Revista Tecnicouro - Edição nº 311 completa

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FÁBRICA CONCEITO TEM EDIÇÃO HISTÓRICA NA FIMEC 2019 A edição 2019 da Fimec registra um importante marco na história da evolução da cadeia coureiro-calçadista brasileira. O projeto da Fábrica Conceito está completando 10 anos, e este fato é sem dúvida motivo de orgulho e inspiração para todos que, de uma forma ou outra, estão envolvidos neste exitoso projeto ou usufruem dele para o desenvolvimento profissional e das empresas em que atuam. Mas este não é o tipo de projeto cuja longevidade serve de pretexto para ficarmos horas a fio cintando histórias, e não que elas não existam, ao contrário, são muitas. O próprio conceito do projeto já deixa claro qual sua missão e responsabilidade em sua existência, que é começar uma nova história a cada edição, pois sabemos que os louros colhidos no passado de nada valem quando sua visão está voltada unicamente para o futuro. E este futuro tem se mostrado cada vez mais completo, acompanhando o que mercado e consumidores esperam das empresas das quais adquirem produtos e experiências para seu dia a dia e estilo de vida. O que inicialmente se focava quase que exclusivamente em ganhos de qualidade e produtividade agora precisa abranger a cadeia de maneira completa, chegando até o consumidor final de nossos produtos. A maneira de consumir e de como os consumidores veem as empresas mudou drasticamente. Além do altíssimo nível de exigência de um custo-benefício cada vez melhor, questões como responsabilidade social e ambiental também se tornaram parte natural do nosso dia a dia. E para isso nossos processos produtivos e todos componentes que fazem parte da fabricação de nossos produtos precisam estar alinhados a estas expectativas e exigências, oferecendo uma experiência cada vez mais completa e responsável, conectada com este novo mundo que se apresenta e evolui diariamente. Isto tudo sem falar das tecnologias da informação trazidas pela Indústria 4.0, integrando cada vez mais o parque fabril e nos oferecendo uma possibilidade infinita de controle e aprimoramento de nossos negócios. Hoje é possível monitorar cada ponto de fabricação de nossos produtos e trabalhar em melhoria contínua como nunca foi possível antes, mas é necessário estarmos abertos e preparados para isso. Aproveite muito esta edição histórica da Fábrica Conceito, nos instigue, nos questione, nos inspire. Estamos esperando por você!

Claudio Chies Presidente do Conselho Deliberativo


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MERCADO Design e tecnologia em materiais ESPECIAL 10ª edição da Fábrica Conceito INSTITUCIONAL Padronização de etiquetagem TECNOLOGIA Testes de conforto em EPIs

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EXPEDIENTE

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AGENDA

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VITRINE

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NOTAS

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ARTIGO

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GUIA

OPINIÃO


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Março FENOVA 26, 27 e 28 Nova Serrana/MG www.fenova.com.br Maio SICC 20, 21 e 22 Gramado/RS www.sicc.com.br Junho FRANCAL 3, 4 e 5 São Paulo/SP www.francal.com.br

INSPIRAMAIS 4e5 São Paulo/SP www.inspiramais.com.br Setembro SEINCC 17, 18 e 19 São João Batista/SC www.sincasjb.com.br Novembro ZERO GRAU 18, 19 e 20 Gramado/RS www.feirazerograu.com.br

2020 Janeiro NOVA SERRANA FEIRA DE MODA 13, 14 e 15 São Paulo/SP www.fenova.com.br COUROMODA 13, 14 e 15 São Paulo/SP www.couromoda.com INSPIRAMAIS Data a confirmar São Paulo/SP www.inspiramais.com.br

Obs.: o calendário de feiras é elaborado com informações obtidas através dos sites das organizadoras e pode sofrer alterações.

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IMAGEM LUÍS VIEIRA

MERCADO


MODA PARA UMA VIDA

em movimento E

m sintonia com a busca das mulheres por um estilo de vida mais saudável e alinhada ao conceito esportivo que toma conta do mercado fashionista, a Actvitta combina as principais tendências da moda esportiva com atributos essenciais de bem-estar e tecnologias de produção. A liberdade de movimentos está no DNA da marca, lançamento da Calçados Beira Rio, que destaca modelos confeccionados em materiais exclusivos e que oferecem conforto para o público feminino em todos os momentos do dia a dia, da rotina agitada de trabalho até o passeio com a família, ou ainda para a prática de exercícios físicos. Os modelos da linha contam com palmilhas ergonômicas que, segundo a empresa, além de oferecer maior maciez, minimizam os impactos do caminhar entre 30% e 50%. Os tecidos que compõem forros e cabedais oferecem controle térmico e destacam malhas de toque suave e que

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se moldam ao formato dos pés. Muito além de características que melhoram a performance em corridas, caminhadas e exercícios leves, os tênis ainda destacam uma cartela de cores versátil, com espaço nobre para tonalidades intensas em cabedais lisos ou com estampas marcantes.

Conceito e estilo contemporâneos

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moda desenvolvida pela Modare Ultraconforto tem uma pegada tecnológica, que está presente em detalhes, como a espuma no calcanhar, que reduz atritos ao longo do dia, passando pelo ponto de conforto no joanete, que não comprime a área. O forro antibacteriano garante transpiração na medida correta e os solados são antiderrapantes, leves e com alta flexibilidade. As palmilhas são especiais, como a Duo Tech, que oferece dois pontos extras de conforto dispostos no design, e a

Dry Tech, que absorve e retira umidade. Outro atributo importante é o sistema Gel Tech, que traz uma esfera composta por micropartículas de ar comprimido, absorvendo impactos. Produzido em EVA, a tecnologia Ultrasoft garante suavidade extra à região plantar. Os modelos também sublinham a beleza natural das mulheres, com detalhes pensados na qualidade de vida, de estilo e de materiais que inspiram sofisticação e bem-estar feminino em qualquer produção.

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CALÇADOS PARA

múltiplas experiências A

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Beira Rio Conforto propõe produtos para uma estética Diy - em que a mulher tem a liberdade de criar composições modernas e em sintonia com sua própria identidade. Agora, quando o desejo feminino é pelas propostas de sandálias, a Beira Rio Conforto atende à altura, com uma grande variedade de construções. As flats, incluindo rasteiras e mules, têm cabedais delicados que valorizam os pés, pontuados por detalhes como os knots. Os modelos de slides, com acabamento em corda, reforçam a naturalidade do feito à mão. Os calçados recebem ainda aplicações, texturas e palmilhas anatômicas que acompanham o formato do pé, mostrando-se funcionais para os mais variados looks femininos. As opções com saltos estruturados e anabelas coordenam praticidade com toque fashionista. A sock boot

envolve pernas e tornozelos com estilo sportwear. Ainda nessa categoria, as open e cut out boots realçam a feminilidade, valorizando a silhueta da mulher. Os modelos western chegam atualizados com tachas, fivelas e cores como o camel. A bota montaria, em napa ou camurça, é outro produto da marca e tem lugar garantido na coleção. O arrojo desponta na versão da ankle boot com solado flatform, exalando modernidade, estilo e comodidade. Os coturnos surgem em materiais como verniz, camurça, nobuck e metalizado craquelado, que são eficientes para elevar qualquer look. Os calçados esportivos que as mulheres já incorporaram para a vida recebem atualizações como o laser cut e o hotfix, injetando sofisticação à tendência athleisure. Os joggings são curingas e acompanham do casual ao office look. Já os chunk sneakers, com seus solados marcantes, remetem à inspiração dos anos 1990. Oxfords e mocassins, inclusive com salto tratorado, são essenciais para acompanhar a mulher em vários compromissos, com um mood elegante. As mules, os scarpins e slingbacks, que aparecem com bico fino e salto estruturado, contribuem para o bem-vestir.

Valorizando o brilho próprio de cada mulher

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nspirada pela cena artística e cultural da Califórnia/EUA, a campanha Inverno 2019 da Ramarim propõe uma nova perspectiva, convidando as mulheres a olharem mais para si e descobrirem o seu brilho próprio. Guiada pelo conceito Be your own idol, a coleção aposta na autenticidade com modelos inspirados pelas tendências Classy, Glam, Nomad e Sport Vibes. A cartela de cores reúne tons marcantes e cheios de personalidade como rubi wine, bloom, cielo, off white, just red, cravo e coffee. A Cultura de Rua é esportiva e traz uma abordagem moderna, unindo pe-

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ças do cotidiano a detalhes utilitários. Os protagonistas da primavera Chunky Sneakers seguem em alta na versão em salto alto, e dividem a cena com peças repletas de bolsos, fitas de zíper contrastantes, tiaras e fivelas. As flatforms e jogging flatforms são destaque, juntamente com modelos em Knit que proporcionam calce fácil e conforto extra. Modelos com um toque nostálgico revisitam os clássicos consagrados pela moda para o inverno. Mules, bonecas, bico fino e plataformas são itens atemporais, que reaparecem em nova edição, com viés moderno e criativo. Nas estampas, predominância

em xadrez, poá, plissados e laços. Um revival 80s com todo seu glamour inspira acessórios com volumes, babados, brilhos e efeitos luminosos e envernizados. Muito preto, aplicações de metais e texturas diferenciadas agregam valor aos produtos de festa e dia a dia. Uma temporada de espírito livre, tal qual o nômade, com referências de todo o mundo mixadas em uma coleção ímpar. O retorno do marrom absoluto se mescla ao western e ganha interações em textura. O melhor do estilo boêmio com sua história atualizada.


TÊNIS EM TECIDO PET UNE

irreverência e sustentabilidade S

nente faz parte da minicoleção do colab entre as marcas, que inclui, também, o tênis Ueno Whatafuck Imperial, com solado feito a partir do malte reutilizado, e a Camisa Whatafuck. FOTO DIVULGAÇÃO

ustentabilidade e irreverência definem o Tenente Whatafuck O.E que não tem em sua composição qualquer material derivado de animais, e recebeu este nome em homenagem ao hambúrguer vegetariano que é especialidade da rede Whatafuck Hamburgueria, uma hamburgueria artesanal da capital paranaense. O produto é fruto da parceria entre as marcas curitibanas Whatafuck Hamburgueria e Öus Brasil, e tem cabedal feito a partir de um tecido de PET reutilizado. E este é o principal apelo para atrair o público que tem um estilo de vida voltado a minimizar o impacto ambiental através do consumo consciente. O calçado é produzido na cor azul, com estampas relacionadas ao universo da marca Whatafuck, presente também nas embalagens dos hambúrgueres. O tênis pode ser encontrado na Whata Store, loja da rede Whatafuck na cidade de Curitiba, e no site da Öus Brasil, com entrega para todo o País. O Te-

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OPÇÕES

em termocolantes O

A evolução no sistema Knit

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rapidez no processo e ser um material limpo, sem perda nas etapas de produção, é comercializado por metro quadrado e pode ser usado em uma variedade de materiais em base tecido, algodão, poliéster, PVC, borracha EVA, entre outros. Outras novidades são um tecido cambrê para a estruturação do calçado, uma fita termocolante para couraça e contraforte, a palmilha estruturada com resistência a impactos e as lâminas de PVC para impressão digital com termocolante.

Fiber Top Shoes Brasil se destaca por ser considerada uma das principais empresas de desenvolvimento de Calçados do País, oferecendo o que há de mais moderno e tecnológico em processos e produtos. Neste contexto, o Knit é uma tecnologia que veio para inovar o setor permitindo a perfeita combinação entre diferentes técnicas de tecelagem tornado o calçado visualmente atraente e mais funcional. Para melhorar ainda mais esta inovação, a Top Shoes, através de um trabalho em sistema de co-criação com a A. Mascarello - que trabalha com sublimação de alta pro-

FOTOS LUÍS VIEIRA

Grupo Elasto nasceu em 1997, quando a Póplast foi criada com foco na produção de resinas micronizadas para aplicação na indústria calçadista, entre outras. Em 2008, surge a Elastosul Filme com o objetivo de atender a uma nova tendência no mercado de dublagem de tecidos entre outros segmentos. Tendo conquistado os mercados interno e externo como um dos maiores produtores de termofilmes adesivos, surgiu a necessidade de ampliação e, em 2013, nasceu a Elastonordeste Filmes. Assim, o Grupo Elasto vem trabalhando no desenvolvimento de soluções tecnológicas na fabricação de termofilmes adesivos cuja utilização, cada dia mais, vem substituindo a aplicação de resinas micronizadas e adesivos líquidos bem como outros processos de união de materiais como costura, por exemplo. Praticidade, uniformidade e redução de tempo de processo são características marcantes desta tecnologia, garantindo a qualidade final dos produtos que contém a marca Elasto. O diretor Roniestevo Dias Sales conta que um dos mais recentes desenvolvimentos é a cola selante termotransferível que pode ser aplicada no cabedal e na parte interna. Além da

fundidade, criou um novo conceito para o Knit agregando as infinitas possibilidades de estampa e cores que a sublimação proporciona. “Esta sublimação é especial porque atinge o fundo do desenho, valorizando a profundidade que o sistema Knit oferece”, explica Gustavo. Outra tecnologia diferenciada é o fio especial desenvolvido em exclusividade conjuntamente com a Adatex Têxtile que traz um efeito de pelo com náilon, mas tendo as propriedades da malha técnica com efeito inovador. De acordo com o empresário, se trata de uma técnica brasileira inédita para este tipo de produto.


