UNIDADE
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TICs NA EAD CENÁRIOS E MODALIDADES DE EAD
EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
TICs NA EAD A modalidade EaD é fato de notável crescimento exponencial, principalmente no cenário educacional brasileiro. Com o objetivo de entender esse nova realidade, podemos nos basear em Tori (2010) que fala sobre o blended learning, ou seja, a convergência entre o recurso virtual e o fator presencial nos processos educacionais. Ilustrando o conceito de blended learning, (Tori, 2010), podemos destacar o uso e a quase maciça adoção dos Learning Management System (LMS) ou dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) para sustentar os sistemas de gerenciamento de conteúdo e aprendizagem; em contextos mistos de educação, tanto na modalidade presencial como a distância. Os Learning Management Systems, conhecidos como LMS ou Sistema de Gestão da Aprendizagem (SGA) são plataformas (softwares) destinadas a gerenciar e automatizar todos os processos existentes; ou que envolvem as situações relacionadas à administração de cursos presenciais, a distância e blended. Tais como: planejamentos, inscrições, gerenciamento de resultados, acompanhamento das avaliações, etc. Vejamos, agora, as tecnologias e ferramentas mais usadas na EaD. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) No AVA, ficam disponíveis os conteúdos do curso e outras ferramentas de interação, como fóruns, chats, bibliotecas virtuais. Além das videoaulas, áudios e videoconferências. Para ter acesso à “sala de aula virtual”, é necessária uma senha que é disponibilizada pela empresa ou instituição que oferta o curso. Nesses ambientes on-line, o estudante pode acessar, pelo computador, às aulas e também realizar todas as atividades; bastando estar conectado à Internet.
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Videoaulas Como o próprio nome já identifica, as videoaulas são gravadas e podem ser acessadas a qualquer tempo e de qualquer lugar, bastando que o aluno disponha de um computador e de acesso à Internet. Combinando imagens, sons, slides e fala do professor, as videoaulas devem ser planejadas de maneira a tornar o conteúdo atraente e interativo, de forma que prenda a atenção do aluno durante todo período da aula. Aulas ao vivo Utilizando a tecnologia via satélite e, geralmente, com um chat ao vivo e um moderador, o participante pode trocar mensagens com outros alunos e fazer perguntas ao vivo para o professor. Chats e Fóruns Usando ferramentas de bate-papo e fóruns de discussão, os estudantes podem esclarecer as dúvidas com os tutores ou com os professores da matéria. E também promover e participar de discussões em grupo. Geralmente, essas atividades ficam armazenadas e disponíveis para os alunos, possibilitando o acesso em qualquer tempo. Áudio e Videoconferência Esse tipo de tecnologia propicia aos alunos, tutores e professores uma comunicação em tempo real. Por meio de computadores ou dispositivos móveis (tablets, smartphones, etc) as audioconferências e as videoconferências aproximam os participantes de maneira agradável e interativa; tornando a modalidade EaD ainda mais acessível e interessante.
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Bibliotecas Virtuais Visando facilitar a aprendizagem e a aquisição de muito mais conhecimentos, e também para atender às necessidades dos alunos em tempo integral (24 horas por dia, em todos os dias da semana), as instituições que oferecem cursos a distância disponibilizam acervos virtuais gratuitamente. Ou seja, os alunos podem baixar materiais de estudo e de consulta em formato digital, sempre que desejarem. Benefícios das tecnologias e ferramentas A utilização destas tecnologias e ferramentas proporcionam uma série de vantagens, tais como: • Desenvolvimento da autonomia, uma vez que os estudantes buscam as informações por conta própria; • As aulas ficam armazenadas e disponíveis para qualquer estudante, podendo ser acessadas quantas vezes for necessário para a recapitulação ou revisão de conteúdos perdidos ou não entendidos; • Cada estudante tem a facilidade de (em qualquer horário ou local), esclarecer dúvidas e consultar materiais de estudo; assistir às aulas e realizar as atividades propostas; • Independentemente da área de atuação, as metodologias de ensino empregadas na Educação a Distância possibilitam a troca de experiências entre os alunos, professores, tutores, agregando a todos múltiplos conhecimentos, de forma simultânea. Vale ressaltar que, seja qual for a tecnologia ou a ferramenta utilizada, a linguagem deve ser objetiva, de fácil compreensão (sem fugir da norma padrão) correta e sempre que possível evitando termos que possam causar dificuldade de compreensão para assimilação de informações e conteúdos didáticos.
