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Megaph Cultne ural
ENTREVISTA Leia a segunda parte da entrevista com o guitarrista Xando Zupo
Ano V – Nº 59 – Edição Quinzenal 22 de setembro de 2016
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CORPOCIDADE!
Leo Santos/Megaphone
P
rojeto contemplado pelo ProAc (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) apresentará espetáculos de dança em praças e ruas de sete cidades da região: Itapira, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Amparo, Águas de Lindóia, Lindóia e Serra Negra.
EM ITAPIRA
Aulas coletivas de violão facilitam acesso ao aprendizado musical
Luan e Letícia se unem em projeto de dança inédito na região
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Todas as localidades também receberão workshops relacionados à atividade. O objetivo do projeto é pesquisar a relação do corpo com o espaço urbano. A produção começa já no próximo mês, com previsão de circulação para março e abril do próximo ano. Página 4
EM MOGI GUAÇU
Cidade Verde Sounds é atração autoral em nova edição da Roots & Rocks Página 4
1 de outubro Sábado - 21h00 (19) 3863.1337 / 3863.7272
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Avenida Jacareí, 64 - Bairro / Santa Fé
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Editorial
O
O voto por um futuro melhor
pleito eleitoral se aproxima. No dia 2 de outubro, os eleitores que ainda insistem em praticar seu direito democrático e dever de cidadão sairão do conforto de seus lares para apertar uma sequência de botões que pode decidir o futuro de toda uma cidade. As eleições municipais, neste ano, poderão mostrar se realmente a população está mais politizada e consciente da importância de se escolher bons representantes, pesquisando sobre seus passados e históricos políticos e pessoais, acessando seus planos de governo, colocando na balança o que já fizeram ou deixaram de fazer em seus eventuais cargos políticos e votando em quem considera que realmente pode fazer a diferença. Nas três últimas edições – contando com esta, o Megaphone Cultural veiculou publicidades eleitorais de diversos candidatos das cidades de Itapira, Mogi
Mirim e Mogi Guaçu, área de circulação oficial deste veículo quinzenal de informação cultural. Agradecemos a confiança dos candidatos e coligações que vincularam suas imagens em nossas páginas para levar suas propostas e opções de votos aos eleitores. Cabem aos cidadãos analisar cada um dos postulantes e votar de acordo com suas consciências para eleger seus representantes no Legislativo e no Executivo. Na edição passada, o Megaphone também chamou a atenção para a necessidade da população se debruçar sobre os planos de governo dos candidatos a prefeito destas três cidades em que circulamos. Por força de nossa editoria segmentada, pedimos para que observassem com atenção especial as propostas de âmbito cultural, identificando possíveis exageros e propostas mirabolantes e descartando aquelas que já constavam em planos passados de candidatos que
buscam a reeleição. Tudo para que a Cultura passe a ser vista com mais importância por nossos governantes, para que o setor tão esmagado pela ausência de políticas públicas e por um orçamento no mínimo vergonhoso possa começar a respirar melhor, fomentando toda uma área com imenso potencial para crescer e, claro, dando condições de efetivo desenvolvimento sociocultural às nossas comunidades. Encerramos com esta edição a veiculação de publicidade eleitoral, mas a eleição ainda está por vir. Confiamos que nosso público leitor saberá escolher devidamente seus candidatos, estejam eles expostos ou não neste veículo, colocando na balança todos os fatores que possam contribuir para que tenhamos uma sociedade mais justa e cidadã em sua melhor definição. Boa sorte aos candidatos, boa escolha aos eleitores, bom futuro a todos nós!
XANDO ZUPO
Uma vida dedicada à música - Parte II Antonio Carlos Monteiro
N
a segunda parte da conversa com o Megaphone Cultural, o guitarrista, compositor e produtor Xando Zupo fala sobre a banda Pedra, que encerrou atividades recentemente, e de seus planos para o futuro. Confira!
Em meados dos anos 2000, você criou o Pedra, talvez o trabalho pelo qual você seja mais conhecido. Como você definiria o Pedra em termos de estilo musical? Xando: Música com toda a intensidade do rock, feita por músicos de rock, mas não restrita apenas ao formato rock. O conceito e a intenção do Pedra são algo que sempre me atraiu, mesmo dentro do Big Balls, apesar de ali o som ser totalmente rock’n’roll. A intenção era de fazer música para quem tem alguns discos e adora Led Zeppelin, Joe Cocker, Genesis, Elton John, ou seja, música rock e pop internacional, e gosta de solos, guitarras e afins, mas que ouve também muita música nacional, de Rita Lee a Cassia Eller, de Caetano Veloso a Barão Vermelho, de Elis Regina ao Clube da Esquina, mas sem perder a porrada e a intensidade do rock. Acho que atingimos esse objetivo, mas em contrapartida passamos pelos problemas clássicos de sermos muito rock para o público de MPB e muito brasucas para o público hard rock. Confesso que, apesar de ser um problema, gosto de ir contra o que esperam que uma banda faça. Só não gosto de coisa morna, bunda mole. Após lançar o terceiro disco, Fuzuê! (2015), o Pedra surpreendeu ao anunciar que estava encerrando atividades. Por que isso aconteceu? Xando: Como já disse, o fim de uma banda tem várias razões que vão se sobrepondo. No caso, duas coisas foram preponderantes. Primeiro, uma divisão nítida de intenções musicais nos dividiu em dois blocos. Eu via e vejo um mundo pegando fogo e queria que a banda fosse mais intensa ao responder a isso, mas algumas das faixas me pareciam apenas preencher um espaço, encheção de linguiça. Isso é algo com que eu sempre fui intensamente crítico, aquela letrinha que ‘não compromete’ jogada em cima. Eu quero que comprometa! Eu sou extrema-
