Magazine de Educação Artística - Novembro 2014

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DIREÇÃO GERAL Carlos Gonçalves e Paulo Esteireiro COORDENAÇÃO EDITORIAL Filipa Silva CONCEÇÃO GRÁFICA Silvano Rodrigues MONTAGEM E PAGINAÇÃO Ruben Fernandes COLABORADORES Carlos Gonçalves Filipa Silva Helena Berenguer João Borges Paulo Esteireiro Produção DSEAM Stephanie Fernandes Tiago Machado PROPRIEDADE sre/dre/dseam REVISTA BIMENSAL setembro/outubro 2014


Muito antes da descoberta da sua função,

Porq o coração foi tido como centro da vida, da ue o coragem e da razão. O seu símbolo é o mais símb do c dos símbolos. Para alguns, a sua o oraç lo universal origem deve-se à semelhança com a folha ã o te este da hera ou o fruto do pessegueiro, que na m form Antiguidade representavam o símbolo da ato? imortalidade, do poder e da regeneração e onde

CURi OSI DA DES

o coração, enquanto órgão, era considerado como o centro das atividades emocionais do corpo humano, no qual residiam o espírito e o intelecto. Encontram-se relatos de que já havia sido reprentado em pinturas rupestres de animais selvagens, assinalando o local onde deveriam acertar-lhes com as lanças para que estes morressem facilmente. Após esta era, a mais antiga representação do coração de que se tem conhecimento data de 1200 a.C., num vaso com a forma grosseira do coração, da cultura Olmeca do México, usado nos sacrifícios humanos desse povo. Também se encontram citações de que pode estar associado a uma representação grega, de Cirene, simbolizando uma flor já extinta, o sílfio, usada como contraceptivo e principal produto de comércio, cuja vagem tinha formato semelhante ao desenho do coração. Esse símbolo cedo passou a ser associado com sexo e, depois, com amor. O coração aparece pela primeira vez, na sua forma atual, num trabalho de anatomia escrito por Vigevano, em 1347. Outras hipóteses sugerem que a forma do coração popular simboliza algumas regiões da anatomia feminina, como o monte de vénus, a vulva, os seios ou até mesmo as nádegas. Acredita-se, também, que este formato de coração que conhecemos hoje possa ter vindo de alguma tentativa frustrada de reproduzir o órgão original. Já a igreja católica afirma que essa forma surgiu após os relatos de Santa Margarida Maria Alacoque, que tinha visões do Sagrado Coração de Jesus. As visões da santa, porém, aconteceram depois de 1600, quando o formato já tinha sido documentado. A presença do símbolo nas cartas do baralho também é um fato curioso. Ela é atribuída aos franceses. Coeur em francês deu heart em inglês e hertz em alemão. No entanto, este naipe é conhecido por copa em espanhol, coppa em italiano e copas em português, do latim vulgar cuppa, ‘taça’. O que parece é que, inicialmente, os naipes franceses simbolizavam as classes sociais: as espadas, a nobreza; o trevo (paus) o campesinato; o ladrilho, carreau (quadrado em francês), diamond (losango em inglês) e ouros em português, a classe dos comerciantes, e as copas (taças) representavam o clero, gens de choeur. Choeur tornou-se coeur, vindo daí o símbolo do coração nas cartas. Fontes: - PRATES, Paulo R.. (2005). Símbolo do coração. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 12(3), 1025-1031. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702005000300020&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S010459702005000300020 - SONIAK, Matt (2014). Why Don’t Valentine Hearts Look Like Real Hearts?. Mental_floss magazine (14 de fevereiro 2014). Disponível em http://mentalfloss.com/article/29989/why-dont-valentine-hearts-look-real-hearts


EVENTO EM DESTAQUE

http://www.recursosonline.org/instrumentopedia

O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, tem um novo site que procura defender e promover a cultura musical madeirense do passado.O site tem a designação “Instrumentopedia” e é resultado de uma parceria entre o serviço de Educação Artística e Multimédia da DRE e a Associação Musical e Cultural Xarabanda. “Instrumentopedia” pretende alertar para a necessidade de preservar a riquíssima herança musical madeirense, que infelizmente se está a perder.Neste site são expostos documentos e objetos que são contributos essenciais para reconstituir a história da cultura madeirense. No entanto, estes são apenas uma pequena parte do enorme património musical madeirense que ainda hoje sobrevive e se encontra disperso por várias instituições e casas particulares. Antes que desapareça, é essencial registar, defender e divulgar este património a toda a comunidade. “Instrumentopedia” está dividida em quatro categorias principais, que apresentam 100 documentos e objetos imprescindíveis para um maior e melhor conhecimento da cultura musical madeirense: instrumentos musicais, fonogramas, iconografias e documentos. A categoria “instrumentos” divide-se ainda em cinco subcategorias, de acordo com a classificação organológica de Hornbostel-Sachs, a mais utilizada cientificamente para classificar instrumentos musicais: idiofones, membranofones, cordofones, aerofones e eletrofones. Todos os documentos e objetos presentes em “Instrumentopedia” estão catalogados de acordo com as normas de inventariação de objetos musicais, editadas pelo Instituto de Conservação de Museus.


Índice 1 - 4º Festival Infantojuvenil da Madeira 2 - Si Que Brade - Realiza digressão nacional 3 - 10 Novas Composições para Braguinha 4 - Combo Jazz 5 - Ensemble de Acordeões 6 - Livro “Cultura Y Clima Organizacional” 7 - Coleção Madeira Musica (comemora os 500 anos da Diocese 8 - V Congresso de Educação Artística 9 - Indisciplina, Eco-Arte e Olhar Holístico sobre as Artes 10 - Ensemble de Cordas 11 - Biblioteca da DRE / Educação Artística e Multimédia 12 - Base Nacional de Dados Bibliográficos 13 - CD - A Viola no Século XIX de Isabel Rei Samartim 14 - 4ª Revista Portuguesa de Educação Artística 15 - 2 artigos de opinião 16 - Ensemble de Percussão 17 - Orquestra de Bandolins 18 - 9º Volume Coleção Madeira Música 19 - Guilherme - Órfão em videoclip da SRE 20 - Orquestra de Sopros 21 - Uma Horta de Cores


