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Energias Renováveis: Porque é que Deve Considerá-las no Seu Plano de Negócios?
cedente à rede (algo que já tem enquadramento legal no âmbito da Lei da Electricidade n.º 12/2022, publicada em Julho do ano passado em Moçambique).
A transição para energias renováveis exige inovação e desenvolvimento de novas soluções tecnológicas. Ao incorporarem esse tipo de iniciativas no seu plano de negócios, as empresas podem impulsionar a inovação interna, diferenciar-se dos concorrentes e posicionarem-se como líderes no seu sector. Algumas empresas localizadas no MOZPARKS (Parque Industrial de Beluluane) já são exemplo disso. Tal permitirá às empresas abrirem portas a novos mercados e a novas oportunidades de negócio, assim como tornarem-se apelativas para potenciais investidores que, cada vez mais, optam por colocar o dinheiro em empresas ambientalmente responsáveis, satisfazendo os critérios ESG (Environmental, Social e Governance), que dos em 2022 vários diplomas que visam a regularização deste sector. Neste sentido, cabe às empresas estarem atentas e perceberem como podem tirar proveito destes novos regulamentos, assim como garantir que estão em conformidade com os mesmos.
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Avaliar os Riscos e as Oportunidades são uma medida para avaliar o desempenho das empresas nessas áreas.
Ao considerar a transição para as energias renováveis no seu negócio, é importante realizar uma análise cuidadosa da viabilidade económica do projecto, avaliando os riscos e oportunidades específicos para o seu sector de actividade, de modo que, posteriormente, possam identificar as melhores estratégias de implementação das acções. Nessa avaliação, é também importante considerar os riscos associados, tais como os custos elevados na fase de construção da infra-estrutura, a intermitência das energias solar e eólica e até os impactos ambientais negativos causados não só na fase de construção, como também aquando do fim de vida da infra-estrutura (ex.: parque fotovoltaico). Para tal, deve ser elaborado um plano onde esteja previsto um destino adequado para os resíduos gerados, privilegiando soluções de economia circular.
Por último, mas não menos importante, os governos de todo o mundo, incluindo o de Moçambique, encontram-se a criar regulamentos e normas cada vez mais rígidas relacionadas com as emissões de carbono e com o uso de energias renováveis nos países. Neste âmbito, o papel da Autoridade Reguladora de Energia (ARENE) e do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) tem sido bastante importante, tendo sido publica-
Curiosidade:
Para além das razões já apresentadas, a transição para as energias renováveis permite ainda criar empregos “verdes”, impulsionado a crescimento económico do país. Serão necessários quadros técnicos para a instalação e manutenção de painéis solares e fotovoltaicos, técnicos de turbinas eólicas, engenheiros de energias renováveis, especialistas em eficiência energética, entre muitos outros. Num país em que sol e vento não faltam, Moçambique e as suas empresas só têm a ganhar ao fazerem esta transição!
(1) Fonte: “Como evitar um desastre climático”, Bill Gates (Fevereiro, 2021)
Livro “Energia e Civilização”, Vaclav Smil (Outubro, 2021)
“O efeito fotovoltaico (FV) - a geração de electricidade por meio de eléctrodos metálicos expostos à luz – foi descoberto por Edmond Becquerel em 1839, mas foi só em 1954 é que os Laboratórios Bell produziram células solares de silício, caras e de baixa eficiência, que foram primeiro usadas em 1958 para alimentar (com somente 0,1W) o satélite Vanguard 1…”