Magazine de Educação e Artes 02_abril13

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02_abril’13


Criada pelo inventor húngaro László Bíró (1899–1985), Marcel Bich lançou sua própria esferográfica em 27 de dezembro de 1950. Promovendo o produto como uma caneta confiável a preço acessível, chamou-a "BIC", uma versão mais curta e fácil de lembrar de seu próprio nome. Tinha nascido a BIC® CRISTAL®. Ele alimentou o lançamento com publicidade efetiva e as vendas ultrapassaram suas próprias expectativas. A empresa então expandiu seu leque de produtos e começou a entrar em mercados estrangeiros criando subsidiárias, adquirindo o controle de companhias estrangeiras ou através de agentes. Desde 1950 as esferográficas BIC revolucionaram os hábitos de escrita de milhões de consumidores em todo o mundo, que continuam a valorizá-las por sua qualidade e preço acessível.

Direção Geral Carlos Gonçalves e Paulo Esteireiro Coordenação Editorial Filipa Silva Coordenação Gráfica e Paginação Silvano Rodrigues Colaboradores Paulo Esteireiro, João Borges, Jorge Conduto, Isabel Costa, Helena Berenguer, Juliana Andrade, Valter Camacho, Sónia Gouveia, Lígia Brazão, Martin Vieira, Marina Ornelas


Foto Rui Camacho

í n d i c e

1Editorial 2Pelo Festival

da Canção Infantil da Madeira

3Entrevista com João Borges 4Video do mês 5Imagem do mês 6Dançando como forma de inclusão 7Crónica do mês_Lígia Brazão 8Aprender a dançar 9Expressão plástica: da escola para a comunidade

10Comenius Regio 11Dance bailarina, Dance... 12Bloco de notas 13Lançamento


Pelo Festival

Texto de Filipa Silva

da

APOIOS

06OUTUBRO12

15H30 CENTRO DE CONGRESSOS DO CASINO

CANÇÃO INFANTO - JUVENIL DA MADEIRA

da Canção Infantil da Madeira





Jo達o Borges




Vídeo do mês

Marina Ornelas

http://youtu.be/3ruXM_szjCc

No concerto "Pontes Musicais da Madeira à Galiza", realizado no passado dia 12 de abril no Fórum Machico, pelas 21 horas, o Cento Multimédia produziu um conjunto de separadores que serviram de apresentação dos grupos intervenientes. Este pequeno vídeo é uma junção desses separadores elaborados pela Técnica de Audiovisuais do Centro Multimédia da DSEAM.