músicas, que é o que importa, mente autocrítico e ainda que eu estão aí. Serão ouvidas e contifaça algo ruim, isso pode ser tão nuarão a ser tocadas ao vivo. O ruim que você odeie, mas jamais fim foi algo triste, mas em uma algo que ‘não comprometa’. A reunião tranquila, rápida e que banda vinha se arrastando nesse também trouxe uma grande sendisco numa atmosfera morna e sação de alivio. Inicialmente, eu chata. Eu e o Rodrigo (Hid, voe Ivan iríamos tentar remontar calista, tecladista e guitarrista) o Pedra, mas eu realmente não paramos de compor juntos há tenho vontade de arrastar uma tempos. Aí começavam a pintar letras de um universo que, além de não ser o que eu Divulgação acreditava, não eram nem do universo ou atmosfera em que o Pedra habitava ou do rumo ou ‘norte’ que eu via que a banda deveria ter em um álbum chamado Fuzuê! Não é questão de ser bom ou ruim, mas de ser ou não ser Pedra. Na minha visão e na do Ivan (Scartezini, baterista) não eram. Sendo assim, a banda nitidamente caminhava para uma divisão de intenções artísticas, o que é algo que acontece. Enfim, a banda se dividiu. Eu e o Ivan queríamos um rumo, ele outro e o Luiz (Domingues, baixista) a meu ver já estava fora da banda há tempos, apenas não verbalizava. Todo mundo estava insatisfeito, mas a carga de trabalho ficava comigo. Em segundo lugar, havia falta de pró-atividade dos companheiros nos últimos anos. Seja derivada do cansaço natural, da batalha insalubre que é ter uma banda autoral ou do convívio intenso e desgastado, uma empresa tem de funcionar ou fechar. Nos últimos anos, eu passava centenas de horas gravando, mixando, compondo, filmando, editando vídeos de shows longos com dezenas de câmeras e milhares de imagens, e via a banda se distanciando, cada um correndo atrás de suas ‘gigs’ e projetos. O Xando Zuppo tem longo Pedra estava perdendo a histórico no rock nacional prioridade na vida deles. Só que a empresa não estava fechada, o trabalho tinha de ser feito e eu era o único banda trabalhando como um que não tinha o direito, mesmo obstinado. Se eu estou envolvique quisesse, de parar o trem. do, sou um ‘workaholic’. É claro Normal, toda banda tem um que existem somas de motivos, existem visões diferentes e eu cara assim, quando tem dois é não sou santo ou demônio, mas sensacional, com três é estouos motivos aqui colocados são ro de sucesso (risos). Enfim, a os mais honestos e verdadeiros. banda já estava dividida. Eu e Desejo toda sorte aos projetos Ivan mantivemos a parceria e dos dois. estamos tocando juntos e preparando novos trabalhos. Luiz está Você está lançando alguenvolvido em seus projetos e Hid mas músicas apenas no fornos dele. Apesar de ser triste mato virtual. Esse é o futuro ver o ‘filho Pedra’ encerrado, as
da música? Xando: Desisti de elucubrar qual é o futuro da música. Em 2003, quando disponibilizei o Z Sides para download, achava que esse seria o futuro. A verdade é que tudo é o futuro ou o presente. Vinil existe, CD existe, MP3 existe, streaming existe, YouTube existe. Acho
que a urgência, e talvez acabe sendo o futuro, é trazer novamente o público para a rua, para os shows, para o mundo real. Acho que com o ‘smartphone’ comendo solto e o cara estando conectado ‘full time’ ao invés de só no PC em casa, talvez o povo volte a olhar para fora da telinha novamente. O futuro é o palco, é o início novamente. O resto é só uma maneira de chegar a ele. Contanto que a música chegue
ao ouvinte, não me interessa mais o formato Além desse projeto, pretende montar alguma outra banda ou a opção no momento é seguir em carreira solo? Xando: No momento eu terminei o último casamento e estou bem assim. Tenho meus parceiros, gostamos de tocar e estar juntos fazendo o som. O primeiro plano, que já está em andamento avançado, é um show com um pouco do que fiz e que considero o melhor entre Big Balls, Z Sides e Pedra, além dos novos singles que foram lançados em 2016. Tenho ótimos companheiros para esse projeto inicial e que pode vir a ser uma banda, mas em que o acerto ou o erro sejam apenas minha máxima culpa. Nessa empreitada e show estão comigo meu ‘very dear chap’ Ivan Scartezini na bateria, meu baixista mais pesado da vida (e não estou falando fisicamente...) Marcião Gonçalves, Fernando Janson nos vocais (que gravou um dos novos singles, Queimarás no Inferno) e Ricardo Alpendre também nos vocais e que foi gentilmente emprestado pela banda Tomada. Sim, são dois vocais. Fernando Janson canta algumas das faixas mais atormentadas e Ricardo Alpendre algumas das mais rockers... O que posso adiantar é que nesse show a palavra é intensa e o som é rock. A intensidade da banda é nervosa e o repertório é o lado mais rock e hard do que fiz nesses anos, exceto por umas duas músicas mais calmas. Não há intenção de tocar em lugares sem uma estrutura minimamente aceitável Aliás, qual o segredo para se manter na ativa por tanto tempo tocando rock no país do sertanejo e do pagode? Xando: Apenas se manter tocando. É como naufragar. Você nada, nada e nada até chegar em terra ou não conseguir mais. Como dizia Lemmy, se
você acha que está velho para o rock, então você está. Faço música para viver. Sobreviver é outra coisa. Sobreviver e pagar as contas é algo que todo mundo faz. O rock salva, Deus alivia.... Além do seu trabalho brilhante na música, você se destaca também por, junto com sua esposa, a fotógrafa Grace Lagoa, ser um ativista na defesa dos direitos dos animais (causa da qual eu também participo com muito orgulho). É uma luta muito difícil? Xando: Não nos consideramos exatamente ativistas. Gostaríamos de ser de verdade, de poder fazer algo. Fazemos nossa parte apenas divulgando o vegetarianismo, tento ter forças para caminhar para veganismo, e a conscientização de que os animais têm o mesmo direito à vida que nós. Ajudamos quando podemos alguns protetores e nossos filhos de quatro patas são da rua, mas acho que estamos muito aquém do que gostaríamos. Se pudesse voltar no tempo, você mudaria algo na sua trajetória como músico ou deixaria que tudo acontecesse exatamente como aconteceu? Xando: Quero mudar o presente e ver o que será o futuro. Sou muito grato a tudo que aconteceu. Tive ótimas oportunidades, toquei com grandes músicos, aprendi muito, me diverti pra c******, fiz absolutamente tudo que quis fazer até hoje e isso é um tremendo privilégio. Então, se não posso mudar o passado para ter tocado no Deep Purple, no Barão Vermelho, no Van Halen ou coisas assim, nada há para mudar. Você se considera realizado como músico? Em caso negativo, o que falta para se realizar? Xando: Jamais, falta muito! Falta gravar mais umas cem músicas, tocar mais uns mil shows e depois começar tudo outra vez. Eu quero descer do brinquedo e ir para a fila de novo. Quero chegar no final, olhar para trás e pensar que enganei essa coisa chamada vida, a vida inteira. Toquei guitarra até morrer. A primeira parte desta entrevista foi publicada na edição do Megaphone Cultural de 23 de agosto. Todas as edições podem ser acessadas na internet pelo site www.issuu.com/ megaphonecultural.
