Ode Lusitana # 10 - outubro 2015

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Ode Lusitana Número 10 – Outubro 2015

Antiquus Scriptum

My Enchantment

Cape Torment 1


Editorial

Neste mês de Outubro faz um ano que a Ode Lusitana deixou de ser uma ideia para passar a ser uma realidade. O número zero foi projectado ainda em Outubro, mas lançado em Novembro. Foi o início de uma experiência que levou muita hora à procura de informação, contactos, lançamentos, concertos, mas acima de tudo observar que o metal português está vivo e se recomenda. O movimento não é homogéneo, existem sempre as divergências e as críticas, mas são essas contrariedades que mantêm a cena underground em movimento. As pessoas lutam para divulgar o que cada um vai fazendo, gerando uma união que já se encontra presente em todo o lado. Ao longo deste ano foi esta união que realmente verifiquei que existe e que me dá prazer em divulgar. O balanço deste ano foi extremamente positivo e acima de tudo houve uma evolução em cada número e mesmo na criação do site. Se podia ser melhor? Sim, podia. Por isso o objectivo de a cada número apresentar um melhor trabalho. Muita coisa para dizer e que ficará para os próximos números, já que temos a passagem, talvez pontual, a 12 páginas. Neste número temos entrevistas com Sacerdos Magus dos Antiquum Scriptum, que nos mostra o seu fantástico projecto, assim como as suas várias opiniões de quem sabe acerca do meio em que se movimenta. Ary Elias apresenta os Cape Torment e a sua dedicação ao metal ao longo dos anos e que mostra paixão no que faz. Finalmente Alex Zander, que nos leva ao mundo dos My Enchantment e a sua vontade de divulgar o som extremo pelas nossas terras lusas. Temos uma novidade que foi a passagem do blogue a site, por isso para lerem as novidades visitem o site em: https://odelusitana.com.

A banda, com origens em Vila Nova de Gaia tem origem no longínquo ano de 1991. Praticantes de thsrah metal, lançam em 1996 a demo “The First Burial”. O longa duração de estreia é lançado em 1999 com o título “Spoils of War” e em 2001, lançam o seu segundo trabalho “Welcome to Reality”. A formação é constituída por Jorge Fernando (voz / guitarra), Ricardo Sousa (guitarra), Ricardo Vieira (baixo) e Njord (bateria).

O concerto de lançamento deste terceiro álbum decorre no próximo dia 13 de novembro no Metalpoint no Porto, com a presença dos Booby Trap (crossover / thrash -­‐ Aveiro, formados em 1993 marcam o movimento underground português da altura com as suas sonoridades vincadas. Cessam actividade em 1997, voltando ao activo em 2012, tendo editado em 2013 o álbum “Survival”) e Soul Doubt (heavy metal / thrash metal – Leça da Palmeira, fundados em 2013). No dia 14 de Novembro decorrerá na Bunker Store (Centro Comercial Invictos, Porto) uma sessão aberta a todos que queiram celebrar com a banda o lançamento deste terceiro trabalho “Exploding Ashes”.

Marco Santos

Para qualquer informação contactem-­‐nos através da nossa página www.facebook.com/Ode-­‐Lusitana no facebook ou através de odelusitana@hotmail.com. Visitem o nosso site em https://odelusitana.com.

Breves / Notícias

-­‐ A Firecum Records em parceria com a NBQRecords (que iniciou a sua actividade com lançamento de “System Sickness” dos Baktheria) e com a distribuição oficial da Non Nobis Distro anuncia para breve o lançamento do álbum “Exploding Ashes” dos portuenses Buried Alive.

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O Patrick foi recrutado antes de mim, penso que no início de 2015. Já o conhecia dos Dethmor e Burn the Strain, com que também já tinha partilhado palcos. Quando entrei já estava perfeitamente integrado. Nesta fase da vida, em que a família e profissão muitas vezes limitam a nossa disponibilidade, uma banda não pode ser apenas uma banda. Para além da parte musical propriamente dita, tem que haver algo mais que una e motive os vários membros. E penso que nos Cape Torment é esse o motor primordial. Cape Torment tem a sua fundação em 2011, mas passados estes anos é que temos a informação de que está previsto o lançamento de um EP homónimo constituído por cinco temas e uma intro. Participaste nas gravações deste trabalho? O que nós podes dizer do lançamento deste trabalho? Há algum tempo atrás os Cape Torment chegaram a gravar alguns temas com vista à edição de um EP, mas por várias razões, o mesmo não chegou a ser concluído e editado. Relativamente ao homónimo, quando entrei para a banda, as gravações estavam praticamente concluídas, pelo que o meu input nas mesmas foi nulo. Participei activamente noutras questões relacionadas com a sua edição, nomeadamente no que concerne ao artwork. Com excepção da bateria, que foi registada nos Dethmor Studios pelo próprio Patrick, tudo o resto foi gravado nos Sonic Studios, com o Carlos Barbosa (Final Mercy, Ex-­‐ Cycles), que também irá misturar e masterizar o EP. A edição está prevista para este último trimestre de 2015 e terá duplo formato, digital e CD, sendo que este último terá uma tiragem limitada. O imaginário da banda prende-­‐se com os descobrimentos portugueses e vai estar presente na parte musical, lírica e artwork do EP. Os cinco temas que fazem parte do alinhamento do EP estão, na minha opinião, ao melhor nível do que se faz cá e também lá fora, dentro das sonoridades Death Metal mais old school. As composições são coesas, com pés e cabeça e de fácil audição. Aliás, entranham-­‐se muito rapidamente na nossa mente e dificilmente saem de lá tão cedo. Foi isso que aconteceu comigo lol Temos vindo a assistir nas últimas semanas a um aumento dos vossos concertos ao vivo e que se estende até ao final do ano.

Cape Torment, colectivo do Porto formado em dezembro de 2011 com um nobre objectivo: “recuperar a brutalidade que os fez homens nos saudosos anos 80: Death Metal!”. Com uma forte participação ao vivo, tem previsto para este último trimestre de 2015 o lançamento do EP homónimo de estreia e que aguardamos com ansiedade! A banda é constituída por Bombeiro (voz), Paulo Voivod (guitarra), Ary Elias (guitarra), Luís Botelho (baixo) e Patrick (bateria). Foi com Ary Elias que tivemos esta entrevista e que nos mostraa vivência dos Cape Torment, assim como o envolvimento dele no meia musical extremo. Olá Ary! É um prazer e sê bem-­‐vindo a este número da Ode Lusitana e queria agradecer a tua disponibilidade para responderes a algumas perguntas. Como és o elemento mais recente dos Cape Torment, entrando para a banda há poucos meses, diz-­‐nos como é que conhecias os restantes membros e como surgiu esta oportunidade? Acompanhavas as apresentações da banda? Como decorreram os primeiros ensaios e como correu com o Patrick, o novo baterista? Eu é que agradeço a oportunidade e o interesse demonstrados pela Ode Lusitana. Todos os elementos dos Cape Torment são da chamada velha guarda do metal portuense e já os conhecia há vários anos, desde o tempo em que tocavam em bandas comos os Lacrima ou Invert, ainda nos anos 90. Com a criação do grupo facebook “Amigos da Bimotor e Tubitek anos 80/90” (que reúne os veteranos da cena que, nas referidas décadas, se reuniam nas referidas lojas de discos) pelo Paulo (guitarrista de Cape Torment), do qual todos nós fazemos parte, e consequentes convívios, jantares e concertos, os laços e amizade estreitaram-­‐se. Inclusive, os Cape Torment e Assassinner chegaram a partilharam palcos e quando estes últimos tocaram no Hard Club, o Paulo foi o DJ escolhido para animar as hostes. Ou seja, não eramos desconhecidos uns dos outros. Muito pelo contrário. Talvez por essa razão, o convite para integrar os Cape Torment surgiu de forma natural. Os Assassinner tinham suspendido as actuações ao vivo, fruto da ausência do Alexandre (vocalista/baixista) que emigrou por razões profissionais, os Cape Torment estavam à procura de um guitarrista e o Paulo sugeriu o meu nome ao resto da banda. A faixa etária é sensivelmente a mesma, o background é similar e o gosto pelas sonoridades mais old school com que crescemos também. Após um primeiro ensaio confirmou-­‐se a química entre todos, juntamos o útil ao agradável e aqui estamos.

