Megaphone Cultural #20

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Megaph Cultne ural

A Roda de Samba e Choro já se tornou um evento tradicional em Mogi Guaçu. Uma vez por mês é dia de conferir a apresentação do Grupo da Estação! Página 5

Rodrigo Peguin/Agência Kinkan

Distribuição Gratuita

Ano V – Nº 20 – Edição Quinzenal |15 de janeiro de 2015

O horror, de perto

Moradora de Mogi Guaçu, Samantha Lodi fala sobre o clima em Paris após o ataque terrorista à revista Charlie Hebdo. Ela está na França a trabalho.

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Oportunidade

Cia de Theatro Paulino Santiago abre inscrições

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Sonzeira!

Festival reunirá 13 bandas em Socorro (SP)

a n a b r U o ã i g e L e s a x Raul Sei a r i p a t I m e o t u b ganham tri

O

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Vip Eventos, em Itapira, promove no dia 24 de janeiro um show em tributo a dois grandes nomes do Rock brasileiro: Raul Seixas e Legião Urbana. O evento começa às 22h00 e os ingressos antecipados

custam R$ 15,00. Além do roqueiro baiano e da banda brasiliense, o Rock nacional de uma forma geral também será lembrado com a abertura a cargo de Paul Stone e seu repertório que reúne nomes como Titãs, Paralamas do Sucesso e Lobão, entre outros.

A apresentação de abertura acontece no quiosque da casa, enquanto que o show em homenagem a Raul e Legião ocupa o palco principal, no salão. Na ocasião, o grupo Legião Brasil apresenta repertório que une os principais clássicos dos dois

nomes que marcaram época no Rock nacional. Os ingressos antecipados podem ser adquiridos na loja Zone Rock, no Shopping Sarkis (Box 8), no Centro de Itapira. O Vip Eventos fica na Rua Baptista Venturini, 36, na Santa Fé.

Na capital

Em baixa

Independente

Pra aprender

Mostra exibe objetos criados por detentos do Carandiru

Rock brasileiro tem pior desempenho em rádios desde 2000

EncontrArte tem segunda edição em Itapira

Fábio Zangelmi anuncia workshops de fotografia e tratamento de imagens

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www.portalmegaphone.com.br Edição Quinzenal | 15 de janeiro de 2015 Página 2

Editorial

Independência e sorte!

O

EncontrArte atinge sua segunda edição no dia 18 de janeiro com a firme proposta de disseminar as mais variadas expressões artísticas em um só espaço. De forma independente, contando com parcos recursos, mas com um montão de apoio de agentes culturais, o evento toma pra si a missão de fomentar diversas áreas que, quase sempre, atraem pouca atenção quando expostas de forma individual. É a receita do coletivo, temperada pelo poeta Luiz Martinho Stringuetti Filho com apoio de Ricardo Sartoretto, que gerencia o Vip Eventos – espaço que abriga a iniciativa.

A união que gera o movimento deve ser preservada e reforçada a casa nova edição. Isso tudo ainda com um lado beneficente, já que o encontro pede a doação de alimentos para posterior repasse a entidades assistenciais. No segmento musical, mais especificamente, o festival Rock n’ Paz também tem dado bons exemplos de união em prol da luta pela arte independente. Geralmente com bandas autorais, o evento chegou a sua quinta edição no último dia 10 e repetiu o público da empreitada anterior, atraindo perto de 250 pessoas à Concha Acústica ‘Paulino Santiago’. Com entrada

gratuita, a ideia encabeçada pelo músico Alexandre Godoy também deve ser prestigiada e aplaudida em pé. Contando com apoio da Prefeitura, o evento tende a continuar com a mesma proposta e, devagar, conquistar seu espaço no calendário dos espectadores da arte. São iniciativas plausíveis, cujos esforços para manutenção não devem ser medidos. Se com todas as dificuldades, as ações são dignas de elogios, imagine só com ainda mais apoio que pode partir tanto do Poder Público quanto do setor privado. Boa sorte a todos. É essa a nossa torcida! France Diplomatie

Por Tarso Zagato, especial para o Megaphone Cultural

A

Megaphone Cultural - Olá, Samantha, como vai? Gostaria que você iniciasse essa entrevista comentando sobre o massacre ocorrido no jornal satírico Charlie Hebdo, o qual ainda repercute em todo mundo. Neste momento, que tipo de sentimento você percebe entre os franceses? Samantha - Olá! Mesmo em um momento atípico, estou bem. Nos primeiros dias achei que a tristeza era o sentimento mais evidente nos franceses, embora o sentimento ainda permaneça. Agora, penso que a veias revolucionárias históricas do povo emergem com mais clareza. Participando da marcha no último domingo, a história da França revolucionária ecoava em cada francês que encontrei pela rua, independente de qualquer religião ou ateu, em todas as idades. Os pais levavam seus filhos e incentivavam a participar da marcha, vários senhores e senhoras em seus grupos com suas manifestações também estavam por lá. O que percebi foi uma força coletiva em nome da liberdade tão cara a essa nação.

Ataque à revista satírica gerou comoção e debates sobre liberdade de expressão

Uma historiadora em meio à história! Na França desde julho de 2014, onde faz pesquisas universitárias, Samantha Lodi, residente em Mogi Guaçu, fala sobre o ataque à redação da revista Charlie Hebdo

“11 de setembro”, claro que guardando as devidas proporções. É certo que foi o maior número de mortos que tiveram por um ataque terrorista e imagino que isso terá consequências. E já que falamos do slogan usado por essa ocasião, percebi que muitos brasileiros não compreenderam seu real significado.

Megaphone - Em seu artigo “Eu não sou muito fã de Megaphone “Je suis Charlie. piadas, mas considero a Nous sommes liberdade de expressão Há quase uma setous Charlie.” o bem mais precioso da mana, a imprensa mundial vem pro(Eu sou Charlie. T o d o s s o m o s democracia, se tivermos duzindo quantidaCharlie), publica- pessoas controladas em des estratosférido no Brasil dois suas palavras, textos ou cas de conteúdo dias após o asdesenhos, certamente jornalístico sobre sassinato de 12 estamos seguindo um o ataque à Charlie Hebdo. Na grande pessoas ligadas à caminho perigoso” mídia brasileira, revista francesa, a execução de 17 entre eles quatro pessoas por terrenomados carroristas ligados a grupos islâmicos tunistas, você fala sobre “o maior parece ser secundária à questão ataque terrorista que o país já da liberdade de expressão frente sofreu”. Esse incidente, guardadas ao fanatismo religioso. O que você as suas devidas proporções, pode pensa sobre isso? ser considerado o “11 de setembro” Samantha - Esse é o ponto princifrancês? pal da falta de compreensão de alguns. Samantha - Coloquei isso mesmo Vi muita discussão nas redes sociais no artigo do (jornal) Gazeta Vargengranreforçando “Je ne suis pas Charlie” (Eu dense porque foi exatamente o que se não sou Charlie) e fazendo análise do viu. Nunca o país tinha passado por um conteúdo do jornal e cheios de juízos ataque desse tipo e vale lembrar que de valores. Como você já colocou é um desde que cheguei aqui, em julho de jornal satírico, faz parte da sátira “ridi2014, uma das melhores sensações que cularizar”, e é isso que a Charlie Hebdo sempre tive foi a da segurança pelas ruas tem como linha editorial, vários grupos a qualquer horário. Alguns telejornais e acontecimentos são satirizados por franceses fizeram essa comparação ao

Foram doze minutos de silêncio prestados aos doze mortos. O local escolhido foi a mais famosa catedral parisiense e, como se até o céu chorasse, a chuva iniciou segundos antes das tradicionais doze badaladas do meio dia. E se intensificou enquanto pessoas permaneciam paradas, em seus silêncios tristes. Para alguns, o silêncio era quebrado pelos sinos de Notre-Dame, para mim, o silêncio foi reforçado pelo ecoar dos centenários sinos que já presenciaram tanta intolerância de nosso mundo.

