ERGONOMIA E QUALIDADE DE VIDA
BLOCO 02
EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO Unidade 05. Ergonomia Física......................................................................... 04
Unidade 06. Fisiologia do Trabalho.............................................................. 18
Unidade 07. Biomecânica............................................................................... 28
Unidade 08. Antropometria............................................................................. 40
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Apresentação Neste segundo Bloco vamos nos aprofundar no estudo da Ergonomia, de forma a compreender um pouco mais as suas especificidades e as consequências de sua aplicação para a saúde e qualidade de vida das pessoas.
Assim, veremos a importância dos princípios fisiológicos, biomecânicos e antropométricos para o entendimento da Ergonomia Física e de como ela pode melhorar a qualidade de vida das pessoas no trabalho.
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UNIDADE
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ERGONOMIA FÍSICA ERGONOMIA E QUALIDADE DE VIDA
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ERGONOMIA FÍSICA Caro(a) Aluno(a); Nesta Unidade apresentaremos a linha de estudo da Ergonomia Física e como ela se aplica na prática diária das empresas e colaboradores. Para isso, será importante associar de forma integrada os conhecimentos desta Unidade 5 com os conhecimentos da Unidade 6, fechando um ciclo de estudo que lhe permita entender a linha de raciocínio básica da Ergonomia Física dentro dos ambientes corporativos. Bom estudo!
Introdução
Conforme estudamos, a definição aceita pela ABERGO leva em conta 3 fatores: o que se sabe sobre o trabalhador, o posto de trabalho e atividades de trabalho e a máquina ou ferramentas utilizadas neste trabalho; o entendimento das mudanças possíveis de serem realizadas em um posto de trabalho; os critérios da ação ergonômica. Desta forma, a inter-relação destes 3 fatores permite-nos dizer que a Ergonomia é uma ciência que exige uma convergência entre vários aspectos do conhecimento sobre o produto, o trabalhador, os meios de produção e a organização de todo o sistema. Assim, para uma Ergonomia de qualidade, presume-se que seja necessário o entendimento principalmente da antropometria física, da fisiologia do trabalho, da psicologia experimental e da higiene ocupacional. Você deve lembrar que, na Ergonomia, é o trabalho (posto de trabalho, ferramentas e maquinários, meio ambiente e organização do
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sistema) que se adapta ao trabalhador. Entretanto, para isso, o primeiro questionamento a fazer é para conhecer quem é este trabalhador e quais suas características comuns que podem influenciar no processo de trabalho. Para uma ordenação nesse campo, empregamos uma classificação dos conteúdos, sugerida pela International Ergonomics Association (IEA): ergonomia física, cognitiva e organizacional. Para simplificar essa divisão, subdividiremos a Ergonomia Física em Ergonomia do Posto e Ergonomia Ambiental, formando assim nossa divisão de conteúdos, conforme figura a seguir (Figura 1).
fig. 01
Conforme citado por Másculo e Vidal (2011, p. 24), esta classificação tem apenas finalidades didáticas, para compreensão de conceitos. Uma realidade de trabalho é um sistema complexo em que cada um dos aspectos intervém a seu modo, porém, de forma interdependente ou sistêmica. Assim sendo, podemos formar uma base de conhecimen-
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to em Ergonomia por meio dos constituintes físicos, cognitivos e organizacionais, mas sem esperar que cada um desses elementos influa de forma isolada e comportada na realidade complexa do trabalho.
Um trabalhador de 1,75m não tem como alcançar adequadamente uma estante situada a 2,10m do chão. Se o fizer, certamente seu manuseio será impróprio, podendo causar queda própria ou do objeto manuseado. Vemos aqui que as perdas materiais e os acidentes podem ter a mesma origem. Porém, este trabalhador entende que não poderá derrubar os produtos que pretende retirar da estante. Por falta de uma escada ou acessório equivalente, pode ser levado a improvisar com o que esteja disponível. O acessório inadequado poderá, também, causar os mesmos problemas – ou piores!
Destaca-se, portanto, a importância da Ergonomia Física, porém, sem deixar de tratar outros itens como a organização do trabalho ou a Ergonomia Cognitiva, pois a falta de um deles irá agravar uma inadequação estudada na Ergonomia Física. Se observarmos o exemplo dado há pouco, não basta disponibilizar um acessório fixo para o trabalhador de 1,75m, pois ele pode ser substituído futuramente por outro funcionário de maior ou menor estatura. E não se pode conceber, no mundo do trabalho, a filtragem da mão de obra de trabalho pelo uso de uma variável antropométrica, como a sua estatura ou, em outra situação, o peso de uma pessoa.
A Ergonomia Física
Conforme mencionado por Silva (2009, p. 19), a Ergonomia
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Física atua sobre os aspectos físicos de uma atividade de trabalho, não se limitando à teoria, pois nas atividades reais e concretas, o trabalho exige do corpo do trabalhador várias formas de atividades e posturas ao longo da jornada de trabalho. Ainda segundo a ABERGO citada por Silva (2009, p. 19), “A Ergonomia física visa um equilíbrio entre as exigências do trabalho aos limites e capacidades do homem”. Já para Baú (2002, p. 130) “a Ergonomia Física envolve as características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em relação à atividade física”, os quais serão abordados na Aula 06. A Ergonomia Física busca adequar as demandas exigidas pela atividade de trabalho às características do corpo humano (do trabalhador) por meio de uma relação mais correta possível, denominada de interfaces. Estas, por sua vez, geram o que na Ergonomia chamamos de SHTM: Sistema – Homem – Tarefa – Máquina.
Ergonomia do Posto de Trabalho
Conforme dito anteriormente, a subdivisão da Ergonomia Física apresenta-nos a Ergonomia do Posto de Trabalho, que trata de toda a estrutura do posto de trabalho, desde o layout até o maquinário e ferramentas, sempre a relacionando com a interface e visando a redução do Risco Ergonômico e a melhoria da produtividade e qualidade do produto. Segundo Cury (2000, p. 236): O layout corresponde ao arranjo de diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matérias primas.