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Achas que os concertos são a melhor maneira de chegar às pessoas? Qual é a tua opinião acerca do crescente número de locais para concertos/festivais? Através disto é possível aquele circuito de bandas / público / promotores que há tanto andamos a apregoar? A partir do momento que a formação é estável e o set está assimilado, o passo seguinte são os concertos. Existem, de facto, muitas formas de se chegar às pessoas, seja através das gravações, streaming, vídeos, facebook, etc., mas os concertos serão, na minha óptica, o meio egoísta por excelência e que mais satisfaz os músicos envolvidos. Acresce que, a energia que flui invariavelmente em todas as actuações é passível de contagiar todos os presentes e, como tal, causar um impacto imediato e muito mais forte nas pessoas que a simples audição das gravações. E depois, como é costume dizer, é no palco que as bandas mostram o que valem. Em estúdio, os meios tecnológicos tudo possibilitam. No palco é a raça que conta. O facto de se verificar um crescente número de locais para concertos, indiciam a existência de um circuito alargado para as bandas poderem mostrar os seus trabalhos é excelente. Já é possível fazer verdadeiras tournées de âmbito nacional, não só pelos grandes centros urbanos, mas também por localidades mais pequenas, o que possibilita uma promoção mais alargada do nosso trabalho e ao mesmo tempo, manter a motivação. Para mim é frustrante tocar sempre nas mesmas cidades, nas mesmas salas, para as mesmas pessoas. Ainda não tive a oportunidade de vos ver ao vivo, mas através de alguns vídeos demonstram a vossa dedicação ao death metal old school. Ora bem, são todos apaixonados deste género, ou é o vosso escape ao dia-­‐a-­‐dia, sendo este um dos géneros que até ouvem de vez em quando? O que achas do death metal produzido em Tampa Bay na Florida e que era gravado nos Morrisound Studios? Todos nós somos uns privilegiados pois vivemos na época áurea da música dita extrema. Acompanhamos o surgimento do Death Metal, o tal oriundo de Tampa, Florida, gravado nos Morrisound Studios e, naturalmente, ficamos deslumbrados com a agressividade deste sub-­‐género do metal. Continuo a ouvir com regularidade os estandartes old school do Death Metal, mas não me limito aos mesmos. Aliás, provavelmente ouço diariamente muito mais thrash, hard core e punk do que death propriamente dito. Mas, neste campo, acredito ser a excepção da banda. Todos os outros membros são deathsters de sete costados lol Quais são os teus 3 álbuns favoritos de death metal? No meu top está o “Leprosy” dos Death, que considero a obra-­‐ prima do género e da banda em questão. Isto apesar do “Individual Thoughts Pattern” e o “Symbolic” figurarem igualmente nesse top. Não sendo propriamente um estandarte deste estilo, os Napalm Death são uma das minhas bandas de eleição. E como, em

certas fases da sua discografia, revelaram despudoradamente a sua costela death metal, não posso deixar de referir o álbum “Harmony Corruption” como um dos meus preferidos. Por último, elejo o “Heartwork” dos Carcass, que mistura de forma sublime velocidade, peso e groove. Mas podia nomear muitos outros. Benediction, Bolt Thrower, Gorefest, Cannibal Corpse, Obituary ou Entombed, todos têm álbuns dignos de figurar nesta lista. És um veterano da cena underground portuense e histórias não faltam. Como surgiu a tua paixão pelo metal e o que ouvias em miúdo? Como era o teu processo de descoberta de bandas? É uma história caricata, que revela a falta de informação e divulgação que havia nessa altura. Tudo começou por volta de 1986, quando assisti na RTP2 a um concerto de uma banda conectada com o movimento gótico. Algumas das músicas tinham guitarradas a abrir e os membros tinham cabelo comprido. Gravei em VHS e andava sempre a ver e ouvir aquilo. O meu irmão mais velho um dia disse-­‐me que eram heavy metal e que tinha uns amigos na escola que curtiam esse som e que se quisesse pedia para me gravarem umas K7s. Bendito erro! lol A primeira K7 que me gravaram consistia numa compilação de bandas e temas que são hoje clássicos. “We are the Road Crue” dos Motörhead, “Motorbreath” dos Metallica, “Show no Mercy” dos Slayer, “Pleasure to Kill” dos Kreator, “Breaking the Law” dos Judas Priest, “The Rime of the Ancient Mariner” dos Iron Maiden, eram algumas das faixas que fizeram parte da minha estreia auditiva e que continuam a integrar a minha playlist. Mas acima de tudo foram o ponto de partida para descoberta do universo do Heavy Metal. A partir desse momento, não só continuei a cravar os tais amigos do meu irmão que, pouco tempo depois, fundaram uma das primeiras bandas de thrash da zona do Porto, os Hardness, como também comecei a frequentar a Bimotor e a Tubitek, que eram as únicas lojas de discos do Porto onde se encontravam vinis deste estilo, sendo também um local de convívio dos metaleiros. Numa altura em que não havia internet e as publicações escritas praticamente ignoravam este estilo, o boca-­‐a-­‐boca era o meio de divulgação e descoberta por excelência de novas bandas. O facto de toda a gente frequentar os mesmos locais, ir aos mesmos concertos facilitava a amizade e consequente troca de K7s e discos. A propósito a banda de rock gótico eram os The Mission. Fizeste parte de várias bandas, como Silêncio Extremo, Morbid Minds, Str@in (ex-­‐Crackdown). Como nasceu a tua paixão pelas guitarras e como te englobavas nas bandas já que os estilos eram tão diferentes? Que achas da cena underground actual no Porto e arredores?

