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Distribuição Gratuita
Megaph Cultne ural
Livre de rótulos:
Boneca de Cera celebra trabalho autoral Página 5
Ano IV – Nº 16 – Edição Quinzenal | 13 de novembro de 2014
a r b e l e c u a r Sa Consciência a r i p a t I m e a r Neg
Clima bom!
Trabalho fotográfico de Zangelmi em franca expansão Página 3
O
Plano Municipal de Cultura de Itapira está em discussão
Página 2
Arte terapêutica
Elias dribla dificuldades motoras em prol da pintura
Página 7
Dia da Consciência Negra será marcado por um sarau cultural em Itapira, no sábado (22). A data, celebrada nacionalmente dois dias antes, reverencia a memória de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência e luta contra a escravidão, morto a tiros e depois degolado em 20 de novembro de 1695. As atividades serão abrigadas na Praça Bernardino de Campos a partir das 14h, com coordenação do Coletivo Voz Popular e dos organizadores do Sarau Cultural ‘Por Trás da Rotina Itapirense’. O cronograma prevê discotecagem com DJ, troca de livros e varal de desenhos e poesias, além de exposições fotográficas de três fotógrafos: Fábio Zangelmi (Tons da Vida), Fernando Pineccio (Congadeiros) e Sabrina Brombim (Todas as Cores em um Ser). Todas as mostras possuem temática de acordo com o evento. O Sarau será concentrado na parte baixa da Praça Bernardino
de Campos, mais precisamente no Espaço Cultural ‘Maurício José Bazani’ e em seu entorno. Também haverá barraca de comes e bebes beneficente à UIPA (União Internacional Protetora dos Animais). O cronograma também envolve a apresentação de um trabalho da estudante Aline Fernanda Longo, 23, que cursa o sexto período de História na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas (SP). Atualmente, ela desenvolve um projeto de extensão que tem como foco a educação patrimonial e a cultura afro-descendente. “Vou apresentar o começo de uma análise sobre o a imagem do negro no cinema brasileiro, utilizando-me de uma bagagem teórica adquirida no decorrer do curso de História e de ferramentas de análise historiográficas”, revelou ao Megaphone Cultural. Por conta disso, o evento também prevê a distribuição de algumas cópias de filmes como ‘Chico Rei’, ‘O Amuleto do Ogum’, ‘O Besouro’ e ‘Ten-
da dos Milagres’. “Claro que existe uma lista enorme de filmes, no entanto, selecionei esses para serem trabalhados no sarau e disponibilizados para o público. Todos eles possuem o sentido da discussão e do tema proposto, dentro desse caráter mais politizado adquirido pelo evento”, concluiu. Além das atividades programadas para o dia 22, o Dia da Consciência Negra também será lembrado nas escolas estaduais ‘Antônio Caio’, no São Vicente, e ‘Caetano Munhoz’, nos Prados. As instituições abrigam duas palestras sobre o tema entre os dias 18 e e 19, tratando do negro no Brasil através de uma visão sociológica e acessível. LUTA A data da morte de Zumbi dos Palmares foi revelada em 1971. Sete anos depois, em 1978, ativistas negros reunidos em um congresso do Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial adotaram a data como o Dia da Consciência Negra.
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Editorial
A
Pela real formação de público
formação de público é pauta constante nos meios culturais. Seja nas iniciativas privadas ou nas políticas públicas, esse é um assunto que sempre gera debates e reflexões. É, também, o terror de qualquer produtor de eventos. O que difere, contudo, a maioria das iniciativas privadas das ações públicas é justamente o poder de atração da obra ou artista em cena. E isso muda tudo. A cidade de Itapira foi privilegiada no ano passado com a inclusão no Circuito Cultural Paulista – programa do Governo do Estado, mantido pela Secretaria de Cultura, em parceria com prefeituras de mais de cem cidades paulistas. De lá pra cá, o município tem recebido as atrações gratuitas do programa que prevê a descentralização da arte. A ideia, na prática, é ocupar espaços públicos com atrações artísticas abertas à população. Não é tão simples. À medida que nos distanciamos dos grandes centros, o público cultural – já pulverizado nas capitais e cidades de grande e médio porte – fica ainda menor nos municípios interioranos. Desde que a agenda do programa entrou em cartaz em Itapira, as informações pós-eventos são basicamente as mesmas: público abaixo do esperado, salvo uma ou outra apresentação. É preciso repensar, principalmente, o modelo de divulgação comumente adotado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, responsável por fornecer estrutura aos eventos destinados ao município pelo Circuito Cultural Paulista. A principal ferramenta online utilizada pela administração, atualmente (leia-se a rede social Facebook) parece
não surtir o efeito esperado. A simples postagem do cartaz não tem se mostrado eficaz para atrair um público maior que os registrados até então. E, diga-se de passagem, quase sempre são formados pelas mesmas pessoas, já conhecidos consumidores de cultura em suas mais variadas linguagens. Definir estratégias de circulação da informação é importante. As duas últimas atrações, em Itapira, do cronograma deste ano do Circuito Cultural Paulista, não fugiram à regra. O primeiro deles, no dia 31 de outubro, foi levado ao CEU (Centro de Artes e Esportes Unificado), no Istor Luppi. Ponto positivo – afinal, a proposta do programa é justamente descentralizar o acesso à cultura. Contudo, o público poderia ser bem maior. Apesar de algumas dezenas de crianças se reunirem para conferir o espetáculo circense; muitas delas ficaram surpresas com a atração no espaço. Não souberam com antecedência. Daí, a necessidade, por exemplo, de estreitar os laços com a pasta da Educação num esforço para mobilizar a comunidade escolar para que prestigie esses eventos. O segundo espetáculo, no dia 2 deste mês, foi no Parque Juca Mulato. Alguns lamentaram o tempo chuvoso como se fosse fator preponderante para a baixa adesão. Outros opinaram que, com certeza, condições climáticas mais favoráveis não teriam mudado absolutamente nada na ordem do dia. De novo um público muito pequeno diante de uma atração que merecia bem mais espectadores. Neste caso, não era circo. Era teatro. A temática já não era infantil, mas era cômica. E é justamente na área teatral – setor que mais bate na tecla da
necessidade de formação de público – que a programação do Circuito Cultural Paulista costuma se debruçar. O Circuito Cultural Paulista também demanda dificuldades à própria Secretaria de Cultura e Turismo local. Geralmente, as atrações são confirmadas pela pasta estadual com poucos dias de antecedência das apresentações, e os horários não costumam ser flexíveis. Até por isso, faz-se necessário discutir formas de, primeiro, fazer chegar a informação sobre os eventos ao público alvo que já se coloca disposto a freqüentar esses tipos de eventos. De forma que possam se planejar com antecedência. Segundo: ter nesse público o parceiro de interlocução para atrair outras pessoas. Terceiro: debater e definir medidas para aumentar o interesse pelas produções apresentadas. Em sua Mostra Tropé de Circo, Bonecos e Teatro de Rua, a Cia Talagadá emprega o conceito de rodas de discussão logo após as apresentações, como forma de gerar diálogo e, por conseqüência, interesse na área. A expectativa é que isso possa fomentar maior participação de público. Não se tratam das mesmas situações, até por questões operacionais. Mas, pode servir como base para reflexões iniciais. Criar público não é tarefa fácil, mas isso não quer dizer que é impossível. O Circuito Cultural Paulista, agora, dá um tempo, e o cronograma retorna somente em meados de março. Tempo suficiente para ao menos tentar implantar modelos diferentes de atração do público às apresentações que estão por vir.