Imagens do m锚s Fot贸grafo Tiago Machado

Nikon D3000 F/4.2 1/30seg ISO - 280 Abertura - 4.1






SG: Sim, eu estou a desenvolver a minha dissertação de mestrado em arte e educação, com o tema “A dança no contexto educativo”, no espaço de inclusão, para desta forma verificar o contributo da modalidade artística da dança no desenvolvimento destas crianças com necessidades educativas especiais. O estudo envolve uma amostra de oito alunos duma escola do 1º ciclo do ensino básico onde desenvolvo a modalidade artística da dança, através da disciplina de expressão musical e dramática. Os objetivos específicos deste estudo são tentar averiguar se este programa contribui para o desenvolvimento das crianças a nível motor e a nível social. Neste momento, ainda não posso apresentar os resultados porque estou exatamente a fazer o tratamento e análise dos dados, mas já posso acrescentar, com base na triangulação de fontes das entrevistas, dos professores, da psicóloga de escola e dos próprios alunos, que o trabalho desenvolvido tem dado frutos e tem sido benéfico. Notam-se as aprendizagens significativas que as crianças já fizeram, como o facto, por exemplo, de tocar a campainha para a saída e eles já fazerem uma fila, prontos para sair. São pequenas coisinhas, entre outras, que já nos dão indicações que alguma coisa mudou. Mas, realmente, ainda não posso apresentar todos os resultados pois ainda estou a fazer o tratamento. MEA: Achas que aquilo que eles aprendem na sala de aula, as competências que eles adquiriram ao nível da dança, que as levam para o exterior, para fora da sala? SG: Sim, acho que sim. Digo isto porque, no recreio, por exemplo, que é um outro espaço em que eles estão mais soltos e, por isso, mais propício para que haja mais agressões e mais falta de respeito, sinto que eles estão diferentes. Numa das questões do trabalho de mestrado, perguntei às crianças se elas achavam que tinham melhorado e uma das respostas foi que «sim e quando ele se porta mal, eu vou chamá-lo à atenção dizendo: não te esqueças das regras que aprendemos na sala». Acho que eles já ganharam a perceção de que é preciso respeitar e ajudar o outro. MEA: Como é que os alunos vêm a dança no seu geral? SG: A maioria são rapazes, e trabalho com crianças e com jovens, com idades que vão desde os oito até aos dezasseis anos. O primeiro impacto é «Ah, não quero fazer!», ou só querem músicas comerciais e sem qualidade. Então, para os motivar, eu tento puxar um bocadinho ao que eles querem fazer mas conjugando com aquilo que eu quero fazer. Neste momento, eu consigo dar uma aula com alguma qualidade musical, utilizando também o que eles gostam de ouvir, mas fazendo com que gostem do que lhes levo: e eles gostam e fazem as atividades. Para eles, funciona muito como um jogo: quer seja a exploração de uma cadeira, a leitura de uma história e recriação de movimentos, seja o que for eu vou adaptando com as características e a qualidade de movimento da dança. MEA: Como é que vês o atual panorama da dança na nossa região, nomeadamente relativamente a grupos, eventos e também a questão de aceitação por parte do público? SG: Sinceramente, sinto-me um bocadinho desatualizada. Estive praticamente um ano e meio fora dos palcos e fora também do público, e sinto-me um bocadinho à margem. Não tenho tido disponibilidade nem tempo para acompanhar os espetáculos. O último espetáculo a que eu assisti foi em novembro do ano passado: “Os dez mil seres”, da Clara Andermatt. Mas penso que, derivado à crise que estamos a atravessar, a cultura é sempre a que fica mais prejudicada. Relativamente ao resto, e muito sinceramente, não tenho uma opinião formada sobre isso porque não estou dentro assunto para falar, não tenho acompanhado.


Crónica com Lígia Brazão


1981

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Surgiu agora um festival infantojuvenil, abrindo o leque de idades aos participantes, que vai dos cinco aos doze e dos treze aos dezoito anos, respetivamente. E, se outros festivais se distinguiram, aqui está a Madeira pronta a enfrentar novos desafios. Resta-me reconhecer os momentos de alegria que o festival da canção sempre me proporcionou e desejar aos seus continuadores muita força e empenho, tão necessários para poderem prosseguir com esta atividade artística, à qual a população já se habituou e espera com espectativa a cada ano. A integração do Coro Infantil do Gabinete Coordenador de Educação Artística também veio trazer um novo impacto ao evento. Se, de início, a escolha dos intérpretes e os ensaios dos mesmos ficava a cargo dos compositores e/ou letristas, essas responsabilidades passaram para o gabinete, quiçá melhorando o desempenho das crianças concorrentes. Criou-se um programa sociocultural

2010

2011

2012

2013

para todas as crianças, permitindo um são convívio, e a vê-las a cantar com entusiasmo as canções umas das outras. Passou também a haver um beberete durante o qual se faz a entrega dos prémios. Enfim, tudo se tornou muito mais profissional graças ao apoio da SRE e à colaboração de diferentes entidades oficiais e particulares. Entretanto, extinguiu-se o Festival da Figueira da Foz. Ainda se tentou concorrer diretamente ao Sequim de Ouro mas as regras mudaram: já não englobava todos os países mas sim a presença das diferentes línguas, o que quer dizer que, para representar o português, a escolha podia recair numa criança brasileira ou dos PALOP, o que tornava menos provável a nossa presença. Essa e outras dificuldades fizeram com que a ida a Itália deixasse de fazer parte dos nossos objetivos. Passaram trinta anos e concluiu-se um ciclo do Festival da Canção Infantil da Madeira com o modelo a que estávamos habituados.


Juliana Andrade


Juliana Andrade é professora de dança, responsável pelo grupo InCORPOrARTE

El Tango. Nesta entrevista veio falar-nos do atual panorama da dança na nossa região e do espetáculo que teve a sua reposição no dia 22 de abril, no Teatro Municipal Baltazar Dias. co?