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Sempre gostei de música e de vários instrumentos em geral. O facto de ter optado pela guitarra teve única e exclusivamente a ver com o acaso. Na secundária, nos finais dos anos 80/início dos anos 90, já tinha no meu círculo de amizades algumas pessoas que, como eu, eram metaleiros. E a certa altura alguns deles começaram em falar em formar uma banda. Faltava um segundo guitarrista e eu fui escolhido para ocupar esse lugar. Foi assim que surgiram os Silêncio Extremo. O som era cru e imaturo, pois estávamos todos a aprender a tocar. Apesar de espelhar um pouco todas as nossas influências, curiosamente aproximava-­‐se mais do death metal que era a novidade da altura.

Também tens outra banda, chamada Assassinner praticantes de thrash metal / groove. Que novidades nos podes dizer acerca desta tua banda? Está prevista a edição de algum material nos próximos tempos? Como é a maneira de trabalhares com o Alexandre (voz e baixo), em que já o conheces pelo menos dos tempos de Morbid Minds, há mais de 20 anos? Os Assassinner são a banda onde dou maior vazão àquilo que sou, musicalmente falando. Não só por ter sido um dos seus fundadores/mentores, mas também porque, desde sempre, optamos por não nos restringir a um sub-­‐género de música extrema. Como gostamos de rock, thrash, death, grind, hard core, punk, etc. etc., é possível encontrar um pouco disto tudo no nosso som. Na prática, Assassinner é uma súmula das minhas influências e gostos e das do Alexandre. Sucede que, a crise económica que assolou o país obrigou o Alexandre, companheiro de longos anos nestas lides musicais, a emigrar para abraçar melhores oportunidades profissionais. Como tal, suspendemos as actividades ao vivo dos Assassinner, mas a banda não terminou. Continuamos a compor novas ideias musicais, com todas as dificuldades inerentes à distância que nos separa. Estando previsto o Alexandre vir a Portugal no final deste ano, queremos aproveitar a sua presença para registarmos dois temas novos, inéditos, para mostrar que estamos vivos e melhores que nunca. Será a primeira gravação da banda enquanto quarteto, com dois guitarristas. Até agora o nosso percurso tinha sido sempre no formato power trio. A edição será, em princípio, exclusivamente digital e gratuita. Apesar de nos conhecermos há mais de 20 anos, nem sempre é fácil conciliar ideias, vontades ou egos. Por vezes, temos opiniões divergentes sobre o caminho a seguir, seja musical ou outro. Mas com um pouco de paciência tudo se resolve. Ao fim de tanto tempo de amizade, não será certamente a música, que esteve na sua origem, a acabar com a mesma. É tudo Ary e muito obrigado por teres respondido. As últimas linhas são tuas em que podes dizer o que bem entenderes! Quero agradecer, mais uma vez, a amabilidade e interesse da Ode Lusitana em entrevistar-­‐me e dar a conhecer um pouco o meu percurso e trabalho. Da minha parte, manifesto a minha inteira disponibilidade em colaborar naquilo que precisarem. Contém com o exemplar do EP de estreia dos Cape Torment ainda em 2015 e, mais para o início do próximo ano, aguardem o novo registo dos Assassinner. Grande abraço e até breve!

Os Morbid Minds, Crackdown e Str@in são, no fundo, a mesma banda. Os nomes foram-­‐se alterando com as mudanças de line-­‐ up, evolução técnica e/ou sonoridades que ouvíamos e nos influenciavam. Mas o núcleo duro e criativo nestas três bandas sempre foi o mesmo: eu, o Alexandre (que fundou comigo os Assassinner) e o outro guitarrista José Farinha. Actualmente, a cena underground é muito diferente. Há muitas mais bandas. O acesso a instrumentos de qualidade está generalizado e a aprendizagem dos vários instrumentos e técnicas é facilitado pela internet. O que tem influência na qualidade do produto que apresentam. O facto de haver mais locais/festivais, com boas condições, também é óptimo para a divulgação do seu trabalho. No entanto, penso que, na sua generalidade, a afluência do público está aquém do que vivenciei nos anos 80 e 90. Talvez pelo excesso de oferta ou quiçá pela falta de espírito ou de comunidade em sentido restrito. Não querendo cair no saudosismo típico do português, do “antigamente é que era bom”, a verdade é que há duas décadas atrás cada concerto era um evento a não perder. Toda a gente do Porto e arredores (Maia, Matosinhos, Gaia, Gondomar, etc.) se esfalfava para comparecer. Apanhava um ou mais autocarros/camionetas, comboio ou simplesmente fazia kms a pé para poder ir a determinada actuação. Isto porque ir a concertos não só era o meio primordial para conhecermos as bandas nacionais, como também se consubstanciava numa oportunidade para revermos amigos e convivermos um pouco com os nossos iguais. Isto numa altura em que não tínhamos facebook, youtube, messenger, nem sequer computadores ou internet lol Actualmente o comodismo leva muitas vezes a melhor. O que é pena. Contra mim falo. Após uma jornada de trabalho, muitas vezes é o cansaço ou vontade de estar com família que vence.

www.facebook.com/CapeTormentOfficial

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apoiados, são sempre os Filii Nigrantium Infernalium, os Corpus Christii, os Switchtense, os Holocausto Canibal, os PussyVibes, os Midnight Priest, enfim... Sempre os mesmos de sempre! Lá fora é a mesma tanga, são sempre os Moloch, os Xasthur, os Drowning The Light, Satanic Warmaster, etc... Infelizmente são sempre os mesmos a ser apoiados e é quase preciso andar a pedir por favor à entidades responsáveis para nos fazerem uma entrevista ou uma review, uma tristeza! Isto não é nada pessoal contra ti, Marco, mas é o que acontece. Vejo bandas novas acabadas de lançar o 1º trabalho, terem muitos mais apoios seja de editoras, zines, revistas ou rádios, do que Antiquus Scriptum que anda nisto desde 1998 e já vai com 5 (!) álbuns gravados, todos lançados profissionalmente no estrangeiro, apesar de não tocar ao vivo, uma completa vergonha!... Agora respondendo directamente à tua questão, sim, lembro-­‐me bastante bem de quando entrei no Heavy Metal, foi em 1987, com o Thrash e claro, fazias-­‐mos tape-­‐trading, sim. As memórias desses tempos são douradas, foram tempos mágicos da nossa juventude! Trocava-­‐mos k7s, discos de vinil, e os primeiros CDs que começaram a aparecer 1 ano antes e mais tarde, em 1992, fiz a minha 1ª banda de Thrash, os Anesthesia, e aí o pessoal das bandas começou também contactar-­‐se por carta e a fazer tape-­‐ trading via correio... As coisas foram evoluindo, nós também fomos evoluindo como músicos, veio o Death Metal, depois, o Doom, o Black Metal e cá estou eu quase 30 anos depois ainda a batalhar pela música, com um projecto formado e consolidado e apesar da Net e dos downloads, ainda a fazer tape & cd-­‐trading, muito por causa da minha distribuidora, a Eye Of Horus Distribution... Decides enveredar pela via de músico e fazes parte de várias bandas, como Firstborn Evil / The Firstborn, Psycoma ou The Invertebrate e vocalista de sessão de Sistematic Collision. Ou seja, géneros bastante variados. Tinhas curiosidade em experimentar várias sonoridades? Como surgiram estas participações nestas bandas? Sim, eu sou uma pessoa muito polivalente musicalmente e isso nota-­‐se bem até em Antiquus Scriptum, quem conhece bem o projecto pode ver isso com nitidez... Gosto de quase todos os géneros de Metal (até ao Black Metal!), Punk e Hardcore (antigo!), Rock e Hard-­‐Rock, do bom, (que no fundo são os pais do Heavy Metal), e oiço música variada mesmo fora do Metal, como Folklore de qualquer parte do mundo, música ambiental, música clássica e até gosto de música Pop dos anos 80. Como te disse comecei a tocar em bandas com os Anesthesia em 1992, como baixista & vocalista. Nunca gravamos nada, mas demos uns quantos concertos ao vivo e já serviu de rampa para o que viria a seguir. Em 1994 formei os Psycoma, banda de Punk / Crossover que cantava em português e onde desempenhava funções de baixista. Ao mesmo tempo, durante 94, eu e o Vítor Mendes que toca actualmente em Neoplasmah, fizemos um projecto de Grindcore, os The Invertebrate, onde eu era baixista & vocalista, para desanuviarmos do Punk, mas não era nada sério. Ainda gravamos 2 demo tapes, mas morreu tudo na praia quando em 1995 Psycoma acabou e eu formei os Firstborn Evil com o Bruno Fernandes, que ainda continua com The Firstborn, o Paulo Vieira, que continuou durante uns anos com The Firstborn, também, e que já passou por inúmeros projectos de Punk e Metal e é hoje guitarrista de Perpetratör, e o seu irmão Gustavo Vieira, que continuou igualmente em The Firstborn, por uns anos e me acompanhou em Antiquus Scriptum como teclista convidado até 2013, ano em que saiu o "Ars Longa, Vita Brevis...", o último trabalho com ele. Fiz também de vocalista de