ela. Alguns franceses me disseram que é difícil entender isso de outro ponto de vista cultural. A mídia brasileira coloca como secundária a questão primordial dos franceses frente aos ataques, aqui a palavra de ordem é a liberdade de expressão, quando dizem que “são Charlie”, dizem “queremos manter a nossa liberdade de expressão”. Eu não sou muito fã de piadas, mas considero a liberdade de expressão o bem mais precioso da democracia, se tivermos pessoas controladas em suas palavras, textos ou desenhos, certamente estamos seguindo um caminho perigoso. Agora, a grande mídia brasileira continua cumprindo seu papel de anos ao distorcer os fatos. Megaphone - Falando especificamente do Brasil, você acredita que a liberdade de expressão é totalmente compreendida e devidamente valorizada em nossos estratos sociais? Samantha - Não. Acredito que muitos brasileiros ainda não concebem o valor da liberdade de expressão, infelizmente. E isso muitas vezes é oficial no Brasil com processos e etc. Um exemplo ilustrativo são livros biográficos, onde a liberdade de expressão é levada a sério as biografias são publicadas de qualquer forma, porém uma nota explicativa sai na capa do livro: Biografia não autorizada. No Brasil tivemos, recentemente, uma biografia proibida de circular, só para lembrar um caso.

s palavras de pesar incomensurável foram o recurso que a historiadora guaçuana Samantha Lodi encontrou para expressar tamanha tristeza compartilhada por milhões de franceses. O terror promovido pelo fundamentalismo islâmico chegou ao berço dos direitos universais em forma de morte e intolerância. Uma ação minuciosamente planejada, dois ataques coordenados, três terroristas mortos e 17 inocentes executados. No ataque à revista Charlie Hebdo – onde 12 pessoas foram mortas, entre elas quatro dos mais renomados cartunistas do mundo – morreu também a liberdade de expressão, suscitada cinco dias depois pelo grito de paz entoado por centenas de milhares que tomaram a Praça da República em protesto contra a intolerância e a chamada Guerra Santa. Como por obra do destino, a historiadora se viu em meio à escrita de mais uma página da História e também saiu às ruas parisienses para engrossar o coro por liberdade, igualdade e fraternidade, ideais da incandescente Revolução Francesa de 1789 que culminou com a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”. Na França desde julho passado, onde desenvolve pesquisas na Université de Rouen, Samantha Lodi explanou sobre os acontecimentos dos últimos dias e, como boa historiadora, prestou sua colaboração para documentar aquilo que certamente será descrito, em breve, nos livros de História.

Arquivo Pessoal

Samantha Lodi vive atualmente na França

Megaphone - Neste domingo (11), mais de 1,5 milhão de pessoas saíram às ruas de Paris para homenagear as vítimas dos ataques terroristas ocorridos nos últimos dias. Foi um ato que chamou a atenção do mundo todo e que, certamente, entrará para a história. Como você se sente tendo presenciado e, de certa forma, participado de tudo isso? Samantha - Presenciei algo que deve ficar para a história e fico raciocinando sobre isso o tempo todo. Estudo

mulheres revolucionárias e pude ver como um povo de tradição revolucionária logo vai para as ruas, mas temo pelas consequências que virão. Megaphone - Na Revolução Francesa de 1789, considerada por muitos o acontecimento sociopolítico mais significante da História Contemporânea, houve um levante de massas que reivindicava o fim da monarquia e clamava por liberdade, igualdade e fraternidade – lema da

Revolução, hoje, universalizado como preceitos vitais e irrevogáveis da humanidade. Esse evento causou transformações profundas na sociedade francesa e também refletiu em todo o mundo ao longo dos últimos 226 anos. Que tipo de transformação o ataque à revista Charlie provocará no mundo? Samantha - Observei que os lemas da Revolução Francesa, que é ainda hoje o grande lema da República Francesa, estão vivos e pulsantes, mas é bom lembrar que para colocá-los em prática outros momentos na história da França foram necessários e muita luta aconteceu durante o século XIX. Fazer projeções sobre o que o ataque provocará é complicado, mas penso que as manifestações a favor da liberdade de expressão continuarão e isso é positivo em um mundo que ainda tem tantos governos controladores ou ainda governos que fingem ser adeptos da democracia enquanto são grandes manipuladores, a liberdade de expressão é ainda uma reflexão necessária e por vezes esquecida. O ponto negativo é que isso pode aumentar preconceitos a grupos específicos que podem ser confundidos com os fundamentalistas que organizam o terrorismo, digo confundidos porque a maior parte dos mulçumanos lamenta muito o ocorrido. Outro ponto negativo é que os grupos preconceituosos normalmente vão usar disso para atacar grupos e difundir ideias que podem levar à eleição de uma extrema-direita que resolve tudo com truculência. Assim foi a ascensão do fascismo e do nazismo na Europa das primeiras décadas do século XX. Em nome de uma “segurança” e de uma “ordem”, esses grupos podem se estabelecer no poder. Megaphone - Você escreveu dois artigos testemunhais com suas percepções acerca do incidente na Charlie Hebdo. Em ambos, você descreve um país acometido por uma tristeza profunda, que, mais do que justiça, clama por tolerância. Você compartilha desse sentimento? Samantha - Sempre. A tolerância, para mim, é mais do que seu significado da origem da palavra (para não usar termos complicados), inclui também seu significado cultural, por isso acredito que ter tolerância não é simplesmente dizer “eu tolero”, como se fosse uma obrigação a contragosto. Ter tolerância é buscar compreender o outro na sua forma de agir, pensar e escolher, porque somos diferentes e todos nós merecemos respeito. Grandes seres humanos que passaram pela Terra foram grandes porque foram tolerantes. Megaphone - Segundo noticiado por aqui, cerca de 80 mil agentes, soldados e policiais foram mobilizados para capturar os três responsáveis pelos atos terroristas em Paris. Essa grande movimentação deve ter acentuado o clima de medo e terror na capital francesa, mesmo após a identificação e morte dos envolvidos. Os franceses temem novas investidas de extremistas islâmicos? Samantha - A mobilização foi grande para proteger a população civil, a área foi isolada e todos continuaram suas vidas normalmente, trabalho, estudo, brincadeiras de crianças no parque, nada parou fora da área isolada. Hoje, os locais públicos e de grande circulação estão com segurança reforçada, podemos notar a diferença, mas não há clima de terror. Na Biblioteca Nacional da França mesmo, onde sempre há uma fiscalização na entrada, havia um cuidado maior do que na semana passada, há uma precaução, mas penso que isso é prudente. Megaphone - Gostaria de agradecê-la por conceder esta entrevista e desejá-la sucesso e paz durante sua estadia na França. Samantha - Eu que agradeço a oportunidade. Espero que a paz permaneça com todos nós.

Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*

Impressão: Jornal Tribuna de Itapira

Vendas: Alexandre Battaglini (9.9836.4851)

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Projeto Gráfico: Cássio Rottuli (9.9946.9027) Cidade-sede: Itapira/SP

Circulação na Baixa Mogiana e Circuito das Águas imprensa@portalmegaphone.com.br

facebook.com/megaphonenews *Exceto matérias assinadas. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do Megaphone Cultural.