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Segundo Lellis (2010, p. 3), “uma boa disposição de móveis e equipamentos resulta em uma maior eficiência de dos fluxos de trabalho e uma melhoria na própria aparência do local”. Já para Iida (2005, p. 192), o enfoque ergonômico reduz as exigências biomecânicas e elevam a qualidade de vida no trabalho, gerando resultados positivos aplicados tanto na concepção das linhas de montagem quanto na elaboração de produtos e ferramentas de trabalho. As atividades e estratégias de trabalho devem ser planejadas às possibilidades e características antropométricas e fisiológicas do trabalhador. Nisso consiste o estudo da Fisiologia do Trabalho e da Biomecânica, que serão estudadas na Aula 6. Tanto as inadequações antropométricas quanto as fisiológicas geram um desequilíbrio na interface homem x sistema x tarefa, expondo trabalhadores a um maior risco de acidentes ou adoecimentos.
Quando as exigências da atividade de trabalho estão acima das capacidades do corpo do trabalhador em realizá-las, classificamos esta situação como uma sobrecarga da atividade de trabalho.
Ergonomia Ambiental
De acordo com Iida (2005, p. 147) na relação entre o homem e o seu posto de trabalho, este pode ser definido como sendo a menor unidade produtiva de uma empresa. Ao analisar das mais variadas formas um posto de trabalho, destaca-se a análise ergonômica, na qual o ser humano (trabalhador) está no centro das atenções, inserido em um contexto ambiental que, via de regra, influenciará a sua capacidade produtiva, assim como os riscos aos quais este trabalhador se expõe a
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acidentes de trabalho e desenvolvimento de agravos. Dessa forma, fatores ambientais do posto de trabalho devem ser analisados e mensurados frequentemente, destacando-se que os mesmos devem ser analisados pela ótica do conforto do trabalhador, e não do risco de adoecimento. Assim, enquanto uma análise do ruído para levantamento de situações insalubres estabelece que o nível máximo de exposição do trabalhador por 8 horas de trabalho é de no máximo 85dB, para fins Ergonômicos deve-se observar a situação de conforto, principalmente em ambientes de exigência intelectual, concentração e de atenção (como salas de controle, por exemplo), onde o limite máximo de ruído aceito será de 65dB. Já quanto à temperatura do ambiente de trabalho, estabelece-se que esta permaneça entre 20 e 22 graus centígrados no inverno e de no máximo 25 a 26 graus centígrados no verão, respeitando-se uma faixa de umidade relativa do ar de aproximadamente 40% a 60% (LELLIS, 2010, p. 5).
Índices de iluminamento devem respeitar a NBR 5413 - Norma Técnica da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que estabelece o quão iluminado deve ser o posto de trabalho, de acordo com a natureza de cada tarefa de trabalho.
A iluminação de um posto de trabalho não é igual em toda a extensão da empresa. Um banco, por exemplo, deve ter um nível de iluminamento variando de 300 a 750 lux nas áreas de atendimento aos clientes (caixas, gerentes, etc.). Porém, na recepção do banco, estes índices variam de 100 a 200 lux.
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Em escritórios, o posicionamento do computador deve ser feito sempre evitando que o trabalhador fique de frente para uma janela (gerando ofuscamento pela iluminação vinda do exterior), ou de costas para ela (podendo gerar reflexos no monitor). Cuidados com o posicionamento da fonte de luz devem ser tomados, evitando assim as sombras da cabeça do trabalhador sobre sua mesa de trabalho.
Como dissemos, a divisão da Ergonomia Física em Ergonomia do Posto de Trabalho e Ergonomia de Ambiente foi apenas didática. As ações e resultados da intervenção do profissional sobre a Ergonomia Física poderão produzir alterações nos postos de trabalho, das mais simples até as de grande contexto estrutural, devendo-se levar em conta todo o processo de relação do trabalhador com o sistema de trabalho e com as máquinas e ferramentas, em um contexto mais abrangente do ambiente de trabalho. fig. 02
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Na prática, essas modificações podem ter um custo muito variado, dependendo de como foi a concepção do posto de trabalho e quais as demandas e necessidades da atividade de trabalho. Conforme visto na nossa primeira aula, postos de trabalho onde foram trabalhadas a Ergonomia de Concepção terão mais facilidade de adaptação, caso seja necessário. Montadoras de automóveis, por exemplo, atualmente rebatem o veículo na linha de montagem para a vertical, a fim de que o trabalhador tenha facilitado o seu acesso ao fundo do veículo. Numa planta em que não exista esse processo, qualquer intervenção física demandará de altos investimentos, os quais provavelmente só ocorrerão em situações extremas. Assim, a aplicação das alterações propostas na Ergonomia Física, na prática, nem sempre será de fácil aceitação pela diretoria de uma empresa. Ela será resultante de um bom diagnóstico ergonômico associado à capacidade de argumentação, resistência às contestações e muito conhecimento técnico do processo de produção.
Nesta Aula, começamos a tratar de uma forma mais prática da Ergonomia. Assim, quando observamos a distribuição dos mobiliários, máquinas e ferramentas de trabalho, estamos falando da Ergonomia Física. Não podemos nos esquecer da relação deste posto de trabalho com o trabalhador e com a forma como ele trabalha, o que caracterizamos como a interface HOMEM – SISTEMA – MAQUINA – TAREFA.
Glossário
dB: decibel – unidade de medida de intensidade do som. Iluminamento: capacidade de mensurar a iluminação de um determi-
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nado ambiente. Interface: relação. Lux: unidade de medida de iluminamento. Rebater um veículo: virar ou girar um veículo; mudar o veículo de plano. SHTM: Sistema Homem-Tarefa-Máquina estudado na Ergonomia, no qual se observa o relacionamento do trabalhador (homem) com a sua atividade de trabalho (tarefa) e suas ferramentas, mobiliários e máquinas de trabalho. Umidade relativa do ar: é a relação entre a quantidade de água existente no ar (umidade absoluta) e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura (ponto de saturação).
Referências
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CURY, A. Organização & Métodos. São Paulo: Atlas, 2000.
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GONÇALVES, A; VILARTA; R. Qualidade de vida e Atividade Física. Barueri, SP, Manole, 2004.
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GRANDJEAN, E. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
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IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2.ed. São Paulo: Blucher, 2005.
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LELLIS, J.; MARQUES, A.; TAVARES, E.; SOUZA, J.; MAGALHÃES, J. A. A Ergonomia como um fator determinante no bom andamento da produção: um estudo de caso. Revista Anagrama, São Paulo. Ano 4, Edição 1, set – Nov 2010.
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LUONGO, J.; FREITAS, G. F. Enfermagem do Trabalho. São Paulo: Rideel, 2012.
