Magazine de Educação Artística - Abril 2015

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DIREÇÃO GERAL: Carlos Gonçalves e Paulo Esteireiro COORDENAÇÃO EDITORIAL: Filipa Silva MONTAGEM E PÁGINAÇÃO: Fátima Carrillo PROPRIEDADE: sre/dre/dseam REVISTA BIMENSAL: março/ abril 2015


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1 - VI Congresso de Educação Artística 2 - Ensemble de Cordas da DRE. na Ribeira Brava 3 - Concurso Jovens Artistas 4 - Histórias de Animação 5 - Orquesta Eleutério de Aguiar e Colégio Marítimo 6 - Ensemble de Percussão na Ribeira Brava 7 - XXXVI Encontro Nacional de Teatro na Escola 8 - Espetáculo de Teatro e Dança- “Um Anjo pela Ci-

dade” 9 - Coro Infantil da DRE, comemorou o Dia do Pai 10 - Revista Portuguesa da Educação Artítica reconhecida no ERIH-PLUS 11 - Produção Audiovisual 12 - Max Römer, por Eberhard Axel Wilhelm 13 - IV Festival da Canção Infantojuvenil 14 - Curta-metragem: “1 Dia de 1 Campeão” 15 - Orquesta de Bandolins apresentou “Sons da Adega” 16 - Ensemble de Percussão no Curral das Freiras 17 - Banda Outro Sentido 18 - Coro Juvenil comemorou o 24º Aniversário 19 - Dia Mundial da Dança 20 - Grupos da DRE comemoram o Dia da Mãe


MACARONS

Na Revolução Francesa em 1789, o clero e a nobreza perderam suas regalias e assim, algumas irmãs carmelitas da cidade de Nancy conheciam a receita e começaram a fabricá-los para vender. Elas ficaram conhecidas como “Irmãs Macarons” e até hoje, na cidade de Nancy, existem os macarons como eram produzidos naquela época.

O Macaron tem quase 500 anos, senão mais. O macaron saiu da Itália no século XVI quando a rainha Catarina di Médici mudou-se para a França para se casar O confeiteiro chefe da rainha confeccionava os macarons para ocasiões especiais e assim o doce foi se tornando popular entre os nobres franceses. Naquela época, o macaron era apenas um biscoitinho de amêndoas, pois a ideia de se juntar as partes por um recheio veio muito tempo depois.

No início do século XX, Pierre Desfontaines, fundador da Pâtisserie Ladurée, teve a brilhante idéia de juntar os “coquies” (“bolachinhas”) a um recheio cremoso e saboroso. E mais recentemente Pierre Hermé, famoso pâtissier francês, criou os macarons que apreciamos hoje: uma explosão de cores e sabores.Crocante por fora, macio por dentro....e uma mistura de sabores sutis, fazem desse doce uma iguaria francesa. Em ocasiões especiais, o macaron é uma bela alternativa elegante para a sua comemoração! Além de tudo pode ser personalizado combinando com a cor e proposta da festa.


VI Congresso de Educação Artística O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, promoveu o VI Congresso de Educação Artística, destinado a todos os agentes dos domínios da educação e da cultura. Este evento foi operacionalizado pela Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia e decorreu nos dias 9 a 11 de Setembro, no Funchal. Este ano, o Congresso apresentou três temas principais: 1-Educação comunitária e intervenção artística: envolver e formar públicos; 2-Turismo e educação artística: diálogos e práticas em tempos de mudança; 3-Práticas pedagógicas criativas e inovadoras: obstáculos e desafios.


A fim de permitir o debate alargado e participativo sobre os temas da conferência decorreram vários tipos de sessões: - Conferência de abertura realizada por Sampaio da Nóvoa - reconhecido competência científica; - Sessões plenárias nas quais se abordaram globalmente os grandes temas da conferência; - Painéis estruturados na sequência das sessões plenárias e para os quais poderão ser pré-inscritas comunicações; - Workshops experimentais nas várias áreas artísticas (artes plásticas, dança, música, teatro e multimédia). Para além das sessões foi desenvolvido um programa social constituído por vários tipos de ações: - Concerto; - Feira de edições (ao longo do Congresso) e Entrega do prémio ‘Educação Artística 2015’. A produção do congresso foi da responsabilidade da Associação Regional de Educação Artística.




Ensemble de Cordas da DRE na Ribeira Brava O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação, promoveu um concerto da Temporada Artística 2015, com o Ensemble de Cordas da DRE / Educação Artística. Este concerto aconteceu dia 3 de maio, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Ribeira Brava. O Ensemble de Cordas da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia foi criado em 2005, resultado do trabalho desenvolvido pelos professores de cordas da Divisão de Expressões Artísticas da DSEAM/ DRE / SRE. Desde a sua formação tem participado em alguns eventos de carácter sociocultural, assim como vários concertos, em simbiose, com outras formações artísticas da DSEAM. Desde o ano de 2010 até à presente data o grupo começou a integrar, enquanto grupo oficial, a Temporada Artística. O Ensemble de Cordas da DRE/ Educação Artística, atualmente é composto por 13 elementos, com idades compreendidas entre os 09 e os 15 anos. A direção artística, desde a formação do grupo, é do Professor Rostyslav Kuts. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística e a Câmara Municipal da Ribeira Brava.


Concurso de Jovens Artistas

A Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, através da Direção Regional de Educação, levou a efeito a 14.ª edição do Concurso Jovens Artistas DSEAM, da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, cujo espetáculo final se realizou no dia 15 de

Março, no Fórum Machico, com o objetivo de angariar fundos para ajudar o jovem Marcelo Freitas. Destinado a crianças e jovens intérpretes que se destacavam pela qualidade das suas performances artísticas, nomeadamente ao


nível da música, do teatro e da dança, a organização deste evento tinha como objetivo, não só premiar o mérito daqueles que apresentam um nível acima da média em termos de performance artística, mas também, fortalecer uma motivação intrínseca, quando confrontados com o reconhecimento público, promovendo assim, o desenvolvimento artístico dos mesmos. Compreendendo duas categorias, a infantil e a juvenil, os professores de cada classe elegeram o candidato que iria representar a classe no espetáculo final, baseando-se na Presença em Palco, na Expressão/Interpretação, na Técnica/grau de dificuldade e, por último na Performance global.