Antonio Carlos Monteiro é guitarrista, jornalista e crítico de música. Atua como redator na Revista Roadie Crew e colabora com o Megaphone Cultural.
Expediente Megaphone Cultural CNPJ: 16.796.177/0001-86
Textos: Fernando Pineccio* Projeto Gráfico: Cássio Rottuli (9.9946.9027) Vendas: Wanella Bitencourt (19) 9.9373-8742 Cidade-sede: Itapira/SP
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ITAPIRA
Impressão: Jornal Tribuna de Itapira Circulação na Baixa Mogiana e Circuito das Águas www.portalmegaphone.com.br imprensa@portalmegaphone.com.br
facebook.com/megaphonenews *Exceto matérias assinadas. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do Megaphone Cultural.
O Jornal Megaphone Cultural circula quinzenalmente. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu:
MOGI MIRIM
Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro / Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro / Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz / Fatec ‘Ogari de Castro Pacheco’ Rua Tereza Lera Paoletti, 570, Jardim Bela Vista / Banca Antonelli Rua Soldado Constitucionalista, 54 - Jardim Soares
Bancas do Sardinha | Rua Pedro Botesi - Tucura / School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro / Fatec ‘Arthur de Azevedo’ Rua Ariovaldo Silveira Franco, 567, Jardim 31 de Março / Banca São José | Praça São José - Centro
MOGI GUAÇU
Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde / Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro / Banca da Capela |Praça da Capela - Capela
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Tim Maia recebe novo tributo em Itapira
Divulgação
PROGRAME-SE
AGENDAS PATROCINADAS PUBLIQUE SEUS EVENTOS: (19) 9.9836.4851)
O PROFETA PUB ROCK Telefone: (19) 9.8179-8114
Rua: Vereador João da Rocha Franco, 39 - Mogi Guaçu
24/09 - Infinite Dreams (Tributo ao Iron Maiden) 01/10 - Das Tripas ao Coração
D
epois de lotar o PUB do Capitão B l a c k e m ju lho passado, a Banda Monallizza retorna a Itapira para mais uma noitada em homenagem ao ícone da Soul Music brasileira, Tim Maia. O show acontece no dia 1º de outubro (sábado) na mesma casa, situada à Avenida Jacareí, 64, na Santa Fé. O evento tem previsão de início para 21h00 e os ingressos antecipados custam R$ 30,00. Para camarote, o preço é de R$ 50,00. A Monalliza é conhecida pelo seu empolgante e divertido show que relembra os principais clássicos de Tim Maia. O grupo, que é considera um dos melhores do gênero, se destaca pelo carisma, bom humor e pela interação que protagoniza junto ao público durante as apresentações. A banda é formada por Big Tiago (voz) Bene Fugagnoli (baixo), Rafinha (guitarra), Adriano Carneiro (bateria), Mestre Carioca (percussão), Sr. Paulo (sax alto) e Norival (sax tenor). Informações e reservas pelo telefone (19) 3863-7272. Detalhes também pela página oficial do evento no Facebook (www.bit. ly/MonallizaCapitao).
Restaurante Pizzaria Bar Balada & Eventos
AVENIDA JACAREÍ, 64 – ITAPIRA
01/10 - Banda Monallizza (Tributo a Tim Maia) 08/10 - Tributo ao AC/DC 15/10 - Call It Fornication (Tributo ao Red Hot Chilli Peppers)
CHOPERIA TRADIÇÃO facebook: Choperia-Tradição
Avenida Luiz Gonzaga de Amordo Campos, 31 Jardim Casagrande - Mogi Guaçu
22/09 - Junior Rodrigues 23/09 - Frequência Acústica 24/09 - Trio Altos & Baixos 29/09 - Marcelo Espanhol 30/09 - A Bella e os Feras
O CHOPINHO Telefone: (19) 3843-7230 Rua Dr. Norberto da Fonseca, 240 - Nova Itapira https://www.facebook.com/ochopinho
22/09 - Ed Campos 23/09 - Gustavo Mariano
Banda Monallizza volta a Itapira
Rock solidário: evento em Itapira arrecadará brinquedos para crianças do Lar São José
Banda Estado Livre é uma das atrações nização, quem quiser também pode doar mais de um item. Os brinquedos arrecadados serão revertidos às crianças que atuam na instituição. A iniciativa tem o apoio do Vip Eventos, que cedeu o espaço para a realização dos shows. As apresentações serão alocadas na área externa da casa (quiosque). Com repertório que foca o rock brasileiro, a banda Estado Livre é formada por Lúcio Moraes (voz/guitarra), Luciano Olympio (guitarra),
Fernando Henrique (baixo/ voz) e Matheus Fernandes (bateria/voz). Já a Kerozene conta com Alexandre Januário (voz/ guitarra), André Polidoro (guitarra), Raul Taliatelli (baixo) e Tuco Moraes (bateria). O grupo é conhecido por apresentações que incluem releituras de clássicos do rock nacional e internacional. O Vip Eventos fica na Rua Baptista Venturini, 36, na Santa Fé. Outros detalhes pela página oficial do evento no Facebook (www.bit. ly/RockBeneficente).