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MÁSCULO, F. S.; VIDAL, M. C. Ergonomia: trabalho adequado e eficiente. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
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SANTOS, C. M. D. Móveis ergonômicos. Revista proteção. São Paulo: MPF Publicações. ed. 93, ano XII, p. 62-65. set.1999.
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SILVA, A. G. L. A contribuição da Ergonomia na qualidade de vida no trabalho. 2009. Monografia de Especialização. Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro. 2009.
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VERONESI JUNIOR, J. R. Fisioterapia do Trabalho: cuidando da saúde funcional do trabalhador. São Paulo: Andreoli, 2008.
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VIDAL, M. C. R.; PEREIRA, M. V. S. C. A Ergonomia participativa como alicerce para a certificação de competências. Abergo 2002, v. 1, p. 232, 2002
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WISNER, A. Por dentro do trabalho: ergonomia, método e técnica. Tradução Flora Maria Gomide Vezzá. São Paulo: FTD / Oboré, 1987.
Lista de imagens fig.01: autoral. fig.02: autoral.
Fim da Unidade!
já deve Se você prestou atenção, teúdo. saber tudo sobre esse con s vemos Continue estudando. No na próxima unidade.
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"Acredita no melhor ... tem um objectivo para o melhor, nunca fiques satisfeito com menos que o teu melhor, dá o teu melhor, e no longo prazo as coisas correrão pelo melhor."
HENRY FORD
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FISIOLOGIA DO TRABALHO ERGONOMIA E QUALIDADE DE VIDA
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FISIOLOGIA DO TRABALHO Caro(a) Aluno(a); A Aula 6 dará prosseguimento direto ao conteúdo que vimos anteriormente na Ergonomia Física, sendo parte integrante deste. Assim, abordaremos aspectos relacionados ao funcionamento do corpo humano perante as situações de trabalho, principalmente no que se refere ao comando neuromuscular, e como esses processos influenciam na qualidade de vida dos trabalhadores e na exposição aos riscos ocupacionais. Bom estudo!
Introdução
Durante a realização das atividades da vida diária, observamos a utilização de todo um sistema em prol do movimento humano. Seja nas atividades mais simples e rotineiras de nossas casas, ou até mesmo nas atividades mais complexas de algumas profissões: o sistema musculoesquelético está lá, atuante e respondendo aos estímulos gerados pelo nosso sistema nervoso para que possamos atingir os resultados esperados. E é com esse entendimento que devemos começar a perceber nosso corpo, como uma ferramenta que realiza movimentos. A partir dessa constatação, se queremos inserir esse corpo em um meio de trabalho, com máquinas, ferramentas e outras pessoas ao redor, temos que entender como ele funciona e como responde às tantas variáveis possíveis nesse ambiente de trabalho. Se a Ergonomia procura adaptar o ambiente em que estamos às características das pessoas lotadas
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neste ambiente, esse entendimento se torna fundamental. Tendo como objetivo final das adaptações do ambiente de trabalho, de forma mais resumida, a melhoria das condições de trabalho visando o aumento da qualidade de vida das pessoas, não podemos simplesmente ir realizando modificações no meio, sem saber como estas modificações irão influenciar na resposta das pessoas que estão nesse meio e, portanto, sem saber se realmente irão melhorar a qualidade de vida destas pessoas. Para isso, vamos iniciar falando sobre a Fisiologia do Trabalho, que nada mais é do que estudar como o corpo humano responde aos diferentes estímulos do meio ocupacional, de acordo com as diferentes características de trabalhos: comércio, indústrias, linhas de montagem, prestação de serviços, etc.
Fisiologia do Trabalho
As ações de trabalho do ser humano dependem dos comandos neurais (raciocínio, memória e comando motor) associados aos movimentos que ele realiza durante suas atividades de trabalho. A realização dessa atividade de trabalho por um trabalhador inicia-se pelo comando do seu Sistema Nervoso Central (SNC) para realizá-la. O SNC é formado pelo conjunto de órgãos responsáveis pela percepção do ambiente, interpretação dos estímulos e elaboração de uma resposta. Já ao Sistema Nervoso Periférico (SNP), cabe a função de transmitir essas informações das diferentes partes do corpo (órgãos como coração, pulmões, músculos, glândulas, olhos, pele, etc.) até o SNC, e vice-versa. O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. O encéfalo, por sua vez, se divide em telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo e tronco cerebral (mesencéfalo,
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ponte e bulbo), conforme observamos na Figura 1.
fig. 01
Já o SNP é formado pelos nervos motores e sensitivos. Enquanto estes transmitem os impulsos nervosos de sensibilidade (tátil, térmica, visual, sonora, dolorosa, etc.), aqueles transmitem a resposta a esses estímulos, geralmente impulsos nervosos motores, provocando o estímulo de glândulas e músculos. A seguir, na Figura 2, apresentamos a esquematização de todo o sistema nervoso, caracterizando as funções de cada um.
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fig. 02
Cabe ao sistema musculoesquelético receber os estímulos do Sistema Nervoso Periférico para efetivar o movimento necessário à realização do trabalho, por meio da contração muscular. Porém, para que esta contração muscular ocorra, uma série de processos fisiológicos devem estar ocorrendo simultaneamente. Cada músculo do nosso corpo é formado por milhares de fibras musculares, que atuam de forma independente durante a contração muscular. Assim, para que o músculo se contraia e realize um determinado movimento, é necessário que cada fibra muscular receba um estímulo nervoso (sinapse motora). A quantidade de fibras musculares que são estimuladas é diretamente proporcional à determinação de força e potência do movimento. Para que essas fibras musculares realizem as contrações repetidas vezes durante o dia, é necessária uma reserva energética, denomi-
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nada ATP. O ATP é formado a partir de um processo metabólico dentro das próprias fibras musculares, principalmente nas suas respectivas mitocôndrias. Para tal, precisa realizar uma equação química envolvendo a glicose e o oxigênio. Se a capacidade aeróbica do sujeito é pequena, haverá uma falta de oxigênio para gerar ATP. Assim, após um determinado tempo de contrações musculares, havendo falta de energia de reserva na fibra muscular (ATP), o músculo entrará em fadiga, reduzindo a sua capacidade motora e gerando um sub-produto nocivo à própria fibra muscular: o ácido lático.
