luvas, como de EPIs, onde as tradicionais normas de risco mecânico (EN 388) e de requisitos gerais (EN 420) foram substituídas agora em dezembro pelas normas ISO 23388 e ISO 21420 respectivamente. Com isso há, como em todas as mudanças, aspectos positivos e negativos. O malefício à indústria é a necessidade de atualização de todos os documentos e marcações em luvas com a nova norma, apesar dos ensaios se manterem os mesmos. Essa mudança será necessária apenas aos que renovarem ou obterem o Certificado de Aprovação (CA) a partir de 2019. Um aspecto positivo ocorre do fato do organismo brasileiro - a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - ser agora capaz de lançar sua versão traduzida das normas ISO, o que não é possível quando a norma estrangeira é proveniente de outro país. Em breve, serão disponibilizadas as versões ABNT NBR ISO das normas conforme a comissão responsável realizar o estudo e a tradução dessas. Isso facilitará as interpretações das normas e deixará as mesmas mais acessíveis à indústria brasileira. Apesar do discurso correto de aceitação sobre as diversidades sociais e culturais, tratando-se de qualidade e proteção ao usuário, quanto maior for a padronização e homogeneidade no mercado mais benefícios haverá para o usuário final.

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BOAS EXPECTATIVAS

para a Couromoda O s sentimentos de otimismo e confiança devem caracterizar a Couromoda 2019, que acontece de 14 a 17 de janeiro, no Expo Center Norte, na capital paulista. A estimativa da organização é de um incremento de 5%, aproximadamente, no número de visitantes e no volume de negócios realizados nos quatro dias do evento. Com a integração total entre a Couromoda e a São Paulo Prêt-à-Porter, os lojistas e importadores visitantes terão à disposição mais de 2.000 coleções de calçados, roupas e acessórios para todos os nichos de mercados. Além das novidades de inverno, serão apresentadas muitas coleções de meia-estação e ainda modelagens de verão, estas para pronta-entrega. Cerca de 90% da produção brasileira de calçados está representada na Couromoda, que responde por mais de 35% do movimento anual do setor e recebe compradores de todo o Brasil e players de outros 50 países.

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Na edição de janeiro de 2018, foram registradas mais de 30.000 visitas profissionais, número que tem tudo para ser superado na edição de 2019. “Trata-se do mais relevante evento de moda e negócios do Brasil, testado e confirmado, com abrangência global e indispensável para quem se propõe a ser competitivo no segmento”, argumenta o diretor geral Jeferson Santos. “É o ponto de encontro dos grandes players do setor e momento para a troca de informações e para a capacitação por intermédio das palestras e seminários disponibilizados durante a feira”, finaliza.

Ablac apresentará pesquisa sobre consumo de calçados em 2018 A Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados promove, em 14 de janeiro, segundo dia da Couromoda 2019, a Noite da Ablac. O evento é voltado a associados, lo-

jistas em geral e expositores da feira. A partir das 20h, no Palco Couromoda, haverá apresentação da pesquisa Consumo de Calçados no Brasil em 2018, realizada pela empresa Kantar a pedido da entidade, mostrando o desempenho de vendas do varejo calçadista este ano. Na sequência, um grupo de lojistas ligados à Ablac debaterá os resultados e indicará ações que podem ser adotadas diante do cenário revelado pelo estudo. Será o terceiro ano consecutivo de apresentação da pesquisa, cujos resultados servem de referência para as atividades da indústria e do varejo de calçados. Os dados mostram comportamento das vendas por segmento de produto (masculino, feminino, infantil e esportivo), canais (lojas físicas, magazines e internet), preço médio, tíquete médio e outros indicadores em relação a 2017. Após a feira, os dados poderão ser adquiridos por fabricantes e lojistas interessados.


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PÓS-MODERNISMO, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO

e Sustentabilidade A

focadas no mercado da moda. Este salão impulsiona o desenvolvimento de produtos genuinamente brasileiros e possibilita acesso a compradores nacionais e internacionais, o que gera negócios para a indústria e leva informação qualificada ao mercado”, comenta o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Milton Killing.

Conceito Inspiramais De acordo com o pesquisador e coordenador do Núcleo de Design da Assintecal, Walter Rodrigues, hoje, não temos uma forma de vestir, mas sim uma nova maneira de interpretar a roupa e os acessórios. “Não é apenas um jogo de peças, mas um diálogo entre a liberdade de usar, a criatividade e a identidade. Tudo expressando um novo jeito de ser”, considera. É nesse universo multifacetado da já segunda década do século XXI que Walter aponta os caminhos das inspirações. “A roupa, mais do que nunca, se transformou em

objeto de comunicação. Designers do mundo todo usam suas passarelas para expressar ideias e conceitos, tais como a questão de gênero, o vegano, o de raça e de política, transformando moda em mensagem. Mas isso tudo vem das ruas, a liberdade tão duramente alcançada, possibilita ao uso de roupas e acessórios livres de dogmas de moda, surpreendendo e encantando os observadores da moda, influenciando marcas de roupas, calçados e acessórios, móveis e bijuterias”, explica. Neste contexto, o lúdico aparece como desconstrução e reconstrução, e como forma de mensagem, identidade e significação. “A arte, a pintura, a cor como contraste do real e construtor de significado também estão presentes neste contexto. Um movimento transformador e constante, onde a não obviedade das formas é que traz o novo, o disruptivo. Mistura que torna a construção potente e viva, onde o otimismo age como rebelião cultural e a transformação em larga escala”, esclarece o pesquisador.

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sociedade é caracterizada pela avalanche recente de inovações tecnológicas, pela subversão dos meios de comunicação e da informática, com a crescente influência do universo virtual, derivando num desmedido apelo consumista. Esse panorama seduz o homem pós-moderno. Assim, a identidade no Pós-Modernismo seria um corpo, uma forma vazia pronta para incessantes reconfigurações. Este é o ponto de partida para o Salão de Design e Inovação de Materiais (Inspiramais 2020_I), que acontece nos dias 15 e 16 de janeiro de 2019, no Centro de Eventos Pro Magno, em São Paulo/SP. Exaltando um novo pensamento para a moda brasileira efetivando novos processos de criação, o evento expõe as principais inspirações da próxima temporada para toda a cadeia produtiva da moda - confecção, joias, calçados, setor moveleiro e acessórios. “O Inspiramais marca o início das criações dos setores da moda nacional, apresentando o lançamento de mais de 1.000 materiais desenvolvidos por empresas

Conceitos que norteiam o Inspiramais direcionam os caminhos da moda e design brasileiro

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Projetos inovadores, rodadas de negócios e um estudo da iconografia brasileira

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ara exaltar um novo pensamento para a moda brasileira e novos processos de criação, o Inspiramais 2020_I apresenta uma série de projetos realizados ao longo dos anos por todo o elo da cadeia de moda, consultores e designers e pesquisas nacionais e internacionais. - + Estampa - Sob a coordenação do designer e consultor da Assintecal, Lucius Vilar, oito estúdios foram convidados a decodificar elementos da cultura brasileira para criação de novas estampas e apresentação de novas aplicações, incorporando a originalidade brasileira como forma de reduzir a cultura da cópia e também a compra de estampas internacionais por parte de empresas do setor de confecções. - Feito no Brasil - O programa visa a participação de empresas brasileiras fabricantes de laminados, buscando fomentar e desenvolver materiais inovadores de forma conjunta - diferenciando as marcas no mercado e colocando-as em patamar superior aos concorrentes internacionais. - Iconografia Local - Um dos projetos atuais mais significativos para a moda e o design - e que tem posicionado o Brasil como referência

internacional em identidade de produtos com características brasileiras - traz a Bahia como tema. As folhas, estradas, pessoas, esculturas, cores, a aridez e o sol, texturas e objetos foram decodificados por meio de uma pesquisa histórica e de imagens, que procurou retratar a riqueza de uma cultura que pode levar à inspiração para o desenvolvimento de produtos brasileiros. O resultado é apresentado numa cartela de cores, protótipos e vídeos desenvolvidos a partir da pesquisa. - Inovamais - Apresentação de soluções e produtos altamente tecnológicos e inovadores, desenvolvidos por processos sustentáveis adequados aos segmentos do Sistema Moda Brasil. Cada empresa participante recebeu uma curadoria para avaliação dos produtos. - Preview do Couro - O projeto reúne as novidades de 15 curtumes que buscaram interpretar os desejos do consumidor pós-moderno que está em incansável procura pela reconfiguração de seu estilo de vida e identidade. - Referências Brasileiras - A intenção é instigar a criação de produtos sob o olhar de desenvolvimento que integra as referências do Brasil, mapeando importantes influências

culturais e abrindo um novo espaço para o design para originar coleções de calçados, acessórios, joias, móveis e confecções. - Projeto Comprador - Recebe fabricantes dos países Argentina, México, Equador, Peru, Colômbia, Índia interessados em adquirir matérias-primas brasileiras para o desenvolvimento de seus produtos. - Projeto Imagem - Jornalistas e formadores de opinião de veículos internacionais são convidados para conferir todo o processo de produção da moda brasileira, assim como nossa qualidade e design dos produtos, acompanhando todas as atividades do Inspiramais. - Conexão Inspiramais - É um ciclo que tem início com o estudo das inspirações e referências de moda, contando com a coordenação do estilista Walter Rodrigues. As empresas participantes do projeto recebem curadoria para criação e desenvolvimento de materiais inovadores em design e tecnologia para a estação abordada. Mais de 900 novidades em materiais podem ser conferidas. Haverá três palestras durante as quais é apresentada toda a pesquisa. - Ciclo de Palestras - Uma programação de palestras sobre moda, tecnologia e mercado de consumo.

Inspiramais É promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Tem patrocínio da Cipatex, Altero, Bertex, York, Advance Têxtil, Sappi Dinaco, Wolfstore, Caimi & Liason, Brisa, Intexco, Tecnoblu, Britânnia Têxtil, Cofrag, Colorgraf, Endutex, Componarte, Branyl, Berlan, Suntex e Aunde Brasil e conta com o apoio da ABEST, ABICAV, Abicalçados, IBGM, Instituto By Brasil (IBB), In-Mod, ABVTEX, Ápice, Abimóvel e Guia JeansWear by Style WF e Francal.

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OTIMISMO E RETOMADA DAS VENDAS NA

Zero Grau A

FOTOS LUÍS VIEIRA

oitava edição da Zero Grau - que foi realizada pela Merkator Feiras e Eventos em Gramado/ RS de 19 a 21 de novembro - proporcionou movimentação e negociações nos mais de 300 estandes preparados pelas indústrias de calçados e acessórios. A mobilização foi protagonizada pelo varejo que, depois de um ano de baixas vendas, se mostrou disposto a adquirir lançamentos para preparar as vitrinas do outono/inverno 2019. A expectativa de que a economia seja mais favorável ao setor no próximo ano foi a tônica durante a coletiva com a imprensa, realizada no início da tarde no dia da abertura. A diretora de Relacionamento da Merkator, Roberta Pletsch, apresentou números dando conta de que a feira mostrou mais de 300 empresas expositoras de 1.200 marcas. Na edição que marcou seus 15 anos de atividades no setor, a Merkator subsidiou a participação de mais de duas mil razões sociais, que geraram a ocupação de seis mil vagas em 50 hotéis em Gramado e Canela, na serra gaúcha. Neste montante, a presença de mais de 200 importadores vindos de 40 países, dentre os quais o Equador se sobressaiu somando 27 compradores. Outro dado divulgado foi a estreia de 24 empresas dentre os expositores. “Apesar da situação econômica estar indefinida no País, a feira manteve o seu porte com a aderência dessas novas empresas”, ponderou Roberta. O diretor da Merkator, Frederico Pletsch, considerou que com o término do processo eleitoral o foco dos empresários foi redirecionado para os negócios. “Estou presenciando um novo ânimo entre os empresários, tanto da indústria quanto do varejo. Todos têm consciência de que os próximos meses ainda serão duros, mas certamente com um pouco mais de folga”, disse. O presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de

Três Coroas, Werner Júnior, comentou que as feiras realizadas em Gramado pela Merkator (Sicc e Zero Grau) estão entre as mais importantes do Brasil, e com crescimento também no cenário internacional. “Trata-se de um trabalho coletivo muito bem feito, com méritos para o Fredão, que soube fazer as alianças certas com os sindicatos, as empresas e os lojistas”, pontuou ele, comentando ainda que os lojistas sinalizaram confiança quanto ao aumento do consumo de calçados. Na opinião do gerente de Exportação da marca Carrano, Fernando Galego, a feira foi ao longo da sua trajetória ajustando as ações que a levaram para o sucesso. “Hoje a Zero Grau oferece a melhor data e um mailing muito profissional, inclusive quanto à seleção dos importadores a serem convidados. Está com tudo na mão e não pára de crescer”, observou informando que já na manhã do primeiro dia da feira as vendas a importadores superaram as realizadas durante o primeiro dia inteiro da edição anterior. Destacando que os empresários não devem estimular as feiras feitas por representantes em mercados locais, pois, na sua opinião, isso prejudica o projeto maior, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Rosnei da Silva, ressaltou a capacidade da organizadora em saber ouvir empresários e lojistas para poder atender aos anseios do mercado. “São 15 anos de um prazo indeterminado de sucesso”, avaliou. O sentimento de retomada dos negócios foi observado também no ambiente dos pavilhões. O proprietário da loja Carolina Martori, da cidade de Franca/SP, disse ter boas expectativas para o próximo ano. “Estamos comprando bem. A feira oferece facilidades de se conhecer as coleções de vários fornecedores em um único local”, afirmou Guilherme Martori. Já a empresária da loja Estilos Calçados, de Criciúma/SC, Valmiria Pagani, comentou que na feira otimiza suas compras para o primeiro semestre do ano. “Aqui conseguimos ter uma noção maior sobre os lançamentos e tendências para o inverno, aproveitando para comprar alguns produtos diferenciados em calçados e acessórios”, salientou. Enquanto isso o diretor da empresa de calçados femininos Divalesi, Orceni Benardi, afirmou que há um clima de entusiasmo no ar. “A expectativa é boa, acho que o Brasil vai retomar o mercado de sapatos em 2019, pela mudança político-econômica e pela mudança de produto que estamos fazendo”, comentou. A feira lançou as primeiras tendências em calçados e artefatos para o inverno 2019

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Exclusivo Debates

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m dos pontos altos da Zero Grau foi o Exclusivo Debates. Realizado pelo Jornal Exclusivo/ Revista Lançamentos e Merkator no último dia da feira, o painel trouxe especialistas para falarem sobre moda, tendências e comportamento. A diretora de Relacionamento da Merkator, Roberta Pletsch, salientou que as expectativas tanto dos fabricantes quanto dos lojistas são de otimismo e que na feira estavam acontecendo muitas negociações. “Ao que percebemos, o período mais difícil da crise econômica já passou, nossos empresários são guerreiros, sabem lutar para sobreviver e, assim como muitos que estão aqui, acredito que tudo vai melhorar na economia nos próximos meses”, projetou. O diretor de Produto e Desenvolvimento da Usaflex, Eduardo Müller, comentou que o comportamento de consumo mudou bastante e os lojistas passaram a investir mais em produtos diferenciados. “Apostam em produtos funcionais, valorizando atributos não só de design, mas principalmente de conforto”, contextualizou. Para ele a competitividade não deve ser por preço, mas pelo foco em tecnologias para atender a nichos de mercado, como performance ou conforto. O sócio-diretor da rede de lojas Calci, Nilton Colombo, considerou

que se por um lado o consumidor está ávido por novidades, por outro lado sabe exatamente o que quer e busca boas experiências de compras. “É preciso oferecer algo a mais na loja física para tornar a experiência o mais agradável possível”, enfatizou. Eduardo Smaniotto, CEO da Tracta.Co, citou uma pesquisa de consumo encomendada pela Associação Brasileira dos Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac) para argumentar que não houve queda no consumo de calçados no Brasil, mas sim a migração de parte dos clientes de lojas multimarcas físicas para lojas de marcas únicas ou para o varejo online. “O consumidor, além de não ser mais tão dependente da loja física, deixou de comprar por impulso, passando a buscar dentre as marcas consolidadas aquelas com produtos que tenham valor mais baixo”, explicou. TECNOLOGIA - Ao falarem sobre qual a leitura a se fazer ante as tecnologias disponíveis e a mudança de comportamento de consumo, Eduardo Smaniotto falou que a tecnologia é uma ferramenta que serve de apoio e que o comércio online não vai causar o fim da loja física. “É preciso se reinventar para atrair o consumidor ao ponto de venda. As monomarcas crescem em função disso”, pontuou.

