Tons de Blues SETEMBRO | 2012
Ingressos
m Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculados no SESC e dependentes
qUsuário matriculado no SESC e dependentes, + 60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino Inteira
Classificação indicativa
Programação shows 18, terça Blues Etílicos 19, quarta Flávio Guimarães 20, quinta Paulo Meyer 21, sexta Donny Nichilo 22, sábado Nuno Mindellis Trio
TONS DE BLUES A música é uma das linguagens artísticas mais difundidas e democratizadas em todos os tempos. É apontada como inspiradora de estados de ânimo dos quais surgem ideias e comportamentos. Sendo assim, o projeto Tons de Blues busca revisitar um gênero musical – o Blues – identificado com os negros norte-americanos para estimular reflexões e diálogos sobre diferentes culturas por meio de uma exposição, shows musicais e workshops. O Blues teve sua origem no continente africano ligado aos cantos de trabalho e foi sendo incorporado à cultura estadunidense pelos escravos do sul do país. Há indícios da influência de elementos europeus, sendo o uso da gaita ou harmônica uma destas marcas. Houve, ainda, sensível contribuição para o desenvolvimento de outros gêneros, como rock, soul music, jazz, entre outros.
Na exposição Traços do Blues, o artista gráfico Sergio Merli buscou traduzir em linguagem visual esse espírito triste e desajustado presente nas temáticas do blues. São desenhos que mostram uma visão particular acerca da desilusão amorosa, da melancolia, da vida noturna e da condição de outsider – o sujeito que se sente um estranho entre seus pares –, frequentemente, abordadas nas músicas. Para o SESC, esta proposta com múltiplos estímulos e provocações aos sentidos e percepções é parte importante do seu trabalho de educação permanente, oferecendo condições para interações e apropriações em diversos níveis, sobretudo na perspectiva de estimular o respeito às diferenças e revigorar a capacidade de encantamento. SESC São Paulo
PEQUENO HISTÓRICO DO BLUES
A história da escravidão na América do Norte guarda uma imensa diferença em relação à do Brasil. Inicialmente os instrumentos e a música eram fortemente reprimidos. Instrumentos de percussão foram totalmente proibidos com o temor de que se tornassem uma forma de comunicação que daria origem a rebeliões e outros conflitos. Em algum momento, alguns proprietários de terras perceberam que a liberação do canto durante o trabalho estava aumentando a produtividade de suas fazendas e a nova ideia é rapidamente assimilada e espalhada pelo sul dos Estados Unidos. Surgem as work songs.
Com o processo de cristianização dos escravos, percebe-se cada vez mais o poder e a beleza de suas vozes e sonoridades. As antigas melodias da terra mãe africana se misturam aos hinos religiosos de origem europeia, dando origem ao gospel. Com a influência das work songs e do gospel, surgiria o blues, semelhante na forma, mas com grande diferença na temática das letras, que passam a falar das condições reais de vida. No início do século XX, o blues proliferava nos Estados Unidos. O caldeirão cultural de New Orleans absorvia diferentes culturas musicais que deram origem ao jazz, entre elas o blues. Músicos aprendiam a tocar os diversos estilos vigentes sem distinção e havia um enorme
intercâmbio de ideias. Em 1903, W. C. Handy compõe St. Louis Blues. É a primeira vez que o blues entra numa partitura, encontrando uma eficiente forma de propagação. Com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Grande Guerra, ocorre um enorme êxodo para as áreas industriais do país, em especial Chicago, que atrai uma grande leva de imigrantes do sul em busca de melhores oportunidades de empregos e qualidade de vida. Começa a surgir o blues urbano de Chicago. Dentre seus primeiros ícones havia John Lee Williamson, também conhecido com Sonny Boy Williamson I, que viria a falecer precocemente vítima de um latrocínio. Sua inova-
ção na linguagem da harmônica de blues coloca o instrumento numa posição de destaque e sua influência, tanto nas canções quanto na forma de tocar, afetou profundamente as gerações seguintes. No início da década de 50, o blues é eletrificado por nomes como Muddy Waters, Little Walter e Jimmy Rogers. É a Era de Ouro do Blues, com a gravadora Chess Records lançando um sucesso atrás do outro. Howling Wolf, Sonny Boy Williamson II, Chuck Berry, Bo Didley e tantos outros ícones também lançam seus álbuns de sucesso pela gravadora. Esse riquíssimo período musical viria a ser determinante no nascimento do rock‘n’roll.
