Construção e Desconstrução da Imagem

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CONSTRUÇÃO E DESCONSTRUÇÃO DA IMAGEM PÓS GRADUAÇÃO EM FOTOGRAFIA UNIFOA

Márcio Fábio Leite M.A. Design Gráfico


Qui scribit, bis legit Aquele que escreve, lĂŞ duas vezes.


Fotografar é escrever com a luz. Fotografar é contar uma história em imagens.


LER


COPIAR


ESCREVER/COMPOR


CONTAR


SE NÃO SABE LER UMA IMAGEM, SE NÃO EXERCITOU COPIANDO UMA IMAGEM, NÃO VAI SABER ESCREVER UMA BOA IMAGEM E NÃO VAI CONTAR UMA BOA HISTÓRIA.


Para quem 茅 a mensagem? Quem constr贸i uma mensagem, constr贸i para uma audi锚ncia.



AUDIÊNCIA / TARGET público alvo, consumidores, indivíduos ou grupo de pessoas às quais a mensagem é endereçada


AUDIÊNCIA ANOS 50 01 02 FAMÍLIA NUCLEAR

MÃE ‘DO LAR’ E RESPONSÁVEL PELO BEM-ESTAR DOS OUTROS

03

PAI ERA O PILAR E ÚNICA FONTE DE RENDA, TOMADOR DE DECISÕES

04

FILHOS SAIAM DE CASA PARA O CASAMENTO

05

DIVISÃO DE GRUPOS SOCIAIS APENAS POR FAIXA ETÁRIA, SEXO, OU CLASSE SOCIAL

06

UM ÚNICO MODELO PADRÃO “FAMÍLIA / PROPRIEDADE / TRADIÇÃO”


General Electric refrigerator commercial (1952)

http://www.youtube.com/watch?v=MB7asgcOXB4


AUDIÊNCIA HOJE 01 02 DIVERSOS FORMATOS DE FAMÍLIA

SUPER-FRAGMENTAÇÃO DA SOCIEDADE EM PEQUENOS GRUPOS

03

DIVERSOS PERFIS DE CONSUMIDORES COM DIFERENTES ESTILOS DE VIDA

04

DIVISÃO SOCIAL POR ÁREAS DE INTERESSE OU POR IDENTIFICAÇÃO

05

DIFERENTES TOMADORES DE DECISÃO

06

DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO


BRASTEMP YOU - NOMES 2

http://www.youtube.com/watch?v=NcALMGALLUg


STORY TELLING

CONTANDO HISTÓRIAS


CONOTAÇÃO DENOTAÇÃO


PESQUISA VISUAL - IAN NOBLE & RUSSEL BESTLEY


SIGNO SIGNIFICADO


DISCURSO LINGUAGEM NARRATIVA


DISCURSO LINGUAGEM NARRATIVA

MENSAGEM / IDEIA QUE SE QUER PASSAR

QUAIS ELEMENTOS USAR NA COMPOSIÇÃO

COMO ORDENAR E ARRANJAR OS ELEMENTOS A FIM DE CONTAR UMA HISTÓRIA


ARQUÉTIPOS COLETIVOS / MITOS / COMPLEXOS HISTORIAS DE TODAS AS COISAS


IDEIAS COMO MODELOS DE TODAS AS COISAS EXISTENTES Plat達o


ESTRUTURAS INATAS QUE SERVEM DE MATRIZ PARA A EXPRESSテグ E DESENVOLVIMENTO DA PSIQUE C.G. Jung


IMAGENS

PRIMORDIAIS

UNIVERSAIS


SE ORIGINAM DE UMA CONSTANTE REPETIÇÃO DE UMA MESMA EXPERIÊNCIA, DURANTE MUITAS GERAÇÕES. ELES SÃO AS TENDÊNCIAS ESTRUTURANTES E INVISÍVEIS DOS SÍMBOLOS.


SIGNIFICADO

REPETIÇÃO

SIGNO


GRANDE BOA MÃE

GRANDE PAI CASTRADOR

GRANDE HERÓI

PAI ONIPRESENTE

BELO CAÇADOR

TREVAS

VELHO SÁBIO

ESCURIDÃO

SERPENTE DO MAL

PARAÍSO

BESTA DESTRUIDORA

NINFAS TRAIÇOEIRAS

MUSAS

PRINCESAS VIRGINAIS


Ouroboro


Chimera


Ganesha


Shiva


Deusa Kali


Deusa Kali


Chhinnamasta


Thep Norasri and Upsorn Sriha - Sphynxes in East Asia.

Gri!n from ancient Greece - Temple of Apollo, Delphi, Greece.

