PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NO DESIGN - A PRÁTICA DO DESIGN VISANDO Á DIMINUIÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NO DESIGN A PRÁTICA DO DESIGN VISANDO Á DIMINUIÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Tomás Lopes Nº3200129

ÍNDICE INTRODUÇÃO.................................................................................. 3 1. DESIGN........................................................................................... 4 1.2 SUSTENTABILIDADE......................................................... 6 1.3 DESIGN SUSTENTÁVEL.................................................. 8 1.4 IMPACTO NA INDÚSTRIA............................................. 10 2. ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS................................... 12 3. EXEMPLO - ORDINARY THINGS................................ 14 4. TINTAS........................................................................................... 16 5. SERIGRAFIA ECO-FRIENDLY (LOHUBA)............. 18 6. MODA SUSTENTÁVEL....................................................... 20 6.1 ECO MODA.............................................................................. 22 7. EXEMPLO - CARIUMA....................................................... 24

INTRO DUÇÃO O grande consumismo praticado pela sociedade atual tem como resultado inúmeros impactos ambientais no ecossistema do nosso planeta. Esse consumo excessivo é apontado por muitos estudiosos como o principal responsável pelo aumento da degradação do meio-ambiente.

Vários relatórios de organizações ambientais bastante prestigiadas defendem que os seres humanos já estão a consumir mais recursos naturais do que a capacidade do planeta de os regenerar, o que altera o equilíbrio do mesmo.

Com efeito, segundo o relatório, “Planeta Vivo” (WWF, 2008), a população mundial já consome 30% a mais do que o planeta consegue repor. Outro relatório, o “Estado do Mundo” (WWI, 2010) alerta que hoje extraímos anualmente 60 biliões de toneladas de recursos naturais.

Isto representa 50% a mais do que extraíamos há 30 anos. Também a indústria de design gráfico cria uma quantidade excessiva de poluição. Celebramos projetos de embalagens que são projetados para acabar num aterro sanitário (muitas vezes acabam no oceano).

Os servidores que executam os nossos sites e aplicações devoram os combustíveis fósseis a uma taxa cada vez maior.

Na interseção da cultura e do comércio, os designers estão

numa posição de tremendo poder e influência. E há um pequeno, mas crescente coro de estúdios de design, freelancers e organizações a trabalhar para criar uma mudança de paradigma na indústria. É importante apostar mais no design sustentável, assim como em alternativas que reduzam o consumo de matérias-primas e recursos.

Temos de encontrar maneiras de acabar com o nosso atual estilo de vida, de produção e consumo.

Os designers têm fundamental importância neste processo de mudança, pois poderão contribuir para implantar um novo estilo de produtos mais sustentáveis e criar novos conceitos de bem-estar.

Deste modo, este estudo irá investigar as contribuições da profissão do designer para a sustentabilidade e que fatores o designer deve considerar ao iniciar um processo de criação, com o objetivo de apresentar recomendações de como desenvolver um produto gráfico gerando menor impacto ambiental.

In site “Recicloteca”

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1.

A SUSTENTABILIDADE

A discussão sobre a sustentabilidade, em qualquer lugar do planeta, é muito abrangente, uma vez que a eterna preocupação com a manutenção dos recursos naturais, para a própria perpetuação das espécies, é um fator que estimula intensos debates na sociedade contemporânea, por conta de uma solução difícil de ser conseguida sem o envolvimento dos governos e da própria consciencialização dos cidadãos. O alerta mundial feito pelos cientistas e organizações da sociedade civil, sobre a gravidade dos problemas sócio-ambientais, não é difundido somente entre os ambientalistas e nas conferências mundiais, mas está diariamente nos principais meios de comunicação, em que é noticiada a depredação e o esgotamento de recursos necessários para a manutenção da vida em determinadas regiões.

A responsabilidade pelo desenvolvimento sustentável é de todos: consumidores, fornecedores, funcionários, empresários, governo, ambientalistas e a sociedade como um todo.