PENALTY AMPLIA PRESENÇA DIGITAL

com e-commerce R eferência no mercado esportivo, a Penalty dá mais um passo no mundo digital: o lançamento de um e-commerce. Oferecendo todos os produtos do portfólio da marca, o site disponibiliza não apenas a comercialização de bolas, calçados, acessórios e itens de confecção, como também informações sobre as tecnologias exclusivas desenvolvidas pela fabricante brasileira. Hospedada no site oficial da marca, a loja virtual reúne mais de 750 artigos esportivos. Segundo o diretor comercial, Cristiano Lara, a criação do e-commerce é um passo importante para consolidar a presença da marca no ambiente digital e oferecer ao público todos os produtos Penalty em um só local. “É uma forma de elevar a experiência do consumidor tanto na compra quanto na comunicação do nosso portfólio.” A companhia está otimista com o novo canal de vendas e espera um incremento de pelo menos dois dígitos. O e-commerce pode ser acessado pelo

endereço: www.penalty.com.br. As entregas são realizadas em todo o território nacional.

Sobre a Penalty

Especializada em produtos para a prática esportiva, a Penalty foi criada em 1970 pelo Grupo Cambuci, única multinacional de esportes do Brasil. A marca é a maior fabricante nacional de material esportivo e uma das precursoras do segmento no País. Na década de 1990, a marca seguiu com projetos de expansão e anunciou a criação de uma filial na Argentina, a primeira fora do Brasil, consolidando sua presença na América do Sul e no cenário internacional. É também pioneira no mercado de bolas, sendo a única fabricante brasileira com certificação internacional emitida pelas quatro instituições máximas das principais modalidades com bola: FIFA (futebol), FIVB (vôlei), FIBA (basquete) e IHF (handebol).

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CABEDAL 3D

em espuma de PU C

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Máquinas Morbach, com mais de 40 anos de tradição na fabricação de máquinas para calçados, está sempre desenvolvendo novas tecnologias para a indústria calçadista e mais uma vez faz a diferença. Após o grande sucesso do lançamento da M-102, apresenta a M-110, que traz uma nova técnica em colagem de solados. Construída de acordo com a norma regulamentadora NR12 do MTE e normas da ABNT pertinentes a indústria de calçados, é destinada para efetuar a colagem do solado no cabedal montado na fôrma logo após a reativação do mesmo.

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O grande diferencial dessa máquina é o dispositivo frontal articulável que facilita a colocação de canos de bota tornando a máquina um sistema universal, permitindo a colagem alternada de solados femininos, botas, sandálias, calçados masculinos e infantis. Além disso, conta com duas câmaras de colagem, que envolvem totalmente o solado e a fôrma, evitando possíveis deslocamentos sobre a planta da sola, efetuando a perfeita colagem. Dentre as vantagens, este modelo proporciona alta produtividade, baixo consumo de ar e custo de manutenção reduzido, aliados à segurança operacional.

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Avanço em colagem de solados

FOTO LUÍS VIEIRA

aracterizada pelo desenvolvimento de produtos termomoldados, a Jomo já tinha em seu portfólio o cabedal plano, mas passou a oferecer também cabedal 3D, buscando proporcionar mais conforto para o usuário. A gerente de vendas, Rose Souza, comenta que este desenvolvimento copia a anatomia da biqueira e do calcanhar, e com isso o fabricante de calçado reduz etapas do processo industrial devido ao sistema que necessita de poucas costuras. “Nesta nova concepção a palmilha de acabamento é inserida junto do material de palmilha de montagem, como uma única peça, que é unida ao cabedal em processo de strobel ou overlock”, explica Rose. O material é em espuma de PU, leve e confortável podendo ser usado tanto em modelos esportivos quanto em modelos casuais. Pode ser aplicado em sobreposições de diferentes materiais e em bidensidade, trazendo aspectos mais esportivos aos calçados.


SOLUÇÕES PARA A INDÚSTRIA

e o consumidor final C

Outra empresa que faz parte do grupo A Tonal é a Novax, que desenvolve soluções para o consumidor final, as quais são distribuídas tanto em lojas físicas de calçados e artigos de couro, quanto online. A oferta é grande, abrangendo desde produtos para a conservação do couro até palmilhas de conforto. FOTO LUÍS VIEIRA

om mais de três décadas de atuação, a A Tonal Soluções Químicas se destaca como empresa inovadora, progressista e comprometida em oferecer superioridade na qualidade técnica para suprir as necessidades de seus clientes. A diretora Marina Pini Maniglia conta que dentre os lançamentos de maior projeção estão as linhas de tintas para plásticos, couros e impressão, que conferem personalidade aos produtos, com uma diversidade muito grande de opções. As tintas metalizadas e as tintas para impressão digital Inkjet são exemplos desses destaques. “A metalização, uma novidade da A Tonal, é uma tendência dos mercados, tanto calçadista quanto moveleiro, linha branca do lar, puxadores e outras. Já a Inkjet trata-se de um sistema para pintura original do Brasil, desenvolvido em parceria com empresa espanhola que fabrica a impressora e pode, no segmento calçadista, atender desde fabricantes de componente e embalagens até de calçados prontos”, comenta.

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MAIS SEGURANÇA NO PROCESSO eferência no ramo de fitas adesivas, a Adere há mais de 50 anos investe em tecnologia para desenvolver produtos de alta qualidade. No mercado calçadista, seja para os processos de design, fabricação, montagem ou acabamento, a empresa conta com diversas soluções como fitas de tecido para reforço, simples face e dupla face, com dorso de poliéster, náilon ou algodão e poliéster, produzidas na filial instalada Rio Grande do Sul. Pensando nas demandas deste segmento foi desenvolvida a fita dupla face de Tissue, cód. 486, que vem para substituir a cola no processo de preparação de calçados e acessórios. De acordo com a empresa, sua composição, ao contrário do adesivo tradicional, é isenta de solventes, por isso não demanda tempo de espera de secagem e evita o contato do operador com agentes químicos, além de proporcionar uma aplicação mais rápida e limpa, otimizando o processo de colagem dos materiais. A fita possui adesivo a base de acrílico com dorso de papel do tipo Tissue na cor branca e liner de papel siliconizado, para a preparação de zíperes e colagens de materiais de di-

ferentes texturas entre si, como couro e tecido, por exemplo. Também é indicada para processos fabris de alta velocidade ou de temperaturas muito elevadas, como emendas de bobinas de papéis e filmes plásticos, para trabalhos em materiais de baixa energia superficial e trabalhos gráficos em geral. O portfólio da empresa ainda conta com uma linha completa de fitas com mais de 1.000 itens, atendendo diversos setores da indústria, construção e papelaria, além de atuar no mercado automotivo e hospitalar.

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de colagem R

Não tecidos de alta performance

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Fibertex Nonwovens, empresa dinamarquesa com mais de 50 anos de atuação, apresenta ao mercado brasileiro o Artenna - um não tecido técnico premium especialmente desenvolvido para substituir com vantagens o couro

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natural e microfibras importadas como base para fabricação de componentes de calçados, vestuário, design e acabamento automotivo. Conforme a empresa, o material é leve, macio e respirável, com um toque agradável que resulta em produtos elegantes e de qualidade superior. Versátil e durável, oferece inúmeras possibilidades de acabamento e funções, atendendo às mais exigentes aplicações - desde peças delicadas até as de alta performance. Produzido no Brasil com a tecnologia da líder global em não tecidos técnicos de alta performance, o novo produto é oferecido em quatro espessuras, apresenta solidez de cor e alta resistência a rasgos, pilling e

desgastes, além de grande estabilidade estrutural e espessura homogênea. Seu uso otimiza a produção e reduz o custo operacional, com aproveitamento total do material e utilizando equipamentos já existentes. Por meio de um processo de produção extremamente controlado e seguro, o material chega ao mercado como uma solução sustentável e de baixo impacto ambiental, livre de fontes animais e químicos restritos. Com Artenna, a Fibertex Nonwovens desenvolve soluções de forma colaborativa, trazendo inovação para os processos produtivos dos clientes em parcerias estratégicas de longo prazo.


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COMPONENTES

diferenciados A

Stickfran, que completa 20 anos em 2019, é comprometida em oferecer produtos e serviços diferenciados, com foco no uso de matérias-primas nobres e selecionadas das mais diversas fibras têxteis e se encontra em sintonia com o mercado têxtil globalizado. “Sorte para os visitantes da Fimec presenteados com o lançamento de três coleções inéditas”, comemora o diretor da empresa, Renato Raimundo. Ele conta que uma das grandes apostas é a coleção de fitas e elásticos termo gravuras, desenvolvida pensando no segmento de produtos personalizados e ao encontro do crescimento deste setor no Brasil. Segundo ele, a coleção de jutas vai além do apelo de sustentabilidade. “Fabricada a partir de fios de alta tecnologia, tem uma estrutura rústica e versátil, com cores vibrantes que nos convidam a fugir um pouco do caos atual para vivermos intensamente os pequenos detalhes”, contextualiza. Já a coleção de zíperes traz a mistura das temporadas e tendências permitindo mais liberdade de criação, com um

mix de cores voltadas a um consumidor sempre atualizado, facilitando, inclusive, a produção e comercialização para o mercado exterior. A empresa também apresenta outras linhas de produtos que devem trazer inovação ao mercado calçadista, com um mix de tecnologia e sofisticação.

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LAMINADO RELUZENTE

New Transfer é um laminado desenvolvido pela Cipatex com tecnologia e inovação para atender a indústria de moda, calçados e acessórios. Com alta resistência mecânica e química, o produto possibilita a gravação de diferentes relevos, profundos ou leves, além de apresentar características especiais de transferência que garantem luminosidade e cores diferenciadas. O químico da empresa, Fernando Brandão, explica que o produto é uma nova tecnologia de transferência e laminação, que permite aplicações que anteriormente não eram possíveis. O laminado pode ser usado na produção de cabedal, tira, forro e palmilha de calçados (feminino, masculino e infantil), bolsa, bola e produtos de alta performance, como tênis esportivos e estofados utilizados em ambientes de alto tráfego. “É uma evolução do transfer convencional, apresentando elevada resistência à abrasão, hidrólise, flexão e migração. Aceita frequência, dispensa asperação/limpeza para colagem no calçado e possibilita injeção direta no solado”, considera. Uma das vantagens do novo material é a resistência química, principalmente relacionada à transpiração da pele. Os laminados metalizados utilizados nas palmilhas industrializadas costumam manchar e deteriorar devido ao ácido úrico

eliminado pelo suor. O New Transfer foi desenvolvido com propriedades específicas para não perder a cor ou manchar com a transpiração. Outro atributo importante está no visual que o material pode proporcionar. O aspecto reluzente e a variada gama de cores fazem do material um grande aliado da moda. “O produto metalizado aceita as mais diversas tonalidades, saindo dos tradicionais ouro, prata e bronze”, comenta Rafael Bonvincine, consultor técnico de desenvolvimento de produto da Cipatex. Tecnologias presentes no New Transfer trazem características especiais de transferência que garantem luminosidade e cores diferenciadas FOTO LUÍS VIEIRA

FOTOS LUÍS VIEIRA

e tecnológico O

Colograf aposta no Setor Têxtil

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resente nos setores de calçados, bolsas, alimentos, arquitetura, móveis e decoração, a Colorgraf também aposta no seu potencial para atender o setor têxtil. “Estamos preparados e maduros para acreditar nesse mercado de forma criativa, produtiva, competitiva com profissionais qualificados e com ideias fora da caixa, comenta a gerente do setor comercial,

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Uana Gaspar. Percebendo que o setor têxtil sofre mudanças constantemente em decorrência das novas exigências e crescimento do mercado, ela considera que é preciso estar sempre atento para acompanhar essa evolução. Por isso a empresa aposta em aplicar toda a tecnologia de que dispõe neste segmento, através de artefatos como transfers,

etiquetas, apliques, tags entre outros produtos. Uana diz ainda que as expectativas na cadeia produtiva têxtil brasileira são grandes por se tratar do quarto maior parque produtivo de confecção e o quinto maior produtor têxtil do mundo. “Somos movidos por desafios e acreditamos num Brasil de cores fortes que saberá encontrar seu caminho”, conclui.


COUROS PARA TODOS OS GOSTOS

e necessidades D

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esenvolvendo uma ampla cartela de napas, flotters, gravados, parafinados, semi-cromo, vegetais, nobuck e artigos diferenciados de moda, como estampas de corte e metalizados em geral brush off, a Fine Leather trabalha com couros desde a fase do wet blue até acabado. “Nesta coleção atual, uma das apostas mais fortes é em um flotter mais natural, com gravação leve, bastante usado em artefatos”, destaca o diretor comercial, Rafael Petry. Ele também observa como uma tendência do mercado os diversos artigos com estampas em perfuros e com cortes mais superficiais, tudo em base vacum. Entre as cores, tons vermelhos, esverdeados, azulados dividem a preferência das marcas com as cores mais sóbrias, como os tradicionais terrosos que surgem bastante escuros e também levemente avermelhados.

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KILLING PROMOVE

desafio de design T razendo o conceito Entre com todo o seu coração e talento, a Killing Tintas e Adesivos lançou o 2º Desafio Kisafix de Design Calçadista. Criado com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do mercado calçadista brasileiro, o concurso visa a proporcionar acesso aos profissionais criativos do setor às novas tecnologias em sistemas de colagem, atrelando as inovações da linha Kisafix ao conhecimento e talento de designers e estilistas. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 3 de março. Podem participar profissionais atuantes na área de moda, design ou correlata do mercado brasileiro. O concurso possui duas etapas, sendo a primeira a inscrição, que deve ser realizada no site kisafix.com/acesso, onde os concorrentes devem enviar a ficha técnica completa do protótipo de calçado criado, utilizando no mínimo 1 dos 11 produtos inovadores da linha Kisafix, seguindo o

modelo de ficha técnica disponibilizado no site. No dia 15 de março, serão divulgados os 10 finalistas que receberão os produtos Kisafix para a confecção do protótipo. Então, na segunda etapa, estes têm o prazo de 5 de maio para enviarem à Killing um pé ou par do calçado desenvolvido (protótipo). O grande vencedor será divulgado e premiado no dia 5 de junho, durante o Inspiramais.