A fadiga muscular é um dos importantes contribuintes para a ocorrência de acidentes de trabalho e principalmente para o aumento das doenças ocupacionais. O trabalhador em fadiga sobrecarrega seu corpo, principalmente as estruturas musculares, favorecendo a ocorrência de lesões nos tendões (tendinites), nas bursas (bursites) e nas articulações (atrites e artroses).
O processo metabólico para a produção de energia (ATP) inicia-se com a digestão e absorção dos nutrientes dos alimentos. Dentre eles, as moléculas de carboidratos são utilizadas sob a forma de glicose (C6 H12 O6) como fonte primária para esta reação química. Quando a glicose entra na célula é imediatamente degradada em 2 partes, denominadas piruvato (C3 H4 O3), produzindo-se 2 ATPs. Essas moléculas de piruvato por sua vez, serão metabolizadas novamente, associando-se ao oxigênio (6O2), já dentro das mitrocôndrias das células, em reações químicas chamadas de Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória, quando produzirão como resultado final água (6H2O), gás carbônico (6CO2) e energia (32ATPs). Saiba mais em: http://slideplayer.com.br/slide/386962/
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Trabalho muscular estático e dinâmico
Segundo Grandjean (2005, p. 15), existem dois tipos de trabalho muscular: o trabalho muscular estático e o trabalho muscular dinâmico. O trabalho muscular dinâmico caracteriza-se pela sequência de contrações e relaxamentos de um músculo (ou de um grupo de músculos), gerando repetidas alterações de tamanho das fibras musculares. Normalmente, este tipo de contração muscular está associado a um movimento. Já o trabalho muscular estático, por sua vez, caracteriza-se por uma contração prolongada das fibras musculares, mantendo-as por períodos de tempo sem alterar o seu tamanho. Este tipo de contração está mais associado à manutenção de uma postura. Conforme já estudamos nesta Aula, a capacidade do indivíduo em realizar o trabalho muscular depende da reserva energética (ATP) em suas fibras musculares, que por sua vez dependem da quantidade de glicose e oxigênio que chegam até cada fibra muscular. Porém, como tais substâncias chegam aos músculos? É pela circulação sanguínea, dispersos no sangue, que a glicose e o oxigênio chegam até cada uma das fibras musculares do nosso corpo, permitindo que as suas organelas produzam o ATP. Por isso, uma boa irrigação sanguínea é muito importante para a realização de uma atividade de trabalho que exija movimentos ou posturas por longos períodos de tempo. Ocorre que no trabalho muscular estático, “os vasos sanguíneos são pressionados pela pressão interna do tecido muscular, de forma que o sangue não consegue mais fluir pelo músculo” (GRANDJEAN, 2005, p. 16). Assim, devemos entender que as contrações musculares estáticas, ou seja, a manutenção de uma determinada postura, deve ser evitada por períodos prolongados, pois sobrecarrega o sistema múscu-
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lo-esquelético, acelerando o processo de fadiga (ABRAHÃO, 2009, p. 95).
As atividades de trabalho de um trabalhador dificilmente serão em sua totalidade estáticas ou dinâmicas. Haverá sempre uma mescla de ações musculares. Porém, há diversas situações nas quais pode haver um claro predomínio do tipo de trabalho muscular. Como a atividade de trabalho muscular estática é mais penosa para o organismo do trabalhador, dá-se mais importância a essa. Dentre tantas situações de trabalho caracterizadas como constituídas por componentes estáticos de atividade de trabalho, podemos destacar as atividades abaixo: - ter que segurar objetos com as mãos, à frente do tronco, normalmente com elevação do ombro; - ficar em pé, parado, por longos períodos de tempo; - empurrar ou puxar objetos pesados; - inclinar a cabeça para trás para observar um processo de trabalho.
fig. 04
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Já no trabalho muscular dinâmico, devido aos processos cíclicos de contração e relaxamento, os músculos agem como uma bomba de pressão sobre os vasos sanguíneos, fazendo com que o aporte de sangue aumente, permitindo a maior produção de ATP pelo maior aporte de glicose e oxigênio, desde que o indivíduo apresente boas capacidades aeróbicas, conforme visto anteriormente. (IIDA, 2005, p. 71). Assim, se compararmos uma atividade de trabalho semelhante, realizada de duas formas, ou seja, uma com predomínio de atividade muscular estática e outra com predomínio de atividade muscular dinâmica, constataremos que na atividade muscular estática haverá um maior consumo de energia, uma exigência por maior frequência cardíaca e necessidade de períodos de recuperação de fadiga mais longos (GRANDJEAN, 2005, p. 18).
Segundo Baú (2002, p. 165), o exercício aeróbico exige do organismo melhores condições de transporte dos componentes fundamentais para a manutenção da atividade muscular (glicose e oxigênio). Assim, a prática de atividade física regular resulta em benefícios metabólicos, cardiovasculares, respiratórios, psicológicos e ao próprio reforço muscular postural. Por isso é importante refletir em como incentivar a prática de exercícios físicos aeróbicos pelos colaboradores da empresa em que você trabalha, seus familiares e, é claro, você mesmo.
O Sistema Nervoso Central coordena as atividades do nosso corpo, estimulando a ação por meio da contração muscular. Esta, por sua vez, necessita do aporte constante de oxigênio e nutrientes para manter a capacidade de atividade muscular necessária para realizarmos nossas atividades cotidianas, ocupacionais ou não.
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Glossário
ATP: Molécula orgânica, denominada Adenosina Tri-fosfato; considerada base da reserva energética de uma célula, visto a capacidade de liberar energia durante o seu uso (sua quebra). Após a liberação desta energia, a molécula de ATP passa a ser uma molécula de ADP (Adenosina di-fosfato), sem capacidade de reserva energética. Comando Neural: Controle do Sistema Nervoso para o envio ou recebimento de impulsos nervosos com finalidades variadas (um cálculo matemático, memorizar uma data ou um evento, perceber a superfície de um tecido ou ainda controlar um movimento). Mitocôndrias: Organela celular responsável pela transformação de glicose e oxigênio em ATP. Nervos: Formados pelo conjunto de axônios dos neurônios. Sinapse: Transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outro, ou de um neurônio para uma fibra muscular.
Referências
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ABRAHÃO, J.; SZNELWAR, L.; SILVINO, A.; SARMERT, M.; PINHO, D. Introdução à Ergonomia: da Prática à Teoria. São Paulo: Blucher, 2009.