4º Festival da Canção Infantojuvenil da Madeira


Já há canções selecionadas para o 4.º Festival da Canção Infantojuvenil da Madeira (FCIJM), organizado pelo Governo Regional da Madeira através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, que irá realizar-se no dia 28 de março de 2015. A categoria infantil compreende crianças com idades entre os 5 e os 10 anos, concluídos até agosto. Na categoria juvenil, os cantores deverão ter idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos. As idades referidas reportam-se à data da realização do festival, inclusive. ESCALÃO INFANTIL: • «Eu Quero é chegar a Sábado», com letra de Ana Spínola e música de Nélio Martins • «Viva o André», com letra de Victor Caires e Carolina Caires e música de Carolina Caires • «Na Tela da Imaginação», com letra de Adriana Faria e Vânia Frias e música de Márcio Faria e João Frias • «Jóia de Cristal», com letra de José Carlos Mota e música de João Caldeira • «Uma Canção Atual», com letra e música de Leandro Costa • «Ginasticar», com letra e música de Carolina Caires • «Paizinho», com letra de Francisco Caldeira e música de Ricardo Correia ESCALÃO JUVENIL: • «Mágica Canção», com letra de António Castro e música de Maria Ferreira • «Um Caminho… por aí…», com letra de Noémi Reis e música de Maria João Caires • «Luz do Olhar», com letra de Noémi Reis e música de Gonçalo Caboz • «A Magia de Acreditar», com letra de António Castro e música de Sidónio Pestana • «Ser Jovem», com letra de Carina Freitas e música de Sidónio Pestana • «O Meu Mundo Sem Paredes», com letra de André Cunha e música de André Cunha e Hugo Silva O FCIJM é operacionalizado pela Direção Regional de Educação (DRE), através da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM), sendo uma co-produção da Associação Regional de Educação Artística (AREArtística) e RTP-Madeira, contando com o apoio de outras entidades públicas e privadas que colaboram com diferentes serviços. Mais informações em www.madeira-edu.pt/dseam.


Si Que Brade

Realiza digress達o nacional


O grupo Si Que Brade da DRE/Educação Artística realizou uma mini-digressão ao continente português onde participou em dois concertos: o primeiro no dia 4 de setembro, no âmbito do festival “Dar à Sola” e o segundo sábado; o segundo no dia 6, no Encontro Nacional de Tocadores de Ukulele – Pulga Saltitante 2014. A Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM) foi convidada pelas organizações dos respetivos eventos para se fazer representar através da formação artística. Esta digressão contou com o apoio da Associação Regional de Educação Artística. O Festival Dar à Sola é promovida pela Associação Cultural e Recreativa de Artes e Ofícios, no Porto, que se dedica a divulgar e promover as artes, ofícios e saberes tradicionais, realizando não só este evento, como intercâmbios, oficinas, encontros, convívios, mostras de artesanato, provas de produtos regionais e exposições. O Encontro Nacional de Tocadores de Ukulele – Pulga Saltitante decorreu em Castelo de Paiva. É promovido pela Associação Comercial e Industrial de Castelo de Paiva, contando ainda no alinhamento com a participação de Fernando Cunha, do Zh Project e do grupo Grão na Asa.

Um Projeto com 27 anos… O Si Que Brade da DRE/Educação Artística é um projeto de música tradicional madeirense já com 27 anos de existência. Foi criado com o objetivo de estimular os jovens à aprendizagem dos instrumentos tradicionais, sendo atualmente formado por 13 com idades compreendidas entre os 13 e os 26 anos. O grupo trabalha sob a direção do professor e músico Roberto Moritz, com um repertório centrado no cancioneiro madeirense, incluindo no entanto outros temas populares nacionais e internacionais, assim como música erudita. A viagem ao continente, além de um marco no historial do grupo, marca o fim de um ciclo para o Si Que Brade, uma vez que alguns dos elementos que atualmente o compõem vão deixar a formação rumo ao ensino superior. A renovação do grupo deverá acontecer neste novo ano letivo, dando assim continuidade a um dos mais antigos projetos musicais da DSEAM. O Si Que Brade tem centenas de atuações pela Região, contando também no currículo já com algumas deslocações fora. Informação DSEAM


Editada em setembro

“10 Novas Composições para Braguinha” O livro com CD “10 Novas Composições para Braguinha”, da autoria de Paulo Esteireiro, foi apresentado em setembro. A edição e o projeto foram da responsabilidade da Associação Regional de Educação Artística, que procura assim contribuir para o rejuvenescimento do repertório musical para este cordofone tradicional madeirense. A obra é recomendada pela Associação Cultural Museu Cavaquinho, presidida pelo músico Júlio Pereira, que assina igualmente o prefácio desta edição. A Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos apoiou este projeto com a cedência do Estúdio de Gravação da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia da DRE. Em “10 Novas Composições para Braguinha” é possível encontrar influências de diversos universos musicais, entre os quais se destacam três: 1) Jazz; 2) Blues e Rock; 3) Música Clássica. Todas as peças do livro estão escritas em notação musical convencional e em tablatura, permitindo assim a execução destas composições mesmo por aqueles intérpretes que tenham poucos conhecimentos musicais ao nível da leitura de partituras. Este livro realiza uma ponte musical com os cavaquinhos de Cabo Verde e do Brasil. As peças que constituem esta edição seguem a afinação tradicional e mais comum da Madeira, Ré-Si-Sol-Ré (da mais aguda para a mais grave), que é igualmente a afinação principal do


Cavaquinho em Cabo Verde e no Brasil. Assim, quem souber tocar num cavaquinho destes países poderá igualmente tocar as peças aqui apresentadas. Paulo Esteireiro é licenciado, mestre e doutorado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. É atualmente Chefe de Divisão de Investigação e Multimédia na Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia da DRE. A edição pode ser adquirida na livraria online AREA Virtual da Associação Regional de Educação Artística (www.areavirtual.pt).

por Carlos Gonçalves


Combo Jazz da DRE/Educação Artística

O Combo de Jazz nasce de um projeto iniciado em 2010, com o intuito de fomentar a prática do improviso entre os alunos da divisão de expressões artísticas, da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia. Assumindo no ano de 2011 a designação de grupo oficial, um dos objetivos deste agrupamento passa por realizar um improviso livre de convenções, onde o elemento principal é a musicalidade de cada interveniente, independentemente do seu nível. Ou seja, é dar a liberdade de interpretarmos um conjunto de músicas através das múltiplas formas que cada um pode interpretar, ao ouvir determinada manifestação sonora. Tem como instrumentos na sua formação base a bateria, baixo elétrico, guitarra elétrica, vibrafone e saxofone. O diretor artístico do Combo Jazz é o professor Rodolfo Cró. Informação DSEAM