Resgatando-se a história, percebe-se que as discussões sobre o desenvolvimento sustentável surgem no final da década de 1960 e meados da década de 1970, com estudos

da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre as profundas mudanças climáticas que estavam a ocorrer no planeta.

Neste período foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – Pnuma (SILVA, 2006, p. 123). Como resultado de muitas conferências entre os países, surgem muitos questionamentos sobre a promoção do desenvolvimento, sempre balizados em uma nova concepção decorrente da escassez dos recursos. Tais questionamentos proporcionaram o surgimento do conceito de ecodesenvolvimento, que é o processo criativo de transformação do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes, concebidas em função das potencialidades desse meio, impedindo o desperdício dos recursos, e cuidando para que estes sejam empregados na satisfação das necessidades de todos os membros da sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e dos contextos culturais (SILVA, 2006, p. 125). É nesse ambiente que o design gráfico pode exercitar um importante desempenho de diálogo de comunicação e de colaboração.

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1.2.

O DESIGN

No seu discurso a respeito da atuação do design como um diferencial competitivo, Santos (2005) propõe duas situações para a atuação do design.

Primeiramente, sob a ótica do design operacional, sua responsabilidade no que toca ao desenvolvimento de produtos, concebendo conceitos e tangibilizando suas ideias.

Ao atuar de maneira estratégica, ao design a responsabilidade de construir relações entre as diversas variáveis relacionadas: a) Mercado: estabelecendo a relação entre as necessidades de seus clientes a partir da compreensão de contexto; b) Processo: responsabilizando-se pelo controle das dinâmicas envolvidas (controle de cronograma, técnicas e ferramentas,recursos humanos, insumos, processos fabris, e etc.).

Identificam-se nas palavras do autor, perfis diferenciados, porem complementares, para a atuação profissional, estabelecendo uma relação interdependente entre execução e controle, do operacional ao estratégico, evidenciando a estratégia com base no design.

Ao elevar o design ao patamar estratégico de uma empresa, Mozota (2006) identifica uma prática fundamentada em quatro

princípios que, ao atuarem em conjunto, reforçam os atributos de um produto e, consequentemente, de uma marca. O design, segundo a visão do autor, deve atuar como um elemento de diferenciação e, desta maneira, proporcionar vantagem competitiva de mercado atravésdo valor de marca, proporcionando maior lealdade dos clientes e, consequentemente, preços mais competitivos. Ao atuar como integrador, o design possibilita o incremento ao processo de desenvolvimento de novos produtos agindo de maneira interdisciplinar e considerando diversas variáveis e atores para sua realização. Ao considerar o design como um elemento de transformação, o mesmo autor considera que a sua atuação pode criar oportunidades de novos negócios, melhorando a habilidade da corporação para lidar com mudanças e, consequentemente, melhorando a resposta às nuances de competitividade.

Por fim, ao compreender o design como um bom negócio, Mozota (2006) identifica seu grande potencial como fonte para o aumento de vendas e margens de lucro, proporcionando maior valor de marca, participação de mercadoe melhor retorno sobre investimento.

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1.3

DESIGN SUSTENTÁVEL

O design sustentável é todo o design que tem como principal preocupação o meio ambiente e o meio em que se rodeia.

Este foca-se em desenvolver produtos, não apenas pelo seu aspeto estético e funcional, mas também de forma a que sejam ecologicamente corretos, economicamente viáveis e socialmente justos. É preciso consciencializar não só os profissionais da área do Design Gráfico sobre as vantagens de se fazer um projeto sustentável, como principalmente mostrar às pessoas que elas também o podem fazer, atribuindo novas funcionalidades a um produto em vez de o descartar imediatamente, criando soluções de design bastante mais interessantes e criativas. O design sustentável propõe uma visão holística de todos os elementos envolvidos no processo produtivo de um serviço ou produto, oferecendo um maior compromisso com a sustentabilidade ambiental e social. Assim, é mantido também um cuidado em uma gama infinitamente maior de fatores, como a forma como o produto é pensado, projetado e criado; sua embalagem; o transporte; a venda; a forma com que ele chega na casa do consumidor; e como será a forma e meio em que será realizada a reciclagem,

descarte ou até mesmo a reutilização do produto, tentando reduzir ao máximo o número de resíduos gerados.

