Argumentation and Rethoric

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III.2. ARGUMENTAÇÃO E RETÓRICA 2.1. O domínio do discurso argumentativo: a procura de adesão do auditório.

PROFª MARINA SANTOS


Objetivos gerais:  Analisar o papel da retórica e da lógica informal na construção e análise crítica dos discursos argumentativos:

Distinguindo lógica formal de lógica informal e demonstração de argumentação; Reconhecendo a importância dos meios de persuasão (ethos, logos e pathos), na procura de adesão do auditório; Identificando alguns dos mais importantes tipos de argumentos não dedutivos; Identificando as falácias informais mais frequentes. 2


EULÁLIA e FILOMENA Um par inseparável na cidade universitária é constituído por Eulália e Filomena. Ambas falam muito. A diferença é que a primeira faz justiça ao nome. A palavra grega «eulália» significa “aquela que fala bem”. Além de falar muito bem, tem muito bom senso, fala com oportunidade e é clara na exposição das suas ideias. É amiga da verdade, mas não tem ilusões quanto à questão da verdade em matérias como política, religião, ética, estética e educação. Quando não tem certezas absolutas – o que é frequentíssimo – já se dá por satisfeita ao ter boas razões para admitir que as suas convicções são verosímeis, prováveis ou plausíveis. Quanto a Filomena, é muito convencida. Acredita no poder indomável da sua palavra. Gaba-se de fazer dos argumentos fracos, argumentos fortes. É assídua nas assembleias gerais e perita nas disputas académicas. Não sabe perder. Ainda não concluiu o seu curso de Comunicação Social e já foi convidada para integrar um grupo jovem de consultadoria em publicidade e marketing. Como cética que é, não sabe o que seja isso da verdade e continua pouco interessada em procurá-la. A ela se atribui o seguinte (falso) dilema: Ou usas a lógica formal ou usas a lógica informal. Se usas a lógica formal, serves-te de argumentos válidos, mas que são inúteis. Se usas a lógica informal, serves-te de argumentos úteis, mas que são inválidos. Portanto, não vale a pena usar nem a lógica formal nem a lógica informal. 3


Formas de Inferência  Podemos distinguir 3 tipos de inferências mediatas/raciocínios: a indução, a dedução e a analogia. A indução é a operação mental que, partindo de aspetos particulares, generaliza ou prevê (do particular ao geral), a dedução parte do geral para concluir algo geral ou particular. A conclusão obtida por indução é meramente geral, mas não necessária, uma vez que é mais extensa que as premissas (a conclusão que obtemos por analogia é ainda mais arriscada); já na dedução, a conclusão é necessária, uma vez que já está contida nas premissas;  Em suma: a conclusão só é necessária na dedução e meramente provável na indução e na analogia. 4


Tipos de raciocĂ­nio

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2.1.1. A racionalidade argumentativa O pensamento desenvolve-se sempre no interior de uma linguagem e de um discurso: estes são considerados a expressão dos instrumentos lógicos do pensamento. A racionalidade remete para a atividade do “logos”, palavra que significa «raciocinar; juntar, ligar e articular através de um dizer». • A racionalidade do discurso pode tomar o ponto de vista formal (quando prescinde do conteúdo e se centra apenas na validade das inferências) ou o ponto de vista informal (quando se consideram os efeitos do discurso, na relação entre o discurso e o auditório).  No primeiro caso, estamos no plano da racionalidade lógico-formal; no segundo, no da racionalidade argumentativa. 6


Distinção entre tipos de racionalidade A abordagem da racionalidade do discurso pode assumir 2 vertentes: formal e argumentativa. RACIONALIDADE LÓGICO-FORMAL: prescinde-se do conteúdo e considera-se apenas a obediência a regras e princípios lógicos na estruturação dos raciocínios.  Estamos no campo da Lógica formal. RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA: não é possível separar forma e conteúdo, pois encontramo-nos no campo do debate de opiniões. Não se pode ignorar o assentimento (positivo ou negativo), daqueles com quem falamos - o auditório.  Trata-se de uma Lógica da discussão e das preferências, em que aquilo que se defende entra em linha de conta no modo como se raciocina e se argumenta.  Estamos no campo dialético da Lógica informal. 7


Racionalidade Usos da linguagem DEMONSTRAÇÃO

ARGUMENTAÇÃO

Verdade abstrata.