Grifos


Grifos


Sereias


Mãe D’água - Iara - Iemanjá - Janaína


Naga Kanya


Garuda


MEDUSA EM MOSAICO, ATHENS ARCHELOGICAL MUSEUM DAGRAPPLER

MEDUSA CARAVAGGIO

GIAN LORENZO BERNINI


Perseu / Marte - Deus da Guerra


Atena - Deusa Guereira


DionĂ­sio-Osiris - Deus do Vinho


Hera - Deusa do Casamento


Maria m達e de Jesus


Guanyin - Bodhsatva da Compaix達o


Tara - Personificação Feminina do Buda


Lakshmi - Deusa da Fartura


Maria Provedora - m達e de Jesus


テ行is


Apolo foi um dos deuses mais importantes e populares da mitologia grega. grega Um dos doze olímpicos, era filho de Zeus e Leto, e irmão gêmeo de Ártemis. Ártemis Seus atributos e funções eram inúmeros, o que o tornou um dos deuses mais venerados da Grécia Antiga, preservando seu prestígio também na era romana. Seu mito tem origens remotas, e no tempo de Homero já tinha grande destaque no panteão grego. Era identificado com o sol e com a luz da verdade, da razão e da consciência. Deus da profecia e da inspiração artística, era patrono do mais famoso oráculo da Antiguidade, o Oráculo de Delfos, e líder das Musas. Era também um deus civilizador e pacificador, presidindo sobre as leis da religião e sobre as constituições das cidades.

Cortile Ottagono, Museu Pio-Clementino, Cidade do Vaticano

Apolo Belvedere


Ox贸ssi - Ca莽ador das Matas


Thor - Deus do Trov達o


Saint George and the Dragon by Paolo Uccello / National Gallery, London circa 1456

Sant Jordi, fresc de San Zeno, Verona

Ogum

S達o Jorge - O Santo Guerreiro


Antonio Canova, As Três Graças! Museu Hermitage, São Petersburgo

Jean-Jacques Pradier, dit James Pradier (1790-1852) Les trois grâces 1825 Paris, musée du Louvre.

As Três Graças - Cárites


Sandro Botticelli (1444 ou 1445 - 1510) Vénus et les trois Grâces offrant des cadeaux à une jeune femme Vers 1484 Paris, musée du Louvre.


Muses sarcophagus Louvre – Sarcophagus known as the "Muses Sarcophagus", representing the nine Muses and their attributes. Marble, first half of the 2nd century AD, found by the Via Ostiense.

Musas - 9 filhas de Zeus


Vênus / Cupido / Três Graças


Steven Meisel

VOGUE 1999





CONSTRUÇÃO



"Madonna e o Menino” Duccio Pintor italiano do período gótico (c. 1255-c.1319)

Portrait of Eleanor of Toledo and Her Son is a painting by the Italian artist Agnolo di Cosimo, known as Bronzino, finished ca. 1545.





LUZ

CAMARA OSCURA

Desde a antiguidade o ser humano interessou-se pelos fenómenos e efeitos da luz na visão. Na China, no séc. V a.c., Mo Ti observou que os raios luminosos, refletidos por um objeto iluminado, passando através de um pequeno buraco de uma caixa escura, davam desse objeto uma imagem invertida mas exata (câmara escura).

Da mesma forma Aristóteles descreveu o princípio da câmara escura. No séc. X, um sábio árabe, Ibn Al-Haitham constatou que a imagem formada em câmara escura era tanto mais nítida quanto a abertura do "projetor" fosse menor. Pelo contrário, a imagem esvaía-se quando se aumentava a abertura para deixar passar mais luz. Fenómenos semelhantes foram descritos por Roger Bacon, no séc. XIII, e pelo físico holandês Reinerius Gemma-Frisius, no séc. XVI, autor da primeira ilustração conhecida de uma câmara escura.

O primeiro documento histórico do uso da câmara escura data de 1558, na obra Magiae Naturalis do napolitano Giovanni Battista Della Porta, que contém detalhes sobre a sua construção e uso, assim como descrições que provam que o dispositivo era bem conhecido pelos sábios, ilusionistas e artistas da época. Estes usaram-na a partir do Renascimento, com o advento da perspectiva. A câmara escura era literalmente um quarto escuro, que deixava passar a luz por um buraco feito numa parede, estando esta parede paralela a uma outra ou a um plano sobre o qual a imagem projetada aparecia em cores naturais.




SECRET KNOWLEDGE / DAVID HOCKNEY - BBC (YOUTUBE)


PORTRAIT O RETRATO


Copy of the Whitehall Mural, 1667. Remigius van Leemput, after Holbein. Š The Royal Collection. Hampton Court Palace.


Whitehall Mural Cartoon.

King Henry VIII, 1537-1562?

King Henry VIII, 1537-1557?

Hans Holbein, 1537.

Unknown, after Holbein.

Unknown, after Holbein.

© National Portrait Gallery.

© Walker Art Gallery.

Petworth House.


King Henry VIII, 1560-1573? Hans Eworth, after Holbein. Chatsworth House.