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Léo Santos

Programação 2º EncontrArte

Evento multilinguagem acontece no domingo, dia 18

14h00 – Abertura e início da exposição de fotografias e artes plásticas; 14h30 – Início da discotecagem com João Oliveira; 15h00 – Oficina – Imaginação e fotografia: faça fotos criativas com dispositivos móveis – Fábio Zangelmi; 16h30 – Recital do tenor Daniel Duarte e o pianista Leandro Cavini: Excertos do ciclo de canções ‘Dichterliebe’ Op.48 (Amores do Poeta) do compositor Robert Schumann, com comentários dos poemas de Heinrich Heine por Luiz Martinho Stringuetti Filho; 17h00 – Pintura ao vivo – Carlos Torriani (Mogi Mirim); 18h00 – Experiment3rio – trio instrumental (Fusion, Jazz, Freejazz, Funk); 19h00 – Elisabelle da Silva – número de dança contemporânea; 19h30 – Sarau, 1ª parte – Bruno Fernandes (Mogi Mirim), Draco Louback (Mogi Guaçu) e Henrick Baratella; 20h00 – Cia de Teatro Imagem Pública (Mogi Mirim) - cena “O Violão”; 20h30 – Raphael Lupinacci – violão erudito e popular;

a a t l o v e t r A r t Encon a r i p a t I m e r e acontec

O

VIP Eventos abriga a segunda edição do EncontrArte na tarde do dia 18 de janeiro. O evento reúne diversas formas de arte e expressões culturais em um mesmo ambiente, com a proposta de fomentar as manifestações e abrir espaço para que os artistas divulguem seus trabalhos. O início das ativida-

des é previsto para 14h00, e a entrada custa R$ 6,00 com a doação de um quilo de alimento não perecível. Sem a doação do alimento, o ingresso sobe para R$ 10,00. O cronograma conta com exposições fotográficas, discotecagem, intervenção teatral, exposições de artes plásticas, recitais e apresentações musicais, declamações

de poemas, entre outras atividades. “Esperamos que esta segunda edição do EncontrArte venha consolidar nossa iniciativa, contando com a colaboração de artistas de talento e agora, inclusive, de outras cidades da região”, comenta o idealizador do evento, o poeta e professor Luiz Martinho Stringuetti Filho. De acordo com ele, o

21h00 – Sarau, 2ª parte – Heloísa Bueno de Moraes, Laura Mandato Bovo lendo poemas de Jácomo Mandato e Luiz Martinho Stringuetti Filho. Exposições Fotografias: Fábio Zangelmi, Fernando Pinnecio, Sabrina Brombim, Tiago Rossi e Coletivo PxPx (Lambe-Lambe); Artes Plásticas: Carlos Torriani (Mogi Mirim), Fernando Fragoso (Campinas), Márcia Olympio, Mariana Pierossi e Tiago Alexandre Pompeu

EncontrArte mantém sua proposta de reunir, de maneira independente, artistas e apreciadores da arte de Itapira e de cidades vizinhas, oferecendo uma alternativa de lazer e cultura que divulga e promove a criação artística. A organização acontece em parceria com Ricardo Sartoretto, administrador do VIP Eventos. Divulgação

Festival terá próxima edição em março, no Espaço Natureza

PROGRAME-SE

Agenda dos melhores eventos de 15/01 a 31/01

ITAPIRA 18/01 – 2º EncontrArte Encontro cultural independente com diversas formas de arte. R$ 6,00 + 1 kg de alimento ou R$ 10,00 sem a doação. 14h00. Vip Eventos – Rua Baptista Venturini, 36 – Santa Fé. 23/01 – Sem Hastro + Negative Side + Ordinary Sins 20h00. R$ 10,00. Vip Eventos – Rua Baptista Venturini, 36 – Santa Fé. 24/01 – Tributo a Legião Urbana Com a banda The Mittus. Info e reservas: (19) 3863-7272. Capitão Black – Avenida Jacareí, 64 – Santa Cruz. 24/01 – Tributo ao Rock Nacional Paul Stone (quiosque) com Rock Nacional + Legião Brasil (salão) com tributo a Raul Seixas e Legião Urbana. 22h00. R$ 15,00 antecipado (Loja Zone Rock – Shopping Sarkis). Vip Eventos – Rua Baptista Venturini, 36 – Santa Fé. MOGI MIRIM 16/01 – II SextaKaos Bandas Suit Side vs Veda Plight (Bélgica) e Ironias. 18h00. R$ 10,00 na portaria. Bar do Juca - Avenida Padre João Vieira Ramalho, 325, Mirante. 16/01 – Legião Urbana Cover Banda Falsa Identidade. 22h00. Info e reservas: (19) 3862-3440. Opção Disco Lounge – Rua José Bonifácio, 85 – Centro. 29/01 – Vandinho Bar do Tina. 20h00. Rua Padre Roque, 1581 – Jardim Áurea. MOGI GUAÇU 16/01 – Opera Rock 20h00. Estação do Chopp. Praça Duque de Caxias, 81 - Centro. 16/01 – Fubanga Banguela 22h00. R$ 10,00. Dinossaurus Rock Bar - Avenida Mogi Mirim, 472 – Centro. 17/01 – Tributo ao Planet Hemp Banda Bang Loko Sound. 22h00. R$ 10,00. Dinossaurus Rock Bar Avenida Mogi Mirim, 472 – Centro. 17/01 – Ideia Acesa 20h00. Estação do Chopp. Praça Duque de Caxias, 81 - Centro.

i a r t a z a P ’ n Rock o ã ç i d e a t n i u q 250 em A quinta edição do festival Rock n’ Paz manteve sua média de público, atraindo perto de 250 pessoas à Concha Acústica Paulino Santiago, no último dia 10. O evento começou às 17h00 e reuniu cinco bandas no espaço situado na Avenida Professor Fenízio Marchini, na Encosta do

Penhão. Subiram ao palco os grupos Folha Seca, 4 Back, Paralelo 38, Vários Nerus e Ilusão de Ótica. As atividades aconteceram de forma tranquila e foram bem avaliadas pelo organizador do festival, Alexandre Godoy. “Tem muita correria com bandas, com equipamentos, mas é sempre positivo fazer esse

evento, pois fazemos o que gostamos”, comentou. Com caráter beneficente, o evento arrecadou ração canina que foi doada à Uipa (União Internacional Protetora dos Animais) e à ONG (Organização Não Governamental) Anjos sem Asas, que também atua no atendimento a animais carentes. “Isso funcionou

muito bem, arrecadamos cerca de 80 quilos de ração”, comemorou Godoy. De acordo com ele, a sexta edição do evento é prevista para março, mas ainda não tem data definida. Contudo, o festival deverá mudar de local, acontecendo no Espaço Natureza, às margens da rodovia entre Itapira e Mogi Guaçu.

18/01 – Roda de Samba e Choro Grupo da Estação. 10h00. Gratuito. Praça Duque de Caxias, Centro. 24/01 – Garage Machine 22h00. Dinossaurus Rock Bar - Avenida Mogi Mirim, 472 – Centro.

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO O Jornal Megaphone circula quinzenalmente, sempre entre os dias 10/15 e 25/30 de cada mês. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu:

ITAPIRA

Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz Jazz Café |Rua José Bonifácio, 365 – Shopping Sarkis Mil Mídias |Rua 24 de Outubro, 166 - Centro Costa Maneira|Rua Alfredo Pujol, 190 - Centro

MOGI MIRIM

Bancas do Sardinha | Praça Rui Barbosa (Centro) e Rua Pedro Botesi (Tucura) School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro Rogatte Tattoo Rua XV de Novembro, 133 - Centro

MOGI GUAÇU

Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde Riff Lord Stúdio | Rua Waldomiro Martini, 63 – Centro Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro Banca da Capela |Praça da Capela - Capela

Quer ser um distribuidor? Entre em contato: (19) 9.9836.4851 ou contato@portalmegaphone.com.br


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Rock nacional fecha 2014 com pior posição em rádios tocadas e ficando atrás do Pop, Rock e Pagode. A explosão veio em 2008, a partir do surgimento do Sertanejo Universitário, depois que o estilo já havia superado o Pagode e o Rock nos rankings. Em 2013, o gênero dominou 56% do ranking e agora chegou a 59%. Já o Rock, em 2004, chegou a ter 32 músicas entre a 100 mais tocadas nas rádios. Começou a cair nos anos seguintes e, em 2013, saiu pela primeira vez do Top 30 entre faixas brasileiras e internacionais. No ano passado, depois da música do Skank, na 81ª posição, o Rock nacional só aparece mais uma vez com a faixa ‘Waiting For You’, do Jota Quest, na 98ª posição. As bandas estrangeiras de Rock tiveram resultados melhores no último ranking. A posição mais alta foi da faixa ‘Pompeii’, do grupo britânico Bastille (Indie Rock), que ficou na 50ª colocação. A música ‘Domingo de Manhã’, da dupla Marcos & Belutti ficou com a primeira posição do ranking de 2014, seguido por nomes como Luan Santana, Eduardo Costa e Victor & Leo, por exemplo. ‘Happy’, de Pharrell Williams, ficou na 10ª posição.