Antiquus Scriptum, é um projecto nascido em Almada em 1998 e tem em Sacerdos Magus o seu mentor na divulgação desta sonoridade “unorthodox symphonic black / folk / thrash metal com influências ambientais”. A demo de estreia tem data de 1999, com o título “Tales From the Past Millenium”. Depois de mais algumas demos lança em 2002 o seu álbum de estreia “Abi in Malam Pestem”. Ao longo da sua existência a discografia conta já com 5 álbuns, sendo o último o álbum “Recovering the Throne (Tribute Album)”, mas está prevista a edição de um Best Of intitulado "… Outrora, Quando As Águas Choravam…" e do seu novo trabalho "Imaginarium". Para conhecer este fantástico projecto estivemos a falar com Sacerdos Magus.

Olá Sacerdos Magus! Desde já é um prazer enorme teres aceite este pedido para uma entrevista e de fazeres parte com o teu projecto desta Ode Lusitana. Ainda te lembras de como começa esta tua paixão pelo Metal? Tinhas um grupo de amigos onde trocavam as edições das bandas e faziam tape-­‐ trading? Que lembranças tens dessa altura? Olá Marco. O prazer é meu, amigo, infelizmente são poucos os convites para entrevistas a Antiquus Scriptum em zines e revistas, pois aqui em Portugal são sempre os mesmos a serem

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sessão, como disseste, para Sistematic Collision, que eram os pre-­‐Neoplasmah, quando saí dos Firstborn Evil, em 1998, mas esta experiência durou pouco tempo, pois tinha ideias já para um projecto de Pagan Black / Viking Metal (os meus estilos de Metal preferidos, juntamente com o Thrash), no que se revelou ser Antiquus Scriptum. Em 1998 decides sair dos Firstborn Evil e formar Antiquus Scriptum junto com o Vítor Mendes e o Dário Duarte. Já tinhas uma boa definição do que querias para a banda? Como funcionavam os vossos ensaios e gravações? Sim, em 1998 saio dos Firstborn Evil, mesmo nas vésperas da gravação do seu 1º álbum, "Rebirth Of Evil", sendo até tão em cima da hora que foi o Paulão a gravar o baixo, pois não tinham tempo para integrar um baixista substituto... Formo os Antiquus Scriptum ainda nesse ano, com o Vítor Mendes (Asmodeus), que já vinha de Psycoma e The Invertebrate, como referi, e com o Dário Duarte (Drakonem Drakul), mas mesmo ensaiando e dando um único concerto ao vivo, em Almada, (o único até hoje do projecto, pois nunca mais toquei ao vivo), a participação deles era meio de músicos convidados, já, apesar dos ensaios. Tinha tão boa definição do que queria fazer, que a nossa "união" não durou sequer um ano e depressa os "despedi" da banda e continuei com o projecto a solo, depois de 1999, convidando como já disse o Gustavo Vieira (Helskir) para me ajudar nos teclados de estúdio e com a ajuda também do Paulo Vieira (Nyx Sludgedweller), que começou inicialmente por me gravar e produzir os trabalhos de estúdio, feito que perdura até hoje, e mais tarde, a partir do 1º álbum, "Abi In Malam Pestem", também a participar na guitarra solo, em algumas baterias, coros e etc... Com o Dario e com o Vítor, as coisas não funcionavam muito bem, por isso os "despedi" e decidi continuar a solo. O Dario não tocava um caralho de bateria e o Vítor, apesar de bom músico, que ainda hoje o é, e da já nossa longa cumplicidade como músicos, não se encaixava muito bem no espírito BM de Antiquus Scriptum e além disso sempre foi uma pessoa muito fechada consigo mesmo e difícil de contar para certas coisas, ou de até simplesmente sair à rua para conviver ou beber um copo... Fartei-­‐me, decidi que nunca mais iria ter bandas na minha vida, nunca mais iria tocar ao vivo e continuei com Antiquus Scriptum como uma one man band até hoje, embora já tenham passado inúmeros músicos convidados pelo projecto durante estes 17 anos de existência. Que te fez formar uma one man band? Fala-­‐nos um pouco do teu interesse por estes tipos de projectos e de alguns que não sendo one man band te atraíram bastante em termos de conceito, como por exemplo os Bathory? Acho que já respondi mais ou menos ao que me fez formar uma one man band na resposta anterior. O que me fez despertar o interesse por ter uma one man band, foi o Boom de Black Metal nórdico, que chegou cá em 1994, 95, e o facto de muitos dos

