Magazine de Educação Artística - Jan e Fev 2014

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Jan.Fev.’14


DIREÇÃO GERAL COORDENAÇÃO EDITORIAL CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO COLABORADORES

PROPRIEDADE


Í N D I C E

1.

Apresentação da Temporada Artística 2014 com os Grupos da DRE/ Educação Artística

2.

Orquestra de Bandolins da DRE/ Educação Artística Regressa ao Instituto do Vinho com Projeto Sons da Adega

3.

Orquestra de Bandolins e Coro Juvenil da DRE/ Educação Artística na Igreja do Colégio

4.

19º Concurso Internacional de Arte para Crianças e Jovens

5.

Orquestra de Sopros da DRE/ Educação Artística Apresenta Concerto Interativo

6.

A 10ª Turista pelo GMT – Oficina Versus

7.

Ateliê de Pintura da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia

8.

Documentário Sobre o Escultor Francisco Franco

9.

Línguas de Palco da DRE/ Educação Artística Apresentaram-se no Teatro Municipal Baltazar Dias com “Violência!… Não, Obrigada!”

10.

Uma Horta de Cores

11.

Livro “Viver com animação” será publicado em breve

12.

Biblioteca da DRE


https://www.youtube.com/watch?v=JBHkBoIghkM

Design: Silvano Rodrigues


APRESENTAÇÃO DA TEMPORADA ARTÍSTICA 2014 COM OS GRUPOS ARTÍSTICA

DA

DRE/EDUCAÇÃO

Informação DSEAM A Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos implementa e apresenta, a nível regional, um ciclo de concertos/espectáculos, compilados em forma de TEMPORADA ARTÍSTICA 2014 com os Grupos da DRE/Educação Artística. Este projeto educativo e cultural, uma vez mais operacionalizado pela Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM), assume-se como um dos únicos a ter uma abrangência regional, sendo dinamizada por vinte e três formações artísticas que desenvolvem trabalhos nas áreas artísticas de música, teatro e dança, numa perspetiva inclusiva. Na apresentação do novo calendário de eventos para 2014, ficamos a conhecer os números da anterior Temporada Artística‘2013, dados indicadores da importância deste projecto, junto da comunidade madeirense e turistas, fruto de um trabalho desenvolvido, de forma generosa e voluntária, por cerca de 499 alunos e professores intérpretes.


2003

1993

1983

TEMPORADA ARTÍSTICA’2013 SÍNTESE DE ALGUNS DADOS INDICADORES 24 grupos participantes 477 alunos/utentes envolvidos 22 professores envolvidos 78 eventos agendados 223 eventos realizados 502 parcerias estabelecidas 77.406 pessoas assistiram aos espetáculos (número estimado) A completar três décadas, a Divisão de Expressões Artísticas (DEA) da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, continua a afirmar-se como um espaço alternativo e de sucesso, através da sua oferta formativa diversificada de práticas artísticas extraescolares, previstas na Lei de Bases do Sistema Educativo, a um público cada vez mais heterogéneo. Estas práticas artísticas, nos seus diferentes contextos, têm-se revelado eficientes e eficazes, quer na promoção, quer na valorização da identidade de todos aqueles que as desenvolvem. Não esquecendo a vertente do lazer, cada vez mais, estas práticas são referenciadas pela comunidade em geral como fundamentais para a qualidade de vida de qualquer cidadão, muito em especial os mais jovens. Uma criança ou jovem que desenvolve uma prática artística estará melhor preparado para enfrentar desafios, na medida em


2013

2014

que as competências e vivências serão uma mais-valia para a sua felicidade pessoal, o seu relacionamento familiar e profissional, bem como para uma cultura de trabalho, esforço, dedicação, empreendedorismo, criatividade e qualidade, podendo constituir factor diferenciador num futuro profissional. É com estes propósitos e estratégias que a DEA vem, ao longo de 30 anos, desenvolvendo um projeto artístico direcionado para uma população em idade escolar e a partir do nascimento, com cerca de 1.100 alunos inscritos, cujos frutos estão plenamente demonstrados pelos vários indicadores em permanente análise. Será também de evidenciar o número de jovens que todos os anos ingressam em cursos profissionais e superiores de artes e que iniciaram a sua prática artística nestas atividades.Contudo, e porque vivemos tempos de mudança na forma de pensar e de agir, é urgente refletir e atualizar as práticas pedagógicas, de maneira a que correspondam às expetativas das crianças, dos jovens e famílias. É, ainda, objetivo da DEA, expandir o modelo artístico inclusivo, desenvolvendo projetos de simbiose, reunindo alunos e utentes com e sem necessidades especiais. A continuidade e alargamento do número de espetáculos interativos, em parceria com diversas escolas de toda a RAM, a realizarse durante 2014, assume-se como mais um dos objetivos primordiais da DRE/ DSEAM, uma vez que potencia as boas práticas desenvolvidas nas escolas, fomenta a criação de “pontes” entre diversas realidades e ambientes e, não menos importante, incentiva a interiorização de hábitos culturais por parte da comunidade em geral. Por último, através de projetos inovadores, refletidos numa Temporada Artística diferenciada, querem continuar a ser corresponsáveis pela dinamização cultural da nossa Região, nomeadamente em duas grandes dimensões: a descentralização dos espetáculos e a envolvência e adesão do público, quer madeirense quer estrangeiro.


