VENCEDEMANDA 2022

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vence–demanda

2022 Mariana Galli artista visual @marianagfigueiredo




Título: Vence –Demanda (2022) Experimento 1- ambiente interno, deitada sobre carvão. Técnica: fotoperformance Materiais: carvão, sai de gira, guias de santo e tinta vermelha Dimensões: 20x25 cm cada imagem Link para visualização de vídeo: https://youtu.be/X2lUKqXjC5o



“O Vermelho é para mim “corpo de trabalho” através do qual pinto meu corpo, como parte de diferentes ações rituais elaboradas como performance. É elemento de linguagem e criação tanto sensível, quanto estética e política. O vermelho conecta meu corpo com horizontes interiores e exteriores, entre passado e presente. O vermelho é vestígio do tempo, marca do corpo, emblema da alma, é armadura, artefato, símbolo. É também cor da terra, do fogo e do ferro, capaz de promover desarranjos, movimentar sensações e percepções de mundo. O Vermelho é ainda coisa em si, e também latência e carne das coisas, é tinta sobre pele e pelos “. (texto da artista)


Foto still do vídeo : Vence-demanda (2022) Experimento 1, deitada sobre carvão, ambiente interno. Materiais: tinta vermelha e carvão



Instruções da performance: 1.Pintar meu corpo de vermelho, 2.Vestir saia vermelha de gira, carregar sobre o peito as guias de santo. 3. Realizar a caminhada em silêncio partindo da rua para o espaço expositivo. 4.O volume de carvão (aproximadamente 80 kg), já estará no espaço expositivo. 5. Organizar o volume, me cobrir com o carvão , como uma ação contínua, já que o material torna a cair e a desmoronar. Organizar o meu corpo em relação ao carvão. 4. Permaneço imersa no carvão, até se tornar insuportável continuar na mesma posição (tempo não determinado). Ação pensada para ser registrada, manipulada e exposta , acompanhada dos vestígios da ação (carvão, guias e saia de gira), conforme plano expográfico e projeto anexos.


* Simbologia usada como “o ponto riscado” das entidades de esquerda .


Sobre a obra :

“Vence-Demanda” se constitui como uma proposta artística de performance na qual dispondo meu corpo coberto com a cor vermelha, munido das guias de santo sobre o peito (nudez parcial) e uma saia vermelha de “gira”. Marcar o espaço com a presença do meu corpo pintado de vermelho é de certo modo colocar em movimento questões referentes à história e a cultura Brasileira e suas estruturas de poder, mas também como uma alegoria acerca das relações entre o corpo da artista e os territórios da arte contemporânea. Um corpo que se reitera e se constrói enquanto carne e crítica capaz de mover fronteiras, borrar os contornos e compor novas geografias. ainda que provisórias/ transitórias. O vermelho é nesse trabalho cor e corpo que juntos manifestam e acionam outras dimensões sensoriais e perceptivas. O vermelho é fenômeno eletromagnético que atravessa os tempos históricos e cuja materialidade nasce do barro e do sangue, já na Idade da Pedra, é anterior a escrita, é também, desejo, instinto pulsão e sexualidade. O carvão é combustível fóssil e fonte de energia, refere-se à transformação da matéria pela queima. Material extraído da natureza de modo exploratório e devastador, é fonte de energia não-renovável, é sempre sobra e vestígio de uma destruição Remeto através da escolha desse elementos a minha história particular, ao meu nascimento e a relação de rupturas e encontros que constituem minha história cheia de seguir e partir.


Mariana Galli (1981, Rio de Janeiro) Vive e trabalha em Goiânia.

Artista visual, interdisciplinar, especialista em Artes Híbridas pela UTFPR (2019), com interesse na escrita crítica e poética , nas potencialidades e cruzamentos da fotografia, da performance e do vídeo. Têm usado a fotografia e o vídeo como um modo de performar a si mesma e sua relação os sentidos de corpo, morte e sexualidades. Nos entrelaçamentos de um fazer autobiográfico que procura refletir sobre os processos de colonização dos corpos e imaginários considerando suas marcas, seus vestígios e ruínas enquanto memória pessoal e coletiva. galllimari@gmail.com @marianagfigueiredo https://issuu.com/marianagalli2017/docs/portif_lio_2022.1


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EXPOSIÇÕES: 2022- Exposição coletiva “Eixo-arte Contemporânea”- maio/junho . Curadoria Sara Figueiredo e Amanda Leite. 2021- Exposição coletiva “Mulheres de olhos grandes”- projeto ”Frestas”- Chapecó-RS. Intervenção sobre fotografia analógica “Eu pedra, ela chão” 2021- Lugar da arte contemporânea – exposição virtual coletiva série de fotoperformance “Patuá de ogum”. Rio de Janeiro-RJ. 2021- Mulheres em Residência- exposição virtual coletiva Fotoperformance “Patacori”- residência artística. Galeria Ponto de Fuga Curitba- PR 2020- Residência na Residência- exposição virtual coletiva Fotoperformance “Entrega”. São Paulo-SP 2018- Mostra de alunos da pós-graduação da UTFPR- Fotoperformance “Desagouros”. 2018- Museu da Gravura Sola do Barão- instalação “O Muro” trabalho de conclusão da disciplina de especialização Projetos em Artes Híbridas UTFPR- Curitiba- PR 2017- SESC Paço da Liberdade- Mostra do Clube da Colagem- vídeo colagem “Sex Loop”. Curitiba- PR 2017 - Feiras de Impressos Sem Censura- Galeria Ponto de Fuga – tríptico de fotografias “Mar de dentro: mar de fora” em parceria com o Coletivo de dois. Curitiba-PR 2017- Mulheres na Fotografia- Seleção de Portfólio e Projeção - Museus da Fotografia- Curitiba- PR 2017 -Feira de Impressos Solar do Barão- cartões postais e pôster de fotografias- autoria compartilhada Coletivo de dois. Curitiba-PR 2017- Mostra Internacional de Mulheres Artistas – Rizomáticas- Pelotas- RS. Fotoperformance “Mar á dentro” 2016- Interarte- Arte e Tecnologia Museu Metropolitano de Arte de Curitiba – MUMA com vídeo- colagem “SexLoop” 2015- Circuito Universitário da Bienal Internacional de Curitiba- Série de Fotoperformance “Entre o céu de agora e o de sempre”- Deartes (UFPR) Curitiba –PR. 2013- Circuito Universitário da Bienal Internacional de Curitiba- Série de Fotoperformance Visitante – ImagináriaPrédio Dom Pedro I (UFPR)- Curitiba – PR. 2012- Mostra Cineclubista – vídeo- colagem “Imaginary Girl”- Centro Acadêmico de Filosofia- UEM- Maringá


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