abril a julho | 2016
Vivemos em um mundo no qual informação e entretenimento chegam principalmente por televisão, internet e jogos eletrônicos, e temos a sensação de que se perdeu o espaço da oralidade, da escuta e do livro. Qual foi a última vez que você abriu um livro e contou, em voz alta, a história para alguém? Ou a última vez que escutou alguém contando uma história? Os esforços feitos para o desenvolvimento da prática da leitura, na maior parte das vezes, se concentram em ações voltadas ao acesso e consumo cultural. Poucos projetos propõem ações sobre mediação cultural e estabelecimento de diálogos com a leitura, com o objetivo de promover a apropriação do conhecimento, e não apenas sua difusão ou assimilação. Com a proposta de estimular a leitura literária como experiência prazerosa e livre de obrigações, este projeto apresenta uma série de atividades, vivências e cursos que objetivam trabalhar a leitura como prática social, a partir de experiências coletivas de leitura.
CURSOS
Os cursos têm como foco o desenvolvimento de educadores e de qualquer pessoa interessada em multiplicar e estimular a prática da leitura por meio da mediação e da contação de histórias.
FORMAÇÃO DE MEDIADORES DE LEITURA
Com Amanda Leal O curso aborda a apresentação teórica e metodológica da prática de mediação de leitura: a leitura é apenas um ato solitário ou uma atividade social? Como e quais pessoas e instituições se colocam entre nós e as páginas de um livro? Que fatores podem nos levar a ser (ou não) leitores? Essas e outras questões serão abordadas durante os encontros. Durante o curso, os participantes também farão uma vivência com crianças e livros (estágio de mediação de leitura acompanhado), que, depois, será retomado com o relato das experiências, avaliação e dúvidas (como a seleção de acervo, a postura do mediador e o planejamento de ações futuras). Amanda Leal é socióloga (FFLCH-USP), mestre e doutora em Ciência da Informação (ECA-USP). Especialista na área de mediação de leitura e apropriação da cultura escrita, trabalhou no Programa Biblioteca Viva (Fundação Abrinq), no Centro Educacional e Cultural Kaffehuset Friele (vencedor do Prêmio Viva Leitura, em 2011), foi consultora no Mapa de Ações do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL/MinC e MEC), entre outros projetos e programas. Atualmente coordena o Projeto Piracaia na Leitura, na cidade de Piracaia - SP. Dias 16, 23, 30/4 e 7/5, sábados, 15h às 18h Sala 2 - 5º andar - Torre A Inscrições na Central de Atendimento R$ 30 | R$ 15 | R$ 9
TECENDO CONTOS: CURSO DE NARRAÇÃO ORAL E LITERATURA
Com Giba Pedroza Neste curso, os participantes serão apresentados à prática de contar histórias, buscando uma reflexão teórica sobre os diversos temas que circundam a arte da narrativa. A cada encontro, criarão e contarão suas próprias histórias, adivinhas, poemas e brinquedos de palavras, através de exercícios e atividades lúdicas realizadas em grupo e individualmente. Durante as aulas, será incentivado o resgate da tradicional arte de contar histórias como instrumento de aprendizado, de valorização da identidade e incentivo à leitura. Afinal, o que é contar histórias? Qual o limite entre espetáculo e ritual? Como se dá a formação de um contador de histórias? Como encerramento do curso, haverá uma apresentação aberta ao público. Giba Pedroza é contador de histórias e pesquisador de literatura infantil e tradição oral há 20 anos. Idealizou e participou de importantes eventos e encontros de contadores de histórias e foi representante do Brasil no Cuenteros - Encuentro Hispânico de Narración Oral, realizado em maio de 2006 em Miami, nos Estados Unidos, que contou com diversos contadores e escritores da América Latina. De 18/5 a 6/7, quartas, 18h30 às 21h30 Sala 2 - 5º andar - Torre A Inscrições na Central de Atendimento R$ 40 | R$ 20 | R$ 12
VIVÊNCIAS ENTRE PAIS E FILHOS
Encontros com arte-educadores e especialistas em mediação de leitura com a proposta de apresentar maneiras de promover a leitura compartilhada entre pais e filhos como experiência afetiva a partir de narrativas literárias e pessoais.