2003

1993

1983

Por fim, e não menos importante, é o facto de a TEMPORADA ARTÍSTICA 2014 se assumir como um projeto inclusivo, uma vez que algumas formações artísticas do Núcleo de Inclusão pela Arte farão parte de uma nova agenda onde estão programados 78 espetáculos idealizados e materializados por uma equipa formada por cerca de 437 elementos, de entre alunos, professores e colaboradores (internos e externos) que, ao longo do ano e de forma voluntária e graciosa, dão corpo a uma nobre missão, não só lúdica, mas sobretudo de formação de públicos e de promoção das diferentes correntes artísticas. Para além das famílias dos intervenientes, comunidade educativa da DRE/ DSEAM, comunicação social e todo o público, este projeto agradece também aos seus parceiros, dos quais se destacam: às Câmaras Municipais do Funchal, Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Ponta do Sol, Calheta, Santana, São Vicente, Porto Moniz, Machico e Santa Cruz; à Printcolor; ao Grupo Porto Bay; ao Montepio Geral; ao Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira; às Sociedades de Desenvolvimento; ao Centro das Artes – Casa das Mudas; à Academia de Línguas da Madeira; à Moviflor; à Agência de Viagens Travel My Way; ao Teatro Experimental do Funchal; à FN Hotelaria; à Associação Regional de Educação Artística (AREArtística) e a toda a comunicação social (televisão, rádios, jornais e revistas). “JUNTOS REINVENTAMOS AS ARTES NA EDUCAÇÃO”


2013

APLICAÇÃO TEMPART

2014

por João Borges

Já está disponível, na play store, a nova versão da aplicação «TempArt» que permite aceder à agenda cultural da Direcção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM). Fruto de uma parceria com a empresa PROINOV foi criada, durante a Temporada Artística’2013, uma aplicação para smartphone (sistemas Android e IOS) contendo todas as informações sobre o calendário de eventos. Uma vez descarregada a aplicação (que é gratuita), e à distância de um simples “click”, rápidamente se poderá obter um manancial de informações sobre um qualquer evento da Temporada Artística 2014, tais como: data, hora e local; género de evento (música, teatro ou dança); sistema de orientação que fornece indicações de como chegar ao local; próximos eventos do grupo(s) em questão; próximos eventos da Temporada Artística’2014 no local em questão; currículo(s) do(s) grupo(s); links para sites dos parceiros associados à Temporada Artística’2014; partilha dos eventos nas diversas redes sociais. Para além das anteriores e demais vantagens desta aplicação, qualquer pessoa poderá ter conhecimento dos novos eventos que vão sendo programados e realizados. Num primeiro momento a TempArt está disponível em português mas ainda durante o presente ano pretende-se disponibilizar ao público a versão em Inglês. Os interessados podem descarregar esta aplicação através do endereço http://tempart.m-guide.org/app ou pelo QR code apresentado.


Orquestra de Bandolins da DRE

Sons da

Adega

Fotografias de Marta Abreu


Orquestra de Bandolins da DRE/Educação Artística regressa ao Instituto do Vinho com projeto

Sons da Adega

por Carlos Gonçalves O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, dá continuidade ao projeto «Sons da Adega», através da Orquestra de Bandolins da DRE/Educação Artística. O primeiro concerto deste ciclo temático, englobado na Temporada Artística’2014,realizouse durante o passado mês de janeiro no local que sempre o acolheu: o Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM). «Sons da Adega» é um projeto que teve a sua estreia em janeiro de 2012, com o objetivo de divulgar

dois sentidos bastante expressivos das instituições parceiras neste projeto: a audição e o paladar, tudo em perfeita simbiose. O formato inicial não foi alterado. Assim sendo, numa primeira parte o público foi convidado a entrar no universo do Vinho Madeira através da degustação, audição e visionamento de filme sobre este produto tão característico e importante para a região. De uma forma bastante descontraída e informal, o espetador assistiu em seguida a um concerto com a Orquestra de Bandolins da DRE/Educação Artística cujas obras do programa foram especialmente selecionadas como forma a associar a música ao tipo de vinho anteriormente apresentado, num claro objetivo de proporcionar um agradável serão de grande poesia musical ao sabor de um bom “Madeira”. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística e o IVBAM.


Orquestra de Bandolins e Coro Juvenil da DRE/ Educação Artística Na Igreja do Colégio

por Carlos Gonçalves


O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, realizou um concerto através da Orquestra de Bandolins e do Coro Juvenil da DRE/Educação Artística. Sexta, dia 21 de fevereiro, às 21h00, os referidos grupos apresentaram-se na Igreja do Colégio. Este concerto foi inserido no 1º Congresso das Misericórdias e IPSS (Instituições de Solidariedade Social) da Madeira, que se realizou nos dias 21 e 22 de fevereiro, no Hotel Meliã Madeira. Com temas de cariz sacro, a Orquestra de Bandolins e o Coro Juvenil da DRE/Educação Artística apresentaram um repertório dividido entre compositores do período barroco e compositores modernos. De destacar «Ave Maria» de Franz Schubert e Cantata bwv 147 «Jesus Bleibet meine freude» de J. S. Bach. Os grupos da DRE/Educação Artística foram acompanhados por Giancarlo Mongelli, no Cravo e ao piano por Márcia Brito. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística, a União das IPSS e a União das Misericórdias (organização do Congresso).



por Carlos Gonçalves

O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, incentivou, novamente, a participação dos alunos da RAM no «Concurso Internacional de Arte para Crianças e Jovens», organizado na Eslovénia pela «The Gallery of Children’s Art Works, The Old Castle of Celje». Este concurso vai já na sua 19ª edição e apresenta como tema este ano «Trajes e danças regionais da minha terra». O concurso está aberto a todas as crianças e jovens, dos 5 aos 20 anos, e divide-se em três escalões: 1.º escalão – dos 5 aos 10 anos; 2.º escalão – dos 11 aos 15 anos; 3.º escalão – dos 16 aos 20 anos.