Top 100 em execução no rádio brasileiro em 2014 Nº

Música

Artista/Dupla/Banda

51

Final de tarde

Péricles

1

Domingo de manhã

Marcos & Belutti

52

Monster

Eminem e Rihanna

2

Cê topa

Luan Santana

53

Magic

Coldplay

3

Os 10 mandamentos do amor

Eduardo Costa

54

Tá bom, aham

Sorriso Maroto

4

O tempo não apaga

Victor & Leo

55

Faz de conta

Eduardo Costa

5

Mozão

Lucas Lucco

56

You’re still the one

Paula Fernandes & Shania Twain

6

Vou te amarrar na minha cama

Bruno & Marrone

57

Jogado na rua

Guilherme & Santiago

7

Flores em vida

Zezé di Camargo & Luciano

58

Esse copo aqui

Hugo & Tiago

8

Tudo com você

Victor & Leo

59

Colo

Jads & Jadson com Victor & Leo

9

Guerra fria

Sorriso Maroto com Jorge & Mateus

60

Nossa chama

George Henrique & Rodrigo

10

Happy

Pharrell Williams

61

Bem apaixonado

Israel & Rodolffo

11

Maus bocados

Christiano Araújo

62

Planos impossíveis

Jads & Jadson

12

Te dar um beijo

Michel Teló com Prince Royce

63

Wake me up

Avicii com Aloe Blacc

13

Caraca, Muleke!

Thiaguinho

64

Burn

Ellie Goulding

14

Zen

Anitta

65

Sonhos e planos (sou eu)”

Os Travessos

15

Fui fiel

Gusttavo Lima

66

Sem você a vida é tão sem graça

Thiaguinho

16

Sorte é ter você

João Bosco & Vinícius

67

Can’t remember to forget you

Shakira com Rihanna

17

Cê que sabe

Cristiano Araújo

68

Love never felt so good

Michael Jackson com Justin Timberlake

18

Coração apertado

Thaeme & Thiago

69

Copo na mão

Munhoz & Mariano

19

Até você voltar

Henrique & Juliano

70

Amor que não sai

Ivete Sangalo

20

Você me vira a cabeça

Bruno & Marrone

71

Demons

Imagine Dragons

21

Calma

Jorge & Mateus

72

Story of my life

One Direction

22

Ressentimento

Jads & Jadson

73

Destino

Lucas Lucco

23

Logo eu

Jorge & Mateus

74

Counting Stars

One Republic

24

Na linha do tempo

Victor e Leo

75

Nunca mais

que a cultura pode oferecer. O baiano Juca Ferreira estará à frente do ministério pela segunda vez. A primeira foi durante o governo Lula, em 2008, quando substituiu o músico Gilberto Gil, com quem trabalhou mais de cinco anos como secretário executivo. Em sua primeira passagem pela pasta, Juca colaborou na formulação dos Pontos de Cultura.

25

Ele não vai mudar

João Neto & Frederico

George Henrique & Rodrigo com Bruno & Marrone

26

Bla bla bla

Anitta

76

Get lucky

Daft Punk com Pharrell Williams

27

Tudo que você quiser

Luan Santana

77

Summer

Calvin Harris

28

Quem é

Paula Fernandes

78

Melhor amigo

Turma do Pagode

29

Pega eu e leva pra você

Leonardo

79

Treasure

Bruno Mars

Sing

Ed Sheeran

34

DENÚNCIA Após a cerimônia de transmissão de cargo, Juca rebateu críticas feitas pela ex-ministra da Cultura Marta Suplicy em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, a senadora entregou documento à Controladoria-Geral da União (CGU) que aponta irregularidades na gestão de Juca em parcerias com uma entidade que presta serviços à Cinemateca Brasileira, em São Paulo. “Eu boto a mão no fogo pelas pessoas da Sociedade de Amigos da Cinemateca, que vêm desde a década de 40 [atuando]. Não fomos nós que estabelecemos uma parceria. São pessoas da mais alta qualidade pública do Brasil”, disse. “Eu me senti [agredido] com a irresponsabilidade como ela [Marta Suplicy] tratou uma pessoa honesta, com quase 50 anos de vida pública e que não tem um desvio sequer”, disse. "Cabe à CGU apurar", completou. Em nota, a CGU informou que, desde abril de 2013, investiga denúncias de irregularidades em contratos firmados entre a Cinemateca Brasileira e uma entidade que presta serviços ao órgão.

35

Juca Ferreira volta ao Ministério da Cultura e pede mais recursos Elza Fiúza/Agência Brasil

Ministro retornou à pasta já enfrentando denúncia da antiga titular O novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, assumiu o cargo no último dia 12 no Teatro Funarte Plínio Marcos, em Brasília (DF). Em seu discurso, ele assumiu compromissos como aprimorar o sistema de financiamento da cultura, modernizar a legislação de direitos autorais e buscar aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Cultura. “Seria um grande passo conquistarmos essa aprovação”, disse Juca. A proposta prevê repasse anual (de receitas resultantes de impostos) de 2% do orçamento federal, de 1,5% do orçamento dos estados e de 1% do orçamento dos municípios para a cultura. Sobre mudanças no atual sistema de financiamento do setor, o novo ministro prometeu, para os próximos meses, um esforço conjunto com o Congresso Nacional para aprovação do Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (ProCultura), previsto para substituir a Lei Rouanet. “A cultura brasileira não pode ficar dependente dos departamentos de marketing das grandes corporações. Queremos mais investimento na cultura, e esta também deve ser uma das responsabilidades sociais da iniciativa privada. Queremos que a conta seja paga com responsabilidades partilhadas.” Ele afirmou, ainda, ter recebido com entusiasmo a sinalização da presidenta Dilma Rousseff de que a educação será a grande prioridade do governo federal no novo mandato. Segundo ele, não existe educação democrática e libertadora sem o

Skank foi a banda brasileira com melhor desempenho no ranking

Divulgação

O

Rock nacional amargou sua pior marca em 15 anos no ranking das músicas mais tocadas nas rádios brasileiras em 2014. E a surra veio diretamente do Sertanejo. O levantamento feito em dezembro pela Crowley Broadcast Analysis do Brasil, que desde 1997 monitora eletronicamente as rádios do país, apontou que das cem faixas listadas, 59 são sertanejas e apenas duas são oriundas do Rock brasileiro. Durante 15 anos de existência do ranking, havia ao menos um Rock produzido no país entre as faixas mais executadas pelas emissoras. No ano passado, contudo, o melhor resultado ficou com ‘Ela Me Deixou’, sucesso do Skank. As músicas foram identificada a partir de listas de execução entre 1º de janeiro e 28 de novembro. Além do Sertanejo, gêneros como Pop e Pagode também figuram no ranking como os mais populares nas listas de execução. Os gêneros MPB, Axé, Rap e Forró, por exemplo, não aparecem no levantamento por terem bem menos faixas presentes nos rankings. Para se ter uma ideia do crescimento do Sertanejo no país, no ano 2000 o gênero aparecia como o quarto mais popular nas rádios, emplacando apenas dez músicas entre as 100 mais