Este espetáculo foi concebido por uma equipa de criativos, constituída por docentes da DSEAM com competências e percursos artísticos diferenciados, sendo a coordenação do projecto da responsabilidade de Marília Rodrigues. Este ano, e em termos de imaginário, pretendeu-se fazer referência ao facto de que “O grande artista traz uma forma diferente de colorir.” (A. Lobo Antunes), já que o espetáculo irá desenrolar-se “num ambiente de audições para uma escola de artes conceituada, um grupo de artistas irá colorir o grande palco com os mais belos tons da arte: sensibilidade, imaginação, expressão e técnica, interpretados através de movimentos, sons, palavras e sonhos…


Nesta edição, em cada uma das categorias, contaram com os seguintes candidatos: Na dança: - Categoria Infantil: Maria Eduarda Martins Gonçalves – 9 anos -“Chandelier”,SIA –Adapt. Juliana Andrade-Prof.ª Juliana Andrade - Categoria Juvenil: Ana Catarina Santos Carvalho, 15 anos-“I am a Good Girl” – Adapt. Yuriy Tsikhotskyy - Prof. Yuriy Tsikhotskyy

Nas cordas: - Categoria Infantil: (Violino) Rodrigo Pimenta de Freitas, 13 anos -“Prelúdio e Allegro”, F.Kreisler -Prof.ª Parandzem Kachkalyan - Categoria Juvenil: (Machete/Braguinha) Luís Gustavo Pinto Paixão , 16 anos- “Santo Expedito”, Paulo Esteireir - Prof. Roberto Moritz

Nos sopros: -Categoria Infantil: (Flauta Transversal) Ana Luísa Gouveia Catanho, 13 anos- “Menuet & Variations” , W. A. Mozart- Profª Tânia Fernandes - Categoria Juvenil: (Clarinete) André João de Ferreira Teles, 15 anos -“Rondo” do Grande Duo Concertante,Carl von Weber- Prof. José António de Sousa


No teatro: - Categoria Infantil: Margarida Azevedo e Silva, 11 anos- “Na terra dos procópios”, Maria Alberta Menéres- Prof. Miguel Vieira -Categoria Juvenil: Diogo Faria Correia, 17 anos- “Peça Amorosa” – André Murraças-Prof.ª Paula Rodrigues

No teclado: - Categoria Infantil: (Piano)- Patrícia Khachkalyan Gomes, 11 anos- “Sonata em Dó Maior, 1º and.”, F. Kuhlau- Profª Iryna Bandura - Categoria Juvenil: (Acordeão)- Fátima Abreu Freitas, 15 anos- Guelder Rose , V.Semyonov - Prof. Márcio Faria


Histórias de Animação O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, apresentou no dia 3 de Março de 2015, mais duas edições da Equipa de Animação da Direção Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM) da Direção Regional de Educação. Dando continuidade à ideia de disponibilizar, em CD-Áudio de apoio, as histórias que percorrem os jardins-de-infância e as escolas do 1.º CEB da

Região Autónoma da Madeira, a Equipa de Animação da DSEAM apresentou dois CD com as seguintes histórias originais, repletas de valores e princípios educativos: “O Maior Tesouro” e “Solta a Corda”.

Em “O Maior Tesouro”, conta-se a história do pequeno Martim de 5 anos, que aprende o que são boas maneiras e que após um começo atribulado marcado pelo egoísmo, compreende no final que

o “maior tesouro” são coisas como “a boa educação… a humildade e todas as coisas boas que nos acontecem…”.


Em “Solta a Corda” é narrada a história de Luna: “Luna é uma menina sonhadora. Sonhava todos os dias, e todos os dias construía castelos nas nuvens recheados com algodão doce. Queria ser uma nuvem fofa e branca, uma fada com uma varinha cintilante, outras vezes, já era uma feiticeira que encantava todos os animais, como de repente transformava-se numa bailarina e dançava, dançava, dançava até adormecer. Mas o seu grande sonho, esse estava muito bem guardado… e certo dia algo mágico aconteceu…”

Com estas duas edições pretendeu-se vir a contribuir para a valorização do trabalho de educadores de infância, professores e técnicos nas nossas instituições educativas. Os CD contêm as histórias e as canções que poderão servir de suporte pedagógico para o docente na sala de aula.

A Equipa de Animação da DSEAM foi criada em outubro de 1986, com o objetivo de apoiar o ensino pré-escolar. Este apoio tem sido concretizado através de animações em instituições educativas, auditórios, salões paroquiais e centros cívicos. Das suas animações fazem parte o teatro de fantoches e marionetas, teatro de sombras e dramatizações ao vivo com música e jogos.

por Carlos Gonçalves


Orquestra Eleutério Aguiar e Colégio do Marítimo

O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, realizou, no dia 19 de Março, um concerto Interativo, inserido na Temporada Artística 2015. A Orquestra Eleutério de Aguiar da DRE/Educação Artística, em parceria com o Colégio do Marítimo, apresentaram-se no Cine Teatro Santo António. O concerto integrou a Temporada Artística 2015 da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM). No palco estiveram cerca de 90 alunos, num formato que pressupunha a apresentação de repertório em conjunto, numa interação da Orquestra com os alunos do 2º, 3º e 4º ano do Colégio do Marítimo. O espetáculo teve ainda uma marca muito especial uma vez que se celebrava o Dia do Pai, trazendo ao público: pais, alunos e utentes, com e sem necessidades especiais, num dia que se quer inesquecível.


