2022

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Mariana Galli 2022

Mariana Galli (1981, Rio de Janeiro)

Mariana Galli (@marianagaleli393) • Fotos e vídeos do Instagram

Artista visual, interdisciplinar, com interesse na escrita crítica e poética , nas potencialidades e cruzamentos da fotografia, da performance e do vídeo. Tem usado a fotografia e o vídeo como um modo de performar a si mesma e sua relação os sentidos de corpo, morte e sexualidades. Nos entrelaçamentos de um fazer autobiográfico considerando suas trajetórias, seus deslocamentos, suas marcas, seus vestígios e suas ruínas enquanto memória pessoal e coletiva. galllimari@gmail.com

Eixo Arte

Vive e trabalha em Goiânia-GO.

Título: Visitante Imaginária (2013) Técnica: Materiais:Fotoperformance/Trípticopeixe,saltovermelho,tecido branco com pérolas. Dimensões: variáveis Curitiba - PR

A série de fotografias Visitante Imaginária nasce no limiar de memórias silenciadas, perdidas e reencontradas, reelaboradas, inventadas, matéria própria da poesia; do sonho, do delírio e da imaginação, procuro interligar, compor, arranjar, de modo que o improvável e o imaginado possam ser acontecimento e interligar-se de forma simultânea a um espaço especifico da cidade em que vivia. O ponto de partida foi o encontro com a história do corpo de uma jovem que se suicidou em 1901, cujo corpo chegou ao Instituto Médico Legal de Paris e a quem os franceses se referem como a “Desconhecida do Sena”, uma espécie de mito criado em torno da morte de uma mulher com uma inquietante expressão de gozo no rosto e cujo busto feito em gesso, transformou-se em modelo para a confeção dos bonecos usados em treinamentos de socorristas e paramédios . O encontro com o corpo dessa mulher desconhecida com as águas de um Rio e com a morte são reiterados de modo que passado e presente se cruzem, se sobrepõepossam refletir sobre os conceitos de corpo, morte e sexualidade norteadores do processo de criação em fotografia, performance e vídeo.

Link para visualização dos trabalhos: Mariana Galli | EIXO Arte

Visitante Imaginária (2013)

Título: Visitante Imaginária (2013) Técnica: Materiais:Participante:Fotoperformance/TrípticoThiagoSousapeixe,saltovermelho,tecido branco com pérolas. Impressão fine art Dimensões: variáveis Curitiba - PR

No teu azul anoiteço (2013)

A ação de banhar-se é ao mesmo tempo ritual e homenagem aos meus mortos e a realizo no alto de um prédio em uma pequena piscina de plátstico. Tais imagens nascem da ideia de um mergulho profundo em minha própria história, de um corpo que anseia pelo encontro com as aguas e suas simbologias. O mar matéria fundaoura da vida é também lugar de tormenta e morte na qual reecontro meus antepassado e descanso meus anseios, minhas fragilidades e meus fracassos, lugar onde reuposam as dores e as perdas de algo que é anterior a minha própria existência. Do poema disperso em fragmentos anotados recorto e colo as palavras encontradas afim de que delas possam eclodir novas imagens e sentidos.

No

azul anoiteço

Materiais:Fotoperformancetecidobranco,piscina de plástico

PR

Curitiba

Técnica: água de rosas.

Título: teu (2013)

Dimensões: 30x40 cm cada imagem.

Curitiba PR

Título: No teu azul anoiteço (2013)

Dimensões: 30x40 cm (cada imagem)

Técnica: Materiais:Fotoperformancetecidobranco,piscina de plástico água de rosas.

A fotoperformance "Mar a dentro", foi realizada a partir da proposta desenvolvida na série "Visitante Imaginária", na qual realizo um convite para um artista de meu convívio performar a história da "Desconhecida do Sena", ou seja , pensando sobre esse corpo feminino que se entrega as águas, um encontro com a morte e com os desejos. O participante era convidado a despir-se e a segurar um peixe no alto do prédio, de modo a simbolizar esse encontro com a morte, os desejos e a sexualidade, mas também refere-se a história de mulheres que vieram antes de nós, os materiais como o tapete de minha avó são uma conexão com sua história, o modo como ela chegou aqui pelo mar, vinda da Síria com apenas 9 anos. Ainda é também uma reflexão sobre as violências vividas como mulher, já que a sexualidade da mulher era um tabu para sua geração e o sexo para ela e para muitas mulheres de sua geração era apenas uma obrigação do casamento.