Roberta comentou que as novas gerações serão cada vez mais tecnológicas e, portanto, não dá para fugir dessa realidade, mas reconheceu que ela própria é uma das clientes que prioriza o contato físico. “Apesar de ser bombardeada com informações, gosto de ir à loja e ter experiência com o atendimento, entretanto as lojas precisam instrumentalizar melhor seus atendentes sobre as propriedades dos calçados”, argumentou. Nilton decretou que não adianta querer discutir, o consumidor de fato já migrou para o digital. “O que o lojista tem que fazer é extrair o que há de melhor em cada um dos canais de venda e trazer isso para o seu negócio. É um mundo novo com muitas oportunidades. Não dá para se agarrar ao que se conhece. Tem que fazer, atestar, errar, corrigir o erro e ir evoluindo. Isso ainda está sendo criado, o que não pode é desistir, pois o acerto da semana não garante a venda da semana seguinte”, alertou. Eduardo Müller explicou que há a necessidade de se aprender a usar internet de forma inteligente. “Os lojistas precisam descobrir como usar a tecnologia em benefício do seu negócio para se informar e também se aproximar mais do fabricante e do consumidor. Só assim terá na sua vitrina o produto certo na hora certa. A Internet facilita isso”, concluiu.

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Sua loja está preparada para o e-commerce?

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entre as várias palestras para atualizar os lojistas e fabricantes sobre temas contemporâneos, uma delas, apresentada por Rafael Reolom, criador do site sapatoshow.com, teve como tema Sua loja está preparada para o e-commerce? Com 10 anos de experiência em venda online, ele iniciou a sua apresentação perguntando o motivo para as lojas terem um e-commerce, listando logo em seguida os pretextos mais comuns que levam as lojas a ingressarem nesse mercado: o concorrente está online; os clientes estão conectados; a variedade de canais de marketing; os investimentos supostamente são menores para implantar uma loja online do que uma loja física; a loja fica aberta 24 horas por dia; a ausência de limite geográfico; a facilidade de mensurar o retorno dos investimentos; a comodidade para o cliente e o aumento do alcance da marca. Ao mostrar informações obtidas através do relatório anual ebit 2018, que divulga dados estratégicos para a loja online, ele apontou que em 2017, somente no Brasil, chegamos ao total de 55 milhões de consumidores que compraram pela internet algum artigo, e que no País este mercado vem crescendo a dois dígitos por ano. “Nos

Rafael Reolom, criador do site sapatoshow.com

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últimos 10 anos tivemos muitas evoluções em termos de ferramentas online, e cada ferramenta que surge demanda uma mudança interna na empresa, pois há a necessidade de se conhecer e dominar isso. Na minha empresa, por exemplo, nos últimos anos mudamos a plataforma três vezes para podermos continuar atualizados”, revelou, logo em seguida lançando dois questionamentos: 1 - Como a sua empresa reage à mudança? Ou seja, qual é o nível de comprometimento que a equipe tem com relação à inovação. Para esta questão ele lembrou que as mudanças vêm a galope, exigindo rapidez na absorção das informações para poder restabelecer as estratégias. 2 - Ao perguntar “quem é seu cliente?” estimulou a se pensar sobre com quem a empresa conversa, e determinou que a empresa precisa se comunicar, no mínimo, tendo o mesmo nível de conhecimento que o seu cliente para não ficar refém do conhecimento dele. Logo em seguida, destacou que qualquer coisa pode ser vendida pela internet. Mas é preciso saber o jeito certo de se relacionar com o cliente e a estratégia mais apropriada para concretizar a venda. Segundo Rafael, são três os pilares que sustentam o desenvolvimento de produtos e estratégias de negócios - pessoas, processos e tecnologia. “Para abrir e manter loja física necessitamos de arquiteto, engenheiro, marceneiro, eletricista, contador, gerente, estoquista, atendente e uma série de outros profissionais. Mas para se estabelecer uma loja virtual não é diferente, também precisamos recorrer a uma série de especialistas que vão desenvolver o design do site, atualizar as informações, criar plataforma de compras, enfim, recorreremos a pessoas com conhecimento em informática e web, e isso abre campo

para uma infinidade de terceiros. As pessoas, os processos e as tecnologias são diferentes para cada modelo de negócio (físico ou virtual), mas são necessários para ambos”, reforçou. Pontuando que abrir uma loja virtual para depois colocar um estagiário a tomar conta do negócio é uma fórmula perfeita para o fracasso, assim como seria se fosse delegado a um estagiário a gerência de uma loja física, ele destacou a necessidade de se ter uma equipe - não um profissional que entenda de fato como trabalhar no formato digital e que esteja focada em entender como o cliente se comporta para estimular a sua pesquisa no canal de vendas, facilitar o acesso às informações e oferecer a ele as soluções que busca. “O cliente quer ter as suas dúvidas esclarecidas, deseja conversar com a loja, e para isso existem vários canais, como e-mail, whatsapp, chat. Porém estas conversas precisam estar alinhadas em cada um destes canais e as respostas sempre devem ser rápidas e precisas, e isso demanda muito conhecimento e dedicação. Nada é fácil”, sublinhou. Mas antes disso tudo é necessário saber qual o tamanho do negócio que queremos e qual é a área de atuação, por exemplo. Uma loja pode querer atuar em todo o território nacional ou apenas na sua região. No caso da sapatoshow.com a decisão foi por atuar regionalmente. Para simplificar o negócio, agilizar a entrega, diminuir as despesas com frete. “Estamos situados na região de Cascavel/PR, onde 250 mil consumidores fazem compras via internet. Montamos uma estratégia de marketing digital para atender clientes num raio de 100km e trabalhamos para sermos o melhor fornecedor de calçados na nossa região, essa estratégia de negócio tem nos levado adiante”, assegurou.


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FIMEC DESENVOLVE ESTRATÉGIAS PARA UMA

nova edição de sucesso N uma experiência transformadora, por isso oferecemos projetos para inspirar e agregar conhecimento, auxiliando os empresários na busca por melhorias em seus negócios”, pontuou Mauro.

Conhecimento aos visitantes Sucesso na edição da feira no ano passado, o Fórum Fimec está confirmado, tendo como objetivo oferecer informação e conhecimento global para transformação do setor coureiro-calçadista. O evento acontece junto à Fimec e conta com palestrantes nacionais e internacionais referência em suas atividades no setor calçadista. A coordenadora da Comissão Organizadora da Fimec, Suane Lemke, destacou que o fórum busca tornar a feira ainda mais relevante, ofertando conteúdo transformador, proporcionando acesso e networking com profissionais relevantes do mercado em nível internacional. “Nosso objetivo é que o setor possa apresentar ideias e inovações, por isso buscamos provocar e inspirar o mercado”, explicou. O fórum ocorrerá no dia 27 de fe-

vereiro, das 9 às 14 horas, reunindo profissionais ligados à moda e à área de negócios para compartilhar experiências profissionais e abordar temas de relevância do segmento. Entre os nomes de relevância confirmados está Thomas Michaelis, Chefe de Revestimentos Têxteis na Europa, Oriente Médio e África da Covestro/Alemanha. Ele falará sobre o impacto da mudança de sistemas de solventes para produtos químicos à base de água na indústria têxtil. Outra palestra confirmada tratará sobre o futuro do design e da produção ante as percepções do consumidor. O assunto será apresentado por Rob Bruce e Sergio Guimarães. O trabalho de Rob é voltado para o Human Centered Design - um processo e um kit de ferramentas com o objetivo de gerar soluções novas para o mundo, incluindo produtos, serviços, ambientes, organizações e modos de interação, baseado em conceitos de design. Ele tem experiência em design em marcas como Apple, Nike, Google, Coca-Cola. Sergio Guimarães é especialista na indústria de calçados com mais de 40 anos no mercado global, e já atuou para marcas como 9West, Disney e Nike.

FOTO LUÍS VIEIRA

o dia 28 de novembro, a Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec), juntamente com as entidades parceiras, apresentou para a imprensa as ações que acontecerão durante a sua 43ª edição, marcada para acontecer de 26 a 28 de fevereiro de 2019, em Novo Hamburgo/RS. Da produção à logística, a mostra expõe novidades em materiais, produtos químicos, componentes, máquinas, equipamentos e tecnologias lançadas para atender as necessidades da indústria de calçados e artefatos. O diretor-executivo da Fenac, Mauro de Paula, destacou que a Fimec representa toda a força do mercado coureiro-calçadista. “A Fimec é construída por várias mãos, pois conta com o apoio de diversas entidades setoriais desde o início. Estamos bastante otimistas com os números comerciais da edição de 2019, que já são melhores que os de 2018. A nossa principal missão é fazer com que os empresários e profissionais que visitam a feira saiam com mais conhecimento e informação. O nosso objetivo é que participar da Fimec seja

Fábrica Modelo foi um dos projetos destacados durante coletiva com a imprensa. Na foto, Cisso Klaus (Arezzo,), Luís Coelho (Coelho Assessoria Empresarial), Paulo Griebeler (IBTeC) e Maurício Klein (Kildare)

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Inovações na fabricação de calçados em tempo real

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Fábrica Conceito é um espaço que mostra a fabricação de calçados em tempo real, com o objetivo de apresentar ao visitante a aplicabilidade dos processos tecnológicos e produtos expostos no evento. Realizado conjuntamente por Fenac, Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) e Coelho Assessoria Empresarial, o projeto reunirá em torno de 70 empresas, desde fornecedores de matérias-primas até sistemas de gestão e controle da produção, de máquinas e destinação dos resíduos industriais da fábrica. O projeto tem caráter social com a utilização de profissionais que se encontram fora do mercado de trabalho, criando para eles uma oportunidade de visibilidade das suas habilidades profissionais, e com isso aumentando as chances de recolocação no mercado de trabalho, e também faz a distribuição para entidades de assistência social de parte da produção que será realizada durante a feira. O presidente executivo do IBTeC, Paulo Griebeler, destacou que para esta edição o otimismo está voltando ao setor e ao projeto, assim como à própria Fimec, buscando trazer alguns conceitos novos. “Estamos passando por uma revolução digital a serviço da indústria e do setor calçadista, melhorando as condições para as empresas criarem produtos mais sustentáveis, confortáveis e com performance”, pontuou Paulo, destacando ainda que A tecnologia da informação a serviço da indústria calçadista será o tema da Fábrica Conceito em 2019. “Queremos apresentar alguns conceitos novos que surgiram com essa revolução digital. Vamos trazer máquinas, inovações, tecnolo-

gias, processos e produtos sustentáveis para atender esse mercado”, explicou o presidente. O diretor da Coelho Assessoria Empresarial, Luís Coelho, salientou que o projeto evolui constantemente ao longo dos anos. “Estamos chegando à 10ª edição e é evidente a evolução do projeto, pois nesse tempo tivemos um reconhecimento da própria Fimec e do mercado, conseguindo ampliar o espaço e melhorar a localização do projeto devido à importância do mesmo dentro da feira e junto ao mercado”, destacou Luís. Ele também apontou que, durante a próxima edição, os visitantes da feira terão uma fábrica realmente inovadora na área de gestão, com sistemas de integração de máquinas e equipamentos que aumentam a produtividade das indústrias e garantem controle da performance da produção em tempo real. Em 2019, as marcas que estarão parceiras serão a Kildare (modelos masculinos) e a Arezzo (femininos), que desenvolveram inovações especialmente para apresentar no projeto. “A Fábrica Conceito é essencial para os fabricantes, principalmente levando-se em consideração a ideia de compartilhamento do conhecimento que norteia o projeto”, contextualizou o diretor da Kildare, Maurício Klein. Já o diretor executivo da Arezzo, Cisso Klaus, observou que o destaque da Fábrica Conceito e da Fimec é a união das entidades. “O que temos de especial aqui é a união de entidades em um foco comum. A indústria precisa se adequar a isso e andar junto. Essa é a nossa principal força para trazer de volta o orgulho de ser sapateiro, se focarmos nisso não tem divisão, só

tem união”, destacou. A Fábrica Conceito ainda contará com uma unidade de produção do Senai, que produzirá um modelo de sapato com solado anabela, totalmente desenvolvido pelos alunos do Instituto Senai de Tecnologia do Calçado, através de um concurso interno. Para garantir a produção de 900 pares de calçados da marca Arezzo, 450 da Kildare e 900 do Senai nos três dias de feira, a Fábrica Conceito envolverá 60 operários. Além dos alunos da Escola do Calçado do Senai, o projeto contratará profissionais que estão em busca de recolocação no mercado de trabalho. Este ano os visitantes da feira verão uma fábrica realmente inovadora na área de gestão, com sistemas de integração de máquinas e equipamentos que aumentam a produtividade das indústrias e garantem controle da performance da produção em tempo real. O projeto terá ferramentas de controle de máquinas e equipamentos que mostram minuto a minuto o desempenho da fábrica, em tempo de os gestores de produção fazerem as correções de rota necessárias para garantir o cumprimento da programação diária de produção. Entre os programas, estão o Inteligente System Sazi, que monitora as condições das máquinas e equipamentos, alertando quando houver qualquer alteração nas condições de trabalho do equipamento. Outro sistema, o Smart Control, mostra a performance da produtividade, a cada minuto. Além da Arezzo e da Kildare, a Fábrica Conceito também terá como parceiros a Basf e a Covestro.

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A relação de gerações na era digital

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Estúdio Fimec é um espaço da feira dedicado à informação de moda, que oportuniza experiência aos visitantes da Fimec. Neste ambiente inspiracional, o público entra em contato com produtos finalizados e construídos a partir de pesquisas de moda baseadas no comportamento do consumidor. Trata-se de um universo lúdico e recheado de tendências de moda que proporcionam um direcionamento para as criações dos visitantes. Na edição de 2019, o tema do Estúdio Fimec será Rel@ções Conver-

gentes, abordando as diversas gerações que participam, com mais ou menos atividade, do mundo virtual. Essa interação gera um novo comportamento que, por consequência, resulta em novas características para o consumo. Assim, as matérias-primas e os produtos serão baseados neste contexto de envolvimento virtual, tanto de nativos da era digital (Geração Y-millennials, Geração Zcentennials, Geração Alpha) quanto de visitantes dessa era (Geração X e os Baby Boomers). Para o estilista e diretor do Studio 10, Christian

Thomas, essa relação de gerações é o motivo principal das investigações de comportamento para o projeto. “A tecnologia vem evoluindo e se entrelaçando à vida do ser humano. A interação entre as diferentes gerações gera um novo comportamento que, por consequência, gera novas característica para o consumo”, destacou. O projeto é uma realização da Coelho Assessoria Empresarial, enquanto o Studio 10 e o Centro de Design da Universidade Feevale são os responsáveis pelo conteúdo apresentado.

Soluções para melhorar a produtividade

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Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apresentará o Sistema de Operações Logísticas Automatizadas (SOLA) na Fábrica Conceito, demonstrando o controle dos processos logísticos de maneira automatizada por leituras de código de barras e RFID. O consultor da Abicalçados, Igor Hoelscher, explica que o sistema vem ao encontro da necessidade de melhorar a produtividade da indústria calçadista, otimizar processos para a redução de custos e aplicar a rastreabilidade plena por meio da adoção de metodologia para integrar e dar eficiência aos elos da cadeia, do fornecedor de matéria-prima ao varejo. “Na feira, o empresário interessado poderá conhecer o sistema de controle com os princípios de rastreabilidade e computação na nuvem aplicados, monitorando o abastecimento, perdas e produção de produto acabado em tempo

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real”, explica. Segundo Igor, com um custo de implantação compatível com o porte da empresa, a economia e o aumento da produtividade são evidentes, especialmente com a mitigação de erros durante o processo, acrescentando a entrega de informações rápidas e sem ruptura para a área comercial melhorar as suas vendas. “O processo vem chamando a atenção de grandes players da indústria, mas o nosso desafio principal é chegar ao varejo, que impõe retrabalho com procedimentos de reetiquetagem, ignorando os controles e rotulagem do fabricante. A adoção de padrões permite a integração da cadeia e ganho de escala, consequentemente, redução de custos, além do impacto comercial de um produto de moda que, hoje, ao invés de circular rapidamente, fica muito tempo parado para atender procedimentos do cliente”, conclui o consultor.