MEDIANDO HISTÓRIAS - O PAPEL DOS PAIS NA FORMAÇÃO DO LEITOR
Com Cia Circo de Trapo
Os mediadores propõem a leitura compartilhada entre crianças e adultos. Após a prática, os pais serão convidados a falar de assuntos como: a escolha do acervo, o espaço de leitura em casa, como esta leitura pode ser feita de forma prazerosa, como os momentos de leitura criam vínculos entre pais e filhos, entre outros temas que possam surgir. A Cia. Circo de Trapo existe desde 2002 e é composta por atores, palhaços, mediadores de leitura e contadores de histórias que desenvolvem prioritariamente trabalhos voltados para a infância e a juventude. Em 2011, a companhia foi convidada pelo Sistema Municipal de Bibliotecas para sensibilizar todos os funcionários dos Ônibus Biblioteca com mediações de leitura. Dia 17/4, domingo, 13h30 às 15h Sala de Leitura Grátis
ENTRE FRALDAS, CHUPETAS E HISTÓRIAS LEITURA PARA PEQUENINOS
Com Cia Circo de Trapo Nesta vivência, os mediadores de leitura propõem uma prática de leituras para os bebês. Após a vivência, os pais serão convidados a falar sobre a escolha do acervo para bebês, e a discutir questões como: o livro dentro de casa é um brinquedo? Quais são as melhores formas de leitura para bebês? Outros temas, levantados pelos pais durante o encontro, também serão debatidos. Dia 24/4, domingo, 13h30 às 15h Sala de Leitura Grátis
Para crianças que ainda não foram completamente alfabetizadas, o ideal é escolher livros ricos em ilustrações e com letras de forma. As imagens contribuem para que a criança possa construir a narrativa a partir da leitura das ilustrações, e a letra de forma no lugar da cursiva facilita a compreensão do texto pela criança nesta fase.
COMUNIDADE EDUCADORA: VIVÊNCIA DE LEITURA ENTRE PAIS E FILHOS
Com Amanda Leal O Projeto é um convite aos pais ou responsáveis das crianças inscritas nos Programas Curumim, Esporte Criança e Centro de Música para compartilhar saberes e experiências que nos permitam atuar em rede, refletir e desenvolver coletivamente uma Comunidade Educadora. O tema deste encontro será a mediação de leitura, onde a educadora e pesquisadora Amanda Leal irá propor uma vivência de mediação com os pais e as crianças e, ao mesmo tempo, irá estimulá-los a lerem histórias uns para os outros, ou seja, a atuarem também como mediadores. Dia 14/5, sábado, 15h às 17h Sala 3, 6º andar - Torre A Grátis - Exclusivo para pais de crianças dos programas
O “manhês”, aquele jeitinho das mães falarem com os bebês, utilizando um vocabulário repleto de vogais, musicalidade, entonações ritmadas e cantigas de ninar, funcionam como estofo para a fala cotidiana e para prática da leitura, a partir de diversos jogos simbólicos, que são próprios do funcionamento da língua. Daí a importância de investirmos nessa forma mágica de leitura na primeira infância e também na leitura compartilhada e em voz alta junto às crianças maiores, compreendendo que a oralidade é a base para compreensão do alfabeto e nos remete a uma tradição onde o corpo é o próprio suporte da escrita.
NARRATIVAS DA CULTURA TRADICIONAL
Somos seres em busca do significado, diz o psicólogo e pesquisador austríaco Bruno Bettelheim na obra A psicanálise dos contos de fadas. Buscamos as narrativas universais, presentes na tradição oral e literária, para preencher as lacunas existentes em nossa história. Conforme buscamos essas narrativas, encontramos “peças” que preenchem essas lacunas e melhoram a nossa capacidade de narrar a nós mesmos. Venha conhecer histórias de diferentes povos e suas maneiras de narrar sua cultura e quem sabe reconhecer-se nas histórias de nossos ancestrais.