Ensemble de Acordeões da DRE/Educação Artística O Ensemble de Acordeões da DRE/Educação Artística foi fundado em 2004. Apresenta-se em público em Março de 2005 na Gala da RTP/Diário de Notícias realizada no Centro de Congressos do Casino da Madeira com a transmissão em direto pela RTP/ Madeira. É constituído pelos melhores alunos da área de Acordeão da Divisão de Expressões Artísticas da DSEAM. No ano 2004 participa no Festival Internacional de Música para Jovens – Gaia 2005, onde realizou três concertos. Fez parte em projetos de simbiose, nomeadamente “Anatomias Musicais”, “Contágio”

e ”Simcomplex”, misturando se com os outros agrupamentos desta Divisão, assim criando novas sonoridades e transcrições. Tem como principal objetivo demonstrar capacidade e versatilidade de Acordeão, apresentando o vasto repertório. O seu fundador e responsável artístico, é o professor Manuel Vieira. Desde Outubro de 2006, o cargo e responsabilidade artística é do professor Slobodan Sarcevic. Informação DSEAM


Livro madeirense distribuído em mais de 3000 livrarias

Los conceptos de cultura y clima organizacional, no son recientes, pero han sufrido evoluciones al largo del tiempo. Actualmente estos conceptos se revelan muy importantes porque las organizaciones deben ser capaces de adaptarse a los cambios permanentes, exteriores y interiores, siendo tan flexibles que les permita responder de forma inovadora, pero firme, en el conjunto de valores que defienden. El objetivo general de este trabajo fué estudiar el efecto de los factores demográficos sobre la cultura y clima organizacional y las competencias de gestión de líderes como factores de motivación de los colaboradores del “Gabinete Coordenador de Educação Artística” - Departamento de Administración Pública de la Región Autónoma de Madeira, Portugal). Concluimos que algunas de las dimensiones de la motivación y algunas de las competencias clave de gestión están en la base del éxito de una buena cultura y clima organizacional y que es propicio a la calidad, innovación y creatividad.

por Paulo Esteireiro

Meneses Gonçalves

A tese de doutoramento do madeirense Carlos Gonçalves, diretor dos Serviços de Educação Artística e Carlos Alberto Meneses Gonçalves Doctorado en Ciencias del Trabajo - Psicología Social en la Universidad de Cádiz, España, donde recibió el Multimédia da DRE, foi publicada pela editora Publicia Diploma de Estudios Avanzados. Licenciado en Administración y Gestión Educativa y Diplomado en com o título de “Cultura y clima organizacional: La Música. Enseña en distintas instituciones superiores. Es el autor y director del proyecto de la educación artística en Madeira- Portugal desde 1980. motivación y las competencias de gestión de líderes”. Ao ser selecionado para publicar por esta prestigiada editora, o autor garantiu a possibilidade de distribuição do seu livro em mais de 3000 livrarias de todo o mundo, entre as quais se encontram livrarias online de referência como a Amazon.com, a Barnes&Noblesou aBookDepository. A Publicia integra um dos maiores grupos do mercado editorial internacional e é especializada em publicações académicas de alta qualidade, tais como teses de doutoramento e pós-doutoramento, artigos científicos e atas de 978-3-639-55508-0 conferências. Ao nível do conteúdo, a investigação presente no livro teve como principal objetivo, realça Carlos Gonçalves, estudar “o efeito de fatores demográficos sobre a cultura e clima organizacional e as competências de gestão de líderes como fatores de motivação dos colaboradores do antigo Gabinete Coordenador de Educação Artística – Departamento da Administração Pública da Região Autónoma da Madeira”, integrado na Direção Regional de Educação da SRE. Ainda segundo o autor, conclui-se neste trabalho que “algumas das dimensões da motivação e algumas das competências-chave da gestão estão na base do êxito de uma boa cultura e clima organizacional, a qual é propícia ao desenvolvimento da qualidade, da inovação e da criatividade”. Relembre-se que uma versão mais reduzida da tese já havia sido lançada anteriormente pela editora portuguesa Pedago, com o título “Cultura e Clima Organizacional: Contributos da Motivação e das Competências de Gestão de Líderes”. A nova edição vem assim possibilitar a leitura integral da tese bem como uma maior distribuição dos resultados da investigação realizada sobre o projeto de educação artística da SRE/DRE.

CULTURA Y CLIMA ORGANIZACIONAL

CULTURA Y CLIMA ORGANIZACIONAL


RESUMO CAPA:

Carlos Alberto Meneses Gonçalves

CULTURA Y CLIMA ORGANIZACIONAL LA MOTIVACIÓN Y LAS COMPETENCIAS DE GESTIÓN DE LÍDERES

Los conceptos de cultura y clima organizacional, no son recientes, pero han sufrido evoluciones al largo del tiempo. Actualmente estos conceptos se revelan muy importantes porque las organizaciones deben ser capaces de adaptarse a los cambios permanentes, exteriores y interiores, siendo tan flexibles que les permita responder de forma inovadora, pero firme, en el conjunto de valores que defienden. El objetivo general de este trabajo fué estudiar el efecto de los factores demográficos sobre la cultura y clima organizacional y las competencias de gestión de líderes como factores de motivación de los colaboradores del“Gabinete Coordenador de Educação Artística” - Departamento de Administración Pública de la Región Autónoma de Madeira, Portugal). Concluimos que algunas de las dimensiones de la motivación y algunas de las competencias clave de gestión están en la base del éxito de una buena cultura y clima organizacional y que es propicio a la calidad, innovación y creatividad.

Os conceitos de cultura e clima organizacional, nãosãonovos, mas temhavidomudançasaolongo do tempo. Atualmenteessesconceitosrevelammuito importante porque as organizaçõesdevem ser capazes de se adaptar àsmudanças permanentes, exterior e interior, sendotãoflexível que lhes permite responder inovador, mas firme, no conjunto de valores que defendem. O objetivo geraldestetrabalhofoiestudar o efeito de fatores demográficos sobre a cultura e clima e gestão de competênciasorganizacionais de líderes como fatores de motivação dos colaboradores de “coordenador do Gabinete Artístico Educação” - Departamento de Administração Pública da RegiãoUniversidade Autónoma da Madeira, Portugal). Conclui-se que algumas das dimensões da motivação e algumas habilidades-chave da administraçãosão a base do sucesso de uma boa cultura organizacional e clima que propicie a qualidade, inovação e criatividade.