Verosímil, situada, concreta.

Imposição de uma certeza.

Proposta de adesão do auditório.

A validade é independente da opinião do auditório.

A validade surge na interação entre o orador e o auditório.

Necessária, constringente.

Contingente, provável.

Não suscita reforço.

Pode ser sempre reforçada.

Não importa a ordem de introdução do tema.

Implica uma organização adaptada aos contextos.

As noções estão definidas inequivocamente.

Os conceitos contêm ambiguidades e são usados sem precisão.

Independente do tempo e do espaço.

O tempo e o contexto são essenciais.

Rigidez.

Flexibilidade. 8


Portanto, de acordo com os tópicos do esquema apresentado, vemos que: a) ao invés da demonstração, a argumentação não se preocupa c/ a

verdade abstrata (categórica ou hipotética), mas com o verosímil – o que pode ser susceptível de aceitação numa dada situação; b) enquanto a demonstração é impositiva e necessária, isto é, não deixa margem para dúvidas, a argumentação representa sempre uma proposta de adesão que, enquanto tal, é sempre discutível e ponderável; c) na demonstração, a ideia ou a opinião que o auditório tem do orador não é importante para a avaliação das conclusões que este apresenta, o mesmo não acontecendo na argumentação, onde se verifica uma interacção constante entre a pessoa do orador e o auditório para o qual discorre; d) enquanto na demonstração se raciocina sempre no interior de um dado sistema (supostamente admitido), na argumentação tudo pode ser sempre recolocado em questão e pode sempre retirar-se a adesão: aquilo a que se dá assentimento é um facto e não um direito. Assim, numa demonstração tudo é solidamente dado, enquanto numa argumentação os pontos de partida são frágeis.  A demonstração é constringente, forçosa ou necessária, o mesmo não se passando com a argumentação: as noções utilizadas na argumentação não são unívocas e o seu sentido não está fixo invariavelmente, pelo que as conclusões de uma argumentação não são constringentes. 9


 Um argumento não é correto e constrangedor ou incorreto e sem valor, mas é relevante ou irrelevante, forte ou fraco, em função de razões que justificam o seu emprego na ocorrência. e)

na demonstração, a prova de uma proposição dispensa e torna supérfluas outras provas, e na argumentação nunca se sabe, antecipadamente e ao certo, qual é o limite para a acumulação útil de argumentos; f) se na demonstração a ordem pela qual são apresentados os axiomas e a sucessão de etapas não é importante, desde que cada um dos encadeamentos possa ser percorrido com a aplicação das regras de inferência adotadas, já na argumentação a ordem pela qual se apresentam e se dispõem os argumentos é de máxima importância para os efeitos por ela produzidos; g) na demonstração é exigida uma definição precisa dos termos; na argumentação, as noções empregues são ambíguas e confusas; h) a demonstração é um processo de raciocínio rígido, enquanto na argumentação existe uma grande flexibilidade. i) outra distinção entre demonstração e argumentação é que o tempo não desempenha qualquer papel na 1ª, enquanto na 2ª é essencial. 10


A noção de argumentação Noção de ARGUMENTAÇÃO

Princípio da discutibilidade

- Contra o Dogmatismo - Contra a Evidência

-Rejeição do princípio da autoridade. -Valorização da diversidade de opiniões. -Renúncia a posições e critérios absolutistas.

