SIC R3 - CLÍNICA CIRÚRGICA FOLHA DE ROSTO
APRESENTAÇÃO
O livro SIC Provas na Íntegra e Questões Comentadas R3 Clínica Cirúrgica é uma coletânea de provas de Residência Médica com pré-requisito em Clínica Cirúrgica, que resultou de uma criteriosa seleção que considerou as questões mais relevantes de cada instituição para serem comentadas por especialistas, mestres, doutores e pós-doutores de centros médicos que são referências em todo o país. O volume, com o objetivo de possibilitar ao candidato a avaliação dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso e a adaptação ao formato da prova de cada instituição, contém mais de 4.000 questões – das quais 1.000 são comentadas – em 84 provas na íntegra e faz parte da Coleção SIC, composta ainda por mais 7 livros: SIC Resumão R3 Clínica Cirúrgica, SIC Provas na Íntegra e Questões Comentadas R3 Clínica Médica, SIC Resumão R3 Clínica Médica, SIC Provas na Íntegra Brasil, SIC Provas na Íntegra São Paulo e Rio de Janeiro, SIC Questões Comentadas e SIC Resumão, que abrangem os temas mais comumente cobrados em provas de Residência Médica. Com tudo isso, esperamos contribuir para garantir não só a sua vaga na Residência Médica, mas também uma sólida formação e uma próspera carreira.
Direção Medcel A medicina evoluiu, sua preparação para residência médica também.
ASSESSORIA DIDÁTICA
André Ribeiro Morrone
da Universidade de Joinville (Univille). Research - Fellow -
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de
Long Island Jewish Hospital - Nova York.
São Paulo (FMUSP). Especialista em Cirurgia Geral pelo HC-FMUSP e pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Especialis-
Fábio Carvalheiro
ta em Cirurgia Pediátrica pelo Instituto da Criança do HC-
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-
-FMUSP e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica.
versidade Católica de São Paulo (PUC). Cirurgião Oncológi-
Ex-Preceptor do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto
co pelo Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho
da Criança do HC-FMUSP. Bacharel em Direito pela Faculda-
(IAVC) e Cirurgião Geral pela Santa Casa de São Paulo.
de de Direito da USP.
Fabio Del Claro
Eduardo Bertolli
Graduado pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Univer-
Especialista em Cirurgia Geral e em Cirurgia Plástica pela
sidade Católica de São Paulo (PUC). Especialista em Cirurgia
FMABC, onde é pós-graduado em Microcirurgia, assistente
Geral pela PUC. Especialista em Cirurgia Oncológica pelo
da Disciplina de Cirurgia Plástica e médico responsável pelo
Hospital do Câncer A. C. Camargo, onde atua como médico
Departamento de Microcirurgia. Título de especialista pela
titular do Serviço de Emergência e do Núcleo de Câncer de
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Pele e Dermatologia. Membro Adjunto do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Instrutor de ATLS pelo Núcleo da Santa Casa de São Paulo. Título de especialista em Cancerologia Cirúrgica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia.
Gustavo Merheb Petrus Graduado em medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Especialista em Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia do Joelho e Artroscopia pela Santa Casa de Mise-
Eric Thuler
ricórdia de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São
Ortopedia e Traumatologia e médico assistente de Ortope-
Paulo de Ribeirão Preto (FMUSP-RP). Especialista em Otorri-
dia da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.
nolaringologia pelo HC-FMUSP-RP. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL).
José Américo Bacchi Hora Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade
Ernesto Reggio
Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Cirurgia
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de
Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital das
São Paulo (FMUSP). Especialista em Cirurgia Geral e Urolo-
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
gia e Mestre em Urologia pelo HC-FMUSP, onde foi precep-
Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptor da disciplina de Co-
tor na Divisão de Clínica Urológica. Professor colaborador
loproctologia.
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Luciana Ragazzo Graduada pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Especialista em Cirurgia Geral e em Cirurgia Vascular pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptora da disciplina de Cirurgia Vascular. Marcelo Simas de Lima Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Cirurgia Geral, Cirurgia do Aparelho Digestivo e Endoscopia Digestiva pelo HC-FMUSP. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva. Rodney Smith Doutor em Cirurgia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP). Rodrigo Olívio Sabbion Graduado pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA). Especialista em Cirurgia Geral pela FAMECA e em Cirurgia Torácica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médico assistente da FAMECA e cirurgião torácico dos Hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês.
