Didática do Ensino Superior - aula 07

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DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR AULA 07 RECURSOS VISUAIS, AUDIOVISUAIS E PLATAFORMAS EDUCACIONAIS.

AULA 07 - RECURSOS VISUAIS, AUDIOVISUAIS E PLATAFORMAS EDUCACIONAIS.

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RECURSOS VISUAIS, AUDIOVISUAIS E PLATAFORMAS EDUCACIONAIS. Os recursos visuais e audiovisuais são grandes auxiliares para expandir o campo da compreensão, contribuindo para reter as informações na memória por tempo mais prolongado. São recursos que possibilitam uma apresentação de maneira mais ordenada, com seqüência lógica do discurso, evitando desvios e dispersões. (IBAIXE, SOLANOWSKI e JUNIOR, 2006, p.112) Dependendo das possibilidades da instituição, os recursos visuais mais empregados são: projetor conectado com computador, data show, televisão, projetor de filmes, projetor de slides, retroprojetor, modelos e objetos, aparelho de som, gravador, quadro de giz ou quadro branco, cartaz, flipchart, folhetos... Esses materiais possibilitam explorar de maneira integrada (ou não) imagem e som, estimulando o aluno a vivenciar relações, processos, conceitos e princípios. Eles podem ser utilizados para ilustrar e sintetizar os conteúdos trabalhados, mas devem principalmente estimular o aluno a experimentar, construir e elaborar conhecimentos, funcionando inclusive como elemento motivador para os estudos. Para uma boa utilização dos recursos tecnológicos é importante fazer com antecedência uma revisão, testando todo o equipamento no local da

Orientamos a leitura do artigo “Recursos tecnológicos como estratégias de aprendizagem no ensino de ciências e biologia”, disponível em: <http://artigos.netsaber. com.br/resumo_artigo_14355/artigo_sobre_recursos_tecnol%C3%93gicos_como_ estrategias_de_aprendizagem_no_ensino_de_ci%C3%8Ancias_e_biologia> Você sabe qual é o recurso visual mais antigo e ainda hoje, considerado um importante auxiliar do professor? Se você respondeu quadro de giz, acertou! Vamos aprofundar o conhecimento sobre este recurso?

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QUADRO DE GIZ O quadro de escrever, também chamado quadro de giz, quadro-negro, quadro verde ou lousa, é o veículo mais simples e acessível de uso de mensagens visuais. É o recurso de ensino mais utilizado na escola para escrever ou desenhar símbolos visuais, podendo ser de dois tipos: fixo ou móvel. Tudo o que o professor desejar reforçar, deverá registrar no quadro ou solicitar o registro por um aluno. O quadro deve ser usado com critério e equilíbrio, a sequência do assunto deve ser respeitada, só o que é importante deve ser escrito. O quadro, além de facilitar a visualização, pode ser utilizado para jogos ou respostas a problemas ou inquirições. O uso do quadro para registro da introdução de um assunto, síntese, recapitulação, esquematização, etc. torna-se altamente valioso e pode ser explorado em qualquer disciplina. Ao utilizar o quadro de giz é importante que, antes da aula, seja feito um planejamento da mensagem, assim como a determinação do público para a ele adequar as palavras e as ilustrações. Alguns objetivos da utilização do quadro de giz são: •

Reforçar a exposição do professor;

Possibilitar trabalho simultâneo com a turma toda;

Facilitar a sistematização do conteúdo (apresentação e correção das atividades);

Esquematizar o conteúdo no início e no fim da aula;

Fazer comparações e estabelecer contrastes.

