Entrevista - Caio Franzin | Agrofoods

Cenários e Perspectivas para segundo semestre de 2021

Revista Panificação Brasileira - Quais são as perspectivas para o setor de panificação no segundo semestre de 2021? Caio Franzin - Segundo a ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), a tendência é que o setor de Serviços de Alimentação cresça em ao menos 10% até o final de 2021 acompanhando a campanha de imunização. Contribuindo para esse crescimento, o setor de panificação tem uma perspectiva ainda melhor com a abertura dos salões para o consumo interno. Para a ABIP (Associação Brasileira da indústria de panificação e confeitaria), o consumo nos salões da padaria incrementará as margens devido ao consumo por impulso do mix que é exposto. Mesmo levando um mix atrativo para o delivery, as padarias tiveram que reduzir sua oferta de produtos reduzindo assim suas margens. Neste contexto, a Sina Cheff acredita nessas projeções de melhorias para o setor de Serviços de Alimentação e pretende incrementar um calendário de ativações para o segundo semestre. O objetivo será promover o crescimento do Food Service e, certamente, o setor de panificação será peça importante nessas ativações, afinal, é um setor que demonstra otimismo com a recuperação econômica em 2021, de acordo com o instituto de pesquisa FSB e divulgado pela CNI (Confederação nacional da Industria), existe um otimismo entre os players desse mercado, onde 55% deles acreditam em um crescimento econômico e 66% deles em um aumento de faturamento para o ano de 2021. ABIP, 2021 (https://www.abip.org.br/site/panificadoresbrasileiros-estao-otimistas-com-2021/). Outro ponto muito importante para a retomada das atividades no segundo semestre é estar atento as mudanças de comportamento do consumidor durante a quarentena, algo que, no período de póspandemia, pode se tornar permanente. Para Sergio Molinari, fundador da Food Consulting e professor da ESPM, os clientes terão mais preocupação com a higiene, por exemplo: “essas preocupações cresceram. O consumidor vai passar a ser mais seletivo do que ele era antes da pandemia, mais exigente em relação a essas características”, ressalta

Panificação Brasileira - Qual a perspectiva da sua empresa para o segundo semestre? Quais são os próximos lançamentos de novos produtos e/ou serviços? Caio Franzin - A Sina Cheff compactua com a tendência de crescimento dos Serviços de Alimentação já que possui um mix voltado ao transformador. Continuaremos trabalhando com nosso mix pensando em inovações e ampliações que façam sentido. Desta forma estamos focados em atualizar todo o nosso portifólio para uma linha Zero Trans, que nos proporcionará produtos mais saudáveis e que serão obrigatórios a partir de 2023. Para a indústria de panificação, já temos produtos Zero Trans desenvolvidos para multi aplicações. Também desenvolveremos mais produtos conforme as exigências

das aplicações dos nossos clientes. Nosso portfólio é sempre pensado assim: objetivo, relevante, eficiente e potencial.

Panificação Brasileira - A Revista Panificação Brasileira está incentivando as padarias de todo o Brasil a investirem numa forte campanha com produtos juninos; o que a tua empresa pode contribuir para o sucesso dessa campanha? Caio Franzin - As padarias são um importante canal de consumo para nossos produtos. Desta forma, aliar a importância desse canal com um evento temático muito importante em nosso país faz todo o sentido para o nosso negócio. A intenção da Sina Cheff é investir em receituários e vídeos onde vamos colaborar com a diversificação do mix da padaria. Também estaremos disponíveis para o desenvolvimento de lay out específicos para a comunicação digital desses estabelecimentos, por exemplo, banners para o site, cardápios para WhatsApp etc.

Panificação Brasileira - As restrições tendem a serem flexibilizadas/diminuídas com o crescimento do número de vacinados contra o Corona vírus. Os Panificadores precisam ser mais agressivos e investirem mais, ou o momento ainda é de cautela? Caio Franzin - O momento ainda é de cautela. Algumas padarias de adaptaram a realidade da pandemia e conseguiram crescer 30% (https:// www.abip.org.br/site/padaria-inova-aumentafaturamento-e-projeta-crescimento-em-2021/). O segredo do sucesso foi diversificar o mix de produtos da padaria, investir em propaganda nas redes sociais e criar um sistema de delivery. Contudo, esse não foi o cenário para muitas padarias que tiveram a redução do faturamento e tomaram medidas drásticas como a redução do número de funcionários. Enquanto a flexibilização vai aumentando, o ideal é entender se vale a pena investir e em que investir. Um investimento importante para as padarias e que não é tão agressivo é a mudança de cardápio e insumos. Essa mudança traz bons resultados de vendas. Pensar em aumentar infraestrutura ou uma expansão ainda é muito complicado.