-

JA: Eu acho que, cada vez mais, o público está sensibilizado para as artes, nomeadamente para a dança. Só que, infelizmente, o que acontece é que existem alguns grupos já conhecidos – como o do Carlos Fernando, a companhia de Henrique Amoedo, o InCORPOrARTE da DSEAM e outros projetos do Conservatório –, fixos e que têm um público acérrimo que segue esses trabalhos, mas não encontramos novos jovens a criar novos projetos em relação à dança. O que eu acho é que, independentemente do espaço dado, eles sentem necessidade de procurar valorização e reconhecimento fora do país porque ainda não conseguimos o espaço ideal para a dança. Para nós, a nível do InCORPOrARTE , temos um espaço posialém de corresponderem às necessidades de um espetáculo de níveis esperados, também, pelo facto de cada vez mais público aos nossos espetáculos. No entanto, acho -

queiramos quer não, estamos isolados e não temos consciência dos diversos projetos existentes. Acho que aí pecamos. Claro que se entende por causa da nossa situação económica atual, mas temos um espaço e temos um público sensibilizade espetáculos de imensas qualidades diferentes, com projetos diferentes, dança, dança/teatro, dança contemporânea, dança clássica e nós aqui vivemos um pouco aquém e, se queremos educar um público, ele também precisa de perceber o que existe para além disto que nós fazemos cá. sobre essa experiência? classes é poder alimentar o grupo InCORPOrARTE cei a trabalhar com elas. Os seus elementos têm idad

só recentemente come-

nível da abordagem é diferente, só que o facto de posso aumentar o nível de exigência. Também na adaptação este aspeto vem facilitar pois é como se as mais velhas fossem os ídolos das mais novas. O que eu faço, normalmente e numa fase inicial, é trabalhar a parte da experimentação e da exploração corporal, colocando-as a descobrirem o próprio corpo e não apenas a imitarem o meu movimento. Só


a outro corpo.Paralelamente a isso trabalhamos também coreografias. Normalmente são criadas por elas: porque não me adianta estar a dar uma movimentação minha já com uma personalidade e uma certa qualidade a alunos que ainda se estão a formar e a descobrir os seus movimentos. Então, elas criam por temas que elas trazem – histórias, imagens ou outros – construindo pequenas sequências coreográficas que, no início, têm de ter baixo grau de complexidade para facilitar a memorização. Penso que esta é a melhor forma de estruturar para, futuramente, integrarem coreografias mais compostas. Também serve para que compreendam que a dança não são só movimentos ao acaso: que existe sempre uma intenção, há sempre algo por trás do movimento que é feito. Só a partir daqui, então, é que são trabalhados as qualidades do movimento nas crianças. Numa fase mais posterior, trabalho mais a nível técnico: agilidade, flexibilidade, força. Ao nível da coreografia, já são dados mais elementos, com mais complexidade, para que elas trabalhem a nível da coordenação e do ritmo. Nas idades inferiores, dou sequências coreográficas para elas trabalharem o ritmo, o espaço, a relação com o outro; e isto é feito mais afincadamente nas fases superiores até chegar ao nível do InCORPOrARTE. Para integrar as aulas de dança não há nenhuma seleção específica, não há nenhum padrão. Basta ter a partir de cinco anos e dirigir-se aos serviços administrativos da DSEAM e dizer que quer frequentar a modalidade de dança. Nós temos, na DSEAM, três professores com características diferentes a lecionar: eu na área do contemporâneo, temos o professor Yuri que trabalha mais a nível das danças do mundo e das danças de salão e a professora Cláudia que começou agora com as classes e que também vai ao encontro da dança contemporânea. Normalmente, quando os alunos se inscrevem, são divididos de acordo com os horários dos professores e a sua disponibilidade e, depois, se acharem que não se enquadram no nosso contexto podem pedir para mudar de professor.




HELENA BERENGUER

expressÃo plÁstica: da escola para a comunidade Quando a expressão plástica não se limita ao espaço escolar e se apresemta à comunidade, ganha uma dimensão fundamentada no ensino que não pode ser ignorada.