w
ÍNDICE
SUDESTE 1 - 2010 – FMUSP - Faculdade de Medicina da USP ............................................................................... 13 2 - 2012 – FMUSP-RP - Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto ............................................. 21 3 - 2010 – UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo ....................................................................... 31 4 - 2012 – UNICAMP - Universidade de Campinas ................................................................................. 37 5 - 2011 – UNICAMP - Universidade de Campinas ................................................................................. 47 6 - 2010 – UNICAMP - Universidade de Campinas ................................................................................. 57 7 - 2012 – SUS-SP - Sistema Único de Saúde de São Paulo..................................................................... 63 8 - 2010 – SUS-SP - Sistema Único de Saúde de São Paulo..................................................................... 73 9 - 2009 – HSPM-SP - Hospital do Servidor Público Municipal ............................................................... 81 10 - 2008 – HSPM-SP - Hospital do Servidor Público Municipal ............................................................. 89 11 - 2012 – ISCMSP - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo...................................... 97 12 - 2009 – HOSPITAL ALBERT EINSTEIN............................................................................................... 107 13 - 2012 – UNITAU - Universidade de Taubaté.................................................................................... 111 14 - 2011 – UNITAU - Universidade de Taubaté.................................................................................... 119 15 - 2011 – UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro.................................................................. 127 16 - 2010 – UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro.................................................................. 135 17 - 2009 – UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro.................................................................. 139 18 - 2012 – UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.............................................................. 145 19 - 2011 – UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.............................................................. 161 20 - 2011 – SES-RJ/INCA/FIOCRUZ - CEPUERJ - Centro de Produção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro ................................................................................................... 167 21 - 2012 – UFF – Universidade Federal Fluminense ........................................................................... 179 22 - 2011 – UFF – Universidade Federal Fluminense ........................................................................... 191 23 - 2010 – UFF – Universidade Federal Fluminense ........................................................................... 203 24 - 2012 – HNMD - Hospital Naval Marcílio Dias ................................................................................ 211 25 - 2010 – INCA-RJ - Instituto Nacional do Câncer.............................................................................. 217 26 - 2009 – INCA-RJ - Instituto Nacional do Câncer.............................................................................. 221 27 - 2012 – UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro ............................................. 225 28 - 2011 – UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro ............................................. 235 29 - 2010 – UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro ............................................. 245 30 - 2009 – UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora ...................................................................... 251 SUL 31 - 2012 – UFPR - Universidade Federal do Paraná ............................................................................ 257 32 - 2011 – UFPR - Universidade Federal do Paraná ............................................................................ 265 33 - 2010 – UFPR - Universidade Federal do Paraná ............................................................................ 273 34 - 2012 – PUC-PR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná ........................................................ 279 35 - 2011 – PUC-PR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná ........................................................ 289 36 - 2010 – PUC-PR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná ........................................................ 299 37 - 2010 – AMP - Associação Médica do Paraná................................................................................. 307 38 - 2009 – AMP - Associação Médica do Paraná................................................................................. 313 39 - 2012 – UEL - Universidade Estadual de Londrina .......................................................................... 319 40 - 2011 – UEL - Universidade Estadual de Londrina .......................................................................... 331 41 - 2010 – HUEC - Hospital Universitário Evangélico de Curitiba ........................................................ 341
42 - 2012 – UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina................................................................. 347 43 - 2011 – UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina................................................................. 355 44 - 2010 – UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina................................................................. 363 45 - 2012 – SES-SC - Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina................................................ 367 46 - 2011 – SES-SC - Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina................................................ 377 47 - 2010 – SES-SC - Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina................................................ 385 48 - 2012 – FURB - Universidade Regional de Blumenau ..................................................................... 391 49 - 2012 – PUC-RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ....................................... 401 50 - 2011 – PUC-RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ....................................... 411 51 - 2009 – PUC-RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ....................................... 419 CENTRO-OESTE 52 - 2011 – UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul ....................................................... 427 53 - 2010 – UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul ....................................................... 437 54 - 2012 – SES-DF - Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal .............................................. 443 55 - 2011 – SES-DF - Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal .............................................. 447 56 - 2010 – SES-DF - Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal .............................................. 451 57 - 2012 – HFA - Hospital das Forças Armadas do Distrito Federal ..................................................... 455 58 - 2011 – HFA - Hospital das Forças Armadas do Distrito Federal ..................................................... 465 59 - 2011 – UNB - Universidade de Brasília .......................................................................................... 473 60 - 2010 – UNB - Universidade de Brasília .......................................................................................... 477 61 - 2009 – UNB - Universidade de Brasília .......................................................................................... 481 62 - 2012 – UFG - Universidade Federal de Goiás ................................................................................ 483 63 - 2011 – UFG - Universidade Federal de Goiás ................................................................................ 493 64 - 2009 – UFG - Universidade Federal de Goiás ................................................................................ 503 65 - 2012 – SCMG - Santa Casa de Misericórdia de Goiânia................................................................. 509 NORDESTE 66 - 2004 – SUS-BA - Sistema Único de Saúde da Bahia ....................................................................... 519 67 - 2012 – SES-PE - Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco .................................................. 525 68 - 2011 – SES-PE - Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco .................................................. 533 69 - 2010 – SES-PE - Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco .................................................. 539 70 - 2012 – UFPE - Universidade Federal de Pernambuco ................................................................... 545 71 - 2011 – UFPE - Universidade Federal de Pernambuco ................................................................... 553 72 - 2010 – UFPE - Universidade Federal de Pernambuco ................................................................... 561 73 - 2012 – UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte ...................................................... 567 74 - 2011 – UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte ...................................................... 575 75 - 2010 – UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte ...................................................... 583 76 - 2012 – SUS-CE - Sistema Único de Saúde do Ceará ....................................................................... 589 77 - 2011 – SUS-CE - Sistema Único de Saúde do Ceará ....................................................................... 595 78 - 2010 – SUS-CE - Sistema Único de Saúde do Ceará ....................................................................... 603 79 - 2011 – UFC - Universidade Federal do Ceará ................................................................................ 611 80 - 2012 – HC-ICC - Hospital do Câncer - Instituto do Câncer do Ceará.............................................. 619 81 - 2011 – IMPARH - Instituto Municipal de Pesquisas, Administração e Recursos Humanos de Fortaleza ....................................................................................... 629 82 - 2012 – UFPI - Universidade Federal do Piauí ................................................................................. 635 NORTE 83 - 2012 – UFPA - Universidade Federal do Pará ................................................................................ 643 84 - 2012 – HOL - Hospital Ophir Loyola............................................................................................... 651
SIC R3 - CLÍNICA CIRÚRGICA
SUDESTE
1
Enunciado para as próximas 2 questões: Um homem de 23 anos sofreu acidente automobilístico (capotamento) e foi resgatado adequadamente e levado para o serviço de emergência. O paciente nega perda de consciência e refere muita dor no hemitórax esquerdo, que causa dificuldade para respirar. Nega também dores nos demais segmentos corpóreos. Ao exame físico: bom estado geral, hidratado, taquipneico, descorado (+), acianótico. SatO2 = 92% (ar ambiente), PA = 140x90mmHg, FC = 100bpm e escala de coma de Glasgow = 15. No hemitórax esquerdo, notaram-se crepitação de costelas à compressão leve, murmúrio vesicular diminuído e estertoração fina no terço inferior. A radiografia de tórax e tomografia axial de tórax são apresentadas nas Figuras a seguir:
2010 - FMUSP Clínica Cirúrgica
1. cite 2 lesões observadas nos métodos de imagem 2. qual é a conduta terapêutica a ser adotada? Enunciado para as próximas 3 questões: Um homem de 30 anos, motorista de veículo de carga urbana, sofreu um acidente automobilístico. Foi atendido no serviço de emergência com dor cervical e, à deglutição, rouquidão e estridor laríngeo. Ao exame físico: PA = 140x90mmHg, FC = 110bpm, FR = 30irpm, escala de coma de Glasgow = 15 e SatO2 = 85%. No exame cervical, além da lesão demonstrada na Figura a seguir, notou-se discreto enfisema na face anterior do pescoço, com dor à palpação da laringe. Não apresentou alterações às semiologias pulmonar e abdominal.