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BAÚ, L. M. S. Fisioterapia do Trabalho: ergonomia, legislação e reabilitação. Curitiba: Clãdosilva, 2002.
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GRANDJEAN, E. KROEMER, K. H. E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
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IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2005.
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Lista de imagens fig.01: Anatomia do SNC: http://www.gentequeeduca.org.br/sites/default/files/importadas/img/plano-deaula/ensino-medio/cerebro-plano.gif fig.02: Esquematização do Sistema Nervoso. Autoral. fig.03 e 04: Exemplos de atividades de trabalho estático: br.freepik.com
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já deve Se você prestou atenção, nteúdo. saber tudo sobre esse co s vemos Continue estudando. No na próxima unidade.
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“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.”
Charles Chaplin
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BIOMECÂNICA ERGONOMIA E QUALIDADE DE VIDA
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BIOMECÂNICA Caro(a) Aluno(a),
Dando continuidade aos nossos estudos, a Biomecânica trabalhará em conjunto com os princípios teóricos da Fisiologia do Trabalho na aplicação prática da Ergonomia Física. Assim, poderemos entender melhor os movimentos e posturas realizados pelo ser humano em suas atividades diárias, visando sempre a redução dos riscos de acidentes e doenças, com consequente impacto na sua qualidade de vida. Vamos lá?
Introdução
Você sabe o que é a Biomecânica? A Biomecânica é uma ciência que procura analisar e explicar os movimentos realizados pelos seres humanos nas suas mais variadas atribuições, interpretando as forças musculares, as alavancas, os ângulos articulares e as posturas adotadas para a execução desses movimentos. Segundo Baú (2002, p. 168) “muito do conhecimento da Ergonomia aplicada ao trabalho advém do estudo da mecânica da máquina humana”. O estudo da Biomecânica em conjunto com a Ergonomia Física é importante porque, muitas vezes, a estrutura do posto de trabalho (mobiliário, layout, ferramentas de trabalho) é inadequada, gerando sofrimento e ocasionando adoecimento do trabalhador, ou mesmo acidentes de trabalho. Assim, ao estudarmos a Biomecânica dos movi-
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mentos humanos, principalmente dos relacionados ao trabalho, e aplicarmos esse estudo à prática do dia-a-dia, associado aos conhecimentos da Fisiologia do Trabalho e de tudo que envolve o gasto energético e a fadiga muscular, possibilitamos um melhor entendimento de como o trabalhador pode produzir mais, preservando-se mais e, principalmente, promovendo sua saúde ao longo dos anos.
Aplicações da Biomecânica
Para realizar um movimento ou até mesmo para manter uma determinada postura, utilizamos da contração muscular, que age sobre uma articulação, alcançando o resultado esperado. Esta ação funciona com base no princípio de alavancas.
Alavancas
Na Mecânica, as alavancas são compostas por um eixo e por forças (de potência e de resistência) que atuam sobre um segmento rígido, fazendo com que este gire sobre o seu eixo. Este princípio das alavancas, no corpo humano, parte do pressuposto de que todo centro articular é o eixo de uma alavanca, e os ossos representam os segmentos rígidos. Por fim, esta correlação finaliza-se com a ação das forças sendo representadas pela força muscular gerada pelo indivíduo (força de potência) e pela resistência que deve ser vencida para que o movimento ocorra (força de resistência), conforme você pode visualizar melhor na Figura 1.
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fig. 01
F E
R
E: Eixo Articular F: Força Muscular (Força de Potência) R: Peso (Força de Resistência) BF: Braço de Força de Potência - distância entre o eixo articular e a inserção muscular BR: Braço de Resistência - distância entre o eixo articular e a resultante da força peso do segmento dou da força externa
As alavancas podem ser classificadas de acordo com o posicionamento de suas estruturas (eixo, força), conforme Iida (2005, p. 74-75): a) alavanca Interfixa: também chamada de alavanca de 1ª ordem; o eixo (também chamado de ponto-fixo) está localizado entre a aplicação das forças de potência e de resistência; b) alavanca Interpotente: chamada de alavanca de 2ª ordem; a aplicação da força de potência está localizada entre o eixo e a aplicação da força de resistência; c) alavanca Inter-resistente: chamada de alavanca de 3ª ordem; a aplicação da força de resistência está localizada entre o eixo e a aplicação da força de potência.
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fig. 02
A distância entre a resultante das forças (seja de potência ou de resistência) até o eixo da alavanca é denominada braço de alavanca ou braço de força. Assim, o braço de alavanca da resultante das forças de potência passa se chamar braço de potência, enquanto que o braço de alavanca da resultante das forças de resistência passa a ser denominado braço de resistência. Em um mesmo sistema de alavanca observamos que, quanto maior for um braço de força, menor será a necessidade de se fazer força para gerar o movimento nesta alavanca, e vice-versa (Figura 3).
BRAÇO DE FORÇA MAIOR
BRAÇO DE FORÇA MENOR
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EXIGÊNCIA MUSCULAR MENOR
fig. 03
EXIGÊNCIA MUSCULAR MAIOR
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Você pode estar se perguntando sobre como isso é aplicado na rotina diária. Vejamos o item a seguir.
A Biomecânica do dia-a-dia
Ao aplicarmos isso na mecânica do movimento humano, começamos a entender por que devemos adotar determinadas condutas e posturas para realizarmos as atividades de trabalho se quisermos promover a nossa integridade física, prevenindo-nos de lesões osteomusculares.