Marta Suplicy deixa a r u t l u C a d o i r é t s i n i M A ministra da Cultura, Marta Suplicy, pediu demissão do cargo da no último dia 11. Ela entregou uma carta à presidenta Dilma Rousseff (PT), agradecendo a oportunidade e enfatizando que, mesmo com inúmeras demandas e carência orçamentária do Ministério da Cultura, dirigiu seu trabalho para a inclusão da população na produção de cultura e ampliação do acesso aos bens culturais. Ela coordenava a pasta desde setembro de 2012, quando assumiu no lugar da então ministra Ana de Hollanda. “Encerro hoje a presente etapa com minha missão cumprida, razão pela qual apresento meu
pedido de demissão. (…) Tivemos a possibilidade de construir caminhos e encaminhar soluções para nossas importantes instituições e fundações coligadas, assim como também pudemos apresentar um país diferente no exterior”, disse a ministra na carta de demissão. Marta citou seu trabalho para a aprovação de projetos pendentes no Congresso Nacional, como o Sistema Nacional de Cultura, o Vale-Cultura, a Lei da Cultura Viva, o Marco Civil da Internet, a Lei de Fiscalização do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Música,
além de ter enviado à Casa Civil, onde aguardam encaminhamento, o Direito Autoral e a Lei da Meia-Entrada. “Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de estabilidade e crescimento para o nosso país”, disse à presidenta Dilma. Marta Suplicy, senadora do PT pelo estado de São Paulo, volta a assumir o cargo no Senado Federal,
Fernando Pinnecio/Megaphone
Marta entregou carta de demissão à presidenta Dilma por mais quatro anos. Em junho deste ano, Marta esteve em Itapira para inau-
gurar o CEU (Centro de Artes e Esportes Unificado). A assessoria do Ministério
da Cultura ainda não informou quem assume o comando da pasta.
Conselho se mobiliza na construção de Plano Municipal de Cultura O Conselho Municipal de Política Cultural de Itapira iniciou estudos para a criação do Plano Municipal de Cultura. Na prática, o projeto prevê a elaboração de um documento de identidade cultural do município com a participação popular, de forma a inserir a cidade em plataformas que possam favorecer a execução de ações na área. “Os estudos estão ocorrendo em nossas reuniões”, comenta o presidente do Conselho, Danilo Lopes. Nessa primeira fase, as ações visam reunir informações a partir da organização da sociedade civil, que pode opinar sobre o assunto. “Para isso, vamos elaborar questionários que serão aplicados em escolas, bairros, eventos, para acolher pelo menos mil opiniões”, destacou. Depois, o Conselho fará gestão junto à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo para se cientificar da situação do município junto ao cadastro do Sistema Nacional de Cultura. “Depois vamos elaborar o plano para que o mesmo seja aprovado pela Câmara Municipal”, informou
Lopes, que estima pelo menos cinco meses até que o documento fique pronto. Uma das metas do Plano Municipal de Cultura é preservar a diversidade das expressões culturais do município, bem como promover a formação de público e o acesso das pessoas às ações culturais. “A finalidade do Plano de Cultura é planejar programas, projetos e ações culturais que valorizem, reconheçam, promovam e preservem a diversidade cultural que existe em nossa cidade, discutindo sobre a nossa identidade cultural e elaborando estratégias de execução. Isso é um projeto que é feito por muitas mãos, por isso contamos com a colaboração e parceria dos trabalhadores da cultura de nossa cidade e a sociedade civil como um todo. É preciso que nos unamos para colocar em prática aquilo que muitos cobram pelas redes sociais. Esse é um grande momento e precisamos muito da ajuda de todos”, destacou o presidente do Conselho. As reuniões do órgão acontecem quinzenalmen-
te, às quintas-feiras, no salão da Igreja Presbiteriana Central de Itapira, à Rua Campos Salles, 92, no Centro. Os encontros começam às 19h30. A próxima reunião é prevista para o dia 20 deste mês. Os interessados podem enviar sugestões e dúvidas para o email cultura.itapira@gmail.com. As atas dos encontros também estão sendo publicadas na página do órgão no Facebook (www.facebook.com/ conselhodeculturaitapira) e podem ser consultadas por qualquer cidadão. TRANSPARÊNCIA Segundo Lopes, o Conselho também vem solicitando da administração municipal informações sobre os recursos investidos na área cultural durante este ano, incluindo despesas com eventos, convênios e custos com recursos humanos. A solicitação também abrange a previsão de gastos e atividades da área para o próximo ano. A intenção do órgão, que possui caráter consultivo e deliberativo, é disponibilizar os dados à população, também por meio da pági-
na na rede social da internet. “Apesar de faltas de alguns membros do Conselho, principalmente dos representantes do Poder Público, os demais conselheiros e suplentes estão se reunindo constantemente a fim de discutir estratégias que possam colaborar com o desenvolvimento cultural do município”, comentou Lopes. O plano de ações também prevê a divulgação do site Agenda Itapira (www.agendaitapira.com. br), criado pelo grupo para reunir, em um só local da internet, informações sobre os eventos programados nos mais diferentes segmentos na cidade. “No mais, estamos buscando esclarecimentos sobre as competências do Fundo Municipal de Cultura, suas questões burocráticas, legais e suas possibilidades enquanto ferramenta para o fomento de projetos municipais”, finalizou o presidente do órgão. O Conselho é formado por pessoas ligadas ao poder público e membros da sociedade civil, que por sua vez representam diversos segmentos artísticos.