3. qual deve ser a sequência de procedimentos no atendimento inicial?
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1. Com relação às doenças anorretais sexualmente transmissíveis, assinale a alternativa incorreta: a) a relação sexual anal receptiva aumenta o risco de transmissão quando comparada à relação sexual vaginal b) a proctite gonocócica geralmente apresenta ulcerações retais c) a infecção por Chlamydia trachomatis é a doença sexualmente transmissível mais comum d) a infecção anal pelo papilomavírus humano (HPV) pode causar condiloma acuminado e) o herpes anal é em geral causado pelo vírus herpes simples tipo 2
2. Não constitui contraindicação de derivação portossistê" mica intra-hepática (TIPS): a) b) c) d) e)
insuficiência cardíaca insuficiência hepática grave ascite refratária encefalopatia hepática grave doença hepática policística
3. Com relação aos abscessos hepáticos, assinale a alterna" tiva correta: a) a drenagem cirúrgica é o método de 1ª escolha para o tratamento dos abscessos piogênicos b) a drenagem cirúrgica é o método de 1ª escolha para o tratamento dos abscessos amebianos c) a drenagem cirúrgica é o método de 1ª escolha para o tratamento dos abscessos fúngicos d) a drenagem percutânea é o método de 1ª escolha para o tratamento dos abscessos piogênicos e) a drenagem percutânea é o método de 1ª escolha para o tratamento dos abscessos amebianos
4. Em relação aos tumores da região anal, assinale a alter" nativa correta: a) atualmente, os tumores anais são mais frequentes do que os retais b) a maioria dos tumores decorre de infecção pelo papilomavírus humano (HPV) c) esses tumores são mais frequentes entre homens casados d) a manifestação clínica mais frequente é a diarreia e) a manifestação clínica mais frequente é a constipação intestinal
2012 - UFPR Clínica Cirúrgica
5. Qual dos tumores hepáticos a seguir é mais comum aos pacientes com retocolite ulcerativa? a) colangiocarcinoma b) angiossarcoma c) adenoma d) hemangioma e) hiperplasia nodular focal
"
6. Em relação ao tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, assinale a alternativa correta: a) está indicado a todos os pacientes portadores de obesidade grau 1 b) o paciente deve ser portador de obesidade estável há pelo menos 2 anos para a indicação de tratamento cirúrgico c) na derivação gastrojejunal em Y de Roux, o componente restritivo é mais intenso do que a disabsorção d) as cirurgias mais realizadas atualmente são as restritivas, entre as quais as derivações biliopancreáticas e) as cirurgias restritivas podem ser indicadas para pacientes alcoólatras ou comedores compulsivos de doces
"
7. Dentre as técnicas cirúrgicas citadas a seguir, qual delas foi proscrita ao tratamento cirúrgico da obesidade mórbida? a) derivação gastrojejunal em Y de Roux b) derivação biliopancreática pela técnica de Scopinaro c) derivação biliopancreática pela técnica duodenal switch d) derivação jejunoileal e) banda gástrica ajustável
"
8. Um paciente de 67 anos, do sexo masculino, previamente hígido, foi diagnosticado com adenocarcinoma gástrico localizado no terço médio do estômago. O estadiamento pré-operatório demonstrou tratar-se de um tumor T3 na classificação de TNM e não demonstrou metástases a distância (M0) ou acometimento de linfonodos (N0). A avaliação perioperatória, obtida pela inspeção da cavidade, não modificou o estadiamento. Qual procedimento cirúrgico deve ser adotado? a) gastrectomia subtotal e ressecção de linfonodos (D2) b) gastrectomia total e ressecção de linfonodos (D1) c) gastrectomia subtotal sem ressecção de linfonodos d) gastrectomia total sem ressecção de linfonodos e) gastrectomia total e ressecção de linfonodos (D2)
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COMENTÁRIOS
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Questão 2. Alternativa “c” não é contraindicação: o TIPS " constitui uma indicação de tratamento para a ascite refratária. As contraindicações absolutas ao TIPS são: - Insuficiência cardíaca congestiva grave; - Doença hepática policística; - Insuficiência hepática grave. As contraindicações relativas ao TIPS são: - Infecção extra ou intra-hepática mal controlada; - Encefalopatia hepática mal controlada; - Neoplasia intra-hepática hipervascularizada; - Trombose de veia porta.