Premiação O vencedor ganhará uma viagem para Milão, na Itália, o berço do calçado no mundo, e sua criação será capa da Revista Lançamentos Trends edição Junho/Julho de 2019. Os 11 produtos inovadores da linha Kisafix que fazem parte do concurso estão disponíveis no hotsite do Acesso, www.kisafix.com/acesso.

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Maquetec criou uma máquina para fazer impressão em calçados prontos que pode ser utilizada na produção do calçado. Trata-se de uma máquina de tampografia multifuncional para calçados prontos, solados, palmilhas, peças técnicas e outros. Este modelo, conforme a empresa, é uma versão compac-

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ta podendo se encaixar no layout das empresas. A máquina pode desenvolver múltiplas funções, sendo utilizada na impressão de palmilhas, parte de cabedais e solados, e também diretamente nos calçados prontos. Com possibilidade de instalação diretamente na esteira de produção, imprime em até duas cores em uma área de impressão de até 120mm.

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Máquina de Tampografia


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PARCERIA VISA A COMBATER

o trabalho escravo T endo em vista o alto número de vítimas de trabalho forçado e as vulnerabilidades específicas de trabalhadoras(es) migrantes nessa situação, o Instituto C&A e a ONG Conectas Direitos Humanos lançam um projeto que visa a ampliar a proteção contra a escravidão contemporânea. A proposta Elevando a proteção contra a escravidão contemporânea: fortalecendo a sociedade civil, aprimorando o marco normativo e disseminando melhores práticas aborda as lacunas do marco normativo e das políticas de combate ao trabalho forçado e de proteção aos migrantes. De acordo com dados do Índice Global da Escravidão de 2018, divulgado pela Fundação Walk Free, as mulheres representam 71% das vítimas de escravidão moderna. Vestuário está entre os cinco principais produtos que envolvem essa prática em sua produção. De acordo com a legislação brasileira, o trabalho análogo ao escravo caracteriza-se por meio de quatro situações, sendo elas: trabalho forçado, jornada exaustiva, servidão por dívida e condições degradantes - caracterizadas

pela precariedade das condições de trabalho. Com foco no Brasil e na América Latina, a proposta é usar estratégias de incidência política no Executivo e Legislativo, bem como atuação no Judiciário, em favor de melhores práticas no combate ao trabalho análogo ao de escravo e na proteção de trabalhadoras e trabalhadores migrantes. Além disso, a proposta, que terá duração de três anos, mapeará desafios nos mecanismos de implementação - especialmente em relação à nova Lei de Migração - e o quadro de enfraquecimento das ferramentas historicamente construídas para combater o trabalho forçado, como a chamada Lista Suja do Trabalho Escravo. CONVENÇÃO - O projeto também atuará para que o governo brasileiro ratifique a Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias de 1990. A proposta estabelece princípios sobre direitos e liberdades dos migrantes, independente da sua situação no País, incluindo o direito ao reagrupamento familiar e a prevenção ao tráfico

de pessoas. “O Brasil é referência mundial no combate ao trabalho escravo. Temos uma legislação forte e políticas públicas em andamento. No entanto, nós, do Instituto C&A, vemos a necessidade de fortalecer e assegurar que as iniciativas sejam efetivas, garantindo os direitos fundamentais às vítimas do trabalho análogo ao escravo e populações em situação de vulnerabilidade”, comenta a gerente de Direitos Humanos e Transformação da Cadeia de Fornecimento, Luciana Campello. Para o coordenador do programa de Desenvolvimento e Direitos Socioambientais da Conectas, Caio Borges, uma cadeia produtiva livre das formas contemporâneas de escravidão requer políticas públicas e legislação robustas. “Temos visto ofensivas contra o arcabouço que o Brasil construiu e que lhe rendeu reconhecimento mundial. Como ator econômico global, é essencial que o País dê continuidade a essas práticas de respeito a direitos fundamentais de trabalhadoras e trabalhadores e de migrantes para conquistar a confiança de mercados globais”, declarou.

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Orisol do Brasil lança a sua nova máquina HF (High Frequency) iCOMPACT - máquina com mais tecnologia e muito mais compacta para a indústria calçadista com objetivo de fazer solda e/ou gravura em alto relevo. Com flexibilidade e agilidade, a máquina possui duas mesas frontais e pode operar com mais de um programa ao mesmo tempo, com pressões diferentes e apenas um operador. Possui sistema de comando com interface amigável, com tela de toque, ajustes e controles digitais. Sua característica

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de layout reduzido, apresenta possibilidade de complementariedade ao sistema iiCOS desenvolvido pela Orisol que auxilia na gestão fabril, oferecendo dados importantes para análise da performance da máquina. “A HF iCOMPACT está apta para as exigências da Indústria 4.0, sendo um exemplar típico de conectividade e inovação para a indústria calçadista. Com eficiência energética otimizada é o mais recente resultado de muito estudo e dedicação dos engenheiros e técnicos da Orisol”, garante o diretor André da Rocha.

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HF iCOMPACT: mais tecnologia e mais compacta


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8º ENCONTRO DO

Grupo Fleckstan O

tário de Esporte e Laser do Município de Novo Hamburgo trouxe uma palestra repleta de lembranças e emoção, numa demonstração da importância da busca pela qualidade, que pode ser aplicada diariamente nas decisões e atitudes. Em seguida, o Sr. Johnata Menegott, diretor da Boxflex México, apresentou o próximo palestrante, João Saci. Sobrevivente de câncer que teve a sua perna amputada aos 17 anos e parte de seu pulmão retirado, mostrou como é possível vencer desafios na vida, desde que se tenha a atitude necessária. Atualmente ele é atleta de cross fit adaptado, colecionando medalhas em competições. A diretora Clarissa Grings Fleck apresentou o último palestrante, Daniel Godri, ícone no mundo motivacional, já tendo sido eleito segundo melhor palestrante no Ranking Brasileiro das Grandes Estrelas que mais brilham no palco, segundo a revista Veja. Godri, com sua maneira divertida e carismática transmitiu grandes ensinamentos para guiar a todos em um aprimoramento pessoal

e profissional. Em um momento ímpar e muito especial para o grupo, os diretores Volmir de Mattos, Gabriela Grings Fleck e Gustavo Grings Fleck conduziram a revelação dos funcionários-destaque de 2018. Esses funcionários foram escolhidos pelos colegas e líderes das áreas de cada uma das empresas, como exemplos a serem seguidos em termos de dedicação e comprometimento com os valores do Grupo Fleckstan. Foram vencedores: - Magno Soares Pinheiro, pela Pollibox Indústrial de Adesivos Ltda. - Jonas Rodrigo de Lemos, pela Filial da Boxflex Componentes para Calçados Ltda. - Michele Schaefer Reinhardt, pela Fleckstan Administradora de Bens Ltda. - Tiago Paludo, pela Boxflex Componentes para Calçados Ltda. Todos vencedores foram agraciados com um prêmio, livros do Daniel Godri e João Saci, e uma bola de vôlei autografada por Jorginho.

FOTO DIVULGAÇÃO

8º Encontro do Grupo Fleckstan, com o tema Atitude de Campeão contou com a participação de mais de 400 pessoas, entre funcionários, cônjuges, acionistas, diretores e convidados. O palco para o evento foi o Salão de Atos do Campus II da Feevale, no dia 2 de fevereiro de 2019. Para o início das atividades, o professor do Sesi, Anderson Souza, liderou uma atividade de “aquece”, para deixar todos preparados para absorver o conteúdo das palestras, repetindo a atividade no retorno do coffee-break. Logo após, o diretor Martinho Fleck abriu o evento, fazendo referência ao histórico dos encontros passados levando ao tema deste ano Atitude de Campeão, salientando a visão e os valores que regem as ações de todo o Grupo. Dando seguimento, o diretor Antonio Carlos Bianchi apresentou o primeiro palestrante, Jorge Schmidt, treinador de voleibol, tricampeão da Superliga de Vôlei pela SGNH e Frangosul. O atual Secre-

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Grupo Fleckstan O Grupo Fleckstan é integrado pelas empresas Boxflex Componentes para Calçados Ltda., Pollibox Indústria de Adesivos Ltda., Polliboxsul Ecoadesivos Ltda, Ecogreen Componentes para Calçados Ltda. (sediada na Bahia), Boxflex México (sediada em León-México), Hamburgo Village Incorporações Ltda., Fleckstan Administradora de Bens Ltda. e Fleckstan Participações Ltda.


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COLUNA EPIs Portas abertas: um diferencial dos laboratórios Marcos Braga de Oliveira

Técnico Químico/EPI Luvas e Vestimentas IBTeC

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omo entender o desconhecido? Essa questão, a primeira vista peculiar, descreve a realidade de muitos profissionais que trabalham na área de EPIs (equipamentos de proteção individual). Na maioria dos fabricantes de EPIs existem pessoas ou até mesmo setores inteiros para trabalhar nos processos de obtenção e renovação de CAs (certificados de aprovação). Contudo, muitas vezes, esses profissionais desconhecem totalmente o lado laboratorial dos testes de qualidade dos EPIs. Muitos dos possíveis danos causados aos profissionais em um ambiente de trabalho frente a um acidente contam com uma “simulação laboratorial” que atesta se, na ocorrência dos mesmos, a lesão ao usuário poderia ser evitada ou minimizada ao máximo. Esse basicamente é o conceito-chave que norteia a exigência de testes laboratoriais prévios à comercialização de EPI e, apesar de facilmente perceptível o porquê dessa prática de testes, eles em si são para muitos atuantes nesta área uma grande incógnita. Duas causas podem ser a razão disso: a primeira pode se dar pela falta de interesse dos próprios envolvidos no assunto, pois para muitos desses, o que importa é o laudo técnico com a conclusão de aprovação dos EPIs, sem haver a devida reflexão sobre os resultados. No outro extremo estão os próprios laboratórios que se mantêm fechados e

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pouco convidativos, dificultando ou até mesmo impossibilitando por meio de proibições o acompanhamento dos ensaios por parte dos seus clientes. Entretanto, o conhecimento visual dos ensaios realizados em EPIs facilita o desenvolvimento de produtos e a compreensão das reprovações comunicadas pelos laboratórios. Isto é, as ações corretivas na resolução de problemas oriundas de reprovações se tornam muito mais simples quando se tem clareza de suas causas. Ressalva-se que este conhecimento também é importante, não somente para as amostras reprovadas, mas também para se entender como as amostras se comportam quando submetidas aos ensaios, dando base para o desenvolvimento de novos materiais. Em contrapartida, o laboratório ganha a experiência do cliente, através da compreensão da realidade industrial e do mercado de EPIs, conhecimento que muitas vezes falta para os técnicos que realizam os ensaios. Logo, as trocas de experiência tornam a vivência das visitas das indústrias aos laboratórios enriquecedoras para ambos e uma prática que deveria ser muito mais comum. No mundo em que a globalização, a unificação e os acordos internacionais são assuntos populares, as ligações comerciais são cada vez mais importantes para o crescimento e evolução de todos.


FÓRUM FIMEC OPORTUNIZA CONHECIMENTO AO SETOR

coureiro-calçadista Atividade traz programação inédita com profissionais renomados e conteúdo para transformar o segmento

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onhecida como o local onde a indústria cria negócios, a 43ª edição da Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec) também busca agregar conhecimento aos seus visitantes. Com conteúdo inédito para o setor, o Fórum Fimec potencializa o desenvolvimento do mercado através de debates sobre temas relevantes, troca de experiências com profissionais de referência nacional e internacional, networking, construção de conhecimento e atualização para gerar oportunidades de negócios. A segunda edição do fórum acontece junto à Fimec, no dia 27 de fevereiro, das 9 às 14 horas, com objetivo de oferecer informação e conhecimento global para transformação do setor coureiro-calçadista. “O evento é uma oportunidade de conexão mundial. Além de proporcionar conhecimento aos visitantes através de palestrantes nacionais e internacionais, conseguimos mostrar, para estes profissionais renomados, a força e a grandeza da indústria do calçado, couro e máquinas do Brasil. É uma via de mão dupla de grande importância e uma oportunidade única de apresen-

tar nosso cluster e impactá-los com a força dele, gerando uma visibilidade internacional”, destaca o diretor-presidente da Fenac, Marcio Jung. Entre os nomes confirmados está Cláudia Narciso, Consultora de Moda e Estratégia da Arezzo&Co (Brasil) com a palestra Moda: a minha viagem, contando um pouco sobre a sua trajetória e também sobre as mudanças e transformações na moda nos últimos anos. Outra palestra confirmada é O futuro do design e da produção, tendo como tema as percepções do consumidor, traduzindo ideais de design e trazendo para o futuro da indústria. A palestra é conduzida por com Rob Bruce, dos EUA, um criativo voltado para o human centered design e com experiência de 20 anos de design na Nike/Jordan e também em empresas como Apple, Herman Miller, Google, Coca-Cola. Além disso, também está confirmado o profissional Thomas Michaelis, da Alemanha, que fala sobre Revestimento têxtil: o impacto da mudança de sistemas de solventes para produtos químicos à base de água na indústria. Michaelis é chefe de Revestimentos Têxteis na Europa, Oriente Médio e África da Covestro.

