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Megaph Cultne ural
EXCLUSIVO! Entrevistamos um dos maiores nomes do rock brazuca: Tony Babalu Página 2
Ano IV – Nº 18 – Edição Quinzenal | 16 de dezembro de 2014
s o m i n ô n A s i é No
s o n a 5 1 a t e l comp
O Fernando Pineccio
s Noéis Anônimos comemoram 15 anos de atividades neste Natal. O divertido grupo de papais noéis tipicamente brasileiros – vestidos de verde e amarelo foi fundado em 2000 e hoje reúne mais de 100
pessoas envolvidas diretamente na ação, entre ‘bons velhinhos’ e equipe de apoio. A iniciativa solidária visa proporcionar um Natal mais feliz a famílias carentes. Neste ano, os Noéis Anônimos desembarcam na região central de Itapira em duas datas: na sexta-feira (19), à noite, para avisar a todos sobre a tradicional festa que
acontece no dia seguinte, sábado (20). Ainda na noite de sexta haverá o encontro com o Papai Noel da Acei (Associação
Comercial e Empresarial de Itapira), na casinha da Praça Bernardino de Campos. Uma grande queima de fogos marcará a comemoração pelos 15 anos distribuindo alegria e arrancando sorrisos e lágrimas da população que sempre se emociona com o grupo. Página 5
Multilinguagem
2º EncontrArte marcado para janeiro em Itapira Léo Santos
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Reconhecimento
Roda de Capoeira é declarada Patrimônio Imaterial pela Unesco Página 7
Trabalho
Casa das Artes conquista prêmio da Fundação Abrinq Página 4
Caixa
Orçamento da Cultura em Itapira será de R$ 2,33 milhões em 2015 Alegria e solidariedade pedem passagem com tradicional
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A
E agora, quem poderá nos entreter?
morte do humorista Roberto Gomez Bolaños gerou comoção internacional - especialmente nos países da América Latina que tiveram o privilégio de conviver com seu trabalho. O criador de Chaves e Chapolin finalmente descansou após anos enfrentando problemas de saúde. E notícias falsas sobre sua morte. O dia, enfim, chegou, entristecendo milhares de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a repercussão foi estrondosa e houve até quem a considerasse exagerada. Talvez por não compreender o real significado da figura do humorista e de sua obra. O principal programa de Bolaños, Chaves, há décadas é exibido pelo SBT (Sistema Brasileiro de Televisão). A emissora de Silvio Santos tem um papel muito importante na fama e no carinho conquistados pela genial produção. Genial, sim, pois com a receita de fazer o telespectador rir a cada 30 segundos, Bolaños conseguiu bem mais que isso. Chaves faz rir há mais de 40 anos, e até quem já decorou por Antonio Carlos Monteiro, especial para o Megaphone
P
restes a completar 61 anos, mas se sentindo com 18. É isso que o rock'n'roll faz com as pessoas e não poderia ser diferente com um dos músicos mais talentosos e criativos do rock brasileiro, Antonio Medeiros Jr., mais conhecido como Tony Babalu (o segundo nome se deve a uma suposta semelhança com o escudeiro de Pepe Legal no desenho animado dos anos 60). Guitarrista, compositor e produtor, Babalu tem seu nome bastante lembrado por sua intensa participação em discos e shows da lendária banda Made In Brazil, mas também desenvolveu vários outros trabalhos musicais, culminando no lançamento este ano de seu CD solo Live Sessions At Mosh. Atravessando o que considera um momento especial de sua carreira, Babalu fez um resumo de sua trajetória para o Megaphone. Prepare-se para embarcar numa viagem de quarenta anos na história do rock brasileiro. Como bom filho da Pompeia (N.R.: bairro paulistano considerado o berço do rock da cidade), foi convivendo com a galera rockeira de lá que você despertou para o rock e o blues? Tony Babalu: Com certeza, sim. O bairro respirava música e contracultura na virada dos anos 60 para os 70, atmosfera puxada pelos Mutantes e pelo Made In Brazil, que ensaiavam quase diariamente a cerca de 50 metros um do outro. Com o regime político fechado e a inexistência de locais e opções para se reunir, o que aproximava as pessoas eram as audições de discos de rock, em volume absurdamente alto, seguidas de discussões coletivas e apaixonadas sobre detalhes das obras, sobretudo de execução. Não havia outro assunto e assim conheci Hendrix, Beck, Zeppelin, Purple, Who, Cream e muitos outros. A gente sabe que naqueles tempos a dificuldade para se conseguir informações era muito pior do que hoje em dia. Como você aprendeu a tocar guitarra? Tony: Bota dificuldade nisso... Comecei tentando aprender violão de forma tradicional, com professora e tal, mas depois que ela me passou Meu Limão, Meu Limoeiro desisti no ato, e passei a acompanhar de perto as jams e ensaios da banda Fuch, no porão da casa do Juba (baterista da Blitz), também na Pompeia. O saudoso Wander Taffo (Rádio Táxi), que
os episódios raramente deixa de esboçar um sorriso com os mal-entendidos e confusões entre os moradores do cortiço. A morte de Bolaños, na verdade, acaba tendo um significado simbólico. Seu principal personagem continua aparecendo na TV diariamente em diversos países, como já acontece desde o fim das gravações, há mais de vinte anos. Com Bolaños vivo, entretanto, o sentimento era de que aquele humor ingênuo e simples ainda teria espaço por muitos e muitos anos, alcançando muitas outras gerações. Já com sua morte, perde-se o referencial de uma receita humorística que nunca precisou apelar para a sexualização, tampouco menosprezar minorias. Ao contrário, Bolaños soube criticar, de forma irônica, diversos problemas sociais presentes na vida do cidadão comum e menos favorecido. Bolaños se foi, mas deixa um legado rico e repleto de reconhecimento. Ainda há muita coisa capaz de entreter muita gente. Mas como seus personagens, ninguém, jamais, conseguirá fazer.