Panificação Brasileira - Como você vê a atuação das padarias, para trazer os consumidores para o interior das mesmas, e voltarem a consumir no local? Caio Franzin - Trazer o consumo para o interior da padaria exige muita cautela. Novamente, a quantidade de vacinados será um grande balizador dessa decisão. O consumo no salão traz uma venda por impulso diferente do aplicativo, então é muito interessante voltar esse consumo quando se pensa em aumento de receita. Contudo, não se pode esquecer a importância dos protocolos de saúde para um consumidor muito mais preocupado e exigente ( https://www.abip.org.br/site/padariase-confeitarias-reforcam-protocolos-de-saude-paraatendimentos-mais-seguros).

Panificação Brasileira - Para muitos consumidores e Panificadores, o mundo digital ainda é “aprendizado”. Como os Panificadores devem transitar nesse contexto? Caio Franzin - O mundo digital é uma ferramenta definitiva para os negócios. Os consumidores se adaptaram muito bem a venda online. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o setor apresentou crescimento de 184,2% no primeiro trimestre de 2021. Para se ter noção, as vendas para o varejo tiveram crescimento de 134,4% no mesmo período (https://www. consumidormoderno.com.br/2021/04/22/servicosde-alimentacao-2021/). Quando se fala em serviço de alimentação, o pensamento inicial corre para os aplicativos de delivery. Isso tem fundamento: o serviço teve um crescimento de 150% em 2020, diz a pesquisa. Assim, aprender sobre o mundo digital é prioridade.

Panificação Brasileira - A Max Foods Multi Negócios está lançando o maior complexo digital para o setor de Panificação e Food service, com atrações como: Museu da Panificação, Centro de Convenções, com

palestras, cursos, seminários, etc., o Multi Food Show, com a Feira Pan Brasil Food, tudo isso em um só lugar. Tudo isso, funcionando completamente interativo, semelhante ao presencial, e ainda tem o Arena Show, com apresentações e demonstrações de produtos, visando sua implantação nas Padarias. Esse é um modelo de interação que vai atrair os Panificadores? Caio Franzin - O meio digital é hoje o modelo mais eficaz para interação, o que favorece também a utilização por indivíduos que não teriam acesso ao meio presencial. Isso favorece o mercado como um todo, onde mais empresas/pessoas terão acesso a um vasto conteúdo sobre o meio que ela está inserida e assim melhorar sua performance, atraindo mais consumidores e consequentemente gerando mais faturamento.

Panificação Brasileira - Ações como essa proposta pela Max Foods Multi Negócios, vão ajudar a acelerar a inserção no mundo digital pelos Panificadores? Caio Franzin - Os meios digitais têm-se mostrado um mecanismo com uma vasta oportunidade de atuação e melhorias de conhecimento. Para o ramo da panificação não é diferente, o mundo digital, trará a esse setor novas formas de fazer negócio, bem como explorar novas meios e plataformas para entregar ao seu consumidor seu conteúdo. Favorece também aos padeiros, confeiteiros e profissionais do ramo, que ao interagir em uma rede no qual lhe proporciona novas receitas, métodos de realização de um determinado produto e principalmente de se conectar com outros profissionais dessa área, levará a esses profissionais a possibilidade de apresentar em seu negocio novos produtos que antes não eram de seu conhecimento.

Panificação Brasileira - Quais dicas você pode deixar aos Panificadores, quanto ao que sua empresa pode ajudá-los e o que eles podem fazer? Caio Franzin - A Sina Cheff quer continuar a fazer parte do dia a dia do consumidor e de seus parceiros. Estamos engajados para que em 2021, possamos atendê-los da melhor forma possível, que tenham o melhor rendimento nas suas receitas e que levem ao seu consumidor um produto de qualidade e saudável.