30

Meu mundo e nada mais

Daniel

80

31

Liga lá em casa

Leonardo

81

Ela me deixou

Skank

Tempo de alegria

Ivete Sangalo

32

Recaídas

Henrique & Juliano

82

33

Hey brother

Avicci

83

O que se faz, aqui se paga

Zé Ricardo & Thiago

Gaveta

Fernando & Sorocaba

84

País do futebol

Mc Guimê com Emicida

Royals

Lorde

85

Deixa falar

Fernando & Sorocaba

Safe and sound

Capital Cities

36

Mármore

Fernando & Sorocaba

86

37

Na batida

Anitta

87

Indescritível

João Bosco & Vinícius

Alma gêmea

Loubet

38

Eu vou morrer de amor

João Bosco & Vinícius

88

39

Chamam isso de traição

João Neto & Frederico

89

Cafajeste

Thaeme & Thiago

40

Tanto faz

Luan Santana

90

Talk dirty

Jason Derulo

41

Dark Horse

Katy Perry com Juicy J

91

Lepo lepo

Psrico

42

Teorias

Zezé di Camargo & Luciano

92

Cuida bem dela

Henrique & Juliano

43

Longe daqui

Munhoz & Mariano com Luan Santana

93

Asas

Pixote

44

Levemente alterado

Michel Teló

94

Ligação

Fred & Gustavo

45

Onde nasce o Sol

Bruninho & Davi com Jorge & Mateus

95

Nunca é tarde

Karina

46

11 vidas

Lucas Lucco

96

Gaguinho

Hugo & Tiago

47

CDs e livros

Thaeme & Thiago

97

Mentirosa

Marcos & Belutti

48

Rather be

Clean Bandit com Jess Glynne

98

Waiting for you

Jota Quest

49

Timber

Pitbull com Kesha

99

Pente e rala

Turma do Pagode

50

Pompeii

Bastille

100

Tó sou seu

Fred & Gustavo com Wesley Safadão

Fonte: Broadcast Analysis, em monitoramento de 1º de janeiro a 28 de novembro de 2014


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Domingo de bamba!

Rodrigo Peguin/Agência Kinkan

Grupo da Estação é responsável pelo evento mensal e aberto ao público

N

um primeiro momento, o clima chega a ser nostálgico na antiga estação ferroviária de Mogi Guaçu. O charme arquitetônico do antigo imóvel que hoje abriga atividades da administração municipal se une a uma não menos charmosa praça instalada bem na frente, com bancos de descanso divididos entre canteiros arborizados. Uma vez por mês, o espaço fica repleto de famílias inteiras reunidas para conferir mais uma Roda de Samba e Choro com o Grupo da Estação. Sem grandes produções – ao contrário, já que a simplicidade é ingrediente primordial - nove músicos ocupam cadeiras em torno de uma mesa. No chão, debaixo da mesa, uma estratégica caixa de isopor guarda gelo e cerveja – presente de colaboradores do grupo que não recebe cachê algum pelas apresentações. “É tudo pela arte. Não rola dinheiro, não tem verba”, diz o idealizador do projeto, o músico Henrique Perina, 29. A ideia que originou a atividade, segundo ele, nasceu depois de uma visita ao campus da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto (SP). Lá, mais precisamente em um coreto a caminho dos museus do Café e Histórico, acontece desde 1994 o ‘Café com Chorinho’, sempre aos domingos. “Eu conheci esse projeto, em que é servido um café da manhã e um trio toca chorinho, e depois fiquei pensando que talvez fosse possível fazer algo semelhante em Mogi Guaçu. Apresentei a ideia à Secretaria de Cultura e deu certo”, lembra Perina. Claro que com algumas adaptações. Os músicos

Rodrigo Peguin/Agência Kinkan

Grande público acompanha apresentações na praça Duque de Caxias

convidados para participar da empreitada originaram um grupo bem maior que aquele visto por Perina. E o cafezinho deu lugar à cervejinha. “Sempre gostei muito de choro e de samba, e chamei todos que sei que também gostam. São dois gêneros que andavam meio esquecidos até mesmo entre a gente, só tocávamos em pequenas reuniões, sem compromisso. E eu acabei chamando o pessoal pra fazer esses encontros independentemente de remuneração, de sucesso e de reconhecimento”, acrescenta o músico. A Prefeitura acatou a sugestão e cedeu o espaço, autorizando a realização dos eventos mensais. A Secretaria de Cultura também colabora com a disponibilização de um equipamento básico de som – estrutura que hoje, por conta do crescimento do evento, acaba complementada pelo próprio técnico que fornece a apa-

relhagem. A primeira edição da Roda de Samba e Choro aconteceu em maio de 2012. “Acho que tinham umas trinta ou quarenta pessoas, a maioria familiares dos músicos”, brinca Perina. Do time de bambas convocado originalmente para o grupo, todos continuam até hoje. “Felizmente, ninguém saiu. Mas, tem fila pra entrar”, ressalta. A percussão conta com Diogo Henrique Gomes, Carlinhos Batera e Régis Leandro. Os instrumentos de sopro ficam por conta dos maestros Maurício Perina e Gilmar Bueno, mais o professor Jonas Caciano. Nas cordas, José Roberto Vital e o próprio Henrique Perina; enquanto que Deilson Martins solta o vozeirão. Todos são músicos e vivem exclusivamente da atividade, com Vital sendo já aposentado na área. Vez ou outra rola alguma participação especial. “Tem de ter organização e controle

pra não descambar”, enfatiza Perina. “E há muito empenho, alguns dos músicos tocam todo final de semana, e no dia da Roda de Samba vão praticamente direto depois de traba-

lhar a noite toda”, comenta o músico. Somente em duas ocasiões o Grupo da Estação se apresentou fora do tradicional local que abriga o público mensalmente. Foi em maio de 2013 e em junho do ano passado, quando os eventos aconteceram no Centro Cultural de Mogi Guaçu, integrando a Virada Cultural Paulista. Com descontração, simplicidade e talento como marcas registradas, o público do evento é visivelmente crescente. E a cada edição aparece gente nova pra conferir o trabalho. Já teve vez, por exemplo, que o público estimado ficou perto de mil pessoas. Hoje, os integrantes do grupo sabem bem a responsabilidade que carregam diante da proporção que a coisa tomou. “Recebemos muita gente de fora, de toda a região e até de lugares mais distantes que se deslocam exclusivamente pra ver a Roda de Samba

e Choro. Tem um senhor que mora em Osasco (SP) e ele combina de visitar o filho, que mora em Mogi Mirim, sempre no final de semana que vamos tocar. Ficamos muito contentes com isso, e nunca fizemos qualquer divulgação com essa pretensão”, finaliza Perina. Os espectadores também contam com uma barraquinha que vende pastéis e bebidas. A cada nova edição é divulgada a data da próxima apresentação. Neste mês de janeiro, o evento acontece no dia 18. O início é sempre às 10h00, e as apresentações costumam durar entre duas e três horas. As datas também são divulgadas na internet, por meio da página oficial do grupo no Facebook (www.bitly.com/ grupodaestacao). Na mesma página são publicadas fotos das apresentações, a partir da cobertura feita de forma voluntária pela Agência Kinkan.

Rodrigo Peguin/Agência Kinkan

Descontração e talento são marcas registradas da iniciativa


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Novas legislações devem ampliar políticas culturais A

s novas legislações inerentes ao processo cultural do país é a aposta do Ministério da Cultural (MinC) para ampliar e democratizar o fomento e incentivo do Estado a iniciativas culturais em todo o Brasil. Em julho de 2014 foi sancionada lei que transformou o Programa Cultura Viva em uma política de Estado. E em novembro, foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados e enviado ao Senado Federal, onde tramita atualmente, o Projeto de Lei que cria o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (ProCultura). O programa, previsto para substituir a Lei Rouanet, trará um novo modelo de financiamento federal à cultura e mudanças substanciais no mecanismo de incentivo cultural por meio de renúncia fiscal. O Projeto de Lei 6.772/2010, que institui o ProCultura, prevê que o Fundo Nacional da Cultura (FNC) seja o principal mecanismo de financiamento federal à cultura. Para isso, será transformado em um fundo de natureza contábil e financeira e também poderá receber recursos por meio de doações e patrocínios. Na prática, isso tornará possível repassar recursos não utilizados em um exercício para o ano seguinte. Hoje, como o fundo é apenas contábil, o saldo anual precisa ser devolvido ao Tesouro Nacional. O Procultura também estabelece mecanismos de regionalização dos recursos, que serão destinados em parte a fundos esta-

duais e municipais, com vistas a financiar políticas públicas dos entes federados. Os estados e municípios que aderirem ao Sistema Nacional de Cultura (SNC) e implantarem fundos e planos estaduais ou municipais de cultura e órgão colegiado de gestão democrática de recursos, com participação da sociedade civil, poderão receber repasses diretamente para execução de programas e projetos. "Um dos maiores benefícios do ProCultura é o fortalecimento institucional do Fundo Nacional de Cultura, composto de uma ampla gama de fontes de receita, e a ampliação dos aportes de recursos do Tesouro Nacional. O programa também permitirá estreitar as relações entre os entes federados e garantir a distribuição equânime dos recursos entre as regiões do país, de modo a atender às demandas da sociedade e da produção cultural brasileira", destaca o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, Ivan Domigues. Outra mudança prevista com o ProCultura é o aumento dos limites de dedução do Imposto de Renda para doações e patrocínios a projetos culturais. Para pessoas físicas e jurídicas, o patamar poderá alcançar até 8% do imposto devido. Hoje, os limites estabelecidos por decreto do Poder Executivo são de 6% para pessoas físicas e de 4% para pessoas jurídicas. Conforme o texto do PL que tramita no Congresso Nacional, doações de pessoas físicas continuarão com teto de 6%, e de empresas com receita bruta anual de R$ 300