TONY BABALU
U m a v i d a ro c k ' n ' ro l l Marina Abramowicz
estúdio Mosh e outro grande amigo da Pompeia. O Mosh havia adquirido o aparelho que sincronizava a captação em fita analógica com o sistema digital Pro Tools e ele me propôs testá-lo na sala A do estúdio, o que, claro, aceitei de imediato. Porém, entramos em estúdio sem ter a certeza de que daria certo. Respondendo finalmente à sua pergunta, foi trabalhoso, sem dúvida, mas faria tudo de novo sem hesitar. A repercussão de Live Sessions At Mosh tem sido excelente. Como fica sua carreira a partir de agora, você passa a dar mais prioridade para seu trabalho solo ou pretende continuar investindo na Betagrooveband? Tony: Pretendo investir nos dois se as condições permitirem, mas a prioridade agora é gravar o CD da Betagrooveband.
Tony Babalu celebra momento especial com chegada de disco solo me vendeu a Stratocaster que uso até hoje, e Mozart Mello foram minhas referências, e a partir daí aprendi de ouvido, mesmo, tirando na raça solos e riffs dos discos, como todo mundo fazia na época. Você tem uma ligação muito forte com o Made In Brazil. Como começou essa relação com os irmãos Vecchione? Tony: Em 1973, o Oswaldo foi assistir à banda Aço, em que eu tocava com o Junior (Patrulha do Espaço) e o Luiz Chagas (Isca de Polícia), no Teatro 13 de Maio, no Bixiga, e me convidou a entrar no Made. Já conhecia os Vecchione de vista e era amigo do Franklin Paolillo, batera que havia tocado com eles. Apesar do susto inicial, me adaptei rapidamente ao profissionalismo do grupo, chegando a contribuir com a música Intupitou o Trânsito nesse disco, em parceria com os dois irmãos. Leandro Almeida A partir daí e até hoje participei da maioria das atividades do Made, como gravações, shows etc. O ápice dessa parceria foi o disco Pauliceia Desvairada (1978), em que assinei a composição de nove faixas junto com o Oswaldo.
Aos 61 anos, músico continua atuando com gás total
No início dos anos 80, você en-
trou no Quarto Crescente com outro ex-Made, o vocalista Percy Weiss. Por que a banda deixou apenas um disco? Tony: Entrei no Quarto Crescente após a gravação do disco, cujas guitarras foram gravadas por Edu Manga, atualmente guitarrista da banda Flying Rock. Minha estreia foi na antológica boate Be Bop A Lula, reduto underground dos anos 80. O Quarto Crescente foi basicamente uma banda da noite, bancada pelo então milionário batera Horácio Malanconi, já falecido, e seu único objetivo era tocar e se divertir. A banda simplesmente não se deu conta da possibilidade real de sucesso e não divulgou o disco nem preparou novas músicas para um eventual segundo trabalho. Faltou seriedade, sobrou soberba, mas foi um dos períodos mais divertidos de minha vida, infelizmente muito pouco registrado.
Nascidos e Mal Criados assistir aos vídeos Demais e Muito Louco. Ali está a essência de tudo.
Já no início dos anos 90, você iniciou um projeto de funk rock chamado Bem Nascidos e Mal Criados. A banda não gravou nenhum disco? Por quê? Tony: O Bem Nascidos e Mal Criados (1989-1994) surgiu na exata fase de transição do analógico para o digital, época da maior crise do mercado fonográfico brasileiro. Adicione a esse cenário um grupo voltado para a black music com pegada rockeira e arranjos com um pé no progressivo. Como gravar ainda era muito caro, a banda não teve chance e terminou antes de conseguir se firmar. Na verdade, ela nasceu antes da hora, acredito. Sugiro a quem tiver a curiosidade de saber o que foi o Bem
E neste ano você lançou Live Sessions At Mosh. A ideia desse trabalho era mostrar todo o seu ecletismo como músico? Tony: Os temas de Live Sessions..., com exceção de Valsa À Paulistana, foram criados em épocas distintas e distantes entre si, e a ideia de gravar o disco é mais recente, o que pode ter contribuído para esse ecletismo, que não foi, contudo, intencional.
Já nos anos 2000, foi a vez da Betagrooveband. Como você define o estilo da banda? Tony: A Betagrooveband representa uma volta ao passado, mais especificamente aos anos 70 com sua formação de power trio, o que dá um trabalhão enorme aos músicos para preencher os espaços vazios, resultando em um som seco, nervoso e incisivo. A juventude e vitalidade de Marina Abramowicz na bateria e de PV Ribeiro no baixo são a razão principal de o grupo atingir aquela faixa etária que não admite firulas e gosta de escutar tudo com o volume no talo. Sinto-me com 18 anos tocando com os dois e tenho de me esforçar muito para encarar o pique da dupla.
Live Sessions At Mosh foi gravado ao vivo e no sistema analógico. Isso não fez todo o processo ser muito mais trabalhoso? Tony: A decisão pelo sistema analógico foi tomada a partir de uma sugestão de Oswaldo Malagutti, dono do
Você tem mais de quarenta anos de carreira. O que o rock lhe deu ao longo de todo esse tempo? Tony: Acho que a capacidade de me manter jovem e conectado com todas as faixas etárias é o principal retorno de quem adota o rock como parte de sua filosofia de vida. Você mesmo, meu caro xará e velho amigo Tony Monteiro, estava ao meu lado quando Paul McCartney, com seus 72 anos, detonou Paperback Writer ainda outro dia no Allianz Parque, fazendo o estádio vir abaixo, com milhares de pessoas em um frenesi absoluto, repetido incontáveis vezes durante aquela noite. O rock, quando básico e sem pretensões de mudar o mundo com conceitos, movimentos políticos ou coisas do tipo, faz com que o tempo não envelheça o espírito, algo não encontrado em nenhuma outra forma de arte. Quais seus próximos planos? Tony: Continuar trabalhando Live Sessions..., gravar a Betagrooveband, talvez compor novamente algumas músicas com letras, tocar meu selo Amellis Records (mais um projeto 'na contramão'...), torcer pelo São Paulo na Libertadores, encontrar meus amigos da Pompeia de vez em sempre, torcer para a tour dos Stones passar por aqui em 2015, comprar os novos do Clapton e do AC/DC quando saírem etc. etc. Mais do mesmo, em suma. Antonio Carlos Monteiro (Tony) é jornalista, músico e crítico musical. Grace Lagôa
Editorial
Tony em 1985, durante gravações junto ao Made
Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*
Impressão: Jornal Tribuna de Itapira
Vendas: Alexandre Battaglini (9.9836.4851)
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Projeto Gráfico: Cássio Rottuli (9.9946.9027) Cidade-sede: Itapira/SP
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facebook.com/megaphonenews *Exceto matérias assinadas. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do Megaphone Cultural.
