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Utentes do CRIA produzem jornal de parede todos os meses

O Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI) do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA) começou a dinamizar o jornal de parede da instituição. Trata-se de um projeto dinamizado por Mariana Casimiro, psicomotricista, da instituição com a colaboração ativa de seis utentes.

O “jornal é mensal” e conta com diversas secções. Sendo que neste de dezembro, mostrado agora em janeiro, há notícias de dezembro, como por exemplo a Festa de Natal do CRIA, os ensaios para a peça de Natal ou visitas de alunos do curso de auxiliar de saúde da escola de Gavião.

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Tem ainda as atualidades do mundo com o destaque para o campeonato do Mundo do Catar e com a Argentina campeã do mundo.

No trabalho apresentado há um cantinho para as atualidades do mês de janeiro, nomeadamente os dias comemorativos, como por exemplo o Dia Mundial do Braille (6 janeiro), o dia do Riso (18 janeiro) ou o dia do Mágico (31 janeiro).

E há a secção social com os aniversários dos utentes, uma informação atualizada todos os meses.

De referir que o jornal tem uma interligação com a “Rádio CRIA” que funciona todas as segundas, quartas e sextas entre as 13:15 e as 14 horas, numa iniciativa liderada pelo Bruno Godinho.

Aliás, o Bruno juntamente com o Sérgio Esteves, a Cátia Meneses, o Hugo Caldeira e o Ricardo Pedro constituem a equipa do CACI responsável pela produção do Jornal de Parede, com a coordenação da psicomotricista Mariana Casimiro.

E nada melhor do que a equipa apresentar, pelas próprias vozes, o jornal a toda a comunidade do Cen- tro de Atividades e Capacitação para a Inclusão, num “evento” interno ao qual não faltou bolo e confetis.

À Antena Livre o Bruno contou que a rádio CRIA passa música escolhida por ele, mas também há discos pedidos. E a música mais pedida é a Floribela.

O Ricardo diz que é o responsável pelos aniversários, mantém essa atualização de quem faz anos na instituição.

O Hugo tem a componente desportiva e em ligação com o Sérgio, que olha para o mundo, escolhe - para o quadro da Câmara Municipal”, o que significaria “que ficariam de sobra no CRIA”. Para Vítor Moura, nesta situação, “o CRIA era praticamente obrigado a ficar com esse programa entre portas para não deixar no desemprego seis pessoas com muitos anos de casa, pelo que essa situação nem se colocaria pela nossa parte”.

“Foi sempre entendimento comum do CRIA e da Câmara Municipal” que o RSI ficaria na instituição, declarou Vítor Moura.

A descentralização desta competência “está efetivada desde o dia 2 de janeiro e avida do RSI e dos seus beneficiários no concelho de Abrantes não terá qualquer percalço com esta transferência de competências”.

Patrícia Seixas

ram para esta edição como destaque tem o campeonato do mundo. O Sérgio, diz a Mariana Casimiro, está em pesquisa permanente porque houve sempre muita rádio e sabe as novidades todas. E no dia do lançamento do jornal, quarta-feira, dia 18 de janeiro, era o frio e a neve em destaque no país.

E depois há a Cátia que escolhe o calendário de cada mês para os dias comemorativos. E como na quarta-feira era o Dia do Riso, no CRIA foram muitos os sorrisos com a iniciativa e com o bolo que comeram depois de terem conhecido o jornal.

Os utentes do CRIA já estão a organizar o próximo jornal com as notícias, atividades e datas de fevereiro com horários bem definidos. Ao longo dos dias vão fazendo as pesquisas para à sexta-feira, entre eles (equipa) poderem conversar e às terças poderem apresentar as ideias à coordenadora do projeto.

Esta é uma das muitas atividades desenvolvidas pelo Centro de Recuperação e Integração de Abrantes.

De notar ainda que este grupo do jornal de parede tem uma cobertura territorial grande, pois os utentes são naturais de Fontes, Paul, Alcaravela, Vale de Horta e Tramagal. Estas atividades acrescentam estímulo aos “colaboradores” do jornal, um trabalho que fica visível para toda a instituição e que todos os meses é atualizado.

Jerónimo Belo Jorge

Governo apresentou reforço para programa de voluntariado jovem

// O Governo anunciou um reforço de 1,5 milhões de euros por ano para o Programa de Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas que desde 2017 já envolveu 800 entidades e 10 mil jovens.

“Este programa é essencial na prevenção dos fogos florestais. Hoje anunciamos um reforço financeiro. Já não é só do Instituto Português do Desporto e Juventude, mas também do Ministério do Ambiente e do Ministério da Administração Interna”, afirmou a ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, em Vila de Rei, numa cerimónia que aconteceu ao final da tarde de dia 26 de janeiro.

“O programa tem um reforço de 1,5 milhões de euros/ano para permitir que mais jovens participem. Desde 2017 até hoje já foram desenvolvidos 2.400 projetos, envolvidas 800 entidades e participaram 10 mil jovens voluntários”, disse a governante.

Ana Catarina Mendes deixou ainda a nota que GNR escolheu Vila de rei para o primeiro curso de extinção de fogos florestais e que este programa “é um reflexo do que queremos que seja a nossa sociedade, mais inclusa e mais coesa.”