Contratada CNPJ: 16.796.177/0001-86 - R$ 120,00
Contratada CNPJ: 16.796.177/0001-86 - R$ 200,00
Divulgação
O Vip Eventos, em Itapira, abre suas portas no dia 8 de outubro para uma boa ação regada a muito Rock and Roll. Na ocasião, as bandas Kerozene e Estado Livre se união para tocar simultaneamente em prol das crianças do Lar São José, instituição assistencial instalada na região da Nova Itapira. O início das atividades está previsto para 21h00. A entrada será franqueada pela doação de pelo menos um brinquedo novo ou em bom estado. Segundo a orga-
Agenda dos melhores eventos de 22/09 a 15/10
Contratada CNPJ: 16.796.177/0001-86 - R$ 120,00
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DANÇANDO COM A CIDADE A
provado em agosto pelo ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo), o projeto ‘Corpocidade’ pretende ocupar espaços públicos – ruas e praças, principalmente – com espetáculos de dança que dialogam com as características de cada conglomerado urbano. Idealizado em Itapira, onde ocorrerá a estreia, a iniciativa deverá passar por mais seis cidades da região – Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Amparo, Águas de Lindóia, Lindóia e Serra Negra. As atividades começarão já em outubro, mas as apresentações estão previstas para acontecer entre março e abril do próximo ano. O projeto reunirá a arte-educadora e bailarina Letícia Lupinacci, 23; o músico Luan Martins de Freitas, 20; e o ator e diretor teatral Valner Cintra, 36. O objetivo é ofertar ao público um espetáculo de dança contemporânea com o objetivo central de pesquisar a relação do corpo com o espaço urbano. Na prática, Freitas e Letícia, dirigidos por Cintra, se encontrarão semanalmente para, por meio de experimentações e improvisações, criar o
espetáculo. Nesta primeira fase serão definidas as músicas, os movimentos, os cenários e os figurinos, entre outros detalhes. Cintra, que também atua na Cia Talagadá, atuará como um ‘provocador’ das cenas. “O projeto quer investigar ações que permitam o acesso democrático à dança contemporânea em Itapira e região, e assim, criar e circular um espetáculo solo de dança para a rua e espaços alternativos, buscando questionar as relações do corpo e do espaço no contexto urbano”, comenta Letícia. De acordo com ela, a ideia é que o público se identifique com os gestos da intérprete durante as apresentações que se relacionarão com os fatores comuns da vida cotidiana nos espaços públicos, tais como ruídos de veículos, sirenes, conversação, movimentação do comércio, personagens excluídos socialmente como moradores de rua e prostitutas, entre outros. Pretende-se, também, traçar paralelos com circunstâncias sociais da vida moderna, como o individualismo, o acúmulo excessivo de bens e a falta
de tempo em virtude do trabalho. A aprovação no ProAC ocorreu na modalidade de editais, com prêmio de R$ 50 mil para a produção de um espetáculo solo de dança contemporânea. O projeto tem como contrapartida a realização de workshops de dança, em cada uma das cidades que receberá o espetáculo, que compartilhem o processo criativo das apresentações. Itapira receberá dois workshops e quatro apresentações, enquanto que as demais cidades receberão uma apresentação e um workshop cada. De acordo com Letícia, esses workshops serão abertos para o público em geral, tendo também a intenção de reunir artistas, professores da rede pública e particular de Ensino e educadores de organizações não-governamentais. “As expectativas são as melhores possíveis, pois acredito que o projeto alcançará seus objetivos. Estou muito ansiosa para iniciar a produção. Para além, acredito que o projeto irá mexer e modificar de alguma forma a estrutura de produção de dança da cidade”, destaca a idealizadora.
Leo Santos/Megaphone
Projeto ocupará espaços públicos com espetáculos de dança em Itapira e região
Letícia Lupinacci e Luan Freitas serão protagonistas em apresentações
Roots & Rocks tem primeira edição com atração autoral Divulgação
Cidade Verde Souns toca no evento
A já conceituada festa Roots & Rocks tem sua primeira edição com uma atração autoral nesta sexta-feira (23), em Mogi Guaçu. O evento, desta vez, ocupa as dependências do Tia Nena, Music Bar, famosa danceteria e casa de shows que também pela primeira vez recebe o evento organizado pela Comunidade Produções em parceria com a Paralelo Urbano e a Everyday Head Shop. A atração fica por conta da banda Cidade Verde Sounds, formada em 2005 em Maringá (PR) por Guilherme Adonai (voz) e Paulo Dubmastor (produção) e que se dedica à mistura com muita pegada do Reggae Roots com Dub e Rap. O grupo, que hoje se apresenta por todo o país, promete
para o show em Mogi Guaçu a mesma riqueza sonora e as boas energias que o tornaram conhecido no circuito alternativo que valoriza e boa música nacional. Além da Cidade Verde Sounds, o rolê ainda contará com a presença dos DJs Mouse e Rafilskis, animando a pista durante os intervalos do show ao vivo. Com a edição no Tianena, a Roots & Rocks reafirma seu formato itinerante. Depois de iniciar suas atividades nas dependências d’O Profeta Pub Rock, o evento também já passou pelo Madrid Lounge Bar, em Itapira. “É uma festa que começou de forma muito humilde e segue com essa filosofia, sempre oferecendo shows que valorizam a música brasileira com o Roots,
que representa o Reggae e suas vertentes, e o Rocks, que simboliza o Hip Hop e suas vertentes. A ideia é sempre trazer música boa para que o público possa pensar, curtir e interagir”, comenta o idealizador do evento, Cleber Rodrigues, da Comunidade Produções. As atividades têm previsão de início para 22h00. Depois do lote promocional com 200 unidades a R$ 20,00, os convites antecipados agora estão à venda por R$ 30,00. Na portaria, o valor sobe para R$ 50,00. As vendas em postos fixos acontecem em Mogi Guaçu (Essência Board Shop – Centro e Buriti Shopping e Everyday Tabacaria), em Mogi Mirim (Essência Board Shop), em Itapira (Preserve Skate Shop)
e em São João da Boa Vista (Loja Vitriny). Com promoters, os ingressos antecipados podem ser adquiridos junto a promoters em Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Itapira, Santo Antônio de Posse, Jaguariúna, Limeira, Conchal, Estiva Gerbi, São João da Boa Vista, Santo Antônio do Jardim, Espírito Santo do Pinhal, Serra Negra, Águas de Lindóia, Americana, Aguaí, Socorro, Vargem Grande do Sul, Poços de Caldas (MG), Andradas (MG) e Jacutinga (MG). A lista de contatos está disponível na página oficial do evento no Facebook (www.bit. ly/RootsRocksCV). Ingressos online pelo site www.sympla. com.br. O Tia Nena fica na Rodovia SP-340 (Mogi Mirim-Mogi Guaçu), KM 169.