Ao segurarmos uma caixa com as mãos, devemos mantê-la o mais próximo possível do nosso centro articular. Se os braços ficarem estendidos para frente ao segurar a caixa, o sistema de alavancas de resistência terá um grande braço de resistência a ser vencido pelas forças musculares (força de potência), que possuem um pequeno braço de potência (distância entre o centro articular e a inserção dos tendões geradores de força). Ao trazer a carga para próximo do corpo, reduz-se o braço de resistência, diminuindo também a exigência de forças musculares para vencerem a resistência gerada no sistema. A Figura 4 ilustra as formas de transportar cargas manualmente à frente do corpo.
fig. 04
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As boas posturas são sempre recomendadas por todos os profissionais da área da saúde, não somente para as atividades de trabalho, mas em todas as nossas situações cotidianas, como no estudo, no lazer e nos momentos de descanso. Quando estamos tratando da postura de trabalho, muitas vezes o trabalhador se submete a um posto de trabalho sem características ergonômicas, tendo que se adaptar às características do posto de trabalho, quando o correto, como você deve lembrar, é o posto de trabalho se adaptar às características do trabalhador. Segundo Iida (2005, p. 165) existem 3 situações de trabalho nas quais a má postura pode gerar consequências danosas ao trabalhador: Ÿ
Em situações de trabalho estático, nas quais o trabalhador tem que permanecer com um determinado segmento na mesma posição por longos períodos de tempo;
Ÿ
Em situações de trabalho em que há grandes exigências de força muscular (por exemplo, no transporte manual de objetos pesados);
Ÿ
Em situações de trabalho dinâmico, que exigem movimentações desfavoráveis, como a elevação dos braços acima da linha dos ombros, ou rotações e/ou inclinações de coluna vertebral, principalmente se estiver manuseando cargas.
fig. 05
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No quadro a seguir, Grandjean e Kroemer (2005, pp. 31-33) apresentam algumas recomendações práticas para se evitar a sobrecarga muscular nos postos de trabalho, reduzindo a possibilidade de lesão do trabalhador.
As lombalgias são responsáveis por 15 a 20% de todas as notificações de doenças ocupacionais e aproximadamente um quarto dos casos de invalidez prematura. As perdas que resultam são elevadas e os pagamentos de dias perdidos de trabalho, tratamentos e indenizações por invalidez, custam vários milhões de reais. Será que o investimento em pesquisa, prevenção orientação precisa de algum outro argumento para nossos empresários, legisladores e gestores públicos?
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Baú (2002, p. 168) e Abrahão et. al. (2009, p. 95) fazem recomendações também relacionadas à postura de trabalho, convergindo na linha de orientar o trabalhador a realizar suas atividades de trabalho de forma que as suas articulações sejam mantidas em posição neutra o tanto quanto possível, pois são nestas situações que as respectivas musculaturas terão melhor capacidade de exercer força, reduzindo a probabilidade de outras compensações musculares e/ou posturais que gerem má postura.
Deve-se evitar a flexão (inclinação anterior) do tronco, pois a parte superior do corpo de um adulto pesa, em média, 40Kg. Quanto mais para frente o tronco é inclinado, mais difícil é para os músculos e ligamentos das costas manter a parte superior do corpo em equilíbrio, gerando estresse e fadiga. Esse efeito é mais facilmente identificado na parte inferior das costas (lombar) e tende a ser potencializado se o sujeito estiver carregando uma carga extra com as mãos à frente do corpo.
Tanto os membros superiores quanto a coluna vertebral devem receber maior atenção quanto às situações de análise da biomecânica ocupacional, pois são esses segmentos que mais são utilizados nas atividades de trabalho. Enquanto nos membros superiores os principais problemas estão relacionados à sobrecarga de músculos e tendões, na coluna vertebral, além da musculatura paravertebral que pode ser sobrecarregada, são os discos intervertebrais que podem levar o trabalhador ao sofrimento. Mas esse já é um assunto para outra unidade...
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Nesta unidade aprendemos que, apesar de cada pessoa ter um biótipo distinto, o corpo humano apresenta um padrão biomecânico bem definido. Isso permite padronizar algumas situações de trabalho de forma a contribuir com o rendimento do trabalhador, permitindo um menor esforço, além de reduzir o risco de lesão do trabalhador.
Glossário
Discos Intervertebrais: Estrutura cartilaginosa presente na articulação intervertebral com função de amortecer os impactos nesta articulação e auxiliar na mecânica de estabilização dos movimentos articulares. Lesões osteomusculares: lesões nas estruturas articulares relacionadas aos ossos, cartilagens articulares, músculos, tendões ou demais estruturas ao redor da articulação (ligamentos, bursas, nervos, etc.). Mecânica: Área da Física que tem por objetivo o estudo das forças e suas ações. Postura: Posição do corpo em relação ao meio em que se encontra. Tronco: Segmento anatômico formado pela região cervical, torácica, abdominal e pélvica dos seres humanos.
Referências
Ÿ
ABRAHÃO, J.; SZNELWAR, L.; SILVINO, A.; SARMERT, M.; PINHO, D. Introdução à Ergonomia: da Prática à Teoria. São Paulo: Blücher, 2009.
Ÿ
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BAÚ, L. M. S. Fisioterapia do Trabalho: ergonomia, legislação e
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reabilitação. Curitiba: Clãdosilva, 2002. Ÿ
GRANDJEAN, E. KROEMER, K. H. E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Ÿ
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2 ed. São Paulo: Blucher, 2005
Lista de imagens fig.01: Correlação dos componentes mecânicos de uma alavanca atuando sobre o sistema musculoesquelético para a realização do movimento ou da manutenção de uma postura. Modificado de http://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=227 fig.02: Modificado de: http://www.estimulacaoneurologica.com.br/ckfinder/userfiles/images/Informacoes/19.j pg, http://www.gease.pro.br/Images/Figura3.jpg e http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fisica/imagens/alavan28.jpg fig.03: Correlação da exigência de força diante do tamanho do braço de força de um mesmo sistema de alavanca. Autoral. fig.04: Formas correta e incorreta de transportar cargas. https://juhbergerms.files.wordpress.com/2013/05/abaaabrv4aj-1.png fig.05: br.freepik.com
Fim da Unidade!
já deve Se você prestou atenção, teúdo. saber tudo sobre esse con vemos s Continue estudando. No na próxima unidade.
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"Acredita no melhor ... tem um objectivo para o melhor, nunca fiques satisfeito com menos que o teu melhor, dá o teu melhor, e no longo prazo as coisas correrão pelo melhor."
HENRY FORD
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UNIDADE
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ANTROPOMETRIA ERGONOMIA E QUALIDADE DE VIDA
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ANTROPOMETRIA Caro(a) Aluno(a), Nesta aula estudaremos a Antropometria, fechando o bloco dedicado ao estudo da Ergonomia Física e demais áreas inseridas nesse contexto. Estudando a Antropometria e associando aos conhecimentos já adquiridos da Fisiologia do Trabalho e da Biomecânica, você entenderá de forma mais objetiva a aplicação prática das orientações feitas na Ergonomia Física, principalmente no que se refere à distribuição do layout, das máquinas e ferramentas de trabalho e da inserção do trabalhador neste contexto. Preparado(a) para começar? Bom estudo!
