UNIDADE
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REFLEXÃO ÉTICA SOBRE A GESTÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE GERENCIAMENTO EM SERVIÇO DE SAÚDE
EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
REFLEXÃO ÉTICA SOBRE A GESTÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
• Reconhecer que o gestor em saúde precisa conhecer os princípios da eficácia, efetividade e da eficiência. • Refletir sobre a relação da ética no campo da assistência à saúde e demais áreas das organizações de saúde.
O interesse pela reflexão e discussão ética nos diversos espaços sociais inclusive no campo da saúde, vem sendo crescente nas últimas décadas. Tal fato deve-se, entre outros, ao momento histórico-social de transformação, de substituição de valores éticos, constituindo-se uma sociedade pluralista, em que coexistem diferentes compreensões e interpretações sobre os princípios e valores éticos e não se aceita a existência de princípios e deveres absolutos (CHAUI, 1992). Atos éticos são livres, voluntários e conscientes. Para que um ato humano seja julgado eticamente, é preciso que se caracterize por afetar pessoas, o meio ambiente e/ou a coletividade e que existem alternativas de ação àquela que foi tomada. Vecina Neto et al. (2012) enfatizam que para atender a estas finalidades, a ação do gestor de saúde deve levar em conta os princípios da eficácia, efetividade e da eficiência. Porém, outros princípios éticos são importantes de serem considerados, tais como o respeito à dignidade humana, à autonomia das pessoas envolvidas nas atividades da instituição, à beneficência, a não maleficência, à utilidade social, à equidade e à justiça, entre outros. O abuso da utilização tecnológica, além de sofrer influência de interesses lucrativos, da busca de aumento de prestígio ou mesmo do prazer em poder manipular, receitar, prescrever mercadorias novas, também pode ser motivado pelo sincero desejo dos profissionais de saúde em ajudar as pessoas. Quanto a este último aspecto, o desafio ético que se apresenta é como conciliar a visão tradicional de fazer o melhor pelo usuário com a realidade de perseguir cada último procedimento disponibilizado pela tecnologia (VECINA NETO et al., 2012).
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O imperativo ético de refletir e agir no melhor interesse do usuário (Figura 02), se encarado em um único sentido, pode incluir esforços e tentativas caras e pouco específicas, com um modesto benefício a um grande custo, levando a consequências institucionais e atuação do gestor.
fig.01 - Refletir sobre as necessidades do usuário.
Os serviços de saúde não podem ser entendidos como organizações cujas preocupações econômicas ou políticas sejam empecilhos para o desenvolvimento de suas funções essenciais de cuidar das pessoas, lhes fazendo o bem (princípio da beneficência). Neste sentido, considera-se que, além das obrigações individuais dos diversos profissionais de saúde envolvidos na instituição, há a responsabilidade moral do gestor por implementar políticas e ações orientadas pelos princípios éticos, na busca do aperfeiçoamento dos padrões de qualidade institucional (VECINA NETO et al., 2012). A adoção de uma postura ética, para muitas empresas, está relacionada à possibilidade de sobrevivência (manutenção da imagem e da confiança pública na reputação da empresa e prevenção dos altos custos impostos pêlos escândalos), podendo vir a ser, inclusive, uma vantagem diferencial entre elas (NASH, 2001; SROUR, 2000).
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A ética deve ser considerada como parte essencial da política da organização e imprescindível para o seu desenvolvimento e crescimento, uma vez que a opção por valores que humanizam o processo de trabalho e a relação com os clientes traz benefícios para a própria empresa e para a sociedade. Nas instituições de saúde, outros fatores concorrem para a evidência da dimensão ética do gerenciamento, como: • o reconhecimento do poder de interferência dos profissionais de saúde na vida dos usuários dos serviços; • o surgimento de novas realidades decorrente dos intensos avanços científicos e tecnológicos que trazem muitos benefícios para a humanidade e, também, muitos conflitos; • a pluralidade moral existente na sociedade, não havendo normas únicas para resolver as diversas situações; • as características da clientela, em especial, a condição vulnerável dos usuários dos serviços de saúde; • e a precariedade do sistema de saúde, que acarreta dificuldades de acesso e provoca deficiências na assistência.
Entretanto, para que haja a valorização das questões éticas no gerenciamento, é imprescindível reconhecer que elas existem e qual o seu significado nesse contexto. Na ação administrativa, surgem dilemas éticos que podem ser entendidos como a necessidade de escolha entre duas ou mais alternativas, igualmente desejáveis ou indesejáveis, requerendo, para isso, reflexão, ponderação e discussão. Para os dilemas, não há respostas prontas, condutas preestabelecidas ou valores absolutos, fazendo com que as decisões sejam tomadas mediante a análise de cada situação. Uma reflexão ética indaga criticamente sobre a consistência e coerência dos valores que norteiam as ações e busca sua fundamentação para que elas tenham significado autêntico nas relações sociais (RIOS, 1995).
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A tarefa da ética é a procura e o estabelecimento das razões
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que justificam “o que deve ser feito”, e não “o que pode ser feito”. A ética pode ser considerada como uma questão de indagação, e não de normatização do que é certo e do que é errado (RIOS, 1995). Os atos éticos devem ser livres, voluntários e conscientes (RIBEIRO, 1996). Assim, ética é a reflexão crítica sobre o comportamento humano, no sentido de interpretar, discutir e problematizar os valores, os princípios e as regras morais, à procura do “bom” para a vida em sociedade (ZOBOLI; FORTES, 2002).
Ética é um grupo de valores morais e princípios que regem a conduta humana na sociedade. Ela é estruturada para que haja um equilíbrio social baseado nos princípios morais, valores culturais e históricos de uma sociedade. Num mundo globalizado, cuja competitividade é acirrada, a conduta ética do profissional que administra faz toda a diferença, pois ele age com transparência e seriedade.
LISTA DE IMAGENS
Fig.01: http://pexels.com/
REFERÊNCIAS
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