Mar à dentro (2014)

Título: Mar á dentro (2013) Técnica: Materiais:Participante:FotoperformanceLaraLimatecidobranco,piscina de plástico água de rosas Dimensões: 30 x40 cm (imagem fundo azul), 30 x50 cm (imagem fundo escuro) Curitiba – PR

Povo das águas (2017)

A série de fotoperformance “Povo das Aguas” foi realizada como uma continuidade da fotoperformance “Mar à dentro”, ela se refere a ação de entregar-se as águas, lavar, molhar, banhar, são verbos que guiam as ações de encontro com o “povo das aguas”, com a memória de meus antepassados no anseio de um contato ainda que efêmero e metafórico com o mar e com minhas memórias. Penso que no mar é onde jazem os corpos daqueles que não conheci, daqueles que não chegaram até aqui, desse modo o banhar-se foi pensado e preparado como um ritual e uma homenagem aos meus mortos. Realizo uma sequência de ações pré-determinadas no alto de um prédio em uma pequena piscina de plástico. Carregar os baldes pelas escadas, entrar na dimensão desse lugar tão alto no meio da cidade e diante de todos e ao mesmo tempo saber que talvez, não haja ninguém vendo, de fato sinto o tempo em cada passo, por entre os dedos do pé. O mar matéria fundadora da vida é também lugar de tormenta e morte na qual reencontro meus antepassados e descanso meus anseios, minhas fragilidades e meus fracassos, lugar onde repousam as dores e as perdas de algo que é anterior a minha própria existência. Do poema disperso em fragmentos anotados em cadernos dispersos, recorto e colo as palavras encontradas afim de que delas possam eclodir novas imagens e sentidos.

Título: Povo das águas (2014) Técnica: Materiais:Participante:FotoperformanceKaduCardosolençocolorido,cap de marinheiro, piscina de plástico água de rosas. Dimensões: 30x50 cm (imagem esquerda), 30 x45 (imagem direita) Curitiba - PR

A interação entre os corpos convidados a performar para a câmera, o ambiente e os materiais criam um campo onde performance e fotografia se entrelaçam, corpo e memória configuram um espaço entre o real e o imaginado.

Entre o céu de agora e o de sempre (2015)

A série de fotografias norteada pela pesquisa acerca dos sentidos dos conceitos de corpo, morte e sexualidade, que levaram a um busca por reelaborações de minhas memórias e de rituais ligados a cultura afro-brasileira e as mitologias yorubas, assim inicio a busca pela compreensão de elementos referente as energias Iansã e OOgum.metal, e o tempo são na mitologia africana associados aos orixás Ogum(metal, terra, instrumentos) e Iansã (tempo, o vento e as tempestades), tais orixás possuem características próprias e emanam energia através de determinados objetos e materiais que são utilizados em ornamentos e oferendas em rituais específicos. Diante disso convido dois participantes a irem a um ferro velho da cidade, local no qual tempo e metais interagem e transforam objetos esquecidos e descartados, que já não tem sua utilização na vida cotidiana, como elementos simbólicos que componham o ambiente específico para o desenvolvimento das ações registradas em fotografia.

Materiais: tecido branco, piscina de plástico água de rosas.

Técnica: Participantes:FotoperformanceThayliseBecker e Thiago Souza

Dimensões: 30x40 cm (cada imagem)

Título: Entre o céu de agora e o de sempre: Iansã e Ogum (2015)

Curitiba - PR

Efún (2017)

“Efún” é pedra de giz, também chamada pemba, usada para riscar ponto e firmamentos, ou em pinturas corporais de iniciação, ainda pode ser misturada à preparados de ervas para banho. É aqui nome da ação de mergulhar meu corpo e o peixe pintado com uma mistura de pasta corporal com pó de pemba vermelha.Atravésdesse

gesto procuro reelaborar a história e a memória do meu corpo e seus modos de escapar da morte, de resistir as violências sofridas , um modo de calar a dor e o medo. Mergulho com o peixe em aguas que se tornam escuras misturadas ao meu cabelo, sinto o gelado úmido do peixe, sinto sua escamas, seu cheiro escorre pelo meu corpo, sinto o embate da vida e da morte enquanto em minha cabeça tudo ao redor parece desaparecer, não sinto o peixe, esqueço o medo, me despeço da morte.