A Orquestra Eleutério de Aguiar, é um dos 4 grupos artísticos que integram o Núcleo de Inclusão pela Arte (NIA). Este Núcleo, outrora dependente da Direção Regional de Educação Especial e Reabilitação, está integrado na DSEAM, fruto da mudança orgânica então ocorrida. Os espetáculos em formato - multidisciplinar, simbiótico e Interativo, vieram acrescer favoravelmente os espetáculos inclusivos já em prática no NIA, quer ao nível de trazer outros segmentos de público quer outras trocas pedagógicas e artísticas com novos companheiros de processo criativo nos palcos. Este é o sexto projeto de simbiose artística inclusiva, desde finais de 2012, onde escolas ou grupos artísticos da DSEAM partilham conteúdos artísticos numa mesma apresentação ao público. Sendo o primeiro projecto (2012) a celebração do 25º aniversário de três grupos artísticos da DSEAM: a Orquestra Juvenil da DREER (NIA), o Coro Infantil e o Si Que Brade. O segundo (2013), designou-se “Especial Natal” e reuniu: a Orquestra de Sopros, o Coro Infantil, o Coro Juvenil, o Alta Cena (teatro juvenil), o Grupo de Iniciação ao Teatro (NIA) e Carla Jarimba (membro da Orquestra Orff do NIA) a solo. O terceiro (2014), reunindo os grupos de teatro Línguas de Palco e Altacena, o GMT Oficina Versus (Teatro Inclusivo) e o Kaleidoscope (Dança). O quarto ( Abril 2014), e

foi um concerto interativo com 2 grupos do NIA - Orquestra Orff, Grupo de Danças e Cantares e turmas da escola básica do 1º ciclo do Areeiro e do Colégio de Marítimo. E o quinto projeto foi aeQUALIS, uma simbiose musical e dramática que reuniu 8 grupos artísticos da DSEAM - Ser Mais Teatro, Orquestra Eleutério de Aguiar, Consort Bisel, Ensemble de Acordeões, Ensemble de Guitarras, Novéis Tangedores, Coro Infantil e Kaleidoscope, num total de 140 participantes, apresentado em dezembro de 2014 no Madeira Tecnopolo e em fevereiro de 2015 no Teatro Municipal Baltazar Dias. A Orquestra Eleutério de Aguiar da DRE/ Educação Artística foi fundada em 1987, por proposta do então diretor regional de educação especial, Eleutério de Aguiar. Volvidos 27 anos da ação desta Orquestra e 25 anos do modelo artístico inclusivo, levado à prática pelo Projeto Oficina Versus, quisemos homenagear o mentor destas práticas, dando à Orquestra o nome do seu mentor. A Orquestra Eleutério de Aguiar, antes conhecida como Orquestra Juvenil da DREER, apresentou-se em diferentes locais e em diferentes contextos. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística e o Teatro Experimental do Funchal.


Ensemble de Percussão da DRE na Ribeira Brava O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, realizou mais um concerto Interativo, inserido na Temporada Artística 2015. O Ensemble de Percussão da DRE/ Educação Artística apresentou-se no dia 10 de abril, no Colégio Infante D. Henrique. Em palco estiveram também cerca de 125 alunos do Colégio Infante D. Henrique, sob a orientação das professoras Henriqueta Teixeira, Sofia Lobato e Cristina Andrade. A direção artística deste concerto esteve a cargo do Prof. Eduardo Fernandes, que dirigiu os 9 elementos do Ensemble de Percussão, assim como as crianças que participaram neste projeto. O Ensemble de Percussão da DRE/ Educação Artística, nasceu em Novembro de 2003, na motivação e empenho dos alunos em enriquecer e explorar outros domínios e géneros musicais. Atualmente é constituído por 9 jovens com idades compreendidas entre os quinze e vinte

e oito anos. O seu reportório é essencialmente dedicado à música latina, ao qual foi incluído uma viola baixo, de forma a enriquecer o projeto. Desde o ano 2006 este Ensemble tem trabalhado percussão corporal e percussão com material reciclado. A direção artística está a cargo do professor Eduardo Fernandes. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística e o Colégio Infante D. Henrique.


XXXVI Encontro Nacional de Teatro na Escola Entre os dias 21 e 25 de abril, decorreu no Funchal o “XXXVI Encontro Nacional de Teatro na Escola” (ETE). Este ano, o ETE foi organizado pela Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, através da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM), em parceria com a Escola Secundária Francisco Franco (ESFF) – a escola acolhedora deste evento. Os dinamizadores do evento foram os grupos de Teatro “Línguas de Palco” e “AltaCena” da DSEAM, em parceria com o Grupo “Oficina de Teatro Corpus” da ESFF. O Encontro Nacional de Teatro na Escola foi uma iniciativa da Associação Encontros de Teatro na Escola (ETE, A.C.) e é realizado em Portugal há 36 anos, sendo a segunda vez que decorre na Madeira. O ETE teve como alvo os alunos do 3º ciclo e secundário e nele privilegiou-se o convívio e a partilha de saberes e experiências teatrais, proporcionando também, a aprendizagem técnica através de variados workshops. A XXXVI edição do ETE contou com a participação


de 11 Grupos Participantes, incluindo os três grupos organizadores – que tiveram a oportunidade de apresentar um espetáculo representativo do trabalho que habitualmente desenvolvem: - Grupo de Teatro Histérico do Fundão; - Grupo de Teatro Quebra-Gelo; - Grupo de Teatro Oficina Corpus; - Clube de Teatro Eça de Queirós; - Grupo de Teatro (En)Cena; - Grupo de Teatro Persona.

No total, foram 142 participantes, entre alunos, professores e formadores. Durante estes dias, os grupos organizadores ofereceram um leque diferenciado de ateliês de formação para alunos e professores; produções teatrais não só no âmbito escolar bem como profissional; momentos de debate e de reflexão. Assim, este projeto pretendeu divulgar a atividade dramática na escola, como forma privilegiada de apoio ao desenvolvimento integral dos alunos; contribuir para o enriquecimento das capacidades expressivas dos participantes; fomentar o gosto pelo teatro e contribuir para um novo tipo de espetador, mais atento e mais esclarecido; possibilitar a troca de experiências entre os participantes; estimular a criação e a existência de grupos de teatro nas escolas e contribuir para a dinamização cultural da escola e do meio.



Espetáculo de Teatro e Dança “Um Anjo pela Cidade” O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos levou a cena, na Reitoria da Universidade da Madeira (Colégio dos Jesuítas), espetáculo de Teatro e Dança intitulado “Um Anjo pela Cidade”. Este espetáculo tem a sua estreia no dia 21 de março, e foi apresentado novamente no dia 22 março. Em cena estiveram 40 elementos dos seguintes grupos: Línguas de Palco, Altacena e dança Incorporarte da DRE/ Educação Artística; todos membros representantes da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia. Sinopse: UM ANJO PELA CIDADE, é um toque intenso de possibilidades ou escolhas que todos nós poderemos fazer, no momento presente – no Agora. Um toque de espiritualidade que se processa em cada cena levando-nos por um percurso de livre arbítrio ou de sombrias influências. Uma proposta sensorial terrena sobre os en-

traves da alma e da matéria. Sobre amar e querer ser amado. Ou dos mistérios do amor nos encontros transcendentes de diferentes almas. Em diferentes planos terrenos, um Homem misterioso, possível mensageiro sombrio, transita pela terra observando aqueles que estão, de alguma maneira, na pior miséria humana ou a um passo da morte. Ele acompanha-os em todos os lugares, nas dores e nos medos mais profundos da existência humana.