Fotografia de Rui Camacho


A HISTÓRIA DO CONCURSO A história deste concurso começa em 1995, ano em que a Revista «The World of Art» («O Mundo da Arte»), começou a encorajar crianças e jovens a criar e a participar em competições internacionais, onde pudessem comparar os seus trabalhos com os de jovens da mesma idade, de diversos países e continentes. Desde essa data, a primeira galeria de arte para crianças, fundada na Eslovénia – The Gallery of Children’s Art Works, The Old Castle of Celje – tem-se dedicado às crianças e jovens artistas com idade inferior a 20 anos. Um largo número de crianças de vários países têm ganho prémios pelos seus trabalhos artísticos, sendo assim encorajadas a desenvolver a sua criatividade no âmbito da arte. Mais de 125 mil jovens artistas de 105 países dos diferentes continentes já participaram nestes concursos. Como resultado deste facto a Eslovénia tem a maior colecção de trabalhos sob o tema «O cavalo» – 45 mil trabalhos, provenientes de 55 países participantes; a colecção

de trabalhos sob o tema «NaturezaMorta», inclui 30 mil trabalhos de 50 países de todo o mundo; a colecção de trabalhos sob o tema «Castelos – A nossa herança cultural», conta com um total de cerca de 10 mil trabalhos provenientes de 35 países; e a colecção sob o tema «Quem sou eu?» inclui 20 mil trabalhos, de 60 países. O tema «Trajes e danças regionais da minha terra» conta já com 25 mil trabalhos e vai agora na sua 5.ª edição. Os arquivos da Galeria de Arte para Crianças na Eslovénia contam ainda com muitos outros trabalhos com diferentes temas e técnicas, provenientes de diferentes tipos de parcerias e cooperações, que enriqueceram o arquivo da mesma. Todos estes trabalhos premiados foram admirados por milhares de pessoas, em 200 exposições (30 delas realizadas em países à volta do mundo). A criatividade acarreta desafios constantes e, mais uma vez, o desafio é lançado a crianças e jovens de todo o mundo, este ano, a exemplo do anterior, sob o tema «Trajes e danças regionais da minha terra».


O TEMA DESTA EDIÇÃO O tema «Trajes e danças regionais da minha terra» pretende encorajar as crianças e jovens a visitar museus, monumentos e outros locais de interesse onde possam encontrar relíquias de tempos passados, assistir a festivais folclóricos onde possam conhecer as tradições culturais do seu povo e onde possam encontrar algo que mereça ser preservado e registado para que as gerações futuras possam ter memória de tempos passados e da criatividade artística que os caraterizou. Etnografia, folclore, danças e costumes nacionais ou regionais são sempre um legado importante da história de qualquer país do mundo. O objetivo deste concurso é representar o que temos de melhor, de mais representativo, aquilo que carateriza ou caraterizou o nosso povo durante séculos: algo representativo do folclore da nossa região ou do nosso país. Para mais informações, contactar a Coordenação Regional na Área da Expressão Plástica na Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, pelo telef. 291 20 30 50. O regulamento pode ser consultado no site da Direção Regional de Educação, na área de Educação Artística (www. madeira-edu.pt/dseam).


Orquestra de Sopros da DRE/Educação Artística

Apresenta Concerto Interativo Fotografia de Tiago Machado

Informação DSEAM

Realizou-se no sábado, dia 15 de fevereiro, pelas 21h00, no Centro das Artes – Casa das Mudas, um concerto com a Orquestra de Sopros da DRE/Educação Artística. Em Concerto Interativo, a Orquestra de Sopros da DRE/Educação Artística levou também ao palco cerca de 50 alunos da EB1/PE da Madalena do Mar, EB1/PE do Estreito da Calheta e EB1/PE Vasco da Gama Rodrigues, orientados pelos Professores Ricardo Araújo, Filipa Carvalho e Jenny Pita, respetivamente.


No repertório apresentado constaram os seguintes temas: Xylophone Rag de H. L Booth; Disney Fantasy de Naohiro Iwai e Madeira Medley 2 de vários artistas, com arranjos de Aquilino Silva. A Orquestra de Sopros da DRE/ Educação Artística foi fundada em 1993. De realçar a sua importância pedagógica na implementação do gosto pela prática instrumental em grupo, pela fusão das várias atividades num único projeto de orquestra. O seu repertório é essencialmente dedicado à interpretação de obras originais e orquestrações específicas para este tipo de orquestra, desde Bandas Sonoras, Jazz, Swing e outros. Atualmente é composta por 80 elementos e tem como diretor artístico o maestro Aquilino Silva. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística e a Sociedade de Desenvolvimento da Ponta Oeste.