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A noção de argumentação  O esquema salienta a relação existente entre a noção de argumentação e o princípio da discutibilidade.  Se a discussão não é possível, a argumentação é apenas aparente. Sem o exercício da argumentação, do debate, da troca de pontos de vista, ou da contestação, o princípio da discutibilidade é meramente ilusório. Por isso mesmo, a argumentação nem é compatível com o dogmatismo, nem com a evidência, que não deixa alternativa senão à sua verdade. O domínio da argumentação é o do mais ou menos plausível, o do razoável, o da negociação de assentimentos. A noção de argumentação, associada ao princípio da discutibilidade, é concomitante com a rejeição do princípio da autoridade (no sentido em que é a sensibilidade à força dos argumentos que deve prevalecer), com a valorização das opiniões, devidamente justificadas e assumidas nas suas consequências e com a renúncia de tomadas de posição ou uso de critérios absolutistas. 12


Testa a tua compreensão Assinala as afirmações que te parecem corretas: 1. No pensamento racional, tanto operam procedimentos lógico-formais como procedimentos argumentativo-retóricos. 2. A Lógica formal ocupa-se apenas de raciocínios constringentes. 3. Formalmente, os raciocínios válidos têm de ser necessários e universais. 4. Do ponto de vista da Lógica formal, só os raciocínios plausíveis merecem ser estudados. 5. Um raciocínio formalmente correto não pode ser materialmente falso. 6. A validade formal de um raciocínio é independente da verdade material das suas premissas e da sua conclusão. 7. Numa perspectivas de racionalidade argumentativa, a adesão do auditório é sempre uma secundária. 8. De um ponto de vista argumentativo, o que está em causa é a razoabilidade das teses que se propõem ao assentimento dos auditores. 9. A Lógica formal distingue-se da racionalidade argumentativa, pois na primeira o estudo dos raciocínios é sempre feito independentemente de pessoas ou contextos, o mesmo não se passando na segunda. 10. Só no plano formal é que os raciocínios são persuasivos. 13


2.1.2. Demonstração e Argumentação Dedução: operação intelectual em que, a partir de uma ou mais premissas gerais, tomadas como antecedentes, se chega a uma conclusão. A validade depende unicamente da sua forma lógica e a conclusão é necessária. Argumentação: ato comunicativo com o qual se defende uma opinião, apresentando provas que permitam persuadir o recetor, visando interferir nas suas atitudes e comportamentos. Argumentação e Retórica: estudo e prática do discurso argumentativo. 14


Argumentar e Demonstrar são distintos «Enquanto a Lógica formal é a lógica da demonstração, a Lógica informal é a da argumentação. Enquanto a demonstração é correta ou incorreta (constringente no primeiro caso e sem valor no segundo), os argumentos são mais ou menos fortes, mais ou menos pertinentes, mais ou menos convincentes. Na argumentação não se trata de mostrar (como na demonstração) que uma qualidade objetiva, como a verdade, passa das premissas para a conclusão, mas que se pode fazer admitir o carácter razoável ou aceitável de uma decisão, a partir daquilo que o auditório já admite, a partir das teses a partir às quais este adere com uma intensidade suficiente.» ( Charles PERELMAN, Da Metafísica à Retórica) 15


LÓGICA DEMONSTRATIVA

=/=

LÓGICA ARGUMENTATIVA

FORMAL

INFORMAL

BIVALENTE

POLIVALENTE

CONSTRINGENTE

VALIDADE NECESSIDADE

A verdade das premissas conduz necessariamente à da conclusão.

FLEXÍVEL

PLAUSIBILIDADE CONTINGÊNCIA

A plausibilidade das premissas pode conduzir a conclusões razoáveis. 16


Testa a tua compreensão Assinala as afirmações que te parecem corretas: 1. Entre demonstração e argumentação não existe qualquer diferença.