O blues é uma manifestação cultural afro-americana que permaneceu segregada no seu país de origem até o início dos anos 60. Sua popularização em todo mundo foi consequência da valorização dessa forma de arte pelos europeus, em especial os ingleses. As primeiras gerações do rock inglês beberam diretamente na fonte do blues e toda a música pop criada a partir de então passa a ter sua influência. Não existiria rock se não tivéssemos o blues e até o jazz soaria de outra forma sem ele. Hoje em dia, é difícil imaginar um estilo musical que não tenha sido tocado direta ou indiretamente pelo blues. Flávio Guimarães
Exposição
De 10 a 29
Segunda à sexta 9h às 21h Sábados 9h às 17h O artista gráfico e ilustrador Sérgio Merli faz uma leitura visual sobre o blues. Durante as apresentações musicais do projeto Tons de Blues ele fará seções de desenho ao vivo, onde serão criadas novas imagens que irão compor o espaço expositivo.
18
terça, 20h
Blues Etílicos Banda de blues rock que está há mais tempo em atividade no Brasil. Criada no Rio de Janeiro, em 1985, lançou seu primeiro LP em 1987 e depois mais 3 CDs. Participou de todos os festivais ligados ao gênero, dividindo o palco com os principais nomes do blues internacional que estiveram no país: B. B. King, Robert Cray e Buddy Guy. A banda segue com seu primeiro DVD, lançado gravado ao vivo Live at Bolshoi Pub, comemorando 25 anos de existência. Teatro Santos Dumont Av. Goiás, 1.111 - São Caetano do Sul
mR$ 5,00 | qR$ 10,00 | R$20,00
19
quarta, 20h
Flávio Guimarães workshow Um paralelo entre a história da gaita, instrumento típico do blues, e a própria evolução do estilo ao longo dos anos. Começando pelo blues rural do Mississipi com o som acústico da gaita de nomes como Sonny Boy Williamson I até as invenções elétricas de Little Walter em Chicago, Flávio proporciona ao público conhecer um pouco da história do blues e as principais características rítmicas e melódicas desse estilo. Área de convivência SESC São Caetano
mR$ 5,00 | qR$ 10,00 | R$20,00
20
quinta, 20h
Paulo Meyer O cantor, gaitista e compositor é um dos pioneiros do Blues no Brasil. Sua música se caracteriza pela originalidade e pela influência do rock dos anos 50 e 60. Neste show lança seu novo CD intitulado KOMBY 71, nele retorna às origens da sonoridade de sua música ao se apresentar em quarteto, acompanhado por uma formação básica de power trio de blues/rock, somente com guitarra, baixo e bateria. O bluesman mistura clássicos do Blues a hits dançáveis do rock dos anos 50 e 60, sem deixar de incluir composições próprias. Área de convivência SESC São Caetano
mR$ 5,00 | qR$ 10,00 | R$20,00
21
sexta, 20h
Donny Nichilo O pianista e cantor norte-americano tem uma carreira de peso nos Estados Unidos, tendo acompanhado por anos o bluesman Buddy Guy e ser membro fundador da banda Mighty blue kings. Atualmente divide seu tempo entre o Brasil e os Estados Unidos. Lança seu disco solo Long Way from Chicago, onde executa ao piano e canta standards de blues e composições próprias com o swing e a levada jazzística de um músico de Chicago, sua terra natal. Área de convivência SESC São Caetano
mR$ 5,00 | qR$ 10,00 | R$20,00
22
sábado, 20h
Nuno Mindelis Trio Nascido em Angola, o músico se apaixonou pela guitarra já aos cinco anos de idade. Aos nove, já estava tocando instrumentos construídos por ele próprio. Nessa época, já ouvia Otis Redding e sua grande banda, Booker T & the MG’s, composta por Steve Cropper, Donald “Duck” Dunn e Al Jackson. Nuno admira estes músicos até hoje, e reconhece-os como uma influência importante em seu estilo. Neste show apresenta clássicos do gênero e composições próprias. Área de convivência SESC São Caetano
mR$ 5,00 | qR$ 10,00 | R$20,00
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional do Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor do Departamento Regional Danilo Santos de Miranda Superintendências Técnico Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Giannini Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli Gerências Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha Adjunta Flávia Carvalho Estudos e Desenvolvimento Marta Raquel Colabone Adjunta Andréa de Araújo Nogueira Artes Gráficas Hélcio Magalhães Adjunta Karina Musumeci São Caetano Ricardo Gentil Adjunta Cláudia Righetti Coordenadores Flávia Lopes Marques, Fernanda Paccanaro, Renato Costa, Evânio Pereira de Araújo e equipes Exposição Traços do Blues Arte Sérgio Merli
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