O grande mérito dessa vertente mais ampla é a preocupação com quem faz parte detodos os processos de criação, transporte e a venda do produto: as pessoas. Afinal, são elas que têm influência sobre o rumo de toda a cadeia produtiva.

In site “Ecycle”

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1.4

IMPACTO NA INDÚSTRIA

Atualmente, qualquer empresa que não esteja disposta a implantar ou discutir aspectos sustentáveis no seu processo de produção tem grande chance de perder espaço no mercado, já que a sociedade se tem conscientizado cada vez mais sobre a importância de iniciativas que não agridam o meio ambiente.

Muitas empresas já tiveram a sua imagem danificada por participarem em produções que envolviam questões prejudiciais à natureza, como a emissão de grande quantidade de poluentes ou o uso de madeira não

legalizada para o comércio.

Dessa maneira, o design sustentável impacta diretamente na imagem da empresa.

Além disso, é possível utilizar o conceito a favor dos negócios, uma vez que existe uma preocupação crescente com a questão ambiental e de sustentabilidade. Vale ressaltar que o consumidor também tem um papel fundamental na escolha de produtos que priorizem o design sustentável.

In site “Ecycle”

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2.

ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS NO DESIGN GRÁFICO - Projete para o re-uso; - Investigue a eficiência do método escolhido; - Compare os impactos de cada trabalho que você desenvolve; - Empregue esforços para grupos dirigidos ao invés de divulgação em massa; - Utilize provas de materiais em formato digital; - Incentive a utilização de relatórios anuais em PDF; - Elimine as páginas em branco em livros e outras publicações; - Procure fornecedores locais que sejam comprometidos com o meio ambiente; - Utilize formatos de papel sem perdas; - Minimize a cobertura de tinta; - Use papel reciclado ou livre de cloro; - Use tintas baseadas em óleos vegetais; - Use melhor seu website e limite o uso de materiais de divulgação e internos impressos; - Pratique preços diferenciados e preferenciais para organizações que praticam a sustentabilidade; - Faça do seu comprometimento uma vantagem de marketing; - Procure tornar-se experiente

no assunto e aconselhe os seus clientes sobre como se tornarem mais sustentáveis.

- Torne-se adepto do mundo sem papel: contas e compras pela internet; - Recicle seus equipamentos e seus cartuchos de impressão; - Use mídias regraváveis ao invés das descartáveis; - Apague as luzes durante os dias claros e, se possível, todos os dias; - Caminhe para as reuniões, ande de bicicleta ou vá de autocarro ou metro; - Opte por estilos de vida saudáveis e sustentáveis no seu dia-a-dia.

In site “Slideshare”, Dany Hitz

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3.

EXEMPLO ORDINARY THINGS É um estúdio situado em San Francisco, que reconhece que o design gráfico é parte do problema ambiental, produzindo uma quantidade imensa de poluição que acaba indo parar no oceano, mas que podem mudar e provocar uma alteração radical na indústria. Para isso, consideram necessário repensar todo o processo de elaboração de produtos, então elaboraram um kit que pode servir de guia a todos os designers interessados em rever as suas práticas.

“Avaliamos rigorosamente a pegada de carbono de nossa empresa e trabalhamos ativamente para reduzi-la.

Aqui estão algumas das nossas políticas: -Compartilhamos o nosso conhecimento com os nossos pares do setor, por meio da documentação no nosso site, artigos escritos, produtos físicos e palestras.