Fernando Pinnecio/Megaphone
Lopes, ao centro, preside Conselho de Cultura
PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO O Jornal Megahone circula quinzenalmente, sempre entre os dias 10/15 e 25/30 de cada mês. A distribuição é gratuita e você pode retirar o seu exemplar em alguns postos fixos nas cidades de Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu: ITAPIRA
Banca Estação | Praça João Sarkis Filho – Centro Banca da Praça | Praça Bernardino de Campos – Centro Banca Santa Cruz | Rua da Saudade – Santa Cruz Jazz Café |Rua José Bonifácio, 365 – Shopping Sarkis Mil Mídias |Rua 24 de Outubro, 166 - Centro Costa Maneira|Rua Alfredo Pujol, 190 - Centro
MOGI MIRIM
Spookshow Rock Store |Rua Voluntário Chiquito Venâncio, 267 – Centro Bancas do Sardinha | Praça Rui Barbosa (Centro) e Rua Pedro Botesi (Tucura) School Skate Store | Rua Padre Roque, 284 - Sala I - Centro
MOGI GUAÇU
Choperia Tradição | Avenida Luiz Gonzada de Amoedo Campos, 31 – Planalto Verde Riff Lord Stúdio | Rua Waldomiro Martini, 63 – Centro Disco Tem | Avenida Nove de Abril, 90 - Centro Banca da Capela |Praça da Capela - Centro
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Expediente Megaphone Cultural Textos: Fernando Pineccio*
Impressão: Jornal Tribuna de Itapira
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Circulação na Baixa Mogiana e Circuito das Águas imprensa@portalmegaphone.com.br
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Divulgação
Ensaio ocorreu nas corredeiras da Ponte Nova
Olhar em evidência! Trabalho de Zangelmi retrata madrinha da bateria de escola de samba paulistana
O
fotógrafo itapirense Fábio Zangelmi deu mais um importante passo em sua carreira. No final de outubro, ele fotografou a atriz e modelo Maísa Magalhães, e o resultado do trabalho poderá ser conferido em breve, pela internet. Além disso, as fotos ainda poderão ser publicadas em algumas revistas de grande circulação. O ensaio especial celebra a ascensão de Maísa na escola de samba Imperatriz do Ipiranga. Até então, ela ocupava o posto de diva da bateria e, a partir deste mês, assume como madrinha da bateria na agremiação em que desfila há três anos no carnaval paulistano. “É um ensaio temático com caráter sensual, cujo tema central é Iemanjá, já que a escola vai apresentar, no próximo carnaval, um enredo base-
ado na entidade. Fizemos diversos looks, todos voltados ao estilo”, comenta Zangelmi. Os cliques foram feitos no bairro rural da Ponte Nova, em Itapira. O ensaio teve produção de moda e estilo a cargo de Fernando Sales, modelista de vestuário da grife Absolutti e que também atua junto ao estúdio de Fábio Zangelmi. A maquiagem e cabelo ficou a cargo de Rogério Abbiati, do Estúdio Abbiati de Mogi Mirim. A coordenação de fotografia e produção ficou por conta de Zangelmi e sua assistente Tathieli Souza.
As imagens captadas pela lente do fotógrafo itapirense serão utilizadas em releases de imprensa da agremiação paulistana. A veiculação deverá ocorrer em grandes portais de internet de todo o país, e também poderá surgir em páginas de revistas de grande circulação. “O grande lance é que teremos um material com projeção nacional feito em Itapira e produzido por alguém da cidade. Esse tipo de oportunidade reDivulgação presenta um momento muito especial na carreira, principalmente por ela (Maísa) já ter feito ensaios para o carnaval com outros fotógrafos mais renomados e equipes maiores que a minha. Fiquei muito feliz por ter sido escolhido para esse projeto que é o mais audacioso e ousado dela,
no sentido de projeção, e principalmente por aceitar todas as ideias e opiniões”, avalia o profissional. Natural de Mogi Mirim, Maísa Magalhães atua em TV, cinema e teatro, e coleciona diversas participações em novelas da TV Bandeirantes e SBT (Sistema Brasileiro de Televisão). Recentemente, ela teve papel de destaque no filme O Segredo do Molho, contracenando ao lado do apresentador, ator e humorista Rafinha Bastos. O trabalho de Zangelmi tem sido evidenciado, principalmente, nas redes sociais. Cada novo trabalho rende elogios e avaliações das mais positivas. O fotógrafo tem sido reconhecido por empregar um estilo único de trabalhar, que culmina em imagens com conceitos exclusivos e diferenciados no mercado da fotografia de moda. A expectativa é que as imagens comecem a circular na segunda quinzena deste mês. Contatos com Fábio Zangelmi podem ser feitos pelo site www.fabiozangelmi.com. Divulgação
Zoraide participa de festival na Concha Acústica
Estado Livre. As bandas Wild Star, Sex Drive, Ilusão de Ótica, Zoraide, Breaking The Sorrow e Led On completam o cronograma que segue até quase 21h00. Esta é a quarta edição do evento e, segundo um dos organizadores, Alexandre Godoy, cada grupo terá 40 minutos de palco. “Estamos lutando para fazer desse evento um acontecimento duradou-
ITAPIRA 13/11 | Ed Campos na Bodega O cantor e multi-instrumentista Ed Campos se apresenta na Bodega Choperia e Pizzaria, com repertório vasto e atendendo aos costumeiros pedidos. Na Rua Francisco de Paula Moreira Barbosa, 6, Centro. 14/11 | Brincando com Sons – Ciranda das Cores Na Escola Ativa, a partir das 20h. Apresentação dos alunos de Musicalização do Projeto Batutinha (Polo Casa das Artes). Convites a R$ 10. Retirar com antecedência na Casa das Artes, à Rua Campos Salles, 4 – Centro. Local da apresentação: Rua Hildebrando José Rossi, 500, Santa Fé. Informações: (19) 3863-0032. 14/11 – Tributo ao Stones no Capitão Black A banda campineira Jack Flash retorna ao município para mais uma noitada com muito Rolling Stones. O show acontece no Capitão Black, a partir das 23h. Avenida Jacareí, 64. Informações e reservas: (19) 3863-7272. 15/11 | Rock n’ Paz na Concha Acústica A Concha Acústica ‘Paulino Santiago’ recebe a quarta edição do Rock n’ Paz, festival que reúne bandas independentes. Início às 16h00 e shows com New Heaven, Estado Livre, Wild Star, Ilusão de Ótica, Sex Drive, Zoraide, Breaking The Sorrow e Led On. Entrada gratuita. Avenida Professor Fenízio Marchini, Encosta do Penhão. 15/11 | Frequência Acústica no Jazz Café A banda mogimiriana Frequência Acústica se apresenta no Jazz Café, com repertório que presta tributo aos clássicos do Rock e Pop Rock. O show começa às 18h e o couvert artístico custa R$ 12. Rua José Bonifácio, 365 – Centro. Informações e reservas: (19) 4126-0071. 16/11 | Análise do Filme ‘Sinais’ Na Casa das Artes, a partir das 15h. Convites da R$10. Análise estética e simbólica da obra de 2002 do diretor indiano M. Night Shyamalan. O evento encerra uma trilogia de estudos do mesmo autor promovida pela instituição ao longo deste ano. O primeiro foi em maio, com o filme ‘O Sexto Sentido’ (1999) e o segundo em agosto, com ‘Corpo Fechado’ (2000). Rua Campos Salles, 4, Centro. Informações: (19) 3863-0032.