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Divulgação/Casa das Artes
Projeto oferece aulas de violão com investimento reduzido em Itapira C om o objetivo de disseminar a cultura violonística e reforçar a presença do violão enquanto instrumento protagonista na música – e não como mero acompanhamento, o professor Raphael Lupinacci colocou em prática o Projeto Violoniza, que prevê aulas com preços bastante acessíveis a todos os tipos de público em Itapira. A ideia, segundo ele, é dar oportunidade para crianças, adolescentes, jovens e adultos que têm em comum o desejo de aprender a tocar violão - seja por lazer ou com a intenção de se aprofundar nos estudos musicais. Uma classe com 15 alunos já está em atividade desde o início de agosto e outra já começou a tomar forma a partir de uma lista com diversos interessados. Na prática, a iniciativa prevê classes com mínimo de cinco e máximo de 15 alunos envolvidos em aulas semanais com 1h40 de duração. Além de Lupinacci, que idealizou o projeto, outros quatro professores estão diretamente envolvidos na causa. A primeira classe está a cargo de Luan Martins de Freitas. Já Vinícius Martins, Hícaro Gabriel e Júlia Machado aguardam a abertura de novas classes para iniciar a participação. A primeira classe está operando na Casa das Artes,
que cedeu o espaço para aulas às segundas-feiras, entre 18h20 e 20h00. No projeto, cada aluno paga mensalidade de R$ 40,00. Agora, o objetivo é abrir outras classes nos mais diferentes bairros da cidade, proporcionando a democratização do ensino do instrumento e facilitando a locomoção dos alunos. Para isso, o projeto quer buscar parcerias com entidades e instituições que possam ceder o local, por exemplo. “O que as pessoas mais conhecem do violão é restrito ao acompanhamento (harmonia), mas existe um universo imenso a ser explorado. É um instrumento musical com fronteiras muito além do que imaginamos”, comenta Lupinacci. “A ideia é valorizar o violão como instrumento, colocando-o como protagonista, já que há toda uma linguagem desconhecida e pouco trabalhada até mesmo por conta da música comercial”, explica. Segundo o professor, além do preço bem mais em conta para permitir a adesão de qualquer pessoa, o projeto também tem seu lado social reforçado com uma meta a ser atingida, quiçá, dentro de um ano: a abertura de novas classes destinadas a um público socioeconomicamente mais carente, sem a necessidade de pagamento de mensalidade. Para isso, porém, ele precisa que o projeto se
torne sustentável. “Minha ideia é que consiga abrir classes suficientes de forma que elas cubram os custos dessas classes gratuitas, cuja única exigência será o comparecimento regular dos alunos”, destaca Lupinacci. Neste caso, segundo o professor, a intenção é usar da música enquanto ferramenta de transformação social principalmente de crianças, cujas realidades podem ser mudadas a partir da introdução à musicalização. Por enquanto, o projeto ainda contabiliza os interessados em listas para que novas classes possam ser abertas. A flexibilidade permitirá a adequação de dias, locais e horários de aulas de acordo com cada situação. A primeira classe, que já segue para dois meses de atividades, reúne alunos de seis a 50 anos, mistura considerada enriquecedora pelo idealizador do projeto. “Mas, a partir do momento em que tivermos mais alunos, poderemos criar classes com conteúdos específicos para determinadas idades”. A julgar pelas impressões iniciais com o primeiro grupo de trabalho, Lupinacci se mostra confiante e bastante otimista. “Há várias pessoas se organizando, treinando mesmo. Como qualquer atividade humana, é só questão de dedicação. O dom natural
Com atuação (e fama) internacional, a cantora Ceumar é atração em Mogi Guaçu no dia 30 de setembro (sexta-feira). O show acontece no Espaço Parafernália de Cultura e integra o projeto ‘Território das Artes - Quintal Cultural’, da Cia de Teatro Parafernália. Os ingressos custam R$ 10,00 e podem ser adquiridos até um dia antes da apresentação diretamente na sede do grupo, à Rua Antônio de Freitas, 37, Parque Cidade Nova – mesmo local em que acontece o show. Nascida em Minas Gerais, Ceumar Coelho é considerada uma das grandes revelações da MPB (Música Popular Brasileira) nas últimas décadas, tendo conquistado uma legião de fãs por todo o país com sua música repleta de parcerias e cheia de referências que bebem nas mais diversas fontes, do folk à worl music. Com um trabalho que mescla sua regionalidade com a experiência adquirida no exterior – a cantora morou na Holanda de 2009 a 2015 e participou de diversos projetos em países como Alemanha, Hungria, Itália e Israel, por exemplo – Ceumar agora retorna ao Brasil para reencontrar o público do qual nunca se
desligou. “Estou contente em chegar pela primeira vez a Mogi Guaçu. Principalmente num projeto tão especial desta companhia, creio que será cheio de encontros e carinho”, comentou a artista ao Megaphone Cultural. Atualmente ela está em turnê do seu sexto disco, ‘Silencia’ (2014). O disco é o sucessor do álbum ‘Live in Amsterdan’ (2010). O primeiro lançamento da cantora aconteceu em 2000 – ‘Dindinha’, produzido por ninguém menos que Zeca Baleiro. Para saber
mais sobre a cantora e baixar o novo disco gratuitamente, acesse www.ceumar.com.br. O show no Espaço Parafernália de Cultura tem previsão de início para 21h00. A classificação etária é de 12 anos. As atividades do ‘Território das Artes – Quintal Cultural’ têm o apoio do ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo). Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (19) 3362-1259 e (19) 9.8986-0001, ou ainda pelo site www.teatroparafernalia.com.br.