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Janeiro abriga segunda edição do EncontrArte O cardápio cultural variado no início do ano já está garantido em Itapira. A tarde do dia 18, domingo, abriga a segunda edição do EncontrArte, evento que concentra as mais diversas expressões artísticas em um mesmo ambiente. Idealizado basicamente na forma de um sarau cultural, o evento teve sua estréia em fevereiro passado, no VIP Eventos, local que volta a receber a iniciativa. A programação já está praticamente fechada, mas ainda pode sofrer alterações, especialmente com a inclusão de mais atrações. “Esperamos que esta segunda edição do EncontrArte venha consolidar nossa iniciativa, contando com a colaboração de artistas de talento e agora, inclusive, de outras cidades da região”, comenta o idealizador do evento, o poeta e professor Luiz Martinho Stringuetti Filho. “O EncontrArte mantém sua proposta de reunir, de maneira independente, artistas e apreciadores da arte de Itapira e de cidades vizinhas, oferecendo uma alternativa de lazer e cultura que, acima de tudo, divulga e promove a criação artística de nossa terra”, acrescenta.
Léo Santos
Agenda dos melhores eventos de 28/11 a 15/12
PROGRAME-SE ITAPIRA
16/12 – Banda Ilusão de Ótica Praça Bernardino de Campos – Centro – 20h00 17/12 – Banda Lira Itapirense – Concerto Especial de Natal Praça Bernardino de Campos – Centro – 20h00 17/12 – Cantata de Natal Centro Espírita Luiz Gonzaga – Vila Kennedy – 20h00 18/12 – Banda Marcial Trunfo do Evangelho Praça Bernardino de Campos – Centro – 20h00 18/12 – Orquestra de Viola Caipira Praça Bernardino de Campos – Centro – 20h00 19/12 - Noéis Anônimos Rua José Bonifácio e Praça Bernardino de Campos – Centro – 20h00 20/12 - Noéis Anônimos Praça Bernardino de Campos – Centro – 11h00 20/12 – Capitão Black 13 Anos Capitão Black 13 Anos – Avenida Jacareí, 64 – Santa Cruz (matéria nesta edição) 22/12 – Banda Pop Praça Bernardino de Campos – Centro – 20h00
Com início às 14h00, o cronograma reunirá exposições fotográficas de Fábio Zangelmi, Fernando Pineccio, Sabrina Brombim e Tiago Rossi; apresentações musicais com Raphael Lupinacci (violão erudito e popular) e Zé Guerreiro (viola caipira e popular) e recital com o tenor Daniel Duarte e o pianista Leandro Cavini. Na área musical, espaço ainda para discotecagem de João Oliveira. O campo das artes plásticas vai reunir os artistas Carlos Torriani (Mogi Guaçu), Fernando Fragoso (Campinas), Mariana Pierossi, Tiago Alexandre Pompeu e Márcia Olympio – todos de Itapira. Também é prevista uma oficina de fotografias com celulares
23/12 – Cristal & Banda Praça Bernardino de Campos – Centro – 20h00
Evento volta a reunir diversas expressões artísticas e cargo de Fábio Zangelmi. Neste caso, os interessados devem se inscrever pelo email encontrarte_adm@ yahoo.com.br ou pelo telefone (19) 9.9792-7325. A programação ainda deverá incluir números de dança e performance cênica, cujas participações estão sendo definidas. Espaço ainda para varal artístico e leitura de poesias a cargo de Bruno Fernandes e Leandro Louback, ambos de Mogi Guaçu; e do itapirense Henrick Baratella, ao lado de Luiz Martinho. A organização acontece em parceria com Ricardo Sartoretto, administrador do VIP Eventos.
Em breve, a programação completa estará disponível na página do evento no Facebook (www.facebook. com/encontrarteitapira) e também no www.PortalMegaphone.com.br. A entrada será de R$ 6,00 por pessoa, mais um quilo de alimento não perecível. Sem a doação do alimento, o ingresso custará R$ 10,00. Os alimentos arrecadados serão revertidos à entidade assistencial que também segue em definição. No ano passado, o evento reuniu aproximadamente 100 pessoas e arrecadou perto de 50 quilos de ração canina que foram doados à Uipa (União Internacional Protetora dos Animais).