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COUROMODA: SETOR OTIMISTA COM

possibilidades no mercado A

FOTOS LUÍS VIEIRA

46ª Couromoda encerrou as suas atividades no dia 17 de janeiro contabilizando mais de 31 mil acessos - um incremento de aproximadamente 5% na visitação com relação à edição anterior. De acordo com a organização, foram mais de 7.300 razões sociais registradas nesta edição, que foi marcada pelo otimismo dos empresários na recuperação do mercado, sentimento este que se traduziu em confirmações para a renovação de espaços para a Couromoda 2020, que está agenda para o período de 13 a 16 de janeiro. Segundo o diretor geral da Couromoda, Jeferson Santos, no terceiro dia da mostra, que aconteceu nos pavilhões do Expo Center Norte, cerca de 60% dos espaços já estavam com a renovação encaminhada para a mostra que acontecerá no ano que vem. A Couromoda 2019 apresentou mais de 2.000 coleções de calçados, artefatos e confecções para o próximo outono-inverno e também com produtos para a pronta-entrega. O presiden-

te do Grupo Couromoda, Francisco Santos, estima que para 2020 haja um incremento superior a 15% na área destinada aos expositores, em virtude da esperada retomada do crescimento e da recuperação das exportações a partir da política econômica a ser implantada pelo Governo Federal. A confiança de que agora o País reencontrará o caminho do crescimento norteou os discursos durante a abertura oficial realizada no final da manhã do dia 14 de janeiro, com a presença dos governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Na ocasião, Francisco Santos destacou a importância do sistema calçadista para o País. “Poucos são os setores da economia nacional com um cenário tão favorável a dar uma resposta imediata em duas das principais demandas do Brasil: a geração de empregos e o aumento das divisas”, argumentou Francisco. Ele também enfatizou que o cenário internacional deve propiciar ao setor condições de crescimento rápido. “A política externa do Governo Bolsonaro, que prioriza a relação comercial com os países mais desenvolvidos, deve acelerar a reconquista de uma fatia maior destes mercados por parte das marcas brasileiras. Ao mesmo tempo, as negociações com os parceiros da América Latina devem ser ampliadas, neste que é uma extensão do mercado doméstico. Com a melhora externa da imagem do Brasil e do ambiente econômico e social interno, é visível o retorno de grandes compradores internacionais, muitos deles já presentes na

Couromoda”, destacou. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assegurou que o seu governo trabalha para a reativação do setor calçadista em que os gaúchos são líderes nacionais nas exportações em termos de valores, e ficam na segunda posição em termos de produção. Para isso, aposta em três pilares: redução da burocracia, diminuição dos custos logísticos e revisão do custo tributário. “Paralelo a estas três valências, vamos dar atenção especial para a qualificação da mão de obra e também restaurar a ordem e a segurança no dia a dia, valorizando os verdadeiros heróis do País, que são os investidores e empreendedores que colocam seu patrimônio pessoal em risco ao apostar em seus negócios”, concluiu. O governador de São Paulo, João Doria, adiantou que, em concordância com o Governo Federal, será implantado um amplo programa de privatizações no estado, com destaque para áreas como rodovias, hidrovias, aeroportos e ferrovias. “O governo tem que estar onde ele é necessário, auxiliando os menos favorecidos, mas principalmente oportunizando emprego e renda, o que de fato gera dignidade e independência para as pessoas.” Durante a coletiva com a imprensa, logo após a abertura oficial, o governador paulista garantiu que o Brasil deve crescer, ao menos, 3% neste ano. “Se a Reforma da Previdência for aprovada ainda no primeiro semestre, este incremento pode chegar a 5%. E os reflexos positivos certamente se farão sentir no setor calçadista”, projetou.

O governador do RS, assim como a presidência da Couromoda e o governador de SP, enfatizou a retomada do crescimento

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Varejo de calçados cresceu 2,6% em 2018 A informação foi divulgada durante a apresentação de pesquisa realizada pela Kantar

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lém de promover negócios entre lojistas e fabricantes, a Couromoda ofereceu uma agenda repleta de eventos para a disseminação de informações sobre as tendências e oportunidades do mercado. Uma dessas atividades foi a apresentação dos resultados da Pesquisa de Consumo de Calçados, realizada pela Kantar a pedido da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), com dados separados por tipo de calçados, faixas de preços e tipos de lojas onde foram realizadas as compras, entre outras informações. Conforme a pesquisa, que contatou 10.871 indivíduos de todas as regiões brasileiras e classes sociais, representando um universo de 160 milhões de pessoas, 114 milhões de brasileiros compraram calçados no último ano, equivalentes a 70% da população. Com isso, apesar das dificuldades oferecidas pelo mercado, 2018 foi positivo para o varejo brasileiro de calçados, que fechou o ano móvel (outubro 2018 X outubro 2017) com crescimento nominal de 2,6%. A frequência de compras (idas ao ponto de venda) cresceu 11,5%, mas o gasto médio teve queda de 5%, de R$ 111,01 para R$ 105,20, indicando que o consumidor optou por comprar marcas de valores mais acessíveis.

Por gênero As mulheres foram mais frequentes nas compras no período pesquisado, porém o desembolso masculino foi 43% maior. Elas foram quatro vezes à loja e gastaram, em média, R$ 98,33 para a compra de sapatilhas, scarpins, sandálias e rasteiras. Já os homens compareceram somente duas vezes ao ponto de venda, mas gastaram, em média, R$ 141,25 para comprar, sobretudo, tênis e sapatênis. O segmento feminino teve variação positiva, em valor, de 17,8%, enquanto o masculino apresentou retração de 11,5%. Em volume, a participação de ambos praticamente se repetiu. O segmento infantil, por sua vez, cresceu 6,1% em faturamento.

Lojas de calçados ganharam espaço As lojas de calçados voltaram a ganhar espaço no mercado, enquanto magazines e lojas de vestuário tiveram retração. A importância deste canal aumentou tanto em

volume (de 56% para 63%) quanto em valor (de 57% para 65%), superando a posição que tinha em 2016, conforme a pesquisa. O aumento de participação ocorreu, também, pela diminuição do percentual de consumidores que compravam nos dois canais (lojas de calçados e magazines), um indicativo de ganho de exclusividade por parte das lojas. “Além disso, o cliente das lojas de calçados passou a ir 10% a mais ao ponto de vendas em relação ao ano anterior”, explicou a diretora de novos negócios da empresa de pesquisas, Tathiane Frezarin. Segundo ela, também teve influência o fato de calçados terem sido uma opção de presente muito relevante no último ano. “Dar calçado de presente já é uma tendência, especialmente nas classes C e D/E”, disse, acrescentando que cerca de 36% das vendas equivalem a presentes.

Multimarcas X monomarcas As lojas multimarcas representaram 95% do mercado de calçados e ‘puxaram’ o aumento da frequência de compradores (10,5%), mas as nonomarcas (5% do mercado) registraram maior tíquete médio (22,4%). Todas as classes se destacaram em compras, principalmente a Classe C e indivíduos acima de 19 anos.

Previsão de Crescimento A projeção da Ablac é de que o varejo brasileiro de calçados crescerá em torno de 3% este ano. A estimativa tem como base o aumento da relevância das lojas no mercado em 2018 e as medidas que o novo Governo Federal deverá adotar para o reaquecimento da economia. Na avaliação da entidade, o crescimento econômico e a geração de novos empregos devem devolver a confiança ao consumidor, condição essencial para que ele retome o consumo de calçados e outros produtos este ano.

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INSPIRAMAIS GERA US$ 4,3 MILHÕES

em negócios internacionais C segmentos fortalece o produto nacional, atraindo olhares do mercado externo. “Temos força e somos referência com produtos legítimos e de qualidade. Depois de quase 10 anos promovendo os projetos junto com a Apex-Brasil e outras entidades, as cadeias produtivas estão alinhadas e buscam essa identidade aos produtos produzidos no Brasil. Países como Peru, Argentina, México, por exemplo, têm cada vez mais preferência por matérias-primas do Brasil, pois trazem design genuíno, aliado a tecnologia, conforto e materiais diferenciados”, conta Ilse.

Mercado nacional Esta edição contou também com a presença de caravanas de mais de 20 cidades de diversos estados do Brasil como o grupo de designers e empresários de Manaus/AM, que por meio do Sebrae puderam conhecer as novidades apresentadas. Entre os lançamentos inovadores o Inspiramais apresentou o tênis after skate produzido em poliamida biodegradáFOTOS LUÍS VIEIRA

om a unificação da linguagem baseada em referências genuinamente brasileiras visando ao fortalecimento da identidade dos produtos nacionais, o Inspiramais - Salão de Design e Inovação de Materiais atraiu nos dias 15 e 16 do último mês de janeiro 6 mil profissionais que visitaram o Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo/SP, em busca de materiais com design, inovação, tecnologia e apelo de sustentabilidade ambiental. Lá encontraram expostos em torno de 900 desenvolvimentos para roupas, calçados, acessórios, móveis e joias que estarão disponíveis aos consumidores a partir de 2020. Nesta edição, 30 compradores internacionais que integraram o Projeto Comprador, vindos da Índia, Argentina, México, Equador, Peru e Colômbia, fecharam negócios em torno de US$ 4,3 milhões. De acordo com a superintendente da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Ilse Guimarães, este alinhamento de informações e integração entre todos os

A próxima edição acontecerá dias 4 e 5 de junho

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vel. A poliamida biodegradável já está presente também em algumas marcas de biquínis e bolsas brasileiras e é uma revolução no processo ecofriendly de produção e consumo. Este produto está mais detalhado na editoria Mercado. O Preview do Couro mostrou aos visitantes couros especiais, com antecipação para a temporada 2020_II. A coletânea enfatizou o caráter único do couro em todos os acabamentos, valorizando os diferenciais da indústria curtidora. Estamparia - Oito estúdios integraram o Projeto + Estampa, que apresentou a decodificação de elementos da cultura brasileira para criação de estampas e apresentação de novas aplicações, incorporando a originalidade brasileira como forma de reduzir a cultura da cópia e também a compra de estampas internacionais por parte de empresas do setor de confecções. Feito no Brasil - O programa promoveu a participação de empresas fabricantes brasileiras de laminados, buscando fomentar e desenvolver materiais inovadores de forma conjunta, diferenciando essas marcas no mercado e colocando-as em patamar superior aos concorrentes internacionais. Inovamais - o Inspiramais 2020_I deu o primeiro passo na apresentação de soluções e produtos tecnológicos e inovadores, desenvolvidos por processos sustentáveis adequados aos segmentos do Sistema Moda Brasil. Realizado pelo Sebrae e Assintecal. Conexão Inspiramais - Realizado pela Assintecal, Abit, CICB, By Brasil e Apex-Brasil, forma um ciclo que tem início com o estudo das inspirações e referências de moda. As empresas recebem orientação para criação e desenvolvimento de materiais inovadores em design e tecnologia para a estação abordada.


Projeto antecipou as tendências em texturas, cores e acabamentos tendo a sustentabilidade como referência

Tema Zen é proposto no Preview do Couro 2010_II

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endo como norte o tema Zen, o projeto Preview do Couro antecipou no Inspiramais as novidades para a temporada 2020_II, trazendo propostas inovadoras para o desenvolvimento de novos acabamentos, texturas, volumes e cores, buscando uma ressignificação para os artigos da moda baseada na produção e no consumo responsáveis. Durante a apresentação das propostas, realizada no segundo dia da mostra, o coordenador do Núcleo de Design da Assintecal, Walter Rodrigues, salientou que, apesar de existir no mercado a pressão pela geração de lucros, isso não pode ser levado ao extremo, chegando ao ponto de sufocar o processo criativo. “É importante e cada vez mais urgente a ressignificação do lucro tendo como base a consciência ambiental e o respeito à individualidade e ao ser humano. Neste contexto, o universo da moda está repleto de possibilidades criativas que vão desde a escolha de materiais sustentáveis até a customização dos produtos finais, e isso tudo está representado neste projeto”, observou, acrescentando ainda que as sobras da produção já são entendidas como erro de design e podem ser evitadas com

materiais reaproveitáveis. O consultor do Núcleo de Design da Assintecal e coordenador do projeto Preview do Couro, Marnei Carminatti, explicou que o projeto contou com a participação de 15 curtumes e com a exibição dos artigos propostos aplicados em diferentes modelos de calçados. Ele salientou que a crescente busca pelo equilíbrio por parte dos usuários finais desafia os criativos a escolherem com mais responsabilidade os materiais que serão usados nos produtos para o consumo. Nessa busca os fatores tempo e vínculo se tornam fundamentais na interação com os produtos e os materiais que os compõem. O consultor da Assintecal e do By Brasil, Ramon Soares, lembrou que o segmento do couro tem sido o pioneiro para os lançamentos a cada temporada, antecipando as cores que virão nas próximas temporadas, e que vão colorir também os dos demais desenvolvimentos para o sistema da moda. A palavra Zen que permeia a coleção traz consigo ideias de uso do essencial, da durabilidade dos produtos, dos acabamentos mais naturais. Decodificada em Tempo e Vínculo,

ela serve como base temática para a coleção evidenciando tanto o aspecto inovador quanto a tradição do couro que se mostra como uma matéria-prima atemporal e insubstituível para a moda, principalmente para aquelas marcas de alto valor agregado. Tratamentos livres de metais, acabamentos mais naturais e toque suave são aspectos evidenciados nesta coleção e que valorizam os detalhes do material, sem que ele fique descaracterizado. Se a cartela de cores é ampla, trazendo desde tonalidades mais sóbrias até as mais intensas, os acabamentos também não deixam a desejar, tamanha a oferta de texturas, em que se sobressaem as imitações de peles de animais como avestruz, arraias, pirarucus e répteis, além de efeitos de desgastes, queimas e corrosões. Já as peles exóticas surgem como couros de cobras, jacarés e pirarucus, todos com as devidas licenças ambientais. A ideia é criar artigos que despertem o interesse pela originalidade, beleza, durabilidade e também pela sustentabilidade, e que estes aspectos estejam evidenciados para ser melhor percebido pelo usuário final.

