Introdução Ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula, o delegado Romeu Tuma Jr. explica como ninguém o nascimento do atual estado de coisas a gravitar no mundo e no submundo dos irmãos Batista. “O governo do PT precisava de um caixa central para pagar os políticos, um núcleo em que eles fizessem suas cobranças, como um banco: surgiu assim o Mensalão; no final do governo Lula, o caixa se mudou para a Petrobras, veio o Petrolão. E agora se sabe que desde o começo de todos esses caixas existia um caixa-mor: a JBS.” De 2006 a 2017, a contabilidade da propina paga pela JBS e outras empresas dos irmãos Joesley e Wesley Batista ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Desse valor, R$ 301 milhões foram repassados em dinheiro vivo; R$ 395 milhões por meio de empresas indicadas pelos políticos; e R$ 427,4 milhões em doações oficiais de campanha. Muita água rolou desde o início do segundo semestre de 2018: a rescisão pela PGR, em fevereiro de 2018, das delações premiadas de Wesley Batista e Francisco de Assis; a soltura, em março de 2018, de Joesley Batista e Ricardo Saud; nova prisão, em novembro de 2018, de Joesley Batista e Ricardo Saud; a Operação Capitu, em novembro de 2018, referente à mesada da JBS para Aécio Neves; a Operação Ross, em dezembro de 2018, contra Aécio Neves e JBS, propina para compra de
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