Rock n’ Paz reúne oito bandas em Itapira A Concha Acústica ‘Paulino Santiago’, em Itapira, recebe mais uma edição do festival independente Rock n’ Paz. O evento acontece no sábado (15), a partir das 16h00, com entrada franca. Desta vez, oito bandas foram convidadas a participar da programação. A abertura fica a cargo da New Heaven. Na sequência, sobe ao palco o grupo
PROGRAME-SE
Agenda dos melhores eventos de 13/11 a 29/11
16/11 | Alternative Fest No VIP Eventos, a partir das 16h00. Bandas Take Me Back, Suffer, La Mafia, Controle Moral, Meant To Suffer e The Ordinary Sins, que lança seu trabalho autoral (matéria nesta edição). Exposição fotojornalística da Marcha das Vadias. Ingressos a R$ 5 na Zone Rock, à Rua José Bonifácio, 394/12. Na portaria, R$ 10. Pede-se a doação de um quilo de ração que será revertido à UIPA (União Internacional Protetora dos Animais) de Itapira. Rua Baptista Venturini, 36 - Santa Fé. 22/11 | Máfia do Blues & Sex Drive No VIP Eventos, a partir das 22h. Bandas Máfia do Blues e Sex Drive mandando aquela sonzeira na conhecida casa de shows itapirense. Entrada: R$ 10. Rua Baptista Venturini, 36, Santa Fé.
ro, e melhorando a cada edição”, disse. “O objetivo é abrir espaço para as novas bandas de Itapira que desejam divulgar seus trabalhos”, acrescentou. A ocasião ainda conta com caráter beneficente à ONG Anjos sem Asas, que atua no auxílio aos animais carentes. Os integrantes da agremiação serão responsáveis por comercializar comes e
bebes, além de camisetas, canecas e outros objetos com o objetivo de arrecadar fundos que subsidiem as atividades voluntárias. A última edição do Rock n’ Paz aconteceu no final de setembro. Na ocasião, o evento atraiu perto de 150 pessoas. Desta vez, segundo Godoy, a expectativa é de aumento no público. “Esperamos cerca de 200 pessoas”, finalizou.
22/11 | Sarau Cultural – Dia da Consciência Negra Evento na Praça Bernardino de Campos para celebrar o Dia da Consciência Negra. A partir das 14h. Exposições fotográficas, varal de poesias e desenhos; troca de livros, apresentações diversas e músicas. Gratuito no Centro de Itapira. 22/11 | Old Chevy – Rockabilly Party Festa com temática dos anos 1960 em comemoração aos aniversário de Danilo Pugina e João Avancini. Avenida Jacareí, 64 – Santa Cruz. Maiores informações e reservas: (19) 3863-7272. 29/11 | Luana Camarah no Capitão Black O tradicional palco de shows do Capitão Black recebe novamente a cantora Luana Camarah, que ganhou o estrelado a partir da participação no The Voice Brasil (TV Globo). Ela se apresenta acompanhada da Banda Turnê a partir das 23h. Ingressos a partir de R$ 20 (primeiro lote) diretamente no Capitão. Dose dupla de tequila a noite toda. Avenida Jacareí, 64 – Santa Cruz. Informações e reservas: (19) 3863-7272. MOGI GUAÇU 13/11 - Oziel na Choperia Tradição Avenida Luiz Gonzaga de Amoedo Campos, 31 – Jardim Vasconcelos 14/11 - Anderson Lalão na Choperia Tradição Avenida Luiz Gonzaga de Amoedo Campos, 31 – Jardim Vasconcelos 15/11 - Rafael Bolacha na Choperia Tradição Avenida Luiz Gonzaga de Amoedo Campos, 31 – Jardim Vasconcelos 15/11 – Mega Cargo Jumbo n’O Profeta Pub Rock Rua Vereador João da Rocha Franco, 39 – Centrro 16/11 – Doc’Store na Choperia Tradição Avenida Luiz Gonzaga de Amoedo Campos, 31 – Jardim Vasconcelos 20/11 – Marcelo Espanhol na Choperia Tradição Avenida Luiz Gonzaga de Amoedo Campos, 31 – Jardim Vasconcelos 21/11 – Hudson na Choperia Tradição Avenida Luiz Gonzaga de Amoedo Campos, 31 – Jardim Vasconcelos
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s e õ ç a r o c e D o ã r e s s a n i l nata premiadas em Itapira A
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Itapira abre, no dia 21 de novembro, as inscrições para a nova edição do Concurso de Decoração de Natal. Serão ofertadas premiações em dinheiro em duas categorias - imóveis residenciais e comerciais, com escolha dos três melhores projetos de cada uma. O preenchimento da ficha cadastral deve ser oficializado até o dia 10 de dezembro. As adesões podem ser realizadas na sede da Secretaria, abrigada na Casa da Cultura ‘João Torrecillas Filho’, na Rui Barbosa, 750, defronte ao Parque Juca Mulato, no
Centro. A iniciativa tem a finalidade de fomentar as manifestações e expressões da cultura popular e prevê a participação de usuários, proprietários ou inquilinos de imóveis situados no município. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www. itapira.sp.gov.br. Para efeito de julgamento serão considerados apenas os projetos de decoração executados nas fachadas e jardins. No ato da inscrição é preciso entregar duas fotos do imóvel ornamentado. Na ficha cadastral deve constar o nome do responsável pelo trabalho e o endereço do
Divulgação/Prefeitura de Itapira
Em 2013, estabelecimentos e residências aderiram ao concurso prédio enfeitado. Está vetada a participação de funcionários da Prefeitura ou parentes em primeiro grau dos mesmos. O julgamento será estre os dias 11 e 22 de dezembro, após as 20h00. Segundo o regulamento, cabe aos concorrentes providenciar todos os materiais necessá-
rios para a decoração. Os projetos possuem tema livre e não podem ser alterados durante o período de avaliação. Durante o julgamento serão observadas a criatividade, beleza, originalidade e iluminação empregada em cada um dos ornamentos. Será considerado
como critério de desempate a maior nota obtida nos quesitos beleza, criatividade, originalidade e iluminação. A premiação dos vencedores acontece dia 23 de dezembro, às 20h00, na Praça Bernardino de Campos, área central a cidade. Os primeiros co-