Janine Moraes

Apresentação de carimbó durante a Semana Cultura Viva, em novembro. Programa foi aprovado em julho de 2014 e se tornou política de estado

Lei Cultura Viva

Em 2014, um importante ganho para a Cultura foi a sanção, em julho, da Lei 13.018/14, que transformou o Programa Cultura Viva em uma política de Estado voltada a estimular e fortalecer, em todo o Brasil, uma rede de criação e gestão cultural com base nos Pontos e Pontões de Cultura e no estímulo à produção cultural dos mais diversos públicos da diversidade brasileira. "A transformação em política pública é um marco, pois, agora, o Sistema Nacional de Cultura (SNC) passa a ter uma política de base comunitária que possibilita efetivamente o exercício dos

direitos culturais no Brasil", afirma a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Márcia Rollemberg. "A medida garante um fluxo regular e frequente de recursos, responsabilidades institucionais definidas e controle social para um programa que revolucionou a maneira de se fazer política cultural no país, ao atuar nas potências e não nas carências", destaca. Entre as principais novidades instituídas pela Lei Cultura Viva, que está em processo de regulamentação, estão a criação do Termo de Compromisso Cultural (TCC), que subs-

tituirá os convênios com a administração pública, e do Cadastro Nacional dos Pontos e Pontões de Cultura, que reunirá Pontos e Pontões certificados em editais lançados pelo MinC e pelos governos estaduais e municipais parceiros. Outra mudança – a ser instituída futuramente – será a certificação das entidades de maneira desvinculada do repasse de recursos. "O TCC prevê um plano de trabalho focado nos resultados e com execução das despesas mais simplificada. Isso vai melhorar muito a vida dos Pontos de Cultura", avalia Márcia Rollemberg. "E fazer parte do cadastro nacional é importante para que a entidade tenha seu trabalho reconhecido e possa ser

milhões, de 4%. O limite, entretanto, poderá subir para 8% se o excedente for destinado a produtores independentes ou de pequeno porte. No caso de empresas com receita superior a R$ 300 milhões, o limite

também será de 4%, podendo chegar a 5% caso o excedente seja destinado ao FNC. As faixas de abatimento, que hoje são duas, 60 e 100% sobre o valor do projeto, passam a ser quatro: 30%, 50%, 70% e 100%, de acordo com a

pontuação alcançada na avaliação do projeto. O Procultura prevê, ainda, os Fundos de Investimentos Culturais e Artísticos (Ficart), operados por instituições financeiras com a finalidade de investir em atividades com po-

considerada Ponto de Cultura. Isso amplia a capacidade de buscar recursos também em outras fontes, como empresas públicas e privadas", afirma. Outro Projeto de Lei considerado prioritário pelo MinC é o que regulamenta o Sistema Nacional de Cultura (SNC). O documento ainda está sendo produzido pela Casa Civil da Presidência da República e deverá ser enviado ao Congresso Nacional ainda em 2015. Outros objetivos são a revisão da Lei de Direito Autoral vigente e a criação de um instituto para regulação dos direitos autorais, que funcionaria como uma instância administrativa de mediação de conflitos e arbitragem na área do direito de autor. tencial retorno comercial, e o Vale-Cultura, primeira política pública com foco específico no acesso ao consumo e à fruição de bens e serviços culturais e que já destinou mais de R$ 55 milhões a 264 mil trabalhadores do país.

Sai lista de habilitados ao Bolsa Filme de terror é produzido Funarte para artistas negros em Mogi Mirim e Mogi Guaçu A Fundação Nacional das Artes (Funarte) divulgou a lista com 1.405 projetos habilitados ao Edital Bolsa Funarte de Fomento aos Artistas e Produtores Negros. Ao todo, foram recebidas 1.743 inscrições. O edital vai premiar 45 iniciativas que promovam a reflexão, a pesquisa de linguagem e a criação nas áreas de artes visuais, cir-

co, dança, música, teatro, preservação da memória e artes integradas. Com investimento total de R$ 4 milhões, oriundos do Fundo Nacional de Cultura (FNC), a seleção vai distribuir premiações em três módulos. Para o módulo A, serão destinados 15 prêmios de R$ 150 mil; para o módulo B, 12 prêmios de R$ 80 mil; e para o módulo C, 18 prêmios de R$ 30 mil.

O objetivo é proporcionar aos produtores e artistas negros oportunidade de acesso a condições e meios de produção artística. O edital foi publicado pela Funarte no Diário Oficial da União em 25 de agosto de 2014. Para acessar a lista completa, acesse o site do Ministério da Cultura pelo endereço www.bitly.com/ bolsafunarte.

ERRAMOS!  Na matéria sobre o Babel Rock Festival veiculada na

edição de 31 de dezembro de 2014 do Megaphone Cultural, foi publicada erroneamente a foto da banda Vitamin X como sendo da atração principal do evento, Hello Bastards. O erro aconteceu devido a um lapsto da edição, e o Megaphone pede sinceras desculpas aos organizadores e às bandas envolvidas. O evento acontece no dia 6 de fevereiro, na Casa das Artes, em Itapira. Além do Hello Bastards, a data reúne ainda shows de Céu em Chamas, Take me Back e xESCUROx. A entrada custa R$ 10,00 na portaria. Mais informações em www.bitly.com/vaibabel.

Começaram no último dia 10 as gravações de um filme de terror que tem como cenários lugares de Mogi Mirim e Mogi Guaçu. A captação das cenas sem efeitos especiais nas duas cidades devem ocorrer até o dia 22, envolvendo 16 atores e perto de 100 figurantes. Depois disso começarão as gravações das cenas com efeitos especiais. A produção está a cargo da produtora Paco Huberts, de Marcelo Perri, que também escreveu o roteiro da obra. O filme deverá ser veiculado via canais pagos. Com o título provisório de ‘O Preço do Prêmio’, o roteiro é inspirado em um livro que reúne pistas e oferta meio milhão de dólares a quem

Gustavo Zoe

decifrar um mistério. O elenco do filme tenta desvendar o caso para faturar o prêmio, mas esbarra em uma série de desafios. As primeiras

cenas gravadas foram ambientadas em um cemitério de Mogi Mirim. Outras locações da produção na cidade acontecem em casas dos bairros Morro Vermelho e Saúde. Já em Mogi Guaçu, as gravações acontecem em duas residências na Avenida Suécia, bem como no Colégio e Faculdade São Francisco, além de vias públicas. O músico itapirense Eliezer Oliveira participa da produção atuando na equipe de captação de áudio, desenho de som, trilha musical e mixagem ao lado de Guga Lourenço. A produção não informou a previsão para a conclusão das gravações e lançamento do filme.