Questão 3. Alternativa “a” incorreta: a drenagem cirúrgica " do abscesso piogênico está indicada quando houver drenagem
percutânea incompleta, múltiplos abscessos, rotura de abscesso. Alternativa “b” incorreta: o tratamento do abscesso amebiano é clínico com metronidazol. Alternativa “c” incorreta: o tratamento do abscesso fúngico é clínico com antifúngico (fluconazol, anfotericina B). Alternativa “d” correta: a drenagem percutânea é o método de 1ª escolha para o tratamento dos abscessos piogênicos associada a antibióticos. Alternativa “e” incorreta: o tratamento do abscesso amebiano é clínico com metronidazol.
"
Questão 4. Alternativa “a” incorreta: os tumores anais são pouco frequentes (1 a 2% dos tumores do trato gastrintestinal). Alternativa “b”correta: a ocorrência do câncer de região anal está associada à infecção pelo HPV e HIV, história de doenças sexualmente transmissíveis. Alternativa “c” incorreta: esses tumores não são frequentes em homens casados. Alternativas “d” e “e” incorretas: a manifestação clínica mais frequente é o sangramento anal. Questão 6. Alternativa “a” incorreta: a cirurgia está indicada " nos pacientes portadores de obesidade grau III (IMC >40kg/m ) in2
dependente da presença de comorbidades e obesidade grau II (35 a 40kg/m2) portadores de comorbidades e que tenham sua condição clínica agravada pela obesidade. Alternativa “b” incorreta: o paciente deve apresentar IMC e comorbidades em faixa de risco há pelo menos 2 anos e ter realizado tratamentos convencionais prévios com insucesso ou recidiva do peso. Exceção são os pacientes com IMC >50kg/m2 e aqueles com IMC entre 35 e 50kg/m2 com doença de evolução progressiva ou risco elevado. Alternativa “c” correta: na derivação gastrojejunal em Y de Roux, o componente restritivo é mais intenso do que a disabsorção. Alternativa “d” incorreta: a cirurgia mais realizada é a gastrojejunal em Y de Roux que tradicionalmente combina características restritiva e disabsortiva. Alternativa “e” incorreta: a cirurgia bariátrica é contraindicada para os pacientes alcoolistas.
Questão 7. Alternativa “d” incorreta: a derivação jejunoileal " consiste na secção do jejuno proximal 35cm abaixo do ângulo de
Treitz e é anastomosado no íleo distal (cerca de 10cm da válvula ileocecal). O segmento intestinal excluído é ligado no cólon ou no intestino delgado para prevenir obstrução. A cirurgia foi proscrita em virtude de suas complicações no pós-operatório: diarreia debilitante, distúrbios hidroeletrolíticos, deficiência de minerais e vitaminas e disfunção hepática importante.
Questão 8. Alternativa “a” correta: T3 (tumor penetra na se" rosa (peritônio visceral) sem invasão de estruturas adjacentes; N0:
sem linfonodos acometidos e M0: sem metástases. Para tumores T3N0M0 está indicada a gastrectomia D2. Como o tumor localiza-se no 1/3 médio do estômago, está indicada a gastrectomia par-
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CENTRO-OESTE
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1. Um paciente de 18 anos apresenta diagnóstico de doença de Crohn há 2 anos e está em tratamento desde então. Apresenta episódios recorrentes de dor abdominal tipo cólica e diarreia, além de crescimento abaixo do esperado. Assinale a alternativa incorreta: a) há indicação de ressecção cirúrgica das áreas afetadas para que se corrija o déficit de crescimento, desde que se tenha chegado ao limite das possibilidades de tratamento clínico b) áreas de estenose com dilatação à montante vistas no trânsito intestinal são mais bem tratadas por estricturoplastias ou estenosoplastias c) o uso de terapia biológica deve ser evitado no tratamento das estenoses de delgado por doença de Crohn d) os corticosteroides podem ser úteis como auxiliares no tratamento das reagudizações e) a doença de Crohn é uma doença crônica e mais comum em indivíduos jovens
"
2. Em relação ao trauma pancreático, assinale a alternativa incorreta: a) o trauma pancreático é uma entidade rara, que ocorre em menos de 1% dos pacientes atendidos em hospitais de referência em trauma b) a tomografia computadorizada é o 1º exame que deve ser solicitado ao paciente estável hemodinamicamente, vítima de contusão abdominal com suspeita de trauma pancreático c) todo hematoma peripancreático deve ser explorado d) os traumas pancreáticos que evoluem tardiamente com abscesso e pseudocistos infectados devem ser tratados, preferencialmente, por laparotomia para drenagem e debridamento e) a espessura da parede do pseudocisto de pâncreas deve ser superior a 3mm para que se indique a marsupialização interna 3. Em relação ao tratamento das fístulas digestivas, é corre" to o emprego das medidas a seguir, exceto:
a) terapia nutricional b) sutura do orifício fistuloso quando houver indicação de tratamento cirúrgico c) tratamento da infecção associada por meio de antibióticos e drenagem de abscessos intra-abdominais d) uso de colas biológicas e) correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos
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"