Simples coincidência, acaso do destino ou inevitável consequência? O confronto entre as forças da luz e das sombras no espaço terreno torna-se forçoso. O misterioso Homem, representa o elo de ligação entre as diferentes cenas, passando por um camarim de um teatro, onde uma atriz, bajulada por jovens fúteis e interesseiros enfrenta o seu maior desafio teatral – quebrar a máscara da juventude. Depois leva-nos a um restaurante, onde a arrogância, o poder e a humilhação, são servidos como um prato quente de uma alimentação diária. Atravessando a cidade, uma taberna sombria e fria, acolhe um grupo de prostitutas que se debatem com violência numa afirmação do seu destino cruel. O conflito reafirma-se quando o sinistro Homem, intervêm, fazendo uma estranha proposta, criando assim, um maior desconforto e insegurança em todos. Mas o destino ou as escolhas realizadas, Já na rua, uma jovem desesperada e procuran- geram o inevitável. Uma batalha entre a vida do por termo à vida, encontra numa velha men- e a morte. Vidas que são ganhas como prova diga, um forte elo de amor e ódio. certa de que o mundo é sensível aos olhos de Deus e outras que se perdem para repensarem na sua condição espiritual. Assim, o Homem, ou possível anjo misterioso, transforma-se num símbolo de benevolência, libertação e amor. O amor que concebe a esperança, que reorganiza o ser humano e que nos leva a refletir, de como tudo pode ser eterno - ou não.



Coro Infantil da DRE comemorou o Dia do Pai O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, apresentou em concerto, seguindo-se de solenização da eucaristia, o Coro Infantil da DRE/ Educação Artística no dia 21 de março, na Igreja dos Álamos. O grupo, através deste momento, assinalou a comemoração do Dia do Pai (que no calendário se celebra a 19 de março), sendo que esta iniciativa tem sido realizada ao longo de vários anos pelo Coro Infantil da DRE/ Educação Artística, como forma de homenagear os pais das crianças que compõe o grupo. Esta homenagem estendeu-se a todos os pais que assistia a esta solenização. Desde a sua constituição, o Coro Infantil da DRE/ Educação Artística, participa em inúmeras atuações de carácter sócio-cultural, organizadas por entidades públicas e privadas, bom como em programas de rádio e televisão, participou também em vários Teatros Musicais da DSEAM e, no ano de 2008, inserido nas comemorações dos 500 anos do Funchal, a Ópera “Orquídea Branca”. Em 2009 e 2010 fez também parte do elenco da Ópera “O Salto”. Gravou também um CD de Natal intitulado “É Natal Outra Vez”. Participou nas duas edições do Festival Infanto-Juvenil da Madeira. Atualmente é composto por 64 elementos, e tem como diretor artístico, desde a sua fundação, a Prof.ª Zélia Gomes. O Coro Infantil será acompanhado ao piano pela Professora Lénia Correia. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística, e a Paróquia dos Álamos.



Revista Portuguesa de Educação Artística reconhecida no ERIH-PLUS A Revista Portuguesa de Educação Artística (RPEA) acabou de ser integrada no diretório de revistas científicas do Índice Europeu de Referência para as Ciências Sociais e Humanas (ERIH PLUS). Após a recente indexação no diretório Latindex (Sistema Regional de Informação para as Revistas Científicas de América Latina, Caribe, Espanha e Portugal), a RPEA continua a concretizar a sua estratégia de inclusão em bases de dados internacionais de publicações periódicas científicas.

O Índice Europeu de Referência para as Ciências Sociais e Humanas (ERIH PLUS) foi criado e desenvolvido por investigadores europeus, sob a coordenação do Comité Permanente para as Humanidades (SCH), da Fundação Europeia da Ciência (ESF – European Science Foundation). O diretório de revistas científicas do ERIH, que inicialmente apenas cobria as disciplinas das Ciências Humanas, foi publicado pela primeira vez em 2008.

Este reconhecimento internacional da RPEA comprova a importância do investimento realizado pelo Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, no domínio da investigação na área da educação artística. Com mais esta indexação num importante diretório de revistas científicas, a RPEA confirma o seu lugar de destaque no panorama das publicações científicas portuguesas, sendo atualmente reconhecida como uma das mais importantes revistas na área da educação artística em Portugal.

Para serem incluídos no ERIH PLUS, os periódicos científicos nas áreas das ciências sociais e humanas deviam respeitar padrões de referência científicos. Estes padrões baseavam-se nos princípios utilizados pelo ESF e pela Associação Norueguesa de Instituições de Ensino Superior. Este foi naturalmente mais um passo importante para o sucesso da revista que a direção da RPEA partilha com todos aqueles que têm ajudado a construir este projeto editorial, importante para a divulgação da investigação na área da educação artística.


Produção Audiovisual O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, promoveu uma ação de formação intitulada de “Iniciação à Produção Audiovisual – TV Escola”, destinada aos docentes de todas as áreas disciplinares e que decorreu entre os dias 8 de abril e 27 de maio. A ação de formação foi organizada pelo Serviço de Investigação, Formação e Inovação Educacional da Direção Regional de Educação, serviço que coordenou a ação de formação. A ação de formação foi realizada em regime “blended learning”, com 7 sessões presenciais de 4 horas cada, perfazendo um total de 28 horas, e uma parte não presencial, com a duração de 22 horas (total 50 horas). O principal propósito desta ação de formação era estimular os docentes da Região Autónoma da Madeira para a utilização de técnicas e aplicações informáticas de conceção de conteúdos audiovisuais, de forma a envolver o máximo de alunos em trabalhos práticos com os audiovisuais nas escolas. Assim,reconheceu-se que é imprescindível dotar os docentes de recursos e conhecimentos essenciais para realizarem produtos audiovisuais em contexto escolar, tais como: - Identificar e saber utilizar os principais planos em cinema e televisão;


- Adquirir noções básicas de iluminação; conhecer técnicas de animação; - Conhecer etapas para a construção de um guião; - Utilizar programas de edição de vídeo; saber captar e editar som, utilizando recursos próprios; - Dotar os docentes de conhecimentos essenciais para a criação de uma TV escola; - Conseguir produzir um dos seguintes conteúdos audiovisuais: um spot, um noticiário com reportagem, um videoclip, uma curta-metragem ou uma animação.