Durante o uso do quadro de giz é recomendável observar algumas técnicas:

• Apagar bem o quadro ao entrar na sala; usar o quadro como complementação ao uso de outros recursos didáticos; ficar ao lado do quadro quando o estiver usando; escrever com limpeza e ordem; ao concluir o registro no quadro, ler ou solicitar a um dos alunos a leitura. • Deve-se começar em cima e da esquerda para a direita; usar letra bem legível, de preferência letra cursiva, mas se o professor não tiver a letra legível, é preferível utilizar letra de forma; usar desenhos simples e esquemáticos; usar régua para fazer linhas paralelas; evitar também falar enquanto estiver escrevendo no quadro. •

À medida que for concluindo uma mensagem, apague-a para não superlotar o

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quadro de informações; procure dividir o quadro em várias partes, usando traços verticais e, ao escrever, não ultrapasse os limites marcados; sublinhe o que achar mais importante e use cores diferentes quando quiser ressaltar palavras, expressões ou mesmo alguma frase importante; evite textos longos. • Finalizando as orientações, conclui-se que o tempo deve ser controlado de acordo com o processo construtivo que esteja sendo desenvolvido.

Ao preparar uma aula, um seminário, uma reunião ou um debate, o educador deverá decidir até que ponto um recurso visual será necessário para esclarecer, reforçar ou complementar o tema escolhido, assim como definir qual a melhor maneira de apresentálo. Segundo Reinaldo Polito, especialista no ensino de expressão verbal, um bom recurso visual deve ser: •

Visível para todos os participantes do grupo;

Esclarecedor sobre o assunto ou tema;

Preciso e eficiente;

Claro, limpo e arejado;

Próprio para a circunstância.

Reinaldo Polito estabelece dez regras para a produção de um bom visual:

1. Título: Título – os títulos devem ser simples, esclarecedores e com poucas palavras. Exemplo: “Cérebro e inteligências” em lugar de: “Cérebro e inteligência lógica, inteligência intuitiva e inteligência operacional”. 2. Legendas: identificam as partes de um visual, devem ser concisas e lidas por todas as pessoas do grupo. 3.

Letras Legíveis: escolher letras grandes, com fácil visibilidade em todo o ambiente.

4. Variação no tamanho das letras: usar no máximo três tamanhos de letras em cada visual, para permitir uniformidade e leitura rápida. 5. Criar frases curtas: quanto mais curta a frase (com sentido completo), mais eficiente será o visual.

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6. Usar poucas linhas: se o visual for elaborado no sentido horizontal, escrever de seis a sete linhas; se for elaborado no sentido vertical, de oito a nove linhas. 7. Utilizar cores: as cores destacam dados mais importantes e criam contrastes, facilitando comparações. Três ou quatro cores são suficientes. 8. Apresentar somente uma ideia em cada visual: essa forma orienta a concentração e o raciocínio do público a ser envolvido. 9. Mostrar uma ilustração em cada visual: essa técnica torna o visual mais compreensível, evita distrações e má interpretação. Para facilitar a leitura, setas indicativas dirigirão a sequência a seguir. 10. O indispensável ou incompatível com a mensagem: retirar tudo aquilo que dificulta o esclarecimento da apresentação. O visual deve estar estreitamente associado à mensagem transmitida pelo orador. Queremos relembrar que o termo estratégias foi aqui utilizado para designar todas as ações ou atividades desempenhadas pelo educador em sala de aula. Incluem, portanto, desde a arrumação da sala, as dinâmicas de grupo, os recursos audiovisuais e as novas tecnologias advindas do computador e da informática, elementos necessários para o desenvolvimento de uma aula ou de um curso. Neste estudo, não podemos deixar de destacar que, com o advento das Tecnologias da Informação e Comunicação, aconteceram mudanças no fazer e no pensar humano em várias dimensões, não sendo exceção a dimensão educacional. Neste contexto, o cotidiano docente passou a ser enriquecido com novas tecnologias, desencadeando uma verdadeira revolução na educação. Dado esse fato, estamos caminhando com muita rapidez para uma sociedade na qual é acrescentada ao sistema educacional convencional uma educação mais personalizada, na qual os sujeitos envolvidos têm o privilégio de escolher a melhor forma de ensinar (ou de aprender), além de privilegiar a permuta de conhecimentos em rede e, com isso, tornar fecundo o campo para o surgimento de comunidades de aprendizagem. Sob esta ótica, a educação pode ser vista como um processo de descoberta, exploração e observação, além da permanente construção do conhecimento. Para Paulo Freire (1997), “aprender é uma descoberta do novo, com abertura ao risco, à aventura e a novas experiências, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina”. Diante dessa afirmação, a aprendizagem em ambientes virtuais pode transformar o processo de ensino-aprendizagem num instrumento versátil e de grande eficácia, no qual a inovação representa uma alternativa a mais para dinamizar o ensino e tornar as aulas presenciais mais agradáveis e interessantes. Para Campos e Sampaio (2005), a inovação não significa necessariamente a substituição do antigo pelo novo, pois a aprendizagem em ambientes virtuais não substituirá as tecnologias já existentes, mas irá, sim, complementá-las.