MOGI MIRIM 20/12 – Dose de Arte Praça Rui Barbosa – Centro – 12h00 (matéria nesta edição) MOGI GUAÇU 18/12 – Red Brown Praça Duque de Caixas, 81 – Centro 19/12 – Projetos Engavetados Praça do Recanto – Centro - 20h00 19/12 – Tanto Herói Canalha Parque dos Ingás – Centro - 20h30 20/12 – Máfia do Blues Praça Duque de Caixas, 81 – Centro 21/12 – Igual Blues Band Choperia Tradição – Avenida Luiz Gonzaga de Amoedo Campos, 31 – Aterrado – 18h00 22/12 – Guassu Maracatu de Baque Virado Praça do Recanto – Centro – 20h00 27/12 – Projetos Engavetados (Tributo a Engenheiros do Hawaii) O Profeta Pub Rock – Rua Vereador João da Rocha Franco, 39 – Centro – 23h00
Capitão Black comemora ProAC recebe mais aniversário com festa open bar de 5 mil projetos Divulgação
para 46 editais A Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo recebeu, entre junho e novembro deste ano, ano 5.792 projetos para os 46 editais do ProAC (Programa de Ação Cultural) lançados. Segundo a pasta, 2.116 (37%) desses projetos foram formulados nas cidades do interior e do litoral paulista para os mais variados segmentos culturais como museus, festivais de arte, literatura, música, teatro, dança, circo, artes visuais entre
Banda 70 e Tal participa de aniversário de tradicional casa O Capitão Black celebra 13 anos de atividades com festa open bar no dia 20 de dezembro. A noite conta com shows das bandas 70 e Tal e Sexy Sexy Drive, além de discotecagem com os DJs Lai e Kay. A casa foi aberta em 18 de dezembro de 2001 e se tornou refe-
rencial na região. O evento é destinado somente aos maiores de idade e os convites antecipados no primeiro lote custam R$ 40,00 (homem) e R$ 30 (mulher). No segundo lote, o valor passa para R$ 50,00 (homem) e R$ 40,00 (mulher). Na portaria, os
valores também podem ser alterados. As vendas acontecem diretamente na casa, situada à Avenida Jacareí, 64. O open bar conta com cerveja Amstel e vodka Smirnoff, além da batida ‘Poção Black’ – resultado da mistura de vodka com suco de pêra e
licor. A apresentação de documento de identidade será obrigatória na portaria. Maiores informações e reservas pelos telefones (19) 3863.7272 e 3863.1337, ou ainda pelo email contato@capitaoblack.com. br. O evento começa às 23h00.
outros. Com investimento total de R$ 44 milhões – R$ 14 milhões a mais do que no ano passado, foram contemplados 683 projetos em todo o Estado. Alguns editais já foram finalizados, e estão atualmente em fase de assinatura de contratos. Os demais estão em processo de avaliação de documentos e deverão ter os resultados finais divulgados até o dia 20 de dezembro. Para conferir detalhes acesse o site: www.cultura.sp.gov.br.
PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO O Jornal Megaphone circula quinzenalmente, sempre entre os dias 10/15 e 25/30 de cada mês. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu:
ITAPIRA
Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz Jazz Café |Rua José Bonifácio, 365 – Shopping Sarkis Mil Mídias |Rua 24 de Outubro, 166 - Centro Costa Maneira|Rua Alfredo Pujol, 190 - Centro
MOGI MIRIM
Spookshow Rock Store |Rua Voluntário Chiquito Venâncio, 267 – Centro Bancas do Sardinha | Praça Rui Barbosa (Centro) e Rua Pedro Botesi (Tucura) School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro Rogatte Tattoo Rua XV de Novembro, 133 - Centro
MOGI GUAÇU
Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde Riff Lord Stúdio | Rua Waldomiro Martini, 63 – Centro Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro Banca da Capela |Praça da Capela - Capela
Quer ser um distribuidor? Entre em contato: (19) 9.9836.4851 ou contato@portalmegaphone.com.br
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Que tal uma dose de
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ARTE?
Evento em Mogi Mirim une diversas linguagens artísticas em praça pública
A
mostra multiartística ‘Dose de Arte’ chega à sua quinta edição no dia 20 de dezembro, em Mogi Mirim. Promovido pela Cia Imagem Pública, o evento acontece desde 2012, ano que concentrou três edições. No ano passado, a iniciativa foi repetida e, agora, se consolida com programação recheada de música, teatro, artes plásticas, dança e literatura. Aberto ao público, o Dose de Arte ocupará a Praça Rui Barbosa, no Centro de Mogi Mirim, ente 12h00 e 18h00. “O evento tem por finalidade divulgar os trabalhos de artistas locais e da região, de maneira gratuita, possibilitando assim o acesso democrático da população e dos turistas às atrações que farão parte dessa edição do evento”, comenta um dos organizadores da mostra e produtor da Cia Imagem Pública, André
Almeida. Na parte musical, o som está garantido com as bandas Tanto Herói Canalha, Inspirados e Indigo Frequency, todas de Mogi Guaçu; mais o cantor Tiago Buyu, de Itapetininga. Na área teatral participam as companhias Talagadá, de Itapira, com o espetáculo ‘Na Boca do Lixo’, e a própria Imagem Pública, com ‘O Violão’, além de intervenções ao longo do evento. A dança é representada por Lucas Viola, Israel Ricardo e Alex Rosa; enquanto que o segmento das artes plásticas reúne Danielle Pulz e Cristiano Azevedo. No campo da literatura, o evento reúne a participação do Núcleo dos Escritores Mogimirianos e da Biblioteca Municipal de Mogi Mirim. “Agradecemos a todos os artistas, produtores e colaboradores que acreditam na cultura acima de tudo”, finaliza Almeida.