Título: Efún (2017)

Dimensões: 40 x 50 com (cada imagem)

Curitiba PR

Materiais: tinta vermelha, preparado de ervas para banho e peixe.

Técnica: Fotoperfomance

“Ogó” é série de fotoperformance que apresenta o corpo da artista como instrumento ritualístico de poder que remete ao falo na cultura yorubá, é nesse trabalho continuidade de diferentes ações rituais elaboradas como fotoperformance. O Vermelho é cor e elemento que delimita os espaços entre meu corpo, peixe, planta, o veludo azul, juntos se tornam composição e atuam como elementos de linguagem e criação tanto sensível, quanto estética e política. Ainda Ogó é emblema da alma, é armadura, artefato, símbolo, é também tinta vermelha sobre pele e pelos.

Link para visualização dos trabalhos: Mariana Galli | EIXO Arte

Ogó (2017)

Título: Ogó (2017) Técnica: Materiais:Fotoperformance/Trípticotintavermelhaempasta sobre corpo, peixe, espada de são Jorge e anéis. Dimensões: 30x45cm, 30 x 40cm, 30x40cm Curitiba - PR

Rio das almas (2017)

“Rio das almas” é um lugar, de onde dizem que aquele que ali entrar, sempre terá que voltar. Entrei nesse rio, pintei meu corpo de vermelho e cantei para Ogum, descobri que para mim a arte habitava esse lugar onde se cruzam memórias pessoais, objetos, paisagens corpos e rituais, é série de fotoperformance que nasce desse banhar, nele águas, espelho, corpo e tinta se misturam e se perdem.

É também água que transborda nos tempos de chuva, que arrasta o que já não cabe mais em mim, nascente de rio que segue curso no sentido sul-norte compõem a Bacia do Rio Tocantins e desemboca na foz do Rio Maranhão

Título: Rio das almas (2017) Materiais: Tinta vermelha, e dois espelhos Técnica: PirenópolisDimensão:Fotoperformance50x90cmGoiás

Título: Rio das almas (2017)

Materiais: Tinta vermelha, e dois espelhos

Dimensões : 30x 40 cm (cada imagem)

Pirenópolis- Goiás

Técnica: Fotografia digital

Título: Rio das almas (2017) Materiais: Tinta vermelha, e dois espelhos Técnica: Dimensões:Fotoperformance30x45cm(cada imagem) Pirenópolis - Goiás

A série de fotoperformance “Patacori” nasce das intervenções realizadas um acervo de registros de uma ação ritual realizada em um espaço específico de transiçâo entre a regiao urbana e rural da cidade de Goiânia.

As operações de corte, contraste e de saturação são realizadas com o objetivo de extrair das imagens obtidas o seu limite, expondo seus ruidos, seus contornos e seus espaços de indefinição causados pelas sucessivas intervenções sobre o arquivo digital.

A palavra Patacori é ação e saudação à Ogum que procuro condensadar através gesto de pintar o corpo de vermelho. Vou ao espaço escolhido com o facão em mãos e durante um tempo não determinado procuro “abrir caminhos com o facão” de modo a ser empregnada pela percepção desse gesto e seu poder como elemento do ritual. Tal gesto se repete pela possibilidade e pelo desejo de pertencer a esse outro lugar. É também força e desejo de abrir caminhos e que através dele possam coexistir os sentidos poéticos e simbólicos do gesto.

Patacori (2021)

Golpeio o mato e o vento, por algum tempo enquanto ainda consigo sustentar o gesto sem de fato nada alterar nem no mato nem na paisagem. A ação se repete como de modo a tensionar os limites entre os corpos e objetos, entre natureza e paisagem e suas constantes transformações.