Cantora volta a se apresentar no Brasil
Divulgação
Ceumar faz show em espaço cultural de Mogi Guaçu
que tanto falam representa 10% do resultado, o resto é trabalho mesmo, é buscar entender, se dedicar, ter calma e paciência para que essa prática se torne agradável”, analisa. O professor também não descarta, para um futuro próximo, iniciar a busca por financiamento do projeto via leis de incentivo. “Por todos os ângulos, quero valorizar a música e o violão enquanto instrumento, fazendo disso uma ferramenta que pode transformar realidades. Esse é o meu objetivo”, conclui. Interessados em participar e também em apoiar o projeto podem manter contato diretamente com Lupinacci pelo email raphaellupinacci@yahoo. com.br. A Casa das Artes também está recebendo inscrições para a lista de espera das novas turmas. Neste caso, o contato deve ser feito pelo telefone (19) 3863-0032 ou pelo email contato@casadasartes.art.br. Segundo Lupinacci, as próximas duas turmas também não pagarão o valor da matrícula – valor estabelecido no mesmo patamar da mensalidade.
Raphael Lupinacci é idealizador do projeto
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Projeto Coreto tem nova edição em Itapira A manhã do último domingo de setembro, dia 25, abriga nova edição do Projeto Coreto, mantido pela Casa das Artes com o objetivo de democratizar o acesso à música instrumental em apresentações gratuitas com clima familiar. O evento acontece no coreto do Parque Juca Mulato a partir das 10h00, com classificação etária livre. Desta vez, o público poderá conferir a apresentação ‘O Tom do Tom’, do cantor de ascendência italiana Tom Curti, que na ocasião será acompanhado por Luís Giovelli (piano), Dinoel Gandini (guitarra), Kleber Barbosa (baixo) e Jr Domingues (bateria).
O repertório envolverá canções de grandes compositores nacionais, como Tom Jobim, Ary Barroso e Garoto, além de canções internacionais. Em média, as apresentações do Projeto Coreto costuma reunir mais de 100 pessoas durante aproximadamente 1h30 de muita música boa. Esta será a segunda edição do evento neste mês. A primeira aconteceu no último dia 11, com apresentação de Marco Aurélio Trio. Até então, o Projeto Coreto tinha somente uma edição por mês, mas a boa aceitação do público se reverteu em muitos pedidos para que o intervalo entre as datas fosse menor. O pedido foi atendido
pela Casa das Artes e, até novembro, a iniciativa contará com duas apresentações por mês. Em outubro, o Projeto Coreto será realizado nos dias 16 e 30. No último mês da temporada, as apresentações serão nos dias 13 e 27. As atrações destas datas ainda serão definidas. Outras informações podem ser obtidas pelo site www. casadasartes.art.br ou pelo telefone 3813-3901.
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Tom Curti entre Luís Giovelli e Dinoel Gandini; evento em Itapira conta também com Jr Domingues e Kleber Barbosa
Concerto na Casa das Artes presta homenagem a Guerra-Peixe O auditório da Casa das Artes será palco, na noite desta sexta-feira (23), de um concerto em homenagem ao compositor César Guerra-Peixe. O evento tem entrada gratuita, mas demanda a retirada antecipada de ingressos. A capacidade do auditório é de 70 lugares. O concerto envolverá professores e alunos da associação cultural sem fins lucrativos, com coordenação a cargo do professor Luís Giovelli. Vivido entre março de 1914 e novembro de 1993,
Guerra-Peixe foi um dos grandes nomes brasileiros na área da composição erudita, além de atuar como arranjador e ser se firmado como respeitado estudioso da música brasileira. Em 1953 foi premiado como melhor autor de música de cinema. Além de músico, também se dedicou a dar aulas de composição e de orquestração. O evento tem previsão de início para 20h00. A classificação etária é livre. Outras informações pelo telefone 3863-0032 ou pelo site www.casadasartes.art.br.
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Guerra-Peixe ganha tributo
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ACEI promove nova edição de passeio ciclístico beneficente em Itapira recebe inscrições durante seu expediente, a adesão também pode ser confirmada na Sorveteria Cabral, no Jardim Soares, que é parceira na organização do passeio. De acordo com o gerente comercial da instituição, Rafael de Oliveira Pedroso, mais de 400 pessoas são aguardadas na nova edição do passeio. “Normalmente o pessoal deixa para efetuar a inscrição na semana que antecede o evento e muitos chegam à praça de última hora, interessados em se juntar ao grupo”, comentou. Neste ano, o evento busca conscientizar os ciclistas sobre a importância do uso de equipamentos de segurança. Além dos pontos de hidratação em locais estratégicos, haverá a distribuição de um sorvete de açaí no palito para cada participante. O trajeto compreenderá várias ruas e avenidas da área central e de bairros da cidade e os três maiores grupos uniformizados serão agraciados com troféus. O sorteio das bicicletas acontecerá no retorno à
De acordo com Matheus Depieri, responsável pela organização do simulado, esta é uma ótima chance para os vestibulandos guaçuanos testarem seus conhecimentos. “Tanto o ambiente quanto as dificuldades serão os mesmos enfrentados no Enem, em novembro. É uma oportunidade valiosa para os alunos se autoavaliarem e revisarem conteúdos que ainda não foram totalmente absorvidos durante a preparação”, observou. As inscrições, que serão efetuadas mediante doação de produto alimentício não perecível – exceto sal, podem ser feitas até o dia 30 em horário comercial, na secretaria da Estudo Mais. Os produtos arrecadados serão encaminhados a entidades assistenciais. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3362-4843. Divulgação
Evento aguarda perto de 400 ciclistas Praça Bernardino de Campos. “É importante que as pessoas efetuem as inscrições, pois no ato do preenchimento da
Crítica | Aquarius
por Tercio Strutzel