Som da viola de Zé Guerreiro foi atração na Casa das Artes ITAPIRA - O auditório da Casa das Artes recebeu, na noite do dia 7, a apresentação do violeiro itapirense Zé Guerreiro. Perto de 90 pessoas se reuniram para acompanhar o trabalho do músico, que retribuiu em alto nível com clássicos da música sertaneja de raiz com elogiada habilidade conquistada ao longo de mais de uma década de carreira. O show durou quase 1h20 e contou ainda com o humor característico dos tradicionais ‘causos caipiras’, contados entre uma canção e outra. A diretora de comunicação e eventos da Casa das Artes, Josiane Moraes, disse que boa parte do público era formada por amigos e familiares que não viam Guerreiro há algum tempo. Isso devido ao fato de que o músico, atualmente, reside em Ribeirão Preto (SP) e atua como educador
Divulgação/Casa das Artes
Guerreiro mostrou talento musical no Projeto Guri na cidade de Brodowski (SP). O músico instrumentista também é pesquisador da cultura popular, música
instrumental e viola brasileira, além de compositor e arranjador. Quem acompanha a música sertaneja local se
lembra de Guerreiro ainda bem garoto, tocando com os mais velhos na Orquestra Itapirense de Viola Caipira. Ele é músico desde os 15 anos e concluiu o Curso Intensivo de Viola Caipira com o violeiro e professor Rui Torneze, em 2001. Passou a fazer parte da Orquestra Filarmônica de Violas de Campinas. Com o grupo gravou dois CDs, em 2005 e 2012. No ano de 2009 se formou no curso de Viola Caipira pela Escola de Comunicação e Artes de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo), primeiro curso universitário voltado ao instrumento no país. Em 2010 ingressou no Curso de Licenciatura em Música pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, no qual desenvolve pesquisas nas áreas de educação e performance musical. (Colaborou: Tribuna de Itapira)
e
locados nas categorias residência e comércio serão agraciados com R$ 1,5 mil. Os segundos e terceiros colocados de cada grupo recebem, respectivamente, R$ 1mil e R$ 500. Outras informações sobre o concurso podem ser obtidas pelos telefones (19) 3813-1090 e 3813-2010. Fixar Imagens
Maratona teatral retratada em curta-metragem
Mostra Tropé ganha documentário na internet Promovido em setembro passado pela Cia Talagadá, a Mostra Tropé de Circo, Bonecos e Teatro de Rua ocupou diversos espaços com muita arte em Itapira. A iniciativa organizada com subsídio do ProAc (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) também ganhou um documentário, que agora já está disponível na internet. O filme tem quase 15 minutos de duração e traz depoimentos de
organizadores e artistas que passaram pelo evento, ocorrido entre os dias 24 e 28 de setembro. Foi a terceira edição da mostra, que retornou após um hiato de três anos, com atrações totalmente gratuitas e abertas ao público. O documentário foi produzido pela empresa Fixar Imagens, com direção e montagem de Luís Galaverna. Assista no PortalMegaphone.com.br, acessando o link bitly.com/ doctrope
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U
O lançamento de ‘Fora do Padrão’ aconteceu no dia 27 de setembro, em Mogi Mirim. O show foi abrigado no Clube Mogiano e atraiu exatas 1.250 pessoas – público registrado pela catraca eletrônica e que surpreendeu a própria banda. “Esperávamos cerca de 500”, conta Angela. “Tanto que separamos 500 cópias do disco para entregar aos participantes, mas 15 minutos após a abertura da casa já não tinha mais nenhum CD”, lembrou. A produção do evento, a cargo de Alexandre Cintra, também chamou a atenção e rendeu
do também uma canção de amor. É tudo num contexto muito íntimo”.
Fotos: Luana Correa
m grito de liberdade. Um desabafo pessoal. Classifiquem como quiser. Fato é que a música ‘Fora do Padrão’, principal composição do disco homônimo da banda mogimiriana Boneca de Cera, traz no mínimo um recado muito claro e direto: nenhuma tendência é capaz de ditar regras a quem realmente se porta como livre. “Eu não aliso o meu cabelo/ Eu não me estico o tempo inteiro / Ou vou dormir embatumada / Eu não aliso o meu cabelo, eu não me estico o tempo inteiro / E não acordo maquiada / Sou livre e posso ser como eu quiser / E ninguém tem nada com isso / Eu não vou ser menos mulher / Prefiro ser uma boneca de cera feliz / Do que uma ‘barbie’ operando o nariz”, diz o refrão da canção que, não por coincidência, acabou sendo adotada como espécie de hino até mesmo em eventos feministas. O que não quer dizer que ela tenha sido concebida para tal fim. Apenas aconteceu. “Não é uma crítica aos outros. É um retrato meu, do que eu penso e da forma como eu vivo. Não é uma crítica ao padrão estético e de consumo alheio”, pontua a autora da letra e vocalista do grupo, Angela Duran. A composição saiu em 2009, mas permaneceu engavetada até o ano seguinte, quando foi musicada pela banda que reúne ainda o guitarrista Tomás Boni, a baixista Krys Freitas e a baterista Mara Turolla. Segundo Angela, a letra lhe bateu à mente durante um evento promovido por uma instituição na qual trabalhava como coordenadora de projetos sociais. “Eu estava nesse evento e começaram a chegar muitas mulheres que se pareciam muito entre si. A maioria era magra, e mesmo as que não eram se esforçavam ao máximo para parecer; todas de cabelo liso, salto alto, vestidos, isso me chamou a atenção e me incomodou não por não ser daquele jeito, e nem por elas serem daquela forma, mas me incomodou de alguma forma. Como eu tinha um tempo entre as palestras do evento, sentei e comecei a escrever sobre como eu estava ali, totalmente fora do padrão”, conta. “Eu comecei a perceber que todas as mulheres já chegavam, muito cedo, maquiadas. Parecia que já acordavam assim ou levantavam muito cedo para isso. E não que fosse um problema elas serem assim, mas eu não era e não tinha aquilo na minha vida e resolvi escrever sobre”, acrescenta.