Patacori (2021)

(saudação em yorubá à Ogum) Série de 5 fotografias digitais Materiais: Terreno baldio, Tinta vermelha, fação e mato. Técnica: ZonaImpressãoDimensões:Fotoperformance/tripticovariáveisFineartRuralGoiâniaGO

Tìtulo:

Patacori (2021 ) (saudação em yorubá à Ogum) Série de 5 fotografias digitais Materiais: Terreno baldio, Tinta vermelha, fação e mato. Técnica: Fotografia digital Dimensões: 50 x80 cm Link$750para exposição https://mulheresemresidencia.com.br/exposicao.htmlvirtual:

Descrição vídeo: o que se vê é o corpo de uma mulher com cabelos escuros de costas para a câmera, a mulher segura um fação com a mão direita, desenvolve uma ação de cortar a vegetação, como se tentasse abrir um caminho à sua frente. O tempo do vídeo é em alguns momentos acelerado e desacelerado. Há bastante contraste e saturação das cores,

Materiais: tinta vermelha , facão, terreno baldio Técnica: videoperformance

Link para visualização do vídeo: https://youtu.be/N80TWK6AYII

A vídeo performance “Nadada me cala: a forja e a lâmina” é resultado da intervenção sobre registros de uma performance realizada sem público, cujos fragmentos são recortados e colados, saturados até atingir o limite das cores, nele o verde o vermelho definem os limites da pele, do corpo e do metal da faca. Tais operações nascem da performance intitulada “Patacori” realizada em 2021 como forma de ação e reflexão sobre a situação de violência e de desespero extremo vivido, é lançar-se diante do acúmulo, do empilhamento de sentimentos frente as situações diversas em que não pude gritar, ou que mesmo gritando não seria ouvida porque os autores da violência já não estavam mais lá, a experiência de performar sentimentos e memórias pessoais, é tornar acontecimento através de uma única ação e sua repetição. É também expressar através dos gestos, palavras e imagens, alinhavando seus sentidos através fragmentos que não são capazes de abarcar o todo da ação, por isso não há início, nem final nos Essasvídeos.imagens

Duração: 24” (para ser executado em looping)

Still de videoperformance

nascem do desejo de que ao menos houvesse um grito de espanto, um gesto que pudessem recompor o tempo, que tratasse as feridas, e reconstituísse os cacos de uma história. O que pode o corpo, quando nada nos cala? Quando a dor é infinita e não há para onde fugir.

Nada me cala: a forja e a lâmina (2021)

A série de fotografias “Lá e Cá” e a fotografia “Elã” forma realizadas durante a pandemia no ano de 2021 e tem como ponto de partida a reflexão sobre o constante risco de morte ao qual fomos submetidos enquanto coletividade, sobre o sentimentos de ruptura e perda que se maximizaram com a pandemia, configurando uma vida excessivamente exaurida eprecarizada pelos processo de virtualização das relações e das trocas (sociais, economicas, culturais e afetivas).

Uma vida que se viu reduzida a contornos e silhuetas, um espaço no qual real e digital se interpõem numa velocidade que nos assalta, invade e rompe. Há nesse sentido uma linha imaginária que nos separa dessa existência do agora da existência que se teve anteriormente, para a qual não há como retornar, estabelecendo a partir de então uma zona intermediária entre a vida e a morte. Há um estado de perda e de luto coletivo que marca nossas existências e que compõe essas imagens.

Lá e cá (2021)

Intervenção sobre fotografia digital

Zona rural Goiânia - GO

Título:Lá e Cá (série 2021)

Dimensões: 30x40 cm cada imagem, Impressão sobre papel algodão

Zona rural Goiânia GO

Técnica:Intervenção sobre fotografia digital

Dimensões: 30x40 cm cada imagem, Impressão sobre papel algodão

Título:Elã(série 2021)

Técnica:Intervenção sobre fotografia digitall

“Sangria: circulo e silhueta” é uma série de fotografias que são resultados da ação de intervenção sobre o mesmo espaço da série anterior, na qual meu corpo está em um lugar cercado pelos vestígios uma demolição, entre o que é hoje e o que foi um dia, revelando aquilo que enquanto casa escondia, suas paredes em azulejos e barro são agora ornadas por palntas que crescem sem poda.

sangria: círculo e silhueta (2022- segunda ação)

Nessa espaço ativado pela presença do meu corpo me movimento lentamente, ativando cada passa e respiração. Sento em uma cadeira e permaneço no local. Em um segundo momento uso um circulo vermelho sobre meu rosto e desenho sobre o corpo linhas pretas, tais interferencia são uma conitnuidade das ações e reflexões iniciadas com a série “sangria dilemas da terra e do corpo”.