Oportunidades para a realização de negócios e networking

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ambém durante a Fimec, ocorrerão Rodadas de Negócios. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) realizará, por meio do Future Footwear, programa mantido em parceria com as entidades setoriais Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas para Couros e Calçados (Abrameq), Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (ICB), uma nova edição do FF Exchange. A iniciativa é uma rodada de negócios no modelo encontro rápido, no qual os interlocutores têm três minutos para apresentar seus produtos e iniciar uma negociação. Nesta edição, o projeto reunirá calçadistas (âncoras) e fornecedores da cadeia, com o objetivo de otimizar o tempo e proporcionar o máximo de contatos para a realização de negócios, aproximando todos os elos da cadeia. Outra iniciativa é o Projeto Comprador, promovido pelo By Brasil Components, Machinery and Chemicals como uma ação de incentivo às exportações executadas em parceria pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Assintecal. Nos três dias de evento, estima-se realizar cerca de 600 rodadas de negócios entre participantes do projeto e 10 compradores da Argentina, México, Equador, Peru, Colômbia e Índia. A expectativa de negócios é superar os US$ 15 milhões atingidos na edição passada.

Projeto reforçará importância do couro

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Fimec sempre foi referência para o setor curtumeiro, se destacando entre as principais feiras para o setor. Tendo como características a exposição de soluções e necessidades para a indústria do couro, proporciona ao empresário encontrar em único ambiente tudo que necessita para expandir ou melhorar seu negócio. Esta condição ficará ainda mais evidente com a realização do projeto Curtume Modelo. A ideia de implantar um curtume modelo em pleno funcionamento na feira surgiu de um debate de um grupo de empresários fabricantes de máquinas, associados à Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas para Couro e Calçados (Abrameq), que entendem a grande relevância que o setor couro representa no Brasil, na América Latina e no mundo. “Constatando que, para atrair e dar maior visibilidade para as empresas, precisamos constantemente nos diferenciar, criamos essa forma diferente e inovadora, que é instalar um curtume dentro da feira,

mostrando novas tecnologias e seus diferenciais”, afirma o presidente da Abrameq, Marlos Davi Schmidt. O gestor de projetos da Abrameq, Vinícius Fonte, destaca que “os negócios estão cada vez mais competitivos e muitas vezes a vantagem competitiva de uma empresa pode estar na eficiência de seu processo produtivo, e um dos principais objetivos do projeto é transmitir alguns conceitos para a produção do couro que poderão gerar melhor eficiência, qualidade e economia ao processo produtivo, eliminando desperdícios e gerando mais rentabilidade aos negócios”, destaca. Neste sentido, ele sublinha que “o Curtume Modelo irá concentrar o que há de mais moderno e avançado para a indústria do couro, tendo o visitante da feira a experiência de visualizar as tecnologias em processo produtivo, podendo analisar todas as variáveis que compõem o processo, facilitando a análise para possíveis investimentos e implementações para melhorar seus negócios”.

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FEIRA 40 GRAUS TEM MAIS DE 50 INDÚSTRIAS

e dezenas de marcas confirmadas A marcas de destaque no mercado local. A inovação tem dado o tom dessa nova fase da 40 Graus, que se mudou de Natal/RN para a capital paraibana. “É um novo momento tanto para a economia brasileira quanto para a feira 40 Graus, que se reestrutura e ganha corpo nas regiões Norte e Nordeste, que são fundamentais para o nosso mercado interno”, explica o diretor da Merkator, Frederico Pletsch. Entre as confirmações o destaque é a diversidade de opções que os lojistas encontrarão entre os expositores do centro de convenções. No segmento de calçados masculinos, por exemplo, chegam à feira marcas que são re-

ferência no mercado como Ferricelli, Freeway, Amarok, Ferracini, Villione e Kildare. Também no segmento líder de vendas no varejo - os calçados femininos - estarão marcas ícones no País. As indústrias Dakota e Beira Rio levarão todas as suas linhas para a exibição. Entre as outras grifes confirmadas estão La Femme, Usaflex, Eivizza e Mariotta. “O mix de produtos contempla ainda marcas de calçados infantis, além de acessórios e artefatos”, ressalta Frederico Pletsch, salientando que a Klin e a Pampili são os destaques em marcas focadas no segmento infantil.

Feira A 40 Graus conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Calçados de Estância Velha, Sindicato da Indústria de Calçados de Ivoti, Sindicato da Indústria de Calçados de Igrejinha, Sindicato da Indústria de Calçados de Novo Hamburgo, Sindicato da Indústria de Calçados de Parobé, Sindicato da Indústria de Calçados de Sapiranga e Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas.

FOTO ZÉ MARQUES

s principais marcas produzidas pela indústria brasileira de calçados e acessórios já estão se preparando para o desembarque em João Pessoa/ PB, visando à realização de negócios durante a sexta edição da feira 40 Graus, que será realizada pela primeira vez no Centro de Convenções de João Pessoa, entre os dias 4 e 6 do próximo mês de fevereiro. Até o fechamento desta edição da Tecnicouro, as informações divulgadas pela Merkator Feiras e Eventos, empresa realizadora da mostra setorial, é que 56 fabricantes estavam confirmados. Juntos eles representam dezenas de

Depois de cinco edições anuais sendo realizadas no Rio Grande do Norte, a exposição acontece pela primeira vez na Paraíba

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NOTAS PRINTS EXCLUSIVOS

A ÁGUA DE COCO por Liana Thomaz celebrou com a Ipanema a primeira parceria entre as marcas. A união resultou na criação feita a quatro mãos de dois modelos de sandálias com estampas atemporais e prints exclusivos que trazem a identidade marcante e tropical da label de beachwear: a primeira exibe um mix de animal print amarelo com folhagens, e a segunda a composição de palmeiras, tradicional na marca.

ORIGINAL YELLOW BOOT A Timberland comemorou os 45 anos da sua icônica Original Yellow Boot™. Na celebração e resgate dessa herança, a marca desenvolveu uma edição especial comemorativa, em quatro cores diferentes marrom, preta e caramelo -, além da original amarela, que usa a cor safira em seus detalhes, referência universal às suas bodas de safira.

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COLETIVO Para celebrar tantos anos de parceria, a Melissa e os Irmãos Campana lançam uma collab exclusiva, que contou com a inédita colaboração da ONG Arrastão, a convite dos Irmãos Campana, na produção do primeiro protótipo da sapatilha que faz parte da coleção. O projeto se propõe a dialogar com coletivos espalhados pelo Brasil para produzir pequenos retalhos de trama/crochê com o fio reciclado de Melissa. Sob a liderança dos irmãos Campana, a ONG Arrastão é responsável pela produção de uma obra de arte coletiva na Galeria Melissa de SP. Entre os coletivos (mais de 20), que foram cuidadosamente escolhidos para a ação, estão as gaúchas Lu Gastal e Bianca Schultz.


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IMAGEM LUÍS VIEIRA

REPORTAGEM


O QUE A SAÚDE HUMANA E O MEIO AMBIENTE • Luís Vieira

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têm a ver com as exportações de calçados?

m novembro de 2008, há 10 anos, portanto, o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) inaugurou o Laboratório de Substâncias Restritivas. Desde então, passou a ser referência para todo o sistema coureiro-calçadista na gestão de substâncias que têm o seu uso restringido devido ao potencial risco que oferecem para a saúde humana ou ao meio ambiente. A partir dessa inauguração, o laboratório disponibiliza ao mercado uma série de ensaios que até então eram feitos no exterior, oferecendo suporte técnico às empresas que buscam ser mais competitivas adequando os seus produtos às regulamentações internacionais. A iniciativa é resultado de um sonho iniciado em 2003, quando o instituto, que na época era presidido por Martinho Fleck, apresentou à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) um projeto visando à aquisição de equipamentos, o preparo das instalações e a contratação e capacitação de pessoal técnico especializado para realizar análises em matérias-primas e produtos acabados. A intenção era detectar nos calçados e seus materiais componentes a presença de uma série de substâncias com o uso restringido em produtos, materiais e insumos comercializados no exterior, especialmente na Europa, na China e nos Estados Unidos. Essas normas e leis passaram também a ser usadas como barreiras técnicas para a entrada de produtos nos mercados, fato que colocou as indústrias brasileiras e as entidades setoriais em alerta ante o aumento das dificuldades geradas para as exportações dos produtos brasileiros, visto que no País ainda não se tinham normas correspondentes. Em 2006, veio a aprovação dos recursos, através do Projeto Modernit, do Ministério da Ciência e Tecnologia, tendo como objetivo incentivar a modernização de

laboratórios já instalados. Mas esse propósito só se tornou realidade porque teve mais gente que acreditou na ideia. Entre os motivadores, além do próprio ex-presidente Martinho, o pesquisador Sergio Knorr - um dos idealizadores do projeto - e a engenheira química Carmen Buffon, que no período coordenava os laboratórios de ensaios físicomecânicos do instituto. Ante a importância do tema para o setor, outras forças se somaram para que a ideia pudesse se concretizar em uma alternativa que de fato auxiliasse a indústria brasileira a melhorar o seu desempenho comercial no mercado global. Dessa forma, o IBTeC recebeu aporte financeiro também de quatro empresas de calçados - Beira Rio, Malu, Henrich e Wirth -, além do apoio de todas as entidades do setor. No total, foram aportados em torno de 1,3 milhão de reais em equipamentos e instalações e foram contratados novos bolsistas, o que possibilitou ao instituto passar a realizar ensaios não só para o setor coureiro-calçadista, mas para outros segmentos de mercado, como os de confecção, embalagem e brinquedos, que desde então também podem submeter seus produtos para análises quanto à determinação da presença ou não de várias substâncias e das quantidades utilizadas, quando for o caso. A inauguração desse laboratório marcou o final do primeiro mandato do ex-presidente do IBTeC, Dr. Rui Guerreiro, que havia assumido a gestão em janeiro de 2006. Entre as principais vantagens para as indústrias brasileiras foram a redução dos custos e a agilidade no acesso aos resultados realizados por uma organização instalada aqui no Brasil e que possui reconhecimento mundial. Hoje, são realizados aproximadamente 150 diferentes ensaios, e todos os procedimentos são acreditados e reconhecidos pelos mais importantes órgãos em níveis nacional e global.

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Compromisso de avançar no tema foi assumido pela atual gestão

o assumir o primeiro mandato, em janeiro de 2013, o atual presidente-executivo do instituto, Paulo Griebeler, reforçou o compromisso firmado pelo IBTeC desde a sua criação, há 46 anos, de ser o braço tecnológico do setor, auxiliando as empresas a melhorarem a sua performance exportadora através da qualidade dos produtos. Prova desse compromisso é que a atual gestão passou a olhar para este laboratório como uma grande oportunidade para as empresas se prepararem para competir no mercado internacional, através da melhoria dos seus calçados e da imagem do País como um polo onde se produz calçados com a responsabilidade de preservar a saúde dos consumidores e também a qualidade do meio ambiente. Na gestão de Griebeler já foram investidos novamente mais de um milhão de reais neste laboratório para a aquisição de novos equipamentos e também ampliação e modernização das instalações. “Esta foi a área em

que mais se investiu em treinamento, ampliação do espaço e aquisição de novos equipamentos”, pontua Paulo, acrescentando que, além dos serviços oferecidos de análises químicas, o instituto também se dedica à realização de treinamentos e consultorias para as empresas. “São dois pilares sendo trabalhados: um compreende os serviços de análises e emissão de laudos, outro trata das consultorias para capacitar as empresas no atendimento das demandas internacionais”, esclarece o presidente. O vice-presidente do IBTeC, Dr. Valdir Soldi, aponta um número expressivo de empresas orientadas e atualizadas sobre a importância do tema. “Acreditamos que nos últimos seis anos o instituto desenvolveu atividades associadas com substâncias restritivas em mais de 1.000 fornecedores de empresas parceiras, contribuindo de forma significativa com a qualificação para exportação do setor calçadista brasileiro”, destaca.

Acreditações • O IBTeC é acreditado inter-

nacionalmente pelo instituto inglês Satra e pela comissão norte-americana de segurança de produtos de consumo CPSC. • É acreditado nacionalmente pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCR) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). • Conta com as certificações BSI (ISO 9001/2015) e Rede Metrológica RS. • Possui reconhecimento internacional junto à rede americana Sears. • É reconhecido nacionalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

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Equipamentos adquiridos e os respectivos testes

CROMATÓGRAFOS GASOSOS COM DETECTOR MASSAS, FID E FPD - devido a sua simplicidade, sensibilidade e efetividade para separar os componentes de misturas, a cromatografia gasosa é uma das ferramentas mais importantes em análises químicas. Com o equipamento, o laboratório realiza a determinação de azocorantes, ftalatos e dimatilfumarato.

ESPECTROFOTÔMETRO INFRAVERMELHO - o uso deste equipamento ocorre tanto na indústria quanto na pesquisa científica. Trata-se de uma técnica rápida e confiável para medida e controle da qualidade e análises dinâmicas. Podese, por exemplo, identificar materiais sólidos e líquidos a partir de comparação com espectros da biblioteca virtual.

CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA - esta técnica apresenta-se como uma alternativa bastante viável, eficiente e rápida, em comparação a métodos químicos e microbiológicos. O uso deste equipamento é para determinação de folmaldeído em couros, têxteis, materiais de cabedal e forro, entre outros.

ESPECTROFOTÔMETRO DE ULTRAVIOLETA VISÍVEL - determina a concentração de substâncias através da relação da quantidade de luz absorvida e transmitida pela amostra. É possível determinar a concentração de todas as substâncias de espectro na faixa do ultravioleta visível, como por exemplo Cromo VI.

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ESPECTROFOTÔMETRO DE ABSORÇÃO ATÔMICA - o uso deste equipamento se refere à detecção quantitativa de metais e semi-metais como por exemplo, chumbo, zinco, cádmio, manganês, cobalto, níquel, cromo, magnésio, cobre, antimônio e mercúrio, entre outros elementos.

PREPARAÇÃO COM SISTEMA DE ÁGUA ULTRA-PURA - é utilizado para purificar a água com qualidade mínima necessária, preparar soluções e injetar no HPLC e absorção atômica.

ICP-OES (ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA COM PLASMA ACOPLADO - é uma técnica multielementar. Trata-se de um equipamento moderno e robusto que testa metais e semimetais de forma rápida, precisa e eficiente, para analisar vários elementos simultaneamente e em baixas concentrações, como chumbo, cádmio, cromo, arsênio, antimônio, bário, níquel, cobalto, manganês, zinco, entre outros.