-Para emissões de CO2 que não podem ser evitadas, compramos compensações de carbono.

-Apoiamos dietas baseadas em vegetais e evitamos ativamente apoiar a indústria de carne, incluindo uma política de isenção de carne para qualquer refeição comprada pela empresa.

-Somos parte do 1% For The Planet e prometemos nos tornar um B Corp até ao final de 2021.”

In site “Domestika”

PROCESSO “Começamos no final do ciclo de vida de um produto e projetamos ao contrário. O nosso método abrange repensar como abordamos o design de produtos físicos - incluindo o questionamento da sua necessidade - e pesquisar exaustivamente materiais, processos e tecnologias emergentes para compreender e mitigar a pegada ambiental de cada projeto.”

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“Começamos no final do ciclo de vida de um produto e projetamos ao contrário. ” RECURSOS “-Montamos um kit inicial para designers gráficos ecológicos.

Re-Nourish - Uma organização sem fins lucrativos que fornece ferramentas (como a calculadora do projeto , que usamos para todos os projetos impressos) e informações sobre o pensamento sistêmico sustentável. Eles também escreveram uma excelente cartilha de design sustentável .

-Coalizão de Embalagens Sustentáveis - Uma organização baseada em membros e focada na indústria, dedicada a tornar as embalagens mais sustentáveis em escala.

-Rede de papel ambiental - uma organização que trabalha para mudar a indústria de papel para melhor. Sua contribuição mais significativa é a Calculadora de papel que, apoiada por extensa pesquisa, ajuda a calcular métricas (ou seja, um relatório de impacto) ao usar papéis ecológicos. Uma fonte melhor e não desperdiça.

- Dois bancos de dados de materiais sustentáveis que variam de estoques de papel a substratos de embalagem.

-Climate Designers - Uma rede de designers comprometidos em usar suas habilidades criativas para a ação climática.”

In site “Ordinary Things”

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4.

TINTAS

As tintas gráficas, segundo o DBN (2007), possuem três componentes principais: pigmentos, provenientes de materiais orgânicos e inorgânicos, que produzem a cor desejada; solventes, que conduzem os pigmentos e evaporam na secagem; e veículos, que auxiliam a agregação do pigmento no substrato, sendo geralmente compostos de resinas orgânicas e polímeros.As tintas gráficas estão divididas em três principais categorias:

fácil ao substrato. O pigmento é suspenso em petróleo e os solventes são compostos de álcool. À medida que a tinta seca, o álcool e o petróleo evaporam e os compostos orgânicos voláteis são liberados.

Tintas à base de petróleo podem emitir mais de 30% de compostos orgânicos voláteis em relação às outras tintas (DBN, 2007).

• Tintas à base de vegetais: Elas podem ser feitas através de vários óleos vegetais, como milho, linhaça, amendoim e canola. Substituir tintas à base de petróleo por este tipo de tinta quer dizer utilizar recursos renováveis ajudando a conservar as reservas finitas de petróleo.

Elas reduzem as emissões de compostos orgânicos voláteis de 30% para 2 a 4%. O produto impresso é fácil de destintar no processo de reciclagem, o que resulta em materiais de menor impacto ambiental.

Estas tintas se comportam bem com papéis não-revestidos e reciclados, pois elas não se espalham muito. Seu custo também é semelhante às tintas à base de petróleo. Têm como desvantagem o tempo de secagem, particularmente em papéis não-revestidos (DBN,2007).

• Tintas à base de água Este tipo de tinta é a opção menos agressiva ao meio ambiente, porque quando o solvente aquoso evapora não são emitidos compostos orgânicos voláteis. Dependendo do substrato utilizado, rotogravura, flexografia e serigrafia podem utilizar tintas à base de água. Alguns substratos como plástico e vidro e, alguns tipos de papel revestido não permitem que as tintas agreguem-se efetivamente a eles, o que reduz a qualidade da impressão (DBN, 2007).

