Análises e críticas - Games

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CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, terça-feira, 12 de março de 2013 • Informática • 5

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Metal gear rising: revengeance

Não recomendado para menores de 18 anos

Lâmina afiada Com muita ação e correria, o game da Konami representa um redirecionamento inusitado para a franquia e consolida Raiden como um protagonista de respeito. Upgrades durante o jogo melhoram os combates Fotos: Konami/Divulgação

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Detalhes Metal gear rising pode ser considerado um passo arriscado por parte da Konami, uma vez que ele destoa muito dos games anteriores de uma série com vasta legião de fãs. Mas, após as primeiras horas

de jogo, percebe-se que a empresa não fez feio. Rising soube aproveitar décadas de história e adaptá-las muito bem à nova proposta. O fato de a trama ser mais simples é um excelente exemplo de como o título conseguiu se apropriar do universo geral para criar algo dinâmico e divertido. A impressão que fica, contudo, é que os esforços em fazer bem tal mudança de direcionamento foram tão grandes que certas minúcias não receberam tanta atenção. Um exemplo disso é a simplificação excessiva do combate, que acaba por tirar parte do brilho do título. As lutas são divertidas, principalmente, os confrontos com os chefes, que são o ponto alto do jogo. Mas, em comparação com outros games do mesmo gênero, Rising tem combos pouco variados, mesmo com os ataques extras, que podem ser adquiridos por meio de upgrades. A câmera é uma frustração durante os combates, pois, muitas vezes, a angulação errada que ela assume, automaticamente, atrapalha, escondendo os inimigos em lutas importantes. Outra opção que faz falta é a de se esquivar desde o princípio (a habilidade pode ser adquirida depois, via upgrade). Por ser um comando básico, presente em jogos de ação, sem essa alternativa, resta ao jogador correr ou usar a defesa, acionada por um comando que também envolve o botão de ataque. Mas esses pontos fracos não são suficientes para tornar Metal gear rising uma experiência ruim. O títulonãoapenastemoméritodeadaptar bem o complexo universo da série para a divertida proposta corra e corte,comotambémconsegueconsolidar um dos personagens menos queridos de Metal gear como um protagonista interessante. A Konami começou o spin-off bem, mas ainda existe espaço para melhorias. Resta a esperança de que a empresa aproveite o redirecionamento e lance novos jogos com Raiden, desta vez com os erros corrigidos. Se fizer isso, Rising pode muito bem, um dia, alcançar o mesmo nível de prestígio que os títulos anteriores.

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m um dos primeiros momentos de Metal gear rising: revengeance, um dos personagens orienta o protagonista Raiden na missão que tem pela frente: “Não há nenhuma necessidade de se esconder ou de evitar o combate”. A fala é simples, mas resume bem o recado para os fãs da série criada pelo japonês Hideo Kojima: esse não é o Metal Gear com que você está acostumado. O novo título deixa de lado a furtividade, principal característica dos jogos Metal gear solid, para dar espaço à ação. O game é o primeiro spin-off da série e deixa de lado o Solid Snake, o grande herói da franquia. No lugar dele, volta ao centro da história Raiden, o famigerado protagonista sem sal de Metal gear solid 2, que ressurgiu como um habilidoso ciborgue ninja em Metal gear solid 4. O game, cuja trama se passa três anos após o quarto título, tem estrutura e narrativa muito mais modestas do que as dos jogos anteriores. O roteiro das fases é simples: siga em direção ao ponto marcado no mapa e utilize a espada para cortar tudo e a todos que passarem pelo caminho. Para facilitar ainda mais a jornada, existe o ninja run (corrida ninja, em tradução livre): enquanto o personagem corre, basta manter apertado um botão e Raiden, automaticamente, salta obstáculos, escala paredes e desliza sob fendas. Tudo isso para que você não pare de golpear. O sistema de combate é tão simples quanto o de deslocamento: aperte poucos botões para começar a distribuir golpes de espada e formar longos combos. O grande diferencial na hora de lutar fica por conta do chamado Modo Katana, que faz o tempo desacelerar e permite selecionar exatamente quais pontos do inimigo quer “fatiar”.

Produção Konami Desenvolvimento Platinum Games Plataforma Playstation 3 e Xbox 360 Número de jogadores 1 (single-player) Preço

R$ 199,90 Avaliação Jogabilidade Entretenimento Gráficos Som

Derivação Os spin-offs são títulos derivados de uma série, que surgem após a consolidação dela. A trama não tem ligação direta com os outros jogos. Em geral, aproveitam para contar histórias de personagens secundários ou eventos pouco explorados nos games principais.

Dica Na versão para Playstation 3, para desbloquear o nível de jogo mais difícil, vá para a tela de título (em que aparece a frase “aperte start”) e pressione duas vezes o direcional para cima, duas vezes para baixo, esquerda, direita, esquerda, direita, O e X. Na versão para Xbox 360, basta fazer a mesma sequência de direcionais, mas aperte B e A.


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