Max Römer, por Eberhard Axel Wilhelm 1 - Dedicou parte da sua vida a estudar o percurso de Max Römer nas artes e na história da Madeira. Bem. Já que apenas cinco dos meus trabalhos publicados especialmente sobre indivíduos de língua alemã, que descreveram a Madeira em textos e quadros, se ocuparam de Max Römer – até novembro de 2014, saíram 227 trabalhos meus referentes à ilha -, talvez seja um exagero considerar que dediquei «uma parte da minha vida» a estudar este artista de Hamburgo, mas também não fica muito longe da verdade. Quando, em 1983, comecei a dar aulas de alemão no Centro de Apoio da Faculdade de Letras de Lisboa no Funchal, instalado atrás da Direção Regional dos Assuntos Culturais, na Rua dos Ferreiros, n.ºs 163 a 165, comecei também imediatamente a reunir material relativamente aos germanófonos que trataram da ilha. Tinha feito o mesmo com respeito ao Algarve, quando ensinei a minha língua materna, entre 1976 e 1983, no Centro de Apoio de Faro. A minha primeira contribuição madeirense saiu, em 1986, na «Revista da Faculdade de Letras», de Lisboa, respeitante aos cônsules austríacos da ilha, e, por esse ano, alguém deve ter chamado a minha atenção para a revista «Atlântico». Entrei em contato com o seu diretor, António Loja (António Egídio Fernandes Loja),


que, muito simpaticamente, estava, de imediato, interessado na minha colaboração. Para isso contribuiu porventura o facto de que o Dr. Loja tinha estudado alemão com um casal germânico, os Bergmann (ele germanista cristão e ela médica judaica), que, em princípios de janeiro de 1937, tinha fugido para o Funchal, escapando dessa maneira aos carrascos do III Reich. Na primavera de 1987, apareceu na «Atlântico: Revista de temas culturais», então, o meu artigo intitulado ‹17 anos de exílio na Madeira: Um casal alemão refugiado de Hitler chegou cá há 50 anos›. Na sequência desta publicação, o mexido professor de história da Escola Secundária Francisco Franco deve ter-me sugerido a elaboração de um estudo sobre Max Römer, pelo que, no início de dezembro de 1987, telefonei à sua última parente na ilha, a filha Valeska, conhecida como Valli ou também Vally. Pouco a pouco, compus um primeiro escrito acerca da vida e obra do artista de Hamburgo, impresso, no verão de 1988, no «Atlântico», sob o título de ‹Max Römer: Postais madeirenses percorrem o mundo (Em 1988 o pintor hamburguês faria 110 anos)›. Só quase vinte anos mais tarde, retomei o assunto, publicando no Boletim anual «Museu Quinta das Cruzes», de 2007, o texto denominado ‹Max Römer (1878-1960) pintou a Madeira durante 38 anos: No Museu Quinta das Cruzes encontra-se uma boa parte da sua obra›.

No ano seguinte, tratei da mesma matéria em alemão, mandando imprimir, no «Portugal-Post: Correio Luso-Hanseático», da Associação LusoHanseática, sediada na terra natal de Römer, Hamburgo, a contribuição chamada ‹38 Jahre Maler auf Madeira – Der Hamburger Max Römer› (38 anos pintor na Madeira – o hamburguês Max Römer), que constituía a terceira parte da série denominada «Die Hanseaten und Madeira» (Os hanseáticos e a Madeira). No mesmo ano de 2008, saiu na obra intitulada «O Funchal na obra de Max Römer 1922/1960» o meu trabalho de nome ‹Postais da Madeira dão a volta ao mundo: Max Römer (1878-1960) pintou a ilha durante 38 anos›, uma versão consideravelmente aumentada do artigo de 1988. Por fim, compus, novamente em alemão, no jornal mensal «in madeira», em abril de 2010, a contribuição com o título de ‹Max Römer: Vor 50 Jahren verstarb der Hamburger Madeira-Maler Max Römer› (Max Römer: O pintor de motivos madeirenses, oriundo de Hamburgo, Max Römer faleceu há 50 anos). De facto, estou, entretanto, já há anos, em contato permanente com dois colecionadores madeirenses de Max Römer, o primeiro, Eddie Kassab, residente na zona do Funchal, e o segundo, Carlos Alberto Monteiro, morador, há décadas, nos arredores de Lisboa, que me comunicam constantemente vendas em leilões ou por particulares de quadros, cartas, etc. do pintor germânico.


2 - Quais foram as suas motivações? Embora, a partir de 1983, tenha investigado principalmente os escritos e a vida de alemães, austríacos e teuto-suíços, que versaram sobre a Madeira, pouco a pouco também comecei a escrever acerca de artistas, cujos óleos, aguarelas, etc. com vistas do arquipélago nos encantam. Max Römer, por sua vez, se bem que na origem talvez fosse mais gravador publicitário do que propriamente pintor académico, está na primeira linha dos artistas com uma obra diversificada e vasta, consagrada à ilha, da qual, além disso, gosto pessoalmente. Fui fortemente motivado de me dedicar a estudar Max Römer, por um lado, devido às suas telas e postais, p. ex., exuberantes de flores, e igualmente devido aos seus cartões executados pelas mais variadas ocasiões que denotam, em especial, uma extrema sensibilidade e mimo com respeito à representação de crianças. Também nunca tive ocasião de apreciar tantos originais – e ainda aparecem frequentemente novos – do mesmo pintor. Por outro lado, nunca se me ofereceu a oportunidade, nem de perto nem de longe, comparável de ser informado de primeira mão, neste caso pela filha, sobre a vida de um pintor, filha solteira, com a ajuda da qual vasculhei literalmente o conteúdo de secretárias à procura