A 10ª Turista pelo

GMT – Oficina Versus

Fotografia de Marta Abreu


«A 10ª TURISTA» PELO GMT – OFICINA VERSUS Informação DSEAM

O Grupo de Mímica e Teatro OFICINA VERSUS da DRE/ Educação Artística apresentou a sua nova produção para 2014 intitulada «A 10ª TURISTA», de Mendes de Carvalho, com dramaturgia e encenação de Duarte Rodrigues. O GMT Oficina Versus do Núcleo de Inclusão pela Arte (NIA), está atualmente enquadrado na Divisão de Expressões Artísticas (DEA) da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM). As escolhas do GMT Oficina Versus, têm como critério os valores sociais, orientados para a reflexão e para a mudança de atitudes, uma função subjacente à da natureza do próprio teatro, enquanto linguagem artística, canal de comunicação e veículo de transformação da consciência humana. Num país real que todos temos bem presente, abarrotado de lugares comuns, onde se invertem os valores humanos e sociais, numa crescente perda de direitos e de identidade


individual e coletiva, surge uma história com a mesma idade deste projeto (Oficina Versus - 25 anos), agora mais atual do que nunca. Em tom de sátira social, num país imaginário onde, de forma poética, lúdica, humorística e algo corrosiva, se denunciam vícios, falsas atitudes e defeitos comezinhos de um quotidiano em degradação. Urge cada vez mais pensar e intervir e a Arte tem um papel fundamental nesta tomada de consciência de todos nós. Vamos ao Teatro para rir das nossas próprias verdades e descobrirmo-nos nelas. É este o contributo do 1º espetáculo de teatro inclusivo em 2014, um ano em que completam 25 anos, e que querem que seja intenso em consciência e em valores positivos. Partilhe com a Oficina Versus este lugar de todos: o teatro. Porque, no final, todos seremos MAIS FELIZES!


SINOPSE A história acontece no País das Maravilhas, um lugar imaginário e muito particular, onde todas as figuras ocupam um lugar de relevo, quais bonecos em miniatura, num jogo de representação do mundo real, com regras próprias, causadoras de grande estranheza para quem o visita. De súbito, algo insólito acontece: uma simples turista acompanhada do marido chega ao país e, sem perceber porquê, é recebida com pompa e circunstância pelas mais importantes entidades locais. É tratada com honras de Estado, convidada para inaugurações, visitas e até entrevistas com membros do governo. Como se isso não bastasse, é ainda condecorada e homenageada como se fosse a mais importante pessoa desse país. A dado momento, percebe que esse procedimento se prende com o facto de ela ser a 10ª turista na ordem de entrada no país que se designa decimal e que esse número é de extrema importância em tudo o que aí acontece. É então que surge o inesperado… Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística, o Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Funchal e Teatro Experimental do Funchal.


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Ateliê de

DA DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E MULTIMÉDIA


ATELIÊ DE PINTURA DA DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E MULTIMÉDIA por Filipa Moreira Silva Ateliê baseado na ideologia de Arno Stern “A expressão plástica é essencialmente uma atitude pedagógica diferente, não centrada na produção de obras de arte, mas na criança, no desenvolvimento das suas capacidades e na satisfação das suas necessidades. As artes plásticas ao serviço da criança e não esta ao serviço das artes plásticas.” (Sousa, 2003:160).

Cada criança é um indivíduo único, com um nível de desenvolvimento próprio que depende das suas capacidades, dos seus interesses, da influência cultural e social que tem, dos padrões de aprendizagem a que é submetido e do seu comportamento. Se algumas crianças retêm melhor o que ouvem ou preferem trabalhar individualmente, outras conservam aquilo que vêem e aprendem melhor em grupo, e o mesmo se aplica a muito mais exemplos. Se todas aprendem de forma diferente, os métodos de ensino e aprendizagem devem apropriar-se a cada aprendizagem. Arno Stern, artista plástico e pedagogo francês, foi um dos primeiros

defensores da expressão livre da criança e desenvolveu, desde o início dos anos 50, várias actividades que davam primazia à prática ao invés da teoria. O Ateliê de Pintura da DSEAM pretende, adaptando os pressupostos teóricos de Arno Stern, ser um espaço de aprendizagem ativa e de criação livre, onde as crianças podem experimentar várias técnicas de desenho e pintura, interpretá-las e explorá-las de uma forma livre, num espaço onde aprendem através da prática, pois é através dos seus próprios erros que vão aprender e desenvolver-se. Entende-se por aprendizagem ativa a experimentação direta e imediata das aprendizagens que o aluno faz. De acordo com este método, as actividades propostas pelo professor permitem ao aluno aprender por sua própria iniciativa, uma vez que é ele que controla o processo - “o professor torna-se um observadorparticipante que impulsiona o desenvolvimento cognitivo do aluno, uma vez que os interesses e capacidades deste serão tanto mais promovidos quanto mais relevante for o seu papel na interacção dos elementos da aprendizagem” (Oliveira, 1996, citado por Ornelas, 2008:2). Dão-se primazia a processos de procura e descoberta, nas mais variadas


situações, e as informações detidas pelo aluno surgem dentro de uma organização cognitiva construída por ele próprio, que lhe permitem pesquisar as informações, trabalhá-las e modificá-las, levantar hipóteses e tomar decisões. É, assim, um ateliê que explora as potencialidades de cada um e os orienta para o que eles desejam fazer. Nesse processo, vão sendo transmitidos conhecimentos na área das artes plásticas adaptados à sua faixa etária, ao seu desenvolvimento próprio e ao seu trabalho individual e não ao grande grupo e para a turma. Dá-se uma grande liberdade às crianças para criar e incute-se a ideia de que não devem importar-se com o que os outros dizem nem formular juízos de valor dos trabalhos dos colegas. O que conta é o que fazem, é o próprio gosto, a vontade própria, o caminho que pretendem seguir. Esta forma de educação pela arte leva a criança a ser tão livre que sente que a criação é mesmo sua. E, de facto, é mesmo.