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Design Instrucional Dando continuidade ao nosso assunto, não poderíamos deixar de falar a respeito do item ou tópico que facilita, que cria, que propicia as vantagens e os benefícios da EaD: o design instrucional. Essa terminologia, design instrucional, ganhou força a partir de 1990, quando as estratégias de ensino-aprendizagem começaram a ser considerados objetos de planos de gestão e planejamento; baseando-se nos avanços pedagógicos e comportamentais; estes últimos, por sua vez, oriundos do campo da psicologia. Com a junção das informações desses dois campos de estudo, pedagogia e psicologia, percebeu-se a necessidade de projetar ou desenhar (daí a termo design) soluções específicas para problemas educacionais; onde a informação pode ser apresentada de forma inovadora e criativa, levando-se me conta o contexto histórico, político, social e organizacional, de cada público em específico. Para complementar essas informações, podemos citar Andrea Filatro, para quem design instrucional significa: A ação intencional e sistemática de ensino que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a aplicação de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos, e produtos educacionais em situações didáticas específicas, afim de promover, a partir dos princípios de aprendizagem e instruções conhecidos, a aprendizagem humana. Em outras palavras, definimos design instrucional como o processo (conjunto de atividades) de identificar um problema (uma necessidade) de aprendizagem e desenhar, implementar e avaliar uma solução para esse problema. (FILATRO, 2008, p.4) No Brasil, a pessoa que trabalha com design instrucional é denominada designer instrucional. A profissão é reconhecida no Cadastro Brasileiro de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego. O designer instrucional implementa, avalia, coordena e planeja o desenvolvimento de projetos pedagógicos/instrucionais nas modalidades de ensino presencial e /ou a distância, aplicando metodologias e técnicas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Desing é um termo inglês, “adotado” pelos brasileiros. Porém, veja a seguir, informações importantes sobre o cuidado com o uso da
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Língua Inglesa na EaD.
Na Educação a Distância e em áreas de tecnologia educacional, é fato claro a constância de uso de termos como: on-line, blended learning, e-learning, mobile learning, click universities, web quest, webware, etc Formiga (2009, p. 39), em artigo que discute o uso de terminologias em EaD, alerta que: A prática educativa e as teorias educacionais são propostas e conceituadas por meio de termos técnicos ou expressões linguísticas, que expressam o sentido e defi nem suas concepções. A terminologia delimita a abrangência de uma ciência e demonstra o domínio pelos seus propositores e usuários. De certa maneira, a terminologia constitui o dialeto próprio de cada ciência. Ao mesmo tempo em que esclarece para os já iniciados, pode confundir os menos familiarizados com o campo de atuação de uma ciência pelo uso diferente daquele estabelecido pelas fronteiras de determinada área de conhecimento.
Segundo o professor Doutor Márcio Luiz Corrêa Vilaça, (em seu artigo Educação a Distância e Tecnologias: conceitos, termos e um pouco de história), apesar da inegável contribuição dos Estados Unidos no desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação (TICs), de softwares e hardwares; das inúmeras experiências de universidades americanas e britânicas em cursos e pesquisas em EaD; e do predomínio da língua inglesa na internet é necessário que se tenha extremo cuidado no uso e aplicação de termos em inglês, uma vez que tal prática aumenta o risco das “armadilhas tecnológicas”. Se já existem inúmeros riscos no excesso de uso de termos técnicos entre profi ssionais familiarizados com a área, imagine o que não poderá acontecer quando se pretende a interação com leigos ou pessoas de outras áreas.