4. Em relação à cirurgia bariátrica, assinale a alternativa incorreta: a) após as gastroplastias em Y de Roux, Scopinaro e duodenal switch, os pacientes devem fazer uso de polivitamínicos e minerais, como vitamina B1, B12, ferro e cálcio b) vários estudos relatam que a perda do excesso de peso varia de 25 a 40%, sustentado nos 5 anos seguintes c) a população de obesos elegíveis para o tratamento cirúrgico é inferior a 1% d) a complicação tardia mais comum da banda gástrica ajustável é a esofagite que pode já existir previamente ou decorrer da má posição da banda e) nas operações disabsortivas, a complicação mais grave é a desnutrição proteica que pode levar à anasarca. Nos casos em que isso ocorre, os pacientes devem ser manejados exclusivamente por tratamento clínico, uma vez que esses distúrbios tendem a se resolver com o tempo 5. Em relação aos tumores gástricos, assinale a alternativa incorreta: a) segundo a classificação de Lauren para os adenocarcinomas gástricos, o tipo difuso é aquele que tem características genéticas e familiares e o tipo intestinal é fortemente associado a fatores ambientais, dietéticos e cirúrgicos. Um indivíduo tem 7 vezes mais chances de câncer gástrico do tipo difuso, se um familiar próximo tiver tido essa doença b) dieta rica em sal e defumados e tabagismo são fatores ambientais que predispõem ao desenvolvimento de neoplasias gástricas c) a anemia perniciosa, a atrofia gástrica, a metaplasia intestinal e a displasia estão implicadas nos mecanismos de carcinogênese gástrica d) os submetidos à gastrectomia parcial com reconstrução à Billroth I ou II são mais propensos ao desenvolvimento de adenocarcinoma gástrico, provavelmente pelas alterações provocadas pela bile, banhando constantemente a mucosa gástrica e) os pólipos gástricos hiperplásicos não têm potencial de malignização
"
6. Sobre as metástases hepáticas de câncer colorretal, assinale a alternativa incorreta:
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COMENTÁRIOS
Questão 2. O trauma pancreático isolado é raro, e o exame padrão-ouro para o seu diagnóstico é a tomografia computadorizada. Hematomas peripancreáticos encontrados à laparotomia exploradora só devem ser explorados nas localizações centrais (zona I do retroperitônio), ou nos casos que sejam pulsáteis ou expansíveis. Entre as complicações tardias, podem acontecer abscessos ou pseudocistos. O tratamento pode ser cirúrgico ou minimamente invasivo, a depender do caso.
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Questão 3. São medidas para o tratamento das fístulas do aparelho digestivo suporte nutricional, por meio de nutrição parenteral ou enteral de absorção alta, tratamento de infecções associadas, compensação hidroeletrolítica e, eventualmente, uso de colas biológicas em fístulas de trajeto curto. Não se deve realizar a sutura do orifício fistuloso. Quando a cirurgia é indicada, deve ser ressecado todo o trajeto da fístula.
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Questão 4. As operações exclusivamente disabsortivas, como as derivações intestinais, têm apenas interesse histórico, pois não são mais recomendadas como opção no tratamento da obesidade mórbida. As complicações pós-operatórias são inevitáveis, tornando-as inaceitáveis na prática médica atual. As demais alternativas estão corretas e são autoexplicativas. Como adendo à alternativa “c”, vale lembrar que a indicação para cirurgia só pode ser realizada após a avaliação multidisciplinar, o que torna bastante reduzido o número de pacientes elegíveis.
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Questão 6. A avaliação com ultrassonografia intraoperatória é o método mais preciso na detecção de lesões hepáticas intraparenquimatosas e na definição de ressecabilidade das mesmas. As demais alternativas estão corretas e são autoexplicativas. Entretanto, a sobrevida de pacientes com metástases hepáticas pode ser >9 meses em centros de referência cirúrgica e de quimioterapia.
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Questão 7. A reconstrução pós-duodenopancreatectomia afeta a morbidade cirúrgica. Reconstruções em alça única só podem ser realizadas na preservação do piloro e têm menor índice de fístula, mas maior índice de gastroparesia. Reconstrução em 2 ou 3 alças têm maior risco de fístula no pós-operatório. As demais alternativas estão corretas e são autoexplicativas.
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Questão 9. Pacientes politraumatizados podem apresentar repercussões clínicas que contribuem para a gravidade do caso. A presença de hipotermia, acidose metabólica e coagulopatia constitui a chamada tríade letal, na qual os elementos se sucedem em um ciclo vicioso e podem levar à morte rapidamente se não corrigidos. Nesses pacientes, a chance de óbito pela falência metabólica no intraoperatório é maior do que a falha no reparo completo das lesões. Baseando-se nesse conceito, surgiu a cirurgia de controle de danos, ou damage control, cujo princípio é a cirurgia para controle da hemorragia e prevenção de contaminação maciça, seguida da recuperação clínica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de reoperação programada. Lesões pulmonares não têm indicação de toracotomia na sala de emergência.
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Questão 12. Muitos fatores ambientais foram envolvidos no aumento da incidência de câncer colorretal (CCR). Destes, sem dúvida, os dietéticos têm a maior importância e foram bastante estudados. Dietas contendo alto teor de gordura predispõem ao CCR, especialmente em suas porções distais, como o sigmoide. As demais alternativas estão corretas e são autoexplicativas.
