Thiago Monteiro orienta os componentes. As baianas: guardiãs da tradição do samba (abaixo). Componentes ensaiam na quadra (foto de baixo)
que um não com dignidade é melhor que um sim mentiroso”, ensina. “Não engano ninguém. Meu trabalho se baseia em falar a verdade, ser honesto”. Não é só isso. A cruzada de Thiago cria as condições para, no dialeto carnavalesco, o chão acontecer. Conjugar técnica e emoção para a Grande Rio ser ainda mais competitiva. E nessa batida, os ensaios são essenciais. “Precisamos traduzir no canto a emoção do enredo, interpretar os valores e a coragem de Joãozinho da Gomeia”, planeja ele, lembrando que também acontece ali um resgate: depois de 26 anos, a tricolor da Baixada tem um enredo afro. “Todos esses ingredientes transformam a escola num caldeirão que serve de estopim para o trabalho”. Sempre com a emoção no máximo. “Sem isso, não tem graça”, resume Thiago, garantindo que sua empolgação nada tem de teatral. “É minha essência. Gosto de motivar, pôr para cima, para frente”. Está na escola certa.•
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