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Nossas crianças e alimentação
Em edições anteriores, principalmente próximo ao DIA DA CRIANÇA, já falamos sobre as questões que afligem a geração de crianças e adolescentes dos dias atuais.
Com isso, queremos incentivar o consumo adequado dos derivados de trigo e outros cereais, manter uma relação saudável desses consumidores do presente e do futuro. Para isso criamos as atividades do “ADORO PADARIA”, em 2012.
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AS PREOCUPAÇÕES Os maus hábitos alimentares na infância e adolescência estão criando uma geração de obesos e sobrepesos. Nos últimos 20 anos, o número de desnutridos crônicos caiu 19,6% para 6,8%. Uma das implicações disso é que nossas crianças e adolescentes estão mais altas. Contudo, esse crescimento vem acompanhado do aumento de peso localizado. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que, nos últimos 30 anos, triplicou o número de crianças com idade entre 5 e 9 anos acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Hoje, 33,5% pesam mais do que deveriam, Pelos menos 14% delas já são consideradas obesas. Alarmados com estatísticas como essas, autoridade de vários países passaram os últimos anos esquadrinhando o comportamento e os hábitos das famílias.
Descobriram como os costumes alimentares - bons e ruins – pesam na balança. Acabaram produzindo recomendações para os pais que querem rechear o prato e a vida dos filhos de saúde. Hoje, a maior parte do cardápio das crianças é desajustado. Elas comem pouco daquilo que deveriam e excessivamente daquilo que não deveriam. O resultado é uma nova forma de desnutrição na abundância. É o que chamamos de desnutrição oculta”, diz a nutricionista Fernanda Pisciolaro.
CUIDADOS Agora, trazemos um sinal positivo dos nossos políticos, tão desgastado, que após anos de vai e vem, no senado, vetam os alimentos não saudáveis nas escolas. O Senado, com o objetivo de combater a obesidade infantil, aprovou no dia 14 de agosto de 2013 projeto que proíbe as cantinas escolares de venderem alimentos com baixo valor nutricional ou ricos em gordura e sódio. Segundo esse projeto, os estabelecimentos que não obedecerem à regra terão o licenciamento e a renovação dos alvarás suspensos.
Pela proposta que ainda segue tramite no legislativo, os estabelecimentos com vendas de alimentos em escolas de educação básica que venderem bebidas de baixo teor nutricional, como refrigerantes, ou alimentos ricos em açúcar, gordura saturada, trans ou sódio, e de baixo teor nutricional, não poderão continuar funcionando no local. É importante registrar que já existe para o caso das cantinas e lanchonetes das escolas, em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, lei que regulamenta a venda de alimentos nesses locais. Isso é importante para auxiliar na consolidação do que será implantado a nível nacional.
Questões relacionadas a má alimentação das crianças” 1. As crianças passaram a ter acesso e consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura, mas pobres em nutrientes, que antes só tinham acesso em ocasiões esporádicas e especiais, como aniversários e festas. Esses alimentos passam a entrar na rotina de consumo. 2. Queimar calorias – Andar a pé, brincar na rua e correr deixaram de ser hábitos frequentes, substituído pelo enclausuramento em apartamentos e casas. 3. Diversões sedentárias como assistir televisão, videogame, computador, iphone, ipad e andar de carro, reduziram drasticamente a queima de calorias. Situação mais agravada pelo sendentarimo, estimulado pelo medo da violência urbana. 4. Doenças tidas como de adultos, como estresse e ansiedade, levam ao escape muitas vezes de comer em excesso, para compensar, suprir necessidades emocionais. 5. Há também indicativos que o excesso de peso pode interferir na qualidade de vida das crianças por meio de doenças articulares, que provocam dores e apneia do sono. Também podem ocorrer transtornos alimentares como bulimia e anorexia.
Essas e outras mudanças foram verificadas em estatísticas que apontam uma verdadeira epidemia de obesidade infantil. Em relação à obesidade infantil, o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde (2019), apontam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade têm obesidade, assim como 7% dos adoslescentes na faixa etária de 12 a 17 anos. As consequências para nossas crianças é refletida nos diagnósticos cada vez mais frequentes de crianças com doenças, antes típicas de adultos, como colesterol alto, hipertensão e diabetes tipo 2. E já se aponta riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) em idades precoces.