2. A validade de uma demonstração correta é indiscutível. 3. Na argumentação, a questão não é a da necessidade, mas a da verosimilhança. 4. A demonstração e a argumentação dependem de quem as realiza. 5 Numa demonstração, um erro de raciocínio torna-a irremediavelmente inválida, enquanto na argumentação há sempre margem para recuperar de um argumento infeliz. 6. Sem rigor e univocidade nas noções, nenhuma argumentação é eficaz. 7. Na argumentação, desde que se seja honesto, não interessa a ordem pela qual são apresentados os argumentos. 8. A validade das demonstrações depende do tempo em que são efetuadas. 9. A validade de uma demonstração pode ser refutada pela argumentação 10. Demonstração e argumentação são ambas meios de prova racionais. 17


2.1.3. A adesão do auditório Auditório: conjunto daqueles que o orador quer influenciar com a sua argumentação.  o orador tem como objetivo influenciar o auditório, provocando ou aumentando o seu grau de adesão às razões que apresenta. A persuasão decorre do uso de técnicas argumentativas, aliadas à sensibilidade do orador em relação ao contexto particular em que o discurso ocorre - sobretudo ao tipo de auditório a que se dirige. 18


A Retórica RETÓRICA: disciplina que, desde a antiguidade grega, tem por objeto a racionalidade prática.  «O estabelecimento de conclusões na vida corrente»  A procura do verosímil, do plausível ou do provável nos domínios da sociedade justa, da vida feliz ou da arte bela, na medida em que tais domínios escapam às certezas do mero cálculo.  Enquanto arte ou técnica de produzir discursos persuasivos, a retórica ensinava os jovens atenienses e, mais tarde, os jovens romanos, a procurar, a desenvolver e a apresentar os meios de persuadir as assembleias através de discursos eficazes. 19


A SITUAÇÃO RETÓRICA Pode ser apresentada como um triângulo, cujo vértice é o discurso, sendo os ângulos de base o orador e o auditório. Todo o esforço do orador deve ser dirigido para a procura da adesão do auditório, c/ consciência de que: 1) o auditório é sempre soberano para decidir se adere; e 2) face ao discurso do orador, podem surgir outros discursos mais pertinentes e persuasivos do que o seu. DISCURSO

ORADOR

AUDITÓRIO 20


Os meios de persuasão Os meios de conquista da adesão do auditório são: “ethos”: a credibilidade do orador aos olhos do auditório. “pathos”: os sentimentos que o orador gera no auditório. “logos”: os argumentos em si (se são fortes ou fracos).  O valor persuasivo não reside apenas na racionalidade e força dos argumentos, mas também na credibilidade daquele que argumenta e nos sentimentos ou afetos que é capaz de suscitar para “provocar ou aumentar a adesão dos espíritos”. Contudo, sem argumentos fortes, baseados num conhecimento efetivo, mais cedo ou mais tarde o orador será desacreditado. LOGOS ETHOS

PATHOS 21


A retórica e a noção de auditório RETÓRICA

AUDITÓRIO

- ADESÃO - ACORDO

Técnicas discursivas orais ou escritas

1 = Deliberação íntima 2 = Um só interlocutor 3 = Auditório universal

Persuasão e Convencimento

- COMUNICAÇÃO - AÇÃO 22


A retórica e a noção de auditório O objetivo deste esquema é o de ligar a noção de retórica à noção de auditório. Se a retórica se ocupa de técnicas discursivas (orais ou escritas) que visam persuadir e convencer, é bom não esquecer que a prática argumentativa é simultaneamente uma forma de comunicar com os outros, mas, também, uma tentativa de agir sobre eles. Esses «outros», relativamente aos quais se pretende o acordo ou ganhar adesão, é o que se designa com a palavra «auditório». Há várias espécies de auditório: quando argumentamos perante nós mesmos, estamos no caso da deliberação íntima. Quando argumentamos apenas com uma pessoa, o auditório é constituído pelo nosso interlocutor. Quando pretendemos que os nossos argumentos sejam aceites por qualquer pessoa dotada de razão, então dirigimo-nos ao auditório universal. 23


O dinamismo argumentativo PRÁTICA ARGUMENTATIVA

-COMUNICABILIDADE; -DISCUTIBILIDADE; -CONTEXTUALIDADE.