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40 GRAUS ACONTECE NA PARAÍBA COM BOA

receptividade dos lojistas D novo espaço - o Centro de Convenções de João Pessoa - é mais amplo que o pavilhão anterior, o que atende as pretensões de crescimento do número de expositores em edições futuras. “As regiões do Norte e Nordeste somam 62 milhões de pessoas, se configurando como um excelente mercado para os fabricantes de calçados, e à medida que a feira confirma a sua importância como fomentadora de negócios é natural que novas empresas também decidam pela participação nas próximas edições”, comentou Fredão, salientando que a movimentação - deste os momentos iniciais da feira - indica que os objetivos projetados pelos expositores serão atingidos com a confirmação dos pedidos realizados também nos dias seguintes à feira.

Antes da coletiva aconteceu a abertura oficial que foi marcada pelo otimismo ante a realização da feira no estado - um dos polos calçadistas mais expressivos no País. Representando o governador João Azevedo, o secretário da pasta de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba, Gustavo Feliciano, prometeu que o poder público estadual será parceiro do setor e que a Paraíba está de portas abertas para indústrias e lojistas fazerem da 40 Graus um evento forte também nos próximos anos. O presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados do Estado da Paraíba, Sebastião Severo Acioly, disse estar feliz com o evento de cunho nacional que pode alavancar cada vez mais a indústria e trazer benefícios para toda a população.

FOTO LUÍS VIEIRA

e 4 a 6 de fevereiro, aconteceu na capital paraibana, João Pessoa, a sexta edição da feira de calçados e artefatos 40 Graus. Durante a mostra, lojistas instalados nas regiões Norte e Nordeste do País conheceram os lançamentos propostos pelas marcas para a renovação das vitrinas no próximo outono-inverno e também opções visando à reposição do alto-verão. Esta foi a estreia da feira na Paraíba - as cinco anteriores foram realizadas em Natal/RN. Durante a coletiva com a imprensa, Frederico Pletsch, diretor da Merkator Feiras e Eventos, empresa realizadora da mostra, contou que a receptividade por parte dos lojistas foi muito boa, e que a troca de local é estratégica, pois o

Compradores do Norte e Nordeste compareceram à feira em busca de reposição para o alto verão e artigos para o outonoinverno

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Edição de 2020 já tem data marcada De acordo com os realizadores, a feira comprovou a sua consolidação na região com a presença de importantes marcas nacionais de calçados e de acessórios, tendo encerrado a sua sexta edição com saldo positivo. Com a data marcada para o período de 3 a 5 de fevereiro, a feira confirma a próxima edição em 2020. Frederico Pletsch salientou que as empresas tiveram retorno em visitação e negócios e que uma das maneiras de cativar os compradores foi a preocupação para oferecer coleções voltadas para o varejo local. “Isso possibilitou que os lojistas realizassem compras dentro do desejo estético do consumidor local”, afirmou. Outro aspecto comentado foi a data. Hoje, a indústria leva de 20 a 30 dias para produzir os calçados comprados na feira. Somam-se a estes mais 15 dias para que o produto saia do RS e chegue ao lojista do Nordeste e Norte. Portanto, os calçados serão entregues a partir de abril, abastecendo as lojas para o Dia das Mães e também para as festas juninas, que correspondem a data comercial mais importante da região. “O objetivo da visita à feira foi procurar artigos de reposição para diferenciar a vitrina da minha loja, que atende a toda a família. Minha preferência é por calçados em couro, e as marcas expostas atenderam as minhas expectativas”, garante Quiteria Patriota, da loja Mistura Fina Calçados, de Itapetim/PE. Segundo ela, até o início da tarde do segundo dia da feira, já tinha efetuado pedidos junto a 15 marcas expositoras. Vindo da cidade de Patos/PB, o lojista Adilson Medeir, da Esporte e Bolsas, aproveitou a oportunidade da entrevista para deixar uma crítica ao que considera um mau hábito no setor, que são as exposições paralelas. Segundo Adilson o representante de uma marca de tênis não expositora instalou um ponto de exibição de calçados em um hotel, e buscava levar para lá lojistas que chegavam ao pavilhão. “É lamentável que uma marca além de não prestigiar a feira ainda tenha um representante fazendo este papel”, reclamou, enfatizando que as empresas precisam apoiar e fortalecer a feira oficial. Para finalizar elogiou a organização do

evento. “A experiência de compra foi muito boa”, sintetizou. O lojista Francisco Souza, proprietário da Rasteirinha.com, de Manaus/AM, estava à procura de artigos a um custo bem acessível, que garantem giro rápido na loja, com foco principalmente em artigos femininos. “Descobri novas marcas e encontrei vários produtos diferenciados”, exaltou ele, complementando que os valores estavam condizentes com as suas expectativas. O lojista Reginaldo Falcão, proprietário da Solecalçados, de Soledade/ PB, considerou a feira muito positiva. “Conheci novas marcas, e esse é um dos aspectos positivos da feira, pois já não dá mais para se ter na loja apenas produtos de empresas conhecidas, no mercado existe muita coisa boa sendo oferecida por outros fornecedores”, ponderou. Outro fator destacado por ele foram as palestras. “Gostei dos assuntos abordados, mas gostaria que numa próxima edição também fossem inseridas informações sobre conforto em calçados, pois estes conhecimentos técnicos sobre o que o calçado proporciona não chegam ao lojista e muito menos ao consumidor final e podem ser um argumento a mais na hora da venda”, sugeriu. Karina Tavares, que trabalha no setor comercial da Dolcini - empresa fabricante de calçados femininos em Jaú/SP, disse que a marca atende tanto a boutiques quanto a lojas de rua ou de departamento, inclusive trabalhando com a etiqueta do cliente. Ao considerar que a feira teve uma boa circulação de lojistas, também comentou ter notado que entre os visitantes do seu estande uma parcela significativa tinha predileção por produtos com valor mais acessível, o que não é o foco da empresa. “Precisamos trabalhar isso, para numa próxima edição também atendermos a este nicho, pois poderíamos ter fechado mais negócios com uma modelagem ajustada para poder diminuir o preço final especificamente para atender a este mercado”, contextualizou. Com 222m2, o estande coletivo da Paraíba foi o maior da feira, reunindo 22 fabricantes paraibanos, numa realização do Sebrae/PB e do Sindicato das Indús-

trias de Calçados da Paraíba. O consultor do Sebrae, Scharles Aguiar, elogiou a iniciativa da Merkator e do Sindicato para unirem dois eventos - a feira que acontecia em Campina Grande na Paraíba e a 40 Graus vinda de Natal/RN, o que na sua avaliação otimizou o calendário e trouxe mais foco tanto para expositores quanto para visitantes. “A 40 Graus já é uma feira bem conhecida em todo o Nordeste e essa movimentação no sentido de trazê-la para João Pessoa animou empresários e lojistas”, afirmou Scharles. Ele contou que as empresas que participaram do projeto tiveram subsídios na ordem de 50% no valor da montagem do estande, além de contar com treinamentos e consultorias para qualificarem a sua participação no evento através da prestação de um bom atendimento aos visitantes e também da apresentação visual. “O Sebrae é parceiro das empresas de micro e pequeno porte e se preocupa em qualificá-las para que possam se desenvolver, melhorando a sua participação no mercado, e com isso alavancarem negócios, que por sua vez possibilitam a geração de mais emprego e renda aos trabalhadores”, apontou . O presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados da Estado da Paraíba, Sebastião Acioly, revelou-se impressionado positivamente. “A maior área da feira foi ocupada pelo nosso estande, que teve o apoio do Sebrae/PB. A visitação foi profissionalizada, portanto quem circulava pelos corredores eram realmente compradores. Com isso, os nossos fabricantes tiveram a oportunidade de realizarem negócios durante os três dias de duração da feira, o que é sempre muito bem-vindo”, assinalou. Mas ele também fez uma crítica no sentido de melhorar ainda mais a participação das empresas locais e elogiou o profissionalismo da organizadora. “Das 22 empresas expositoras, apenas duas se mobilizaram para liberar o mailing de lojistas à organizadora, para que ela pudesse fazer os convites ainda mais direcionados. Mesmo assim, o varejo da região se fez presente, porque a Merkator construiu ao longo do tempo um mailing bem qualificado”, avaliou, concluindo que em 2020 isso será corrigido e a feira será ainda melhor.

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VITRINE

BEM AMADA

VARIETTÁ

CAMILLA VENTURINI

CLEANUP

ANA HICKMANN

VILLAROSA

ZIMBAUÊ

MULHER SOFISTICADA

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CIA PERFEITA


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MR LIGHT

BULL CONFORT

LATITTUDE

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ACTVITTA

KZARINA

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ANAFLEX

DALPONTE

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MOLEKINHO

BEPPI

MAGIA TEEN

MOLEKINHA

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BLISS

ANA HICKMANN

VOGUE

CHRIS HELENA

SABRINA SATO

MICKEY

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NOTAS ESPECIAL E LIMITADA A Bléque, label de acessórios com alma consciente e que utiliza matériasprimas sustentáveis, e Gallerist, marca que reúne novidades de diversos segmentos, se uniram para lançar uma coleção com itens em uma cartela de cores diferenciada e exclusiva em uma combinação de 12 opções, que estarão à venda apenas no e-commerce e nas duas lojas físicas.Em uma curadoria única, a parceria contempla sandálias, mules, rasteiras e bolsa.

AMORTECIMENTO A Vans une forças com Tom Schaar, skatista estadunidense que carrega oito medalhas do X-Games, além de ser um veterano do Vans Park Series, para inspirar o novo UltraRange Pro 2 em uma colorway assinada. Apresentado com a cor escolhida por Schaar, o UltraRange Pro 2 mantém seu design funcional e progressista, atualizando a entrega em conforto, tração com baixo peso e uma nova construção respirável.

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ECO Os lançamentos ecológicos da Vicunha Têxtil vêm agregar ainda mais à família de denim e color com selo Eco Cycle, que levam as classificações Less Water e Recycle e são produzidos a partir de processos mais sustentáveis, unindo eficiência e inovação. Entre os highlights, está a mais nova linha de denim sustentável Absolut Eco, que economiza até 95% de água e até 90% de químicos em sua produção. A novidade é composta por matéria-prima reciclada e não passa por processos de tingimento, garantindo beleza única aos tecidos. Já no brim, a Vicunha apresenta o Eco Squash Color, que visa ao uso racional de água e químicos através de aplicação de coating sobre tecido natural e se sobressai pela utilização do fio de poliéster reciclado em sua trama, derivado de garrafas PET.


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REPORTAGEM


O QUE A SAÚDE HUMANA E O MEIO AMBIENTE • Luís Vieira

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têm a ver com as exportações de calçados?

m novembro de 2008, há 10 anos, portanto, o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) inaugurou o Laboratório de Substâncias Restritivas. Desde então, passou a ser referência para todo o sistema coureiro-calçadista na gestão de substâncias que têm o seu uso restringido devido ao potencial risco que oferecem para a saúde humana ou ao meio ambiente. A partir dessa inauguração, o laboratório disponibiliza ao mercado uma série de ensaios que até então eram feitos no exterior, oferecendo suporte técnico às empresas que buscam ser mais competitivas adequando os seus produtos às regulamentações internacionais. A iniciativa é resultado de um sonho iniciado em 2003, quando o instituto, que na época era presidido por Martinho Fleck, apresentou à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) um projeto visando à aquisição de equipamentos, o preparo das instalações e a contratação e capacitação de pessoal técnico especializado para realizar análises em matérias-primas e produtos acabados. A intenção era detectar nos calçados e seus materiais componentes a presença de uma série de substâncias com o uso restringido em produtos, materiais e insumos comercializados no exterior, especialmente na Europa, na China e nos Estados Unidos. Essas normas e leis passaram também a ser usadas como barreiras técnicas para a entrada de produtos nos mercados, fato que colocou as indústrias brasileiras e as entidades setoriais em alerta ante o aumento das dificuldades geradas para as exportações dos produtos brasileiros, visto que no País ainda não se tinham normas correspondentes. Em 2006, veio a aprovação dos recursos, através do Projeto Modernit, do Ministério da Ciência e Tecnologia, tendo como objetivo incentivar a modernização de

laboratórios já instalados. Mas esse propósito só se tornou realidade porque teve mais gente que acreditou na ideia. Entre os motivadores, além do próprio ex-presidente Martinho, o pesquisador Sergio Knorr - um dos idealizadores do projeto - e a engenheira química Carmen Buffon, que no período coordenava os laboratórios de ensaios físicomecânicos do instituto. Ante a importância do tema para o setor, outras forças se somaram para que a ideia pudesse se concretizar em uma alternativa que de fato auxiliasse a indústria brasileira a melhorar o seu desempenho comercial no mercado global. Dessa forma, o IBTeC recebeu aporte financeiro também de quatro empresas de calçados - Beira Rio, Malu, Henrich e Wirth -, além do apoio de todas as entidades do setor. No total, foram aportados em torno de 1,3 milhão de reais em equipamentos e instalações e foram contratados novos bolsistas, o que possibilitou ao instituto passar a realizar ensaios não só para o setor coureiro-calçadista, mas para outros segmentos de mercado, como os de confecção, embalagem e brinquedos, que desde então também podem submeter seus produtos para análises quanto à determinação da presença ou não de várias substâncias e das quantidades utilizadas, quando for o caso. A inauguração desse laboratório marcou o final do primeiro mandato do ex-presidente do IBTeC, Dr. Rui Guerreiro, que havia assumido a gestão em janeiro de 2006. Entre as principais vantagens para as indústrias brasileiras foram a redução dos custos e a agilidade no acesso aos resultados realizados por uma organização instalada aqui no Brasil e que possui reconhecimento mundial. Hoje, são realizados aproximadamente 150 diferentes ensaios, e todos os procedimentos são acreditados e reconhecidos pelos mais importantes órgãos em níveis nacional e global.