INDUTIVAMENTE)

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Regulamento Reach foi um marco para os exportadores

A quantidade de substâncias listadas e a queda dos limites permitidos aumentaram os desafios para as empresas

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om a criação do Regulamento Reach - Registro, Avaliação, Autorização e Restrição de Substâncias Químicas - pela Comunidade Europeia, em 2007, as indústrias do sistema coureiro-calçadista brasileiro passam a conviver com novos desafios para se manterem competitivas. É que o Reach veio para substituir um conjunto de 40 diretivas e regulamentos comunitários, e se tornou o mais abrangente instrumento legislativo neste assunto, com mais de 20 mil substâncias registradas e avaliadas na base de dados. A exigência é que os produtores e importadores europeus de substâncias químicas, produtos ou artigos que contenham substâncias químicas cumpram as determinações com relação à segurança, meio ambiente e saúde. Como nem sempre há o contato da substância com a pele, uma grande preocupação é como os produtos químicos podem se acumular na natureza, principalmente na água e no solo, e depois - de uma forma indireta - afetar o ser humano pelo consumo de água ou alimentos. Esta avaliação é feita por institutos de competência comprovada, baseados em testes laboratoriais e pesquisas científi-

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cas. Quando detectado algum dano às pessoas, os organismos internacionais listam o elemento, determinando as concentrações máximas permitidas. Em relação ao Reach, um dos pré-requisitos é a correta identificação e registro das substâncias químicas, em sua forma isolada ou em componentes e artigos manufaturados, com amplo acesso às informações. O regulamento, portanto, impacta em todas as partes da cadeia de abastecimento dos países membros da UE (fabricantes, importadores, distribuidores, varejistas e até os usuários). Consequentemente, os países que, assim como o Brasil, exportam para membros da UE também são afetados. O objetivo central é estabelecer limites ou proibições para o uso de substâncias perigosas preservando a saúde da população e o meio ambiente. Porém, as legislações também servem como uma espécie de barreira técnica para a entrada de produtos nos mercados. Na última década, não apenas os países, mas também as empresas passaram a estabelecer listas próprias e cada uma delas é diferente das outras, tanto no rol das substâncias quanto nos limites auto-

rizados, o que torna o monitoramento ainda mais complexo. Essa situação tem causado preocupação entre empresários da cadeia produtiva - compreendendo desde a rede de suprimentos até os fabricantes de produtos acabados - que por um lado precisam investir recursos para oferecer aos mercados compradores garantias de que cumprem as exigências, e por outro querem evitar o aumento do preço final dos seus artigos, pois com isso perderiam em competitividade. Por não ter ainda uma lei específica sobre este assunto, o Brasil permite que produtos potencialmente nocivos às pessoas e à natureza entrem livremente pelas nossas fronteiras e concorram com produtos nacionais no mercado interno, o que significa prejuízos para empresas que investem na adequação dos seus produtos, além, é claro, de expor as pessoas e a natureza a situações de riscos potenciais. Independente desta situação é importante salientar que a preocupação com o controle das substâncias não deve ser uma exclusividade para quem importa ou exporta. Trata-se de uma responsabilidade também para as empresas brasileiras que desenvolvem produtos para o mercado interno.

Panorama atual do Reach (dezembro/2018)

Classificação das substâncias químicas

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20 mil substâncias registradas e avaliadas; 191 consideradas de preocupação muito elevada; 96 tóxicas para a reprodução; 78 carcinogênicas; 23 mutagênicas; 28 muito persistentes e muito biocumulativas; 24 persistentes, biocumulativas e tóxicas; 17 provocam sérios efeitos à saúde humana; 09 provocam sérios efeitos ao meio ambiente.

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Classe I - com efeitos perigosos comprovados Classe II - com efeitos perigosos Classe III - com impacto ambiental Classe IV - altamente suspeitas de ter um efeito sobre o usuário Classe V - suspeitas de ter um efeito sobre o usuário


Regulamentação Brasileira Normas já publicadas

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sistema coureiro-calçadista foi pioneiro, iniciando em julho de 2013 os primeiros estudos para a criação de uma legislação para as substâncias químicas restritivas no País. Até o fechamento desta edição, o Comitê Brasileiro de Couro, Calçados e Artefatos de Couro (CB-11), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), já havia publicado 10 normas relacionadas a substâncias de uso restrito utilizadas no setor. As comissões do CB-11 estudam normas internacionais, os membros discutem a formulação da norma brasileira, o texto é submetido à Consulta Nacional e somente após a aprovação a norma é publicada. Este é um trabalho voluntário e está aberto à participação de todos os interessados. As normas da ABNT têm caráter facultativo em sua utilização, o que não obriga as empresas a utilizarem. Essa situação pode mudar caso o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) adote uma resolução, determinando a condição para obrigatoriedade. Entretanto, mesmo sem a exigência, em casos de acidentes ou danos, a justiça poderá se basear nas normas regulamentadoras já publicadas para tomar suas decisões. Durante o ano de 2018, em reuniões contando com a participação

de mais de 60 empresas e das entidades setoriais, representando as partes de componentes e calçados prontos, o comitê se debruçou na execução do projeto Componentes para calçado e artefatos - Valores orientativos de substâncias restritas. Segundo o vice-presidente do IBTeC, Dr. Valdir Soldi, a primeira etapa do processo de criação de uma legislação brasileira será concluída em março de 2019 e inclui desde a definição das substâncias químicas a ser controladas, as normas para avaliação e controle até os limites segundo a legislação a nível mundial. Neste processo de construção da legislação participam empresas exportadoras nacionais, empresas fornecedoras de materiais e componentes para a cadeia calçadista, entidades de setoriais como Abicalçados, Assintecal, CICB e laboratórios de avaliação e controle de materiais. A próxima etapa (após março) será a divulgação do documento final pela ABNT para que num prazo de 60 dias ocorram as manifestações da comunidade quanto a críticas, sugestões e aprovação final. “A etapa final será viabilizar a regulamentação do processo de controle com base no documento já aprovado, que envolverá uma ação conjunta junto aos setores responsáveis no âmbito do Governo Federal”, explica o pesquisador Valdir Soldi.

- ABNT NBR 16600 Couro Ensaios químicos - Determinação do teor de cromo (VI) (ISO 17075:2007, MOD); - ABNT NBR ISO 17070 Couro Testes Químicos - Determinação do teor de pentaclorofenol; - ABNT NBR 16268 Determinação de cádmio - Método decomposição úmida; - ABNT NBR ISO 13365 Couro - Testes químicos - Determinação do teor de conservantes (TCMTB, PCMC, OPP, OIT) em couro por cromatografia líquida; - ABNT NBR ISO 17234-1 Couro Testes químicos para determinação de certos azo corantes em couros tingidos Parte 1: Determinação de certas aminas aromáticas derivadas de azo corantes; - ABNT NBR ISO 17072-1 - Couro - Determinação química do teor de metais Parte 1: Metais extraíveis; - ABNT NBR ISO 17226-1 Couro - Determinação química do teor de formaldeído Parte 1: Método de cromatografia líquida de alta performance (HPLC); - ABNT NBR ISO 17072-2 Couro - Determinação química do teor de metais Parte 2: Teor total do metal; - ABNT NBR ISO 14184-1 Têxteis - Determinação de formaldeído Parte 1: Formaldeído livre e hidrolisado (método de extração em água); - ABNT ISO/TS 16186 Calçados - Substâncias críticas potencialmente presentes em calçados e componentes para calçados - Método de ensaio para determinação quantitativa do dimetilfumarato (DMFU) em materiais de calçado.

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Programa visa à qualificação da cadeia de fornecedores O objetivo final é aumentar a competitividade das empresas através da qualificação dos produtos

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través de convênio firmado com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o IBTeC vem, desde 2016, qualificando empresas fornecedoras de materiais e componentes para a indústria calçadista, que, após passarem por programas de treinamentos realizados por empresas âncoras, iniciaram o trabalho de gerir o uso de substâncias restritivas nas suas próprias cadeias de fornecedores de insumos, provocando um efeito cascata que resultou na segurança e qualidade dos produtos finais destinados ao consumidor. A primeira empresa do setor a trabalhar toda a sus cadeia de fornecedores foi a fabricante de calçados Bibi, que fez este trabalho já em 2014, antes do estabelecimento deste programa realizado pelo Sebrae e o IBTeC. O gerente de suprimentos da Calçados Bibi, Ismael Fischer, considera esta gestão das substâncias restritas como um assunto de extrema importância, principalmente no segmento infantil, em que as crianças estão na fase de desenvolvimento e, segundo ele, são mais propensas a alergias. A empresa procurou o IBTeC pelo conhecimento técnico no assunto, estrutura laboratorial e vivência no segmento de calçados e componentes, para estabelecer um programa de trabalho conjunto. Os fornecedores, afirma Ismael, estão muito engajados no projeto, pois toda a matéria utilizada no processo produtivo é minuciosamente avaliada e analisada, sendo que o fornecedor, além de apresentar testes laboratoriais comprovatórios, assina um Termo de Compromisso com a Bibi. Desde 2015, 100% dos produtos da marca estão seguindo os limites internacionais no que se refere a substâncias restritas. A empresa produz por ano 2,6 milhões de pares, e em torno de 35% dessa produção são exportados. “Esse

trabalho realmente contribui para a melhoria da imagem da marca perante os mercados e os consumidores. Principalmente para nós, do segmento calçadista infantil, que nos propomos a entregar produtos e serviços de valor agregado, buscando sempre a diferenciação. Entendemos que sustentabilidade e saúde sejam sempre fatores de alta relevância a serem considerados tanto por nossos fornecedores quanto pelos consumidores, e esses quesitos estão totalmente alinhados com nosso DNA”, considera. Logo em seguida, outras empresas passaram a procurar o instituto para, através do programa, implantarem seus próprios programas de treinamento e qualificação dos fornecedores. A supervisora da Qualidade e Laboratório da Klin, Sandra Estrada, salienta que a gestão do uso de substâncias restritas é um dos elos que permitem à marca estar alinhada com o propósito de preservar a saúde das pessoas e o meio ambiente. “Não é e nunca foi somente um apelo de marketing. Nossa maior preocupação é de fato buscar meios para garantir um caminhar saudável”, pontua. Ela destaca que existe uma grande jornada para que realmente toda cadeia produtiva e de abastecimento possa estar engajada nos objetivos de não utilizar substâncias restritas. Porém, ficar parado aguardando mudanças não leva a grandes avanços, e por isso buscou a parceria do IBTeC para auxiliar os parceiros fornecedores a adequarem seus produtos e processos. Com um volume de produção chegando aos 5 milhões de pares/ano, dentre os quais 10% são exportados, a empresa iniciou o projeto em 2017, e tem por objetivo que ao concluir o processo 100% de seus produtos possam estar dentro das normativas de substâncias restritas. “O projeto contribui muito para a imagem da Klin, por ser


voltada para o público infantil em todas as fases das crianças, desde os primeiros passos”, comenta. Sandro Gabriel de Souza, gestor da Cadeia de Suprimentos da Usaflex, afirma que o controle de substâncias restritivas é imprescindível para empresas com visão de negócio sustentável, perene e que respeitam o consumidor. “A Usaflex é reconhecida no mercado como uma empresa que visa ao conforto e à qualidade, e seria incoerente fornecer produtos com esses diferenciais, mas que pudessem causar danos ao meio ambiente e sendo nocivos à saúde”, relaciona Sandro, acrescentando que essa segurança começa pelo alinhamento da cadeia de fornecedores. “Buscamos formar uma rede de parceiros confiáveis, engajados e principalmente comprometidos com o controle destas substâncias, e quem não estiver envolvido estará fadado a retirarse do mercado sob risco de contaminar a cadeia produtiva”, avisa. Desde 2017, a Usaflex prepara sua cadeia de fornecimento. “Através desse programa elaborado pelo IBTeC com apoio do Sebrae, foi construído um manual de adequação e orientações técnicas, que teve como objetivo principal capacitar toda a rede de fornecedores com o intuito de ofertarmos ao mercado nacional e internacional calçados de acordo com os limites de utilização de tais substâncias”, aponta Sandro. O trabalho foi finalizado em novembro do ano passado e desde então os fornecedores da Usaflex passam por processo de homologação, onde se analisam, entre outros pontos, todo o processo produtivo para prever possíveis riscos de contaminação. “Todos os fornecedores devem nos enviar um documento garantindo o não uso de qualquer substância contida no Manual Usaflex”, orienta. A empresa, que produz 5 milhões de pares/ano, exportou em 2018 6,9% desse montante e pretende aumentar para 9,2 % já neste ano de 2019, tendo

a segurança de que a sua cadeia de fornecedores está 100% alinhada com a política de gestão das substâncias restritas.

Fornecedores O sócio da empresa Apice Comércio de Componentes para Calçados, Cristiano Borth, conta que a fornecedora de enfeites não só se sensibilizou, mas consegue hoje orientar as pessoas quanto a importância das substâncias de uso restrito. “O mercado está em constante mudança e esse trabalho ressalta a necessidade de manter os produtos com as substâncias químicas controladas de acordo com a legislação”, salienta ele, lembrando que os principais desafios encontrados se referem a mudanças de processos internos e externos para a adequação das substâncias químicas controladas. “O resultado foi positivo na relação com os fornecedores e clientes, pois este programa fortalece as relações comerciais, transmitindo de fato confiabilidade nos produtos”, assegura. De acordo com o empresário, as oportunidades geradas foram a possibilidade de dar continuidade ao atendimento a clientes que já tinham este programa como requisito de seus fornecedores, e também o credenciamento para atender ao mercado de exportação. “O apoio em conjunto do IBTeC com o Sebrae foi o que tornou possível e viável o processo de controle das substâncias químicas. Recebemos toda a orientação e ajuda possível para poder atender a estas exigências do mercado”, ressalta. A Cativa´s Componentes para Calçados fornece fachetes e viras para o mercado. O diretor da empresa, Paulo Giovane Rauch, conta que ao se ver de repente em meio a esta situação de ter que fazer a gestão das substâncias de uso restrito, visando a atender a uma exigência do mercado, percebeu a importância dessa medida. “Só assim

poderemos contribuir com o meio ambiente e nos prepararmos para o futuro, porque antes não se tinha conhecimento suficiente sobre esta questão. Nossos principais desafios foram as pesquisas sobre tais substâncias presentes em nossas matérias-primas”, revela. A relação com seus próprios fornecedores após a empresa ter se inserido neste programa de adequação ficou ainda mais fortalecida. “A proposta foi bem aceita e todos se propuseram a ajudar nessa transparência, enviando os respectivos laudos técnicos, trazendo maior credibilidade e segurança aos nossos produtos”, considera ele enfatizando que o apoio recebido pelo IBTeC levou mais conhecimento para a empresa, enquanto o Sebrae ajudou na disciplina, organização e mais visão do mercado. Outra empresa que considerou desafiadora a identificação das substâncias nos materiais vindos dos seus fornecedores foi a GF Editora Gráfica, que fornece bulas e tags contendo as informações de uso dos produtos. Guilherme Cherutti, que trabalha no setor administrativo, diz que, apesar disso, a experiência foi tranquila. “Contamos com o apoio e transparência dos nossos fornecedores, que já se encontravam adequados a normas similares exigidas por outros segmentos da indústria. Também foi essencial o suporte e atenção do IBTeC, cuja atuação nos ajudou a interpretar os laudos técnicos e a adaptar alguns processos produtivos, e do Sebrae, que tornou possível a adaptação na empresa”, contextualiza. Mesmo considerando que ainda é cedo para dizer qual foi o resultado para a empresa, quanto à relação com seus fornecedores e também com seus clientes após ter se inserido neste programa de adequação, ele garante que o processo de adaptação vai facilitar a abertura de novos mercados. “Seguramente abriremos novas oportunidades em mercados atentos ao controle de substâncias restritivas”, prevê.

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IBTeC e Sebrae falam sobre o projeto Adequação da Legislação Internacional para Exportação de Calçados e Componentes

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gestora de projetos do Sebrae-RS, Carolina Rostirolla, destaca que a diminuição do uso de produtos químicos perigosos nos processos produtivos das empresas impacta direta e positivamente no usuário e no meio ambiente. Neste sentido, esse controle é de extrema necessidade em todos os elos do sistema calçadista, objetivando garantir a qualidade dos produtos da empresa calçadista frente à utilização de substâncias químicas restritivas na cadeia de valor. O Sebrae, sentindo a necessidade das MPEs estarem aptas a atenderem as exigências do mercado, buscou o IBTeC para a formatação desse programa de qualificação. Conforme Carolina, a escolha do instituto se deve ao trabalho consistente na preparação e acompanhamento das indústrias calçadistas de todo o Brasil, buscando a adequação às regras internacionais que determinam os limites para as substâncias utilizadas em produtos de uso pessoal. “Desde 2017, executamos o projeto, cujo objetivo é adequar as empresas do segmento coureiro-calçadista quanto à legislação internacional de substâncias restritivas para a exportação de calçados e componentes”, explica. O fornecedor está inserido neste processo por meio de

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sua participação em oficinas, workshops e consultorias. O Sebrae oferece subsídio de 70%. Os outros 30% são em contrapartida da empresa. Até o final de 2018, o volume de investimentos já efetuado somente neste programa girara em torno de R$ 200.000,00. No período de 18 meses, somando fornecedores e as âncoras - já foram atendidas 58 empresas. Segundo Carolina, dada a relevância do tema, para 2019 a questão de substâncias restritivas será uma ação transversal, podendo assim atender um número maior de empresas, conforme necessidade. O consultor do IBTeC, Paulo Model, conta que uma das preocupações das empresas fornecedoras de componentes quando iniciam o programa está relacionada à falta de conhecimento sobre o tema. Pois, muito dos assuntos tratados pode ser completamente novo quando são visitadas para as consultorias técnicas. Outra preocupação está relacionada às questões comerciais, pois as empresas que exigem estas adequações têm representatividade importante no faturamento dessas fornecedoras. “Uma das grandes dificuldades destas empresas com as quais trabalhamos foi a necessidade de terem

que buscar informações técnicas dos seus fornecedores para ver se estes estavam adequados, e grande parte dessas empresas eram de fora do estado, até mesmo multinacionais, o que tornou lento o fluxo das informações, que, em casos extremos, acabavam nem sendo enviadas”, salienta Paulo. Outro fator importante elencado pelo consultor foi que no primeiro momento se verificou que estas mudanças afetariam o preço final do produto. Mas os desafios não pararam por aí. As empresas também precisaram ajustar alguns arranjos físicos de suas plantas fabris, por diferentes motivos. Um deles é para trabalhar com processos produtivos mais limpos, para evitar contaminações. Paulo conta que as maiores transformações acontecidas nas empresas fornecedoras a partir do ingresso neste projeto foram a necessidade de estabelecer alguém em cada empresa para receber treinamento e qualificação para entender os assuntos ligados às substâncias químicas; a redução da cadeia de fornecedores através de uma seleção natural na busca dos mais qualificados e uma acirrada negociação na cadeia, buscando a manutenção dos preços praticados.