projectos que vinham do norte da Europa serem constituídos por 1 ou 2 elementos apenas. Não foi só Bathory e Burzum que me influenciaram por serem one man bands, mas também Satyricon, em termos de conceito, Emperor, Darkthrone, Enslaved, Gorgoroth, Dark Funeral, Dissection, Mörk Gryning, Master's Hammer, e claro, Mayhem, entre tantos, tantos outros... Rendi-­‐me simplesmente a esse conceito muito forte que vinha lá de cima, o de 1 ou 2 gajos fazerem tudo nas bandas e decidi que seria este o meu caminho futuramente. Em Portugal não é um conceito muito utilizado usualmente, o das one man bands, mas no norte da Europa e hoje em dia não só na Escandinávia, como na Rússia, Ucrânia, Polónia, França, etc, e diria até um pouco por todo o globo no que toca a Black Metal e derivados, é um conceito muito utilizado e escusado será de dizer que a maior parte das one man bands espalhadas por esse mundo fora não tocam ao vivo. Começas com as edições e fazes um hiato devido a vários problemas pessoais entre 2002 e 2008, retornando nesse ano de 2008 com o segundo longa duração "Immortalis Factus", voltando em grande com uma dedicação enorme e que se tem visto nos últimos anos. "Ars Longa, Vita Brevis…", álbum de originais de 2013, fazes um álbum fantástico e variado de covers "Recovering The Throne (Tribute Album)" e já para início de 2016 tens o lançamento do duplo CD, que é um Best Of, intitulado "… Outrora, Quando As Águas Choravam…". Fala-­‐nos um pouco então desse teu retorno feito e destes últimos trabalhos? O hiato foi sim entre 2003 e 2007, devido a uns problemas pessoais, e sim, voltei em 2008 com o 2º longa duração, "Immortalis Factus", que saiu na altura por uma editora norte americana, a Ophiucus Records, em formato profissional, mas limitadíssimo a 100 cópias, apenas... A dedicação é sempre a mesma ao longo dos anos, só tenho pena realmente do projecto não ter mais reconhecimento, principalmente cá em Portugal, depois de um histórico tão rico e tão vasto como é o de Antiquus Scriptum. No geral os álbuns têm sido bem recebidos pelo público, apesar do pobre apoio das zines, revistas e rádios na divulgação dos mesmos, mas apesar de tudo tenho um público muito fiel e que me apoia bastante e não me posso mesmo assim queixar das vendas do merch do projecto. O processo de evolução tem sido normal como acontece com todas as bandas, para melhor, acho eu, e Antiquus Scriptum tem vindo a vincar a sua sonoridade que é, na minha suspeita opinião, muito peculiar, e a traçar a sua marca no Underground, não só com inúmeros trabalhos editados, mas principalmente com a qualidade e profissionalismo que caracterizam o projecto. O "… Outrora, Quando As Águas Choravam…", vai ser um Duplo CD, que será lançado em Janeiro de 2016 pela alemã Pesttanz Klangschmiede e pela espanhola Negra Nit Distro, limitado a 666 cópias e que será uma retrospectiva destes longos 17 anos de projecto, reunindo os melhores temas de Antiquus Scriptum desde a 1ª demo de estúdio, "In Pulverem Reverteris", até ao

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último álbum de originais, o "Ars Longa, Vita Brevis...", incluíndo já alguns temas novos que temos feito até então e que ainda não foram editados. Espero que seja bem recebido também e que seja mais uma pedra na já sólida muralha que é Antiquus

que toca a promoção e divulgação do projecto, (esta sim!), e se tem desfeito em esforços para levar não só Antiquus Scriptum, como as restantes bandas da editora mais longe e só lhe tenho a agradecer por tudo e tenho muito orgulho em estar na germânica Pesttanz Klangschmiede! Também tens a tua distribuidora "Eye Of Horus Distribution". Como surgiu esta ideia e quais os planos futuros? Bom, a Eye Of Horus Distribution nasceu em 2013 da minha necessidade de escoar os CDs de Antiquus Scriptum que provêm das royalties que as editoras me dão, sempre que sai um disco novo, ou uma reedição. Por exemplo, trabalho a 20% com a Pesttanz, no caso dos jewel cases e a 18% se forem digipacks, vinis ou t-­‐shirts, o que dá 200 CDs para mim dos 1.000 fabricados, ou 18 digipacks ou t-­‐shirts, de uma tiragem de 100 exemplares. Claro, que por mais que venda, nunca consigo vender 200 CDs de Antiquus Scriptum de uma virada só e como tenho já 5 álbuns editados, o stock começou-­‐se a acumular aqui em casa... Como queria também ajudar na divulgação dos álbuns, resolvi criar a Eye Of Horus e comecei a fazer trade com várias editoras um pouco por todo o mundo, do material de Antiquus Scriptum, pelos lançamentos deles e não só. Depressa constituí um catálogo bem variado, como sabes, e comecei a ter, para além dos títulos de Antiquus Scriptum, items de outras bandas, não só de projectos de BM / Viking Metal, semelhantes a Antiquus Scriptum, como lançamentos também de Death Metal, Doom, Thrash ou whatever... Comecei a anunciar mensalmente essas listas de material no Facebook e comecei a ter muito bom feedback de algum pessoal, que começou a adquirir regularmente títulos da minha distro, apesar da crise que o mundo da música atravessa na venda de material físico. Assim, para além de ajudar a espalhar o material do meu projecto um pouco por todo o lado, ajudando a Pesttanz e a mim mesmo, consigo ter sempre um catálogo Underground variado e sempre vou vendendo alguma coisa. No fim, vendo bem as cenas, acabo por vender os 200 CDs que à partida eram de Antiquus Scriptum, mas que se transformaram em outros títulos e assim consigo não só escoar o meu merch do projecto, como ainda facturar alguma coisinha para ajudar a pagar os estúdios e todos os encargos financeiros que o projecto acarreta. Planos para o futuro com a distro não são muitos, deixa-­‐me dizer-­‐te... Poderia fazer um site, um blog ou uma página Facebook para a Eye Of Horus, mas sinceramente acho que isso não é necessário, pois tenho a minha clientela fiel através da minha página do meu FB pessoal e safo-­‐me bem assim. Talvez um dia possa crescer e ter um site todo pipi para a Eye Of Horus, mas isso implicaria ter 1º um site profissional de Antiquus Scriptum, pois ainda não tenho, só tenho um blog que é o "Antiquarium", para ajudar a promover o projecto na Net, aparte do FB. De momento estou bem assim, unicamente utilizando apenas a minha página pessoal do FB para anunciar mensalmente as novidades da Eye Of Horus. De futuro quiçá se não poderei alargar os horizontes e ter um