Na Região Autónoma da Madeira a atividade de expressão plástica tem uma expressão relativamente significativa no panorama educativo, que resulta do apoio legal definido em portaria, (n.º 56/2009 de 08 de junho, SREC), quando foram estabelecidos os grupos de recrutamento das atividades de enriquecimento do currículo do 1.º ciclo do ensino básico. Esse fator resultou numa valorização desta atividade, cujos benefícios para a formação integral dos alunos têm sido amplamente defendidos, sendo considerada uma área que permite a formação de cidadãos com maior autonomia, respeito pela diferença, (…), sentido crítico e abertura à mudança, essenciais no mundo em que vivemos. O Programa do 1.º Ciclo do Ensino Básico define princípios orientadores para a área da expressão e educação plástica que são a base essencial para todo o processo de ensino aprendizagem na área. No entanto, o enquadramento regional permitiu um desenvolvimento especial desta área no enriquecimento curricular, sustentado pela criação de uma coordenação regional de expressão plástica. Esta coordenação funciona de forma organizada desde 1999/2000, através da DSEAM, e tem vindo a desenvolver um trabalho de promoção e divulgação da educação pela e através da arte nas escolas da região, de uma forma sistemática e continuada, através de formação de professores e da promoção de concursos e exposições regionais, que resultam em momentos de apresentação do potencial criativo da área nas escolas. Durante alguns anos a exposição regional de expressão plástica, resultou numa atividade paralela e de apoio ao então MUSICAebs, que se realizava no Casino. Uma amostra diversificada de objetos elaborados nas escolas com os alunos, onde era dada primazia à recuperação criativa de materiais de desperdício. Esse modelo de exposição deu lugar a um novo conceito de exposição / instalação em 2008/2009 com a apresentação do projeto “Floresta Encantada”, em que, a cada escola se solicitou a construção de uma árvore com materiais de desperdício. Desde então foram elaboradas mais duas instalações coletivas com projetos devidamente fundamentados e respetivo acompanhamento pedagógico, pela coordenação regional, nas escolas da RAM. Os projetos que sucederam foram também programados em moldes de instalação artística, com a exposição “Como se faz verde?”, em 2010, e “Vai-se andando…”, em junho de 2011, inserida na Semana


Regional das Artes, sendo que esta última edição foi a primeira a ser projetada para um espaço exterior, Avenida Arriaga, (Funchal), com um impacto importantíssimo ao nível do público em geral e inclusive turístico. Em 2012 a Exposição Regional, “Estend’arte” apresentou pinturas em lençóis, baseadas numa abordagem pedagógica da obra de arte em contexto escolar. A exposição regional de 2013 tem a água como temática no desenvolvimento concetual dos projetos escolares, com o título, H2@rte, que agrega o símbolo químico da água (H2O) e a palavra «arte» que reforça o sentido artístico da abordagem do tema. Este tipo de projeto implica um grande acompanhamento, por parte da coordenação regional da área, ao longo de todo o ano letivo: desde a conceção geral da ideia e respetiva fundamentação teórica, passando pela apresentação da ideia às escolas (em regulamento), pelo acompanhamento pedagógico de projetos, sempre devidamente alicerçados nos conteúdos programáticos da expressão e educação Plástica. Os projetos regionais em moldes de exposição / instalação contribuíram também em grande medida para uma mudança paradigmática do modelo de trabalho pedagógico nas escolas e começaram a exigir dos docentes, um enquadramento teórico da área, fundamentado em projetos de trabalho e trabalho de projeto. As exposições têm servido para mudar processos de abordagem da área nas escolas, para mudar a forma como esta é vista e reconhecida na mesma e pelo meio envolvente, mas ainda não se conseguiu estabilizar um corpo docente que torne rentável este investimento de formação e acompanhamento pedagógico de projetos por parte da coordenação regional da área. Recomeçar ciclicamente o mesmo processo invalida a sua progressão linear e essa é uma situação que tem impedido que a área esteja a um nível de desenvolvimento proporcional ao investimento nela feito. A criação do GR 140 surgiu como primeira tentativa de colmatar essa falta de estabilização de docentes especialistas na área, no entanto ainda se revela insuficiente para responder à realidade regional.