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INSTITUCIONAL


IBTEC ELEGE OS GESTORES PARA

o biênio 2019-2020 O

ção do parque tecnológico do instituto e na profissionalização cada vez maior de nossa atuação e definições de estratégias e ações para a inovação, tecnologia e pesquisa”. Paulo lembra que, a partir da consolidação da estratégia de prestação de serviços de excelência aos associados, a preocupação agora é desenvolver ações e ferramentas para colocar o IBTeC como referência em pesquisa, inovação e tecnologia, atendendo à missão de ser o braço tecnológico do setor. Entre as primeiras ações previstas para o novo mandato está a elaboração de um planejamento estratégico para o período 2019-2029, perpetuando a instituição como uma entidade sólida e profissionalizada. “Temos diretrizes bem definidas em relação ao IBTeC do futuro. Estamos em plena expansão, captando parceiros e clientes para seguirmos avançando. Investimentos em modernização, capacitação, atuação em novos nichos, estratégias de crescimento, excelência na prestação de serviços laboratoriais, referência em pesquisa, inovação e tecnologia, palestras e visitas técnicas aos polos também são norteadores desta gestão. O maior desafio é a melhoria da competitividade da indústria coureiro-calçadista brasileira”, finaliza Paulo.

FOTO LUÍS VIEIRA

Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) realizou Assembleia com os associados da entidade para eleição dos Conselhos Deliberativo e Fiscal para o biênio 2019/2020. Por aclamação, Claudio Chies, da Grendene S.A, foi reeleito para o cargo de presidente do Conselho Deliberativo, na chapa composta por representantes de grandes empresas calçadistas, de couros, químicos, componentes, EPIs, têxteis, artefatos e máquinas do País. Na mesma noite, foi anunciada a nomeação de Paulo Griebeler como presidente executivo e Dr. Valdir Soldi como vice-presidente executivo. Afirmando que o principal marco da assembleia foi o prestígio dos conselheiros, que participaram quase que na totalidade, numa demonstração clara de que o instituto está no caminho certo, Cláudio Chies opinou: “o momento da entidade é de credibilidade junto às indústrias e hoje têm um papel relevante no atendimento das demandas do setor”. O presidente executivo, Paulo Griebeler, salientou que “nestes seis anos conseguimos consolidar a reestruturação do instituto para o crescimento. E para os próximos dois anos, o foco é na moderniza-

A composição dos membros dos conselhos Deliberativo e Fiscal, bem como da presidência executiva, foi decidida em assembleia

Composição Presidente executivo Paulo Griebeler Vice-presidente executivo Dr. Valdir Soldi Conselho Deliberativo Cláudio Chies - Grendene S/A (presidente do conselho) Ernani Reuter - Representações e Participações Excelsior Ltda. Jakson Fernando Wirth Calçados Ramarim Ltda. Marcelo Fleck - Plinio Fleck S/A Indústria e Comércio Rosnei Alfredo da Silva Calçados Bibi Ltda. Suplentes Carlos Alberto Mestriner Klin Produtos Infantis Ltda. João Altair dos Santos Conforto Artefatos de Couro Ltda. Conselho Fiscal Darcio Klaus Arezzo Indústria e Comércio S/A João Paulo Mendel Calbrás Equipamentos de Proteção Ltda. Ricardo Wirth Indústria de Calçados Wirth Ltda. Suplente André da Rocha Orisol do Brasil Indústria e Comércio de Máquinas Ltda.

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de incentivo e estímulo à inovação O IBTeC participa de grupos que definem ações estratégicas para fomentar a pesquisa, a inovação e a tecnologia. O presidente executivo da instituição, Paulo Griebeler, afirma que “desta forma estamos contribuindo na busca de caminhos que levem ao crescimento, tanto o setor público quanto o privado, tendo como base diretrizes voltadas ao ecossistema de inovação e um ambiente favorável para investimento dos empresários, nesse segmento”. Segundo ele, “o próprio Planejamento Estratégico do IBTeC (2018/2028) também está em consonância com essas políticas, e já projeta ações de inovação a médio e longo prazo”. Coordenado pela secretária Susana Kakuta, o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia reuniu-se ao longo de todo o ano com o objetivo de elaborar as diretrizes que vão balizar o setor de ciência e tecnologia no Rio Grande do Sul para os próximos dez anos. O grupo, que tem participação de representantes de instituições de todo o Estado, de empresas e startups, de universidades e parques tecnológicos, entidades de classe setoriais e agentes que atuam em prol da inovação, apresentou em dezembro todo o planejamento ao governador José Ivo Sartori, que deixou o governo no final do ano passado. Na sequência, o resultado do trabalho de quase um ano foi entregue ao governador eleito, Eduardo Leite. O propósito do Conselho é pensar ações que contribuem para que o Estado consiga avançar na sua matriz produtiva, modernizando setores tradicionais da economia e inserindo novos valores. Oferecer ao Rio Grande do Sul uma nova visão de fu-

O objetivo é contribuir na busca de caminhos que levem à inovação e ao crescimento, tanto para o setor público quanto privado

turo na área de ciência e tecnologia e inovação é uma das metas do trabalho do Conselho.

Calourada de Inverno Outra ação com participação do IBTeC foi a Calourada de Inverno da Universidade Feevale, realizada durante uma semana inteira. No dia 20 de agosto, o presidente executivo, Paulo Griebeler, foi um dos palestrantes no debate Empreendedorismo Inovador. O executivo apresentou a instituição a mais de 500 alunos e calouros da universidade, mostrando todas as frentes nas quais a instituição atua.

Comitê de Governança Empresarial Criado e coordenado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae RS), o Comitê de Governança Empresarial de Novo Hamburgo/RS trabalha, a partir de abril de 2018, na construção de propostas de ações que contribuam para a inovação e o desenvolvimento tecnológico da cidade. Participam do grupo lideranças empresariais e representantes do Executivo e Legislativo. O Comitê atua no fomento à Educação Empreendedora, Desburocratização e Simplificação, e Ecossistema de Inovação.

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IBTEC PARTICIPA DE AÇÕES ESTRATÉGICAS


FOTOS LUÍS VIEIRA

Mostratec Na Mostratec, feira internacional realizada pela Fundação Liberato, o Prêmio IBTeC é concedido a um dos destaques da feira, na área de Inovação. No trabalho de interação com a Fundação Liberato, o instituto abre espaço em seus laboratórios para estágios a alunos matriculados na instituição de ensino.

Conselho de Inovação e Tecnologia O IBTeC tem cadeira permanente também no Conselho de Inovação e Tecnologia (Citec) da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). O conselho, que realiza reuniões periódicas com a participação de representantes dos mais diferentes segmentos da área industrial, tem como

objetivo discutir ações que promovam o desenvolvimento tecnologia da indústria gaúcha. Com foco no aumento da competitividade de seus processos e no desenvolvimento de produtos de classe mundial, o conselho auxilia o ambiente de negócios através do fomento da inovação no Rio Grande do Sul, estimulando a cooperação universidade - empresa - poder público.

Conselho da Fenac No Conselho de Administração da Fenac, o IBTeC tem cadeira cativa, como uma das entidades que representam o setor coureiro-calçadista. Há seis anos o presidente executivo, Paulo Griebeler, participa das reuniões e das decisões que definem as ações da organizadora de feiras ao longo de todo o ano.

Prêmio Lançamentos Fimec O IBTeC é patrocinador do Prêmio Lançamentos Fimec, na categoria Inovação. A atividade faz parte do planejamento da instituição de fomentar a inovação para o setor calçadista. O prêmio que reconhece empresas que se destacam na apresentação de tecnologias e materiais inovadores é entregue dentro da programação da Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec).

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PROJETO COMPRADOR GERA MAIS DE

US$ 100 mil para calçadistas O Projeto Comprador Vip, realizado no âmbito do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), deve gerar US$ 107 mil em negócios. A ação foi realizada entre os dias 12 e 21 de novembro, com agendas em fábricas gaúchas e de São Paulo, além da participação na feira calçadista Zero Grau. A analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Paola Pontin, destacou que, embora no relatório conste US$ 107 mil em negócios alinhavados durante a ação, o número deve ser maior, em função do potencial dos compradores presentes - os colombianos Totto e Bata, e dos Emirados Árabes Unidos, o Chalhoub Group. “No relatório constam as estimativas para os próximos seis meses, mas o relacionamento encaminhado com a iniciativa pode gerar muitos frutos”, disse Paola. Segundo a analista, o grupo Totto está presente em 55 países, além da Colômbia, em mais de 700 estabelecimentos - sendo 320 fora daquele país. Já o grupo Bata trabalha com produtos de maior valor agregado, com preço médio de US$ 20 o par, e conta com 12 lojas na Colômbia. O

Chalhoub, por sua vez, tem mais de 500 lojas e importa mais de US$ 1 milhão por ano, especialmente de grandes marcas francesas e italianas.

Receptividade - A compradora do grupo Bata, Daniela Aristizabal, destacou a receptividade do projeto e a qualidade dos produtos brasileiros. “Já trabalhamos com o Brasil, mas queremos ampliar esse relacionamento. Fizemos pedidos de amostras de novos potenciais fornecedores”, disse. Totto, uma das maiores redes de varejo da Colômbia, também saiu satisfeita da iniciativa. “Os produtos são muitos qualificados”, avaliou Andrés Parra, comprador da empresa. Atualmente trabalhando com apenas um fornecedor brasileiro, o grupo Chalhoub também pretende ampliar o relacionamento com marcas verde-amarelas. “Temos a intenção de iniciar um trabalho com mais fornecedores já para a próxima temporada”, adiantou Reda Keddaji, comprador da rede. Esta edição do Projeto Comprador Vip foi realizada em dois momentos. O primeiro contou com visitas do grupo árabe a 13 fábricas no Rio Grande do Sul e em São Paulo. No segundo momento, os colombianos participaram da feira Zero Grau, ocorrida em Gramado/ RS entre 19 e 21 de novembro.

EMPRESAS DO BY BRASIL EXPORTARAM 21% A MAIS

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contribuição do incentivo às exportações pelo By Brasil Components, Machinery and Chemicals - projeto setorial, promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) apontou, até o mo-

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mento do fechamento desta edição, que o valor das exportações superara o observado nos últimos anos. As empresas exportadoras representavam 63% das 287 participantes do projeto em setembro, 11 pontos acima do percentual observado em setembro de 2017. Em termos de valor, no acumulado do ano foram exportados US$ 229,9 milhões, simbolizando um aumento de 21% sobre igual período do ano anterior.

A composição da cesta de exportações foi dominada por químicos para couro, cabedais, palmilhas e laminados sintéticos. Entre os atuais 75 destinos dos produtos verde-amarelos, os principais são: Argentina, México, Índia, Alemanha e Colômbia. Cabe destacar os novos mercados conquistados neste ano: Na Ásia: Sri Lanka, Iêmen, Arábia Saudita e Jordânia; na América: Honduras e Trinidad e Tobago; na África: Guiné Equatorial; e, na Europa, a Dinamarca.


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OPINIÃO Colunista Um novo capitalismo para o século XXI

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comprado”, antes do seu colapso definitivo. o longo da história, o capitaEsse processo, embora ainda tênue lismo mostrou-se capaz de se e imperceptível, está avançando em váreinventar e adaptar a profunrios setores da sociedade e na economia, das mudanças pelas quais o mundo vinha mediante a adoção de, por exemplo, passando, de tal sorte que o modelo vihábitos de consumo mais conscientes, venciado (hoje) encontra apenas em sua no sentido de romper com a lógica, sedenominação elementos de conexão com gundo a qual, seriam os bens e serviços sua mais longeva formatação. Fazendo um consumidos que definiriam o status sonecessário recorte histórico, constata-se cial - conforme amplamente denunciado que a Revolução Industrial do Século XIX por tantos (em especial Bauman), dando fez emergir uma nova classe social (os traensejo a uma nova geração para a qual balhadores), ao mesmo tempo que indirea ostentação corresponde a antítese de tamente impôs um modelo de Estado para uma vida boa (no sentido aristotélico). evitar a ameaça de colapso vislumbrada, Dr. Marciano Buffon Conectada com a ideia de consuem especial pelos escritos de Marx e Engels. doutor em Direito, advogado tributarista, da Unisinos mo consciente, há uma irreversível e Isso fez surgir - na Alemanha num pri- professor marciano@buffonefurlan.com.br crescente preocupação com a defesa meiro momento em 1871 - o denominado do meio ambiente (água em especial) Estado de Bem-Estar Social, o qual mais tarde (após a 2ª Guerra Mundial) torna-se o modelo comum aos tanto no sentido de garantir um locus menos degradado para países da Europa Ocidental e mostra-se, por um período de pelo as futuras gerações, quanto para preservar uma vida digna menos uns 30 anos, muito eficaz na edificação de uma socieda- com saúde - para as atuais, notadamente considerando que de com reduzidos níveis de desigualdade social e econômica. a longevidade vem alcançando níveis outrora inimagináveis. No campo do trabalho, embora isso por ora pareça mais Não obstante o referido modelo de Estado ter experimentado uma crise estrutural em meados dos anos 1980, distante, impõe-se a reformatação das relações de trabalho, no com o advento de concepções que apregoavam o seu re- sentido de permitir que este passe ser o meio de realização da torno ao modelo Liberal Individualista de outrora, perce- própria existência e não apenas uma forma de prover o sustenbe-se que tais concepções se mostraram, econômica e so- to, em especial quando se assiste a progressiva e irreversível cialmente, disfuncionais, a partir da Grande Crise de 2008. revolução denominada Indústria 4.0, em que a tecnologia suNeste contexto, por mais paradoxal que pareça, se pode prime, em definitivo, algumas clássicas ocupações profissionais. De uma forma mais geral, há de se aprender com a históperceber que estão sendo dados os primeiros passos e se vive o limiar de um novo capitalismo, pois o modelo que ora pare- ria no sentido de constatar que sociedades muito desiguais, ce esgotado resultou problemas que, se não enfrentados ade- além de economicamente disfuncionais, vivem na antessala quadamente, poderiam colocar o próprio capitalismo num de conflitos destruidores, os quais fazem tábula rasa da riqueprocesso de autodestruição, conforme alertado por Piketty, za produzindo igualdade ao preço de catástrofes. Em outras em sua fundamental obra: O Capital no Século XXI. Entre os palavras, o mecanismo de autoproteção do capitalismo é acioprincipais, poder-se-ia aqui relacionar: a) desigualdade cres- nado sempre que a sua própria sobrevivência seja posta em cente; b) degradação ambiental; e c) desemprego estrutural. xeque, sem que elementos de ordem valorativa sejam levados Isso ocorre porque, ao longo da história, o capitalismo mos- em consideração - como bondade e preocupação com futuras trou-se não ser autodestrutivo e tampouco autofágico, uma vez gerações - mas tão somente como forma de pragmaticamente que foi capaz de se redefinir e reinventar. Entre outros, o fim da manter um sistema que se revelou até o momento insuplantável. Isso impor-se-á à mercê do crescente populismo extremista que escravidão ou mesmo o advento do Estado de Bem-Estar Social significaram readequações estruturais ao capitalismo, justamente vem conquistando as mentes o corações em várias partes do muncomo forma de manter-se. Em vista disso, é possível sustentar que do, uma vez no campo econômico e ambiental a agenda defendise vive um momento inicial de reconstrução e formatação de um da por tais movimentos maximizariam os problemas tendencialnovo modelo, em que o interesse humano ocupe um espaço de mente letais ao próprio capitalismo, o que nos autoriza pensar que maior centralidade, discordando, neste ponto, do sustentado por se tratam, pois, de uma experiência transitória e curta, embora não Wolfgang Streeck, segundo o qual o capitalismo estaria condena- se possa minimizar seus potenciais efeitos destrutivos, notadamendo ao fim e que estar-se-ia a viver o que ele denomina de “tempo te como fonte geradora de conflitos, num plano interno e externo.