Projeto da Casa das Artes alcança 3ª etapa do Prêmio Criança da Abrinq O Projeto Batutinha, mantido pela Casa das Artes de Itapira, alcançou a terceira etapa no Prêmio Criança da Fundação Abrinq. A solenidade de entrega do selo ‘Prêmio Criança – Save The Children’ aconteceu no dia 2 deste mês, no Teatro CETIP (Centro de Entretenimento, Arte e Cultura), em São Paulo. Foram contempladas somente quatro instituições brasileiras que atendem crianças com idade entre 4 e 6 anos. Organizações sociais, empresas, representantes de órgãos públicos, conselheiros, financiadores, parceiros e colaboradores da Fundação Abrinq estiveram na festa, em que foram divulgados os projetos finalistas – premiados com a entrega de estatuetas e com o selo nacional de qualidade. Foram inscritas 310 iniciativas, que passaram por uma triagem técnica. Na primeira etapa de seleção foram aprovados
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César Lupinacci (esq.) e Heloísa Bueno (dir.) participaram da solenidade em SP 127 e na segunda, 57 iniciativas foram selecionadas. Na terceira, 22 projetos foram escolhidos, entre os quais o Projeto Batutinha. A professora Heloísa Bueno, que integra a equipe de elaboração de projetos da associação, avaliou a escolha como um fator muito importante como medidor do potencial transformador do projeto,
confirmando a seriedade junto à sociedade. Os critérios de seleção dos projetos tiveram como base os Princípios Norteadores do Prêmio Criança, um documento que contempla indicadores de qualidade para iniciativas voltadas para a primeira Infância. O diretor artístico e um dos fundadores da Casa das Artes, maestro
César Lupinacci, comemorou a conquista que representa o reconhecimento do trabalho. “Foi uma enorme satisfação saber que o Projeto Batutinha ficou entre os mais inovadores do país no que diz respeito ao desenvolvimento da criança, pois confirma que os objetivos que temos para o projeto estão sendo alcançados”, declarou.
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Cia Talagadá participa com ‘Na Boca do Lixo’
Cia Imagem Pública é responsável pelo evento
Cultura terá orçamento de R$ 2,33 milhões em 2015 A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Itapira terá, no próximo ano, R$ 2,33 milhões para subsidiar suas atividades. O montante é 0,9 % maior que o recurso disponibilizado à pasta neste ano, de R$ 2,31 milhões, resultando em um acréscimo de apenas R$ 20 mil. A verba consta na peça orçamentária aprovada pela Câmara Municipal no último dia 12, em sessão extraordinária do Legislativo. Antes disso, no dia 8, o projeto de lei que fixa a receita e estima as despesas do município para o exercício financeiro de 2015 já havia sido aprovado em primeira votação durante sessão ordinária. Mesmo com o pequeno aumento em relação ao orçamento deste ano, a pasta continua tendo bem mais recursos que no primeiro ano da administração do prefeito José Natalino Paganini (PSDB). Em 2013, quando o atual governo assumiu
a Prefeitura, o orçamento da Cultura e Turismo caiu para R$ 1,49 milhão ante R$ 1,87 milhão do ano anterior, 2012, último ano da gestão de Antônio Hélio Nicolai, o Toninho Bellini. Neste ano, contudo, a verba da pasta deu um salto expressivo e pela primeira vez entrou na casa dos R$ 2 milhões. Ao todo, o Orçamento Municipal de 2015 soma pouco mais de R$ 292 milhões. O patamar é 17,9% mais alto que a peça em vigor neste ano, de R$ 247, 7 milhões. ORÇAMENTO DA CULTURA E TURISMO ANO R$ (EM MILHÕES) * 2015............................. 2.330 2014............................. 2.310 2013............................. 1.490 2012............................. 1.870 2011............................. 1.720 2010............................. 1.330 2009............................. 1.301 2008............................. 1.174 2007............................. 1.225 * valores arredondados
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Fernando Pineccio
Chegada dos ‘bons velhinhos’ é sempre marcada por muita festa
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Noéis Anônimos:
Fernando Pineccio
aixas instaladas em diversos pontos de Itapira já anunciam a chegada deles. Frases alusivas ao espírito natalino e solidário avisam a todos para que preparem seus corações. Fundado no primeiro ano da década passada, o Noéis Anônimos completa agora 15 anos de atividades. O tradicional grupo de papais-noéis tipicamente brasileiros – vestidos com as cores verde e amarela – volta a aparecer com um motivo a mais para celebrar: a consolidação de um trabalho motivado pela solidariedade e responsabilidade social. A história do grupo começou em 2000, quando um bem sucedido empresário da cidade imaginou o que poderia fazer para, de certa forma, retribuir à comunidade o bom ano de negócios que teve. Ele concebeu a ideia e estipulou, como fator preponderante, o anonimato dos participantes. “O objetivo da campanha é chamar a atenção da imprensa e consequentemente da população para a solidariedade. Se este conceito estivesse aliado á imagem pessoal ou profissional, intimidaria a imprensa e poderia despertar dúvidas a respeito do verdadeiro objetivo da campanha, que não tem cunho empresarial ou político”, descreve o grupo. O empresário então convidou alguns amigos, o que resultou na primeira ‘aparição’ do grupo então
15 anos distribuindo alegria e solidariedade
Léo Santos
Fernando Pineccio
Criançada é principal foco da ação solidária formado por oito pessoas, que passaram a levar mais alegria a famílias carentes do município, distribuindo cestas de natal e brinquedos às crianças. A iniciativa rendeu e, no segundo ano, o grupo somou 20 integrantes. No tercei-