FUNCIONAMENTO As artes visuais, e todas as expressões artísticas no geral, são tidas como fundamentais para a formação integral da criança e, se a educação básica tem como objetivo

desenvolver todas as possibilidades da criança de modo a permitir-lhe formar a sua personalidade e dar-lhe as melhores oportunidades de sucesso na escola e na vida; a educação artística inscreve-se por inteiro na dinâmica da construção da personalidade e da abertura ao mundo. Experimentar e descobrir características de diversos materiais e contactar com diversos tipos de manifestações artísticas são atividades que permitem que a criança desenvolva, através do processo criativo, uma personalidade autónoma e crítica. Estas experiências traduzem-se em territórios de prazer, espaços de liberdade, de vivência lúdica, capazes de proporcionar a afirmação do indivíduo reforçando a sua autoestima e a sua coerência interna, fundamentalmente pela capacidade de realização, terreno de partilha de sentimentos, emoções e conhecimentos. Sendo a arte parte integrante da vida comunitária, a aprendizagem dos seus códigos e a fruição do património artístico-cultural constituem-se como ferramentas essenciais para o entendimento da diversidade cultural, ajudando na promoção de novas formas de olhar, ver e pensar. Estas formas revelam-se essenciais na educação em geral, pelo facto de implicarem processos cooperativos como resposta às mudanças


que se vão operando culturalmente. Poucas pessoas conseguem desenhar, pintar ou esculpir na perfeição nas primeiras vezes que pegam num lápis, num pincel ou mesmo num teque. Pelo contrário, para a maioria das pessoas é uma questão de aprendizagem e não um dom; são actividades que têm que ser praticadas, assim como se aprende um desporto, a falar uma língua estrangeira, a andar de bicicleta ou a escrever. É tudo uma questão de prática e dedicação. E é precisamente a prática que faz a diferença entre os que dominam estas técnicas e os que não dominam. Aprender desenho e pintura de uma forma ativa implica, independentemente da faixa etária do aprendiz, conhecer os materiais e técnicas a eles implícitos e, essencialmente e prioritariamente, experimentá-los de uma forma livre e lúdica e criar mecanismos e meios próprios de os utilizar, explorar e apresentar. Durante séculos e séculos, a pintura foi entendida como a arte de pintar uma qualquer superfície utilizando pigmentos líquidos (tinta). Hoje em dia, com a variedade de experiências e o uso da tecnologia digital, o conceito de pintura assume o signi­ ficado de qualquer representação visual e bidimensional através da cor, variando a sua técnica consoante os materiais e ferramentas utilizados.

Quanto mais experiências a criança tiver nesta área, maior será a sua capacidade de interpretação, utilização e criação artística. O estímulo pelas práticas de desenho e pintura e a introdução de algumas das suas técnicas e materiais são dois dos objetivos deste Ateliê de Pintura que, ao longo deste ano letivo, pretende que os seus alunos explorem, de uma forma livre e lúdica, a pintura a pastel seco, a pintura a guache, a pintura a aguarela e a pintura a acrílico, desencadeando experiências em suportes variados e com técnicas mistas. Como resultado final, não se pretende a criação de obras de arte mas sim de momentos de exploração individual e/ou em grupo que contribuam para o crescimento pleno dos nossos alunos e o desenvolvimento de todas as capacidades que a expressão plástica lhes pode trazer. O que importa não é o trabalho executado pela criança mas sim o efeito que este produz na sua auto-estima e educação. O Ateliê de Pintura, dividido em duas turmas, está aberto a todas as crianças e jovens dos 6 aos 18 anos e funciona às segundas e quartasfeiras, entre as 17h30 e as 19h00, no Anexo da Levada da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia.


Franc

Documentรกrio sobre

o


DOCUMENTÁRIO SOBRE O ESCULTOR FRANCISCO FRANCO por Paulo Esteireiro O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, está a preparar um documentário sobre o escultor madeirense Francisco Franco (1885-1955). O documentário tem propósitos educativos e visa dar a conhecer às crianças e jovens da RAM um dos principais escultores da história da Madeira, autor de obras emblemáticas tais como a estátua de Gonçalves Zarco (Avenida Arriaga) ou o Cristo Rei (Almada). O título, ainda provisório, é “Francisco Franco: a modernidade da estatuária comemorativa” e tratase de um programa de 25 a 30 minutos, de feição pedagógica, sobre o mais importante escultor português modernista dos anos 20, e uma das referências maiores da estatuária nacional da primeira metade do século XX em Portugal. Servindose de documentação iconográfica, de registos em filme de estátuas e monumentos, e de depoimentos de alguns especialistas (historiadores de arte, críticos e escultores), este filme pretende cruzar dados biográficos de Francisco Franco com a sua trajetória artística através

da análise das principais obras do autor. Para fazer jus à natureza pedagógica do projeto, o guião tentará que os estudantes (e público em geral) tomem conhecimento de conteúdos de índole diversa: sobre Arte (seus géneros disciplinares – escultura, estatuária, desenho e medalhística - e suas iconografias e tipologias – Retrato, Estatuária régia, Escultura religiosa, Nu e etc.), sobre História de Portugal (Reis,


http://cultura.madeira-edu.pt/museus/Museus/MuseuHenriqueeFranciscoFranco/tabid/197/language/pt-PT/Default.aspx