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TECNOLOGIA


ENERGIA EÓLICA SERÁ A SEGUNDA MAIOR FONTE ENERGÉTICA

do Brasil em 2021 E m menos de três anos, a energia gerada a partir da força dos ventos deverá ser a segunda principal fonte de energia do Brasil, ficando atrás somente da energia hidrelétrica. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), esta fonte, que já representa 8% da produção de energia do País, deve crescer mais meio ponto percentual em 2019 e ultrapassar a biomassa até 2021. “A eólica tem demonstrado uma vitalidade impressionante em pouco tempo. Todos estes números mostram não apenas um setor consolidado, mas demonstram que a energia eólica tem um futuro promissor no Brasil”, afirmou a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum. O ano de 2017 foi especialmente positivo para a indústria da energia eólica no Brasil. No período, a infraestrutura instalada gerou a quantidade recorde de 40,46 TWh de energia, o que significou um crescimento de 26,2% em relação ao ano anterior. Este valor atingiu 7,4% de toda geração de energia injetada no Sistema Interligado Nacional e foi responsável pelo abastecimento de cerca de 22 milhões de residências, o equivalente a 67 milhões de pessoas. “No Brasil, apesar de relativamente recente, já que se desenvolveu com mais força nos últimos oito anos, a energia eólica já é uma fonte consolidada, com uma indústria 80% nacionalizada e com ótimas perspectivas de crescimento e investimento. Em 2017, a indústria eólica investiu R$ 11,4 bilhões no Brasil”, contextualiza Gannoum.

A energia eólica no Brasil em relação ao mundo No início de 2018, o País subiu

para a oitava posição no ranking mundial do Global Wind Energy Council (Gwec) - até 2012, o Brasil ocupava o 15º posto na lista. Hoje, a capacidade instalada brasileira é de aproximadamente 13 GW, distribuídos em 520 parques eólicos com 6.600 aerogeradores em operação - 80% deste total está instalado no Nordeste. Na distribuição global da produção de energia eólica, o Brasil representa apenas 2%, quantidade similar à da França (sétima colocada no ranking) e à do Canadá (nono colocado). À frente, estão Reino Unido (sexto), Espanha (quinta), Índia (quarta), Alemanha (terceira), Estados Unidos (segundo) e China (líder). A China é a que mais produz energia a partir dos ventos. Sua capacidade produtiva foi de 188 GW em 2017, equivalente a 35% de tudo que foi gerado pela matriz eólica no planeta - os EUA produziram 89 GW, ou 17% do total. Além disso, os chineses também são os que mais investem: só no ano passado, foram 19,6 GW instalados, ou 37% de todo o investimento global no setor.

O futuro da energia eólica no País e no mundo De acordo com o Global Wind Energy Outlook, podemos prever um futuro no qual a energia produzida a partir dos ventos forneça 20% da eletricidade de todo o mundo até 2030. Até lá, esta indústria poderá gerar mais de 2 GW e 2,4 milhões de empregos, além de reduzir as emissões de carbono em cerca de 3,3 bilhões de toneladas por ano. “O Acordo de Paris significa que precisamos produzir uma eletricidade descarbonizada até bem antes de 2050 e a energia eólica será protagonista dessa mudança”, afirmou em comunicado Steve Sawyer, secretário ge-

ral do Gwec. O crescimento do parque eólico brasileiro é fundamental para que o País cumpra o acordo climático voluntariamente assumido pelo Governo Federal, em 2009. Embora o presidente eleito Jair Bolsonaro tenha afirmado que o país pode deixar o acordo de Paris, na COP-15, em Copenhague, o Estado brasileiro se comprometeu a cortar as emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% em comparação com o então cenário até 2020. “A energia produzida pelos ventos é renovável, não polui, possui baixíssimo impacto ambiental e não emite CO2 em sua operação”, explica a presidente da ABEEólica. Além do ganho ambiental, a implementação de novas usinas de energia eólica gera fatores positivos para as economias locais. Nas propriedades de terra onde estão instalados aerogeradores, é possível realizar outras atividades produtivas. E também se trata de uma indústria capaz de produzir emprego em regiões mais remotas e menos desenvolvidas do ponto de vista econômico. Entre os estados brasileiros, o maior produtor é o Rio Grande do Norte, com 137 parques e produção de 3.722,5 MW - cada MW instalado representa 15 postos de trabalho. No pico de produção, a soma dos parques eólicos do Nordeste pode abastecer até 70,5% da necessidade energética da região. A expectativa da ABEEólica em cinco anos é instalar mais 200 novos parques eólicos e 4,7 GW de capacidade, levando o setor à marca de 17,8 W - equivalente a 11% da produção total de energia do País. Veja mais em http://bluevisionbraskem. com/inovacao/energia-eolica-serasegunda-maior-fonte-energeticado-brasil-em-2021

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A NOVA FÁBRICA DE CALÇADOS:

A FÁBRICA COMPLEXA CAPÍTULO 4/6: PARTE 2 DE 2 A GESTÃO ESTRATÉGICA DO CONHECIMENTO APLICADO À FÁBRICA EM DESCRIÇÃO MS Eng. Fernando Oscar Geib

1 - O Conhecimento como um sistema articulado de fundamentos essenciais e estratégicos, para consolidar a competitividade da fábrica de calçados em descrição. Como um primeiro passo para assimilar a importância do Conhecimento para a fábrica de calçados em descrição, devem os seus operadores saber, com precisão, a distinção entre os tipos de Conhecimento que envolvem esta sapateira, condição esta que é básica para desenvolver uma visão sistêmica deste fator essencial para a sapateira foco das considerações em descrição. Conhecimento da fábrica deve ser tácito Como uma primeira colocação, pode-se estabelecer que o Conhecimento Tácito é aquele continuamente presente nas operações de produção dos calçados. Este conhecimento possui três formas de se manifestar, ou de componentes: o comportamento Consciente, o compo-

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nente Automático e o componente Coletivo. - O componente Consciente do Conhecimento é o mais fácil de ser identificado, pois os membros da fábrica de calçados em descrição conseguem entender e explicar o que estão fazendo. É também fácil de ser codificado, pois os operadores da fábrica conseguem entender e explicar como estão desenvolvendo as operações de geração dos calçados. - O componente Automático do Conhecimento é aquele que os operadores da fábrica não têm a consciência do que estão fazendo. Fazem porque lhes foi dito fazer, sem maiores explicações e argumentações. - O componente Coletivo, o qual identifica-se por ser um Conhecimento desenvolvido pelos operadores da fabrica em descrição, dando a estes operadores uma formação que é aprendida em função dos fatores coletivos inerentes às operações de produção da Nova Fábrica de Calçados (NFC). Estes três componentes do Conhecimento desenvolvidos para a fábrica de calçados em descrição demons-


tram e chamam a atenção para o fator essencial desenvolvido pelo fundamento da Simultaneidade operacional: Nenhuma solução operacional da fábrica em descrição é estável e de longa vida como solução operacional. O fundamento da Simultaneidade exige uma continuada atenção e avaliação se este fator essencial, a Simultaneidade, está sendo praticado na sua plenitude.

A Fábrica deve desenvolver e implantar a capacidade de transferir aos gestores e operadores os fundamentos e conhecimentos da sua Simultaneidade operacional Certamente este é o maior desafio da sapateira em descrição, pois qualquer descuido ou desvio em sua estratégia operacional de gerar calçados e de entregá-los afeta dramaticamente a sua capacidade competitiva em seus mercados e, principalmente, de atendê-los em prazos no tempo certo de satisfação das necessidades dos consumidores. Os seus dirigentes sabem que o fator tempo exato de atendimento é uma vantagem competitiva praticamente invencível. A Nova Fábrica de Calçados (NFC) deve portanto, tornar-se hábil na sua metodologia de transferência de seu Conhecimento estratégico e operacional de sua capacidade operacional de produzir calçados, no tempo certo das necessidades dos mercados e dos consumidores. Surge então a pergunta: quem são os envolvidos nesta transferência de conhecimento? São os fornecedores de insumos para a produção de produtos atuais e potenciais em venda, os comercializadores dos calçados e principalmente os consumidores atuais e potenciais. Porém estas habilidades não são o suficiente. A Nova Fábrica de Calçados (NFC) deve especializar-se, também, em fazer com que as informações disponibilizadas sejam adequadamente e totalmente absorvidas por todas estas partes interessadas. O desfio para esta sapateira está em criar e desenvolver uma linguagem adequada para que esta transferência de informações, às suas partes interessadas, seja efetiva e produtiva. É importante lembrar que cada público atingido por estas informações tenha uma linguagem adequada que necessita ser meticulosamente estudada e desenvolvida. No operacionalizar estas exigências, não deve ser esquecido que o fundamento da Simultaneidade deve estar rigorosamente presente em todas estas ações desenvolvidas. Qual a conclusão a que se chega após estas considerações? A resposta é: a produção dos calçados baseada

em estruturas de Simultaneidade operacional não é o suficiente para o êxito da fábrica em descrição. A Simultaneidade deve estar disseminada em todas as etapas que compõem o processo de gerar a satisfação dos mercados e dos consumidores de calçados. É vital não esquecer que onde o fundamento da Simultaneidade falhar, o sucesso desta organização em descrição fica fortemente ameaçado. A Simultaneidade é, portanto, o fundamento sistêmico e essencial de alta efetividade e de consolidação da sustentabilidade plena da fábrica em descrição, por longos anos.

2 - A Taxonomia do Conhecimento da Nova Fábrica de Calçados (NFC) Todas estas colocações abrem o espaço para um novo indicador de efetividade da Nova Fábrica de Calçados (NFC) - a Taxonomia do Conhecimento Organizacional. Este indicador demonstra e expõe o nível de domínio e efetividade do fundamento da Simultaneidade aplicado a esta organização sapateira, bem como o grau de conhecimento e domínio do fundamento da Simultaneidade. A Taxonomia se estrutura por: - Taxa de Transferência do Conhecimento Organizacional: que é sustentada pela implantação da Simultaneidade. É o indicador de maior relevância para esta organização sapateira. - Taxa de Capacidade de Agregação, onde a Simultaneidade é medida em toda a fábrica e avaliadora da integração deste fundamento operacional. - Taxa de Probabilidade, que mede a probabilidade do fundamento da Simultaneidade deixar de ser praticado. - Taxa da Importância, que mede o nível de importância da Simultaneidade nos cotejos que acontecem nos mercados. Estes indicadores são vitais para orientar a gestão da Simultaneidade das operações da produção dos calçados. Eles demonstram também o grau de conhecimento de aplicação do fundamento da Simultaneidade nos processos e quanto estes estão desenvolvendo e aperfeiçoando a capacidade competitiva da fábrica em descrição. Tais fundamentos de gestão da Nova Fábrica de Calçados (NFC) abrem o espaço de gestão organizacional que permite e oportuniza a geração de um Conhecimento organizacional fundamental, chamando para o desempenho sistêmico da fábrica em descrição.

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ARTIGO Científico

ABSORÇÃO DE VIBRAÇÕES MECÂNICAS POR SAPATOS FEMININOS DE SALTO SILVEIRA, Vanessa Albino da1; LORENZ, Alex1; PALHANO, Rudinei1 e DUTRA, Leonardo Silva1 1 Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC)

Resumo O objetivo do presente trabalho foi realizar uma análise preliminar da absorção de vibrações mecânicas por calçados de salto, utilizando a técnica de acelerometria tibial para avaliar essas vibrações. As vibrações coletadas pelo acelerômetro permitem que seja analisada uma série de parâmetros, tanto na base de tempo quanto na base de frequência. Um acelerômetro triaxial foi colocado na parte medial da tíbia e os sinais foram adquiridos, processados e apresentados pelo software SAPO, desenvolvido no próprio Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC).

Palavras-chave:

O parâmetro utilizado para efeito de comparação foi o IAV% (índice de absorção de vibrações percentual) que compara os picos de aceleração nas situações calçado e descalço. Assim, pode-se comparar o efeito do calçado em relação ao modelo (indivíduo que realiza os ensaios) descalço. Os resultados preliminares mostram valores teoricamente esperados; calçados de salto alto apresentam IAV% com valores em torno de zero, ou seja, praticamente não absorvem vibrações mecânicas, permitindo que todas as frequências sejam transmitidas para o sistema musculoesquelético.

vibrações mecânicas, acelerometria tibial, calçados

Abstract The main goal of this work was to realize a preliminary analysis of the mechanical vibrations absorption by female high heels shoes, using the tibial accelerometry technique for the evaluation of these vibrations. Mechanical vibrations collected by an accelerometer may be processed and many parameters calculated in time and frequency. An accelerometer was adapted to the medial region of the tibia and signals collected and analyzed by software

Keywords:

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mechanical vibrations, tibial accelerometry, shoes

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SAPO, developed by IBTeC. The parameter used for comparisons was the IAV%, that compare peaks of accelerations with footwear and barefoot. Preliminary results showed expected values. This means that high heel shoes presented IAV% around zero (do not absorb mechanical vibrations), allowing all mechanical frequencies to be transmitted to the muscle-skeletal system.


Introdução O uso frequente do calçado de salto alto acarreta modificação do centro de gravidade e do equilíbrio corporal, podendo ocasionar mudança no alinhamento dos segmentos corporais. Isso traz repercussões negativas ao desenvolvimento motor das adolescentes, pois nessa fase há a necessidade de manutenção da postura fisiológica para que ocorra o crescimento e o desenvolvimento do sistema musculoesquelético. Conclusões: O uso do calçado de salto alto por adolescentes pode favorecer o aparecimento de distúrbios posturais, dentre os quais se destacam anteriorização da cabeça, hiperlordose lombar, anteversão pélvica e joelho em valgo. Identificou-se que a altura e a largura do salto são as características do calçado que mais influenciam no surgimento de alterações posturais e desequilíbrio corporal. A superfície do solo (terra, madeira, cimento e pisos cerâmicos, dentre outros) e a parte externa do calçado (conjunto formado por solado, entressola e palmilha) funcionam como uma espécie de filtro mecânico; algumas das frequências produzidas durante a fase de impacto (em torno de 50ms depois do contato, na caminhada) são as mesmas frequências naturais de partes do corpo humano. Dependendo da amplitude e frequência dessas vibrações o resultado pode ser comprometedor. O presente trabalho mostra os resultados preliminares para o desenvolvimento de uma norma referente ao impacto e absorção de vibrações mecânicas por parte do calçado. Testes são realizados com o modelo nas duas condições: (a) calçado e (b) descalço, para ver a contribuição do calçado na absorção das vibrações. Fundamentos teóricos Uma absorção de impacto pequena pode ter como consequência vibrações mecânicas de várias amplitudes e frequências sendo transferidas para o sistema musculoesquelético. O corpo humano pode ser comparado a um sistema hidráulico ou um sistema mecânico do tipo “massa-mola”. A norma ISO 2631 de 1997 estabelece os parâmetros a serem observados no que diz respeito à absorção de vibrações (corpo inteiro). Portanto, a transmissão de vibrações depende do organismo do indivíduo, de como as “molas” e/ou fluidos se comportam. Para que essas molas e fluidos funcionem adequadamente, é necessário ter uma musculatura bem desenvolvida, assim como a estrutura óssea, por exemplo. Um excelente calçado não pode compensar completamente uma estrutura mecânica humana pobre, mas uma estrutura adequada e um calçado inadequado também não favorecem a marcha humana. De qualquer forma, um bom calçado certamente ajudará a melhorar a absorção de vibrações mecânicas e, em certos casos, essa melhoria pode ser muito significativa. Durante a caminhada em esteira com velocidade controlada, vão surgindo os picos de aceleração no momento do contato do calcâneo com o a correia da esteira; a Figura 1 mostra um dos acelerômetros utilizados nos ensaios e a Figura 2 mostra uma janela de tempo relativa a um ensaio realizado com a modelo calçada e depois descalça, para comparação.

