Mestrado Design Gráfico
Esad.cr
docente Marco balesteros aluno: Catarina Conceição Atelier de design gráfico
2021
320084
“O mar é um recurso natural com uma riqueza quase inesgotável que assegura a sustentabilidade da vida na Terra. O facto de ser uma fonte de vida, de energia e investigação e um regulador do clima tem levado a que, nos últimos anos, diversas instituições e organizações mostrem um maior interesse por este recurso e pelas suas potencialidades” (Duarte, 2014).
oceano o nosso
Lar
O oceano cobre 71% da superfície do globo e constitui mais de 90% do espaço habitável do planeta. Ele é habitado pelos maiores animais que já viveram na Terra e por bilhões e bilhões dos menores organismos: há mais seres vivos no mar do que estrelas no universo.
Das praias arenosas até as mais escuras p rofundezas do mar, o oceano e a costa sustentam uma rica diversidade de vida: aves marinhas que buscam moluscos para alimentar em-se nas planícies da maré, florestas de algas subaquáti cas que balançam ao vaivém da cor rente, ursos polares que caçam focas sobre a camada de gelo do mar do Ártico, pinguins que tentam fugir de focas leopardo nos mares do sul da Antártida, e pequenas plantas fotossintéticas chamadas fitoplâncton, que p roduzem metade de todo o oxigênio da Terra. Mesmo no leito do mar profundo, há um ecossistema único que poucos humanos tiveram o privilégio de contemplar, alimentado por fontes hidr otermais que expelem água e gases superaquecidos.
Apesar dos laços tão antigos que nos unem e dos benefícios que a biodiversidade marinha e costeira nos proporciona, nem sempre o contato com os seres humanos foi vantajoso. Algumas espécies, do arau gigante ao vison marinho, estão extintas, outras, notadamente as grandes baleias, foram caçadas até serem reduzidas a apenas uma fração de suas populações originais. A sobre exploração comercial dos estoques pesqueiros do mundo é um problema tão sério que quase um terço de todas as populações de peixes são vítimas da sobrepesca, e cerca de 13% colapsaram completamente. Segundo estimativas, entre 30% e 35% da área global de ambientes marítimos críticos, tais como as pradarias marinhas, os manguezais e os recifes de coral, já foram destruídos.
A caça comercial de
baleias
A caça comercial de baleias forneceu óleo para uma enorme gama de usos, que vão de iluminação, aquecimento e sabão até nitroglicerina. No seu auge, a riqueza gerada por essa indústria era tamanha que as potências europeias literalmente eram capazes de travar guerra pelos direitos às zonas de caça. Mas isso teve um custo enorme para as baleias: as baleias-cinzentas já não são encontradas no Atlântico e estão prestes a desaparecer do Pacífico ocidental, no Oceano Ártico Atlântico, o número de baleias-árticas não passa da casa das centenas. O Hemisfério Sul, onde antes talvez houvesse 200.000 baleias-azuis, hoje talvez seja habitado por mil delas. Mas isto não é algo que esteja somente no passado, ainda hoje este ato de caçar baleias é praticado, em países como o Japão, a Noruega e a Islândia onde praticam a caça massiva destes animais.
APESAR DA PROIBIÇÃO, O JAPÃO CONTINUOU A ATIVIDADE, MAS PARA "FINS CIENTÍFICOS". A NORUEGA ASSUME-SE, SIMPLESMENTE, CONTRA A PROIBIÇÃO E A ISLNDIA CAÇA SOB ALGUMAS “RESERVAS”, CONSIDERADAS DUVIDOSAS PELA WDC.
Falta Falta dede peixe peixe no
mar mar
Em 1883, o naturalista TomasTomas HenryHenry HuxleyHuxley opinou que “aque pesca no Em 1883, o naturalista opinou “a pesca no mar provavelmente jamaisjamais se esgotaria.” Se as evidências observadas mar provavelmente se esgotaria.” Se as evidências observadas nos séculos anteriores já sugeriam que tanto otimismo era duvidoso, nos séculos anteriores já sugeriam que tanto otimismo era duvidoso, as que no período de 120deanos mais diante definitivaassurgiram que surgiram no período 120 ou anos ouem mais em diante definitivamentemente confirmaram se tratar de umde completo disparate. confirmaram se tratar um completo disparate.