Grupo cresceu bastante e ganhou fama nos últimos anos ro, esse número saltou para 40 pessoas; no quarto, 53 e o quinto ano já eram 64 noéis anônimos. Hoje, o grupo concentra perto de 150 pessoas envolvidas na organização e equipe de apoio, dos quais aproximadamente 70 são noéis anônimos. “Todos ficam muito ansiosos. Durante o ano todo há reuniões e isso gera uma grande expectativa para nossas aparições em dezembro”, comenta um dos membros da equipe que or-
Alegria e emoção definem atuação dos Noéis Anônimos
ganiza os trabalhos – e que também se mantém anônimo. “Não vemos a hora de externar o carinho junto á população. É sempre muito gratificante. Sabemos que é pouco, mas muitas vezes aquele brinquedo que distribuímos é o único presente da criança no Natal, e a cesta garante a ceia da sua família”, enfatiza a fonte ouvida pelo Megaphone Cultural. Quem fica por trás da máscara confirma o sentimento. “É uma alegria e uma expectativa muito grande quando a data se aproxima. Expectativa de poder fazer o bem a alguém de com algo tão simples, como um abraço, um simples gesto de carinho”, diz um dos noéis anônimos que há oito anos integra o grupo. “É o que mais falta para muitas pessoas nessa época do ano, como muitos idosos esquecidos em asilos por seus próprios familiares, ou presentear uma família carente com a cesta de natal. É algo muito gratificante, emocionante e realmente não há palavras para definir o sentimento”, comenta. A retribuição não podia vir de outra forma: sorrisos, muitas vezes banhados em lágrima, acompanhados de calorosos abraços. NA RUA Neste ano, pela primeira vez o cronograma de ‘aparições públicas’ do Noéis
Anônimos envolve mais uma data. Na noite do dia 19, sexta-feira, parte do grupo vai caminhar pela Rua José Bonifácio distribuindo adesivos e convidando a população a prestigiar o evento-ápice na manhã do dia seguinte. A estratégia é aproveitar o movimento do comércio na sexta-feira à noite. Em seguida, os noéis anônimos vão se encontrar com o Papai Noel da Acei (Associação Comercial e Empresarial de Itapira), na casinha montada na Praça Bernardino de Campos. O ato desencadeará uma grande queima de fogos para marcar os 15 anos de atividades do grupo. Um vídeo institucional também deverá ser exibido ao público, contando a trajetória da iniciativa. No sábado, dia 20, as atividades começam bem cedo, com visitas de todos os noéis a asilos e casas de repousos, onde os velhinhos recebem o carinho e a solidariedade dos divertidos noéis na forma de lembranças e muitos abraços. Depois disso, o grupo se concentra em um ponto do Bairro dos Prados, de onde segue em carreata com destino ao Centro da cidade. Nova concentração acontece na parte baixa da Rua José Bonifácio, proximidades do ‘Cartório do Maurício’, onde os noéis descem do caminhão e sobem a via a pé, sempre em meio a milhares
de populares que se reúnem para recepcionar o grupo. Adultos e crianças ganham balas e sorvetes, e a chegada à Praça Bernardino de Campos também novamente sempre é marcada por muita festa. O espaço contará com diversos brinquedos infláveis para a criançada. A distribuição de cestas e brinquedos ocorre a partir das 12h30, no Centro Comércio e Indústria (Centrão). Neste caso, famílias previamente cadastradas em entidades assistenciais e na Secretaria Municipal de Promoção Social do município recebem vales para entrar e retirar os produtos. Outras crianças também são agraciadas com bolas – duas mil unidades, ao todo. Neste décimo quinto ano serão 1,1 mil cestas, cinco mil sorvetes, 1,4 mil brinquedos, 800 quilos de balas e algodão-doce e pipoca à vontade. Antes de tudo isso, no último dia 6 o Noéis Anônimos já passou pela Igreja de Nossa Senhora Aparecida do Jardim Raquel, onde distribuiu brinquedos às crianças atendidas em projetos sociais da comunidade católica do bairro. Já nos dias 10 e 11, respectivamente, a festa e distribuição de presentes foi junto aos usuários da da ADI (Associação Down de Itapira) e alunos da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais).
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ois concertos natalinos no domingo (14) e na quarta-feira (17) são responsáveis por encerrar a 1ª Temporada de Concertos Especiais da Banda Lira Itapirense, iniciada em maio passado. A primeira apresentação foi abrigada na Igreja Matriz de Santo Antônio e reuniu 40 músicos da centenária corporação a perto de 100 vozes integrantes dos corais Cidade de Itapira, Cristália, Municipal da Estância de Socorro e Veredas de Águas de Lindóia. Assim como ocorrido em agosto passado, durante a Festa da Nonna, a Lira voltou a receber a dupla lírica Marina Gabetta (soprano) e Nunno Dellalio (tenor). Já para o segundo compromisso, na Praça Bernardino de Campos, a Lira manteve os convidados, com exceção dos corais de Socorro e de Águas de Lindóia, que agendaram outros compromissos. O primeiro da série de cinco eventos foi o Concerto Brasileiríssimo, seguido pelo Italianíssimo, em agosto, durante a Festa da Nona; e pelo Tributo ao Rock, em outubro. O maestro e diretor artístico da Banda Lira Itapirense, Maurício Perina, se mostrou muito satisfeito com a realização da temporada. De acordo com ele, os compromissos exigiram empenho e responsabilidade dos músicos da corporação, e o resultado pode ser observado na evolução deles. “Houve um crescimento musical muito grande. Os músicos, muitos deles novos na banda, tiveram a oportunidade de trabalhar com diferentes gêneros musicais, o que culminou na somatória
Léo Santos
Corporação cumpriu cinco compromissos de maio até dezembro
Banda Lira encerra temporada de concertos especiais de mais conhecimento e experiência”, considerou. De fato, os programas dos concertos especiais passearam pela música brasileira, italiana, flertando inclusive com a ópera, até chegar ao Rock and Roll, encerrando, agora, com música sacra e de temas natalinos. “Foram estilos e linguagens com as quais muitos dos músicos ainda não tinham trabalhado, tivemos de tudo um pouco, até para que a temporada fosse diversificada e não