Este anúncio decorreu no âmbito do programa “Governo Mais Próximo”, no distrito de Castelo Branco, com mais de 40 iniciativas que contaram com a presença de membros do executivo.

Na apresentação do programa dois jovens deixaram o testemunho de jornadas do ano passado no distrito de Castelo Branco

Sara Santos explicou o trabalho feito pelos Voluntários da cáritas diocesana de Castelo Branco

O longo braço do Hezbollah

Já Umaro Fal explicou o que é que fizeram, nomeadamente as ações de sensibilização, muitas ações com crianças na área do ambiente, na forma de lidar com o lixo, para além da preservação da floresta.

A ministra Ana Catarina Mendes sublinhou que o objetivo do Governo é “aumentar a participação de jovens no projeto”.

Já o presidente da Câmara de Vila de Rei, Ricardo Aires, realçou a importância deste programa para a vigilância da floresta e prevenção de fogos florestais. O autarca disse mesmo que se trata de um meio auxiliar de vigilância em zonas sombra da floresta. Por isso enalteceu o Instituto Português do Desporto e Juventude pois este programa permite a disponibilidade de meios auxiliares nas zonas sombra, aquelas que não têm videovigilância ou das torres. “Devemos prevenir e antecipar a tragédia.”

Nesta ação, além da ministra da Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, estiveram presentes o ministros do Ambiente e da Ação Climática, o ministro da Administração Interna e o secretário de Estado do Desporto e Juventude.

José Luís Carneiro começou por dizer que aos 15 anos participou num programa de voluntariado do Instituto Português da Juventude na floresta que lhe permitiu conhecer a floresta e o bem comum.

José Luís Carneiro notou que “estamos a comemorar a coopera- ção e da sustentabilidade. Só com a cooperação é que conseguimos avançar para a defesa e prevenção da floresta, naquilo que são as alterações climáticas.”

Ainda, de acordo com o MAI, até mesmo a União Europeia chamou os governos para falar sobre este novo paradigma de alterações climáticas com definições claras de pré posicionamento de meios. E foi uma decisão para já, por forma a não esperar mais alguns anos.

O MAI deixou a nota que continuamos a ter 55 % dos incêndios provocados pelo uso negligente de fogo e que 27 % ocorrem por incendiarismo.

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, voltou a fazer referência às alteraões climáticas que são uma realidade e que por isso é preciso atingir a neutralidade carbónica. É preciso reduzir as emissões, mas, acima de tudo, também é preciso aumentar a captação de carbono e isso faz-se com as nossas florestas.

Duarte Cordeiro fez as referências ao Programa de Modificação das Paisagem, financiando pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para além dos trabalhos desenvolvidos pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

E depois deixou ainda outro indicador, que pode ser controverso: “O país é cada vez mais eficaz no combate.”

Jerónimo Belo Jorge

Nos últimos anos assistiu-se a uma alteração substancial no comportamento dos grupos terroristas e do crime organizado. Comportamse como verdadeiras empresas transnacionais, aproveitando a fragilidade política de muitos Estados e a sua incapacidade de controlo do seu território, para se estabelecerem e controlarem atividades que lhes providenciem uma fonte de rendimento para manterem as suas operações nos países de origem. Vimos isso com o Estado Islâmico, que se apoderou dos poços de petróleo no norte do Iraque para financiar a sua atividade. Desta vez, é o Hezbollah, uma organização muçulmana xiita e que tem sido nos últimos anos a testa de ferro do regime iraniano na sua rivalidade contra Israel e a Arábia Saudita.

É um grupo considerado terrorista por muitos países, mas isso não o tem impedido de expandir a sua influência e poder pelo Médio Oriente e além. A CIA manifesta-se agora particularmente preocupada com a recém conhecida expansão e consolidação da presença do Hezbollah na América do Sul. Em particular, existem três regiões onde esta presença é cada vez mais notória e ameaçadora. O triângulo da Foz do Iguaçu, onde as fronteiras do Brasil, Argentina e Paraguai se cruzam é particularmente conhecido por ser uma região onde operam máfias e grupos armados que ganham milhões com o contrabando e tráfico de droga e armas. De acordo com informações divulgadas pelos EUA, a presença do Hezbollah nesta região é a cada vez mais percetível. Devido ao crescente aumento da produção de cocaína na Bolívia e ao reforço do poder dos gangues armados brasileiros, que fazem a distribuição em território brasileiro, o Hezbollah tem reforçado o seu poder e presença na região, assim como as receitas provenientes dos diversos tráficos.

Esta presença do grupo libanês é também bastante forte mais a norte, na Venezuela, onde mais uma vez o Hezbollah tem uma presença cada vez mais forte no tráfico de droga. Esta liberdade de atuação tem sido possível graças aos avultados subornos pagos ao governo de Nicolas Maduro, que consegue desta maneira uma fonte de financiamento que lhe permite, em parte, contornar as sanções económicas internacionais. Ao lado, na Colômbia, está o prémio mais apetecido. A Colômbia é, de longe, o maior produtor de cocaína da América Latina e a produção continua a crescer. As relações entre as FARC e o Hezbollah permitiram ao grupo islâmico estabelecer-se no tráfico de droga dentro do país e também para destinos na Europa e América do norte.

No fundo, a fragilidade dos Estados são oportunidades de ouro para que estes grupos armados radicais encontrem formas de conseguir financiar e perpetuar a sua atividade com maior poder e violência.

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