de objetos que, após aproximadamente trinta anos, ainda se conservavam na sua casa, ao mesmo tempo domicílio da mesma descendente. Finalmente, atraiu-me a humildade desse germânico que, vivendo 38 anos em diversos sítios do Funchal, parece ter andado, tal como me contaram, quase desapercebido, pela cidade e pelos seus arredores, observando, desenhando e pintando. Estava lá, não incomodava e deve ter pensado incessantemente que tinha de alimentar a família. Não lhe era dado acumular fortunas, porque não tinha o talento da comercialização das suas criações, deixando-a à mulher e à filha, igualmente pessoas modestas. Por isso, durante a sua vida também não se realizaram exposições maiores. Acresce que, mais de 50 anos após a sua morte, se sabe, sim, onde, no cemitério de São Martinho, foi sepultado, mas o lugar da sua ossada hoje não é conhecido. Não há nenhuma rua do Funchal com o seu nome. Nem sequer existe, que eu saiba, uma placa alusiva a ele, por mais pequena que seja. E o andar no centro da capital da ilha, onde ele, a mulher e a filha mais nova viveram até falecer, está intacto mas vazio, desde 1988. A Região deve muito a Max Römer, cuja propaganda pela ilha está documentada particularmente através dos postais pintados por ele, espalhados pelo mundo. Não deveria resumir-se a guardar no arquivo do Museu Quinta das Cruzes o seu espólio em 1984 doado à mesma Região pelos


últimos dois filhos, entretanto há muito falecidos. Criam-se na ilha e sobretudo no Funchal museus para tudo e mais qualquer coisa. Porque não aproveitar o andar, onde os Römer moravam desde os anos 50 do século XX, ou melhor: todo o edifício sito no centro da cidade, na Rua Major Reis Gomes, n.º 8, para estabelecer um museu condigno da obra do pintor, um verdadeiro benfeitor da Região, certamente sem nunca pretender sê-lo? 3 - Como descobriu Max Römer? Imagino que o descobri para mim, quando, em setembro de 1974, visitei, pela primeira vez, a Madeira e fui, o que era e é obrigatório, à sala da prova de vinhos da Madeira Wine Company. Seguramente, terei admirado a enorme pintura da maior parede, que mostra o tratamento da vinha, a colheita da uva e a preparação do vinho, pintura restaurada posteriormente pelo pintor António Gouvêa, com quem, nos anos 80, fiz amizade e quem me confiou mais pormenores da vida e obra de Max Römer. 4 - Que razões estiveram na opção de Max Römer da ilha da Madeira para sua segunda “pátria”? O facto de ser um artista sensível e ter participado ativamente na violência e horrores da I guerra mundial, como soldado de infantaria, terá pesado na escolha de uma terra pacífica como a Madeira?

Há quem achasse que Max Römer e a família se refugiaram no arquipélago, tal como o fizeram outros, como, p. ex., de facto, os referidos Bergmann – estes, todavia, antes da Segunda Guerra Mundial. Não me parece ter acontecido. A própria filha Valli deu-me três outras razões que se devem ter conjugado: a – A razão de amizade: Em Hamburgo, Max Römer chegou a conhecer e ficou amigo de um bailarino dinamarquês de nome O. E. Bent Olsen, para cujas representações no palco criou cartazes publicitários coloridos. Este artista emigrou, mais tarde, para a Madeira e nas suas cartas dirigidas a Römer elogiava as belezas da ilha, o sol, as flores e a simpatia do seu povo. Perguntou abertamente ao pintor porque não vinha para esta maravilhosa terra. A mulher, Kätchen, depois de também ter lido essas cartas, ficou tão entusiasmada com esse pequeno paraíso que tentava convencer o marido de emigrar igualmente para lá. A meu ver, foi esse o motivo principal da mudança dos Römer para a «Pérola do Atlântico». A filha Valli segredoume, porém, que o tal Olsen se revelou péssimo amigo, uma vez que Max Römer até teve de pagar as dívidas dele. b – A razão climática: A mulher de Max Römer nasceu na Indonésia, em Java, uma ilha de temperatura elevada. Não gostava de viver em Hamburgo com os seus invernos frios, embora não situada longe do mar, pelo que a propaganda do dinamarquês Olsen de uma mudança dos


Römer para a Madeira corroborava o desejo de Kätchen de habitar outra vez numa ilha de clima agradável. c – A razão financeira: Nos anos da inflação, de 1919 a 1923, que se seguiram à Grande Guerra, os Römer tiveram de se bater com sérios problemas financeiros. Este facto pode ter contribuído para a mudança para a Madeira. d – A razão artística: Já depois de 2000, o germanofunchalense Rolf D i e t e r Kiekeben (nascido em 1955) acrescentou uma quarta razão, para ele mais importante, pela emigração dos Römer para a Madeira. O pai, Werner-Heinz H e r b e r t Kiekeben (1921-1986), tinha-lhe contado que o avô, Paul Wilhelm M a x Kiekeben (1882-1945), na ilha desde 1900 e, em 1901, fundador da Madeira Embroidery Company, tinha conhecido Max Römer em Berlim por ocasião de uma exposição. Aquando de mais uma ida à capital alemã, o industrial teria proposto ao gravador e pintor fixar-se na ilha, a fim de executar postais ilustrados da sua beleza, os quais, na altura, não havia. O fabricante de bordados alemão poderia comercializá-los. Após a chegada dos Römer, em 27 de maio de 1922, ao Funchal, tê-los-ia hospedado, nos primeiros tempos, na sua Quinta de São João. Infelizmente, já não se pode perguntar a Valli Römer se se lembra se isso realmente aconteceu. 5 - A permanência de Max Römer durante quase

quarenta anos ditou diferenças nas suas obras que retratam a Madeira, relativamente às de outros artistas? (A pergunta não me é clara.) Quando Max Römer (nascido em Hamburgo a 22 de novembro de 1878) chegou à Madeira, já tinha 43 anos de idade, sendo um gravador, desenhador, pintor e porventura até escultor formado e experimentado. Não se sabe o suficiente desse já longo tempo criativo. Tem-se conhecimento ou julga ter-se, porém, que, por 1902, executou debuxos na firma de comercialização de artigos de couro, «Ledertechnik Holbe», de Hamburgo – a própria filha Valli tinha ouvido isso; produziu esculturas em cobre e pedra mármore, pelo menos, em 1903 e 1904; tirou cursos de pintura em escolas de arte de Berlim e Hamburgo; e aperfeiçoou-se, em Paris (?), com o professor norueguês Sinding e, na Noruega (?), com o professor Holter. Colaborou, em Berlim, com os professores Messel e Seeliger nas decorações das salas de receção do Dresdner Bank e até do palácio municipal de Berlim e ensinou, ele próprio, na Escola de Belas-Artes de Altona, hoje parte de Hamburgo. Antes da chegada à Madeira, já tinha efetuado telas com motivos da Grande Guerra, da costa do Mar do Norte, ilustrações de livros etc. Nos 38 anos de estada na Madeira, Max Römer pintou quadros, sobretudo aguarelas, mas