Navegadores, Políticos e inteletuais coevos retratados e etc.) e sobre a vida de um grande artista português natural da Madeira. O documentário surge de uma parceria com o Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa, através da coordenação e autoria do investigador Bruno Marques, sendo uma co-produção que envolve a Direção Regional de Educação, através da Direção de Serviços de

Educação Artística e Multimédia, e uma produtora independente de Lisboa: a Bookcase. Este programa conta ainda com o apoio do Museu Henrique e Francisco Franco da Câmara Municipal do Funchal.


A ESTÁTUA DE GONÇALVES ZARCO DE FRANCISCO FRANCICO

por Bruno Marques

Foi dentro do espírito da história com os seus heróis encenados, que a Junta Geral do Distrito do Funchal, em 1918, encomendou um monumento em memória de Cristóvão Colombo e a Gonçalves Zarco. Neste contexto, surge exposta no Teatro Manuel de Arriaga, em 1919, uma primeira maquete de João Gonçalves Zarco, destinado a uma inauguração prevista para inícios de Julho desse ano. Contudo, será antes um busto de Zarco assente num alto pedestal, inaugurado em 2 de Julho de 1919, no Terreiro da Luta, que homenageará então o Navegador. O projeto inicial cai entretanto no abandono, provavelmente por dificuldades económicas, e só em 1924 é recuperado. Muito tempo havia passado. Viagens e novos estudos, que trouxeram a Francisco Franco uma dimensão cultural mais amadurecida, personalizada e sintonizada com referências cosmopolitas do modernismo, exigiam uma atualização do projecto primitivo, que era ainda romântico, dentro dum programa comum e em prática desde o século XIX. Aponta-se para 1925 a data de execução

da maqueta da estátua de Gonçalves Zarco que se encontra atualmente na Avenida Arriaga. No projeto final, Zarco evidencia-se reformulado: sobre o pedestal, e vestido à época com uma austeridade frontal, em pose sóbria e contida - ímpar na escultura portuguesa -, apoia-se sobre a perna direita, tendo o braço esquerdo descontraidamente estendido, segurando o barrete. A mão direita agarrada à cintura, parece afastar a aba do pesado manto, enfatizando a pose serena, de quem altivamente se concentra no horizonte marítimo, revelado ao fundo da avenida. Ao pedestal, adoçam-se os relevos também alterados, da Sabedoria, Cristianização e Colonização.Todo o conjunto assenta sobre uma Cruz de Cristo, horizontal, e por sua vez sobre uma escadaria circular de dois degraus, construída posteriormente à inauguração que teve lugar em 28 de Maio de 1934, integrada no programa de Comemorações da Descoberta da Madeira. Antes, em 1928, a estátua a Gonçalves Zarco é exposta em Lisboa, na Avenida da Liberdade com um considerável impacto e, em 1929, integra a Exposição Ibero-Americana que se realizou em Sevilha, dando o sinal de um novo vigor que se imprimia pela crescente encomenda de estátuas e monumentos que o culto do passado vinha a fomentar.


Design: Marta Abreu


Línguas de Palco da DRE/Educação Artística

Apresenta-se no Teatro Municipal Baltazar Dias com

«Violência!… Não, Obrigada!» O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos levou a cena, no dia 26 de fevereiro, às 15:00 e 17:00, a peça: «Violência!… Não, Obrigada!», pelo Grupo de Teatro Línguas de Palco da DRE/ Educação Artística. Além dos 15 elementos que constituem o grupo, estiveram também em palco 6 elementos do Grupo Oficina de Teatro Corpus, da Escola Secundária Francisco Franco. Na sua constituição atual, o Línguas de Palco da DRE/Educação Artística é composto por 15 elementos, todos eles participantes neste espetáculo. A encenação esteve a cargo do Prof. Miguel Vieira, com a colaboração da Prof.ª Paula Rodrigues, igualmente docente de teatro na DSEAM. Este evento foi uma co-produção entre a Associação Regional de Educação Artística e o Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Funchal.

SINOPSE A Violência Doméstica, tem de ser denunciada! Acreditando que este poderá ser um contributo precioso na alteração da cultura vigente sobre a dignidade de cada pessoa e sobre a natureza das relações na intimidade – donde deriva a violência doméstica, “Violência!… Não, obrigada!”, representa o peso que a violência doméstica tem sobre a vida das pessoas. Este espetáculo relata na primeira pessoa as diferentes experiências traumáticas de várias mulheres que foram vítimas de violência, e também, das consequências familiares que daí advêm, levando-nos através das suas emoções de vitimização, à consciencialização deste flagelo humano em pleno séc. XXI. Juntos na promoção da pessoa humana, estiveram em palco o grupo de teatro Línguas de Palco (DSEAM) e a Oficina de Teatro Corpus (ESFF), em parceria com a Associação Presença Feminina da Madeira. “VIOLÊNCIA!... NÃO, OBRIGADA!” é um texto baseado em relatos vividos num depoimento a várias vozes. A adaptação e encenação foram do Prof. Miguel Vieira e assistência e direção de atores da Prof.ª Paula Rodrigues.