Coleção «Madeira Música» O Governo Regional da Madeira, através de uma parceria entre a Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos e a Secretaria Regional da Cultura, Turismo e Transportes, está a preparar uma edição comemorativa dos 500 anos da Diocese. A edição terá o formato de CD-ROM+Áudio e o título “Música Sacra na Madeira”, sendo o nono volume da Coleção Madeira Música.

As músicas começaram a ser gravadas no início do atual mês de julho, tendo decorrido nas Igrejas de São Martinho, Santa Clara e de São João Evangelista (Igreja do Colégio). As gravações contaram com a participação do organista António Esteireiro, professor da Escola Superior de Música de Lisboa e organista no Mosteiro dos Jerónimos. A direção artística das partes vocais do CD – solistas e coros – é da responsabilidade da maestrina Zélia Gomes, professora na Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia. Entre as composições que integram esta edição, encontram-se obras de músicos madeirenses importantes no contexto sacro tais como Fernando Vaz, Luiz Peter Clode, António Damasceno, Luís Figueira de Faria, Domingos Dantas, Germano Gomes e João Rufino da Silva (homenageado há poucos anos pela Secretaria Regional da Educação).


comemora os 500 anos da Diocese

Tal como nos restantes números da coleção, neste 9.º volume será possível: ouvir as gravações áudio de composições históricas madeirenses, visualizar e imprimir as partituras das peças gravadas, conhecer alguns dados biográficos sobre os músicos e o contexto em que atuaram. A Coleção Madeira Música é constituída pelos seguintes números: 1. Sinfonias de Santa Cecília; 2. Bailes do Funchal no séc. XIX; 3. A Música para Piano na Madeira; 4. O Machete Madeirense no Séc. XIX; 5. O Bandolim na Madeira; 6. Sarau Musical no Funchal; 7. Música para Viola; 8. Bandas Filarmónicas. A edição será produzida pela Direção Regional de Educação, através da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, e contará com o patrocínio da Direção Regional dos Assuntos Culturais. por Carlos Gonçalves



V CEA foi um sucesso! O V Congresso de Educação Artística (CEA) terminou com sucesso! Ao longo destes três dias realizaramse 22 workshops, 17 comunicações científicas e conferências, 2 concertos, 4 documentários e 3 números artísticos. No total, participaram mais de 220 profissionais das áreas da educação e das artes no congresso, mas a procura para participar neste evento ultrapassou este número. Não foi infelizmente possível à organização aceitar mais inscrições, devido à lotação do auditório da Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia. Como grande novidade, destacou-se o alargamento do congresso de dois para três dias, permitindo assim duplicar as sessões de workshops nas várias áreas artísticas e multimédia, quer em número quer

no seu tempo de duração. Um dos momentos altos do V CEA foi a conferencia de abertura realizada pelo Prof. Doutor Rui Vieira Nery, que foi imensamente aplaudida. Destacou-se ainda o Prémio Educação Artística 2014 que premiou o trabalho realizado pelas escolas das bandas filarmónicas na formação das crianças e jovens da Madeira, ao longo de mais de 100 anos. Tal como nas edições anteriores, a organização do congresso procurou manter o equilíbrio entre áreas artísticas variadas, tais como o teatro, a dança, as artes plásticas, a música e a multimédia, existindo workshops e comunicações em todas estas áreas. por Paulo Esteireiro


Indisciplina, Eco-Arte e Olhar Holístico sobre as Artes O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, promoveu, entre os dias 10 e 12 de setembro, o V Congresso de Educação Artística. Este evento foi coordenado pela Direção Regional de Educação através do Serviço de Educação Artística e Multimédia e debateu este ano três temas principais: “O papel das artes na gestão da (in)disciplina”; “Eco-arte: sustentabilidade e empreendedorismo”; e “Um olhar holístico sobre a educação artística”. No tema “Um olhar holístico sobre educação artística” pretendeu dar-se a conhecer projetos e discutir conceitos atuais, que remetessem para formas específicas de contemplar o mundo, que pudessem ser aplicadas a várias vertentes do conhecimento e não só às áreas artísticas. Pretendeu-se que o contributo dos convidados para este painel incidisse nos pilares centrais associados à visão holística, tais como a globalidade da pessoa, a dimensão espiritual dos alunos, as inter-relações, o equilíbrio, a cooperação, a inclusão, a experiência e a contextualização. “Como conciliar a escola tradicional com uma visão holística? De que forma esta visão poderá trazer mais-valias para a nossa escola e para os nossos alunos? Qual o seu papel na educação/formação artística das

crianças e jovens?” foram questões abordadas sobre esta temática. Em “Eco-arte: sustentabilidade e empreendedorismo” discutiu-se o contributo que as artes podem e devem deixar nas escolas relativamente à sustentabilidade das mesmas e em inverter a atual tendência para os problemas ambientais que nos rodeiam. A nossa região


possui um leque de projetos e atividades que têm por objetivo desenvolver capacidades nos alunos que façam face, no futuro, a problemas graves do planeta e que os preparem para um desenvolvimento sustentável e harmonioso, preservando identidades, sistemas económicos e equilíbrios ecológicos. “Que experiências transversais de aprendizagem com a arte e pela arte existem ou podemos possibilitar por forma a atingir um futuro sustentável, onde os indivíduos sejam mais criativos, mais críticos e mais solidários? Como levar os nossos alunos a refletir sobre questões relativas ao ambiente e à sociedade, global e local?“ foram questões d e b at i d a s d e nt ro d e sta temática. Finalmente, no último tema, “O papel das artes na gestão da (in)disciplina”,

o objetivo principal foi debater sobre o papel da arte e das várias áreas artísticas na gestão da (in)disciplina e de que forma os projetos artísticos com objetivos vincados para esta temática são uma maisvalia e têm sucesso junto do seu públicoalvo e comunidade em geral. Pretendeuse, igualmente, conhecer alguns projetos com boas práticas dentro desta área. “De que forma a arte pode ser um recurso de excelência para a promoção de estratégias de combate à indisciplina? Poderá a educação artística ser uma ponte entre as várias áreas do conhecimento e contribuir para a melhoria das aprendizagens dos alunos, motivando-os? Será (ou porque será) que, em grande parte dos casos, existe uma maior motivação destes alunos para vertente artística e das expressões?” foram questões abordadas sobre esta temática. por Filipa Silva