SABENÇAS AFRO-BRASILEIRAS
Com Dona Cici Contadora de histórias e estudiosa das culturas africanas, especialmente da cultura iorubá*, Dona Cici evoca, em seus relatos, a memória de deuses e heróis desembarcados da África nos navios negreiros. Ela se apresenta com acompanhamento musical de Carolina Cunha e Alysson Bruno. Dona Cici ou Vovó Cici, como é conhecida, nasceu no Rio de Janeiro em 1939 e reside em Salvador desde 1972. Possui cargos de honra no Candomblé da Bahia e, por muitos anos, trabalhou com o antropólogo e fotógrafo Pierre Fatumbi Verger, fazendo legendas para 11 mil fotografias ligadas à cultura afro-brasileira. Dia 27/4, quarta, 15h às 16h e 20h às 21h Auditório Grátis |
*Os iorubás, chamados no Brasil de nagôs, fazem parte do grupo cultural sudanês, que incluía também os jêjes, os minas e os haussás. Os iorubás ocupavam a região do Golfo da Guiné, atuais Nigéria, Benin e Togo. O antropólogo Pierre Verger explicou em seu livro Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o Golfo de Benin e a Bahia de Todos os Santos, com números, porque a etnia iorubá é tão predominante na Bahia: nas últimas décadas do tráfico de pessoas escravizadas vindas da África, um enorme contingente de iorubás foi trazido para esse estado. Um fato curioso que ocorreu com esse grupo de pessoas é que os seus núcleos familiares não foram desmembrados, como aconteceu com outras etnias.
EU NÃO MINTO!
Com Paulo Freire O violeiro Paulo Freire vai provar que não mente. Contará histórias de caçadas fabulosas, pescarias impossíveis, a verdade sobre o casamento, a onça virada do avesso e como virou cunhado de lobisomem, tudo fundamentado por músicas e conversas com o público. O repertório também conta com divertidas canções caipiras, como Quase verdade e Moço, me vende a galinha, convidando a plateia a participar do espetáculo. Existe uma história do Brasil sendo contada por meio da tradição oral, que muitas vezes difere da versão oficial. Paulo Freire busca justamente esse outro lado, confiando na força e na profundidade de uma cultura que vai sendo desenvolvida ao longo dos anos, dentro do ritmo e do tempo do sertão. Violeiro, é autor de trilhas sonoras, canções, romances, biografias, livros de causos e CDs de viola. Estudou violão com Henrique Pinto, em São Paulo, e Betho Davesaky, em Paris. Em 1977, apaixonado pelo romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, foi morar no norte de Minas Gerais, e lá aprendeu a tocar viola com os mestres violeiros do sertão. Dia 7/5, sábado, 17h Dia 26/6, domingo, 16h Praça de Eventos Grátis
HISTÓRIAS DE BOCA - O RESGATE DA ORALIDADE DOS POVOS TRADICIONAIS
Com Cristiane Velasco A expressão histórias de boca é usada espontaneamente pelas crianças e também pelos contadores populares brasileiros ao se referirem às narrativas orais. Em seu repertório, reúne uma série de recriações de contos da tradição oral de diferentes povos do mundo. Cristiane Velasco é educadora e contadora de histórias, com especialização em arte-educação pela ECA-USP. Trabalhou 12 anos com educação infantil na Casa Redonda e desde 2003 coordena o módulo Contos e Histórias Tradicionais do curso A Arte do Brincante para Educadores. Integrou a Cia Palavra Viva: Contadores de Histórias, e participou do CD Abra a Roda Tin Dô Lê Lê, pesquisa e direção de Lydia Hortélio. Dia 28/5, sábado, 15h às 16h Foyer Grátis
COMO SURGIRAM OS CÃES UMA HISTÓRIA MUNDURUKU
Com Daniel Munduruku Nesta apresentação, Daniel apresenta a tradição oral dos índios Mundurukus* e o fantástico conto de um casal que deu à luz cães, tendo fugido da tribo na sequência. Tempos depois eles voltam à aldeia e os cães passam a ser grandes guardiões do povo. Até os dias de hoje o cachorro é um animal visto com muito afeto pelos Mundurukus. Com mais de 40 livros sobre cultura dos povos indígenas, Daniel Munduruku é graduado em Filosofia e doutor em Educação. É um dos mais influentes escritores da atual literatura indígena brasileira, e autor, entre outros, de Coisas de Índio e O Sinal do Pajé. Dia 29/5 e 12/6,domingos, 16h às 17h Praça de Eventos Grátis Dia 9/6, quinta, 15h às 16h e 20h30 às 21h30 Auditório Grátis |
*Os Munduruku são um povo indígena situado em regiões e territórios diferentes nos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso. A população Munduruku concentra-se majoritariamente na terra indígena de mesmo nome, com a maioria das aldeias localizadas no rio Cururu, afluente do Tapajós. Povo de tradição guerreira, eles dominavam culturalmente a região do Vale do Tapajós, que durante o século XIX era conhecido como Mundurukânia pela população europeia que veio para terras brasileiras. Hoje, suas guerras contemporâneas estão voltadas para garantir a integridade de seu território, ameaçado pelas pressões das atividades ilegais do garimpo de ouro, pelos projetos hidrelétricos e pela construção de uma grande rodovia no Tapajós.