King Henry VIII, 1550-1599?

King Henry VIII, after 1560?

Unknown, after Holbein.

Unknown, after Holbein.

Š The Royal Collection.

Parham House.

http://www.luminarium.org/renlit/henry8parham.jpg



Š National Portrait Gallery, London. "The Ditchley Portrait", c.1592. Marcus Gheeraerts, the Younger. Reproduced with permission.


The Armada Portrait of Queen Elizabeth I, c.1588.


"The Rainbow Portrait", c.1600. Attr. to Isaac Oliver. Hatfield House.


Francois Gerard - Napoleon Ier en costume du Sacre



1791 - Maria Luテュsa, Arquiduquesa da テ「stria e esposa de Napoleテ」o Bonaparte (m. 1847).


Dom Jo達o VI




"Dom Pedro II por ocasiĂŁo da Fala do Trono Pedro AmĂŠrico de Figueiredo e Melo, datado de 1872


Coroação de Napoleão e Josefina de Jacques Louis David




Coroação de D.Pedro I como Imperador do Brasil - pintura de Debret inspirada em Napoleão I


SĂŠbastien Auguste Sisson http://familiasisson.wordpress.com/biografias/a-historia/



A daguerreotype of Emperor Dom Pedro II of Brazil around age 25, c.1851.

Victor Frond, Retrato de D. Pedro II, cerca de 1858

Lago, Bia Corrêa do. Os fotógrafos do Império: a fotografia brasileira no Século XIX. Rio de Janeiro: Capivara, 2005.


Lucien Walery (1863-1935) Emperor Pedro II of Brazil in Paris Pedro II em 1887, com 61 anos: um imperador cansado de sua coroa e resignado quanto ao fim da monarquia

http://www.royalcollection.org.uk/





ALEGORIA








Arnolfini Wedding Portrait, (1434, Oil on Panel, 32 "” x 23 #’, National Gallery, London).$$










QUANDO A IMAGEM SE MOVIMENTA


George Meliès

La Voyage dans la Lune 1902




BLUE ORCHIDE - WHITE STRIPES (YOUTUBE)





O MEIO É A MENSAGEM MARSHAL MCLUHAN


OLIVIERO TOSCANI DESCONTRUINDO VALORES NA PROPAGANDA






ANDY WARHOL ELEVANDO O POP A STATUS DE ARTE





ANDY WARHOL / FACTORY (YOUTUBE)


DAVID LA CHAPELLE O UNIVERSO FANTÁSTICO DO POP


DAVID LA CHAPELLE / VICE - (WWW.VIMEO.COM)































HEAVEN TO HELL MAKING OF / DAVID LA CHAPELLE (YOUTUBE)












TIM BURTON HARPER'S BAZAAR




O MEIO É A MENSAGEM MARSHAL MCLUHAN


CORINE DAY HEROIN CHIC E O NEO-REALISMO


Kate Moss





NAN GOLDIN O LADO TOCANTE DOS MARGINALIZADOS








TERRY RICHARDSON DESCONSTRUINDO CELEBRIDADES






















EXERCÍCIOS PRÁTICOS


EXERCÍCIO Analisar imagens. !

DES CONS TRUÇÃO

Selecionar imagens de publicações, revistas, jornais, internet, ensaios de moda, fotos políticas, etc, de acordo com seu critério individual. !

Após a seleção, agrupas as imagens identificando formas arquétipicas, características em comum, signos, significados, repetição de idéias e conceitos implícitos e explícitos de cada imagem. !

Esse exercício deverá servir para desenvolver sua capacidade de análise e senso crítico.


PARA QUEM? interpretar de acordo com o repertório da audiência a qual está sendo dirigida. !

DES CONS TRUÇÃO

COMO? interpretar as diferentes técnicas incluindo o uso de palavras, imagens, desenho, enquadramento, iluminação. !

O QUE? olhar para a leitura da imagem desenvolvendo habilidades descritivas, indo em aspectos além da simples imagem, lendo específicos signos, significados e associações.














EXERCÍCIO Planejar um ensaio fotográfico. !

CONS TRUÇÃO

Compor uma imagem com colagem, usando recortes de revista, desenho a mão livre, ilustrações, imagens, para planejar uma composição, retrato, alegoria ou ensaio. !

Essa colagem deverá servir de orientação para uma sessão fotográfica.


PARA QUEM? compor de acordo com o repertório da audiência a qual está sendo dirigida. !

CONS TRUÇÃO

COMO? empregar as diferentes técnicas incluindo o uso de palavras, imagens, desenho, enquadramento, iluminação. !

O QUE? planejar a feitura do retrato desenvolvendo habilidades descritivas, indo a aspectos além da simples imagem, compondo com específicos signos, significados e associações.


OBRIGADO. marciofabioleite@gmail.com www.flavors.me/pixelatedgeneration @pxltd


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