Ensemble de Cordas da DRE/Educação Artística


O Ensemble de Cordas da DRE/ Educação Artística foi criado em 2005, resultado do trabalho desenvolvido pelos professores de cordas da Divisão de Expressões Artísticas da DSEAM/ DRE / SRE. Desde a sua formação tem participado em alguns eventos de carácter sociocultural, assim como vários concertos, em simbiose, com outras formações artísticas da DSEAM. Desde o ano de 2010 até à presente data o grupo começou a integrar, enquanto grupo oficial, a Temporada Artística. O Ensemble de Cordas da DRE/ Educação Artística, atualmente é composto por 12 elementos, com idades compreendidas entre os 09 e os 15 anos. A direção artística, desde a formação do grupo, é do Professor Rostyslav Kuts. Informação DSEAM


Biblioteca da DRE/Educação Artística e Multimédia A Biblioteca da Direção Regional de Educação – Serviços de Educação Artística e Multimédia – comemora este ano uma década de atividade. A biblioteca tem mais de vinte mil documentos e é uma das cinco bibliotecas madeirenses que integra como cooperante efetivo o catálogo PORBASE. A PORBASE é a base nacional de dados bibliográficos que reúne online o catálogo coletivo das bibliotecas portuguesas. As outras bibliotecas madeirenses que integram a base nacional PORBASE são o Arquivo Regional da Madeira, a Assembleia Legislativa Regional da Madeira, a Biblioteca Pública Regional da Madeira e a Universidade da Madeira – Unidade de Documentação e Arquivo. Criada em setembro de 2004, a Biblioteca da DRE/Educação Artística e Multimédia encontra-se no Funchal, na Travessa do Nogueira, n.º 11, e é coordenada pela Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM), através da Divisão de Investigação e Multimédia (DIM), unidade orgânica que tem a missão de contribuir para a melhoria do acervo documental disponível aos professores da RAM e para

coordenar projetos de investigação e edição nos domínios da cultura madeirense e da educação artística. Atualmente, a DSEAM já é responsável pela edição de cerca de 140 edições que promovem os autores e os artistas da RAM e que contribuem para a melhoria da educação das crianças e jovens nas escolas madeirenses. Uma das competências da DIM é organizar e dirigir a Biblioteca da DRE/Educação Artística e Multimédia, de modo a que os professores tenham acesso a documentação de qualidade e atualizada, nos domínios da educação e das artes. Além de professores e educadores, a biblioteca é também consultada por investigadores e alunos universitários. A biblioteca tem no seu catálogo documentação especializada em música (teoria e prática), educação e artes, embora tenha um catálogo razoável nas áreas de literatura, ciências sociais, história e multimédia. A documentação digital tem sido uma das apostas da biblioteca que tem no seu catálogo online, aproximadamente, 4000 documentos digitais. Estes documentos podem ser consultados no site http:// bibliotecadseam.madeira-edu.pt/ ou no


“Portal de Recursos em Educação Artística” (www.recursosonline.org). Os colaboradores da biblioteca têm formações de curta duração na Biblioteca Nacional (BN) e no Arquivo Regional da Madeira, tendo inclusivamente sido realizados breves estágios no Centro de Estudos Musicológicos da BN, devido ao elevado número de música manuscrita presente na Biblioteca da DRE/ Educação Artística e Multimédia. A biblioteca tem um elevado número de documentação musical manuscrita madeirense (cerca de 4400 partituras históricas catalogadas), que provêm de um trabalho de recolha junto de famílias e associações, realizado em parceria com a

Associação Musical e Cultural Xarabanda, com o propósito de salvaguardar património musical que se estava a perder junto dos alunos da RAM. As partituras históricas madeirenses estão organizadas em aproximadamente 15 coleções, de acordo com a sua proveniência. A biblioteca tem partituras de bandas filarmónicas, orquestras e grupos de bandolins, orquestras de salão e de igreja, música vocal sacra variada, música para piano, música para viola, música para machete (braginha), etc. A biblioteca tem também um extenso acervo na área do vídeo e áudio (CD). por Paulo Esteireiro



Base Nacional de Dados Bibliográficos A PORBASE - Base Nacional de Dados Bibliográficos é o catálogo coletivo em linha das bibliotecas portuguesas, constituindo a maior base de dados bibliográficos do país na qual colaboram a Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) e mais de 170 bibliotecas portuguesas de variados tipos e dimensões, tanto públicas como privadas. Criada em 1986, a PORBASE é coordenada pela BNP e está disponível ao público desde Maio de 1988. Aberta à participação de todas as bibliotecas portuguesas, a PORBASE assenta numa filosofia de cooperação com regulamento próprio, visando servir de suporte à investigação e à difusão cultural, otimizar os recursos disponíveis e dar suporte à normalização das práticas profissionais na comunidade de bibliotecas e serviços de documentação portugueses. Os registos bibliográficos contidos na PORBASE referenciam materiais bibliográficos diversos, nacionais e estrangeiros, sem restrições de âmbito temático ou cronológico. A dimensão atual da Base de Dados ronda 1.500.000 de registos bibliográficos. O crescimento médio anual da PORBASE, que é atualizada diariamente, é estimado em 100.000 registos bibliográficos. por Paulo Esteireiro


CD


Lançamento A Viola noSeculo XIX Musica de Salão na Madeira

O dia da música foi celebrado com a apresentação de um CD intitulado de “A Viola no Século XIX: Música de Salão na Madeira”. A música que constitui o CD tem aproximadamente duzentos anos e foi encontrada em dois cadernos de manuscritos achados num mercado do Funchal pelo alaudista e musicólogo lisbonense Prof. Manuel António de Jesus Morais. A Direção Regional de Educação, através dos Serviços de Educação Artística e Multimédia, recuperou as partituras, efetuando uma edição moderna das partituras e convidou a guitarrista galega Isabel Rei Samartim a gravar um disco com uma seleção de músicas contidas nesses manuscritos madeirenses. Este convite faz parte de uma estratégia de divulgar o património musical madeirense além-fronteiras, através do convite a instrumentistas virtuosos estrangeiros para realizarem gravações e interpretarem o repertório musical recuperado.