Figura 1 - Acelerômetro utilizado nos ensaios

Figura 2 - Amplitude de aceleração versus tempo durante caminhada em esteira com velocidade controlada (comparação modelo calçada e descalça). A curva em azul representa a modelo calçada.

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ARTIGO O Índice de Absorção de Vibrações IAV% é obtido através da equação (1): IAV% =

( AdAd- Ac ( X 100%

(1)

Onde Ad é a média dos picos referentes ao modelo “descalço” e Ac a média dos picos dos testes com o modelo “calçado”.

Metodologia

O material/equipamento utilizado foi: 1 acelerômetro Bruehl & Kjaer, 4507 B, modelo 006, sensibilidade de 484.2 mV/g, frequência de ressonância de 17.9 kHz, pico de 140 m. s-2; 1 conversor A/D, 12 bits, 38 kHz de taxa e amostragem máxima; 1 condicionador de sinais, Bruehl & Kjaer 2694C; Software para aquisição e processamento de dados SAPO, desenvolvido no laboratório de Biomecânica 3 do IBTeC. 1 Notebook e um computador Desktop com LabView 8.5 s, DAQ 8.8, Matlab 2013 e PHP; Esteira ergométrica Inbramed Master modelo 1; Fitas Velcro; Madeira balsa para aeromodelismo 1,5 mm de espessura; Fita dupla face; 10 pares de calçado feminino de salto; O acelerômetro foi posicionado na parte medial da tíbia, conforme a Figura 3. O acelerômetro foi fixado na madeira balsa com o auxílio da fita dupla face. O conjunto foi fixado na tíbia como auxilio de fita Velcro. A perna escolhida foi a dominante. As modelos realizaram os testes em esteira com velocidade controlada (4 km/h), como descreve a norma NBR 14834 para o conforto dos calçados.

Figura 3 - acelerômetro posicionado na parte medial da tíbia

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Os testes foram realizados de maneira randômica, em dias diferentes, alterando modelos e calçados diferentes; O tempo total de cada teste é 600s (10min); Cada teste era dividido em janelas de 1min, com 1 min de descanso; Como a velocidade da esteira é 4 km/h, a cada minuto eram coletados cerca de 70 picos; os 10 maiores e os 10 menores eram retirados porque não interferem no valor médio. O valor médio das médias é então calculado; A taxa de aquisição de dados foi de 2 kHz; Foram utilizados calçados femininos de numeração 35 e 36 (Brasil);

Figura 4 - Mostra o sistema de aquisição de dados: acelerômetro, conversor A/D, condicionador de sinais e computador com tipo notebook.

Resultados As tabelas 1 a 6 mostram valores de IAV% para uma série de calçados, as modelos que fizeram os testes, a respectiva numeração desses calçados e a data da realização dos testes. Quanto maior o IAV%, maior a absorção de vibrações por parte do calçado. Ou seja, menos vibrações são transmitidas para o sistema musculoesquelético. Tabela 1

Tabela 2


ARTIGO Tabela 3

Tabela 4

Tabela 5

Tabela 6

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Conclusões A quantidade de testes ainda não é suficiente para uma análise conclusiva, mas os resultados parciais mostram que os testes realizados com mesmo calçado e modelos (indivíduos) diferentes são praticamente os mesmos, dentro da incerteza das medidas (de 5 a 7%). Serão realizados testes com diferentes tipos de calçados (masculinos e femininos) para viabilizar uma norma ABNT NBR que virá a ser somada às normas ABNT NBR 14834 a 14840, normas de conforto do calçado.

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ARTIGO Técnico POR QUE OS CALÇADOS PRODUZEM MAU CHEIRO? É POSSÍVEL EVITAR O PROBLEMA? Dr. Markus Wilimzig coordenador do Laboratório de Microbiologia do IBTeC

U

ma das funções do pé humano é suportar o peso do corpo e absorver a maior parte das forças resultantes do solo durante o caminhar, correr, pular, escalar, dançar etc. (Duerksen, F., 2018). Durante o movimento, o pé é a primeira parte do corpo que tem contato com o solo, diante disto, esta estrutura deverá ter capacidade de absorver todo peso corporal e principalmente o impacto prejudicial ao sistema musculoesquelético. A face plantar é composta pela pele e a derme, sendo que ambas têm papel importante em função das suas espessuras. A derme com 0,5 mm devido à presença da fibra queratina tem espessura muito maior que a pele normal (0,02 mm) (Tachibana, D. K., 1976). Na região do calcâneo, os compartimentos fibrosos fechados - que vão desde a derme até a região óssea, formam o colchão hidráulico que é muito resistente. Este tipo de estrutura é também encontrado na região inferior da cabeça dos metatarsos. Esta estrutura ajuda a absorver as forças de impacto e as forças de estiramento a que o pé é submetido durante a fase de apoio (Duerksen, F., 2018). Uma forma natural de dissipação de energia (calor) da pele é através da alta concentração de poros sudoríparos. Estas glândulas têm a importante função de secreção do suor, possibilitando a regulação da temperatura corporal e a eliminação de substâncias tóxicas do organismo. Este processo faz com que o pé apresente maior quantidade de suor (umidade) quando comparado a outras partes do corpo. O suor produzido contém basicamente água e não apresenta cheiro algum. Em alguns segmentos populacionais, essa concentração de suor tende a ser maior, como é o caso das crianças que apresentam maior produção de suor que os adultos. Neste contexto, calçados que não apresentam capacidade de dissipação de calor são particularmente propícios a oferecerem um ambiente com umidade e temperatura favoráveis ao crescimento de bactérias e fungos. Estudos reportam que o microclima interno do calçado durante o uso pode alcançar temperaturas de até 35°C e umidade relativa de até 95% (Uedelhoven, et al., 2001, Deng, et al., 2009). Este ambiente é favorável ao crescimento e proliferação de bactérias que se alimentam desse processo. Como resultado do metabolismo são produzidas substâncias como ácido isobutirico (Figura 1), ácido isovalérico (Figura 2) e ácido acético (Figura 3) (Katsutoshi Ara, et al., 2006), que são efetivamente as responsáveis pelo mau cheiro presente. Entre as bactérias identificadas na literatura como responsáveis pelo mau cheiro destacam-se: Staphylococcus, Micrococcus, Bacillus, Propionobacterium, Brevibacterium e Corynebacterium (Figura 4), corroborando com relatos da literatura (W.E. Kloos and M.S. Musselwhite, 1975; Tachibana, D. K., 1976).

Figura 1: Ácido Isobutírico

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Figura 2: Ácido Isovalérico

Figura 3: Ácido Acético


Figura 4: bactérias que produzem mau cheiro, isoladas no laboratório de microbiologia do IBTeC A = Staphylococcus sp., B= Micrococcus sp., C= Corynebacterium sp., D= Bacillus sp.

Para evitar o mau cheiro, além da higiene adequada dos pés, troca e secagem de calçados e meias, tem sido importante o tratamento dos componentes internos do calçado (p.ex. forros e palmilhas), com substâncias ativas eficientes contra estas bactérias. Para avaliar a eficiência do tratamento são utilizados ensaios qualitativos conforme normas ABNT NBR 15275, AATCC 147, ISO 846, ASTM E 2149, EN ISO 20645, quantitativos de acordo com as normas AATCC 100, JIS L 1902, JIS Z 2801 e ISO 20743. No entanto, nenhuma destas normas inclui as bactérias causadoras do mau cheiro acima citadas. Com o objetivo de resolver e contribuir para solucionar esta questão, o laboratório de Microbiologia do IBTeC isolou, a partir de palmilhas usadas, as bactérias causadoras do mau cheiro descritas na literatura. Estas bactérias podem agora ser utilizadas, seguindo os procedimentos das normas acima citadas, para verificar se o tratamento antibacteriano aplicado em forros e palmilhas tem sido eficiente para evitar o mau cheiro.

Referencial Deng, F., T. Gong, H. Jin and S. Du, 2009, Research on factors influencing temperature and relative humidity inside of shoes, personal communication. Duerksen, F., 2018, natomia do pé relacionada às patologias mais comuns na hanseníase, em http://hansen. bvs.ilsl.br/textoc/livros/OPROMOLLA_DILTOR_prevencao/membros%20inferiores/PDF/anato_pe.pdf (acesso 26/11/2018). Sigma Aldrich, Ácido acético, https://https://www.sigmaaldrich.com/catalog/substance/glacialaceticacid60056419711?lang=pt&region=BR, acesso 27/11/2018. Sigma Aldrich, Ácido isobutírico, https://www.sigmaaldrich.com/catalog/product/aldrich/i15556?lang=pt&region=BR, acesso 27/11/2018. Sigma Aldrich, Ácido isovalérico, https://www.sigmaaldrich.com/catalog/product/aldrich/129542?lang=pt&region=BR&cm_sp=Insite-_-prodRecCold_xviews-_-prodRecCold5-3, acesso 27/11/2018. Tachibana, D. K., 1976, Microbiology of the foot, Ann. Rev. Microbial. 30: p. 351-75. Uedelhoven, W.H., B. Kurz, M. Rösch, 2001, Wearing comfort of footwear in hot environments, RTO HFM Symposium on “Blowing Hot and Cold: Protection against climatic extremes”, Dresden, Germany. Wesley E. Kloos and Margaret S. Musselwhite, Distribution and Persistence of Staphylococcus and Micrococcus Species and Other Aerobic Bacteria on Human Skin, Applied Microbiology, Vol. 30, No. 3, p. 381-395, 1975. ABNT NBR 15275/2016, Ensaios biológicos – Palmilha, laminados, sintéticos e solados - Determinação da resistência ao ataque microbiano. ISO 846/1997, Plastics -- Evaluation of the action of microorganisms. AATCC 147/2016: Antibacterial Activity: Assessment of Textile Materials. AATCC 100/2012: Antibacterial Finishes on Textile Materials: Assessment off. ASTM E 2149/2010: ASTM E 2149, Standard Test Method for Determining the Antimicrobial Activity of Immobilized Antimicrobial Agents Under Dynamic Contact Conditions. JIS L 1902:2015 ou ISO 20743/2013 Textiles - Determination of antibacterial activity and efficacy of textile products. JIS Z 2801:2010 Antibacterial products -- Test for antibacterial activity and efficacy.

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A 40 GRAUS 51 3593.7889 www.feira40graus.com.br pág. 55 ABNT 11 3017.3638 www.abnt.org.br pág. 87 ALTA TRANÇADOS 11 2618.2233 www.altatrancados.com.br pág. 17 AMAZONAS 16 3111.1600 www.amazonas.com.br pág. 99 C COLORGRAF 51 3587.3700 www.colorgraf.com.br pág. 74 COMELZ 51 3587.9747 www.comelz.com pág. 05 COUROMODA 11 3897.6100 www.couromoda.com pág. 63 COVESTRO www.covestro.com.br pág. 02 D DAP AMÉRICA www.dapamerica.com.br pág. 35 F FAZER O BEM FAZ BEM 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 56 FGV 51 3065.6437 www.fgvrs.com.br pág. 23 FIMEC 51 3584.7200 www.fimec.com.br pág. 82 FISP 11 5585.4355 83 www.fispvirtual.com.br pág. 83 FOAMTECH 19 3869.4127 www.foamtech.com.br pág. 100 FORMELLO 51 3585.1519 www.formello.com.br pág. 25 FRANCAL 11 2226.3100 www.francal.com.br pág. 44 G GRUPO SAZI 54 3261.2652 www.sazi.com.br pág. 15 GUIA ASSOCIADOS 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 65

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I IMPEX www.impex.com.br pág. 41 INSPIRAMAIS 51 3584.5200 www.inspiramais.com.br pág. 43 L LAB. BIOMECÂNICA 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 88 LAB. FÍSICO-MECÂNICO 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 86 LAB. MICROBIOLOGIA 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 97 LAB. SUBST. RESTRITIVAS 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 96 M MÁQUINAS MORBACH www.morbach.com.br pág. 07 METAL COAT 54 3215.1849 www.metalcoat.com.br pág. 09 P PROAMB 54 3085.8700 www.proamb.com.br pág. 19 R RHODIA www.rhodia.com.br pág. 29 S STICK FRAN 16 3712.0450 www.stickfran.com.br pág. 10 T TRANSDUARTE 51 3584.3500 www.transduarte.com.br pág. 21

ENTIDADES DO SETOR ABEST (11) 3256.1655 ABIACAV (11) 3739.3608 ABICALÇADOS (51) 3594.7011 ABINT (11) 3032.3015 ABLAC (11) 4702.7336 ABQTIC (51) 3561.2761 ABRAMEQ (51) 3594.2232 ABRAVEST (11) 2901.4333 AICSUL (51) 3273.9100 ANIMASEG (11) 5058.5556 ASSINTECAL (51) 3584.5200 CICB (61) 3224.1867 IBTeC (51) 3553.1000 FEIRAS DO SETOR BRASEG (11) 5585.4355 COUROMODA (11) 3897.6100 EXPO EMERGÊNCIA (11) 3129.4580 EXPO PROTEÇÃO (11) 3129.4580 FEBRAC (37) 3226.2625 FEIPLAR (11) 3779.0270 FEMICC (85) 3181.6002 FENOVA (37) 3228.8500 FIMEC (51) 3584.7200 FISP (11) 5585.4355 FRANCAL (11) 2226.3100 GIRA CALÇADOS (83) 2101.5476 HOSPITALAR (11) 3897.6199 INSPIRAMAIS (51) 3584.5200 NOVA SERRANA (37) 3228.8500 PREVENSUL (51) 2131.0400 40 GRAUS (51) 3593.7889 QUÍMICA (11) 3060.5000 SEINCC (48) 3265.0393 SICC (51) 3593.7889 ZERO GRAU (51) 3593.7889


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QUAL O RETORNO DO INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL?

Questionamento foi o tema que norteou o Fórum CSCB O Fórum CSCB de Sustentabilidade, que aconteceu no dia 8 de novembro na sede do Instituto Senai de Tecnologia em Couro e Meio Ambiente, em Estância Velha/RS, teve quatro painéis apresentados - o primeiro relacionado a comunicação e imagem, o segundo sobre a indústria moveleira e de design, o terceiro tratou de pesquisa em pegada ambiental e o último relativo a sustentabilidade no setor calçadista. E a programação contou ainda com assinaturas de acordos de parceria das empresas Arezzo e

Calçados Bibi com a Certificação de Sustentabilidade do Couro Brasileiro (CSCB) para o incentivo à inserção de seus fornecedores neste programa. O presidente executivo do CICB, José Fernando Bello, explicou que o fórum se propõe à continuidade na apresentação de assuntos transversais ao mercado do couro, trazendo para os debates especialistas que são referência em inovação em níveis nacional e internacional, o que contribuiu para o enriquecimento do diálogo e a reflexão sobre os caminhos que o setor pode trilhar.

valorização da indústria brasileira

FOTOS LUÍS VIEIRA

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consultor de design e inovação do CICB, Rafael Andrade, iniciou as apresentações mostrando a evolução das estratégias de comunicação e posicionamento de marca da entidade, visando à valorização da indústria brasileira de couro no âmbito mundial. “Devemos repensar constantemente o nosso modelo de negócio com o olhar voltado para o futuro. Os consumidores estão saturados de informação, e é preciso saber falar com a nova geração”, disse Rafael, ao apresentar as tendências que o setor deve adotar em breve. Ele lembrou que o setor tem tradição em participar de eventos no mundo todo, mas questionou se o conceito destas exposições contribui para a boa imagem do couro brasileiro. Lembrando que a valorização da matéria-prima é um desafio também para outros países, destacou que a entidade promoveu uma mudança estratégica com a criação do programa Brazilian Leather através do qual busca levar o couro brasileiro a ser referência no mercado mundial como um produto sustentável e de valor agregado. No que tange à identidade visual, foi desenvolvido o logotipo em tons de verde e amarelo, sintonizados com as cores utilizadas nos logos dos apoiadores, como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), por exemplo. O design mais moderno passa a imagem de um setor competente,

Rafael Andrade (CICB)

dinâmico, inovador e sustentável. “Além disso, todas as peças publicitárias e institucionais devem informar o que é o couro, onde ele está presente e como este material é importante para o homem”, sublinhou Rafael. Nessa estratégia de comunicação são criados projetos específicos em diversas áreas. A Lei do Couro trata de aplicar a legislação criada em 1965 para coibir o mau uso do termo couro para caracterizar materiais que não tenham origem animal, e que não vinha sendo respeitada pelo mercado; o Design na Pele busca aproximar o designer da indústria, trazendo novas possibilidades para o curtume inovar em suas peças; a Promoção Comercial visa a aproximar o couro do público consumidor, oferecendo informações sobre o produto utilizando-se para isso peças publicitárias. Uma das frentes utilizadas para esta estratégia são as feiras setoriais que acontecem tanto no País quanto no exterior; a Promoção Institucional do CICB ganha corpo em publicações impressas e outros canais de comunicação, como o uso de personalidades formadoras de opinião no universo das redes sociais, que reconhecidamente alcançam o público-alvo do couro brasileiro, os quais divulgam informação do setor; A Certificação de Sustentabilidade do Couro Brasileiro (CSCB), por sua vez, busca promover, gerir e unir os curtumes em torno da discussão da sustentabilidade do couro. O selo é validado mundialmente e destaca as empresas em três categorias - Ouro, Prata e Bronze -, conforme as empresas avançam no atendimento dos quesitos estabelecidos. “Estamos num momento decisivo para o futuro do modelo de negócio do couro. Temos que olhar para a indústria e o setor de forma clara e objetiva para chegarmos a outro patamar, mais sustentável, e precisamos informar isso para essa geração nova que não conhece o couro e está interessada em produtos e ideias que engajam”, salientou.