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Questão 14. Nos casos de fissura crônica, o tratamento se inicia com dieta laxativa, banhos de assento com água morna e uso de cremes miorrelaxantes, como o diltiazem a 2%, que diminui contração muscular, sem efeito colateral, ou o dinitrato de isossorbida a 0,2%, com o mesmo efeito, mas que causa cefaleia e tem uso restri-
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CENTRO-OESTE
Gabarito 1
SIC R3 - CLÍNICA CIRÚRGICA
NORDESTE
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Enunciado para as próximas 2 questões: Um paciente de 56 anos desenvolveu acidente vascular cerebral por ruptura de aneurisma da artéria cerebral média, com sequela motora no hemicorpo direito, com predomínio braquial. Durante a internação hospitalar, o membro inferior direito apresentou-se doloroso e com aumento de volume desde a raiz da coxa. Apresentava os pulsos distais nessa extremidade, com intensidade normal e sem sopros nos trajetos arteriais. 1. O diagnóstico provável é: a) desnutrição hospitalar, implicando edema por hipoalbuminemia b) oclusão arterial aguda c) trombose venosa profunda d) aneurisma da artéria ilíaca direita e) ruptura muscular do gastrocnêmio 2. Com relação à condução dessa situação, é correto afirmar que: a) o método diagnóstico de eleição é a tomografia computadorizada do membro afetado b) deve ser rapidamente iniciada anticoagulação com heparina de baixo peso molecular c) a eletromiografia é essencial para afastar miosite por desnutrição d) a angiorressonância nuclear magnética é o método de eleição para diagnóstico e) o padrão-ouro para confirmação diagnóstica é a flebografia do sistema venoso profundo 3. Em um septuagenário tabagista que interrompeu o hábito de fumar há 4 anos, foi detectada, em exame ultrassonográfico, a presença de aneurisma da aorta abdominal. Negava história de claudicação intermitente ou sintomas neurológicos. O exame físico revelou um tumor abdominal pulsátil com aproximadamente 5cm de diâmetro e sopro sistólico. Todos os pulsos periféricos estavam presentes e de intensidade normal. Foi submetido à tomografia computadorizada de abdome e avaliação das funções pulmonar, renal e cardíaca, que se mostraram dentro dos limites da normalidade. Com relação a esse caso, é incorreto afirmar que: a) a localização mais frequente do aneurisma aórtico aterosclerótico é abaixo das artérias renais b) a chance de ruptura é diretamente proporcional ao diâmetro do aneurisma
2004 - SUS-BA Clínica Cirúrgica
c) o tratamento cirúrgico dos aneurismas de diâmetro >5cm está indicado d) o uso de prótese aórtica endovascular está indicado a aneurismas com diâmetro >5cm, sem morbidade pulmonar, renal ou cardíaca e) a complicação mais temida do aneurisma de aorta abdominal é a ruptura 4. Um paciente de 44 anos relata que, há 4 meses, começou a desenvolver intensa sonolência, confusão mental e tremores. Nos últimos 2 meses, foi admitido 4 vezes em Unidades de Emergência, pois os sintomas apareciam principalmente nos períodos de jejum e desapareciam com o aumento da ingestão de alimentos de alta caloria. Dentre os exames realizados, observaram-se: Glicemia de jejum: Data Glicose
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Ecoendoscopia: Pâncreas com ecotextura normal, nódulo hipoecoico, limites precisos medindo até 16x9,6mm no corpo do pâncreas, aparentemente à direita do tronco celíaco, justaposto anteriormente a um vaso que pode corresponder à artéria/veia esplênica. Com relação ao caso, é correto afirmar que: a) trata-se de insulinoma com probabilidade de produzir metástase em aproximadamente 70% dos casos b) a tríade de Whipple (episódios desencadeados por jejum + hipoglicemia durante episódios + alívio com uso de glicose) confirma o diagnóstico de insulinoma c) a dosagem de insulina e glicose em jejum de 72 horas confirma o diagnóstico de síndrome de Zollinger-Ellison d) trata-se de um insulinoma com perspectiva de cura cirúrgica em 70% dos casos e) trata-se de um gastrinoma com perspectiva de cura cirúrgica em 95% dos casos 5. Uma mulher negra de 33 anos deu entrada no hospital com queixa de sangramento vaginal e fraqueza. Há 2 anos, iniciou quadro de hipermenorreia, acompanhada de dor tipo cólica e dispareunia. Evoluiu após 1 ano com piora do quadro. Há 3 meses, iniciou uso regular de etinilestradiol, suspendendo-o há 1 mês,
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2004 - SUS-BA 44. Um rapaz de 20 anos sofre um acidente de motocicleta, que resulta em fratura de fêmur e pelve. É mantido sob tração e, no 2º dia de internamento, desenvolve grave desconforto respiratório. Nessa ocasião, observam-se petéquias na conjuntiva, no palato mole e na região axilar. O manejo adequado diante desse quadro é: a) colher hemoculturas e iniciar antibioticoterapia para sepse b) iniciar metilprednisolona para provável fratura estável da 7ª vértebra cervical c) manter suporte clínico para provável embolia gordurosa d) iniciar corticoide para evitar choque séptico e) afastar pneumotórax 45. Durante competição de jiu-jítsu, um jovem de 22 anos refere dor intensa no pescoço e é levado para a sala de emergência de um hospital, referindo formigamento nas mãos e nas pernas. É submetido à radiografia de coluna cervical, que demonstra fratura da 4ª vértebra cervical. Não desenvolve distúrbio de consciência, mas passa a respirar com dificuldade, e uma gasometria realizada demonstra pCO2 = 55mmHg. Decidindo por assistência ventilatória, o emergencista deve optar por: a) intubação orotraqueal convencional b) intubação nasotraqueal convencional c) traqueostomia d) cricotireoidostomia e) intubação oro, naso ou transtraqueal com imobilização cervical 46. Um paciente de 48 anos, do sexo masculino, evoluiu com dor abdominal recorrente e, em um episódio de dor mais intensa, deu entrada em Unidade de Emergência, quando foi feito o diagnóstico de pancreatite aguda recorrente. Foi submetido, posteriormente, a uma investigação diagnóstica, que demonstrou pancreas divisum. Sobre essa condição, é correto afirmar que: a) corresponde ao desenvolvimento de fusão dos brotos pancreáticos dorsal e ventral e é observado em 30% da população b) é uma variação anatômica não apontada como causa de pancreatite aguda recorrente c) quando ocorre pancreatite na ausência de etiologia alcoólica, biliar ou de outras causas mais conhecidas, a associação de pancreas divisum é de 42 a 45% d) a colangiopancreatografia não se presta para o diagnóstico, pois não é possível identificar o ducto pancreático e) está, geralmente, associada à hiperlipidemia