• Tintas à base de petróleo É o tipo mais comum de tinta, devido ao seu tempo rápido de secagem e sua agregação

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5.

SERIGRAFIA ECO-FRIENDLY LOHUBA

Lohuba surgiu no início de 2018 como um projeto entre dois irmãos para produzir impressões através da técnica de serigrafia e como forma de manter viva a veia artística que nos segue desde muito novos. Sempre ligados ao oceano, especificamente ao Surf, foi com naturalidade que percebemos que todo este processo teria que ser o mais amigo do ambiente possível. Como tal, comprometemos-nos a reduzir a nossa "pegada" e para isso adoptamos a utilização única e exclusiva de tintas ecológicas à base de água nas nossas impressões. Aliado a isto, tentamos sempre que possível que os nossos clientes optem por ver os seus designs impressos em artigos produzidos em algodão orgânico, certificado, sustentável e obtido através de comércio justo.

de papel. Orgulhamo-nos por sermos uma equipa consciente e responsável, que promove a utilização e compra, por parte dos nossos clientes, de produtos mais amigos do ambiente.

Especializamos-nos na impressão manual através da Serigrafia, utilizando unicamente, no nosso processo, tintas ecológicas à base de água para produzir artigos de qualidade em têxtil e papel.

Realizamos impressões em t-shirts, camisolas, sacos (tote bags) e outros artigos têxteis bem como a impressão de cartazes, posters, embalagens, em diferentes formatos e tipos

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Qualidade da impressão O uso de tintas à base de água, para além de serem mais ecológicas, proporcionam uma impressão quase imperceptível ao toque. Isto acontece porque a tinta penetra nas fibras do tecido, mantendo a peça suave e respirável.

Tintas ecológicas à base de água Utilização única e exclusiva de tintas à base de água que cumprem com as condições e normativas da União Europeia em tratamentos ecológicos. São tintas que cumprem com a normativa OEKO-TEX Standard 100 (livre de formol e APEOs).

Ético, orgânico e sustentável Escolhemos os nossos fornecedores por suas excelentes credenciais ambientais e éticas.

Todos eles utilizam algodão orgânico produzido de forma sustentável e fabricam peças de vestuário em fábricas com políticas éticas que garantem um salário justo e ambientes de trabalho seguros para os seus funcionários.

Serigrafia manual Por o nosso trabalho ser realizado de forma manual, conseguimos ter um maior controlo da qualidade de impressão de cada peça e reduzimos a utilização de energia eléctrica, minimizando, desta forma, a nossa "pegada" no meio ambiente.

In site “Lohuba”

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6.

MODA SUSTENTÁVEL A moda sustentável é uma vertente que se preocupa em utilizar métodos que não produzam ou minimizem os impactos ambientais gerados no processo de desenvolvimento de produtos. Ela surgiu da necessidade de repensar a conduta da nossa sociedade, do ponto de vista ecológico. Da etapa de produção de tecidos ao consumo desenfreado e descarte de peças usadas, a humanidade tem extraído grande quantidade de recursos naturais não renováveis, poluíndo e degradando a natureza, sem se preocupar com as consequências disso. Segundo a Environmental Protection Agency, a indústria têxtil está entre os quatro tipos de indústrias que mais consomem recursos naturais e que mais poluem. Além disso, esse sistema fomenta a desigualdade sociocultural, ao passo que utiliza empregos sazonais e informais para manter o baixo custo da produção.

A moda é, sobretudo, uma expressão da individualidade e do estilo pessoal de cada um.

Ao usar uma marca, um cliente não está a comprar apenas a beleza da peça, está a legitimar todo o seu processo produtivo e a carregar o valor moral da empresa. Ao comprar algo numa loja que utiliza trabalho escravo ou infantil em sua

confeção e descarta resíduos químicos nocivos de forma incorreta no meio ambiente, está se a alimentar essas práticas.