Novas experiências para oxigenar o setor

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o segundo painel, três jovens profissionais compartilharam suas experiências com o couro, o design e a indústria moveleira. Contando que a empresa familiar Brava Forma soma 30 anos de história no mercado de móveis de luxo, o diretor Pedro Enger entende o segmento como um espaço onde é necessária pesquisa de tendências e convergência com o que o cliente quer em sua casa. “O couro é um elemento que ajudou na nossa evolução. Buscamos couro certificado e hoje há crescimento na procura por parte do consumidor em função do material conferir nobreza e também durabilidade ao produto”, sublinhou. A empresa imprime em seus estofamentos aspectos de moda e produção artesanal, tendo como foco o desenvolvimento de peças exclusivas e com personalidade. O cliente escolhe o modelo desejado, os materiais que serão utilizados e as cores, por exemplo, para criar produtos únicos. Dentre os componentes há madeira de reflorestamento, espuma sem CFC e couro. “Ao priorizarmos o uso de materiais nobres proporcionamos uma durabilidade superior aos produtos, que acabam passando de geração para geração”, contextualizou Pedro, salientando que o couro é versátil, sustentável e possui caráter e

personalidade fortes. Rodrigo Brenner e Maurício Noronha, criadores da Furf Design Studio, falaram logo em seguida. Rodrigo começou a sua fala explicando que design não é desenho, mas significado, e sugeriu ao público pensar sobre o que estamos trazendo para o mundo através de nossas atitudes e também dos produtos e serviços que oferecemos. “O planeta pede por mais autoestima, poesia, coisas intangíveis e, através de produtos, conseguimos trazer isso”, instigou. Os dois compartilharam com a plateia o caso da Confete, uma capa colorida desenvolvida por eles para envolver próteses de perna. A solicitação era simplesmente que criassem um modelo de capa para ser impressa em 3D, mas ao invés de se contentarem em fazer um produto puramente funcional, decidiram avançar na ideia e criar um protótipo que, além da funcionalidade, também pudesse elevar a autoestima do usuário. O ponto de partida foram os confetes de papel utilizados em momentos de festa, por serem algo divertido e democrático - pessoas das mais variadas classes sociais costumam jogar confetes para o alto em situações de exaltação e alegria. As próteses elaboradas em material polimérico colorido e com perfuros

circulares, que lembram a forma desses confetes, receberam o formato anatômico de uma perna normal. O resultado foi um produto moderno, leve, a um custo mais barato que as próteses oferecidas até então (anteriormente o modelo distribuído pelo SUS era feito em espuma a um custo para o Estado na ordem de R$ 1.500,00 a unidade; a outra opção era mais sofisticada, porém o preço subia para R$ 4.000,00, enquanto isso a Confete sai hoje por R$ 400,00 e é distribuída gratuitamente pelo SUS). “Este é um produto genuinamente brasileiro, pensado para o bem-estar do usuário final”, defendeu Maurício, avaliando que sustentabilidade não é só ambiental e financeira, mas trata-se também de uma troca de informações entre pessoas, entidades, empresas compartilhando ideias que visem ao bem comum. Rodrigo ainda comentou que nem sempre dá para ser 100% sustentável social ou local, mas um detalhe pode fazer a diferença. “Precisamos ver como podemos, através do nosso trabalho, ajudar o mercado a entender o significado das coisas, e a comunicação é a chave para conseguirmos avançar neste diálogo e na busca de produtos que tenham valor pelo que dizem para o usuário e também para a sociedade”, frisou.

Pedro Enger (Brava Forma), Maurício Noronha e Rodrigo Brenner (Furf Design Studio)

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Experiência que veio da Europa

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a sequência o italiano Primiano De Rosa-Giglio, da Lineapelle/Unic, dividiu com a plateia a sua participação e os resultados de um estudo realizado conjuntamente pela Confederação de Associações Nacionais de Curtidores da Comunidade Europeia (Cotance) e a União Nacional da Indústria Curtidora da Itália (Unic), que desenvolveu as Regras de Pegada Ambiental em Categoria de Produto (PEFCR) para o couro, em um trabalho ligado à Comissão Europeia para o projeto Single Market for Green Products. Foram quatro anos de pesquisa na concepção deste documento que possibilitou às indústrias de curtumes a avaliação completa da pegada ambiental de seus produtos, incluindo melhorias importantes sobre processos de produção, mensuração de resultados e análise de insumos químicos. Ele explicou que tudo iniciou a partir da necessidade que a Comunidade Europeia sentiu de criar um método para avaliar a pegada do couro, valendo-se para isso a comparação de dados disponíveis ao longo de toda a cadeia de produção. Foram envolvidos 25 setores desde a pecuária até o produto final. Já se passaram cinco anos desde que este estudo começou, e a conclusão deve acontecer até 2020. “Estamos na fase dos testes finais, e neste processo que é bastante rígido teve a participação das entidades setoriais, ONGS e especialistas em avaliação de ciclo de vida dos produtos”, assegurou. Buscando a máxima representatividade do mercado, foram avaliados curtumes que atuam em quatro categorias distintas - fornecedores de couros para automóveis, para calçados e artefatos, para vestuário e para solas de sapato, sendo que os parâmetros de avaliação visam a definir quão bem o produto couro performa durante a sua vida útil. “Depende muito das técnicas utilizadas na criação, transporte e abate do gado; dos processos de produção e acabamento do couro; dos insumos e subprodutos químicos utilizados em cada etapa e uma série de outros fatores, considerando o impacto causado por cada um

dos agentes, até mesmo dos produtores de artigos disponibilizados ao mercado de PETs, por exemplo, o que aumentam as dificuldades ante a grandeza e complexidade desse sistema de produção”, pontuou. Salientando a importância de toda a cadeia trabalhar com um objetivo comum, que é diminuir a pegada, Primiano observou que um dos desafios foi encontrar dados confiáveis sobre a produção primária e também da produção de produtos químicos. “A transparência é fundamental para avançarmos na discussão sobre os problemas ambientais da rede produtiva”, determinou o painelista. Ernani Pohren, CEO da Química Carioca, foi o mediador e respondeu a perguntas da plateia. Ele começou sua participação ressaltando a necessidade de se reconhecer que a indústria coureira utiliza o resíduo da indústria da carne, e que a atividade pecuária vai continuar a existir, independente da produção do couro, e comentou que é preciso estimular a implantação de melhorias também no setor de criação e abate para que se possa obter os resultados finais desejados. Falou ainda que sob o ponto de vista do Brasil existem complicadores relacionados à burocracia, legislação e infraestrutura. “A ideia é discutir os passos e não somente trazer os problemas. É preciso olhar a cadeia como um todo, fazer o rastreamento dos seus fornecedores dando importância para os indicadores. Alguns são bastante sensíveis, como as questões de desmatamento e trabalho análogo ao escravo, além das áreas embargadas pelos órgãos de fiscalização. É necessário buscar essas informações para que se tome decisões certas, que levem á melhoria da imagem do couro”, considerou. Questionados sobre se o couro é um produto verde, ambos responderam que sim. Ernani comentou que esta é uma preocupação legítima dos consumidores, mas os curtumes estão avançando rapidamente na questão, porém devem envolver todos os seus fornecedores nesta busca pela sustentabilidade. Primiano também foi por este viés e disse que, depois de todo este estudo que apresentou, ficou ainda mais clara para ele a percepção de que a indústria do couro sozinha não tem força politicamente para reduzir o impacto gerado desde a criação até o produto final.

Primiano De Rosa-Giglio (Lineapelle/Unic)

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proativisMo na indústria calçadista

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echando o ciclo de palestras, Arezzo e Calçados Bibi falaram sobre a relação com fornecedores, a cultura das duas companhias e perspectivas no campo das certificações e sustentabilidade. O diretor industrial da Arezzo, Cisso Klaus, destacou que a palavra transparência norteia o relacionamento da empresa com sua rede de fornecedores, bem como o estímulo ao aprimoramento constante. “Não adianta sermos sustentáveis, se a nossa cadeia de valor não for também”, disse. Com 45 anos de história, a Arezzo&CO comercializa atualmente mais de 11 milhões de pares de calçados por ano, além de bolsas e acessórios. Com seis marcas - Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever e Owme - é reconhecida no mercado pelo desenvolvimento de produtos que se destacam pela qualidade, design, conforto e inovação. As marcas da Arezzo&Co são associadas a um estilo de vida diferenciado e desejado. Contando com amplas linhas de produtos, conseguem alcançar públicos-alvo específicos além de atender a diferentes ocasiões de uso. O gerente de suprimentos da Calçados

Bibi, Ismael Fischer, elencou oportunidades para o crescimento de seus fornecedores, como pontualidade e uniformidade em produtos. “Queremos apoiar o desenvolvimento de nossos parceiros, para que possamos todos crescer em eficiência e competitividade”, disse. Fundada em 1949, a Calçados Bibi é referência no mercado de calçados infantis. Com fábricas em Parobé/RS e em Cruz das Almas/BA, produz cerca de 2,6 milhões de pares ao ano. Presente em mais de 70 países nos cinco continentes, no Brasil está em mais de 3.500 mil pontos de venda multimarcas, além do e-commerce e de uma rede de franquias com mais de 100 lojas.

As perguntas do público tiveram a mediação de José Fernando Bello, que destacou que Arezzo e Bibi são dois exemplos extremamente positivos da indústria calçadista brasileira em inovação e atenção ao cliente. O painel foi seguido pela assinatura de acordo de parceria das duas empresas com a Certificação de Sustentabilidade do Couro Brasileiro (CSCB), estimulando que seus fornecedores participem e sejam reconhecidos pelo programa, que dissemina as melhores práticas na produção curtidora, com base nos pilares sociedade, meio ambiente e economia.

Como um curtume pode obter a certificação Após a adesão ao CSCB, o curtume deve trabalhar no aprimoramento de seus processos sobre os 173 indicadores. É necessário o atendimento, registro e continuidade de cada indicador e, com esta etapa concluída, o curtume pode solicitar auditoria de um organismo acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para a certificação. Há quatro níveis do selo: - Bronze (para quem atender até 50% dos indicadores aplicáveis de cada uma das quatro dimensões da certificação) - Prata (75%) - Ouro (90%) - Diamante (100%)

No encerramento do evento, Vinicius Fonte, gestor de projetos da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq) fez o lançamento do projeto Curtume 4.0 que será instalado na 43ª edição da Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec), que vai acontecer em Novo Hamburgo/RS de 26 a 28 do próximo mês de fevereiro. Vinicius explicou que o projeto proporcionará aos visitantes uma visão clara do processo produtivo e a correta adequação de máquinas para o setor. A realização do fórum tem apoio do projeto Brazilian Leather, uma iniciativa do CICB e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O patrocínio Gold dessa edição foi da JBS Couros e da Química Carioca, e os patrocinadores Silver foram SystemHaus e Euro-América.

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Kisafix está alinhada a políticas de substâncias restritas Calçado e Artefatos (IBTeC) com o Comitê Brasileiro de Couro, Calçados e Artefatos de Couro (CB-11), elaborando proposta de norma nacional junto a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “As políticas de substâncias restritas de entidades globais como marcas esportivas, associações e entidades governamentais são normalmente elaboradas por profissionais que desconhecem a sistemática do mercado calçadista brasileiro, que é distinto da Ásia, por exemplo, em termos de volume e flexibilidade de modelos, operações. Também se percebe um expressivo apelo quanto ao ‘quimismo’ puro dos itens, sem considerar questões práticas de fornecimento e manipulação, que acabam gerando algumas situações de não possibilidade de aplicação plena das políticas, exigindo ajustes, e assim abrindo margem para interpretações e até mesmo não aceitação das normas”, explica a gestora de projetos da Killing, Cenira Verona, complementando que o tema ganha cada vez mais destaque em âmbito nacional e a empresa está engajada em ajudar na evolução deste processo, que se mostra relevante no âmbito da inovação, tecnologia e sustentabilidade.

O compromisso da Killing com o avanço do tema garantiu a participação de Cenira como colaboradora externa da revisão da parte de política de substâncias restritas do Apparel and Footwear International RSL Management (Afirm Group), organização que é autoridade nessa área em nível mundial na missão de reduzir o uso e o impacto de substâncias nocivas na cadeia de fornecimento de vestuário e calçados. A especialista, que acompanha a evolução do assunto em cenário nacional desde 2010, comenta que “esse processo de elaboração de documento da Afirm possibilitou a apresentação de alguns detalhes da cadeia brasileira que precisavam ser adequados. Além disso, a minha participação como especialista e representante da Killing confirma nosso alto nível de entendimento no assunto, que é a base para elaboração de documento nacional que está sendo construído de forma colaborativa e respeitosa, levando em conta a nossa realidade fabril ”. O manual com a revisão das políticas de substâncias restritas está disponível no link: https://www. afirm-group.com/wp-content/uploads/2018/11/FINAL-2018-AFIRMToolkit-2018-English.pdf. EDUARDO DEFFERRARI

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om tradição no fornecimento de materiais e componentes para o ramo calçadista, a Killing aposta na tecnologia, sustentabilidade e inovação para se diferenciar no mercado. Consolidada, a empresa atua como líder no fornecimento de adesivos para calçados com a marca Kisafix na América Latina. Os produtos da marca estão alinhados à política de substâncias restritas (RSL) e também contribui significativamente para a evolução do assunto no País. Desde 2010, a partir de uma demanda de clientes, a empresa passou a adequar seus processos produtivos e portfólio para viabilizar produtos que atendam às restrições de substâncias em voga. O tema está sendo cada vez mais valorizado no setor calçadista e a Killing atua por meio de ações diretas com seus clientes, marcas e promotores das ações, oferecendo treinamentos, esclarecimento de dúvidas e estudos. Atua também em conjunto com instituições do segmento, entre elas Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro,

Killing Inaugurada em 1962, a Killing atua no mercado de Adesivos e Tintas Industriais e Imobiliárias com foco na qualidade e no atendimento das necessidades dos clientes. Com a marca Kisafix, opera como líder na América Latina em adesivos para calçados, oferecendo uma ampla linha de produtos entre adesivos premium, adesivos hotmelt, adesivos base água, além de produtos auxiliares. Possui serviço de assistência técnica em toda a América Latina.

Com esta adequação, a Killing, líder no fornecimento de adesivos para calçados na América Latina, contribui para a evolução do tema no cenário calçadista nacional

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