Introdução
A Antropometria não se trata simplesmente das medidas do corpo humano. Seria muito simplório tratar da Antropometria desta forma. Atualmente, as indústrias procuram personalizar ao máximo seus produtos, buscando manter uma linha de produção em série. Isso só é possível graças a uma grande quantidade de avaliações antropométricas, que buscam mensurar os segmentos corporais de homens e mulheres das mais diferentes origens, estipulando padrões – e variáveis para estes padrões – que possam ser adaptáveis dentro de um grande grupo. Nas demais empresas (de comércio e de serviços), essa linha de raciocínio também se faz presente, visto que não é possível selecionar
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trabalhadores conforme características físicas pré-definidas. O planejamento dos postos de trabalho de acordo com uma característica física padrão do brasileiro auxilia de forma significativa na capacidade de ajustes destes postos de trabalho. Além disso, auxilia também na prevenção de gastos posteriores com adaptações improvisadas na tentativa de compensar algum desajuste do posto de trabalho em relação à característica antropométrica do trabalhador ou, ainda, no tratamento de distúrbios osteomusculares ocasionados pela tentativa, pelo trabalhador, de atuar em um posto de trabalho não concebido nem tão pouco adaptável às suas demandas físicas e às suas atividades de trabalho.
Antropometria
Segundo Baú (2002, p. 196), a Antropometria se refere à medição do tamanho e das proporções do corpo humano, afetando dimensões e proporções dos objetos que utilizamos e dos meios nos quais nos situamos. Apesar de entendermos como ideal um dimensionamento de postos de trabalho ou ferramentas, equipamentos e maquinários de trabalho que fosse feito de acordo com as características individuais dos trabalhadores, Veronesi Junior (2008, p. 43) faz a ressalva que isso seria inviável, tanto do ponto de vista prático-produtivo quanto do econômico. Desta forma, os levantamentos antropométricos são realizados para atender uma parcela da população, preferencialmente, a maioria. Entretanto, essas medidas não podem ser feitas pela simples avaliação média de uma determinada faixa da população. É importante ressaltar a funcionalidade que um posto de trabalho deve ter e as exi-
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gências ocupacionais para as quais ela está sendo concebida. Para um posto de trabalho que se pretende chancelar como ergonômico, não basta simplesmente ser capaz de atender um grupo de pessoas altas e outro grupo de pessoas baixas. É necessário entender qual desses grupos deve ser o foco e adaptar as dimensões do posto de trabalho para a maior quantidade possível do grupo oposto.
Se as alturas das portas fossem projetadas de acordo com a média da população, muitas pessoas teriam sérias dificuldades e problemas relacionados à segurança para transitar entre cômodos diferentes, pois frequentemente bateriam suas cabeças nas portas ao tentar passar por elas.
Para isso, faz-se a análise dos dados antropométricos mensurados por meio da distribuição percentil. Ou seja, ao se adotar uma cadeira de escritório com percentil 90, subentende-se que esta cadeira atenderá a 90% da população geral, excluindo-se os 5% mais altos e os 5% mais baixos.
fig. 01
Segundo Grandjean e Kroemer (2005, p. 35), “as maiores diferenças nas dimensões corporais ocorrem em função da diversidade étnica, do sexo e da idade das pessoas [...] devendo um posto de trabalho adequar-se a maioria dos usuários, homens e mulheres, entre 20 e 65 anos de idade”. Veronesi Junior (2008, p. 43) faz uma consideração importante sobre a Antropometria:
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O levantamento antropométrico de determinada população é um instrumento importante em estudos ergonômicos, fornecendo subsídios para dimensionar e avaliar máquinas, equipamentos, ferramentas e postos de trabalho e, ainda, verificar a adequação deles às características antropométricas dos trabalhadores, dentro de critérios ergonômicos adequados, para que a atividade realizada não se torne fator de danos à saúde e desconforto ao trabalhador.
O ajuste do posto de trabalho e de seus componentes às características físicas provocam no trabalhador uma percepção de um ambiente de trabalho seguro, confiável e bem dimensionado, diminuindo sensivelmente os índices de acidentes de trabalho, de desconforto e de fadiga (ABRAHÃO et al, 2009, p.108). Para Baú (2002, p. 198), os seres humanos são classificados em 3 grandes grupos, conforme Quadro 1, a seguir:
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Antropometria Estática
Na antropometria estática, as aferições são feitas com o corpo dos avaliados parados, ou com pouca movimentação, tendo sua aplicação para projetos de assentos, mesas, equipamentos pessoais, etc. (IIDA, 2005, p.116). A maior parte das tabelas antropométricas existentes foi feita a partir da Antropometria Estática. Os dados dessas tabelas devem ser usados para a concepção de postos de trabalho no qual o trabalhador não necessite realizar muitos movimentos. Essas medidas vêm sendo feitas há décadas, em muitos países europeus e nos Estados Unidos da América. Exatamente por se tratar de populações diferentes, são observadas diferenças nos resultados encontrados, pois as amostras avaliadas podem ter origens diferentes.
Antropometria Dinâmica
Já na Antropometria dinâmica, são avaliados os alcances dos movimentos de cada parte do corpo, observando-se o espaço necessário para executar uma determinada atividade de trabalho (IIDA, 2005, p. 110). A Antropometria dinâmica é voltada para as medidas funcionais, nas quais observam-se as velocidades, ritmos e movimentos necessários no posto de trabalho, além da possível demanda de força feita pelo trabalhador. Sua aplicação se dá em projetos de ferramentas de trabalho e postos de trabalho nos quais o trabalhador tenha que se movimentar frequentemente. Ressalta-se que, cada vez mais, os postos de trabalho identificam que as avaliações antropométricas não devem levar em consideração somente o segmento responsável pela execução da tarefa de trabalho. Todos os complexos relacionamentos dos movimentos articulares
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são interpretados, para que se possa ter uma correlação da antropometria mais próxima da real. É o que se denomina como antropometria funcional.
Você sabia que a Antropometria se faz presente nas mais diferentes situações do nosso cotidiano? Seja na roupa que vestimos, na cadeira em que sentamos ou no armário onde guardamos as louças da cozinha, no cabo das panelas, na caixa de frutas.... É certo que algumas projeções são feitas pensando-se mais no impacto financeiro do que no conforto (como no espaço entre bancos de ônibus ou aviões), mas mesmo assim, a Ergonomia Física, por intermédio da Antropometria, esteve presente na concepção destes projetos.