também óleos e guaches, postais ilustrados e cartazes de cinema, decorou salas de prova de vinhos, restaurou pinturas em igrejas pela ilha fora, desenhou, a grafite e tinta-da-china, p. ex., cartões de boas festas e de visita. Na ilha, terá evoluído sobretudo a técnica da aguarela, inspirado pelas cores vivas do sul que o fizeram colorir, cada vez mais, em especial, as flores das suas pinturas. Tem, no entanto, o seu próprio estilo, pelo que geralmente é fácil dizerse se um trabalho é dele ou não. Não estou a ver que tenha influenciado visivelmente outro pintor na execução de quadros da ilha ou se tenha inspirado noutro artista, se bem que, durante anos, tenha dado aulas de pintura essencialmente particulares. Parece-me antes que cada artista cedo procura desenvolver o seu próprio estilo, tentando distanciar-se claramente dos colegas e criar uma obra inconfundível. 6 - Conheceu a filha de Max Römer. Considera que isso foi importante para o conhecimento que tem do pintor? O contato com a filha mais nova de Max Römer, Valli, foi inegavelmente fundamental e imprescindível para me formar uma ideia mais nítida sobretudo da vida do pai. Telefonei-lhe e visitei-a, pela primeira vez, ainda no mesmo dia em 5 de dezembro de 1987. Voltei a ir a sua casa, pelo menos, nos dias 23, 24 e 27 de janeiro, 6 de fevereiro e 13 de março

de 1988, quando me encontrava, uma vez por mês, na ilha para dar aulas no Centro de Apoio da Faculdade de Letras de Lisboa no Funchal. Juntos vimos todos os documentos referentes ao artista, que encontrámos nas secretárias e armários do escritório do artista, e ela contoume tudo o que recordava. Falou-me também nas casas, que tinham habitado, nas pessoas principais, que tinham chegado a conhecer, assim como no episódio engraçado e hilariante da expulsão de Max Römer do partido nacionalsocialista, porque a mulher não era vista com ariana pura. Visitei-a, pela última vez, no dia 15 de março de 1988. Guardei o seu único ou os seus únicos dois postais, que me escreveu no seu alemão ligeiramente destreinado, em que igualmente conversávamos. Durante todos esses anos, tinha conservado o sotaque de Hamburgo. Temo que já não tenha vivido, quando saiu o meu artigo, na revista «Atlântico», no verão de 1988, porque veio a falecer, de mais um ataque forte de gripe, aos 77 anos – nascera em Hamburgo a 8 de janeiro de 1911 -, em 25 de agosto de 1988. O que mais me chocou é que me confiou que o irmão, que, em 1936, tinha regressado, como único elemento da família Römer, para a Alemanha, não quis levá-la ao ato oficial da doação do espólio do pai à Região, por achá-la feia. Eu é que sei que não correspondia à verdade e digo algo muito mais importante: perdi uma amiga sempre modesta, amável e sincera.


IV Festival da Canção Infantojuvenil O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, realizou no dia 11 de abril, a 4ª Edição do Festival da Canção Infantojuvenil da Madeira, no auditório do Centro de Congressos da Madeira.

A realização deste festival esteve a cargo da Direção Regional de Educação, através da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, sendo uma coprodução entre a Associação Regional de Educação Artística e a RTP Madeira contando com o apoio de outras entidades públicas e privadas.


O Festival da Canção Infantojuvenil da Madeira tem por objetivos estimular o gosto pela música, criar e divulgar músicas e letras de natureza Infantojuvenil e promover o aparecimento de novos intérpretes. Pretende também fomentar o aparecimento de novos autores e compositores, criar laços de amizade entre todos os participantes e sensibilizar a comunidade em geral para a importância da música na formação do indivíduo.


Curta-metragem: “1 Dia de 1 Campeão” O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, apresentou a curta-metragem “1 dia de 1 campeão”, no dia dia 16 de Abril, no Fórum Machico. A curta-metragem resultou de uma parceria entre dois serviços da Direção Regional de Educação: a Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM) e o Serviço Técnico de Atividades Ocupacionais (STAO). “1 dia de 1 campeão” narra um dia de um atleta da educação especial, Francisco Gouveia, o qual foi campeão mundial de atletismo, na modalidade mosaico. Nesta curta-metragem é possível assistir: ao seu trabalho num Centro Hípico no Santo da Serra; às atividades em que participa no CAO de Machico; e os treinos que realiza ao final do dia no Clube Desportivo “Os Especiais”. As filmagens são enriquecidas com entrevistas a diversas pessoas que fazem parte do quotidiano deste atleta, desde os pais, pas-


sando por colegas, amigos e professores do CAO, até ao treinador do clube “Os Especiais”. Após o visionamento da curta-metragem realizou-se uma mesa redonda sobre o tema “A importância do desporto para a pessoa com necessidades especiais: motivação, reconhecimento e valorização pessoal”. O filme foi uma ideia original dos professores David Atouguia, Vera Santos e Helder Vasconcelos, que integram a Comissão de Produção Audiovisual (CPA) da Divisão de Investigação e Multimédia. A CPA tem atribuições diversificadas, entre as quais se destacam as seguintes: produção de conteúdos audiovisuais, tais como tutoriais de apoio aos docentes nas escolas, curtas-metragens e filmes de animação; organização do concurso de curtas-metragens; e organização do Festival de Audiovisual e Cinema Escolar (no âmbito da Semana Regional das Artes). A produção de “1 dia de 1 campeão” foi da responsabilidade Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia e a realização é de David Atouguia. O evento foi uma coprodução da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos e da Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento, S.A.