Fora do Padrão! Em 2010 vieram os planos de repertório autoral. A banda já tinha uma música gravada – ‘Só Eu Sei’, que também integra o disco de autoria da compositora paulistana Pettine Prit – e ‘Fora do Padrão’ foi finalmente apresentada ao grupo, que até então tinha Érica Nestori no baixo. “Tinha a letra, mas não tinha a música. Sentamos, eu e o Tomás, e fizemos a melodia juntos. E deu nisso. Essa música
é bem um retrato meu. Falo que não estou enquadrada naquilo, mas tudo bem se você está. Não se trata de impor nada, e sim de expor uma condição pessoal”. O trecho inicial, que antecede o refrão, deixa tudo isso bem claro. “A roupa que eu visto não agrada / não combina e não tem a etiqueta do Nakao”, diz a letra, em referência ao estilista Jum Nakao. “Eu não passeio em shopping, eu não uso jóia
Grupo colhe resultados de trabalho próprio
Música que dá nome ao disco da Boneca de Cera motiva reflexão. Álbum autoral traduz trabalho do grupo mogimiriano
cara / No meu brinco não paguei mais que um real / O meu melhor sapato é ‘Havaianas’ / Não tem bico, não tem salto / E às vezes ‘tô’ de pé no chão / Eu nunca fui escrava de regime / E não acho nenhum crime estar fora do padrão”, continua a composição. A primeira gravação ganhou o título provisório de ‘Livre’, depois alterado devido ao grande número de composições com o mesmo nome. Um registro do ensaio publicado na internet
acabou se espalhando, com os fãs rapidamente decorando a letra e começando a cantá-la nos shows. Já para o disco, a música recebeu nova roupagem. É mais rock! E em sua segunda parte, a letra ganha conotação ainda mais íntima: “Minha jóia é teu sorriso / Tua pele é meu vestido, iguaria é teu sabor / O glamour que eu preciso é o luxo incomparável de ter sempre o teu amor”. “Falo de coisas que me têm valor. No final, acaba sen-
Lançamento badalado! elogios. O disco foi gravado e mixado por Tomaz Ribeiro, no Estúdio Área Livre, também de Mogi Mirim. A masterização foi feita em Nashville, Tennesse (Estados Unidos), pelo técnico Steve Corrao, que já trabalhou com artistas como Red Hot Chilli Peppers e Shania Twain. A capa traz uma pintura de Lúcio Boni Turolla, irmão da baterista,
arte e diagramação de Néia Ribeiro e foto de Luana Corrêa. Como resultado da excelente aceitação do disco, a banda já encomendou mais cópias. “Antes do show de lançamento, algumas rádios tocaram a música ‘Fora do Padrão’ para divulgar o evento, mas, depois que o show passou, muita gente começou a ligar nas emissoras para pedir essa e outras músicas do disco. Isso nos
deixou muito felizes, é uma emoção imensa”, revelou Angela. Para ela, os frutos colhidos agora são reflexo direto da seriedade e transparência que sempre nortearam a atuação do grupo. Até por isso, já na semana seguinte ao show, a banda se reuniu para definir os próximos passos, cientes de que é preciso manter o foco. “Não podemos deixar esse
momento esfriar, é preciso continuar divulgando o trabalho”, destacou a vocalista. “Nosso foco agora é esse, divulgar o disco e fazer shows. As pessoas têm publicado nossas letras na internet, cantam junto nos shows,
SINTONIA ‘Fora do Padrão’ – agora o disco – possui uma característica bem interessante. Todas as músicas – cinco ao todo - acabam dialogando entre si. Mesmo a ‘Só Eu Sei’ – única do disco a não ter a assinatura de Angela, mas que também acaba tendo a cara do trabalho autoral da Boneca de Cera. “Pessoas vão querer dizer que nada adiantou / Pessoas vão querer dizer que tudo foi em vão / Pessoas vão e vem e só você / Há de ficar em mim, permanecer / Ninguém vê, só eu”, diz a letra que abre a lista, seguida pela carro-chefe do álbum, ‘Fora do Padrão’. A terceira música, ‘Um Jeito’, é seguramente a mais pesada do disco. A letra também proporciona reflexão e reafirma o discurso da liberdade individual. “Explicaram meu avesso sem me conhecer / Escreveram minha história antes de eu nascer / Nem deixaram que eu tentasse aos poucos levantar / Nem pensaram que eu pudesse um dia acordar”. Também com um peso e tanto, a quarta faixa do álbum, ‘Tudo o Que Tem’, mantém a mesma tônica. “Se ela for provar que é tudo o que tem / E, por favor, não vá dizer, ‘tá’ tudo bem / Só pra esquecer que foi talvez um jeito de gostar da vida / Ver sumir, perder, fugir você / E se puder deixar que pense por si só / Toda mulher que queira desatar o nó / De ser alguém, viver além de tudo aquilo que se diz / Agir como quiser e ser feliz!” A música derradeira do disco é também a composição mais recente de Angela Duran. Leveza talvez seja a melhor definição para ‘Meu Jardim’ – executada em voz e violão por sua criadora. E se tudo que veio antes, de repente, possa ter soado como um protesto pessoal, agora o som tem algo de conciliador. “Além de amar, vou acordar mais cedo / Ser mais em mim/ Abrir nossas janelas / Clarear e ventilar a dor da gente / Vou respirar, seguir em frente”, diz a letra, que pode ser interpretada como tanto como uma despedida, quanto como um convite. “Não espero mais certeza ou sensatez / Não explique mais o que foi que você fez / Eu já morri demais, cansei de toda a dor / E se puder vem comigo, amor”.
isso é emocionante. E é isso que queremos, que as pessoas se sintam bem com a nossa música e que celebrem o momento. Sabemos da nossa responsabilidade”, complementou. No meio de tudo isso, a banda também se organiza no planejamento do videoclipe de ‘Fora do Padrão’, além de já ter outras músicas para um futuro e segundo disco autoral.
