Gerenciamento em Serviços de Saúde - Unidade09

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UNIDADE

09

COMUNICAÇÃO

GERENCIAMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


COMUNICAÇÃO Convivemos diariamente com as pessoas, seja no ambiente de trabalho, familiar, escolar e sociedade. Dentro deste contexto, necessitamos de relacionamentos saudáveis, pois cada pessoa possui características e personalidade próprias. A visão, formação, cultura, comportamento e opinião podem, muitas vezes, divergir. A convivência no ambiente de trabalho nos obriga a conviver e aceitar as diferenças. Sendo assim, trabalhar o Relacionamento Interpessoal é fundamental em qualquer organização. É através da comunicação que expressamos sentimentos, comportamentos, pensamentos, atitudes e crenças, permitindo, desta forma, que o outro nos conheça e vice-versa. Dentro deste contexto está a necessidade de autoconhecimento, desenvolvendo um amadurecimento que contribuirá para uma comunicação saudável. A comunicação entre os seres humanos é um processo que envolve a troca de informações e utiliza símbolos, mensagens, informações, linguagem escrita ou falada como suporte para este fim. Para Ferreira (2004), comunicação é o ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através de linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, símbolos, quer de aparelhamento sonoro e/ou visual. TIPOS DE COMUNICAÇÃO A comunicação é característica da espécie humana, no entanto, há muitos outros meios que o homem utiliza para comunicar ideias. Todos os sinais, como expressões faciais, gestos corporais e sons diversos, associados à palavra, são fundamentais para uma comunicação eficaz. COMUNICAÇÃO VERBAL Refere-se às mensagens escritas e faladas que ocorrem na forma de palavras como elementos de linguagem que usamos para nos

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comunicar. A comunicação verbal, que se dá por meio de palavras, depende da linguagem, que é fortemente influenciada pela cultura (STEFANELLI, 2012). COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL A comunicação não verbal, refere-se às mensagens emitidadas pela linguagem corporal, como expressões faciais, postura do corpo, gestos ou pela presença de rubor, sudorese, tremores, lacrimejamento e palidez. Essa forma, no entanto, necessita ser validada pela comunicação verbal (STEFANELLI, 2012). Todas estas formas de linguagens não verbais exprimem e comunicam ideias, sentimentos e emoções, reforçam e chegam a substituir a linguagem verbal, delineando significações e conferindo uma vivência mais profunda e autentica à comunicação. Através da comunicação não-verbal ocorre a troca de sinais: olhar (contato visual), gesto, postura, mímica. COMUNICAÇÃO VISUAL Como o nome sugere, este tipo de comunicação se dá através de auxílios visuais, está principalmente associada a imagens que incluem sinais, desenho, design gráfico, ilustração, cores e recursos eletrônicos. Esta forma de comunicação com efeito visual enfatiza o conceito de que uma mensagem visual, como o texto, tem um maior poder de informar, educar ou convencer uma pessoa.

Comunicação verbal escrita: livros, cartazes, jornais, cartas, telegramas. Comunicação verbal oral/verbal: diálogo entre duas pessoas, rádio, tv, telefone, etc. Comunicação não verbal: postura, espaço interpessoal, gesticulação, expressão facial, contato visual.

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CANAIS DE COMUNICAÇÃO: COMO SE RELACIONAR COM O MUNDO? Desde que nascemos nos comunicamos através de três canais de comunicação: visual, auditivo e cenestésico (Figura 01). Utilizamos, preferencialmente, um entre os três canais, no entanto, os outros também são utilizados, mas com uma frequência menor. A comunicação adequada entre duas pessoas acontece quando se estabelece uma forma de comunicação que conhecemos sobre a outra, através do canal mais desenvolvido por ela. Canal de comunicação visual: a pessoa em que predomina o modelo visual é mais rápida, ansiosa, agitada e impulsiva, é quieta, não fala muito, impacienta-se quando tem de ouvir longas explanações, pode usar palavras desajeitadas, descreve com beleza, usa predicados como “veja, claro, brilhante” etc. Quanto mais visual, mais franca e sincera. Bons chefes, gerentes e gestores, em geral, são visuais. Outros elementos importantes são a capacidade de desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo, gostar de prazos apertados, implantar projetos e cumprir metas (MARQUES, 2012). Canal de comunicação auditivo: a pessoa em que predomina o modelo auditivo é calma, tranquila, ponderada, prefere mais ouvir do que falar, é detalhista, organizada, tímida e perfeccionista, prefere o previsível e a rotina, gosta de ouvir, não consegue esperar para falar, descrições são longas e repetitivas, usa predicados como “ouça, escute, explicar” etc. “É mais focada em tarefas e processos do que em gente”, ilustra. É rígido e formal. Gosta de tabelas, gráficos, concentração, “é alguém que não se importa de ter de refazer várias vezes as mesmas coisas, contanto que estejam corretas. Para um auditivo, trabalhar com análises e cálculos é um prazer (MARQUES, 2012). Canal de comunicação cenestésico: é socialmente orientado, gosta falar, adora eventos, festas e oportunidades para comunicação. A desordem reina, mas a criatividade é solta. É extrovertido e precisa

