por Simone Gutierrez- Psicanalista
O papel do pai é decisivo na formação de um homem e de uma mulher. A função paterna de provedor é histórica, porém vai muito além disso. A relação entre pai e filhos deve ser criada e fortalecida desde a concepção. O pai é quem promove a ética, a lei e a responsabilidade, e estas que vão construindo a identidade e a personalidade da criança. Para que isso ocorra é necessário que a criança veja sua imagem no pai e seja vista por ele. A convivência do pai com os filhos gera um
vínculo que se torna referência para eles. Os filhos buscam na figura masculina um modelo de identificação que gera autoconfiança e segurança e assim a criança começa a descobrir a relação com o mundo e com a realidade. A autoridade e o limite exercidos pelo pai serão decisivos no futuro da criança. Nas suas relações sociais, na busca de objetivos, gerando confiança e independência. Crianças que não conheceram limites advindos do pai irão procurá-los de outras formas quando adultos, frequentemente os buscando em situações de conflito e perigosas como o uso de álcool e drogas. A criança que não cresce com a presença paterna tende a desenvolver características mais agressivas ou optam pelo isolamento. É o que reflete hoje as escolas, por exemplo. O pai, portanto, tem um lugar essencial na formação de seus filhos para que amadureçam, preservem e honrem a vida que lhes foi dada.
IBP Psicanálise em foco | 09