Estes cadernos estão formados por mais de cem obras para viola, a maior parte para o instrumento a solo, mas também para voz e viola e duos de violas. O reportório compõe-se de fantasias, temas com variações, sonatinas, canções, exercícios e peças breves, compostas ou arranjadas para o instrumento, abundando as melodias italianas, as citações operísticas e os ritmos de dança. A maior parte das obras são anónimas e há uma notável semelhança na letra do copista em todas elas, o que sugere a ação de uma única mão em ambos os cadernos. O CD resultante, intitulado A viola no século XIX: Música de salão na Madeira, contém quarenta faixas mais um extra, uma valsa da Coleção de Peças para Machete (1846, ed. 2009) do madeirense Cândido Drumond de Vasconcelos, gravada com braguinha. Informação DSEAM



Revista Portuguesa de Educação Artística 4” disponível desde setembro

O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional de Educação e Recursos Humanos, continua a promover a investigação no domínio da educação e das artes, com a publicação do quarto número da Revista Portuguesa de Educação Artística (RPEA), que foi apresentado no V Congresso de Educação Artística, em setembro. A RPEA é uma edição com arbitragem científica, cujo Conselho Científico é composto por alguns dos principais investigadores portugueses no domínio da educação artística, e pretende incentivar a partilha de resultados de investigação nos domínios das artes e da educação. Entre os temas centrais da atualidade destaca-se, no número 4 da RPEA, a procura de estratégias educativas que aumentem a motivação para a aprendizagem das artes e para a autonomia dos estudantes, bem como a relação das artes com as outras disciplinas, como a Matemática. Numa época em que as artes são novamente desvalorizadas em alguns contextos políticos nacionais, o tema das vantagens de estudar as disciplinas artísticas é igualmente alvo de atenção, com especial ênfase para as consequências ao nível da inteligência emocional. A relação entre escola e comunidade é também abordada, em virtude de este ter sido um dos temas centrais do IV Congresso

de Educação Artística; e, tal como no passado, a RPEA continua a dar destaque à divulgação de resultados de projetos pedagógicos aplicados em contexto escolar. Finalmente, a perspetiva histórica marca também presença e apresentam- se aqui três artigos com contributos importantes para a história do teatro escolar, das artes em contexto educativo e da Orquestra Clássica da Madeira na altura em que se comemoram os seus 50 anos. Tal como nos três primeiros números, a RPEA 4 pode ser adquirida na livraria online “AREA Virtual” da Associação Regional de Educação Artística (www.areavirtual.pt).

RPEA 5 - 2015

Chamada para a publicação de artigos: envio de propostas para o e-mail paulo.esteireiro@gmail. com ou revista.artistica@gmail.com até ao dia 02 de dezembro de 2014. Consulte as normas de publicação em: http://www02.madeira-edu.pt/dre/educacao_artistica_ multimedia/investigacao_edicoes/revista_ea.aspx

por Paulo Esteireiro


A O 2 de

rtigos

pinião

Património musical madeirense Desde o ano de 2004 que a Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos vem desenvolvendo uma atividade constante na área da investigação e divulgação do património musical madeirense. Com a entrada nos quadros da Direção Regional de Educação de um técnico superior na área da musicologia e posteriormente a criação de uma divisão de investigação, tem sido possível um trabalho consistente e de elevado mérito, reconhecido nacional e internacionalmente por entidades e académicos, como um caso único de musicologia aplicada à educação. Na verdade, num mundo em plena globalização, se não defendermos o nosso património cultural corremos um grave risco da cultura, simplesmente, desaparecer e sermos “aculturados” por outros povos. Neste discorrer de ideias, a Educação poderá marcar a diferença. Graças às políticas educativas na RAM, ao longo das últimas décadas, inclusive no trabalho que vem sendo desenvolvido no âmbito do projeto das componentes regionais do currículo - neste particular, na área de educação musical -, veio permitir o conhecimento e a prática pelos alunos de uma grande variedade de música, que ao longo da sua história foi sendo desenvolvida na Madeira. Em apenas uma década,

por Carlos Gonçalves Investigador integrado do CIPEM (INET-md) Docente do Ensino Superior

graças a este trabalho de recolha, tratamento e edição, mudou-se por completo um cenário de quase total desconhecimento desta área. Esta ação passou pela recolha de 15 coleções de música manuscrita (6000 documentos), transcrição de cerca de 700 partituras históricas em notação musical moderna, gravação em estúdio de cerca de 100 obras históricas madeirenses por músicos profissionais, tais como: música sacra, música para filarmónicas, bandolim, viola, braguinha, orquestras de corda e de salão, piano, entre outras. De todo este trabalho, foram editadas obras em vários formatos (livros, CDs, CDROM+áudio) que por um lado, constituem material pedagógico para ser utilizado nas escolas, e, por outro, um registo para a posteridade, permitindo que estas obras de compositores madeirenses não se percam para sempre. Termino esta reflexão, deixando um apelo às famílias madeirenses que ainda têm em sua posse coleções de música dos seus antepassados, que procurem este serviço (DSEAM-Travessa do Nogueira, 11) e assim possam contribuir para este importante trabalho de recuperação, valorização e divulgação do nosso riquíssimo património musical, em suma, da nossa identidade.