Concerto “Pontes Musicais: da Madeira à Galiza”

foi um sucesso

1/3

Por Paulo Esteireiro





VELHA SENHORA!!!! Falar da Dança, depois de ter descoberto esta forma de expressão artística há mais de vinte anos é, para mim, uma grande responsabilidade. É assim quando tenho que me referir a alguém que admiro muito. Foi com a Dança que venci grande parte dos meus preconceitos, foi com a Dança que passei a me conhecer melhor, foi pela Dança que cruzei o Brasil numa viagem de 3.000 quilómetros para estudar, foi com a Dança que conheci aquele país de Norte a Sul além de inúmeros países da Europa. Também foi com esta Senhora e por sua causa que cruzei o Oceano Atlântico na ânsia de ter mais conhecimento. Queria saber mais sobre ela, sobre esta Senhora, que já era minha companheira há algum tempo. Ela sempre me impulsionando na direcção do novo, de novas conquistas e responsabilidades. Não há como não respeitá-la e não sentir a pressão ao “bilhardar” sobre a sua vida. Falar da Dança é falar também das minhas lembranças, das minhas conquistas e fracassos, mas é – principalmente – falar de saudades. Saudades do que foi, com os olhos voltados para o que será! Dizer que vivemos numa época de “culto” ao corpo, do culto à imagem e à perfeição não é mais novidade. Aliás, muitos são os que já renegam esta fase e vêem o corpo como suporte da arte. Aqui o que está em jogo não é a busca de padrões estéticos socialmente aceites e estabelecidos e sim a transformação. A transformação do próprio corpo. A busca da singularidade, da diferença, expressa naquilo que tenho/que sou… o meu próprio corpo. Piercings, escarificações, tatuagens e implantes são algumas das formas utilizadas para fazer a passagem do “culto ao belo” para o “culto ao singular”, se é que assim o podemos chamar! Na realidade, esta grande Senhora que é a Dança não acha nada disso estranho. Para ela que já viu tantas mudanças, que teve a capacidade de moldar a si própria em diferentes situações, nada disso importa. Para a Dança as pessoas (que também são os seus corpos) são o mais importante.


O corpo é mais do que uma fachada que revela ou esconde a pessoa (já dizia Goffman). A pele (aliada a todos os outros sentidos) tem a capacidade de separar e também de nos aproximar do meio que nos envolve. À consciência da permeabilidade entre o que somos e o meio onde estamos inseridos, às trocas existentes entre nós e o ambiente (através de todos os sentidos), também se pode chamar Dança. A Dança, Senhora muito astuta, é capaz de deixar marcas muito profundas em cada um que dela se aproxima verdadeiramente. A permeabilidade entre o que somos e o onde estamos, é capaz de operar mudanças profundas nos dois sentidos. Tenho certeza absoluta, depois de estar na companhia desta Senhora por muitos anos que a tal permeabilidade existe sempre. Sempre somos tocados. De diferentes formas e em diferentes níveis. Todos somos e estamos no mundo para vivenciar tal permeabilidade. Sem trocas não há vida e daqui talvez venha a noção de Dança e Vida, utilizada por alguns. Portanto, e parafraseando o título de uma coreografia ainda a ser estreada pela Companhia Nacional de Bailado, Dance bailarina, Dance… Dance bailarina e continue a ajudar a Senhora Dança a infiltrar-se nestes corpos que se julgam tão astutos quanto ela, mas que – com certeza – já não têm a mesma vitalidade que esta “velha e sublime Senhora”. Dance bailarina, Dance…


Bloco de Notas

?

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05maio


LANÇAMENTOS

da CD do 2º FESTIVAL Canção Infanto-Juvenil da Madeira

Direção Geral Carlos Gonçalves Coordenação Virgílio Caldeira Equipa Responsável João Borges, Filipa Silva, Rui Mimoso e Helena Machado Revisão Natalina Cristóvão Participação especial Coro infantil e Coro juvenil da DRE/ Educação Artística Direção artística Zélia Gomes Gravações e misturas Eduardo Gonçalves (estúdio da DSEAM) Design Tiago Machado (ARD - DSEAM) Tiragem: 1.000 exemplares Edição

8€

Edição à venda na DSEAM, Travessa do Nogueira 11, Funchal, pela Livraria online da AREArtítica em www.areartistica.pt ou pelo www.facebook.com/areartistica


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