CONTOS DANÇADOS DA GUINÉ
Com Aboubacar Sidibé Aboubacar Sidibé conta histórias tradicionais da Guiné*, seu país de origem, através da tríade palavra-corpo-ritmo. Neste espetáculo interativo, apresenta histórias, vestes e instrumentos tradicionais de seu povo e sua cultura, honrando a máxima africana de que contam-se histórias não só com palavras, mas com o corpo e com o ritmo. O idioma sussu – o mais falado na Guiné – é apresentado também, sempre acompanhado de tradução. Aboubacar Sidibé virá acompanhado do percussionista e arte-educador Paulo Silva e da tradutora Nídia Linhares. Aboubacar Sidibé nasceu em Kamsar, província de Boké na Guiné. Dança desde os 10 anos de idade, tendo se aprofundado no estudo de coreografia, canto e composição das culturas tradicionais da Guiné. É também contador de histórias e poeta premiado, participou de grupos como Sabudjuman, Fareta e Bagati, bastante populares no continente africano. Entre seus mestres, estão Mamadou Keita, Nansadi Keita e Youssouf Koumbassa. Dias 3 e 17/7, domingos, 16h às 17h Praça de Eventos Grátis
*A Guiné, oficialmente República da Guiné (também chamada Guiné-Conacri para a distinguir da vizinha Guiné-Bissau) é um país da África Ocidental. Foi colônia francesa, e obteve sua independência no dia 2 de outubro de 1958. O clima da Guiné é um dos mais úmidos da África Ocidental. O país possui em seu território uma densa floresta tropical, o maciço Fouta Djalon, com montanhas que atingem mil metros de altura, além da nascente do rio Níger. A economia nacional se apoia na exploração de minérios e a nação apresenta condições favoráveis para o desenvolvimento da agricultura: terras férteis, condições climáticas e disponibilidade de água. Mesmo apresentando recursos naturais propícios para o desenvolvimento econômico, o país é um dos mais pobres do mundo: o seu índice de desenvolvimento humano (IDH) está entre os 15 menores.
MEDIAÇAO DE LEITURA
Neste espaço, a escuta se torna um meio privilegiado de contato com o mundo das palavras e das narrativas, buscando ampliar o repertório cultural e imaginativo dos ouvintes. Nessa proposta, os mediadores lêem livros diversos do acervo infanto-juvenil da Sala de Leitura, estimulando a leitura compartilhada, prazerosa e livre de obrigações.