Trocar o egoísmo pela gratidão No início de mais um ano letivo, apelamos à comunidade educativa (pais e encarregados de educação, professores e funcionários) que depois das merecidas férias, venham revigorados e preparados para mais um ano de trabalho intenso na educação das futuras gerações. Sabemos, por experiência própria, que o ser humano é, em geral (e o madeirense não foge à regra), pouco dado a gratidões. É sempre mais fácil criticar do que elogiar, mas os tempos são de mudança e a mais importante será sempre a das mentalidades. Se queremos construir uma sociedade mais feliz, temos todos que contribuir para tal. Cada um de nós, no posto de trabalho, na família, com os vizinhos, os amigos e assim estaremos a criar uma “cadeia” de boas energias que nos levará a uma verdadeira felicidade. Troquemos o egoísmo pela gratidão, a crítica pelo elogio, a acusação pela desculpa. Todos temos o direito a errar, pois só assim podemos aprender. Há mais de cem anos, BadenPowell (fundador do Escutismo Mundial) referia que o maior defeito da Humanidade era, “sem dúvida o egoísmo”. Mais tarde escrevia: “Diante de cada Homem, abrem-se dois caminhos: o do egoísmo ou o do Serviço. Cada um terá que escolher por si próprio qual será o seu verdadeiro lema. O egoísmo é mais cómodo; o Serviço envolve sacrifício.” Sabemos da importância fulcral da FAMÍLIA e da ESCOLA nesta

por Carlos Gonçalves Investigador integrado do CIPEM (INET-md) Docente do Ensino Superior

mudança tão emergente, mas muitas vezes alguns dos nossos professores centram as prioridades em si próprios e não nos alunos, razão da nossa profissão e da nossa Missão. Centremos todo o nosso trabalho nos nossos alunos e tentemos ajudar a educar cada um deles de forma distinta, porque todos são diferentes. Mas também os alunos, apoiados pelos seus pais, devem mudar as suas atitudes perante a Escola e os seus Professores. Devem respeitá-los e aproveitar a oportunidade para obterem mais conhecimento e desenvolverem todas as competências necessárias para a vida. Não esquecer que a Escola é um local de TRABALHO e de ESFORÇO para todos os envolvidos. Mas a administração educativa também deve proporcionar as condições necessárias às Escolas e ao bom desempenho da profissão docente, pois sem elas tudo será mais difícil, e a motivação é, na verdade, o bem maior nas organizações. A todos desejamos um novo ano letivo cheio de sucessos, mas também de FELICIDADE. “A felicidade é um estado de espírito. Se a sua mente ainda estiver em estado de confusão e agitação, os bens materiais não lhe vão proporcionar felicidade. Felicidade significa paz de espírito”. Dalai Lama.


Ensemble de Percussão da DRE/Educação Artística O Ensemble de Percussão da DRE/Educação Artística, nasceu em Novembro de 2003, na motivação e empenho dos alunos em enriquecer e explorar outros domínios e géneros musicais. Atualmente é constituído por 12 jovens com idades compreendidas entre os quinze e vinte e oito anos. O seu reportório é essencialmente dedicado à música latina, ao qual foi incluído uma viola baixo, de forma a enriquecer o projeto. Tem-se dedicado, também, à apresentação de temas de Percussão Corporal. Trata-se uma prática musical presente em várias culturas. Em cada lugar ela é desenvolvida dentro de um estilo e técnica, onde podemos identificar o respetivo contexto cultural. A percussão, de modo geral, é uma prática bastante associada a culturas populares e a percussão do corpo acompanha este mesmo trajeto. No caso do Ensemble de Percussão da DRE/ Educação Artística podemos identificar dois estilos diferentes: Barbatuques e Stomp. Desde o ano 2006 este Ensemble tem trabalhado percussão corporal e percussão com material reciclado. A direção artística está a cargo do professor Eduardo Fernandes. Informação DSEAM


Orquestra de Bandolins da DRE/Educação Artística A Orquestra de Bandolins da DRE/Educação Artística foi criada em 1989 pela Secretaria Regional de Educação através da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia. Os instrumentos que integram esta orquestra são: bandolins, bandolas, bandoloncelo, violas e contrabaixo. O seu repertório inclui músicas dos vários géneros: desde o clássico ao contemporâneo como também da música ligeira à música para o cinema. Por ocasião das comemorações do Dia da Região Autónoma da Madeira na Expo’98, esta Orquestra foi convidada a integrar o programa de animação, realizando um concerto na Doca dos Olivais em conjunto com o Coro de Câmara da Madeira. Participou também no VII Festival Internacional de Música para Jovens, Gaia/99, convite este que se repetiu em 2004. Em Maio de 2001, foi convidada a participar no 1.º Festival de Música em homenagem a Luís Marques Aleixo em Esmoriz, concelho de Ovar.

Esta Orquestra tem a sua base educativa no Grupo de Bandolins da DSEAM – Centro de Expressões Artísticas, que é frequentado por cerca de 45 crianças e jovens, cujo principal objetivo é incentivá-las para a prática deste instrumento, aumentando os seus conhecimentos teóricos e práticos da música, de repertório e géneros musicais. Atualmente apresenta o projeto “Sons de Adega”, no Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), onde promove a fusão das mais variadas temáticas musicais da orquestra inspirada no Vinho Madeira. A direção artística do grupo e deste projeto está a cargo do Prof. Norberto Gonçalves da Cruz. Informação DSEAM


9

Volume

CO

MADEIRA

comemora os 500

O Governo Regional da Madeira, através de uma parceria entre a Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos e a Secretaria Regional da Cultura, Turismo e Transportes, está a preparar uma edição comemorativa dos 500 anos da Diocese. A edição terá o formato de CD-ROM+Áudio e o título “Música Sacra na Madeira”, sendo o nono volume da Coleção Madeira Música. As músicas começaram a ser gravadas no início do atual mês de julho, tendo decorrido nas Igrejas de São Martinho, Santa Clara e na Igreja de São João Evangelista

(Igreja do Colégio). As gravações contaram com a participação do organista António Esteireiro, professor da Escola Superior de Música de Lisboa e organista no Mosteiro dos Jerónimos. A direção artística das partes vocais do CD – solistas e coros – é da responsabilidade da maestrina Zélia Gomes, professora na Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia. Entre as composições que integram esta edição, encontram-se obras de músicos madeirenses importantes no contexto sacro tais como Fernando Vaz, Luiz Peter Clode, António Damasceno, Luís


OLEÇÃO

A MÚSICA

0 anos da Diocese Figueira de Faria, Domingos Dantas, Germano Gomes e João Rufino da Silva (homenageado há poucos anos pela Secretaria Regional da Educação). Tal como nos restantes números da coleção, neste 9.º volume será possível: ouvir as gravações áudio de composições históricas madeirenses; visualizar e imprimir as partituras das peças gravadas; conhecer alguns dados biográficos sobre os músicos e o contexto em que atuaram. A Coleção Madeira Música é constituída pelos seguintes números: 1. Sinfonias de Santa Cecília; 2.