Ouça algumas das músicas: https://soundcloud.com/boneca_decera Compre o disco: Newness Mogi Mirim – (19) 3806-2623 Mais sobre a Boneca de Cera: http://about.me/bandabonecadecera
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á d a g a l a T a Ci a v o n a i c i in turnê
Tiago Rossi
Grupo itapirense passa por três estados brasileiros e, depois, desembarca no México
I
ntegrantes da Cia Talagadá viajaram, na última sexta-feira (7), para o Ceará. A trupe formada pelos atores Danilo Lopes, Valner Cintra e João Bozzi, mais o técnico de luz e som Eduardo Nascimento, iniciou uma série de apresentações por três estados brasileiros. Depois disso, os atores seguem para o México, na segunda viajem internacional motivada pelo trabalho teatral em seis meses. No território nordestino, o grupo participa da XVI Mostra SESC Cariri de Cultura, mais preci-
samente nas cidades de Juazeiro do Norte e de Araripe. “Pela segunda vez participamos desse grande evento cultural. No ano passado, fomos com o espetáculo ‘Na boca do Lixo’. Neste ano, vamos apresentar o ‘Cabeça Oca’”, comentou Lopes. O grupo foi convidado para fazer duas apresentações no festival. A primeira ocorreu no sábado (08), em Araripe; e a segunda no domingo (09), no Teatro Municipal de Juazeiro do Norte. Do Ceará, a Cia Talagadá rumou direto para a cidade paranaense de Ponta
Grupo itapirense viaja com suas peças Grossa, onde acontece a 42ª edição do FENAT (Festival Nacional de Teatro). Neste caso, os dois espetáculos do grupo foram convocados para compor o cronograma: ‘Cabeça Oca’, no dia 11; e na Boca do Lixo, no dia 12 – data final do evento. Já no dia 19, o grupo tem compromisso em Três Lagoas, no Mato Grosso
do Sul. A cidade recebe a apresentação da peça ‘Cabeça Oca’. “Estamos muito felizes por levar nosso trabalho por esse Brasil de meu Deus”, enfatizou Lopes. “Participar de festivais como esse só nos faz crescer ainda mais em nosso trabalho e possibilita trocas e vivências com outras culturas e costumes”, definiu.
MÉXICO Depois de passar por Portugal, em junho passado, com o ‘Na Boca do Lixo’, a Cia Talagadá já tem um novo compromisso em terras estrangeiras. No dia 22 deste mês, o trio de atores embarca para o México, onde participam do 18° Festival Internacional de Teatro de Títeres Nortíteres. A trupe faz 10 apresentações
Todos Podem Ser Frida
Exposição segue até fevereiro em São Paulo
Camila Fontenele de Miranda
Exposição na capital aborda conexões entre arte, gênero e comportamento O Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo, abriu a exposição ‘Todos Podem Ser Frida’. A temporada de visitação gratuita vai de 12 de novembro a 28 de fevereiro de 2015. A mostra aborda, por meio de modelos masculinos caracterizados como a artista mexicana, as conexões existentes entre arte, identidade de gênero e comportamento social. A mexicana Frida Kahlo, uma das principais pintoras do século XX, foi a artista escolhida para
compor o projeto realizado pela fotógrafa paulistana Camila Fontenele de Miranda. O trabalho ganha forma por meio de ensaios fotográficos e da desintegração da imagem dessa personagem, que marcou o mundo com sua arte, suas cores, seus traços e sua própria história. Nestes ensaios, a partir da inversão de gênero, são utilizados modelos masculinos em papéis femininos – uma citação ao que a própria Frida fazia em alguns de seus quadros, retratando-se em roupas masculinas, numa atitude precursora da discussão sobre identidade de gênero. A fotógrafa, em parceria com maquiadores artísticos, proporciona um olhar
do mesmo espetáculo ao público mexicano, em três estados diferentes. “Assim como em Portugal, a nossa expectativa é de ver como nosso trabalho será recebido em outra cultura”, finalizou Lopes. Em solo mexicano, o espetáculo completará 100 apresentações. O retorno para o Brasil – e para Itapira – acontece somente no dia 8 de dezembro. poético inspirado na vida de superações e sofrimentos de Frida que se refletem em suas obras, com base em cinco temas principais: amor, dor, inteiro, cores e aborto. O projeto ainda conta com uma intervenção fotográfica, permitindo que o público se vista de Frida e, depois, tenha seu retrato incluso na exposição. Para os interessados em participar desta intervenção, é necessário estar caracterizado de Frida Kahlo e ir ao Museu nos dias 15, 16, 22, 23, 29 e 30 de novembro e 06, 07, 13 e 14 de dezembro. Com o objetivo de valorizar cada vez mais a diversidade sexual por meio da arte, o Museu expõe o projeto para permitir uma discussão mais ampla sobre identidade de gênero, comportamento social e arte. A coordenação do Museu da Diversidade Sexual é da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
MUSEU DA DIVERSIDADE SEXUAL Exposição: ‘Todos Podem Ser Frida’
Quando: de 12 de novembro de 2014 28 de fevereiro de 2015 Onde: Estação República do Metrô – Piso Mezanino, loja 518 - São Paulo Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 20h
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Fotos: Léo Santos
a n o ã ç a r e p Su l e c n i p o d a pont O
aposentado Elias B i s p o Pa l m e i r a , 56, descobriu na pintura de quadros uma nova razão para viver, após um grave acidente de moto. Ele desafia as limitações e prova ser um excelente artista plástico. A elaboração de cenários e paisagens inspiradores acontece na garagem da própria residência. Sentado em um tapete estendido no chão, ele rascunha os primeiros traços antes de efetivar mais uma de suas criações. Habilidoso desde pequeno, ele encontrou na pintura uma forma de distração e de esquecer os vários problemas de saúde ocasionados pelo acidente. “Desde menino gostava de desenhar. Comecei a pintar quadros mesmo quando entrei na Clínica Cristália. Quando vi os terapeutas ensinando os pacientes a pintar fiquei interessado e fui perguntar onde encontrava aquelas tintas. No início eu fazia
desenhos em tampas de barricas de papelão. Parei quando sofri o acidente de moto”, recordou. Há pouco mais de 15 anos, após perder o controle da direção da moto e bater em uma árvore, Palmeira foi socorrido e internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Municipal. “Estava levando um amigo ao Pronto Socorro quando ele passou mal e se desequilibrou na garupa. Fui tentar segurá-lo e acabei batendo na árvore. Naquele tempo não era obrigatório o uso do capacete. Fiquei uns dois meses na UTI e vários anos na cama. Nos primeiros 10 meses não me lembrava de ninguém da minha família”, recordou, emocionado. Com o passar dos anos, Palmeira recuperou a fala, movimentos das pernas e do braço esquerdo. “Posso dizer que nasci de novo. Tive que aprender a fazer tudo, inclusive a pintar com a mão esquerda, coisa que eu não fazia antes.