Com participantes do Curso de Formação de Mediadores
Neste dia, os participantes do curso de Formação de Mediadores de Leitura irão oferecer uma vivência com diversos livros infantis, incentivando a leitura compartilhada. Dia 30/4, sábado, 15h30 às 17h30 Foyer Grátis
Se o fato de ler possibilita abrir-se para o outro, não é somente pelas formas de sociabilidade e pelas conversas que se tecem em torno dos livros. É também pelo fato de que ao experimentar, em um texto, tanto sua verdade mais íntima como a humanidade compartilhada, a relação com o próximo se transforma. (Michèle Petit em Os jovens e a leitura, 2009)
Com Cia Circo de Trapo
Nestas vivências, os mediadores de leitura apresentam histórias e convidam o público a explorar os livros da Sala de Leitura, estimulando a apropriação do espaço, dos livros e da leitura. A cada encontro serão abordadas diferentes obras, nos respectivos temas: Contos de Terror, estimulando a imaginação e trabalhando com emoções como o medo e a coragem; Contos Africanos, trazendo a história e a sabedoria dos povos africanos transmitidos pela tradição oral; e Contos de Criação que falam sobre a origem do universo, da natureza e das coisas do mundo. Dia 21/5, sábado, 14h às 17h – Contos de Terror Dia 18/6, sábado, 14h às 17h – Contos Africanos Dia 16/7, sábado, 14h às 17h – Contos de criação Sala de Leitura Grátis
HISTÓRIAS PARA CRIAR: VIVÊNCIA DE ESCUTA E CRIAÇÃO LITERÁRIA
Com Lili Flor & Paulo Pixu Histórias para criar é uma vivência de leitura e criação de histórias que provoca a imaginação. Nela, cada história tem três finais diferentes: os ouvintes mirins são convidados a entrar no jogo e escolher o seu final preferido e, na sequência, inventar eles mesmos, outras possibilidades. Assim, o público pode ver de perto como funciona o processo criativo de um escritor e contador de histórias. Lili Flor & Paulo Pixu são arte-educadores que atuam e pesquisam na área de mediação de leitura, narração de histórias e formação de leitores. Já desenvolveram projetos em diversos estados do Brasil e países como Colômbia, México e Cuba. Dias 8 e 29/5, domingos, 13h30 às 15h Sala de Leitura Grátis
Os escritores nos ajudam a nomear os estados pelos quais passamos, a distingui-los, a acalmá-los, a conhecê-los melhor, a compartilhá-los. Graças a suas histórias, escrevemos a nossa, por entre as linhas. E por que tocam o mais profundo da experiência humana – a perda, o amor, o desespero da separação, a busca de sentido – não há razão para que os escritores não toquem cada um de nós. (Michèle Petit em Os jovens e a leitura, 2009)
CLUBINHO DE LEITURA
Com Lili Flor & Paulo Pixu
Nestes encontros, os arte-educadores apresentam um diversificado acervo de livros e convidam os participantes a conversar sobre os seus gostos literários e dialogar sobre os perfis de cada livro e de cada leitor. O Clube tem a proposta de estimular o exercício da escuta da leitura em voz alta dos mais diversos autores e gêneros literários e a possibilidade da troca de ideias, interpretações e informações entre si. Dias 4 e 25/6 e 9/7, sábados, 15h às 17h Sala de Leitura Grátis
VIVÊNCIA: ESSE TEAR TEM HISTÓRIAS
Com Élida Marques
Inspirada na figura do leitor público cubano* que lia para os trabalhadores nas fábricas de charuto em meados do século XIX, como o objetivo de popularizar a leitura para uma população em sua maioria analfabeta, Élida Marques conta a história do tear que ganhou de seus pais, ensina os princípios da tecelagem, lê e ouve histórias que revelam a sabedoria presente na arte de tecer, reunindo as artes e saberes manuais com a leitura. É uma atividade que favorece o encontro intergeracional. Élida Marques é atriz desde 1986 e sua profissionalização ocorreu na prática, trabalhando e aprendendo com vários diretores, entre eles: Antunes Filho, Elias Andreato, Celso Frateschi, José Rubens Siqueira e Cacá Rosset. Idealizadora do Projeto Ler é uma viagem, já viajou para vários estados brasileiros e outros países para promover projetos de leitura. Dias 11/6 e 2/7, sábados, 15h às 18h Sala 2, 5º andar - Torre A Grátis |
*Em 1865, Saturino Martínez, charuteiro e poeta cubano, teve a ideia de publicar um jornal para os trabalhadores da indústria de charutos. Como o analfabetismo impedia que o jornal La Aurora se tornasse realmente popular, ele teve a ideia de realizar uma leitura pública na fábrica El Fígaro. Um dos operários foi escolhido como leitor oficial, e os outros pagavam do próprio bolso. Outras fábricas acabaram seguindo o exemplo da El Fígaro e adotaram o leitor público para seus trabalhadores e obtiveram tanto sucesso que, em pouco tempo, ganharam a reputação de “subversivas”. (Alberto Manguel em Uma história da Leitura, 1997)
LEGENDA: Inteira Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciados no Sesc e dependentes (Credencial Plena) Aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante Retirada de ingresso com 1h de antecedência na Central de Atendimento
Sesc Vila Mariana Rua Pelotas, 141, CEP 04012-000 TEL.: +55 11 5080 3000
sescsp.org.br Ana Rosa 750m
ParaĂso 1000m