49. Após uma colisão automobilística, um indivíduo de 34 anos foi admitido na sala de emergência em choque hipovolêmico. Apresentava murmúrio vesicular abolido no hemitórax esquerdo e hipertimpanismo. Foi feita drenagem de tórax com selo d’água, seguida de intenso borbulhamento. Verificado o posicionamento do dreno, constatou-se que o pulmão se mantinha colapsado. Essas alterações sugerem: a) tórax flácido ou instável b) rotura de brônquio c) rotura de esôfago d) rotura diafragmática à esquerda e) rolha de secreção brônquica 50. Um paciente do sexo masculino, de 65 anos, desenvolve odinofagia e perda ponderal expressiva. Feita uma endoscopia, encontra-se uma obstrução no terço médio do esôfago, com características neoplásicas. O tipo histológico provável é: a) adenocarcinoma b) leiomiossarcoma c) carcinoma de células escamosas d) carcinoma indiferenciado e) linfoma esofágico Gabarito 1
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47. No pós-operatório de uma gastroenteroanastomose para tratamento de obstrução mecânica por tumor retroperitoneal, uma paciente começou a apresentar azotemia. O médico responsável, por meio de uma ultrassonografia de vias urinárias, detectou dilatação pielocalicial bilateral. O próximo passo será: a) assegurar boa perfuração renal b) afastar uso de anti-inflamatórios não esteroides c) afastar uso de aminoglicosídeo d) providenciar nefrostomia e) confirmar dilatação com tomografia computadorizada com contraste iodado
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48. Uma mulher de 35 anos, durante avaliação de rotina, aparece com diagnóstico de carcinoma in situ de cérvice uterino. Sobre esse caso, é correto afirmar que: a) raramente ocorre em idades abaixo de 40 anos b) o tratamento cirúrgico de escolha é a histerectomia c) é muito provável a associação a papilomavírus humano (HPV) d) é necessário conização para o diagnóstico e) se não tratados, 95% dos casos evoluem para carcinoma invasivo em 5 anos
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NORTE
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1. Não é(são) causa(s) de desequilíbrio hidroeletrolítico no pós-operatório: a) vômito b) dor abdominal c) diarreia d) íleo paralítico e) fístulas digestivas 2. Uma pré-escolar, com quadro clínico de dor abdominal, icterícia e massa palpável no hipocôndrio direito, tem, como caso diagnóstico provável: a) atresia duodenal b) estenose hipertrófica do piloro c) cisto de colédoco d) úlcera duodenal e) apendicite aguda 3. Assinale o antibiótico mais indicado para a antibioticoprofilaxia de uma hemicolectomia direita: a) cefalotina b) cefazolina c) cefoxitina d) amicacina e) ampicilina 4. De acordo com a classificação da National Academy of Science (NAS), dos EUA, a gastrectomia é uma cirurgia: a) limpa b) potencialmente contaminada c) contaminada d) infectada e) limpa, com indicação de antibioticoprofilaxia 5. Na avaliação nutricional pré-operatória, um paciente com Índice de Risco Nutricional (IRN) = 80,4 é considerado: a) obeso b) normal c) desnutrido leve d) desnutrido moderado e) desnutrido grave
2012 - UFPA Clínica Cirúrgica
6. Um paciente de 55 anos, obeso, diabético, faz tratamento com antiarrítmico e antiagregante plaquetário. Após um episódio de vômito, apresenta quadro de dor intensa, hipotermia, palidez de extremidade e ausência de pulsos femoropoplíteos e tibiais no membro inferior direito. O diagnóstico mais provável é: a) trombose arterial aguda no mesmo membro b) tromboangiite obliterante no mesmo membro c) embolia arterial aguda no mesmo membro d) ruptura de aneurisma da artéria femoral direita e) erisipela no mesmo membro 7. Um paciente diabético apresenta gangrena infectada do pé. Para indicação de amputação infragenicular do membro, o nível da pressão arterial na artéria poplítea deve ser: a) >80mmHg b) ≥60mmHg c) <80mmHg d) ≥80mmHg e) desconsiderado para definição do nível de amputação 8. Diante de um quadro de Trombose Arterial Aguda (TAA) do membro inferior, as providências que devem ser imediatamente adotadas são: a) aquecimento indireto do membro + analgesia b) anticoagulação plena + aquecimento indireto do membro c) anticoagulação + aquecimento direto do membro d) analgesia + posição em proclive do paciente e) tromboembolectomia + uso de antiagregante plaquetário 9. São critérios de Ranson aplicados na admissão de um paciente com pancreatite aguda: a) idade >55 anos, glicose >200mg e pO2 <60mmHg b) glicose >200mg, DHL >350μ e TGO >250μ c) idade >55 anos, DHL >350μ e cálcio <8mg d) leucócitos >16.000, redução de 10% de hematócritos e glicose >200mg e) TGO >250μ, volume reposto >6L e glicose >200mg
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10. Um paciente foi vítima de ferimento por arma branca no flanco esquerdo. À laparotomia realizada 70 minutos depois da agressão, encontrou-se lesão de sigmoide com 3cm de comprimento. A melhor conduta deve ser:
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2012 - UFPA
COMENTÁRIOS Questão 10. Pelo pouco tempo transcorrido, provavelmente " não houve contaminação grosseira da cavidade. Nesse caso, e ha-
vendo estabilidade hemodinâmica, é possível realizar a rafia primária da lesão sem necessidade de ostomia de proteção.
" Questão 11. Pela escala de coma de Glasgow: Abertura ocular (O)
Melhor resposta motora (M)
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Espontâneo
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Ao estímulo verbal
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Obedece a comandos
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Localiza dor
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Flexão normal (retirada)
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Flexão anormal (decorticação)
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Extensão (descerebração)
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Sem resposta (flacidez)
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Orientado
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Confuso
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Palavras inapropriadas
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Sons incompreensíveis
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Sem resposta
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Logo, 3 + 5 + 4 = 12.