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INSTITUCIONAL


PALESTRA ABORDOU A IMPORTÂNCIA DA PADRONIZAÇÃO

para a cadeia calçadista O consultor da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Igor Hoelscher, foi um dos palestrantes do Fórum Couromoda, evento que aconteceu durante a feira paulista de calçados - entre 14 e 17 de janeiro, em São Paulo/SP. Na oportunidade, o profissional falou sobre a importância da padronização de etiquetagem na cadeia coureiro-calçadista e como o fato pode trazer maior competitividade para a atividade. Para uma plateia de profissionais da área, lojistas e industriais, Igor ressaltou que a cadeia coureiro-calçadista ainda está muito atrasada quando o assunto é padronização, o que faz com que se perda muito em competitividade, especialmente diante de países mais desenvolvidos. Segundo o consultor, trabalhar identificação e padronização com etiquetagem traz benefícios para a cadeia, oportunizando o aproveitamento de dados - inclusive para ações de marketing, rastreabilidade e prevenção de furtos, agilidade e redução de custos com pessoal.

Produtividade

Igor destacou que a identificação e padronização são os primeiros passos para uma automação de processos logísticos. A questão, inclusive, tem impacto na produtividade do trabalhador. “A produtividade do trabalhador brasileiro é muito baixa, uma das mais baixas do mundo. Para ter ideia, é preciso quatro trabalhadores locais para fazer o que um norte-americano faz”, disse, ressaltando que o País investe pouco em tecnologia e conta com entraves burocráticos que atrasam ainda mais o processo de automação. Ele acrescentou que ser humano não é capacitado para processar grande volume de dados, diferentemente dos computadores. “Quando colocamos esses processos para serem feitos por humanos, ficamos sujeitos a retrabalho, erros, entre outros problemas. Então é fundamental que as empresas estejam cientes da importância da automação”, apontou.

Como fazer

A automação dos processos deve iniciar, primeiramente, com a correta identificação da mercadoria, por meio de um código de barras (GTIN). O processo pode ser auxiliado por ondas de radiofrequência (RFID), de forma complementar. Porém, para se ter ganho em escala, o processo deve ser padrão, do fornecedor até a ponta do varejo. “Não adianta ter um código na indústria e depois ter que colocar o código do cliente. É preciso de um código global, assim como o utilizado na indústria alimentícia”, comentou. Visando a estimular a cadeia coureiro-calçadista para a adoção do sistema de automação, a Abicalçados trabalha com o Sistema de Operações Logísticas Automatizadas (Sola), que atualmente atua com um comitê formado pelas empresas Via Marte, Dass, Grendene, Bebecê, Piccadilly, Bibi e Klin. O sistema está em uso na Fábrica Conceito durante a Fimec. Mais informações sobre o Sola em sola.org.br.

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NOVA GESTÃO DO SINDINOVA

é empossada N

Com 27 anos de atuação, a entidade é um dos principais sindicatos do setor no Brasil

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sidência. Ele reforçou, também, as conquistas junto aos parceiros e finalizou agradecendo o apoio recebido durante sua gestão. “Procuramos, ao longo de nossa administração, evidenciar o sindicato como entidade forte, atuante e que representa o nosso polo em sua plenitude, trabalhando sempre em prol de nossas indústrias. Em nossas ações, não poderíamos deixar de mencionar e agradecer a importante participação dos parceiros Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Serviço Social da Indústria (Sesi), Instituto Euvaldo Lodi (IEL/Núcleo Regional de Minas Gerais), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MG), Prefeitura Municipal de Nova Serrana e ao deputado Estadual, Fábio Avelar, que tiveram um papel fundamental em nossas conquistas”, afirmou.

Presidente eleito Em seu pronunciamento, o presidente empossado, Ronaldo Andrade LaFOTO SELMA ASSIS

a noite de 25 de janeiro, os 27 novos diretores do Sindicato Intermunicipal da Indústria do Calçado de Nova Serrana (Sindinova) tomaram posse para o triênio 2019/2021. A cerimônia ocorreu no Espaço Sindinova e contou com a presença de autoridades, empresários, associados, imprensa, representantes das entidades parceiras e de classe. Depois de dois mandatos consecutivos à frente da presidência do Sindicato, Pedro Gomes, em seu discurso, abordou as dificuldades enfrentadas no período. “Durante estes anos, nos foi dada a missão de superar os mais diversos desafios. Com persistência, engajamento e perseverança enfrentamos cada um deles. A nossa diretoria, como um todo, se empenhou, ao máximo, para que todas as demandas fossem atendidas da melhor forma possível. Hoje estamos encerrando os mandatos (2013-2015 / 2016-2018) com o sentimento do dever cumprido e com a certeza de que fizemos o possível para engrandecer o nosso polo”, enfatizou Pedro que agora assume a vice-pre-

cerda, agradeceu a todos os presidentes que passaram pelo Sindinova pelas suas atuações. “Nestes 27 anos, o Sindinova evoluiu expressivamente e se tornou o sindicato mais atuante da região e um dos mais importantes do Brasil. O empenho e dedicação que todos tiveram em prol de nossas indústrias, ao longo destes anos, mostraram que, com união, podemos chegar longe e estamos no caminho certo”, destacou Ronaldo. Ele ressaltou, também, que a nova diretoria terá como foco ampliar os negócios comerciais por meio da inovação. “O objetivo desta diretoria será expandir ainda mais o mercado do polo calçadista de Nova Serrana. Nossos desafios serão as ações e estratégias para lograr êxito neste empreendimento. O que vai nos nortear a alcançar novos mercados é a inovação”, apontou. O presidente da Fiemg Regional Centro-Oeste, Paulo César Costa, representou o presidente da entidade, Flávio Roscoe Nogueira, e transmitiu à nova diretoria a posição da federação quanto às relações e parcerias firmadas. “Conte com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais para as suas ações. Somos parceiros, vamos construir, vamos continuar com a certeza disso”, assegurou. O prefeito de Nova Serrana, Euzébio Rodrigues Lago, fechou a solenidade destacando a evolução da cidade e do polo calçadista. “O salto qualitativo que deu a indústria do calçado é algo estratosférico. Com certeza a história de sucesso do Sindinova continuará sendo escrita dia após dia e levando Nova Serrana, a indústria do calçado, o polo calçadista na excelência que é. Nós podemos dizer que hoje Nova Serrana é uma marca. Nenhuma loja que se prese no Brasil sobrevive sem esta marca chamada Nova Serrana”, realçou.


CERTIFICAÇÃO PARA CADEIA COUREIRO-CALÇADISTA

é otimizada A certificação de sustentabilidade da cadeia coureiro-calçadista nacional, Origem Sustentável, foi reformulada. Iniciativa conjunta da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal) e Instituto By Brasil (IBB) tem como objetivo otimizar os processos de avaliação, com critérios e princípios reavaliados. A apresentação aconteceu no dia 15 de janeiro, em São Paulo/SP, durante o Salão de Inspiração Inspiramais. A apresentação ficou a cargo do consultor Álvaro Flores. Segundo ele, a iniciativa levou em consideração as novas diretrizes nos conceitos de sus-

tentabilidade. Entre as reformulações levadas em consideração para o processo, estão o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e a revisão das normas ambientais e de segurança ocupacional. “A partir de agora, o Origem Sustentável passa a ter dimensões econômicas, ambientais, sociais e culturais, que deverão ser integradas por meio da Gestão de Sustentabilidade”, explicou. Outra mudança é que somente empresas que atinjam 50% dos indicadores poderão ser certificadas, na categoria inicial, a Bronze. A partir daí, conforme os ajustes nos processos forem realizados, as empresas podem almejar as categorias Prata (75% dos indicadores), Ouro (90%) e Diamante (100%).

Calçadista Bibi recebe certificação Diamante A primeira indústria a receber a certificação integral foi a fabricante de calçados infantis Bibi, de Parobé/RS. Representada pelo presidente Marlim Kohlrausch, a empresa recebeu a certificação Diamante. “O mundo está mudando e o consumidor busca, cada vez mais, empresas responsáveis ambiental e socialmente”, destacou o empresário. Na oportunidade, também foi assinado um acordo técnico de cooperação entre Bibi, Arezzo, Piccadilly, Abicalçados e Assinte-

cal, com o objetivo de estimular a adoção do certificado por mais indústrias da cadeia, do fornecimento até o produto acabado. Atualmente são 143 empresas no programa, sendo 17 de calçados e 126 fabricantes de insumos e componentes para o calçado. As auditorias para acreditação são realizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o sistema de certificação SGS. Mais informações no site institutobybrasil.org.br/projetos/origem-sustentavel/.

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2019 TERÁ UM MELHOR

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panorama econômico Previsão otimista foi apresentada por economista da Fiergs durante almoço com associados da Abrameq e SinmaqSinos

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o dia 16 de janeiro, a Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores de Couros, Calçados e Afins (Abrameq) e o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Industriais e Agrícolas de Novo Hamburgo e Região (SinmaqSinos) realizaram almoço de boasvindas aos seus respectivos associados. Na abertura, o presidente da Abrameq, Marlos Schmidt, destacou que “estamos com a expectativa de um ano bom para o setor, em um cenário melhor do que no ano passado, com um novo governo que se espera que realize o que vem anunciando”. Para analisar as perspectivas econômicas em relação ao novo ano, falou o economista-chefe do Sistema Fiergs - Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, André Nunes, que abordou o cenário internacional: a economia global deverá seguir crescendo, com risco de desaceleração. A expectativa é de um incremento de

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3,7% no PIB, com risco de cair para 2,9%, principalmente em razão da disputa comercial entre Estados Unidos e China, “que deverá ser longa”, prevê André, complementando que o dólar deverá se manter valorizado, diante de uma economia aquecida nos EUA. Em relação aos principais clientes brasileiros, André Nunes estima que o PIB da China vá crescer 6,2%, enquanto o da Argentina cairá 1,6% (para crescer 2,2% em 2020), enquanto o PIB norte-americano pode crescer 2,4%. Quanto ao Brasil, o economista lamenta que o País tenha fechado 2018 com PIB 4,4% menor do que em 2014, enquanto o Rio Grande do Sul se apresentou com PIB 5,2% menor do que em 2013. A respeito de couro e de calçados, o economista observou que 2018 não foi um ano bom para estes setores, “mas o cenário aponta para melhora em 2019”. Aliás, ele vislumbra uma melhora generalizada, provocada por menor incerteza, maior confiança, in-

flação controlada (em torno de 4%) e juros estáveis (talvez com a taxa Selic mantida em 6,5%). Acrescentou que há motivos para esperar melhora no crédito, ainda que não nos níveis de 2012 e 2013. Contudo, ele adverte que esta recuperação somente será duradoura caso aconteçam reformas estruturais, sendo a crise fiscal o principal fator de risco e imprescindível a realização de uma reforma previdenciária profunda. Neste cenário melhor, o economista estima um incremento de 2,8% no PIB do Brasil em 2019, com aumento de 3% no setor indústria. No Rio Grande do Sul, prevê crescimento de 2,4% no PIB e de 2,8% na atividade industrial. Ao finalizar, afirmou que o programa econômico brasileiro está na direção correta e que dará certo se o foco for no desempenho da economia, reconhecendo, entretanto, que não será fácil aprovar as reformas no Congresso Nacional.


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OPINIÃO Colunista A era do Humanismo chegou ao fim?