Scriptum! Ao mesmo tempo estás a preparar um novo trabalho. Como estão a decorrer as composições para o próximo álbum "Imaginarium"? Podias explicar o teu método de trabalho? Ultimamente existem sempre duas presenças habituais nas tuas edições, que é a do Paulo Vieira (Paulão), que te tem ajudado a vários níveis e a editora alemã Pesttanz Klangschmiede. Como surgiram estas amizades e como trabalhas com eles? Bom, as coisas com o "Imaginarium" (próximo álbum de originais), estão a decorrer normalmente e as composições vão fluindo naturalmente sem grandes esforços. Já sou um músico batido, podemos dizer, sei bem o que quero fazer em cada trabalho e não me preocupo muito com tecnicismos ou exuberâncias, deixando sempre o feeling falar mais alto e deixando as coisas fluírem naturalmente. Começo por escolher um título, e começo por fazer os riffs de guitarra e a bateria ao mesmo tempo, podendo ou não, depende dos casos, ir escrevendo logo a letra também e a faixa vai saindo naturalmente. Depois do esqueleto feito, vêm naturalmente os arranjos e melhoramentos e pronto, o tema fica pronto. Depois em estúdio gravo tudo da minha parte, ou seja, guitarras, bateria, baixo e vozes e aí é que é composto o teclado, sempre com a minha supervisão, acrescentados os solos, coros e todos os instrumentos que não me cabem a mim gravar. Sim, o Paulão, além de produtor, como já tinha dito, é sempre presença assídua na guitarra solo e coros e até já me tem feito algumas baterias e etc, tal como foi assídua a presença do seu irmão Gustavo Viera entre 2000 e 2013, substituído após a sua saída pelo seu irmão mais novo, o Ricardo Viera, que passou a fazer os teclados a partir daí; digamos que tenho a participação musical da família Vieira em peso em Antiquus Scriptum :) São velhas amizades, já conheço este pessoal há 20 anos, toco com eles desde os Firstborn Evil, como já referi, e faz todo o sentido estar rodeado por músicos e amigos assim ao longo dos anos, mesmo não sendo membros efectivos. Sobre a Pesttanz Klangschmiede, foi uma editora que apareceu no início de 2013, depois de lançar toneladas de edições mais pequenas, muitas das vezes em formatos Pro CDr, e não profissional, por outras labels e foi uma editora que me lançou nesse ano o álbum "Ars Longa, Vita Brevis...", limitado a 1.000 cópias em formato profissional jewel case + 100 cópias em formato deluxe digipack e fez isto com toda a discografia do projecto, não só com os álbuns subsequentes, mas também com os trabalhos antigos, lançando todos, 1 por 1, em formato jewel cases limitados a 1.000 cópias e em formato digipack, limitados a 100 cópias. É uma editora, que apesar de pequena, se esforça arduamente no

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site profissional, tanto para Antiquus Scriptum, como para a Eye Of Horus Distribution, mas por agora safo-­‐me bem assim. Que achas do nosso panorama nacional e que dicas podes dar às pessoas que estão agora a entrar neste meio, desde as bandas até aos que divulgam estas nossas sonoridades? Desculpa a rispidez, mas não irei nomear quaisquer bandas nem editoras nacionais, simplesmente porque nunca vi Antiquus Scriptum ser referenciado por nenhuma banda e a nível de editoras, o apoio ao meu projecto, cá dentro, ser de rigorosamente ZERO! Como já disse na 1ª questão, são sempre os mesmos a ser referenciados e apoiados, parecendo que Antiquus Scriptum é um projecto de Categoria B, simplesmente porque não toca ao vivo... Vivemos num país mesquinho, de gente mesquinha e o Underground infelizmente não foge à regra. São só apoiadas nas zines, nas resvistas, nas rádios e mesmo pelas editoras, somente as bandas dos amigos dos amigos e vivemos num circulo completamente viciado, onde são sempre os mesmos a serem entrevistados ou a merecer uma review... Os media, seja mass, seja a nível Underground, estão podres e completamente viciados! Só se safam as bandas que têm cunhas e a mim particularmente, parece-­‐me que as editoras cada vez têm mais mau gosto naquilo que editam e promovem, pois cada vez vejo mais palha, para não dizer merda, ser idolatrada e vangloriada logo ao 1º registo, muitas das vezes, enquanto cá andam pessoas e bandas nisto há uma vida inteira a esforçarem-­‐se arduamente para manter os seus projectos activos, como é o caso de Antiquus Scriptum, projectos esses muitas das vezes com uma qualidade muito superior a essa trampa a que eles chamam de "revelação do ano" e coisas assim... Como nunca vi banda alguma referenciar Antiquus Scriptum como um projecto a seguir e como nunca tive apoio algum por parte de editoras credíveis cá em Portugal, as minhas referências são ZERO! No entanto poderei dizer aos mais novos, que apesar das toneladas de lixo que parecem crescer nos esgotos e ter o triplo da visibilidade de muitos projectos veteranos com qualidade duplamente superior, apoiem as bandas que gostam, comprem o merch das bandas e não se fiquem pelos downloads. Há sempre boas bandas a surgir em todos os estilos, (também não sou nenhum quadrado), e essas bandas ou projectos precisam do vosso apoio para sobreviver. Vão aos concertos, comprem um t-­‐ shirtzinha, o EP ou o álbum da banda e apoiem também aquelas editoras que se esforçam para lançar bandas de qualidade, e não merda que não trás nada de novo ao Underground e são uma réplica completa de tudo o que já foi feito... Apoiem principalmente os projectos antigos, pois eles mais que ninguém merecem ser apoiados por vós, pois já andam nisto há muitos Invernos e mais que ninguém, pelos seus currículos e empenho de décadas, merecem ser apoiados não só por vocês, como de deveriam acima de tudo ser apoiados pelos media, zines, rádios e todos os demais ligados ao Underground Metálico. Tenho dito! Muito obrigado pelas tuas respostas e as últimas palavras são tuas. Obrigado eu, mais uma vez pela oportunidade, Marco. As minhas últimas palavras resumir-­‐se-­‐iam ao que disse na resposta anterior, ou seja, pedir ao pessoal para apoiarem os projectos pequenos, não só nacionais como estrangeiros também, com a compra de merch e indo aos concertos das bandas que gostam. Não se resumam aos downloads, uma banda ou um álbum tem muito mais magia quando é ouvido no

formato original e não apoiem nem comprem só Iron Maiden, ou Metallica, há milhões de bandas credíveis que precisam e merecem o vosso apoio incondicional, com a venda do seu diverso merchandise. Apoiem as editoras pequenas, não só as grandes majors, que se esforçam arduamente para comercializar e divulgar projectos de valor do nosso Underground e apoiem as poucas zines que ainda existem, como é o caso da "Ode Lusitana" e oiçam os poucos programas de rádio de Metal, muitos deles piratas ou através de Net-­‐ Radios, mas esforcem-­‐se por usar aquela t-­‐shirtzinha da banda que gostam e de promover e apoiar de alguma maneira essas bandas, não se limitando a ir a um blog e sacar a discografia a Mp3 e já está... As bandas, as editoras, as distros, as zines, as rádios, todas elas passam por grandes dificuldades para sobreviver, hoje em dia, devido à decadência do Metal e da queda das vendas de material físico, por isso lembrem-­‐se, se aquela banda que gostam lançou uma demo, um EP ou um álbum novo, se tem uma t-­‐shirt de qualidade que vos fique bem, porque não contactar a banda e encomendar este material, ou em vez de se estar a gastar rios de dinheiro em CDrs para reproduzir em casa, porque não comprar aquela tape que muitas vezes só custa 3 ou 4€, aquele vinilzinho precioso, ou aquele CD profissional que vai fazer as delicias das audições futuras lá em casa e tem de longe muito mais valor que uma pasta convertida em Mp3, que não tem valor emocional algum e só serve, (deveria ser assim), para promover o álbum e o projecto em causa e não é de maneira nenhuma alternativa ao CD, vinil, ou tapes originais! Tenho dito. Obrigado a ti, Marco, mais uma vez pela oportunidade e a todos os que lêem estas linhas e de algum modo apoiam o Underground, adquirindo o diverso material original. Força & Honra e abraço a todos! www.facebook.com/AntiquusScriptum http://antiquus-­‐scriptum-­‐official.blogspot.pt

Breves / Notícias (cont.)