Questão 13. Trata-se de paciente instável hemodinamica" mente com trauma pélvico já diagnosticado. Nesse caso, é preciso definir se, além do sangramento na bacia, também existe sangramento intra-abdominal. No paciente instável, isso pode ser obtido através do Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD) ou FAST. Na presença de hemoperitônio, indica-se a laparotomia exploradora. Caso contrário, procede-se com o tratamento do trauma pélvico.
Questão 14. A alternativa “b” é incorreta, uma vez que a ma" nometria pode identificar, por exemplo, altas ou baixas pressões
que se postula atualmente é que pacientes portadores de displasia no epitélio de Barrett devem ser acompanhados rotineiramente, e que o tratamento do refluxo deve ser efetivo. Algumas publicações, inclusive, contraindicam a cirurgia antirrefluxo, afirmando que o procedimento atrapalha o seguimento, uma vez que altera a anatomia local, sem aumentar a eficácia do tratamento antiácido, já que a terapêutica medicamentosa é igualmente eficaz. Dessa forma, essa questão é polêmica, ainda relativamente indefinida e, portanto, não podemos dizer, à luz das evidências atuais, que a fundoplicatura é uma medida antineoplásica. A alternativa “c” está incorreta. A alternativa “d” está incorreta apenas pelo detalhe do período mínimo do tratamento com Inibidores de Bomba de Prótons (IBP). O tratamento com IBP deve ser realizado por no mínimo 8 semanas. As doses habituais (20mg de omeprazol 12/12h) são capazes de cicatrizar 80% das esofagites. Uma boa parte dos 20% restantes melhora quando aumenta-se a dose de IBP e estende-se o período de tratamento. Cerca de 80% dos pacientes apresentam recidiva dos sintomas dentro de 6 meses após a interrupção do tratamento, principalmente, aqueles com doença grave. Todavia, esses pacientes apresentam boa resposta à instituição de pequenas doses de manutenção de IBP (20mg/d). A alternativa “e” está incorreta à luz das evidências atuais. Os pacientes com refluxo não ácido podem não melhorar com o uso de IBP. O tratamento pode ser implementado com os Inibidores do Relaxamento Transitório do Esfíncter Esofágico Inferior (como o GABA beta-agonista – baclofeno). No entanto, os limites para o uso dessas drogas ainda não foram bem estabelecidos por estudos consistentes. Dessa forma, casos como o descrito na alternativa “e” devem ser incluídos no grupo de pacientes refratários à terapia, que, como dito anteriormente, é um grupo que possui indicação para cirurgia antirrefluxo.
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Questão 19. A nutrição parenteral é formulada associando-se aminoácidos, carboidratos, lipídios e oligoelementos; podendo ser ofertada por via central ou periférica. Quando se opta por veia periférica, deve-se diminuir a osmolaridade abaixo de 300mOsm/L para evitar complicações locais como flebites e extravasamento.
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em topografia de esfíncter esofágico inferior, que são compatíveis com válvula muito apertada ou frouxa, respectivamente. Por mais que a manometria consiga identificar as ondas peristálticas esofágicas, não há como identificar algumas estenoses, por exemplo. Estas estenoses podem não alterar a manometria esofágica, mas certamente interferem no transporte do bolo alimentar pelo órgão, iniciando com disfagia para sólidos. As demais alternativas estão corretas e são autoexplicativas.
Questão 20. O enunciado descreve um quadro clássico de pancreatite aguda de etiologia biliar. Pela evolução descrita, houve melhora clínica, mas com persistência de hiperamilasemia. A melhor opção nutricional nesse caso é o suporte enteral com sonda locada em posição pós-pilórica, permitindo assim menor funcionamento pancreático se comparado à dieta oral ou com sonda em posição gástrica, até que se normalize o valor da amilase.
respondem ao tratamento cirúrgico da DRGE. A alternativa “b” está incorreta, uma vez que a ocorrência de esofagite, qualquer que seja o seu grau, não configura, por si só, indicação cirúrgica para DRGE. Segundo o Consenso Brasileiro de DRGE, publicado em 2010 na Arq. Gastroenterol., a cirurgia de fundoplicatura é formalmente indicada em casos de hérnia de hiato fixa ou naquelas >2cm. Outras indicações de cirurgia em pacientes com DRGE são menos definidas, mas a literatura aponta como indicações para o procedimento: Esofagite com recidiva frequente; Sintomas refratários à terapia. Apesar do grande número de trabalhos publicados que buscam mostrar redução da evolução da displasia no Epitélio de Barrett após cirurgia antirrefluxo, tal correlação ainda não foi definida. O
pelo uso crônico de antibióticos. A melhor conduta é suspender a dieta enteral e garantir o aporte nutricional por via parenteral, enquanto se pesquisa a associação ou não de colite. A dieta enteral deve ser reintroduzida aos poucos, avaliando-se a troca da fórmula oferecida.
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Questão 33. Os fatores relacionados às hérnias incisionais são os mesmos associados aos defeitos de cicatrização em geral. Podem ser inerentes ao paciente (estados de imunossupressão, desnutrição, infecção no sítio cirúrgico) ou à técnica cirúrgica inadequada. Entre as alternativas, apesar de todas apresentarem itens relevantes, a mais adequada a essa descrição é a “d”.
Sic R3 Cirúrgica
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NORTE
21. As causas mais prováveis de diarreia nesse caso "a Questão Questão 15. A alternativa “a” está correta. Pacientes com " são intolerância à dieta enteral, associada ou não a uma colite menos sintomas e menores complicações são aqueles que melhor