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nha russa do tempo”, deu-se uma guinada m artigo publicado ao final de abrupta - para baixo - porém nada indica 2016, Achille Mbembe (historiador, que não se voltará a subir. A aposta pode pensador pós-colonial e cientista ser feita, não sob os auspícios de um otipolítico Franco-camaronês, professor na mismo ingênuo e infundado, mas em algo França, EUA e agora África do Sul) sustentou que pode ser entendido, inclusive, como que a era do humanismo estaria chegando paradoxal: o capitalismo. Embora muitos, ao fim. (http://www.ihu.unisinos.br/78-noticomo Fernando de Los Rios, afirmaram cias/564255). Segundo ele, a Europa contihaver uma “incompatibilidade insuperánuará sua lenta descida rumo ao populismo vel entre capitalismo e humanismo” (El autoritário. “A destruição ecológica da Terra sentido humanista del socialismo. Editorial continuará e a guerra contra o terror se conCastalia. Madrid: 1976. p. 107), é possível verterá cada vez mais em uma guerra de exdizer que, não desprezando suas inerentermínio entre as várias formas de niilismo”. tes tensões, o humanismo e o capitalismo, Paralelamente a isso, “as desigualdades Dr. Marciano Buffon em larga medida, se retroalimentaram, ao continuarão a crescer em todo o mundo” e doutor em Direito, advogado tributarista, da Unisinos longo da história. É certo que, quando se os conflitos sociais, delas decorrentes, “to- professor marciano@buffonefurlan.com.br está a falar de capitalismo, não se está a marão cada vez mais a forma de racismo, referir a distorção neoliberal que produultranacionalismo, sexismo, rivalidades étnicas e religiosas, xenofobia, homofobia e outras paixões mortais. ziu o atual “capitalismo financeiro”, o qual, inegavelmente, está Será entre a democracia liberal e o capitalismo neoliberal, entre entre as causas do cenário desalentador descrito por Mbembe. Pode-se nutrir esperanças, pois a história tem demonstrado que o governo das finanças e o governo do povo, entre o humanismo e o niilismo”. Isso ocorrerá, pois “a democracia liberal não é compatível o humanismo, embora por vezes pareça ter desaparecido, ressurge com a lógica interna do capitalismo financeiro”, razão pela qual, pro- renovado e impulsiona os grandes saltos. Também é possível imagivavelmente, “o choque entre estas duas ideias e princípios seja o acon- nar, que ele terá no próprio capitalismo um aliado importante (por tecimento mais significativo da paisagem política da primeira meta- óbvio não o financeiro). O capitalismo precisa do humanismo para de do século XXI, uma paisagem formada menos pela regra da razão sobreviver as suas próprias crises e contradições. Isso ocorreu no do que pela liberação geral de paixões, emoções e afetos”. (op. cit.). passado (com o fim da escravidão, com o advento do Welfare State, Trata-se de uma visão desalentadora. É inegável, pois, que os fa- com a própria Declaração de 1948 etc.) e tende a ocorrer no futuro. Embora não seja claramente perceptível, os “atores indetermitos que vem se sucedendo estão a comprovar, por hora, a tese levantada há dois anos. A violência parece tornar-se regra, a intolerância nados do capitalismo” estão a dar-se conta de que seria autodestruse confunde com virtude, a destruição da natureza e o aquecimen- tivo para o próprio capitalismo, não se contrapor aos seus principais to global caminham a largos passos. No plano político, tem-se um riscos na atualidade: a desigualdade crescente e a degradação da terreno fértil à emergência de um populismo extremista que, nada natureza. Seria igualmente letal permitir que o “neoliberalismo mais é, do que a reedição de todos malfadados “ismos” do século XX. financeiro” assumisse uma roupagem que o confundisse com o Realmente está a se viver um período que corresponde a uma capitalismo e a democracia liberal que o sustentou e dele é fruespécie de “mergulho” do humanismo. Porém, é possível imaginar to. Não há democracia liberal sem direitos humanos e opor-se a um cenário menos desolador para o futuro. O humanismo não en- eles significa, antes de qualquer coisa, desconhecimento histórico. Em vista disso, o populismo extremista, justamente por se opor controu seu ocaso, mesmo porque sequer há uma convergência acerca do quando ele surgiu. A Declaração Universal dos Direi- ao humanismo, tem um prazo de validade curto e pré-determinado. tos Humanos, de 1948, embora tenha sido um momento de afir- Isso não significa que deixará de produzir toda espécie de destruição, mação histórica, não pode ser entendida como marco inicial do o que sempre o caracterizou, não importando sua matriz ideológica. humanismo. Talvez, nem o renascimento ou o iluminismo assim Porém, “a montanha russa da história” recuperará seu curso para o possam, ou alguém ousaria negar que os fundamentos filosó- cima. Voltaremos, pois, a nos ocupar do projeto humanista, o qual ficos do cristianismo, em sua origem, não foram essencialmente permanecerá inconcluso e utópico em seu desejável formato final. humanistas? Quem sabe se possa identificar suas verdadeiras ra- Devemos desistir, então? Em hipótese alguma! Parafraseando Eduízes na Grécia Antiga, mas isso também não é o mais importante. ardo Galeano, quando questionado para que servem as utopias, ele Ocorre que, como se estivéssemos em uma espécie de “monta- dizia que elas servem para que continuemos a caminhar. Adelante!

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A ABNT 11 3017.3610 www.abnt.org.br pág. 60 ADERE 51.3594.3655 www.adere.com pág. 47 ALTA TRANÇADOS 11 2618.2233 www.altatrancados.com.br pág. 15 AMAZONAS 16 3111.1600 www.amazonas.com.br pág. 99 ANIMASEG 11 5058.5556 www.animaseg.com.br pág. 77 ARTECOLA 51 3778.5200 www.artecola.com.br pág. 45 B BASF 11 4542.7200 www.basf.com.br pág. 49 BOMBONATTO 45 3125.3152 www.bombonatto.com.br pág. 17 C CICB 61 3224.1867 www.cicb.org.br pág. 43 COLORGRAF 51 3587.3700 www.colorgraf.com.br pág. 72 COMELZ 51 3587.9747 www.comelz.com pág. 05 COUROMODA 11 3897.6100 www.couromoda.com pág. 54 COVESTRO 11 2526.3137 www.covestro.com pág. 02 D DAP AMÉRICA 11 3042.4508 www.dapamerica.com pág. 38 E EMBASUL 51 3595.9696 www.embasul.com.br pág. 59 F FCEM 51 3382.0700 www.fcem.com.br pág. 61 FGV 51 3065.6437 www.fgvrs.com.br pág. 21 FIMEC 51 3584.7200 www.fimec.com.br pág. 56 FISP 11 5585.4355 www.fispvirtual.com.br pág. 58 FOAMTECH 19 3869.4127 www.foamtech.com.br pág. 100 FORMAX 51 3589.9300 formax@formax.com.br pág. 65 FORMELLO 51 3585.1519 www.formello.com.br pág. 19 FRANCAL 11 2226.3100 www.francal.com.br pág. 90

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G GUIA ASSOCIADOS 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 81 I IFLS + EICI (1) 2816400 ext 120 www.ifls.com.co pág. 52 IMPEX 51 3587.4100 www.impex.com.br pág. 53 ITM 54 3261.0700 www.itmtextil.com.br pág. 29 L LAB. BIOMECÂNICA 51 3553.1000 www.ibtec.org.br pág. 96 LINHASITA 11 4487.6600 www.linhasita.com.br pág. 07 M MAQUETEC 51 3524.8033 www.maquetec.com.br pág. 31 MÁQUINAS MORBACH 51 3066.5666 www.morbach.com.br pág. 25 METAL COAT 54 3215.1849 www.metalcoat.com.br pág. 09 O ORISOL 51 3036.4774 www.orisol.com.br pág. 41 OTB 16 3722.8302 www.otbpen.com.br pág. 57 P PRIME CHEMICAL 16 3720.7330 www.primechemical.com.br pág. 51 PROAMB 54 3055.8700 www.proamb.com.br pág. 30 R RHODIA 11 3741.7505 www.rhodia.com.br pág. 27 S SICC 51 3593.7889 www.sicc.com.br pág. 62 SEINCC 48 3265.0393 www.sincasjb.com.br pág. 79 STICK FRAN 16 3712.0450 www.stickfran.com.br pág. 10 T TECNOMAQ 54 3261.9333 www.tecnomaq.com.br pág. 55 TRANSDUARTE 51 3584.3500 www.transduarte.com pág. 23 TRANSMAQ 51 3556.4656 www.transmaqtransportes.com.br pág. 89

ENTIDADES DO SETOR ABEST (11) 3256.1655 ABIACAV (11) 3739.3608 ABICALÇADOS (51) 3594.7011 ABINT (11) 3032.3015 ABLAC (11) 4702.7336 ABQTIC (51) 3561.2761 ABRAMEQ (51) 3594.2232 ABRAVEST (11) 2901.4333 AICSUL (51) 3273.9100 ANIMASEG (11) 5058.5556 ASSINTECAL (51) 3584.5200 CICB (61) 3224.1867 IBTeC (51) 3553.1000 FEIRAS DO SETOR BRASEG (11) 5585.4355 COUROMODA (11) 3897.6100 EXPO EMERGÊNCIA (11) 3129.4580 EXPO PROTEÇÃO (11) 3129.4580 FEBRAC (37) 3226.2625 FEIPLAR (11) 3779.0270 FEMICC (85) 3181.6002 FENOVA (37) 3228.8500 FIMEC (51) 3584.7200 FISP (11) 5585.4355 FRANCAL (11) 2226.3100 GIRA CALÇADOS (83) 2101.5476 HOSPITALAR (11) 3897.6199 INSPIRAMAIS (51) 3584.5200 NOVA SERRANA (37) 3228.8500 PREVENSUL (51) 2131.0400 40 GRAUS (51) 3593.7889 QUÍMICA (11) 3060.5000 SEINCC (48) 3265.0393 SICC (51) 3593.7889 ZERO GRAU (51) 3593.7889


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TECNOLOGIA


SETOR TÊXTIL BRASILEIRO RECEBE A PRIMEIRA IMPRESSORA

3D multimateriais C hegou ao setor de moda e confecção a primeira impressora 3D para impressão em até seis tipos diferentes de materiais e cores variadas. A impressora full color multimateriais PolyJet J750, da Stratasys, é capaz de produzir protótipos com aspecto de produtos acabados. O Senai Cetiqt, proprietário do equipamento, passou a disponibilizar a impressora, a partir de fevereiro, para utilização de empresários do setor, de todo o País. “Adquirir esse equipamento parte da necessidade de introduzir e disseminar tecnologias disruptivas, de maneira acessível, complementando os processos de criação e desenvolvimento do setor têxtil e de confecção”, afirma Fabian Diniz, gerente do Instituto Senai de Tecnologia, do Senai Cetiqt, no Rio de Janeiro. A impressora é o que há de mais moderno em impressão 3D e faz parte do maquinário oferecido às empresas no Fashion Lab, espaço colaborativo inaugurado recentemente para experimentação de tecnologias inovadoras. “A parceria com o Senai é uma excelente oportunidade de incentivo à adoção das tecnologias da Indústria 4.0 e da impressão 3D. As funcionalidades da PolyJet J750 permitem aos usuários desenvolver projetos mais rapidamente, com menor custo e maior precisão”, explica Anderson Soares, gerente da Stratasys no Brasil, que fez do Fashion Lab um Demo Center da empresa no País. Fabian acredita que a nova impressora será a protagonista do es-

paço de prototipagem do Fashion Lab. “Com este equipamento, esperamos oferecer para a indústria soluções diferenciadas de tecnologia. A impressora 3D também servirá como instrumento para pesquisa e desenvolvimento de soluções em programação de materiais. Além disso, vai apoiar o desenvolvimento de projetos, editais e soluções para atendimento de empresas âncora do laboratório”, conclui.

Sobre o Fashion Lab O Fashion Lab é o primeiro espaço colaborativo para experimentação tecnológica no setor têxtil, de confecção e de moda. Desenvolvido pelo Senai Cetiqt, conta com 400m² de infraestrutura destinada à criatividade e inovação, composto por maquinário de alta tecnologia para criação e implementação de novos produtos e processos. Com espaço integrados, o Fashion Lab possui, de um lado, uma área com máquinas para prototipagem, como sistemas virtuais, impressoras 3D e 4D multimateriais, fresadora de alta precisão, cortadora a laser multimateriais e cortadora de vinil; e do outro lado, uma Fábrica Modelo, com maquinário completo e novas tecnologias para experimentação de processos produtivos mais enxutos de confecção. Neste espaço, são ofertados serviços como aplicação do conceito Lean, fluxo contínuo, estudo de tempos e métodos, balanceamento da célula, menor desperdício, maior produtividade; além de integração dos processos, padronização do

produto com qualidade assegurada, confiabilidade nos processos, e menor índice de não conformidade devido a otimização dos métodos.

Sobre o Senai Cetiqt Criado em 1949, o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai Cetiqt) é referência em educação, tecnologia e inovação para a indústria e para o mercado, oferecendo serviços transversais que o consagram como um dos maiores centros latino-americanos de produção de conhecimento aplicado à cadeia produtiva desses setores. Com cursos de nível superior, pós-graduação e extensão, também oferta formações técnicas, de qualificação e de aperfeiçoamento profissional em espaços que simulam o processo industrial, possibilitando o aprender fazendo desde as primeiras aulas. Por intermédio do Instituto Senai de Tecnologia Têxtil e de Confecção, presta serviços especializados de Metrologia (ensaios para avaliação da conformidade e calibração), Consultoria (criação, produção e qualidade) e Pesquisa Aplicada (criação ou aprimoramento de novos materiais, produtos, processos e sistemas). Já o Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos foi criado para desenvolver soluções em química sustentável por meio de biotecnologia e novos recursos renováveis para o estabelecimento de produtos e processos, atendendo assim à demanda de PD&I da indústria química brasileira.