Tem filmes que classificamos como bons porque achamos alguma coisa bacana nele. Tem filmes que classificamos como bons porque, de alguma forma, mexem com nossos sentimentos e emoções. Definitivamente Aquarius está na segunda categoria. A primeira sequência do filme é um flashback para 1980, quando Clara será apresentada em sua juventude. Aqui temos apenas uma festa de aniversário em família, daquelas bem típicas do final dos anos 70, no apartamento que é o pano de fundo de toda a estória. O que se destaca nessa sequência são os takes longos com diálogos também extensos, que parecem não ter ligação com nada, mas causam certo desconforto. Pois se acostume com essas sequências longas e essa sensação de desconforto, ao longo do filme isso fará muito sentido. Já nos tempos atuais, vemos Clara (Sônia Braga) como uma escritora e jornalista aposentada, última moradora do edifício ‘Aquarius’, localizado à beira mar. Essa segunda apresentação ainda é muito sutil, pois iremos conhecer a personagem que vai sendo construída bem aos pouquinhos, minuto a minuto do filme. Closes e planos de detalhe intercalados com mais takes longos e propositalmente desconfortáveis vão fazendo com que criemos uma profunda intimidade com Clara. D essa forma, vamos descobrindo que Clara está viúva há 17 anos, que ela tem três filhos e dois netos, que ela tem boa relação com sua empregada doméstica e uma vida bem tranqüila, financeira e pessoalmente. Ela vive sozinha em seu apartamento (aquele lá do início) num dos últimos edifícios de estilo antigo na praia de Boa Viagem, no Recife. Nesta região muitos grandes condomínios estão sendo erguidos e uma grande construtora está interessada em demolir o edifício Aquarius para dar lugar a mais um complexo residencial. Uma vez que Clara não está interessada em vender o lugar onde passou quase sua vida toda, ela passa a ser importunada e pressionada de diversas formas, tanto por executivos da construtora quanto por ex-moradores. Este é o fato gerador do con-
A escola de ensino individualizado e desenvolvimento escolar Estudo Mais realiza, no dia 1º de outubro (sábado), a primeira edição do SimulaMAIS. O teste, que é voltado para estudantes em fase pré-vestibular e treineiros – alunos do 1º e 2º anos do Ensino Médio –, será realizado a partir das 14h00 na sede do centro educacional, que fica na Avenida Padre Jaime, 849, Jardim Planalto Verde, próximo ao Hospital Municipal ‘Tabajara Ramos’. Versão reduzida do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a prova terá um total de 60 questões divididas em quatro disciplinas – Português, Matemática, Química e Física, além de uma redação dissertativa argumentativa. Os participantes terão o tempo limite de quatro horas para concluir a avaliação.
Zalberfotos/Divulgação
A
ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itapira) promove a quinta edição do Passeio Ciclístico Beneficente neste domingo (25) em Itapira. A concentração acontece a partir das 8h00 na Praça Bernardino de Campos, na área central da cidade. As inscrições já estão sendo recebidas há mais de uma semana na sede da entidade de classe, mas também podem ser efetivadas no próprio dia, antes da largada. Além de marcar presença oficialmente no evento desportivo, os inscritos também concorrerão a 29 bicicletas. O percurso terá 14 quilômetros de extensão e a previsão é de até três horas de duração. Para confirmar a inscrição, o interessado deve doar um quilo de alimento não perecível ou um produto de limpeza. A arrecadação será revertida ao Fundo Social de Solidariedade de Itapira, que fará a distribuição do montante entre entidades assistenciais. Além da sede da ACEI, que
Simulado preparatório em Mogi Guaçu é boa opção para quem vai fazer o Enem
flito em que Clara se vê envolvida e precisa lidar com muita paciência e resignação, afinal sua vida pacata foi agressivamente invadida. Vemos então a modelagem de uma personagem rara, não só no cinema brasileiro, mas em qualquer outra nacionalidade. Clara é uma mulher já na terceira idade, forte, bem resolvida que enfrenta os problemas com altivez e humanidade. Aqueles takes e sequências de longa duração vão denotando a solidão, a independência, as fraquezas e as forças de Clara. E com tudo isso, vamos nos envolvendo com ela. Fica muito evidente que a grandeza dessa personagem se deve à sinergia perfeita entre a direção precisa de Kleber Mendonça e a atuação excepcional e ao mesmo tempo natural de Sônia Braga. É gratificante ver as técnicas fundamentais da linguagem cinematográfica serem utilizadas de forma sutil para compor uma narrativa rica e criar uma carga dramática tão intensa. O roteiro apresenta o filme como dividido em três partes, mas achei isso desnecessário, pois os subtítulos de cada parte não conseguem abranger a complexidade das tramas. Fora isso, as sequências, o ritmo, os diálogos são muito bem construídos. Como Sônia Braga está presente na maior parte das cenas (e ela está naturalmente deslumbrante) a história flui fácil e nem percebemos as quase duas horas e meia se passando. Outro destaque é a trilha sonora, com muitas músicas da MPB que se encaixam perfeitamente nos contextos em que são inseridas. Aquarius é um filme de contrastes. Somos expostos à isso o tempo todo no âmbito tecnológico, social, urbano, familiar, pessoal e emocional. O link com a realidade faz com que a gente se sinta parte do problema. Daí vem os desconfortos, angústias e constrangimentos que algumas cenas jogam na nossa cara. Aquarius não é tendenciosamente político, como querem fazer parecer alguns veículos de imprensa, porém é um filme conectado com a situação social em que vivemos. Por isso consegue discutir tão bem o elemento humano inserido no ambiente urbano, tendo como background as grandes demandas tecnológicas e econômicas atuais.
Nota (5/5) Tercio Strutzel ama ler, escrever e desenhar histórias em quadrinhos. Adora cinema, mas está ficando viciado em séries. Também é serial reader de Stephen King e está sempre em busca de atividades culturais por São Paulo. Conteúdo veiculado em parceria com www.cinefilosanonimos.com.
ficha receberão um canhoto. E é a partir desse número que o sorteio é efetuado”, afirmou Pedroso.