Através dessas ações retomo as questões acerca dos sentidos de corpo, morte e sexualidade norteadores da pesquisa e da criação de imagens desde 2012.

Hà na montagem das imagens a formação de um triptìco verticalizado, a possibilidade de 3 tempos sobreposto que ora se afasta ora se aproxima do observador, os espaços de sombra e cor diluem os limites entre meu corpo e o lugar em uma unica paisagem.

Dimensões: 30 x60 cm (cada)

Título: Sangria: silhueta e circulo vermelho (2022)

Casa abandonada setor Sul. Goiânia-GO

Materiais: circulo vermelho, roupas pretas e tinta vermelha.

Técnica: interferência sobre fotografia digital

Sangria é ainda, substantivo feminino, conforme definição do dicionário pode referir-se a um corte feito na veia para retirada de sangue, usada como medicina alternativa cuja técnica remonta aos tempos medievais. Sangria é nesse trabalho metáfora do mundo, pressupõe a cura ou alivío de males diversos da matéria e do espírito.

O título da série remete aos procedimentos e operações gráficas e visuais, usados cotidianamente na diagramação e edição de textos e imagens, regra geral que estabelece um espaço de segurança para os cortes.

Sangria (2022- primeira ação)

“Sangria” é uma série de fotoperformance resultado das operações de interferênciarealizadas sobre a mesma ação de permancer em uma paisagem, apresento uma reflexão acerca dos processos de disputa pelo espaço, nas complexidades e matizes que compõe o espaço social e suas violências em suas formas estruturais de poder e dominação, sobre as marcas advindas dos processos de colononização dos corpos e dos imaginários, vetores que incidem sobre meu corpo e minha subjetividade, ou seja sobre os modos de ser e estar no mundo.

Sangria é o extravazamento desse espaço de segurança que condiciona os limites de uma imagem a ser editada e depois impressa, definindo suas margens. No entanto, nesse deslocamento do uso cotidiano do sentido da palavra sangria, proponho seu inverso, exponho seus cortes, aproximo e condenso suas margens para se tornem forma central da paisagem, formas que rementem aos dilemas das fronteiras , mas também refere-se o uso dos recursos naturais e das intervenções sobre os ambientes naturais atingirem seus limites, seu esgotamento, sua saturação, atingindo o ponto de não-retorno.

Casa abandonada setor Sul. Goiânia-GO

Materiais: roupa preta e tinta vermelha sobre rosto.

Técnica: fotoperformance /Tríptico

Dimensões : 30 x60 cm cada

Título: Sangria(2022-)

Corpo, carvão e escrita Espaço interno, casa –Goiânia

Remeto através da escolha desses elementos a minha história particular e também à história das mulheres que vieram antes de mim, aos encontros com a morte como uma metáfora acerca violências vividas e das quais muitas vezes não foi possível escapar. Um corpo que se reitera e se recompõe enquanto carne e crítica capaz de mover fronteiras, borrar os contornos em busca de compor novas formas de existência, ainda que provisórias.

A primeira ação “Vence-Demanda” nasce da investigação de colocar de deitar meu meu corpo sobre um grande volume de carvão como se junto pudesse enterrar os vestígios e memórias de situações das quais não foi possível me defender e sobre as quais se perderam os sentidos de justiça.

vence-demanda (2022-)

O vermelho e o carvão enquanto materialidades atravessam os tempos histórico cujo uso simbólico e ritualístico é anterior a própria escrita, é também, desejo, instinto, pulsão e sexualidade.

O carvão refere-se a pergunta “ o que sobra dos processos de destruição” a que somos submetidos enquanto coletividade, e em como seguir ou dar continuidade a nossas existências.