Orquestra de Bandolins da DRE apresentou “Sons da Adega”


O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, deu continuidade ao projeto “Sons da Adega”, através da Orquestra de Bandolins da DRE/ Educação Artística. O primeiro concerto deste ciclo temático, englobado na Temporada Artística 2015 teve lugar no dia 17 de abril, no Instituto do Vinho, onde a Orquestra de Bandolins da DRE/ Educação Artística voltou a apresentar-se. De destacar a apresentação de uma peça a solo pela aluna de bandolim da DEA, Inês Sousa. Irá interpretar o concerto em dó maior de A. Vivaldi. Inês Sousa que ficou classificada em 2º lugar na classe das cordas do Concurso Jovens Artistas 2015. Apresentou um concerto composto para bandolim e que representou o potencial técnico e interpretativo deste instrumento. Esta obra foi uma das mais conhecidas composições deste compositor. “Sons da Adega” é um projeto que teve a sua estreia em janeiro de 2012, com o objetivo de divulgar dois sentidos bastante expressivos das instituições parceiras neste projeto: A audição e o paladar, tudo em perfeita simbiose. O formato inicial não foi alterado. Assim sendo, numa primeira parte o público que foi convidado a entrar no universo do Vinho Madeira através da degustação, audição e visionamento de filme sobre este produto tão característico e importante para a região. De uma forma bastante descontraída e informal, o espetador assistiu em seguida a um concerto com a Orquestra de Bandolins da DRE/ Educação Artística cujas obras do programa foram especialmente selecionadas de forma a associar a música ao tipo de vinho anteriormente apresentado, num claro objetivo de proporcionar um agradável foi de grande poesia musical ao sabor de um bom “Madeira”. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística e o Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM).


Ensemble de Percussão da DRE no Curral das Freiras

O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, promoveu, no dia 18 de abril, um concerto Interativo, inserido na Temporada Artística 2015. O Ensemble de Percussão da DRE/ Educação Artística apresentou-se no Centro Cívico do Curral das Freiras. Em palco estiveram também cerca de 30 crianças da EB1/PE Seara Velha

e EB1/PE do Curral das Freiras sob a orienta dos professores Ricardo Mota e Leandro Costa. O Ensemble de Percussão da DRE/ Educação Artística, nasceu em Novembro de 2003, na motivação e empenho dos alunos em enriquecer e explorar outros domínios e géneros musicais. Atualmente é constituído por 10 jovens com idades compreendidas entre os quinze e vinte e oito anos. O seu reportório é essencialmente dedicado à música latina, ao qual foi incluído uma viola baixo, de forma a enriquecer o projeto. Desde o ano 2006 este Ensemble tem trabalhado percussão corporal e percussão com material reciclado. A direção artística está a cargo do professor Eduardo Fernandes. Este evento teve a co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística e a Câmara Municipal de Câmara de Lobos.


Banda Outro Sentido da DRE

O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, realizou, no dia 23 de abril, um concerto Interativo, inserido na Temporada Artística 2015. No palco do Cine Teatro Stº António subiu a Banda Outro Sentido da DRE/Educação Artística e os alunos do 3º ano da EB1/PE do Areeiro num total de 45 elementos que brindar os presentes com um exercício artístico de equidade, onde o talento e a inclusão foram protagonistas.


Coro Juvenil da DRE comemorou o 24ยบ Aniversรกrio


O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, apresentou um concerto, seguindo-se de solenização da eucaristia, pelo Coro Juvenil da DRE/ Educação Artística. Este evento teve como principal objetivo a comemoração do 24º aniversário do referido coro e e teve lugar no dia 26 de abril, na Sé Catedral. Com um repertório unicamente sacro, o referido grupo apresentou temas de António Vivaldi, Franz Shubert e J. S. Bach. O Coro Juvenil da DRE/ Educação Artística foi constituído em Janeiro de 1991, na dependência da Secretaria Regional de Educação. Atualmente é composto por 43 jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos. O seu repertório incide essencialmente na música erudita e tradicional, cantando “à capela”, com playback e com acompanhamento de piano. Possui também um grande repertório de canções de Natal e religiosas. Desde a sua fundação, o coro tem vindo a participar em inúmeras atuações de carácter sociocultural, destacando-se a sua participação nos Festivais da Canção Infantil da Madeira; Festivais e Encontros de Coros da Madeira bem como em programas de rádio e televisão. Destaca-se também pela participação em Teatros Musicais, entre 2005 e 2007. Em

2008 e 2009 fez parte do elenco da Ópera “Orquídea Branca” com música de Jorge Salgueiro e libreto de João Aguiar. Participou também nas duas edições do Festival Infanto-Juvenil da Madeira. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística, e a Paróquia da Sé.


Dia Mundial da Dança O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação, promoveu, no passado dia 29 de Abril, um evento comemorativo do Dia Mundial da Dança 2015, através de uma intervenção pública por parte de 130 alunos das classes de dança da DEA da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia Um Flashmob irá surpreendeu os transeuntes que se encontravam na Avenida Arriaga (junto ao monumento Gonçalves Zarco). A direção artística deste momento foi da responsabilidade dos docentes de dança Juliana Andrade e Yuriy Tsikhotskyy.

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Grupos da DRE comemoraram o Dia da Mãe O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação, realizou o concerto comemorativo do Dia da Mãe, com a Orquestra de Sopros, Coro Infantil e Ninfas do Atlântico da DRE / Educação Artística. Este concerto realizou-se no dia 02 de maio, na Praça do Povo. Cerca de 150 alunos e professores que compõem os 3 grupos envolvidos apresentaram ao público presente com temas de cariz ligeiro, dando algum destaque à música portuguesa. A Orquestra de Sopros da DRE/ Educação Artística. O seu repertório é essencialmente dedicado à interpretação de obras originais e orquestrações específicas para este tipo de orquestra, desde Bandas Sonoras, Jazz, Swing e outros. Atualmente, composta por 79 elementos e tem como director artístico o maestro Aquilino Silva. Ninfas do Atlântico da DRE/EA é um Ensemble Vocal feminino criado por Zélia Maria Ferreira Gomes diretora artística dos Coros Infantil e Juvenil, e do EVRP da DRE/EA e do Coro

de Câmara da Madeira. Atualmente é um grupo composto por 8 vozes femininas. Este evento foi uma co-produção entre a Secretaria Regional do Plano e Finanças e a Associação Regional de Educação Artística.



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