-­‐ A 30 de Outubro decorre no RCA Club em Lisboa o evento “Female Growlers United Front -­‐ The Unleash of the Witches” com a participação de Neoplasmah (Sofia Silva), BurnDamage (Inês Freitas), Disthrone (Carina Domingues) e Karbonsoul (Mafalda Hortas). Uma noite que promete muitas surpresas e em que se reúnem estas 4 poderosas vozes femininas e as suas bandas para uma autêntica descarga de energia!

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My Enchantment, banda do Barreiro formada no ano 2000 e praticante de black metal / melodic death metal com componentes sinfónicos, edita em 2005 o seu primeiro longa duração “Sinphonic”. No ano passado voltam as edições, desta vez com o EP “The Death of Silence”, do qual faz parte o single “The Fallen”. A banda é constituída por Alex Zander (voz), João “Grande” (guitarra), Pedro Alves (guitarra), Rui Gonçalves (teclado), Fernando Barroso (baixo) e Ricardo Oliveira (bateria). Estivemos à conversa com o vocalista Alez Zander, onde nos mostra a razão de ser uma banda em que todos necessitamos de estar atentos. Olá Alex Zander! É um prazer teres aceite o convite para responderes a estas perguntas para a Ode Lusitana. Para começar, como se dá a tua entrada nos My Enchantment no ano de 2012? Já conhecias bem a restante formação? Boas Marco, obrigado pelo convite . Está agora em “Outubro” a fazer 3 anos que fiz um casting para o lugar de vocalista, eu não conhecia ninguém da formação actual ou anterior mas conhecia a banda e algumas músicas. Em 2005 editaram o único longa duração, “Sinphonic” e devido a vários problemas, que envolveram uma alteração profunda na formação da banda, editam em 2014 o EP “The Death of Silence”. Nós já estávamos na gravação do nosso 2º álbum, quando faltava gravar a voz, então o vocalista decide sair da banda, como um efeito colateral houve também algumas alterações quer na guitarra e teclas, o que dificultaram o progresso e o retorno de forma estável aos palcos e gravações. Esta edição foi para mostrar ao

público que estavam de regresso às edições, em vez de se prepararem para lançar um segundo longa duração? De certa forma sim, a banda delineou que voltaríamos aos palcos e durante isso iriamos compor e preparar a gravação de um ep com temas inéditos compostos pela nova formação, logo no início de 2013 começamos a tocar ao vivo e durante esse ano gravamos e colocamos disponível para venda o ep nos nossos concertos durante 2013/2014. Regressamos com um EP para quem esperou muito tempo, um álbum levaria mais tempo. Como foi trabalhar nestes temas? Foi muito bom, estivemos muito empenhados na composição, e a preparar tudo cuidadosamente para que corresponde se às nossas espectativas, trabalhamos muito com maior frequência de ensaios e juntar as várias ideias de cada um. Qual a importância desta edição para ti? Confesso que foi um verdadeiro desafio e responsabilidade, a banda tem uma grande reputação no underground nacional e mais de uma década e meia de vida, bons músicos com objectivos bem definidos que iam ao encontro dos meus, a dedicação e empenho de todos contra as adversidades que fomos encontrando ao longo do tempo fez com que o “The Death of Silence” fosse muito especial por todos os desafios e objectivos realizados . Como surgiu a parceria com a Music In My Soul para a reedição deste trabalho? Em meados de 2014 houve uma proposta da MIMS que na altura parecia interessar aos objectivos da banda , o ep estava a ser vendido de forma promocional, para mais tarde editarmos uma versão final que fosse distribuído para venda nas lojas, íamos precisar disso e apareceu alguém com uma proposta para que tal acontecesse. Podes adiantar-­‐nos alguma coisa do novo álbum a editar no primeiro semestre do próximo ano? Estivemos a tentar para que isso acontecesse no final deste ano mas não está a ser possível por isso esperamos, que muito antes do verão tenhamos o álbum na mão. O álbum instrumentalmente é a continuação do EP, no conteúdo lírico será bem diferente . Ainda não definimos bem o número de temas que irá conter, pois temos material que excede o tempo de um CD. Conta com temas muito agressivos com a sua melancolia sinfónica que já conhecem no EP. My Enchantment tem participado em vários concertos nos últimos tempos e brevemente estarão no VI Festival Irmandade Metálica. Os concertos ao vivo são um dos vossos principais objectivos com a banda? Este último ano e meio tem sido bom tocamos quase todos os meses em diferentes sítios e festivais e tem

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sempre havido uma boa reacção tanto das pessoas como dos locais onde actuamos. Mas neste futuro próximo (2016) essa rotatividade não tende a abrandar muito, queremos tocar ao vivo o máximo possível e tencionamos preparar tudo para o nosso próximo álbum, criar o cenário e ambiente adequado para o que acreditamos ser o início de algo que será muito bom para a banda após o lançamento. O que achas desta enorme quantidade de eventos que tem surgido nos últimos tempos? Muito bom e talvez mau (risos) temos tendência a criticar ou por ser em excesso ou por falta dele. Actualmente são alguns, quero ir ver concertos diferentes e no fim descubro que são no mesmo dia e em locais completamente distantes um do outro (risos). O público tem respondido ao surgimento destes eventos, assim como da enorme quantidade de bandas que tem surgido? Varia muito do local e do tipo de evento que se realiza, de certa forma nota se diferença de concerto para concerto na adesão. Que achas da situação actual do metal nacional? Tem evoluído ao longo dos anos em umas coisas e regredindo em muitas outras. Como nasceu esta tua paixão pelo metal e que banda ouviam no início? Para ser sincero nem me recordo de ano ou altura que tal aconteceu eu acho que já nasci a ouvir metal (risos), foi sem dúvida pela minha irmã mais velha ouvir thrash/death metal que eu comecei a ouvir música e a ter juízo. Ouvia e ouço muito death metal americano e nórdico até que no inicio da década de 90 conheci bandas de black metal escandinavo e comecei a seguir religiosamente até aos dias de hoje , assim como outros géneros de metal. Também eras um adepto dos concertos e do ambiente transmitido? A partir do momento que fui a um concerto e gostei fiquei viciado, e claro que tudo o que proporcionar um bom “ambiente” é mais um dos motivos porque se gosta tanto de ir a concertos. omo surge o teu interesse pela participação como músico nas bandas? Eu era mais um dos que ouvia musica e desenvolvi curiosidade por estudar, tentar tocar o que ouvia das bandas que eu gostava, depois de conhecermos a música queremos progredir e aplicar o nosso conhecimento e sentimento junto de outros ou individualmente, fazer aquilo que ouvíamos outros fazer. Eu ia a muitos concertos, assim que dei o meu 1º concerto gostei tanto que não quero parar. Algo que começa como um gosto pessoal e depois queremos mais, a música faz parte de mim e do meu quotidiano, para os bons e maus momentos faz me sentir bem. No último número da Ode Lusitana, realizamos uma entrevista com o Rui Vieira dos Baktheria, banda da qual fazes parte como baterista. Como surges nesta banda e como nasce este teu contacto com o Rui Vieira?