O carvão é combustível fóssil, material extraído da natureza de modo exploratório e devastador, é fonte de energia não-renovável, é ao mesmo tempo vestígio de uma destruição.

O vermelho é nesse trabalho cor e corpo que juntos manifestam e acionam outras dimensões sensoriais e perceptivas que aciona as relações entre o corpo em vermelho e a materialidade do carvão ambos se transformam e esvanecem.

Primeira ação: ambiente interno, deitada sobre carvão.

Dimensões 30 x45 cm (cada)

Impressão fine art

Título: Vence –Demanda (2022)

Técnica: fotografia digital

Materiais: carvão, sai de gira, guias de santo e tinta vermelha

Casa da artista .Goiânia Go

Descrição do vídeo: Há a presença do corpo da artista pintado de vermelho , centralizado , com o corpo deitado sobre o carvão, há os sons do ambiente e sua manipulação uma paisagem sonora especifica que compõe o ambiente em múltiplas dimensões.

Cores, paisagem sonora, sons do corpo sobre o carvão. Materiais: corpo, tinta vermelha e carvão

Still videoperformance Vence Demanda (2022 )

Link para vídeo(10015) VENCE DEMANDA 2022 YouTube

Duração: 50””

Igreja de Santa Bárbara – Cidade de Goiás

“Honrei às almas” é série composta compondo um acervo de fotografias e vídeos, dispondo em uma paisagem específica , um lugar que marca um o início do território quilombola e cuja Igreja de Santana Barbará é marco. Nesse lugar disponho meu corpo pintado de vermelho e com uma saia vermelha de gira, ouço histórias de moradores e visitantes, os de dentro, os de fora, os que foram e voltaram, e também a história daqueles que permaneceram e constroem seus modos de existência e resistência, nessa cidade que foi um dia a capital do estado e hoje é cidade- patrimônio conhecida por ser a cidade da escritora Cora EmbaixoCoralina.daárvore frondosa que ali estendia sua sombra com braços enormes, parei, permaneci diante do agora, nesse tempo fechei os olhos e dancei em homenagem aos meus mortos e também às almas do lugar.

“Honrei às almas” (2022)

Cidade de Goiás GO

Técnica: fotografia digital

Acervo da artista

Título: Brasil à dentro (2022)

Dimensões: 30cm X 45 cm cada imagem

Mapeamento Cidade de Goiás- Cruzeiro das Almas Título: Brasil â dentro Técnica: fotografia digital Dimensões: variáveis Acervo da artista

Cidade de Goiás-GO

Técnica: impressãoDimensão:giracorporalMateriaisfotoperformance:pastavermelhametálica,saiadevermelhaecarvão90cmx110cm,fineart.

Primeira ação.

Cidade de Goiás GO

Título: Honrei às almas (2022).

Primeira ação.

Cidade de Goiás-GO

Materiais: pasta vermelha corporal metálica, saia de gira.

Técnica: fotoperformance/ quadriptico

Título: Honrei ás Almas (2022).

Dimensões: 30x40 cm (cada)

DimensõesFotoperformance:30x 80 cm cada

Materiais: pasta vermelha corporal metálica, saia de gira vermelha e carvão .

Cidade de Goiás- GO

Título: Honreis às alma (2022).Igreja de Santa Bárbara Primeira ação.

Rio Vermelho é nascente, é também local de nascimentos e mortes de transbordamentos diversos, marcada pelos ciclos de disputas pelo território, seguido pelos ciclos de exploração e colonização, sede do poder estadual e hoje patrimônio universal. Nesse lugar, onde os mapas se embaralham e os tempos se sobrepõe, estive com o meu corpo em experiência e transformação , um ato de “pertencer” ainda que de modo transitório e temporário à esse lugar. Rio vermelho é ato performativo e fotográfico através do qual reinvento e reelaboro minha própria existência.

Palavras chave: corpo, memória, lugar.

Há diversos dizeres sobre a origem de seu nome, alguns dizem ser devido aos corpos dos indígenas mortos que eram jogados no rio na época da colonização com a chegada dos bandeirantes .