Uma Horta de Cores por Helena Berenguer O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional de Educação e Recursos Humanos, organiza a 15.ª edição do Concurso Regional de Expressão Plástica, inserida na Exposição Regional de Expressão e Artes Plásticas/“Semana Regional das Artes”. A edição deste ano tem como base a temática “a agricultura familiar”, eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o tema a ser comemorado internacionalmente no ano de 2014. A determinação da ONU é o reconhecimento da importância que a agricultura familiar desempenha ao nível da sustentabilidade e segurança alimentar do planeta. Assim, o Ano Internacional da Agricultura Familiar representa um avanço


no reconhecimento desse sistema de produção paralelo de alimentos, como forma de erradicação da fome e que permite, igualmente, manter gente no campo e incentivar o aproveitamento de espaços e estruturas urbanas (hortas modulares ou verticais) em que se cultivam pequenas áreas, com uma diversidade de vegetais e legumes para consumo familiar. O desafio da atual edição do concurso será feito sob a forma de ilustração de um conto da autoria de Francisco Fernandes, que foi convidado a escrever um texto original para o efeito e assim permitir uma maior diversidade de interpretações. O título da história infantil é “Uma Horta de Cores” que é também o título do concurso. Este é um concurso que tem por objetivo principal a valorização da expressão plástica como meio privilegiado de experimentação lúdica, didática e de exteriorização criativa da criança, através do desenho/pintura. O tema deverá ser explorado em contexto de sala de aula proporcionando a abordagem de conteúdos associados ao mesmo e posterior ilustração de um excerto ou ideia da história de referência. Não se sugere, neste caso, a ilustração em banda desenhada. O desafio de ilustração infantil lançado neste concurso culmina com a edição de um livro digital onde os vencedores poderão ver os seus trabalhos publicados, devidamente identificados, perpetuando no tempo o registo expressivo individual, servindo de exemplo como material pedagógico que poderá ser replicado e visualizado em contexto educativo. A história “Uma Horta de Cores” e mais informações sobre o concurso podem ser encontradas no Regulamento presente no site dos Serviços de Educação Artística da Direção Regional de Educação em www.madeira-edu.pt/dseam.

www.matvpratique.com


Serรก publicado em breve

Design: Tiago Machado


LIVRO “VIVER COM ANIMAÇÃO” por Paulo Esteireiro O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, vai apresentar brevemente o livro «Viver com Animação – Estratégias para uma escola, um trabalho, uma vida mais feliz», da autoria do Professor Francisco Caldeira. Este livro é resultado da ação de formação, “Viver com Animação – Estratégias para uma escola mais feliz” (VA=E+F), promovida pela Direção Regional de Educação e orientada pelo Professor Francisco Caldeira, a qual já teve na Madeira mais de 500 formandos, oriundos de escolas de vários concelhos da região. “VA=E+F” está dividido em três partes onde é possível encontrar: os jogos e atividades desenvolvidos na formação, divididos por etapas; alguns textos com reflexões importantes, que estão na base da filosofia da formação; e, finalmente, os testemunhos e reflexões de dezenas de participantes na formação, com o propósito de incentivar a execução desta formação noutros estabelecimentos. O livro será publicado pela Associação Regional de Educação

Artística e encontra-se neste momento a ser produzido numa gráfica. Nos últimos anos, os elementos da Equipa de Animação da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia foram desafiados a partilhar os seus conhecimentos com os demais colegas em serviço nas escolas da RAM. Tal iniciativa partiu do diretor deste serviço, o Doutor Carlos Gonçalves, que constatou a importância desta equipa divulgar as suas vivências na área da Animação através de ações de formação. Surgiram as formações de Construção e Manipulação de Fantoches, de Sombras Chinesas, de música e expressão dramática, de criação e adaptação de histórias, de danças tradicionais para os mais pequenos, de marionetas e, por fim, a formação “Viver com Animação – Estratégias para uma escola mais feliz” (VA=E+F), aliando a Expressão Dramática à área de Desenvolvimento Pessoal e Social. A formação já conta com quatro anos de atividade – começou em Novembro de 2009 –, e desde então centenas de educadores, diretores de escola, professores, encarregados de educação, funcionários administrativos e operacionais participaram em “Viver com animação – estratégias para uma escola mais feliz”.


A receção positiva dos muitos formandos e a passagem da palavra a outros colegas foram decisivos para que surgisse este livro. A formação foi inspirada na sabedoria de vários autores, entre os quais se destacam o mestre Eckart Tolle, autor do best-seller “O poder do agora”; Augusto Cury, com o seu método PAIC (Para a Qualidade de Vida); e a Filosofia Fish ou a arte de motivar, de John Christensen, Stephen C. Lundin e Harry Paul, onde se apela ao brincar, ao fazer os outros ganhar o dia, ao estar disponível e ao escolher a atitude como meio para trabalhar melhor e ser mais produtivo.