se tornasse repetitiva”, comentou. Segundo o maestro, a evolução musical dentro da banda pode ser sentida já a partir dos preparativos para o segundo concerto da temporada, com as peças do repertório sendo executadas sem a necessidade de tantos ensaios. “Isso também mostra o empenho de todos, vestiram a camisa mesmo e tiveram essa percepção da responsabilidade e da importância. Os professo-
Para maestro Maurício Perina, série de compromissos gerou ainda mais experiência à corporação
res também deram muito apoio, não somente nos ensaios, mas também nas aulas individuais, enfim, toda a equipe colaborou e tivemos um crescimento notável”. Para Perina, a união de uma corporação musical do naipe da Banda Lira a grupos de rock, como ocorrido em outubro, também serviu para quebras estigmas e até mesmo preconceitos acerca da música clássica. “Percebemos que esse concerto do Tributo ao Rock aproximou o público
ligado a esse gênero ao nosso trabalho, inclusive com muitas pessoas manifestando interesse em participar da banda. Acabamos abraçando outro público”, salientou. Em meio ao planejamento e cumprimento dos concertos, a Banda Lira ainda seguiu seu cronograma normal, participando de eventos cívicos e religiosos, por exemplo. “Estamos fechando o ano com aproximadamente 90 apresentações, o que acredito ser um recorde
na Banda Lira Itapirense”, frisou Perina. Após os dois concertos natalinos em Itapira, a corporação cumpre um último compromisso na cidade de Socorro (SP), onde atende convite para integrar a programação natalina da estância. De acordo com o maestro, nova temporada de concertos especiais não está descartada. Para isso, a Banda Lira espera novamente contar com recursos via ProAc (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) – que subsidiou o ciclo de eventos deste ano através do patrocínio do Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos – ou mesmo da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. Perina aproveitou para agradecer o apoio recebido da imprensa, bem como da Prefeitura, do Cristália, da ODS Consult e de todos que colaboraram com a iniciativa. Léo Santos
Perina destaca empenho dos músicos e equipe técnica
Liberdade de expressão é tema de mostra em São Paulo Na semana do Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado em 10 de dezembro, uma exposição reúne em São Paulo ca r taz e s , p ro d u z i d os e m todo o mundo, inspirados em liberdade de expressão, igualdade de gênero, democracia e combate à pena de morte. A mostra Poster for Tomorrow – Os Direitos Humanos em Cartaz, que reúne mais de 100 trabalhos vencedores de concurso internacional, foi aberta no dia 13, na Caixa Cultural São Paulo. A origem da exposição e s t á n a c i d a d e d e Pa r i s , onde um grupo de designers quis chamar a atenção da sociedade para problemas relacionados aos direitos humanos, em 2009. Foram convidados artistas de diversos países para elaborar cartazes com essa temática. A mobilização mundial foi reunida em um concurso, que acumula seis edições. Todo ano, as 100 melhores obras de cada edição são expostas em vários países. A mostra brasileira é inédita no mundo porque apresenta uma seleção de obras
COMEÇANDO –
Reprodução
Exposição segue até março na capital produzidas e premiadas desde o início do projeto. A curadora do evento Ruth Klotzel conta que “o público terá ainda acesso a projeções digitais de cartazes em um painel, no qual serão exibidas dia-
riamente as obras de todas as edições”, um total de 600. “Além disso, nós agregamos informação com pequenos textos sobre os temas, como o direito à moradia e a pena de morte”, completa. Mapas
e gráficos integram o projeto e mostram desde dados sobre a escolaridade no mundo até a participação da mulher na vida pública. A a b e r t u ra d o e v e n t o teve conversa informal com
Integrantes do Motoclube Piramoto, responsável pela organização do Motor Rock Itapira, se reuniram com o prefeito José Natalino Paganini (PSDB) no último dia 9. Na pauta do encontro, assuntos ligados aos preparativos da 11ª edição do evento, que acontece em abril de 2015. O chefe do Executivo Municipal recebeu, em seu gabinete, os motociclistas e membros do Piramoto Benedito Romano, Andressa Romano Pio, Fernando Barel e Idesmir Barbanti Júnior (o Mirinho), além do secretário municipal de Cultua e Turismo Marcelo Dragone Iamarino. A Prefeitura atua como parceria no tradicional evento motociclístico que neste ano comemorou dez anos de atividades ininterruptas.
Hervé Matine, presidente, da ONG (Organização Não Governamental) 4 Tomorrow, organizadora do concurso, e de Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto nas dependências do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), em 1975, durante a ditadura militar. Segundo Klotzel, Ivo tem a missão de representar a liberdade de expressão, um dos destaques na mostra. “Outra novidade é a ambientação, que nas exposições mundo afora não tem. Colocamos cor nas paredes, não há cartaz dentro de moldura nem vidro, eles são colocados com imã, sem
aquela áurea de obra de arte inatingível”, ressalta Klotzel. O cartaz é uma peça de fácil reprodução, pode ser d i v u l g a d o, r e i m p r e s s o e espalhado pela cidade. A curadora relembra que “o cartaz foi a primeira peça de comunicação urbana, remontando à idade média, já que veio substituir o mensageiro do rei”. Portanto esse formato teria uma vocação urbana e democrática. “A gente luta para que o cartaz esteja mais nas ruas, temos aqueles publicitários, mas o ideal é que ele sirva a um interesse público e não somente comercial”, finaliza. A exposição é gratuita e fica em cartaz até 1º de março de 2015.