Rio vermelho (2022-)

Fato é que em suas margens se formou o Arraial d´Santana, região que hoje forma o bairro Alto do Santana e que adentra o território quilombola da cidade, onde algumas fontes dizem que a cidade nasceu.

“Rio Vermelho” nasce na Cidade de Goiás, margeia as cidades da região e percorre seu curso até o Rio Aruanã, , seus ciclos de cheias e vazantes compõe fluxos e afluxos intermitentes que marcam os ciclos da vida e das relações que se ali se constroem.

em pasta sobre corpo, saia vermelha de gira.

Rio Vermelho (2022 )

Cidade de Goiás-GO

Dimensões : 50 x80 cm (cada)

Impressão fine art

Segunda Materiais:Fotografiaação/Dípticotintavermelha

pasta vermelha sobre corpo e saia vermelha de gira.

Segunda Materiais:Fotografiaaçãodigitaltintaem

Dimensões: 40x80 (cada)

Rio Vermelho (2022-)

Cidade de Goiás

Cidade de Goiás

Materiais: tinta vermelha em pasta sobre corpo e saia vermelha de gira.

Rio Vermelho (2022-) Segunda ação.

Fotografia digital manipulada /Díptico

Dimensões: 40x60 cm cada Impressão fine art

Nenhum evento consegue replicar exatamente outro, há a especificidade do agora, do contexto e das intervenções realizadas sobre o acervo de registros que compõe essa série.” ( Mariana Galli, 2022)

Rio Vermelho (2022 )

Dimensões: 30x60 cada imagem (tríptico)

Impressão fine art

Cidade de Goiás- GO.

Segunda Materiais:Fotografiaação.digitaltintavermelha

em pasta sobre corpo, saia vermelha de gira.

Materiais: tinta vermelha em pasta sobre corpo, saia vermelha de gira.

“Penso que toda percepção exige envolvimento. O estar aqui é mais do que o agora.”(Mariana Galli, 2022)

Cidade de Goiás GO

Rio Vermelho (2022-) Segunda Fotoperformance,ação colagem sobre parede

Dimensões: 30x60 cm (cada) Impressão sobre papel algodão

“Hoje o aqui é o meu lugar: esse lugar é chão, onde piso, onde toco, onde me transformo.” (Mariana Galli, 2022)

Rio Vermelho (2022 )

Segunda Materiais:Fotoperformance/Dípticoaçãotintavermelha

em pasta sobre corpo, saia vermelha de gira.

Dimensões: 30 x 40 cm (cada)

Cidade de Goiás GO

Impressão sobre papel algodão, fine art.

Dados pessoais:

Nome completo: Mariana Galli Figueiredo

galllimari@gmail.com

Mini-bio

CEP: 74673-260

Nome artístico: Mariana Galli

Data de nascimento: 19/06/1981

Endereço: Rua J 12, quadra 33, lote 13, casa 01.Setor Jaó, Goiânia- Goiás

Mariana Galli (@marianagaleli393) • Fotos e vídeos do Instagram

Local de nascimento: Rio de janeiro RJ

Artista visual, interdisciplinar, especialista em Artes Hibridas pela UTFPR (2019), interessada na criação e investigação acerca das relações entre a performance, fotografia e vídeo e também na escrita crítica e poética. Vive e trabalha em Goiânia desde 2020, cidade que é parte sua pesquisa atual uma continuidade da pesquisa e da produção inciada na pós graduação e na graduação em Artes Visuais FAP UNESPAR (2016). Em 2022 foi selecionada para a Residência Artistica Goyazes Lab com acompanhamento e curadoria de Helô Sanvoy e Glayson Arcanjo, particicpou exposição virtual coletiva pela galeria Eixo Arte Contemporanêa, no ano anterior foi selecionada para a residência artística on line pelo edital nacional Mulheres em Residência, promovido pela Galeria Ponto de Fuga (Curitiba-Pr) com apoio da Lei Aldir Blanc. Em 2017 foi selecionada para o Núcleo de Artes Visuais do Sesi-PR, com orientação de Ricardo Basbaum, com leitura de portifólio e debates sobre Arte Contemporânea considerando seus circuitos e redes. No mesmo ano foi aprovada com portfolio e série fotográfica para o evento nacional “Mulheres na Fotografia no Museu da Fotografia – Curitiba PR, com orientação de Anuscka Lemos. Participa de exposições coletivas e eventos de arte contemporânea desde 2013 teve suas séries de fotografias expostas pelo Circuito Universitário de Curitiba pela Bienal Internacional de Curitiba em 2013 e 2015 com trabalhos em fotoperformance e vídeo.

da arte contemporânea – exposição virtual coletiva série de fotoperformance “Patuá de ogum”. Rio de Janeiro-RJ.