Eu tinha deixado de tocar bateria em um projecto anterior e estava disponível para voltar a tocar, conheci o Rui por um anúncio há procura de baterista para um projecto que ele já tinha, ainda ensaiamos umas vezes até que um tempo mais tarde ele quis formar uma banda e falou comigo, começamos então a trabalhar no álbum pouco tempo depois entra o Rui Marujo e foi assim que se instalou o caos e a desgraça. O que nos podes dizer do novo trabalha que tens de nome Cisne Negro? Projecto diferente dos meus outros, que se está a revelar no bom caminho, agora é só uma questão de estar cá fora e de tempo. E assim chegamos ao final desta entrevista, da qual agradeço novamente a tua colaboração. Estas últimas palavras são tuas e podes dizer o que quiseres! Obrigado Marco pela tua vontade e dedicação há divulgação do metal assim como há Ode Lusitana pela sua existência e contributo. Obrigado a todos os que colaboram e contribuem para o Metal \m/ www.facebook.com/My.Enchantment.PT

Breves / Notícias (cont.)

-­‐ Mosher Fest 2015 – Chapter II decorre no dia 14 de novembro no Massas Club na Zona Industrial da Pedrulha (Coimbra) e conta com a participação de Dew Scented (Ale), Holocausto Canibal (death / grind – Porto, cujo último EP “Larvas” data de 2014), Mutant (Esp), For The Glory (hardcore -­‐ Lisboa) e Terror Empire (thrash metal – Coimbra, que editaram este ano o seu primeiro longa duração “The Empire Strikes Black”). -­‐ My Dementia, banda lisboeta de doom / death metal, formada este ano de 2015, nasce das cinzas de Endovelicus (que tinha lançado em 2013 a demo “My Dementia”) e em setembro fez a sua estreia com o EP “The Struggle (to Find One’s Identity)”. A banda é formada por Miguel Carneiro (voz / guitarra), Daniel Ferreira (guitarra), Pedro Conde (baixo) e Guilherme Serôdio (bateria). O EP está disponível no bandcamp da banda e é composto por 5 temas com a duração de 30 minutos.

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-­‐ Já mexe o Santa Maria Summer Fest que decorrerá de 9 a 11 de junho do próximo ano em Beja. Até ao momento estão confirmados Rotting Christ (black / dark metal -­‐ Grécia), Cripple Bastards (grindcore -­‐ Itália), Allen Halloween (rap alternativo (!!) -­‐ Lisboa), Decayed (old school black metal -­‐ Lisboa), Amulet (heavy metal – Inglaterra) e Empty (black metal -­‐ Espanha). -­‐ Ravensire, banda lisboeta de heavy metal formada em 2011, fez uma nova prensagem em cassete do seu longa duração de estreia “We March Forward” e também disponibilizou no youtube o tema “Temple at the End of the World” e que fará parte do álbum “The Cycle Never Ends” a editar em 2016. -­‐ Embraced By Fall, banda formada em 2013, com origens em Lisboa e Tomar, praticantes de death / doom metal e composta pelo Carlos Fonte e Sérgio Garraio, lançou no dia 1 de outubro o longa duração “Embraced by Fall”. -­‐ Eadem, banda de black metal fundada em 2009, lançou em 21 de setembro passado a segunda promo de nome “Hekserij”, constituídos por Stramonivm (voz / guitarra / bateria), Malfiore (baixo / voz) e T. (guitarras /efeitos). Confere a negritude e o caos do seu som!

Agenda

Outubro

18 – Desecration

(Ing) / Holocausto Canibal / Unfleshed / Cape Torment – Porto Deathfest 2015 – Metalpoint, Porto 19 – Ensiferum (Fin) / Cruz de Ferro – Paradise Garage, Lisboa 20 – Ensiferum (Fin) / Cruz de Ferro – Hard Club, Porto 24 – Serrabulho / Monolyth / Consequence – BTM Fest – Hard Bar, Bustos, Oliveira do Bairro 24 – Cape Torment / Chaos Ritual – Círculo Católico de Operários de Barcelos 24 – Morte Incandescente / Nefastu – Metalpoint, Porto 30 – Serrabulho / PadariaGang – Grupo Desportivo da Mata, Covilhã 30 – Neoplasmah / Karbonsoul / BurnDamage / Disthrone – The Unleash of the Witches for a Warm-­‐Up Halloween Party (“Female Growlers United Front” Fest) – RCA Club, Lisboa 31 – Theriomorphic / Bleeding Display / Neoplasmah / Cape Torment – Metalpoint, Porto 31 – Bizarra Locomotiva / Dapunksportif / Miss Lava / Wells Valley – Halloween Party – RCA Club, Lisboa Novembro 1 – Apocalyptica (Fin) / Tracer (Austrália) – Coliseu, Porto 3 – Apocalyptica (Fin) / Tracer (Austrália) – Coliseu dos Recreios, Lisboa 6 – Gun (Esc) – Paradise Garage, Lisboa 6 – Peste & Sida – RCA Club, Lisboa

7 – Martelo Negro / Disthrone – Covil Bar Urban Club, Almada 7 – Baktheria / Gatos Pingados / Konad – Disgraça, Lisboa 7 – Avulsed (Esp) / Lux Ferre / K-­‐ØS (Esp) / Mindfeeder / Hpurswill / Moonshade / Gennoma – Pax Julia Metal Fest V -­‐ Casa da Cultura, Beja 13 – Serrabulho / Consequence / PadariaGang – IV Mostra Vilametal – Rio Live Concept, Bragança 13 – Buried Alive / Booby Trap / Soul Doubt – Metalpoint, Porto 13 – Dew-­‐ Scented (Ale) / Switchtense / Bleeding Display / BurnDamage – Warm Up Moita Metal Fest – In Live Caffé, Moita 14 – Dew-­‐ Scented (Ale) / Holocausto Canibal / Mutant / For The Glory / Terror Empire – Mosher Fest 2015 – Massas Club, Coimbra 14 – Machinergy / My Enchantment / Speedemon – In Live Caffé, Moita 14 – Black Howling / Dolentia / InThyFlesh /Arhat – RCA Club, Lisboa 14 – Head:Stoned / Mindfeeder / Waterland / Mor – IV March of Metal Festival -­‐ Hard Club, Porto 15 – Fear Factory (EUA) / Once Human (EUA) – Paradise Garage, Lisboa 15 – Gamma Ray (Ale) / Serious Black (Ale) / Neonfly /Ing) – Hard Club, Porto 17 – Gamma Ray (Ale) / Serious Black (Ale) / Neonfly /Ing) – Paradise Garage, Lisboa 21 – Hell Dogs / Waterland -­‐ Metalpoint, Porto 27 – Carcass (Ing) / Obituary (EUA) / Napalm Death (Ing) / Voivod (Can) – Deathcrusher Tour 2015 – Cine Teatro Corroios GCC, Corroios 27 – Ghost (Sué) / Dead Soul (Sué) – Hard Club, Porto 28 – Ghost (Sué) / Dead Soul (Sué) – Paradise Garage, Lisboa 28 – Bosque / Névoa / Agonia / Carma – Labyrinth Doom Fest II – Metalpoint, Porto

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