ESCOLAS MAIS FELIZES NA MADEIRA

por Francisco Caldeira

O livro “Viver com Animação – Estratégias para uma escola, um trabalho, uma vida mais feliz” não pretende ser um trabalho académico com fundamentação teórica de muitos autores. Ele pretende ser um auxiliar para a vida, de fácil leitura, claro e conciso. Procura juntar algumas bases de reflexão e servir de ponto de partida para outras leituras e outras atividades

práticas que possam significar uma maior atenção ao ser que habita em cada um de nós. Assim, aqui desejo deixar uma forte esperança de que se possa cultivar, nos adultos e nas crianças das nossas escolas, nos nossos lugares de trabalho e nas nossas vidas, um ambiente mais feliz, usando a Expressão Dramática e jogos e atividades aglutinados aos ensinamentos e às lições que ocorrem na área de Desenvolvimento Pessoal e Social. Muitos dos jogos e atividades existem noutros livros ou já foram jogados, contudo, a sequência e a ligação que proponho é a tomada de consciência do seu lugar na escola, no trabalho e na vida. A si, que se entusiasma com a ideia de poder dar um contributo para a transformação do seu grupo, da sua escola, do seu local de trabalho, enfim, da sua vida, espero que o conteúdo deste livro, ao ser partilhado e posto em ação, possa ser um apoio decisivo. Desejo-lhe também boa sorte e muita alegria!


Biblioteca DRE

por Paulo Esteireiro


BIBLIOTECA DA DRE/EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E MULTIMÉDIA A Biblioteca da Direção Regional de Educação – Serviços de Educação Artística e Multimédia – comemora este ano uma década de atividade. A biblioteca tem mais de vinte mil documentos e é uma das cinco bibliotecas madeirenses que integra, como cooperante efetivo, o catálogo PORBASE. A PORBASE é a base nacional de dados bibliográficos que reúne online o catálogo coletivo das bibliotecas portuguesas. As outras bibliotecas madeirenses que integram a base nacional PORBASE são o Arquivo Regional da Madeira, a Assembleia Legislativa Regional da Madeira, a Biblioteca Pública Regional da Madeira e a Universidade da Madeira – Unidade de Documentação e Arquivo. Criada em Setembro de 2004, a Biblioteca da DRE/Educação Artística e Multimédia encontrase no Funchal, na Travessa do Nogueira, n.º11, e é coordenada pela Direção de Serviços e de Educação Artística e Multimédia (DSEAM), através da Divisão de Investigação e Multimédia (DIM), unidade orgânica que tem a missão de contribuir para a melhoria do acervo documental disponível aos professores da RAM e para coordenar projetos de

investigação e edição nos domínios da cultura madeirense e da educação artística. Atualmente, a DSEAM já é responsável pela edição de cerca de 140 edições que promovem os autores e os artistas da RAM e que contribuem para a melhoria da educação das crianças e jovens nas escolas madeirenses. Uma das competências da DIM é organizar e dirigir a biblioteca da DRE/Educação Artística e Multimédia, de modo a que os professores tenham acesso a documentação de qualidade e atualizada, nos domínios da educação e das artes. Além de professores e educadores, a biblioteca é também consultada por investigadores e alunos universitários. A biblioteca tem, no seu catálogo, documentação especializada em música (teoria e prática), educação e artes, embora tenha um catálogo razoável nas áreas de literatura, ciências sociais, história e multimédia. A documentação digital tem sido uma das apostas da biblioteca que tem no seu catálogo online, aproximadamente, 4000 documentos digitais. Estes documentos podem ser consultados no site http:// bibliotecadseam.madeira-edu.pt/ ou no “Portal de Recursos em Educação Artística” (www.recursosonline. org). Os colaboradores da biblioteca


têm formações de curta duração na Biblioteca Nacional (BN) e no Arquivo Regional da Madeira, tendo inclusivamente sido realizados breves estágios no Centro de Estudos Musicológicos da BN, devido ao elevado número de música manuscrita presente na Biblioteca da DRE/ Educação Artística e Multimédia. A Biblioteca tem um elevado número de documentação musical manuscrita madeirense (cerca de 4400 partituras históricas catalogadas), que provêm de um trabalho de recolha junto de famílias e associações, realizado em parceria com a Associação Musical e Cultural Xarabanda, com o propósito de salvaguardar património musical que se estava a perder junto dos alunos da RAM. As partituras históricas madeirenses estão organizadas em aproximadamente 15 coleções, de acordo com a sua proveniência. A biblioteca tem partituras de bandas filarmónicas, orquestras e grupos de bandolins, orquestras de salão e de igreja, música vocal sacra variada, música para piano, música para viola, música para machete (braginha), etc. A Biblioteca tem também um extenso acervo na área do vídeo e áudio (CD).

PORBASE - BASE NACIONAL DADOS BIBLIOGRÁFICOS

DE

A PORBASE é o catálogo coletivo em linha das bibliotecas portuguesas, constituindo a maior base de dados bibliográficos do país na qual colaboram a Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) e mais de 170 bibliotecas portuguesas de variados tipos e dimensões, tanto públicas como privadas. Criada em 1986, a PORBASE é coordenada pela BNP e está disponível ao público desde Maio de 1988. Aberta à participação de todas as bibliotecas portuguesas, a PORBASE assenta numa filosofia de cooperação com regulamento próprio, visando servir de suporte à investigação e à difusão cultural, otimizar os recursos disponíveis e dar suporte à normalização das práticas profissionais na comunidade de bibliotecas e serviços de documentação portugueses. Os registos bibliográficos contidos na PORBASE referenciam materiais bibliográficos diversos, nacionais e estrangeiros, sem restrições de âmbito temático ou cronológico. A dimensão atual da Base de Dados ronda 1.500.000 de registos bibliográficos. O crescimento médio anual da PORBASE, que é atualizada diariamente, é estimado em 100.000 registos bibliográficos.


Jan.Fev.’14


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