Assim, em algumas situações, os consumidores têm o poder de apoiar ou punir marcas por suas atitudes sociais e ambientais, e isso sedá na sua escolha de qual loja comprar. Para isso, é essencial se informar dos produtos que o fabricante utiliza. Se você se deseja tornar um consumidor responsável e ecofriendly, deve se questionar como, onde e por quem foi feita aquela roupa que você irá comprar. Muitas são as medidas que podem ser empregadas para reduzir os impactos sociais e ambientais na indústria da moda. Existem inúmeros processos e momentos de decisão diante dos quais uma marca adota seu posicionamento e pode investir no paradigma do desenvolvimento sustentável.

Na confecção, a empresa pode decidir aumentar a vida útil de uma peça de roupa através do acabamento, pode usar tecidos que causem menor impacto ambiental, verificar a procedência das matérias-primas, assegurar condições dignas de trabalho, bem como realizar o upcycling. Cabe às marcas e aos consumidores a decisão na escolha de um posicionamentoético frente à moda.

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Na moda sustentável, são aplicados métodos que são menos poluentes, como: -Aplicação de corantes naturais e colas menos tóxicas para que não haja a poluição dos oceanos e lençóis freáticos; -Uso de tecidos eco-friendly, onde são usadas fibras orgânicas e que são usados menos água e produtos químicos na produção; -Reutilização e reutilização de tecidos e outros materiais usados e descartados; -A preocupação em produzir peças que possam ser utilizadas por um longo tempo,tendo em vista que a produção voltada para as fast fashions valoriza o consumismo e o descarte rápido das peças, que são usadas em média somente 5 vezes.

In site “Etiquetaunica”

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6.1.

ECO MODA

A eco moda (ou moda ecológica) parte do mesmo conceito do eco design e considera as consequências ambientais em todos os estágios de desenvolvimento de um produto.

Nessa tendência, reduz-se o consumo de recursos e são escolhidos materiais e processos que colaborem para diminuir o impacto ambiental durante seu ciclo de vida. Dessa maneira, há o uso de tecidos de fibras orgânicas e métodos de produção que minimizem a contaminação ambiental, evitando ao máximo produtos químicos poluentes como corantes sintéticos.

Algumas alternativas são o algodão orgânico e fibras de abacaxi, de bambu e de cânhamo.

Algumas marcas brasileiras já utilizam o algodão orgânico, como a Use Eco, que produz camisetas masculinas e femininas. Ao pensar na sustentabilidade de um material, devemos considerar diversos fatores, tais como a capacidade de renovação da fonte, o processo de como a fibra é transformada em tecido e a pegada de carbono total do material. De acordo com a fundação Earth Pledge, mais de oito mil produtos químicos são utilizados na indústria têxtil e 25% dos pesticidas do mundo são empregados no cultivo de algodão não orgânico.

Os esforços para encontrar medidas que reduzam os danos à natureza durante o cultivo da matéria prima, produção e transporte, tornam a moda sustentável tipicamente mais cara do que a fabricada por modelos convencionais.

In site “Ecycle”

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EXEMPLO CARIUMA

Segundo o site “Boma”, uma empresa que continua a inspirar a nível global é a Cariuma, uma marca de calçados de rua que chama de lar o Brasil biodiverso.

Depois de trabalharem juntos na indústria de calçados de luxo, os co-fundadores da Cariuma, David Python e Fernando Porto decidiram que queriam criar algo empolgante, inovador e, acima de tudo, sustentável. Fundada em 2018, a Cariuma já deixou sua marca no setor de calçados esportivos, não por ter os calçados mais modernos, mas por ter um produto sustentável e com apelo atemporal. Python e Porto passaram dois anos na concepção antes de lançar a empresa, usando US $ 1 milhão em financiamento para adquirir materiais sustentáveis. Eles queriam criar seus próprios processos de redução de resíduos usando materiais reciclados com menos energia gasta. Os sapatos Cariuma são feitos de materiais ecológicos, de bambu autorregenerável a cana-de-açúcar, óleo de mamona orgânico e algodão orgânico certificado pelo GOTS. A Cariuma também usa garrafas plásticas recicladas para criar os atacadores, rótulos, fios e embalagens, que são certificados pelo Global

Recycled Standard.