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U
ma das manifestações culturais mais conhecidas no Brasil e reconhecidas no mundo, a Roda de Capoeira, recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Após votação durante a 9ª sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, a Roda de Capoeira ganhou oficialmente o título em cerimônia no dia 26 de novembro. “O reconhecimento da Roda de Capoeira pela Unesco é uma conquista muito importante para a cultura brasileira. A capoeira tem raízes africanas que devem ser cada vez mais valorizadas por nós. Agora, é um patrimônio a ser mais conhecido e praticado em todo o mundo”, destacou a ministra interina da Cultura, Ana Cristina Wanzeler. Além da presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado; da diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI-Iphan), Célia Corsino; e dos diplomatas da delegação do Brasil junto à Unesco, capoeiristas brasileiros também acompanharam
Roda de Capoeira vira Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade Marcello Casal Jr/Abr
Unesco reconheceu expressão cultural como Patrimônio da Humanidade a votação, entre eles os mestres Cobra Mansa, Duda Pirata, Peter, Paulão Kikongo, Sabiá e a Mestra Janja. O som do atabaque e do berimbau comoveram os representantes dos países presentes à apresentação que fizeram na sede da Unesco em Paris. Jurema explicou que as políticas de patrimônio
imaterial não existem apenas para conferir títulos, mas para que os governos assumam compromissos de preservação de seus bens culturais, materiais e imateriais, como a Roda de Capoeira. “O reconhecimento internacional amplia as condições de salvaguarda desse bem, seja com ações de promoção
Concurso de decoração natalina tem 11 inscrições O concurso que visa premiar a melhor decoração natalina em Itapira totalizou 11 inscritos. Promovida pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, a ação premiará em dinheiro os melhores ornamentos do comércio e residências. O objetivo é fomentar as manifestações e expressões da cultura popular. Serão premiados os três primeiros de cada categoria. Ao todo, foram registradas quatro inscrições relacionadas ao comércio e sete para residências. Agora, uma comissão julgadora irá visitar os imóveis inscritos. Quesitos como criatividade, beleza, originalidade e iluminação serão levados em consideração na aplicação das notas. Somente decorações externas têm peso na dis-
puta. As inscrições aconteceram entre 21 de novembro e 10 de dezembro. A premiação dos vencedores acontece dia 23, às 20h00, na Praça Bernardino de Campos. Os
primeiros colocados de cada categoria receberão R$ 1,5 mil. Os segundos e terceiros colocados de cada grupo recebem, respectivamente, R$ 1mil e R$ 500,00.
OS CONCORRENTES Comércio
Helena Enxovais - Rua: João de Moraes, 282 Malucasa Comércio de Presentes - Rua Cristóvão Colombo, 20 Farmácia Fórmula Viva - Rua Francisco de Paula Moreira Barbosa, 19 Beth Artes/Ele - Rua Manoel Pereira, 333/334
Residências Luis Guilherme Martelli Junior - Rua Socorro, 290 – Jardim Camboriú Tainá Barbosa Fernandes - Rua Antonio Papaleo, 190 – Boa Vista Natiele Aparecida Ferraz - Rua Cônego Guerra Leal, 48 – São Benedito William Aparecido Fazoli - Rua do Cubatão, 1.798 – Cubatão Luise Vladimir Topan - Rua José Marcelino da Costa, 228 – São Vicente Fabrício Gerolin Júnior - Rua Lindóia, 590 – Prados Maria Irene Bubola - Rua Sebastião Jades Sarkis, 68 - Humberto Carlos Passarella
e de valorização dos mestres, seja na inserção no mercado de trabalho, seja na preservação das características identitárias da capoeira ou na formação de redes, de cooperação e de transmissão de conhecimento”, comentou a presidenta do Iphan. Para isso, o órgão deu apoio aos próprios capo-
eiristas para a criação de amplo inventário dos grandes grupos de capoeira e mestres no Brasil e ajudou-os a instalar comitês estaduais distribuídos pelo país, em que podem formular reivindicações e compromissos relacionados à salvaguarda e à promoção dessa manifestação cultural. Com o título, a prática cultural afro-brasileira que é ao mesmo tempo luta, dança, esporte e arte, reúne-se agora ao Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA), à Arte Kusiwa- Pintura Corporal (AP), ao Frevo (PE) e ao Círio de Nazaré (PA), também reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Originada no século XVII, em pleno período escravista, a capoeira desenvolveu-se como forma de sociabilidade e solidariedade entre os africanos escravizados, estratégia para lidarem com o controle e a violência. Hoje, é um dos maiores símbolos da identidade brasileira e está presente em todo
território nacional, além de ter praticantes em mais de 160 países, em todos os continentes. A Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira tiveram o reconhecimento do Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro em 2008 e estão inscritos, respectivamente, no Livro de Registro das Formas de Expressão e no Livro de Registro dos Saberes. O Patrimônio Cultural Imaterial abrange expressões de vida e tradições de toda parte do mundo que ancestrais passam para seus descendentes. Segundo a Unesco, embora procure manter uma identidade e continuidade, esse patrimônio é vulnerável porque muda constantemente. Por isso, a comunidade internacional adotou a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial em 2003. O documento legal define o que é Patrimônio Cultural Imaterial, além de definir também o comitê e os métodos de trabalho dele.
anorama
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Governo quer estimular criação de arquivos municipais em todo o país
A
falta de arquivos públicos nos municípios brasileiros é a principal ameaça à memória nacional. Das 5.570 cidades, apenas 3% dispõem de local apropriado para guarda de documentos. Para mudar essa realidade, o governo federal lançou, no último dia 5, uma campanha nacional que pretende estimular as prefeituras a investir em arquivos públicos. Para o diretor-geral do Arquivo
Nacional, Jaime Antunes da Silva, a perpetuação da história brasileira ficará ameaçada caso os municípios não comecem a guardar e catalogar seus acervos documentais. “É uma campanha massiva para sensibilizar gestores para que se criem arquivos públicos municipais. Eles terão como função guardar e preservar acervos produzidos e de valor histórico permanente, além de fazer uma me-
diação fundamental com o cidadão”, destaca Silva, que também é presidente do Conselho Nacional de Arquivos. Segundo ele, a falta de arquivos e pessoal capacitado para lidar com documentos, separando o que tem valor do que pode ser descartado, pode causar um grande lapso histórico no país. “A documentação produzida pelos municípios corre sério risco. Sem equipamentos, para onde mandar os
arquivos das secretarias? Se não tiver uma ação aproximando governo federal, estados e municípios, corremos risco de, em pouco tempo, termos uma amnésia de informação”, salientou. Para capacitar
os gestores e servidores municipais, o Arquivo Nacional disponibilizará, a partir de março de 2015, uma página específica na internet, com informações básicas e um curso de educação à distância. Também
deverão ser enviadas missões para avaliar locais de instalação e treinar pessoal. Informações e contatos podem ser obtidos no endereço eletrônico do Arquivo Nacional (www. arquivonacional.gov.br).