Estudo Mais oferece opção para estudantes
Porque a morte ainda nos surpreende?
por Ricardo Pecego
Em tempos em que as mortes das pessoas geram um turbilhão de reações nos mundos real e virtual, acho importante concentrar nossos esforços em uma reflexão sobre um acontecimento tão comum. Quando falamos de morte, o assunto ganha um tom melancólico ou triste, pois lembramos no ato daqueles que eram próximos de nós, e que hoje não convivemos mais, fisicamente falando. Tenho certeza que está aí a razão dos nossos lamentos. Buscamos, nas mais diversas vertentes, algo que nos conecte com o mundo espiritual, que vez em quando nos traz certo conforto e nos faz de alguma forma seguir com a vida, nos coloca para pensar. Mesmo depois de milhares de anos da morte dos ícones idolatrados nas principais crenças religiosas no mundo, pouco se aprofunda nos meios religiosos a discussão sobre a morte. Grande parte dos responsáveis hoje em dia pela difusão das religiões (padres, pastores, rabinos, lamas, imans) busca nas escrituras mais tradicionais dar sua explicação sobre a morte, mas pouco se evoluiu essa discussão dentro dos espaços regidos por dogmas estáticos; Trata-se do tema da mesma forma há séculos. Acredito que não temos nenhum outro tema tão estagnado e ao mesmo tempo tão presente em nossas vidas. Possivelmente a ciência chegue a conclusões mais amplas no debate da morte que as próprias religiões. Pode, inclusive, este ser o curso das mudanças que façam com que as religiões e os cientistas venham a interagir em vez de apenas discordar. Enfim, todos nós temos de alguma forma uma relação com a morte, mas será que pensamos sobre nossa própria morte? Alguns dos leitores certamente estão questionando a natureza do tema, mas ela está ligada diretamente à vida que levamos hoje, aos temas que colocamos como prioridade na construção dos nossos questionamentos e legados. Acredito que, se discutindo a vida, começando por entender e compreender a morte, muitas banalidades do cotidiano real e virtual podem perder força e finalmente saírem de cena. Um exemplo disso são as campanhas eleitorais. Não consigo conceber num país sob transformações importantíssimas no âmbito político e social, que os eleitores da sua maior cidade estejam discutindo propostas de aumento da velocidade dos radares de trânsito. Isso é espantoso e de uma mediocridade sem tamanho. Questões como educação, saúde, qualidade de vida perdem para 10 km a mais no nosso velocímetro? Daí vem minha temática que assim como este, podemos contar outros tantos temas que difundimos, e que nos tiram do eixo central da nossa passagem pela Terra. Hoje nosso mote de vida nos faz colocar crianças cada vez mais cedo em escolas que devem oferecer uma ampla diversidade de disciplinas para a formação de uma pessoa com futuro promissor, entendendo que quando dizemos “futuro promissor”, estamos falando de alguém com posses, dinheiro e, de preferência, acima das possibilidades que conseguimos alcançar na nossa dolorosa jornada. Tudo em busca de num determinado
momento, já na velhice, do privilégiode gozar a vida, viajar, ficar tranquilo sossegado, fazer somente aquilo que gosta. Certamente que a morte não segue uma lógica, não tenho estatística alguma a respeito, mas temos certo nível de consciência, que não se morre apenas velho muito tempo depois da idade convencional de aposentadoria! Devemos ainda levar em conta que num ritmo de vida dedicado exclusivamente ao estresse do trabalho, existe uma forte tendência de que quando aposentados precisemos de tratamentos médicos, que pela lógica serão mais caros via planos de saúde, ou burocráticos via saúde pública. Talvez não vamos conseguir curtir tanto. E caso a saúde esteja em ordem, nossa velhice é de forma inevitável um tempo onde não conseguimos fazer muitas coisas que nosso corpo suportava quando éramos mais jovens, temos limitações naturais que acontecem pelo desgaste do corpo físico. Fica evidente que o momento de viver a vida é já. Temos que otimizar nosso tempo de dedicação ao trabalho à sobrevivência, ou aliar isso a coisas que nos completam, e nos fazem sentir vivos, caso contrário tendemos à depressão e outros diversos problemas decorrentes da má administração da vida. Essa reflexão me foi oferecida por uma canção, e por minha filha do meio. A canção é do mineiro Alexandre Andrés, com letras do poeta Bernardo Maranhão, chamada “Menino”. Nela o poeta Maranhão magistralmente registra a visão dos pais em relação aos filhos até a temporária separação na morte. Sendo pai eu vivo tudo isso que a letra demonstra. Já com minha filha do meio, que tem uma sensibilidade ímpar, foi porque ela veio questionar da nossa presença (minha e da minha esposa) na vida dela. Estava triste e chorava de pensar que um dia nós iríamos nos separar. Eu a abracei, sorrindo por fora, e chorando por dentro, certo que um dia isso acontecerá, mas com toda a incerteza de como e quando. São momentos como esses da minha vida, e eventualmente da sua, que devem nortear nossas decisões de modos de vida, quebrando determinados paradigmas, e compartilhando com outros tantos que ainda não tiveram como refletir e apenas pensam no futuro que é tão incerto quanto as nossas horas seguintes. Menino (Alexandre Andrés/ Bernardo Maranhão) Quando te vejo rir outra vez / Lembro de mais da tua primeira luz / Era tempo do tempo parar / Era um milagre passando por nós / Fica no meu, o teu coração / Segue no teu o brilho do meu olhar / Feito flores que a brisa lançou / Vivo outra vida que a vida me deu / Amo te ver entrar pela casa / Caminhar ao léu pela rua / Teu pequeno mundo é muito vasto para o meu pobre peito / Quero acompanhar teu caminho aprender contigo de novo / Tanta coisa certa pura e simples que não lembro mais / Sei que chegará o dia de dizermo-nos adeus de vez / Mas sei que ainda mais, que o tempo e suas dobras há de conservar / O perfume fresco de uma infância que jamais se perderá.
Ricardo Pecego, 38, é produtor cultural, aspirante a esteta e acha que o mundo, inclusive o Brasil, ainda tem jeito.
anorama
CPF/CNPJ contratada: 16.796.177/0001-86 - R$ 230,00
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