Durante o processamento e produção de materiais, muitos dos resíduos de materiais e água usados são reciclados.

Enquanto seu processo inovador de calçados elimina o desperdício, Python e Porto não queriam cortar no estilo. Eles acreditam que os tênis devem ser bonitos e atemporais, e é por isso que trabalharam para aperfeiçoar uma coleção de designs que teriam um apelo generalizado em todo o mundo. A única resposta verdadeira para a sustentabilidade, segundo a equipa, é comprar qualidade em vez de quantidade, o que significa investir em calçados que durarão muito. Além de criar os seus tênis exclusivamente sustentáveis , a Cariuma também faz sua parte para retribuir ao meio ambiente e, no processo, chegar mais perto da neutralidade líquida de carbono. Para cada par de sapatos comprados, a Cariúma planta duas árvores por meio dos seus projetos de reflorestamento no Brasil. Como todas as plantas fotossintéticas, as novas árvores plantadas absorvem parte da superabundância de carbono da atmosfera e liberam oxigênio precioso. Comprar um par de tênis Cariuma é um pequeno passo para um estilo de vida mais sustentável.

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MATERIAS

Borracha Nossa borracha natural com peso perfeito é colhida da árvore hevea brasiliensis por meio de “batidas” éticas (remoção da seiva leitosa de sua casca). Portanto, nenhuma árvore jamais é prejudicada na produção de nossos tênis!

Papel de embalagem reciclado e reciclável

Algodão orgânico

Além de utilizar embalagem de caixa única (nossa caixa de sapa tos também funciona como nossa caixa de remessa), também usamos papel 100% reciclado e reciclável para amortecer seus novos chutes em sua jornada até a porta da frente. Ah, e nosso novo enchimento de sapatos (para evitar que seus furtos sejam esmagados durante o transporte) também é biodegradável. Nosso papel reciclado e reciclável é certificado pelo Forest Stewardship Council.

Desde fevereiro de 2020, substituí mos nossa tela BCI por algodão orgânico com certificação GOTS. Basicamente, a agricultura orgâni ca mantém os trabalhadores, o solo e a água protegidos dos pesticidas tóxicos. Estamos empenhados em escolher sempre a opção pró-terra. Nosso algodão orgânico é certificado pela Global Organic Textile Standard.

Corantes químicos Queríamos garantir que nenhum produto químico perigoso fosse usado em nosso processo de fabricação (para tornar as coisas o mais seguras possível para nossos trabalhadores). Portanto, escolhemos produtos químicos certificados pela Bluesign para tingir nossos materiais. Trabalhar com o Bluesign também ajuda nossa fábrica a funcionar com mais eficiência, reduz o uso de água e ajuda no controle da poluição.

Cana de açúcar Nossa cana-de-açúcar é prove niente do Brasil e depende da água da chuva para prosperar (não da irrigação tradicional). É um recurso totalmente renovável de base biológica que cresce rapidamente e remove naturalmente o carbono da atmosfera. Nossa cana-de-açúcar é certificada pelo I'M GREEN.

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Cortiça

PET reciclado

A cortiça é um material natural e sustentável. Para obtê-lo, é cuida dosamente raspado do sobreiro para que fique intacto e possa formar uma nova casca. A cortiça garante um ambiente saudável e conforto durante todo o dia para os seus pés.

Nossa missão é reduzir significativamente o uso de plásticos virgens. A grande maioria dos plásticos usados em nossas cabedais, atacadores, rótulos e fios são derivados de garrafas de plástico recicladas.