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Léo Santos

Grupo celebra 10 anos em julho

O

movimento cultural Varal de Poesias de Itapira comemora uma década de existência em julho próximo. Para celebrar a data, integrantes do grupo planejam lançar mais uma coletânea com trabalhos de novos e antigos participantes da iniciativa. A proposta começou a ser discutida em outubro, nos encontros realizados mensalmente por artistas e poetas na Casa das Artes. A primeira coletânea ‘Varal de Poesias de Itapira’ foi lançada em 2010, na comemoração dos cinco anos de atividades da iniciativa. A idealizadora do movimento, a professora Heloisa

Varal de Poesias projeta coletânea

para celebrar dez anos Bueno de Moraes, a Helô, ressaltou que a idéia de produzir o novo trabalho partiu diretamente dos envolvidos. “Achamos que seria bacana produzir um livro coletivo, assim como fizemos há cinco anos. O material, no entanto, será um pouco diferente, pois reunirá, além de textos, ima-

gens e gravuras. Pretendemos colocar um pouco de tudo que hoje representa o Varal”, salientou. O integrante do Varal de Poesias, Arlindo Bellini, explicou que o projeto deverá contar com a participação de 10 colaboradores. “Cada integrante fará uma inser-

ção. O repertório deve incluir desde poesias, contos, fotos e desenhos. Será um trabalho totalmente diferente do fascículo de cinco anos atrás, que só reuniu textos”, frisou. Antigos frequentadores das reuniões do Varal de Poesias interessados em participar da seleção podem obter

mais informações pelo telefone (19) 3863-0032. Dúvidas e sugestões também podem ser compartilhadas diretamente com alguns dos atuais membros do movimento, como Freedman da Silva, Alexandre Cezaretto, Cornélia Herr, Felipe Nascimento, Helô Bueno e o próprio Bellini. “A princípio

faremos tudo de forma independente, mas também estamos abertos para quem tiver interesse em nos patrocinar. Acredito que será uma ótima oportunidade para todos terem os nomes gravados na página de uma coletânea. Sem falar que isso também poderá estimular outras pessoas que têm receio de divulgar seus trabalhos ao público e até mesmo participar de nossas reuniões”, salientou Bellini. Os encontros do Varal de Poesias acontecem aos primeiros sábados de cada mês, na sede da Casa das Artes, localizada à Rua Campos Salles, 4, no Centro. As atividades começam às 19h30. (Colaborou: Tribuna de Itapira)

O projeto Arte e Integração tem início oficialmente na sexta-feira (16) no CEU (Centro de Artes e Esportes Unificado) do Istor Luppi, em Itapira. É o início do cronograma com duração de seis meses, movimentando o espaço criado pelo Governo Federal e oferecendo entretenimento gratuito à população. O projeto acontece por meio de um edital de ocupação mantido pela Funarte (Fundação Nacional de Artes). No dia 11, a equipe da Sapucaí Eventos, empresa responsável pelas

atividades, junto a artistas ligados ao projeto, promoveu a primeira etapa da divulgação junto à comunidade do bairro que abriga o CEU. Outra rodada de divulgação, com distribuição de panfletos principalmente na área central, ocorreu no dia 14. “A intenção é atrair o máximo de pessoas, mesmo as que não fazem parte da comunidade do Istor Luppi”, explicou o diretor da Sapucaí Eventos, Janilton Prado, 38. O primeiro ciclo de atrações

acontece entre sexta-feira e domingo, dias 16 e 18. Na noite de sexta, a partir das 19h30, será apresentado o teatro de temática juvenil ‘Papo Cabeça’. O mesmo espetáculo é previsto para o sábado, no mesmo horário. Já no domingo acontece o teatro infantil ‘Era Uma Vez’, às 16h00. Todas as atividades são gratuitas, abertas ao público e com classificação etária livre. Nos dias 23 e 24 acontecem as apresentações do teatro juvenil ‘Mário Marinheiro’, com início às 19h30 nas duas datas.

Para os dias 30 e 31 são previstas apresentações no chamado ‘Palco Livre’, cujos artistas ainda não foram definidos. “Nossa expectativa é das melhores. Nas primeiras apresentações o público deve ser mais restrito, até pela falta de hábito das pessoas irem ao local, mas acreditamos que o número de espectadores aumentará gradativamente”, comentou Prado. A agenda do próximo mês deverá ser divulgada brevemente.

Culturando ENCONTRO – O Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itapira volta a se reunir nesta quinta-feira (15). Na pauta do encontro, assuntos relativos à prestação de contas das atividades da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo em 2014, bem como o plano de ação da pasta para 2015 com base nos recursos do Orçamento Municipal. O Conselho convida a todos para participarem dos encontros. O início é às 19h30, no salão da Igreja Presbiteriana Central de Itapira, à Rua Campos Salles, 92, no Centro. Divulgação

SEM GRANA! O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, fechou suas portas por tempo indeterminado. O espaço é o mais antigo do país e o móvito é a falta de recursos para custear serviços de limpeza e de vigilância. O fechamento ocorreu no último dia 12. O Museu é mantido pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). No mesmo dia o Ministério da Educação liberou R$ 4 milhões à UFRJ, mas ainda não se sabe se esse montante será usado para solucionar os problemas do Museu, tampouco se será suficiente para reabrir o local. PERDA! O dramaturgo Francisco de Assis Pereira, o Chico de Assis, morreu no último dia 3 na capital paulista. Ele tinha 81 anos e sofreu um infarto fulminante. Nascido em São Paulo em 1933, Chico iniciou a carreira como ator de rádio em 1953. Em mais de 60 anos de carreira, trabalhou como ator, dramaturgo, compositor e diretor. Ele entrou para o Teatro de Arena em 1958. O dramaturgo foi um dos fundadores do Seminário de Dramaturgia do Teatro de Arena. No ano passado, Chico de Assis recebeu a Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo Ministério da Cultura, que homenageia personalidades brasileiras e estrangeiras por contribuições à cultura nacional.

FOMENTO! A Ancine (Agência Nacional de Cinema) instituiu o Programa de Apoio a Participação de Produtores Brasileiros de Audiovisual em Eventos de Mercado e Rodadas de Negócios Internacionais 2015, com recursos de R$ 685 mil. O recurso pode ser acessado por profissionais brasileiros do setor audiovisual para participação em eventos internacionais que façam parte da agenda definida pela Ancine. Os eventos contemplados pelo programa, de janeiro a dezembro de 2015, estão relacionados em portaria publicada no DOU (Diário Oficial da União) no último dia 6. Entre eles estão festivais em Berlim, na França e Suíça. Os pedidos de apoio devem ser feitos em nome de representante pessoa física de empresa produtora brasileira independente, com o cadastro regularizado e adimplente na Ancine. As solicitações devem ocorrer no prazo máximo de 30 dias antes do início de cada evento. Divulgação

RARIDADE - Quase quatro décadas após sua gravação, finalmente o disco ‘Massacre’, da banda paulistana Made in Brazil, está disponível aos fãs no formato originalmente imaginado – em disco de vinil. O álbum foi gravado em 1977, mas teve seu lançamento impedido pela censura da Ditadura Militar. A produção seria o terceiro disco do grupo, mas só foi lançado em 2005, em CD. Agora, a obra chega ao mercado por meio da Mafer Records sob licença da Made in Brazil Records. A edição é limitada a 300 cópias. A gravação de ‘Massacre’ reuniu os seguintes músicos: Percy Weiss (voz), Roberto Gourgel ‘Juba’ (bateria), Rubens ‘Rubão’ Nardo (vocais), Tony Babalu (baixo, violão, guitarra), Eduardo Depose (guitarra), Wander Taffo (guitarra), Dudu Chermont (guitarra), Beto Gavioto (bateria), Franklin Paolillo (bateria), Tony Osanah (flauta), Rubens ‘Rubinho’ Diniz (teclado), Oswaldo ‘Rock’ Vecchione (baixo, violão, guitarra) e Celso ‘Kim’ Vecchione (guitarra).