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A NOVA FÁBRICA DE CALÇADOS:

A FÁBRICA COMPLEXA CAPÍTULO 5/6 - O PODER DA AÇÃO: FAÇA A PROPOSTA DE FÁBRICA DE CALÇADOS, JÁ PLENAMENTE DETALHADA, SAIR DO PAPEL, DA MENTE DOS GESTORES E DOS OPERADORES, TORNANDO-A EM UMA REALIDADE TANGÍVEL E MODERNA MS Eng. Fernando Oscar Geib

1 - Os gestores e operadores da fábrica, devem se autorresponsabilizar pela aplicação e uso do poder da ação A autorresponsabilidade é o fator essencial para enfrentar a queda do paradigma dominante por dezenas de anos nas fábricas de calçado, que é o fundamento da linearidade sequencial das estruturas produtivas de gerar os calçados. Estas continuam fiéis aos fundamentos desenvolvido por Henry Ford, mesmo que estes estejam superados tecnologicamente. A pergunta que aflora diante desta situação é: por que esta situação continua a ser amplamente dominante nas fábricas? Falta a ação de autorresponsabilidade por parte dos gestores das fábricas. Diante desta situação, não se pode criticar os gestores sapateiros por esta situação, pois a linearidade sequencial de operações da produção é praticada por todas as organizações geradoras de produtos. As fábricas de calçados, na sua maioria quase que absoluta, operam em sistemas lineares e sequenciais de produzir. Diante desta situação, cabe e é necessária a qualificação do poder da ação, para execução e materialização dos fundamentos dos sistemas produtivos simultâneos, na produção de calçados. Por que esta condição? A estruturação dos sistemas produtivos simultâneos exige dos gestores e, principalmente, dos operadores da fábrica em descrição, ações identificadas por terem

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Poder Operacional quando da execução das ações de produção. O Poder Operacional é o fundamento que sustenta a Simultaneidade da Nova Fábrica de Calçados (NFC).

2 - A exigência fundamental da Nova Fábrica de Calçados (NFC) para manter a Simultaneidade: a autorresponsabilidade praticada simultaneamente pelos gestores e pelos operadores da fábrica em descrição A manutenção continuada da Simultaneidade Operacional da Nova Fábrica de Calçados (NFC) é regida por um conjunto de seis leis. 1ª Lei: Não criticar as pessoas envolvidas no desenvolvimento do processo produtivo: a Simultaneidade é um “estado produtivo” muito sensível e qualquer perturbação pode afetar esta simultaneidade; 2ª Lei: Se for criticar as pessoas, por desempenhos pessoais que afetam a Simultaneidade, cale-se e busque a manutenção desta condição, orientando o “desajustado operacional”; 3ª Lei: Se for buscar culpados pela perda da Simultaneidade, busque a solução para recuperar a Simultaneidade operacional o mais rapidamente possível, buscando aprender com a falha acontecida; 4ª Lei: Se for se fazer de vítima, faça-se de vencedor; 5ª Lei: Se for justificar seu erro aprenda com este


comportamento indesejado; 6ª Lei: Se for julgar alguém, julgue somente a sua atitude. Este sistema de “conselhos” tem o propósito de formar equipes de simultaneidade. A simultaneidade tem esta característica, ou seja, ela deve ser continuamente fiscalizada exigindo o poder da ação.

3 - O foco comportamental múltiplo A Simultaneidade por ser complexa exige dos gestores e dos operadores da Nova Fábrica de Calçados (NFC) um foco múltiplo pois ela é complexa e pode ser facilmente desestabilizada. Os operadores da fábrica em descrição têm o Poder da Ação de não permitir que a Simultaneidade dos processos produtivos seja afetada por fatores externos ao processo produtivo. Esta condição exige que os operadores e gestores da fábrica estejam sempre atentos ao andar do processo produtivo. O foco de suas atenções é multiplicado exigindo um preparo acurado dos operadores e gestores da fábrica. As ações de manutenção da Simultaneidade assumem uma condição de terem um poder altamente

expressivo.

4 - Aprender = Mudar Os gestores da Nova Fábrica de Calçados (NFC) devem estar preparados para o paradigma que se expressa pela afirmação: “Aprender é Mudar!” Se não houver mudanças, sejam elas pessoais ou organizacionais, tanto o poder das ações quanto a capacidade competitiva da fábrica em descrição será afetada. Sempre que houver um aprendizado na fábrica em descrição este deve resultar em um avanço organizacional e competitivo. As ações das organizações devem ser identificadas por seu poder de definir avanços que marcam positivamente a capacidade competitiva da fábrica em descrição. Toda e qualquer organização luta contra o tempo que afeta e acentua cada vez mais a competitividade das organizações. Os gestores da Nova Fábrica de Calçados (NFC) têm uma preocupação básica: suas ações organizacionais e competitivas devem cada vez mais ser dotadas de poder. Competitividade quer dizer poder de ações, tanto internas, quanto externas.

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ARTIGO Científico

MEDIÇÃO DE MASSA E TEMPERATURA EM EPI CALÇADOS ZARO, Milton Antônio1, 2; STONA, Hygor1; SILVEIRA, Vanessa Albino da1; CUNHA, Beatriz Cappelozza1; LORENZ, Alex1 e DUTRA, Leonardo Silva1 1 Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Resumo O objetivo do presente trabalho foi realizar uma análise comparativa da massa e da temperatura interna de calçados de segurança, compreendidos no período de 2012 a 2017. Os equipamentos utilizados foram: balança digital para a medida de massa, de acordo com a norma ABNT 14835 e sensor tipo RTD semicondutor para a medida de temperatura, de acordo com a

Palavras-chave:

norma ABNT 14837. Os resultados mostraram que a variação da temperatura interna dos calçados diminuiu ao longo dos anos, o que pode estar relacionado ao incremento de tecnologia (evolução dos materiais) e em relação a massa observa-se incremento ao longo dos anos, o que está relacionado ao desenvolvimento de calçados funcionais.

calçados de segurança, temperatura interna, massa, análises preliminares

Abstract The main goal of this work was to realize a preliminary analysis of mass and temperature of more than 500 (five hundred) footwear used in industries for protection – Security footwear (from different manufacturers). A conventional digital balance, according to the ABNT 14835 standard. Also, temperature was measured with RTD

Keywords:

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semiconductor sensor, according to the norm ABNT 14837. Results showed that both, mass and temperature improved results, which means that manufacturers and IBTeC had an important participation in improving comfort of such footwear. New materials, new designs, biomechanical tests and consulting of IBTeC.

security footwear, temperature, mass, preliminary analysis

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Introdução O calçado de segurança está definido, segundo a norma ABNT NBR ISO 20345, com o objetivo de proteger o usuário de possíveis eventos no desenvolvimento de suas atividades. Os calçados de segurança podem ser confeccionados em diferentes tipos. Segundo a norma, estes podem ser diferenciados pelo cabedal, que pode possuir cano longo ou baixo. Para os calçados serem classificados como um equipamento de segurança individual, faz-se necessário o atendimento a requisitos mínimos, como altura do cabedal, grossura do solado, resistência a escorregamento, impacto, compressão, entre outros. Os calçados de segurança, assim como EPIs de um modo geral, devem proteger o usuário de todo e qualquer risco ao qual estará submetido no ambiente de trabalho. Estes calçados devem atender, além de requisitos mínimos de segurança, a requisitos mínimos de conforto. Fundamentos teóricos Segundo Balbinot e Brusamarello (2006), os termômetros de resistência elétrica, ou RTDs (do inglês Resistance Temperature Detector), baseiam-se em sensores cuja resistência elétrica varia significativamente com a temperatura. Podem ser do tipo (a) semicondutores e (b) metálicos. Os sensores baseados em semicondutores são mais sensíveis a pequenas mudanças de temperatura, mas os metálicos possuem maior estabilidade, precisão, faixa de uso e repetibilidade, por exemplo. Os materiais metálicos mais usados são a Platina (Pt), o Níquel (Ni) e o Cobre (Cu). Os sensores de platina são mais caros, porém mais confiáveis, precisos e de maior faixa de uso. Os sensores de platina podem ser encontrados em diversas faixas de imprecisão, o que resulta num preço compatível com essa incerteza. No presente trabalho foi utilizado um equipamento com sensor semicondutor por possuir mais sensibilidade a pequenas variações de temperatura, como é o caso da temperatura interna no calçado, durante 30 minutos de caminhada. A Figura 1 mostra o equipamento e o posicionamento do sensor. A incerteza de medida fica em torno de ± 0,3°C.

Figura 1 - Equipamento de medição de temperatura, com sensor do tipo semicondutor

De acordo com a norma ABNT NBR 14835 a determinação da massa foi realizada com uma balança digital com sensibilidade 0,01g e incerteza de ± 0,03g. O tipo de balança mais convencional nas aplicações comerciais, principalmente em supermercados, é baseada no uso de células de carga com strain gages - (sensores de deformação de resistência elétrica, cuja resistência varia com a deformação mecânica, que por sua vez é originada pela força peso aplicada, proporcional à massa). A Figura 2 mostra uma célula de carga com strain gages colados e ligados num circuito tipo Ponte de Wheatstone. A parte eletrônica inclui fonte, amplificador, filtros, dentre outros aspectos.

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Figura 2 - Célula de carga tipo “S” à base de strain gages e circuito tipo Ponte de Wheatstone, com 4 strain gages.

A classificação dos calçados de segurança com relação à massa depende da funcionalidade. Por exemplo, no caso de calçados de segurança com biqueira, para o gênero masculino, os níveis de conforto são: inferior ou igual a 430,0g são considerados confortáveis; entre 430,0g a 570,0g são considerados normais; e para valores de massa superiores a 570g, o calçado é considerado desconfortável. Outro exemplo de calçados funcionais de segurança considerados como coturnos e botas de cano alto (masculinos) são classificados como: igual ou inferior a 420g são considerados confortáveis; entre 420g e 560g são considerados normais; e massas superiores a 560g são considerados desconfortáveis. Esses níveis de conforto são referentes à numeração 40. Da mesma forma, a classificação com relação à temperatura varia de acordo com a funcionalidade. Por exemplo, no caso de calçados de segurança definidos como botas ou coturnos podem ser classificados como: Confortável para variação de temperatura igual ou inferior a 4,0°C. Normal para variações da ordem de 4,0°C a 6,0°C e Desconfortável para temperaturas acima de 6,0°C.

Metodologia Foram avaliados 554 pares de calçados no que se refere à temperatura interna e 602 pares de calçados referentes a massa (numeração 40), compreendidos no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2017. O material/equipamento utilizado foi: - Balança digital, sensibilidade 0,01g, incerteza de ± 0,3g; - Sensor/indicador de temperatura, com sensibilidade 0,1°C e incerteza de medida de ± 0,3°; - Meia de algodão especificada na norma (55 a 75% de algodão). A massa do calçado é medida diretamente numa balança digital, determinada pela média de 3 valores para o pé direito e 3 valores para o pé esquerdo. Já para a determinação da temperatura interna são utilizados modelos de calce. Inicialmente o modelo fica durante tempo mínimo de 10 minutos para a climatização em laboratório com temperatura e umidade controlada (23ºC ± 2ºC; 50% ± 5% U.R.). Posteriormente é fixado o sensor de temperatura na parte superior do pé, de acordo com a Figura 1, e solicitado que o modelo de calce caminhe em esteira ergométrica durante 30 minutos com velocidade controlada (5 km/h para calçado masculino e 4 km/h para calçado feminino). A determinação do incremento de temperatura é definida pela variação da temperatura inicial e final.

Resultados e discussão Observa-se na Figura 3 o comportamento da massa ao longo do período estabelecido e seus percentuais de variação em relação ao período anterior.

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Figura 3 - Comportamento da massa em função do tipo de EPI

Figura 4 - Comportamento da temperatura em função do tipo de EPI

Como pode ser verificado na Figura 3, os percentuais de calçados desconfortáveis no período 2012 e 2013 são similares (19%). Observa-se também que ocorreu um incremento de calçados desconfortáveis no período de 2015 (35%). Já nos períodos posteriores observa-se analogia nos percentuais dos níveis de conforto. Através dos resultados da massa ao longo dos anos, as médias não seguem um padrão de distribuição devido ao desenvolvimento de calçados para diferentes funcionalidades, como citado na definição de calçado de segurança (cano alto, cano baixo, palmilha antiperfuro, solado com diferentes densidades, entre outros). A partir Figura 4 pode-se inferir que diminuiu significativamente a quantidade de calçados considerados desconfortáveis no que se refere à temperatura interna. Pode-se observar que do ano de 2012 até 2014 o percentual de calçados classificados como desconfortáveis caiu de 31% para 9%. No ano de 2015, houve aumento no percentual, reduzindo nos anos seguintes. Diversos fatores podem ser apontados como responsáveis por essas melhorias: novos fatores que trocam calor de maneira mais eficiente, o sistema de colagem e o tipo de forro, a consultoria do IBTeC e uma maior preocupação do fabricante em função dos testes de conforto realizados no instituto.

Conclusões Foi possível observar o aumento da massa ao longo dos anos, o que pode estar relacionado ao desenvolvimento de calçados funcionais (calçado para motociclistas, coturnos diferenciados, entre outros). De acordo com a literatura, o aumento da massa contribui significativamente para o aumento do gasto energético. Neste sentido faz-se necessário que os calçados apresentem baixa massa. Acredita-se que com o avanço dos materiais os calçados diminuam a massa e contribuam com a dissipação da energia térmica acumulada dentro do calçado, desta forma contribuindo para o conforto.

Bibliografia 1. BALBINOT, A. e BRUSAMARELLO, V. J., Instrumentação e Fundamentos de Medidas, vol. 1, Ed. LTC, 2006. 2. ZARO, M.A., DVD de Medição de Temperatura, ed. NMEAD/EE/UFRGS, 2002. 3. VEIGA, M. M., ALMEIDA, R. E DUARTE, F., O desconforto térmico provocado pelos equipamentos de proteção individual (EPI) utilizados na aplicação de agrotóxicos, Laboreal vol. 12, dez 2016, cidade do Porto, Portugal, <http://dx.doi.org/10.15667/laborealxii0216mmv>. 4. SHORTEN, M. R. Running shoes design: protection and performance. In: Maratahon medicine. London, Royal society of medicine, 2000.


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