2022- Selecionada para catálogo 2022-2023 da galeria Eixo Arte.

2022- Exposição coletiva “Eixo-arte Contemporânea”- maio/junho . Curadoria Sara Figueiredo e mediação Amanda Leite.

2017- Exposição do Grupo de Estudos em Processos e Criação em arte contemporânea. Curadoria e Orientação Eliane Stanckvich. Aristas convidados Cesar Regina, Janete Anderman, Maikel da Maia e Maria Lucia de Julio. Museu da Fotografia. Curitiba-PR.

2021Projeto-Lugar

2020- Residência na Residência. Tutoria: Leopoldo Taufenbach.

2016- Interarte- Arte e Tecnologia Museu Metropolitano de Arte de Curitiba –MUMA com vídeo- colagem “SexLoop” .

Leitura de Portifólio “O Olhar do outro”, curadoria Amanda Leite e Sara

na Residência. Galeria Ponto de Fuga. Tutoria: Milla Jung. Curitiba-PR

2021Figueiredo.-Mulheres

2017- Mulheres na Fotografia- Seleção de Portfólio e Projeção - Museu da Fotografia- Curitiba- PR. Leitura de portifólio com Anuska Lemos.

2022Exposições:-

2018- Museu da Gravura Sola do Barão- instalação “O Muro” trabalho de conclusão da disciplina de especialização Projetos em Artes Híbridas UTFPR

2012- Mostra Cineclubista – vídeo- colagem “Imaginary Girl”- Centro Acadêmico de Filosofia- UEM- Maringá.

Exposição coletiva- Eixo Arte Contemporânea agosto-setembro. Curadoria: Sara Figueiredo. Niterói-RJ.

2021- Exposição coletiva “Mulheres de olhos grandes”- projeto ”Frestas”Chapecó-RS. Intervenção sobre fotografia analógica “Eu pedra, ela chão” .

2017- Mostra Internacional de Mulheres Artistas – Rizomáticas- Pelotas- RS. Fotoperformance “Mar á dentro”.

2013- Circuito Universitário da Bienal Internacional de Curitiba (CUBIC)- Série de Fotoperformance Visitante – Imaginária- Prédio Dom Pedro I (UFPR)Curitiba – PR.

2017 -Feira de Impressos Solar do Barão- cartões postais e pôster de fotografias- autoria compartilhada Coletivo de dois. Curitiba-PR

2017- Núcleo Sesi de Artes Visuais- leitura de portifólio e acompanhamento crítico com Ricardo Basbaum.

2020- Residência na Residência- exposição virtual coletiva Fotoperformance “Entrega”. São Paulo-SP

2018- Mostra de alunos da pós-graduação da UTFPR- Fotoperformance “Desagouros” .

2022- Residência Goyazes Lab . Curadoria :Helô Sanvoy e Glayson Arcanjo.

2017- SESC Paço da Liberdade- Mostra do Clube da Colagem- vídeo colagem “Sex Loop”. Curitiba- PR.

Residências:

2017 - Feiras de Impressos Sem Censura- Galeria Ponto de Fuga – tríptico de fotografias “Mar de dentro: mar de fora” em parceria com o Coletivo de dois. Curitiba-PR.

2021- Mulheres em Residência- exposição virtual coletiva Fotoperformance “Patacori”- residência artística. Galeria Ponto de Fuga Curitiba- PR

2022Goiânia-Go.-

2015- Circuito Universitário da Bienal Internacional de Curitiba(CUBIC)- Série de Fotoperformance “Entre o céu de agora e o de sempre”- Deartes (UFPR) Curitiba –PR.

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