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AGRADECIMENTOS
Ao realizar um trabalho sobre memória, ou as várias memórias, inevitavelmente teria que me confrontar com as minhas próprias impressões. E é neste momento de finalização que os sentimentos brotam de nossas lembranças e traem uma tentativa mais racional de enumerar todo o auxílio e atenção dispensado ao longo da trajetória desta dissertação. Espero, então, contar com a compreensão de todos aqueles que sabendo de sua importância neste trabalho tenham sido omitidos nesta rápida homenagem.
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Passando às pessoas e instituições que possibilitaram esta dissertação não poderia deixar de agradecer:
À minha mãe e irmãos, junto a um pedido de desculpas pelas ausências prolongadas que o desenvolvimento da pesquisa causou. E, especialmente à Aline, minha irmã, pelo apoio no momento decisivo.
Aos amigos próximos, colegas de estudo e de profissão, que ouviram meses a fio minhas angústias e incertezas acerca da pesquisa e fora dela. Não podia deixar de citar a grande paciência da Cris, e, o estímulo que me apresentou Mozart, no interdisciplinar campo da informática. E, especialmente ao Tom, pela importância que representou na construção de minha formação acadêmica.
À cada um dos entrevistados, sem os quais este trabalho não seria possível.
À contribuição importantíssima de Roberto Campos e a abertura com que me recebeu.
À equipe do Museu Joaquim José Felizardo, especialmente à Zita, ao Ivo e ao Sérgio. À equipe do Museu de Comunicação Social Hipólito da Costa. À Memória RBS.
À Secretaria Municipal de Cultura pelo grande trabalho que tem feito junto aos músicos de Porto Alegre, principalmente pelos espaços abertos aos "velhos" boêmios da cidade. Especialmente a Carlos Branco.
Ao conjunto dos professores do CPG em História da UFRGS, que acompanharam minha trajetória desde a Graduação deste mesmo Curso. Especialmente à minha orientadora, Helga Piccolo, que suportou pacientemente os muitos devaneios que surgiram ao longo da pesquisa.
À FAPERS, que me dispensou a Bolsa de Mestrado, custeando grande parte da pesquisa. Finalmente, a todas as pessoas que me proporcionaram ajuda material e humana recebam meu mais sincero reconhecimento. Por serem muitas, cairei novamente no
erro de não mencionar seus nomes, para evitar outro erro maior, por omissão não intencional.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO................................................................................................. ..
PRIMEIRA PARTE - FORMAÇÃO E INTERAÇÃO DO
SUJEITO LUPICÍNIO 023 RODRIGUES..................................................... Uma rápida apreciação das biografias sobre Lupicínio 023 Rodrigues...................... A história dos 025 pais................................................................................................. Porto Alegre e os 029 Rodrigues................................................................................. Lupicínio e a Ilhota (1914- 045 35).............................................................................. O contato com o disco e a rádio (1935- 067 40)..........................................................
De volta da capital federal (1940-50).......................................................... 085 A consagração e o esquecimento (1950- 116 70)......................................................... A redescoberta do poeta da Ilhota (1970- 141 ...)........................................................
SEGUNDA PARTE - A MÚSICA NA VISÃO DOS SUJEITOS E NA
CONSTRUÇÃO DO SEU 147 COTIDIANO................................................ A trajetória dos 147 entrevistados........................................................................... Johnson................................................................................................................ 148 .. Rubens 152 Santos....................................................................................................... Demósthenes 160 Gonzalez......................................................................................... Paulo 167 Sarmento..................................................................................................... 007
Zilá 177 Machado........................................................................................................ Jaime 188 Lubianca..................................................................................................... Hardy 192 Vedana....................................................................................................... Lourdes 202 Rodrigues................................................................................................ Jorge 213 Machado...................................................................................................... Plauto 219 Cruz............................................................................................................ A construção da música pelos sujeitos............................................................. 224 A experiência dos 224 entrevistados........................................................................... A experiência de Lupicínio Rodrigues na visão dos entrevistados..................... 227
EPÍLOGO.......................................................................................................... .
BIBLIOGRAFIA............................................................................................... .
OUTRAS
FONTES............................................................................................ ANEXO.............................................................................................................. . 234 238
244
247
RESUMO
Este trabalho é resultado de uma pesquisa sobre a vida e obra do compositor Lupicínio Rodrigues, associada a experiência de vida de um grupo de pessoas ligadas à boemia de Porto Alegre. Constituiu-se numa retomada do gênero biográfico sob uma perspectiva historiográfica, estabelecendo relações entre este tipo de abordagem e as histórias de vida, história social da música e história do cotidiano.
ABSTRACT
This paper is on the results of a research about life and work of the composer Lupicínio Rodrigues, associated with the life experience of a bohemian group of people in Porto Alegre. It consisted of a retaking of the biographical branch under a historiographic scope establishing relations between that approach and life history, social history of the music and daily history.
INTRODUÇÃO
A escolha de uma biografia como temática a ser desenvolvida em uma dissertação de mestrado na área de História causou um enorme espanto ao ser anunciada. A surpresa duplicou ao declarar-se que o alvo da biografia seria um compositor popular.
Os motivos que levaram a esta exclamação geral não são difíceis de serem apontados. O gênero biográfico, apesar de muito difundido, confunde-se facilmente com a literatura ficcional. A vida de um compositor, ou sua expressão musical, tem endereço certo como objeto de estudo nos trabalhos sobre a estética ou representação dos signos musicais, desenvolvidos por especialistas nestas áreas.
Então, fica a pergunta.
Por que o interesse em desenvolver como tema desta dissertação a vida de Lupicínio Rodrigues ?
A resposta encontra-se desdobrada em muitas outras e segue uma controvertida construção de pesquisa devido ao inusitado objeto em questão.
Por que uma biografia ? Por que Lupicínio Rodrigues?
A historiografia tem mostrado uma grande diversificação de temas e escolhas metodológicas na última década. Do questionamento às grandes teorias enquanto forma de análise - a exemplo do marxismo - , a aproximação de outras áreas de conhecimento, como tentativa de estender sua visão, vem implementando novos métodos de pesquisa ampliando ainda mais as transformações.
Posso dizer que esta dissertação é representativa desta fase de auto-crítica, renovação e experimentação.
Tendo ingressado no Curso de Graduação em História no ano de 1984, convivi durante quase toda a minha formação com as certezas que o marxismo proporcionava à pesquisa histórica. Os textos discutidos ofereciam um determinado número de conceitos e esquemas explicativos que seguiam esta ótica de interpretação ao apresentar qualquer período histórico, região ou assunto estudado. Fosse o surgimento de uma obra de arte ou a implantação de um complexo industrial, a explicação para o fato seguia os ditados do materialismo histórico e as promessas de liberdade na visão de Marx.