Assegura a INTERACÇÃO entre orador e auditório

ESSENCIALMENTE DINÂMICA

PRINCÍPIO DA ADAPTABILIIDADE

FLEXIBILIDADE indispensável para garantir a situação dialógica. 24


O dinamismo argumentativo  Com este esquema, coloca-se em evidência o carácter móvel, metamorfo, adaptativo e dinâmico da prática argumentativa. Enquanto prática, a argumentação remete sempre para aquilo que podemos considerar os elementos formais da situação argumentativa. São eles: a) a comunicabilidade (a argumentação supõe um «contacto entre os espíritos»), b) a discutibilidade (o debate e o confronto de pontos de vista); c) a contextualidade (que são todos os elementos circundantes e circunstanciais – lugar e condições – em que ocorre a argumentação. Não é indiferente desenvolvermos uma argumentação num tribunal ou numa mesa de café, por exemplo).  Por isso mesmo, o dinamismo argumentativo remete para o princípio da adaptabilidade, ou seja, para a capacidade de «gerir» a situação dialógica em que nos encontramos. 25


Abertura nas relações c/ outrem ---

Atitude crítica

Desejo Desejode decomunicar. comunicar. Disponibilidade Disponibilidadepara para ouvir. ouvir.

- - Consciência Consciênciados dos conteúdos. conteúdos. - - Discernimento Discernimentoda da valoração. valoração.

CAPACIDADE DE DIALOGAR

CAPACIDADE DE OPTAR

CAPACIDADE DE PENSAR

COMPETÊNCIA ARGUMENTATIVA

- - OOdiscurso discursoremete remete p/pressupostos. p/pressupostos. - - AAargumentação argumentaçãoimplica implicaação. ação.

Tomada de posição

CAPACIDADE DE SE COMPROMETER ----

Interventividade; Interventividade; Empenhamento; Empenhamento; Compromisso. Compromisso.

Postura social e eticamente credível

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A competência argumentativa

 Neste esquema pretende-se caracterizar a competência argumentativa através de quatro itens fundamentais:

1) Por um lado, a competência argumentativa é a capacidade de dialogar, a abertura às relações com outrem, no que isso significa de desejo de comunicar e de disposição para ouvir. 2) Por outro, uma vez que as argumentações não são dissociáveis de tomadas de posição, a competência argumentativa implica capacidade de optar, de tomar decisões acerca do peso dos argumentos e do apuramento de quais é que são considerados convincentes. 3) Por outro lado, ainda, a competência argumentativa remete para a capacidade de se comprometer, no que isso significa de empenhamento, interventividade e de compromisso. De facto, as argumentações não são meros jogos verbais inconsequentes, pois neles a pessoa e os seus atos estão sempre em jogo. 4) Por fim, a competência argumentativa requer a competência para pensar. Longe de ser uma competência meramente técnica, ela remete para uma atitude crítica e atenta, que busca o discernimento quanto aos problemas em jogo e ponderação quanto às soluções a adotar. 27


Argumentar é correr riscos «Quando queremos controlar a ação ou crença de outra pessoa mas, ou nos faltam meios de controlo efetivo ou, possuindo-os, não os queremos usar, argumentamos com a pessoa. A argumentação é, portanto, controlo não efetivo. Argumentar com outrem é olhá-lo para além do objetivo do controlo efetivo (...) contanto que o outro seja capaz de ouvir a argumentação e saiba que nós o estamos a considerar. Damos-lhe a opção de nos resistir e, assim que lhe retiramos esta opção, deixamos de estar a argumentar. Argumentar é correr inerentemente o risco de falhar, tal como um jogo é arriscar-se a perder. Uma argumentação cuja vitória nos esteja garantida deixa de ser uma argumentação real, tal como um jogo cuja vitória esteja garantida deixa de ser um jogo real.» argumentação”)

(H.W.JOHNSON,

“Algumas

considerações

sobre 28


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