Bailes do Funchal no séc. XIX; 3. A Música para Piano na Madeira; 4. O Machete Madeirense no Séc. XIX; 5. O Bandolim na Madeira; 6. Sarau Musical no Funchal; 7. Música para Viola; 8. Bandas Filarmónicas. A edição será produzida pela Direção Regional de Educação, através da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, e contará com o patrocínio da Direção Regional dos Assuntos Culturais. por Carlos Gonçalves


Guilherme

Órfão em videoclip da SRE


O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, está a promover duas séries de videoclips com músicos, músicas e instrumentos tradicionais madeirenses. Este projeto é coordenado pela Direção Regional de Educação através do Serviço de Educação Artística e Multimédia e divide-se em duas séries de videoclips: ”Músicos Madeirenses” e “Cordofones Tradicionais”. Um dos videoclips destaca o músico, grande talento e promessa musical, Guilherme Órfão que gravou no Estúdio da DRE/DSEAM um videoclip no âmbito da série “Cordofones Tradicionais”. Apesar da idade, Guilherme Órfão tem demonstrado nos últimos anos uma maturidade musical muito acima da média. Nascido para a música no então Gabinete Coordenador de Educação Artística (atual DSEAM), Guilherme Órfão é mais um talento despertado pelos músicos Roberto Moniz e Roberto Moritz. Fez parte do primeiro grupo de alunos da Escola de Cordofones da Associação Musical e Cultural Xarabanda, ainda com o professor Roberto Moniz, e seguidamente no Conservatório-Escola das Artes, com o professor Vítor Sardinha. Depois de ter participado em vários projetos musicais – entre os quais se destacam o grupo Si Que Brade, Orquestra de Ponteado da Madeira e Metáfora – inicia, no final de 2013, um projeto a solo onde articula virtuosismo e excelência técnica com novas tecnologias aplicadas à música e instrumentos tradicionais. Saliente-se que as duas séries de videoclips já começaram a ser filmadas há pouco mais de um ano e envolvem alguns dos músicos e grupos mais emblemáticos da Madeira, entre os quais se destacam os seguintes: Banda D’Além; Si Que Brade; Xarabanda; Ensemble de Acordeões da DRE/ Educação Artística; Orquestra de Bandolins; Coro Juvenil da DRE/Educação Artística; Roberto Moritz; Combo Jazz; Orquestra de Cordas; Orquestra Clássica da Madeira; entre outros. Estes projetos surgem na sequência de outras produções próprias da Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos, que visam defender e divulgar a cultura regional. por Paulo Esteireiro


Orquestra de Sopros da DRE/Educação Artística


A Orquestra de Sopros da DRE/Educação Artística foi fundada em 1993. De realçar a sua importância pedagógica na implementação do gosto pela prática instrumental em grupo, pela fusão das várias atividades num único projeto de orquestra. O seu repertório é essencialmente dedicado à interpretação de obras originais e orquestrações específicas para este tipo de orquestra, desde Bandas Sonoras, Jazz, Swing e outros. Atualmente é composta por 80 elementos e tem como diretor artístico o maestro Aquilino Silva. Informação DSEAM



Uma Horta de Cores A introdução de uma história original da autoria de Francisco Fernandes foi o mote a partir do qual a temática foi proposta à exploração em contexto escolar, promovendo-se com isso uma articulação entre a interpretação do tema, a leitura do conto e a consequente recriação através de narrativas visuais. Deste desafio, resultou uma edição digital onde constam as ilustrações vencedoras e as menções honrosas, das várias categorias a concurso, que foram selecionadas por um júri que teve a difícil tarefa de seleção de 28 trabalhos, entre os mais de 800 recebidos a concurso. O Concurso Regional de Expressão Plástica é um projeto da responsabilidade da Divisão de Apoio à Educação Artística da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, da DRE / Madeira. É um concurso no âmbito do desenho / pintura, direcionado a crianças do préescolar e 1.º ciclo do ensino básico e organizado (forma e conteúdo) pela Coordenação Regional de Expressão Plástica (COREP), desde 1999/2000. Os temas destes concursos têm procurado uma aproximação a assuntos e temáticas da atualidade, comemoradas a nível nacional e internacional, situando a necessidade destes serem explorados


concetual e plasticamente em contexto pedagógico. Desde 2010/2011 a apresentação de trabalhos tem sido efetuada em exposição pública no Espaço Infoarte da SRT, durante a Semana Regional das Artes. O concurso de 2013/2014, com o título “Uma Horta de Cores”, teve como base a temática “a agricultura familiar”, eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o tema a ser comemorado internacionalmente no ano de 2014. A determinação da ONU é o reconhecimento da importância que a agricultura familiar desempenha ao nível da sustentabilidade e segurança alimentar do planeta. Assim, o Ano Internacional da Agricultura Familiar representa um avanço no reconhecimento desse sistema de produção paralelo de alimentos, como forma de erradicação da fome e que permite, igualmente, manter gente no campo e incentivar o aproveitamento de espaços e estruturas urbanas (hortas modulares ou verticais) em que se cultivam pequenas áreas, com uma diversidade de vegetais e legumes para consumo familiar. O desafio da 15.ª edição do concurso foi feito sob a forma de ilustração de um conto da autoria de Francisco Fernandes, que foi convidado a escrever um texto original para o efeito e assim permitir uma maior


diversidade de interpretações. O título da história infantil é “Uma Horta de Cores”, que foi também o título do concurso. Este foi um concurso que teve por objetivo principal a valorização da expressão plástica como meio privilegiado de experimentação lúdica, didática e de exteriorização criativa da criança, através do desenho/ pintura. O tema foi explorado em contexto de sala de aula proporcionando a abordagem de conteúdos associados ao mesmo e posterior ilustração de um excerto ou ideia da história de referência. O desafio de ilustração infantil lançado neste concurso culminou com a edição de um livro digital onde os vencedores puderam ver os seus trabalhos publicados, devidamente identificados, perpetuando no tempo o registo expressivo individual, servindo de exemplo como material pedagógico que poderá ser replicado e visualizado em contexto educativo. A história “Uma Horta de Cores” poderá ser visualizada ou descarregada através do endereço eletrónico http://www02.madeira-edu.pt/dre/educacao_artistica_multimedia/tabid/342/ctl/Read/mid/1238/ InformacaoId/4772/UnidadeOrganicaId/5/Default.aspx. por Helena Berenguer



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