Aplicações Práticas da Antropometria
Uma das aplicações mais práticas da Antropometria à Ergonomia Física está na criação virtual de modelos com a finalidade de identificar a interface entre o modelo de trabalhador e o posto de trabalho proposto, seus mobiliários, ferramentas e maquinários. Desta forma, projetam-se os movimentos a serem executados pelos trabalhadores em um determinado posto de trabalho, suas posturas e seus alcances necessários para a execução das atividades laborais. A partir do resultado da aplicação deste modelo, faz-se modificações no projeto do posto de trabalho a fim de que ele seja construído atendendo às características físicas da grande maioria dos trabalhadores que futuramente trabalharão neste local. É a aplicação prática da idéia de Ergonomia de Concepção, conforme estudado na Aula 1. Ou seja, criar um posto de trabalho que permita ser adaptado aos trabalhadores, proporcionando-lhes um
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máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, solucionando os conflitos entre o humano e o tecnológico (VERONESI JUNIOR, 2008, p.46). Iida (2005, p. 138-140) apresenta 5 princípios que permitem uma melhor aplicação prática das medidas antropométricas, conforme Quadro 2, a seguir:
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Conforme relatam Grandjeam e Kroemer (2005, p.47-48), é muito importante estabelecer as características estruturais dos postos de trabalho, como a altura da superfície de trabalho ou o dimensionamento de vão livre de uma sala de trabalho. A Figura 1 apresenta as alturas de mesas de trabalho recomendadas para trabalhos em pé, de acordo com a exigência de trabalho (trabalho leve, trabalho pesado ou trabalho de precisão):
ALTURA DO COTOVELO 105 - HOMENS 98 - MULHERES
100 - 119 (95 - 105)
90 - 95 (85 - 90)
75 - 90 (70 - 85)
fig. 02 TRABALHO DE PRECISÃO
TRABALHO LEVE
TRABALHO PESADO
Para as atividades de trabalho realizadas sentadas, Baú (2002, p. 204) faz algumas considerações importantes, visando orientar os trabalhadores para o melhor ajuste da cadeira e da mesa de trabalho, assim como dos cuidados que cada trabalhador deve ter com sua postura: Ÿ
O posicionamento de cabeça e pescoço deve apresentar no máximo 30º de flexão, sendo que o ideal seria um posicionamento próximo de 10º de flexão, posição em que a musculatura dos olhos está na posição de menor exigência;
Ÿ
O ângulo do quadril deve estar entre 100 e 110º, utilizando-se o
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encosto do assento, o que reduz significativamente a sobrecarga dos discos intervertebrais lombares; Ÿ
O ângulo do joelho deve estar entre 90 e 120º, pois ângulos menores reduzem o fluxo sanguíneo na região poplítea do joelho, alterando o retorno venoso;
Ÿ
Braços na posição vertical, alinhados com o tronco, formando um ângulo de 90º a 110º no cotovelo; antebraços devem sempre estar apoiados em pelo menos 1/3 da sua extensão;
Ÿ
Punhos devem estar com um alinhamento natural aos antebraços, sem posicionamentos de flexão ou extensão extremos (admite-se no máximo 20º de variação).
A relação existente entre a Antropometria e a Ergonomia torna-se muito importante a partir do surgimento de sistemas complexos de trabalho, principalmente naqueles em que as dimensões físicas do homem são fundamentais para a produção com segurança, conforto e qualidade. Entretanto, o dimensionamento do posto de trabalho também é importante para o desenvolvimento de produtos industrializados como mobiliários, automóveis, equipamentos e ferramentas, necessitando de um aumento na precisão e automatização das técnicas de medida para uma melhor definição do tamanho humano e da mecânica do espaço de trabalho, assim como das roupas e equipamentos. Com o estabelecimento das relações espaciais em coordenadas tridimensionais, associando a engenharia, a biomecânica e a antropometria, uma nova variedade de fenômenos podem vir a ser investigados, como os procedimentos diagnósticos, a construção de próteses ou a simples confecção de uma roupa. Leia mais sobre esse assunto em: http://segurancanotrabalho.eng.br/ergonomia/11.pdf
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Para adequar uma ferramenta, mobiliário ou maquinário de trabalho às diferentes pessoas, com características físicas tão distintas, faz-se necessário a padronização dos projetos de concepção dos postos de trabalho de acordo com a natureza da tarefa e o estabelecimento de padrões de posturas adequadas à realização das atividades laborais de forma confortável, segura e produtiva por parte dos trabalhadores.
Glossário
Cômodos: Ambientes de uma casa. Gigantismo: Desenvolvimento exagerado da estrutura física de uma pessoa. Gordura subcutânea: camada de gordura localizada abaixo da derme. Mensurar: medir, avaliar. Nanismo: Alteração no desenvolvimento de um indivíduo, provocando deficiência no crescimento em estatura. Percentil: Cada um dos cem grupos em que se dividam os resultados de observação de uma variável, ordenados por ordem crescente; o grupo mais baixo será o primeiro percentil e, assim, sucessivamente. Próteses: Um dispositivo ou aparelho que tem a finalidade de substituir um órgão; um membro artificial que suprirá as funções da parte perdida. Região poplítea: nome dado à região posterior do joelho.
Referências
Ÿ
ABRAHÃO, J.; SZNELWAR, L.; SILVINO, A.; SARMERT, M.; PINHO, D.
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Introdução à Ergonomia - da Prática à Teoria. São Paulo: Blücher, 2009. Ÿ
BAÚ, L. M. S. Fisioterapia do Trabalho: ergonomia, legislação e reabilitação. Curitiba: Clãdosilva, 2002.
Ÿ
GRANDJEAN, E. KROEMER, K. H. E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Ÿ
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2005.
Ÿ
VERONESI JUNIOR, J. R. Fisioterapia do Trabalho: cuidando da saúde funcional do trabalhador. São Paulo: Andreoli, 2008.
Lista de imagens fig.01: br.freepik.com fig.02: Alturas de bancadas de trabalho para atividades realizadas em pé. br.freepik.com
Fim do Bloco!
já deve Se você prestou atenção, teúdo. con e saber tudo sobre ess des. ida Na dúvida, releia as un Até as próximas aulas!
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