Pintar é uma forma de fugir dos meus problemas”, frisou. O aposentado comentou que a maioria dos cenários surge da própria idéia. O artista também utiliza catálogos específicos de pintura na reprodução de imagens. Sem força nas mãos para esticar a tela, ele pinta tudo em forros de guarda-roupas abandonados. “Demoro cerca de uma semana para riscar e pintar cada tela. É claro que tem algumas que são mais detalhadas e isso acaba resultando em um gasto maior de tempo. A tela da fazenda, que fica no corredor em frente à porta (foto), por exemplo, eu levei 20 dias para concluir”, disse. CRIAÇÃO O trabalho de criação costuma ter início diariamente às 9h, após Palmeira tomar parte dos medicamentos. “Fico na garagem enquanto a luz permite enxergar. Assim distraio minha cabeça
Problemas motores não impedem atividade artística
Aposentado transformou garagem em atelier após ficar com seqüelas de acidente concentrando nos traços”, revelou. A maioria das telas está à venda, mas pouca gente ainda conhece o talento do aposentado. O incentivo maior fica por conta da família. “Nem sempre consigo comprar as tintas que preciso com o dinheiro da aposentadoria. Quando isso acontece, quem dá uma força é o meu genro. Muita gente vem aqui, me vê pintando na garagem e pergunta por que até hoje eu não fiz uma exposição. Mas não
tenho condições de levar os quadros por conta dos meus problemas de saúde”, reforçou. Dependendo do tamanho, grau de dificuldade e quantidade de material gasto, as obras podem custar de R$ 45 a R$ 75. “Quando estou sentado pintando só penso em Deus e nas pessoas que são perfeitas e têm a mesma oportunidade de fazer o que eu faço, mas não conseguem. Agradeço a Ele por esse dom e por ter superado minhas
limitações e ter aprendido tudo de novo”, ressaltou. Doações de tinta a óleo, forração de guarda-roupas ou encomendas de quadros podem ser feitas diretamente à Rua Ernesto Rottuli, 79, no bairro Flávio Zacchi. “Ao invés de fazer caminhada na rua e ser julgado de forma errada pelas pessoas, prefiro ficar com os meus quadros. Faço tudo por distração, pois lucro mesmo eu não tenho nenhum”, desabafou. (Colaborou: jornal Tribuna de Itapira)
anorama
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Informe Publicitário
Vip Color inova em sinalização e itens decorativos para casamentos e bares Produtos podem ser personalizados de acordo com cada ocasião
Criatividade e originalidade. Estes são os principais ingredientes da Vip Color Indústria Eletrônica, estabelecida há dez anos em Itapira e que agora abre um novo nicho de mercado. A empresa passou a desenvolver e distribuir peças em acrílico que podem servir aos mais diversos segmentos, especialmente casamentos, bares, lanchonetes, restaurantes, pubs e eventos diversos. A linha de produtos diferenciados tem como maior atrativo o próprio conceito, que pode reproduzir tanto imagens já consagradas como mensagens e imagens ao gosto do cliente. Os objetos ainda podem ser dotados de iluminação que garante um belo aspecto visual. “Na prática, o nosso cliente chega com a ideia e planejamos juntos o conceito das peças”, comenta o administrador da Vip Color, Danilo Setti, 28. A empresa foi fundada em junho 2004, mas sua história está intimamente ligada à Eletrônica Setti. Em princípio, a Vip Color nasceu a partir da necessidade do desenvolvimento e distribuição de projetos eletrônicos na área de áudio e vídeo. O leque também inclui equipamentos eletrônicos voltados à agricultura e pecuária, além de painéis orientadores de filas, relógios e termômetros digitais, por exemplo. A nova linha lançada a partir da aquisição de equipamentos de última geração que proporcionam corte e gravação a laser representa uma ótima opção a proprietários de estabelecimentos do ramo gastronômico e de bares, além de produtores de eventos, como shows, teatro e até rodeios e eventos esportivos – com placar de tempo e nota dos competidores. A infinidade de objetos pode ser empregada em mesas, como suportes, baldes de gelo e bebidas, porta-guardanapo, porta-
Fotos: Fernando Pinnecio/Megaphone
Produtos atraem atenção pela sua originalidade
“Um dos nossos destaques são baldes de gelo, com iluminação colorida”
Setti aposta na inovação -cartão, bolachas de chopp, mexedores de drink, troféus, e também como informes, caso de placas indicativas de banheiros, caixas, saídas e entradas, por exemplo. Na área decorativa, a imaginação pode correr solta, com desenhos iluminados, brindes, chaveiros, porta-retrato, topo de bolo, cabides, taças, copos e canecas ou placas. Tudo personalizado, de acordo com cada necessi-
dade e, claro, muita qualidade. “Um dos nossos destaques são baldes de gelo, com iluminação colorida que ter suas cores reguladas pelo usuário. Também desenvolvemos um painel com sistema para chamar garçom que tem sido muito bem aceito pelos clientes, além dos painéis orientadores de filas que também tem ótima aceitação em lanchonetes, bancos, supermercados, papelarias e loterias, por exemplo”, frisa Setti. A Vip Color fica na Rua Alfredo Pujol, 395, no Centro. Mais imagens dos produtos podem ser encontradas nos sites www. casamentovip.com e www. vipcolor.com.br. Os contatos também podem ser feitos pelos telefones (19) 3813-4738 e 3813-4847, ou ainda pelos emails contato@vipcolor.com.br e contato@casamentovip.com.