A história da pesca é umaéhistória de sobrepesca. A história da pesca uma história de sobrepesca. Acredita-se que há 125.000 anos uma de de Acredita-se que há 125.000 anosespécie uma espécie molusco gigante do mar já era já sobreexmolusco gigante dovermelho mar vermelho era sobreexplotada. O arenque holandês entrouentrou em colapso plotada. O arenque holandês em colapso em 1830 nunca recuperou. Um século e meioe meio em e1830 e nunca recuperou. Um século depois, em 1992, a pesca do bacalhau em Newdepois, em 1992, a pesca do bacalhau em Newfoundland colapsou, mesmo após as sombrias foundland colapsou, mesmo após as sombrias advertências feitas feitas pela comunidade científica advertências pela comunidade científica sobresobre a iminência do desastre, como como consequêna iminência do desastre, consequência, 40.000 empregos foramforam perdidos. Enquanto cia, 40.000 empregos perdidos. Enquanto isso estima-se que 92% atum-azul do suldo sul isso estima-se quedo 92% do atum-azul tenham-se exaurido, a despeito de que quotas tenham-se exaurido, a despeito deasque as quotas de captura do atum-azul do Atlântico continuam a de captura do atum-azul do Atlântico continuam a ser fixadas em níveis superiores aos recomendaser fixadas em níveis superiores aos recomendados pelos cientistas, gerando preocupação acercaacerca dos pelos cientistas, gerando preocupação do futuro da espécie. do futuro da espécie.
Segundo um estudo de 2011, e 33% Segundo um estudo deentre 2011,28% entre 28% de e 33% de todos os estoques de peixes estão aestão ser sobretodos os estoques de peixes a ser sobreexplorados e entree7% e 13% colapsaram compleexplorados entre 7% e 13% colapsaram completamente. De acordo com a com FAO,a10 espécies são são tamente. De acordo FAO, 10 espécies responsáveis por 30% da30% captura global,global, desta- destaresponsáveis por da captura cando-se a pesca anchoveta, com 7,4 milhões cando-se a da pesca da anchoveta, com 7,4 milhões de toneladas em 2008, longe espécie mais mais de toneladas emde 2008, de alonge a espécie capturada. capturada. Tais números não contemplam as capturas nas Tais números não contemplam as capturas nas operações de pesca não declarada e não e não operações de ilegal, pesca ilegal, não declarada regulamentada. Um estudo concluiu que a pesca regulamentada. Um estudo concluiu que a pesca ilegal, ilegal, não declarada e não regulamentada em não declarada e não regulamentada em todo otodo mundo pode ultrapassar a casa a dos 12 dos 12 o mundo pode ultrapassar casa milhões de toneladas por ano, para para milhões de toneladas porcontribuindo ano, contribuindo o declínio dos estoques pesqueiros, gerando o declínio dos estoques pesqueiros, gerando prejuízos nas operações legais da ordem de US$de US$ prejuízos nas operações legais da ordem 10 bilhões por ano e, ano em alguns casos, casos, fortalecen10 bilhões por e, em alguns fortalecendo as organizações criminosas que detêm o do as organizações criminosas que detêm o controle da pesca da comercialização controle da ilegal pescaeilegal e da comercialização dessesdesses produtos. produtos.
“Nesta era da produção em massa, onde tudo deve ser planeado e projectado, o design tornou-se a mais poderosa ferramenta com a qual o homem molda as suas ferramentas e ambiemtes ( e, por extenção, a sociedade e a si mesmo). O que exige uma grande responsabilidade social e moral do designer.” Vitor Papanck, Design for a Real World, Human Ecology and Social Change
A Responsabilidade do Designer &
o Meio Ambiente
O designer é um profissional que atua na resolução de problemas, estes têm origem nas necessidades humanas, sendo essas comunicacionais ou de uso, de significativa variedade. Como apontado por Hori e Santos (2002), a diversidade no design pode ser categorizada por três áreas distintas: a indústria, a artesanal e a experimental, onde se devem quebrar paradigmas em relação à cultura material, partindo para uma consciência ecológica baseada em conceitos da Educação Ambiental, do desenvolvimento sustentável e da Ecoeficiência e, ainda, do estudo e análise do ciclo de vida do produto e/ou da embalagem. O processo criativo, inerente à profissão, visa a otimizar a qualidade, a durabilidade, a aparência e os custos referentes a cada produto, serviço, ambiente ou informação, produzindo inovação de acordo com as necessidades humanas e a qualidade de vida.
A adequação do design aos questionamentos ambientais contemporâneos, conforme Alcântara (2002), mostra-se óbvia. Sendo este profissional um dos responsáveis pelo desenvolvimento de projectos, ele atende e cria demandas de mercado a partir de tomadas de decisão quanto à escolha de processos e materiais. “ É responsável pela determinação das características que constituirão os produtos, [ ou seja, das escolhas tecnológicas], assim como pela elaboração de estratégias de disponibilização de produtos no mercado” (Alcântara, 2002, p,1). Percebe-se a sua importância diante da possibilidade de modificar os parâmetros de consumo atuais.