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trabalhar em equipe, gesticula quando fala, não é bom ouvinte, fica muito perto quando fala ou escuta, perde rápido interesse por discursos verbais detalhados. Gosta de correr riscos, prefere trabalhar na rua ou em funções que exijam contato com pessoas ou expressão verbal de ideias (MARQUES, 2012). A partir da identificação do modelo que predomina e têm mais a ver com sua personalidade, a pessoa consegue direcionar seus objetivos, bem como, torna mais fácil à um gestor identificar o colaborador adequado à cada função.

Fig.01

No site “Equilíbrio Interior”, que você pode acessar através do link: http://www.equilibriointerior.net/index2. php?id=33, é possível termos uma noção mais completa de como funcionam os canais de comunicação e reforçar nossos conhecimentos acerca das características de cada um deles.

A Relação Interpessoal é um aspecto muito importante em nossa vida cotidiana e a empatia está intimamente relacionada a ela. Sendo assim, indicamos o vídeo “Comunicação Interpessoal – Empatia” disponível no Youtube através do link: https://www.youtube.com/watch?v=tDRIqxqkE24

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LISTA DE IMAGENS Fig.01: http://br.freepik.com/

REFERÊNCIAS CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: edição compacta. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. ISBN 85-352-0677-9. _____________Administração geral e pública. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. DRUCKER, P. Desafios gerenciais para o século XXI. Tradução de Nivaldo Montigelli Jr. São Paulo: Thomson, 1999. FERREIRA, A. Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa/Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. 3. ed. Curitiba: Editora Positivo, 2004. FARIA, C. Tipos de Liderança. 2015. Disponível em: <http://www. infoescola.com/administracao_/tipos-de-lideranca/> Acesso em: 28. Out. 2015. HUNTER, J. C. Como se tornar um líder servidor. Rio de Janeiro: Sextante, 2006. KURCGANT, P. Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. LACERDA, H.O. de. Tipos e estilos de liderança: qual o seu enquadramento? 29/07/2014. Disponível em: <http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/9331/tipos-e-estilos-de-lideranca-qual-o-seu -enquadramento.html#> MARQUES, S. Visual, auditivo, cinestésico: qual é o seu perfil profissional dominante? 2012. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/especial/jsp/default.jspx?uf=1&local=1&espid=362&action=noticias&id=3694640> Acesso em: 20. Out. 2015.

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MARQUES, J.R. Trabalho em equipe: Habilidade essencial para o mercado de trabalho. 2014. Disponível em:< http://www.ibccoaching. com.br/blog/artigos/trabalho-em-equipe-habilidade-essencial-para -o-mercado-de-trabalho/> Acesso em 18. Out. 2015. MARQUIS, B.L.; HUSTON, C.J. Administração e Liderança em Enfermagem: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2010. MAXWELL, J. C. 21 indispensáveis qualidades de um líder. Tradução de Josué Ribeiro. São Paulo: Mundo Cristão, 2000. REZENDE, M. EXAME. Dez atitudes proibidas no trabalho em equipe. 2013. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/10-atitudes-proibidas-no-trabalho-em-equipe > Acesso em 18 out. 2015. ROMUALDO, J. S. Trabalho em equipe: Juntos somos muito melhores do que sozinhos! 2011. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/10105/ trabalho-em-equipe-juntos-somos-muito-melhores-do-que-sozinhos#ixzz3qIGXy> Acesso em 18. Set. 2015. STEFANELLI, M.C; CARVALHO, E.C. A comunicação no contexto da enfermagem. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012.

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