A Companhia de Theatro Paulino Santiago está com inscrições abertas para vários cursos. A corporação cultural oferece aulas de teatro, dança (balé, jazz e livre), dança/expressão corporal para o núcleo da melhor idade e dança popular brasileira. Para as aulas de dança podem se inscrever crianças a partir de 6 anos. A idade inicial para teatro é 7 anos. Dois grandes espetáculos fazem parte do cronograma de 2015 um de cunho circense e outro clássico da literatura infantil. A Cia informa ainda que as inscrições para a encenação da Paixão de Cristo também estão abertas. Os interessados em participar devem ter no mínimo 7 anos e disponibilidade para os ensaios. Além destas atividades, a Cia de Theatro Paulino Santiago programa um curso para arte-educadores. “Vamos abrir vagas para professores e arte-educadores interessados em desenvolver propostas sobre a cultura popular, já que no ano de 2014 terminei o curso na Escola Teatro Instituto Brincante, em São Paulo. O investimento será de R$200,00, com duração de um mês, podendo se estender em módulos. Cada aluno será certificado”, disse a diretora da companhia teatral, Juliana Avancini. O curso será direcionado a danças populares, além de confecção de ornamentos para crianças e jovens. As aulas serão nos períodos vespertino e noturno, de segunda a sábado.

Léo Santos

CEU de Itapira abriga projeto da Funarte Cia de Theatro abre vagas para cursos

Os interessados devem se inscrever na sede da Cia, à Praça Bernardino de Campos, 164, Centro, no segundo piso do Centro Comércio e Indústria (Centrão). O horário de funcionamento é das 14h00às 20h00, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 13h30 às 18h00.


anorama

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Rock in Help: festival terá Woslom e Torture Squad em fevereiro

O

festival Rock in Help chega a sua quarta edição consecutiva nos dias 20 e 21 de fevereiro, em Socorro (SP). Abrigado no Recinto de Exposições da cidade turística, o evento tem caráter beneficente, com toda sua renda sendo revertida ao ICA (Instituto Cultura & Arte), que administra o Conservatório de Música de Socorro. Ao todo, o festival reúne 13 bandas, tendo como destaques os grupos Woslom e

Torture Squad. A primeira edição aconteceu em 2012 e o evento mantém a proposta de reunir bandas de Rock e Heavy Metal com qualidade e diversidade. Na sexta feira as atividades começam às 20h00. A abertura fica a cargo da banda I Am The Sun, seguida pela Kollision, que venceu uma promoção realizada pela organização. Na sequência se apresentam a Barbaria, TNT (Red Hot Chilli Pepers Cover)

e Woslom, que encerra a primeira noite. No sábado o cronograma começa bem mais cedo, às 15h00. Tocam as bandas Masher, Anguere, Fear Of The Future, Militia, In Sick e Cursed Slaughter, Five To Doors (The Doors Cover). A Torture Squad é responsável por encerrar o evento. A expectativa da organização é de que cerca de mil pessoas passem pelo evento. Os ingressos custam R$ 20,00, valor que é

Exposição revela objetos criados por detentos do Carandiru Uma exposição no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, reúne diversos objetos, adornos e utensílios fabricados por detentos da extinta Casa de Detenção de São Paulo – o popular Carandiru. A mostra integra a sexta edição do projeto Casas do Brasil, que propõe a formação de um inventário sobre a diversidade do ‘morar no país’. Batizada de ‘SOBREVIVÊNCIAS/uma exposição Sobre Vivências: Carandiru’, a mostra teve sua abertura no dia 9 de dezembro e segue até 15 de março, com curadoria de Maureen Bisilliat. A visitação ocorre sempre de terça a domingo, das 10h00 às 18h00. Os ingressos nestes dias custam R$ 4,00, sendo que a entrada é gratuita aos sábados, domingos e feriados. A exposição revela soluções encontradas pelos detentos para os obstáculos e para as condições de vida enfrentadas no cotidiano do presídio. A iconografia utilizada foi produzida entre 2001 e 2002, últimos anos de funcio-

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Torture Squad encerra evento em Socorro válido para os dois dias de shows, ou R$ 15,00 para o segundo dia apenas. A entrada somente é permitida

para maiores de 18 anos que devem apresentar documento de identidade com foto. Outras informações

podem ser adquiridas pelo email rafaelfavero1@gmail. com ou pelos telefones (19) 9.9160-9280 e 9.9173-2581.

Fábio Zangelmi promove

workshops de fotografia em março Divulgação

Utensílios usados no dia-a-dia da cadeia estão expostos em São Paulo namento do Carandiru antes de sua demolição. A equipe responsável pela mostra coletou peças do cotidiano, que formam um recorte das ferramentas e utensílios improvisados pelos detentos: fornos, ferros, filtros e facas, por exemplo, que na mostra podem ser vistos fisicamente e em imagens. São apresentados objetos e arranjos interiores produzidos como “resistência cultural”, feitos criativamente em condição de extrema limitação. Complementam o conteúdo expositivo fotografias de portas e celas,

identificando soluções de um cotidiano: a arquitetura da sobrevivência dos internos residentes da detenção. A exposição é dividida em módulos temáticos: limpeza, comida, esporte, religião, celas, saúde, silêncio, solidão – capítulos que ganham vida por meio das palavras de Drauzio Varella. Médico oncologista, voluntário na Casa de Detenção por 13 anos, hoje atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, o autor dá voz aos presidiários e carcereiros do Carandiru. João Wainer

Pôsteres de mulheres nuas era item indispensável na decoração das celas

Sem verbas, Mogi Guaçu fica sem carnaval por mais um ano A Secretaria Municipal de Cultura de Mogi Guaçu anunciou que, assim como já ocorreu no ano passado, a cidade não terá carnaval de rua em 2015. O motivo é a falta de recursos para custear as atividades da festa popular. “Não vai ter desfile de Carnaval, não te-

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mos condições financeiras”, justificou o secretário de Cultura Luiz Carlos Ferreira. De acordo com ele, a pasta está tentando promover um Concurso de Fantasias no Parque dos Ingás, mas a confirmação ainda depende das agendas das academias e escolas de samba convida-

das para o evento. Ferreira afirmou ainda que o Carnaval somente a con te ce rá ca so a p a r e ça algum patrocinador para prover as festividades. Ele disse ainda que a situação já foi exposta às escolas de samba do município, no início do mês.

Zangelmi divulgou novas datas para cursos que acontecem em dois dias diferentes O fotógrafo Fábio Zangelmi divulgou duas novas datas para workshops de fotografia e de tratamento de imagens e diagramação de álbuns a partir dos softwares Lightroom, Photoshop e InDesign. Os cursos acontecem em Itapira nos dias 8 e 15 de março, respectivamente, com carga horária de 8 horas cada. Nas duas ocasiões, as turmas envolverão no máximo 10 participantes, de forma a otimizar o aprendizado e dinamizar a atenção a todos os interessados. No workshop de fotografia é necessário que o participante possua equipamento próprio, já que serão abordadas as regras básicas e técnicas avançadas que permitirão ao aluno conhecer e entender sua câmera.

O programa envolve ainda explicações e orientações sobre flash, catalogação de imagens e formatos de arquivos, perfis e balanço de brancos, entre outros quesitos. Para o workshop de tratamento de imagens e diagramação de álbuns é necessário que o participante leve um notebook contendo os softwares Lightroom e Photoshop instalados. As abordagens passarão por temas como importação de arquivos, ajustes iniciais, sincronização entre os softwares, ferramentas de retoque e modos do programa, entre outros. Para cada um dos cursos, a inscrição individual custa R$ 250,00 até o dia 31 de janeiro ou R$ 300,00 até o dia 4 de março. O pacote para a participação

nos dois workshops sai por R$ 400,00 até dia 31 de janeiro ou R$ 500,00 até dia 4 de março. Empresas ou grupos com três ou mais pessoas têm desconto de 10% até a primeira data e de 5% até o segundo limite. O investimento pode ser pago à vista ou divididos em até 10 vezes no cartão de crédito. Ambos os cursos começarão às 9h00. Informações adicionais devem ser obtidas pelos telefones (19) 9.93353708 e 9.8265-2979, pelo email contato@fabiozangelmi.com ou ainda pela página do fotógrafo no Facebook (www. bitly.com/fotozangelmi). Os workshops serão abrigados no Estúdio Fábio Zangelmi Fotografia, à Rua Joaquim Inácio da Silveira, 397, no Centro.


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