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Podemos citar como exemplos clássicos dessa situação o uso inadequado ou excessivo de termos técnicos, quando estando em uma consulta médica, o profi ssional que nos consulta “dispara” o diagnóstico: • Esse processo de intumescência na região glútea é resultante de lesão infl amatória, com consequente necrose subcutânea. • Doutor do céu!! Quanto tempo ainda me resta de vida?! • Ah, bastante. É só um furúnculo na nádega. Ou ainda, quando se lê a seguinte notícia: A decisão da Fitch de rebaixar o rating soberano do Brasil em um degrau, de BBB para BBB, provocou uma reação limitada no dólar e na Bolsa esta manhã. (Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/ geral,rebaixamento-de-nota-pela-fi tch-gera-reacao-moderada-nodolar,1780182>. Acesso em: 15/10/15) Tanto em um caso como no outro, o amplo emprego de terminologia e linguagens profi ssionais, características de cada área – Saúde e Economia – difi cultaram o entendimento e a efi cácia da comunicação.
O hábito da leitura, além de ser algo prazeroso, auxilia muitíssimo na aquisição de conhecimentos. E como estamos falando em tecnologia... EaD... espaços virtuais... seguem algumas indicações de acervos: • Biblioteca Digital Mundial http://www.wdl.org/pt/about/ Criada pela UNESCO, a Biblioteca Digital Mundial disponibiliza na Internet, gratuitamente, e em formato multilíngue, importantes de literatura, áudio, mapas e fotografi as provenientes de países e culturas de todo o mundo. As pesquisas podem ser feitas em sete línguas diferentes e as buscas, feitas por período.
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• Domínio Público http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp. Desenvolvida pelo Ministério da Educação, nesta biblioteca são disponibilizados gratuitamente cerca de 180 mil textos, além de imagens, arquivos de som e vídeo. O site conta com rico acervo de publicações na área de educação. Lá, você ainda encontra as obras completas de Machado de Assis e um grande acervo de poesias de Fernando Pessoa. A biblioteca possui também diversas músicas eruditas brasileiras, e inúmeros textos de literatura infantil, além dos Compilados sobre Legislação Educacional. http://canaldoensino.com.br/blog/10-bibliotecas-virtuais-gratuitas Assista ao vídeo O que é Educação a Distância – Salto para o futuro. Ele discute sobre a aplicação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação, e sobre o potencial que essas novas ferramentas nos propiciam no aprendizado, em especial, na Educação a Distância.
GLOSSÁRIO: 1. Convergência: Tendência de várias coisas ou fatos se fi xarem em um ponto comum ou se identifi carem. (Fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/converg%C3%AAncia) 2. Exponencial: Elevado, acentuado, signifi cativo. Considerado acima do comum. (Fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/exponencial)
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REFERÊNCIAS FILATRO, A. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson Educacional do Brasil, 2008. ISBN 978-85-7605-188-6. LITWIN, Edith (Org.). Educação a distância: temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto Alegre: Artmed, 2001. 110 p. ISBN 85-7307-805-7. NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança. São Paulo: Loyola, 1999. 414 p. ISBN 85-15-01985-5. MAIA, Carmen (Org.). Ead. br: Educação a distância no Brasil na era da internet. São Paulo: Anhembi Murumbi, 2000. 152 p. (Série universidade virtual). ISBN 85-87370-04-9. TORI., R. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em ensino e aprendizagem. São Paulo: Senac, 2010. LITTO, Fredric; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (ORG). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. ISBN: 978-85-7605-197-8. http://publicacoes.unigranrio.br/index.php/magistro/article/viewFile/1197/801 15/10/15 http://canaldoensino.com.br/blog/10-bibliotecas-virtuais-gratuitas 15/10/15 http://www.ead.com.br/ead/tecnologias-utilizadas-no-ensino-a-distancia.html 14/10/15 MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EaD. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. ISBN: 978-85-7605-157-2 KENSKI, Vani Moreira. Tecnologia de Ensino Presencial e a Distância. Campinas, SP: Papirus, 2003. ISBN: 85-308-0708-1.
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