Reciclar, reduzir e reaproveitar é a única forma responsável de avançar. Nosso PET reciclado é certificado pelo Global Recycled Standard.

Couro e camurça Nosso couro e camurça são fornecidos com responsabilidade da Argentina, Tailândia, Brasil e China. Nenhum de nossos mate riais premium é proveniente da Amazônia ou de qualquer área desmatada para fins de pecuária.

100% da água usada para produzir nosso couro e camurça é reciclada e reutilizada. Fontes alternativas de energia, como painéis solares, são usadas para garantir uma pegada menor.

Nosso couro e camurça são certificados pelo Leather Working Group.

Bambu O bambu é uma fibra forte e naturalmente antimicrobiana com alta absorção de CO2; é também a planta de crescimento mais rápido do mundo. Quando o bambu é cortado do talo, ele é capaz de se regenerar, assim como a grama do campo! Esse método protege a integridade da planta e do solo e nos permite extrair e formar uma polpa rica em fibras de maneira sustentável. Nosso bambu é certificado pelo Forest Stewardship Council, OEKO-TEX e pela Organic Crop Improvement Association.

Óleo de mamona Mamona é uma alternativa vegetal e orgânica ao petróleo.

Escolhemos este óleo natural com o objetivo de diminuir significativa mente o uso de plásticos virgens e aumentar o conteúdo natural de nossos produtos, proporcionando uma espuma muito mais verde.

In site “Cariuma”

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REFERÊNCIAS

BERNHARDT, E. (2015, March 15). Consumo, Consumismo e seus impactos no Meio Ambiente. Recicloteca. http://www.recicloteca.org.br/consumo/consumo-e-meio-ambiente/ eCycle. (2020, September 3). O que é design sustentável? - eCycle. eCycle - Sua pegada mais leve. https://www.ecycle.com.br/design-sustentavel/ Daniela Santos. (2010, March 22). Design Grafico Para Sustentabilidade.

Slideshare. https://pt.slideshare.net/danyhitz/design-grafico-para-sustentabilidade Silveira, A. (2020, December 2). 7 estúdios de design inspiradores que apostam na sustentabilidade. Domestika. https://www.domestika.org/pt/blog/5869-7-estudios-de-design-inspiradores-que-apostam-na-sustentabilidade Things, O. (n.d.-b). Ordinary Things → Sustainable Branding & Design. Ordinary Things. https://ot.studio/ Martin, J. (n.d.). Moda sustentável e moda consciente - Qual a diferença? Etiqueta Unica. https://www.etiquetaunica.com.br/blog/moda-sustentavel-e-moda-consciente/ Paving the Way to Sustainability with Cariuma Sustainable Sneakers. (2021, March 16). Boma Global. https://boma.global/article/paving-way-sustainability-cariuma-sustainable-sneakers/ Comfortable Sustainable Shoes & Best Skate Sneakers. (n.d.). C A R I U M A INT. https://int.cariuma.com/?currency=EUR Lohuba - Serigrafia Eco-Friendly. (n.d.). Lohuba. http://www.lohuba.com/ Giorgio Gilwan, Marco Aurélio Petrelli, Marília Matos Gonçalves. (2015). DESIGN GRÁFICO E SUSTENTABILIDADE: UMA REFLEXÃO (Dissertação). https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/mixsustentavel/article/view/1130 Diego Daniel Casas, Lisandra Andrade. (2008b). papéis reciclados e tintas não-tóxicas: alternativas sustentáveis ambientalmente na concepção de projetos gráficoS. (Dissertação). https://www.researchgate.net/publication/320962519_PAPEIS_RECICLADOS_E_TINTAS_NAO-TOXICAS_ALTERNATIVAS_SUSTENTAVEIS_AMBIE NTALMENTE_NA_CONCEPCAO_DE_PROJETOS_GRAFICOS

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