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PLATAFORMAS EDUCACIONAIS Pensando na diversificação de métodos e técnicas de ensino e na utilização das novas tecnologias a favor do aprendizado, várias instituições utilizam plataformas voltadas às atividades-fim das instituições – Gestão do Ensino, Pesquisa/Extensão e Avaliação Institucional.

Alguns exemplos de Ferramentas presentes nas Plataformas Educacionais:

• Ferramenta Ensino: Atividade de Aprendizagem, Atividade/Exercício, Biblioteca Virtual, Conteúdo Scorm, Entrega de Trabalhos, Estatísticas de Acesso, Material de Aula, Orientação e Plano de Ensino/Aula. • Ferramenta Comunicação: Avisos, Blog, Debate/Fórum, Documento Institucional, E-mail, Eventos, Notícias e Sala Virtual. • Ferramenta Apoio: Administração de Grupo, Gerenciamento de relatório e manuais em vídeos.

CAMPOS, A.A.S.; SAMPAIO, F.F. Uma explicação de realidade virtual não imersiva no ensino da astronomia. In: XVI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Juiz de Fora. MG, 2005. COLL, César; MONEREO, Carles. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.

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ABREU, M. C. de; MASETTO, M. T. O Professor Universitário em aula: prática e princípios teóricos. 8ª ed. São Paulo: MG Ed. Associados, 1990. ANASTASIOU, L.G.C. e ALVES, L.P. (Orgs). Processos de Ensinagem na Universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville, SC: UNIVILLE, 2003. ARNOLD, K.L. O Guia Gerencial para a ISO-9000. Rio de Janeiro: Campos, 1994. CAMPOS, A.A.S.; SAMPAIO, F.F. Uma explicação de realidade virtual não imersiva no ensino da astronomia. In: XVI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Juiz de Fora. MG, 2005. FREIRE, P. Freire, P. Saberes Necessários à Prática educativa . São Paulo, Brasil: Paz e Terra (Coleção Leitura), 1997. 1997 ou FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Brasil: Paz e Terra, 1997 FREIRE P. Saberes necessários à prática educativa. Disponível em: < http://www.lsi.usp.br/ interativos/nem/audience/>. Acesso em: out. 2006. HAAS, C. M. Reflexões interdisciplinares sobre avaliação da aprendizagem. In: MENESES, J. G. C. e BATISTA, S. H. S. S. (Orgs). Revisitando a prática docente interdisciplinaridade, políticas públicas e formação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. HOFFMAN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Editora Mediação, 1993. 20ª Edição revista, 2003. IBAIXE, Carmensita de Souza Bueno; SOLANOWSKI, Marly; JUNIOR, João Ibaixe. Preparando aulas: manual prático para professores: passos para a formação do educador. São Paulo: Madras, 2006. GIL, A. C. Metodologia do Ensino Superior. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

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ROMANOWSKI, J. P. e WACHOWICZ, L.A. Avaliação Formativa no Ensino Superior: que resistências manifestamos professores e os alunos. In: ANASTASIOU, L. G. C. e ALVES, L. P. (Orgs). Processos de Ensinagem na Universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville, SC: UNIVILLE, 2003. SORDI, M.R.L. Alternativas Propositivas no campo da avaliação: por que não? In: CASTANHO, Sérgio e CASTANHO, Maria Eugênia L.M. (Orgs). Temas e textos em metodologia do ensino superior. Campinas: Papirus, 2001.

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