junho 2013
TRILHA
NA
VIOLA
DA
sextas, 20h
Nos dias 07, 14, 21 e 28 de junho o Sesc São Caetano realiza o Projeto Na Trilha da Viola, um encontro de grandes violeiros que através do ponteado de viola, cantos, contos, causos e historias, recria o universo mágico, misterioso e fascinante da viola caipira brasileira e do homem do campo através de sons, festejos, sabores e encantamentos. A viola é um instrumento de origem árabe descendente do alaúde, tornou-se muito popular na Península Ibérica no período das grandes descobertas nos séculos XV, XVI e XVII. Em Portugal era o principal instrumento dos trovadores e jograis. Desde sua chegada ao Brasil, trazida por navegantes portugueses, a viola sofreu influências da cultura indígena e africana, à viola portuguesa agregou-se chocalhos indígenas e depois sons africanos, tornandose o mais importante instrumento de nossas tradições musicais, um símbolo nacional de cultura e identidade.
Cercada de crenças, ritos, mitos e simpatias tem São Gonçalo como santo padroeiro, é amplamente utilizada em folia de Reis, dança de São Gonçalo, folia do Divino, folia de São Sebastião, dança de Santa Cruz, enfim, são inúmeros os ritos que se utilizam da música como fio condutor de expressão, popularização e exposição da viola. Por isso, ao explorar as possibilidades e vertentes desse instrumento, conectando a tradição à modernidade, o público vai apreciar e degustar essa cultura tão rica e sobretudo viva e cada vez mais valorizada e amplamente divulgada dentro e fora do país. O Sesc São Caetano celebra o mundo mágico da viola seus músicos, compositores, artesãos e ouvintes numa reverência ao reencantamento, riqueza, tradição e toda a sabedoria da cultura popular. “Sertão – se diz –, o senhor querendo procurar, nunca não encontra. De repente, por si, quando a gente não espera, o sertão vem.” João Guimarães Rosa
DIA 7
PEREIRA DAVIOLA Violeiro, cantor e compositor, Pereira da Viola nasceu em São Julião, pequena comunidade rural do município de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, nordeste de Minas Gerais. Em pouco mais de vinte anos de trajetória artística, Pereira tem cinco cd´s solo lançados: Terra Boa, Tawanará, Viola Cósmica, Viola Ética e Akpalô. Com carreira sólida e reconhecida em todo território brasileiro, tem sua obra influenciada por, Dércio Marques, Rubinho do Vale, Titane e Milton Nascimento, artistas com quem aprendeu a compor músicas que retratavam sua vida, sua história e o seu lugar. Seu talento e estilo único fizeram com que fosse alçado a ícone da viola caipira. Com estilo original e versátil, Pereira da Viola integra visão poética, compromisso e solidariedade social. Seu repertório heterogêneo e amplo inclui desde brincadeiras de roda, até ritmos religiosos do congado e da folia de reis, batuques, samba de roda, calango e forró. Isto sem falar dos ritmos e temas próprios da música popular brasileira e caipira de raiz.
DIA 14
JOÃO ORMOND Violeiro mato-grossense, compositor, pesquisador e historiador formado pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, com quinze anos de carreira. Há treze anos saiu de Cuiabá (MT) e fixou residência em Jundiaí (SP), com o intuito de levar a música de raiz pantaneira a outros cantos do país. É considerado pela crítica como um dos novos representantes da música regional brasileira. A obra de João Ormond é uma das mais expressivas revelações da paisagem poético-musical do Mato Grosso, revelando uma hibridação de sons e composições que sintetizam o que há de mais fino na chamada música popular brasileira. Com ponteado ímpar e harmônico, ele mostra a mistura da música cabocla com a música popular brasileira, destacando a viola como instrumento polivalente e universal; tocando modas e toadas, chamamés e guarânias, ritmos da fronteira mato-grossense. Seu trabalho mostra de forma sintetizada toda a beleza poético-cultural e histórica do pantanal. Sua discografia tem como ponto de partida o cd Rio Abaixo, de 1997. Em 2012 lança o sétimo cd da carreira Quariterê, uma homenagem à rainha negra do pantanal – Tereza de Benguela.
DIA 21
CHICO LOBO
Violeiro, compositor, apresentador de tv e rádio, Chico Lobo é natural de São João Del Rei (MG) – cidade eleita Capital Brasileira da Cultura 2007, cujo jingle oficial é de sua autoria. Artista carismático toca viola caipira desde os catorze anos. Com sua viola na mão toca e canta as folias, os congados, os catiras, as modas e demais ritmos que enfocam suas raízes mineiras e brasileiras no país e no mundo - sempre de modo muito alegre e envolvente. Ainda nesse intuito de brindar e mostrar ao público a riqueza e a abrangência cultural da tradição da viola caipira no Brasil, Chico Lobo traça um repertório exclusivo em um percurso através da cultura popular dos ritmos genuínos das Folias, catiras, reisados, batuques, modas, cateretês, lundus, além de preciosos toques melódicos de sua viola. Seus causos fazem compreender a beleza da face do povo brasileiro, seus valores, suas verdades, sua identidade. Em todos os tons, a viola e o canto de Chico Lobo brindam e transportam o público, para o universo das festas de viola, com suas tradições culturais de identidade. Um convite envolvente para participar ativamente, durante todo o espetáculo.
DIA 28
ROBERTO CORRÊA
Mestre violeiro é um virtuose da viola, mineiro de Campina Verde, vive em Brasília desde 1975, onde graduou-se em Física e Música pela Universidade de Brasília. Atualmente é doutorando da CA/USP, na Área de Musicologia. Conhece intensamente as afinações e as histórias mágicas que envolvem o instrumento. Em sua carreira, lançou dezenove discos e apresentou, em shows e oficinas, a viola caipira e a viola de cocho nas diversas regiões brasileiras e em vinte e nove países. Realizou recitais em importantes salas de concerto internacionais como o Konzerthaus (Viena), Beijing Concert Hall (Pequim) e Haus der Kulturen der Welt (Berlim). Seus trabalhos, além de apresentarem a sua versatilidade artística, apontam novos caminhos para seu instrumento. Como compositor, Roberto Corrêa vem contribuindo para a formação do repertório da viola, especialmente solista. Sua música, embora vinculada às tradições musicais interioranas, frequentemente é associada à contemporaneidade e a erudição. Hoje é considerado um músico erudito da viola. Em 2008, Roberto Corrêa foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, comenda concedida pelo Governo Federal por sua contribuição à cultura.
R$ 8,00 (inteira) R$ 4,00 (usuário matriculado no Sesc e dependente, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante) R$ 2,00 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
Sesc São Caetano Rua Piauí, 554 - B. Santa Paula TEL.: +55 11 4223-8800 sescsp.org.br email@scaetano.sescsp.org.br